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Caroline da Silveira
Débora Nascimento
Presley Costa
Zesiane Ribeiro
O termo tumor foi originalmente aplicado ao edema
causado por uma inflamação (Câncer é o termo mais
comum para todos os tumores malignos)
A existência de uma resposta imune contra um tumor é
baseada em mudanças nos componentes de superfície da
célula maligna.
Como se sabe, o câncer começa com uma série de mudanças
genéticas induzidas por vários fatores: vírus, drogas,
radiações, etc, que atacam um ou mais grupos de células,
tornando-as com excessiva capacidade de reprodução e,
assim, invadem tecidos vizinhos, onde tem início a
malignidade.
Capacidade do SI de
reconhecimento do não próprio
Débora
o sistema imune tem um papel preponderante ontra o
crescimento de células neoplásicas
Os antígenos do câncer são mais difíceis
para serem identificados daqueles existentes
em patógenos (ex.: vírus, bactérias) pois as
células cancerosas são formas mutantes das
próprias células da pessoa afetada pelo
câncer. Assim, o sistema imune adaptativo
nem sempre as vê como células estranhas e
o tumor pode enganar o organismo,
induzindo-o a desligar a resposta
imunológica
Débora
Exclusivos de
células cancerosas
Podem apresentar
estruturas comuns à
célula normal e
malignas.
Outros não
possuem diferenças
qualitativas de
células normais
Débora
Avanços nos métodos imunológicos e de biologia molecular
têm facilitado enormemente a identificação de antígenos
tumorais capazes de induzir reações imunes.
Antigénios tumorais induzidos por químicos ou danos físicos;
Antígenos específicos do tumor (TSTA; Metilcolantreno /
UV)
Antigénios tumorais induzidos por vírus;
Ex: Linfoma de burkit (EBV); Carcinoma cervical (HPV)
Antigénios associados a tumores;
Antigénios oncofetais
Alfa-feto-proteína (AFP)
Antigénio carcinoembriónico (CEA)
Débora
As categorias se diferem quanto aos fatores que
induzem a malignidade e as propriedades
imunoquímicas dos antígenos tumorais.
Alguns antígenos tumorais são derivados dos genes
normais que, sob circunstâncias normais, são
programados para serem expressos apenas na
embriogênese.
Exemplos de antígenos tumorais de
desenvolvimento oncogênico:
 Família de Proteínas do Antígeno Associado ao
Melanoma (MAGE);
 Antígeno Carcinoembrionário (CEA);
 α-Fetoproteína (AFP);
Presley
 O antígeno surge a partir de uma mutação somática
em todos os casos;
 Essas mutações ocorrem em genes que codificam para
partes funcionalmente importantes da proteína
expressa;
Presley
 Vigilância Imunológica (1950) – resistência
imunológica contra o desenvolvimento do câncer.
 A ausência de vigilância imunológica dos cânceres
espontâneos ou daqueles induzidos por carcinógenos
não significa que esses tumores não são antigênicos;
Presley
Tem-se demonstrado que tanto anticorpos IgM e quanto IgG destroem
as células tumorais in vitro na presença do complemento.
Vários estudos indicam que, na presença do complemento, os
anticorpos antitumorais são eficientes in vivo na destruição de algumas
leucemias e células de linfoma e na redução de metástases em vários
outros sistemas tumorais.
Outros estudos, porém, mostram que os mesmos anticorpos, na
presença de complemento, são ineficientes na destruição das células do
mesmo tumor em uma forma sólida.
Presley
 A destruição das células tumorais
por células fagocíticas foi
demonstrada in vitro, mas
somente na presença do soro
imune antitumoral e
complemento. A relevância deste
mecanismo in vivo é
desconhecida.
Presley
 A atividade metastática de determinados tipos de
tumores requer a adesão das células tumorais umas às
outras e ao tecido circundante. Os anticorpos
direcionados contra as superfícies das células tumorais
podem interferir com as propriedades adesivas das
células tumorais. A relevância deste mecanismo in vivo
é também desconhecida.
Presley
 A destruição das células tumorais in vitro por
linfócitos T específicos tem sido demonstrada para
uma variedade de tumores, tanto os dispersos
quanto os sólidos;
 Embora as células T auxiliares participem na
indução e regulação das células T citotóxicas, a
destruição da célula tumoral é concluída pela CTL
CD8+ com especificidade para os antígenos na
superfície da célula tumoral.
Presley
 As células natural Killer (NK) são uma população
distinta de linfócitos que, sem a sensibilização
prévia e sem a restrição pelo MHC, pode eliminar
determinadas células tumorais.
 As células killer ativadas por linfocinas são células
killer tumores-específicos obtidas do paciente. As
células são crescidas in vitro e então, são
transferidas novamente ao mesmo paciente. Estas
células estão sendo testadas quanto à sua eficácia
na imunoterapia antitumores em seres humanos.
Presley
 A resistência a um tumor pode ser eliminada pela
depleção específica de macrófagos.
 A resistência elevada ao tumor está associada a um
aumento no número de macrófagos ativados.
 A administração de TNF-α em animais portadores
de tumor causa hemorragia e necrose dos tumores.
 Os macrófagos ativados são freqüentemente
encontrados no local de regressão de um tumor.
Presley
Zesiane Ribeiro
Limitações da Efetividade da Resposta
Imune contra Tumores
• Por que apesar da resposta imune, o tumor
continua a crescer no hospedeiro?
• Resposta: Fatores relacionados com os
e o podem influenciar a
fuga das células tumorais da destruição pelo
sistema imune.
Zesiane Ribeiro
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Zesiane Ribeiro
Relacionados
com os tumores
* Ausência de um epítopo antigênico.
*Ausência de sinal co-estimulador
* Produção de substancias inibidoras (ex. citocinas)
pelo tumor
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Relacionados
com o
hospedeiro.
Apresentação deficiente dos
antígenos tumorais pelas
células apresentadoras de
antígeno do hospedeiro
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hospedeiro para atingir o
tumor (ex. barreira do
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Zesiane Ribeiro
• A resposta imune e seus vários
componentes apresentam uma
capacidade limitada para a destruição
efetiva dos tumores.
Zesiane Ribeiro
Imunodiagnóstico
Objetivos:
• Detecção imunológica de antígenos específicos de
células tumorais;
• Avaliação da resposta imune ao tumor.
É basedo na reação imunológica cruzada;
Os métodos imunológicos podem ser utilizados para
detectar Antígenos tumorais e outros “marcadores”
nos casos em que os antígenos tumorais exibem
similaridades de indivíduo para indivíduo.
Caroline da Silveira
Detecção de Proteínas de Mieloma Produzidas
por Plasmócitos Tumorais
• A concentração anormalmente elevada de
imunoglobulinas monoclonais de um certo
isótipo no soro, ou a presença de cadeias leves
destas imunoglobulinas na urina, é indicador
de plasmócitos tumorais. A concentração
dessas proteínas de mieloma no sangue ou na
urina é um reflexo da massa tumoral.
Caroline da Silveira
Detecção de α-Fetoproteína
• A α-Fetoproteína (AFP) é a principal proteína no soro
fetal. Após o nascimento, o nível de AFP reduz para
aproximadamente 20 ng/ml. Os níveis de AFP são
elevados em pacientes com câncer de fígado, mas
também são elevados em alterações hepáticas não-
cancerosas.
• Concentrações de AFP de 500-1000 ng/ml geralmente
são indicadoras da presençã de um tumor que está
produzindo AFP.
• O monitoramento dos níveis de AFP é indicador da
regressão ou progressão do tumor.
Caroline da Silveira
Antígeno Carcinoembrionário (CEA)
• Glicoproteína produzida
normalmente por células do trato
gastrintestinal, particularmente do
cólon.
• Concentrações de CEA no sangue
que excedam 2,5 ng/ml são
normalmente indicadoras de
malignidade, e o monitoramento
dos níveis de CEA é útil no
monitoramento do crescimento ou
regressão do tumor.
Caroline da Silveira
Detecção do Antígeno Específico da
Próstata (PSA)
• Usado atualmente para a triagem e detecção precoce
do câncer da próstata. Níveis acima de 8-10 ng/ml no
sangue são sugestivos de câncer da próstata.
• Os testes confirmatórios são necessários
• O teste é especialmente útil para o aumento ou do
decréscimo significativos dos níveis sanguíneos de
PSA que está correlacionado com o aumento ou
decréscimo do tamanho do tumor.
Caroline da Silveira
Imunoprofilaxia do Tumor
• A imunização contra um vírus oncogênico
deveria representar uma profilaxia contra o
vírus e, portanto, contra a indução subsequente
do tumor pelo vírus.
Caroline da Silveira
Efetiva imunização contra tumores
transplantados de animais.
• Imunógenos:
– Doses subletais de células tumorais vivas;
– Células tumorais nas quais a replicação fora
bloqueada;
– Células tumorais com a superfície de membrana
modificada química ou enzimaticamente;
– Extratos de antígenos da superfície de células
tumorais, não modificados ou quimicamente
modificados.
Caroline da Silveira
• A eficácia da imunoprofilaxia para a proteção
de humanos e animais contra tumores
espontâneos não tem sido avaliada
suficientemente. Esta ausência de um estudo
completo está ligada à necessidade de
imunógenos apropriados e ao perigo da
indução de elementos imunológicos que
podem, de fato, elevar a metástase, e desta
forma ser prejudicial ao hospedeiro.
Caroline da Silveira
Imunoterapia
• Inúmeras tentativas têm sido realizadas para o
tratamento do câncer em animais e humanos por vias
imunológicas. Embora as evidências de sucesso em
imunoterapias para câncer humano estejam
aumentando na literatura, até hoje não se provou ser a
imunoterapia um tratamento efetivo do câncer,
quando utilizada sozinha ou como auxiliar para outras
formas de terapia como quimioterapia, radioterapia
ou cirurgia.
Caroline da Silveira
Algumas estratégias na imunoterapia experimental de
tumores que estão sendo aplicadas:
• Anticorpos monoclonais específicos para tumores podem
medir a citólise através da atração de células NK via os
receptores Fc ou por ativação do complemento.
• Testes de imunoterapia para o câncer estão sendo realizados
com o uso de toxinas ou de isótopos radioativos aderidos aos
anticorpos específicos para tumores destinados
especificamente para células tumorais, levando à eliminação
direta.
• Anticorpos xenogênicos que têm sido molecularmente
modificados através da tecnologia de DNA estão também
sendo testados como candidatos para a imunoterapia.
Caroline da Silveira
As tentativas na imunoterapia para malignidades animais e
humanas têm objetivado também o aumento da imunidade
específica anticâncer, utilizando um aumento não específico da
resposta imune. Em particular, o estímulo de macrófagos,
utilizando BCG (bacilo de Calmette-Guerin) ou
Corynebacterium parvum, vem sendo aplicado em alguns
casos.
Alguns testes estão também em prograsso quanto ao efeito de
várias citocinas, como intérferon α, β e γ, IL-1, IL-2, IL-4, IL-
5, IL12, fator de necrose tumoral, e outros individualmente ou
em combinação na regressão do tumor.
Clinecamente têm-se usado células killer ativadas por
linfocinas e linfócitos infiltrantes tumorais no tratamento de
câncer com resultados variáveis.
Caroline da Silveira
NAOUM,Paulo Cesar ,IMUNOLOGIA DO CÂNCER , disponível
online<http://www.ciencianews.com.br/cien-news/imuno-
cancer.htm>Acesso em 11 de jun.2010.
STANLEY, Robins L.; COTRAN, Ramzi S. Patologia: bases patologicas das
doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 1592p. ISBN 978-85-352-1391-1
BENJAMINI, Eli; COICO, Richard; SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia. 4
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 288p. ISBN 85-277-0709-8
“A desgraça suprema é quando a teoria supera
a execução.”
Leonardo da Vinci (1452-1519)
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Imunologia dos tumores

  • 1. Caroline da Silveira Débora Nascimento Presley Costa Zesiane Ribeiro
  • 2. O termo tumor foi originalmente aplicado ao edema causado por uma inflamação (Câncer é o termo mais comum para todos os tumores malignos) A existência de uma resposta imune contra um tumor é baseada em mudanças nos componentes de superfície da célula maligna. Como se sabe, o câncer começa com uma série de mudanças genéticas induzidas por vários fatores: vírus, drogas, radiações, etc, que atacam um ou mais grupos de células, tornando-as com excessiva capacidade de reprodução e, assim, invadem tecidos vizinhos, onde tem início a malignidade. Capacidade do SI de reconhecimento do não próprio Débora
  • 3. o sistema imune tem um papel preponderante ontra o crescimento de células neoplásicas Os antígenos do câncer são mais difíceis para serem identificados daqueles existentes em patógenos (ex.: vírus, bactérias) pois as células cancerosas são formas mutantes das próprias células da pessoa afetada pelo câncer. Assim, o sistema imune adaptativo nem sempre as vê como células estranhas e o tumor pode enganar o organismo, induzindo-o a desligar a resposta imunológica Débora
  • 4. Exclusivos de células cancerosas Podem apresentar estruturas comuns à célula normal e malignas. Outros não possuem diferenças qualitativas de células normais Débora
  • 5. Avanços nos métodos imunológicos e de biologia molecular têm facilitado enormemente a identificação de antígenos tumorais capazes de induzir reações imunes. Antigénios tumorais induzidos por químicos ou danos físicos; Antígenos específicos do tumor (TSTA; Metilcolantreno / UV) Antigénios tumorais induzidos por vírus; Ex: Linfoma de burkit (EBV); Carcinoma cervical (HPV) Antigénios associados a tumores; Antigénios oncofetais Alfa-feto-proteína (AFP) Antigénio carcinoembriónico (CEA) Débora
  • 6.
  • 7. As categorias se diferem quanto aos fatores que induzem a malignidade e as propriedades imunoquímicas dos antígenos tumorais.
  • 8. Alguns antígenos tumorais são derivados dos genes normais que, sob circunstâncias normais, são programados para serem expressos apenas na embriogênese. Exemplos de antígenos tumorais de desenvolvimento oncogênico:  Família de Proteínas do Antígeno Associado ao Melanoma (MAGE);  Antígeno Carcinoembrionário (CEA);  α-Fetoproteína (AFP); Presley
  • 9.  O antígeno surge a partir de uma mutação somática em todos os casos;  Essas mutações ocorrem em genes que codificam para partes funcionalmente importantes da proteína expressa; Presley
  • 10.  Vigilância Imunológica (1950) – resistência imunológica contra o desenvolvimento do câncer.  A ausência de vigilância imunológica dos cânceres espontâneos ou daqueles induzidos por carcinógenos não significa que esses tumores não são antigênicos; Presley
  • 11. Tem-se demonstrado que tanto anticorpos IgM e quanto IgG destroem as células tumorais in vitro na presença do complemento. Vários estudos indicam que, na presença do complemento, os anticorpos antitumorais são eficientes in vivo na destruição de algumas leucemias e células de linfoma e na redução de metástases em vários outros sistemas tumorais. Outros estudos, porém, mostram que os mesmos anticorpos, na presença de complemento, são ineficientes na destruição das células do mesmo tumor em uma forma sólida. Presley
  • 12.  A destruição das células tumorais por células fagocíticas foi demonstrada in vitro, mas somente na presença do soro imune antitumoral e complemento. A relevância deste mecanismo in vivo é desconhecida. Presley
  • 13.  A atividade metastática de determinados tipos de tumores requer a adesão das células tumorais umas às outras e ao tecido circundante. Os anticorpos direcionados contra as superfícies das células tumorais podem interferir com as propriedades adesivas das células tumorais. A relevância deste mecanismo in vivo é também desconhecida. Presley
  • 14.  A destruição das células tumorais in vitro por linfócitos T específicos tem sido demonstrada para uma variedade de tumores, tanto os dispersos quanto os sólidos;  Embora as células T auxiliares participem na indução e regulação das células T citotóxicas, a destruição da célula tumoral é concluída pela CTL CD8+ com especificidade para os antígenos na superfície da célula tumoral. Presley
  • 15.  As células natural Killer (NK) são uma população distinta de linfócitos que, sem a sensibilização prévia e sem a restrição pelo MHC, pode eliminar determinadas células tumorais.  As células killer ativadas por linfocinas são células killer tumores-específicos obtidas do paciente. As células são crescidas in vitro e então, são transferidas novamente ao mesmo paciente. Estas células estão sendo testadas quanto à sua eficácia na imunoterapia antitumores em seres humanos. Presley
  • 16.  A resistência a um tumor pode ser eliminada pela depleção específica de macrófagos.  A resistência elevada ao tumor está associada a um aumento no número de macrófagos ativados.  A administração de TNF-α em animais portadores de tumor causa hemorragia e necrose dos tumores.  Os macrófagos ativados são freqüentemente encontrados no local de regressão de um tumor. Presley
  • 18. Limitações da Efetividade da Resposta Imune contra Tumores • Por que apesar da resposta imune, o tumor continua a crescer no hospedeiro? • Resposta: Fatores relacionados com os e o podem influenciar a fuga das células tumorais da destruição pelo sistema imune. Zesiane Ribeiro
  • 19. Fatores relacionados com os tumores Zesiane Ribeiro Relacionados com os tumores * Ausência de um epítopo antigênico. *Ausência de sinal co-estimulador * Produção de substancias inibidoras (ex. citocinas) pelo tumor
  • 20. Fatores relacionados com o hospedeiro Relacionados com o hospedeiro. Apresentação deficiente dos antígenos tumorais pelas células apresentadoras de antígeno do hospedeiro Falha dos efetores do hospedeiro para atingir o tumor (ex. barreira do estroma) Zesiane Ribeiro
  • 21. • A resposta imune e seus vários componentes apresentam uma capacidade limitada para a destruição efetiva dos tumores. Zesiane Ribeiro
  • 22. Imunodiagnóstico Objetivos: • Detecção imunológica de antígenos específicos de células tumorais; • Avaliação da resposta imune ao tumor. É basedo na reação imunológica cruzada; Os métodos imunológicos podem ser utilizados para detectar Antígenos tumorais e outros “marcadores” nos casos em que os antígenos tumorais exibem similaridades de indivíduo para indivíduo. Caroline da Silveira
  • 23. Detecção de Proteínas de Mieloma Produzidas por Plasmócitos Tumorais • A concentração anormalmente elevada de imunoglobulinas monoclonais de um certo isótipo no soro, ou a presença de cadeias leves destas imunoglobulinas na urina, é indicador de plasmócitos tumorais. A concentração dessas proteínas de mieloma no sangue ou na urina é um reflexo da massa tumoral. Caroline da Silveira
  • 24. Detecção de α-Fetoproteína • A α-Fetoproteína (AFP) é a principal proteína no soro fetal. Após o nascimento, o nível de AFP reduz para aproximadamente 20 ng/ml. Os níveis de AFP são elevados em pacientes com câncer de fígado, mas também são elevados em alterações hepáticas não- cancerosas. • Concentrações de AFP de 500-1000 ng/ml geralmente são indicadoras da presençã de um tumor que está produzindo AFP. • O monitoramento dos níveis de AFP é indicador da regressão ou progressão do tumor. Caroline da Silveira
  • 25. Antígeno Carcinoembrionário (CEA) • Glicoproteína produzida normalmente por células do trato gastrintestinal, particularmente do cólon. • Concentrações de CEA no sangue que excedam 2,5 ng/ml são normalmente indicadoras de malignidade, e o monitoramento dos níveis de CEA é útil no monitoramento do crescimento ou regressão do tumor. Caroline da Silveira
  • 26. Detecção do Antígeno Específico da Próstata (PSA) • Usado atualmente para a triagem e detecção precoce do câncer da próstata. Níveis acima de 8-10 ng/ml no sangue são sugestivos de câncer da próstata. • Os testes confirmatórios são necessários • O teste é especialmente útil para o aumento ou do decréscimo significativos dos níveis sanguíneos de PSA que está correlacionado com o aumento ou decréscimo do tamanho do tumor. Caroline da Silveira
  • 27. Imunoprofilaxia do Tumor • A imunização contra um vírus oncogênico deveria representar uma profilaxia contra o vírus e, portanto, contra a indução subsequente do tumor pelo vírus. Caroline da Silveira
  • 28. Efetiva imunização contra tumores transplantados de animais. • Imunógenos: – Doses subletais de células tumorais vivas; – Células tumorais nas quais a replicação fora bloqueada; – Células tumorais com a superfície de membrana modificada química ou enzimaticamente; – Extratos de antígenos da superfície de células tumorais, não modificados ou quimicamente modificados. Caroline da Silveira
  • 29. • A eficácia da imunoprofilaxia para a proteção de humanos e animais contra tumores espontâneos não tem sido avaliada suficientemente. Esta ausência de um estudo completo está ligada à necessidade de imunógenos apropriados e ao perigo da indução de elementos imunológicos que podem, de fato, elevar a metástase, e desta forma ser prejudicial ao hospedeiro. Caroline da Silveira
  • 30. Imunoterapia • Inúmeras tentativas têm sido realizadas para o tratamento do câncer em animais e humanos por vias imunológicas. Embora as evidências de sucesso em imunoterapias para câncer humano estejam aumentando na literatura, até hoje não se provou ser a imunoterapia um tratamento efetivo do câncer, quando utilizada sozinha ou como auxiliar para outras formas de terapia como quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Caroline da Silveira
  • 31. Algumas estratégias na imunoterapia experimental de tumores que estão sendo aplicadas: • Anticorpos monoclonais específicos para tumores podem medir a citólise através da atração de células NK via os receptores Fc ou por ativação do complemento. • Testes de imunoterapia para o câncer estão sendo realizados com o uso de toxinas ou de isótopos radioativos aderidos aos anticorpos específicos para tumores destinados especificamente para células tumorais, levando à eliminação direta. • Anticorpos xenogênicos que têm sido molecularmente modificados através da tecnologia de DNA estão também sendo testados como candidatos para a imunoterapia. Caroline da Silveira
  • 32. As tentativas na imunoterapia para malignidades animais e humanas têm objetivado também o aumento da imunidade específica anticâncer, utilizando um aumento não específico da resposta imune. Em particular, o estímulo de macrófagos, utilizando BCG (bacilo de Calmette-Guerin) ou Corynebacterium parvum, vem sendo aplicado em alguns casos. Alguns testes estão também em prograsso quanto ao efeito de várias citocinas, como intérferon α, β e γ, IL-1, IL-2, IL-4, IL- 5, IL12, fator de necrose tumoral, e outros individualmente ou em combinação na regressão do tumor. Clinecamente têm-se usado células killer ativadas por linfocinas e linfócitos infiltrantes tumorais no tratamento de câncer com resultados variáveis. Caroline da Silveira
  • 33. NAOUM,Paulo Cesar ,IMUNOLOGIA DO CÂNCER , disponível online<http://www.ciencianews.com.br/cien-news/imuno- cancer.htm>Acesso em 11 de jun.2010. STANLEY, Robins L.; COTRAN, Ramzi S. Patologia: bases patologicas das doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 1592p. ISBN 978-85-352-1391-1 BENJAMINI, Eli; COICO, Richard; SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 288p. ISBN 85-277-0709-8
  • 34. “A desgraça suprema é quando a teoria supera a execução.” Leonardo da Vinci (1452-1519) Obrigada!!