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FACULDADE METODISTA DE SANTA MARIA
CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
CARLOS EDUARDO WEIZENMANN
OS BENEFÍCIOS DA INCLUSÃO DIGITAL PARA ADULTOS-IDOSOS
SANTA MARIA
2012
2
CARLOS EDUARDO WEIZENMANN
OS BENEFÍCIOS DA INCLUSÃO DIGITAL PARA ADULTOS-IDOSOS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Sistemas de
Informação apresentado a Faculdade
Metodista de Santa Maria, como
requisito parcial para obtenção de grau
Bacharel em Sistemas de Informação.
Orientadora: Profª Ms. Tatiele Bolson
Moro
SANTA MARIA
2012
3
RESUMO
A inclusão digital está ganhando cada vez mais espaço junto à sociedade, através de tele-
centros comunitários, ONGS, projetos de extensão de faculdades, entre outros, cujo
propósito é ensinar e levar a tecnologia para pessoas que são excluídas digitalmente. A
Faculdade Metodista de Santa Maria - FAMES possui um programa de extensão
denominado Escola para Adultos (EA), voltado para alunos com idade maior ou igual a 45
anos. A EA visa discutir noções referentes à idade adulta-velhice, tecnologias da
informação e comunicação – TICs, entre outras, sendo a inclusão digital uma das
disciplinas oferecidas nesse programa. Este trabalho tem por objetivo conhecer os
participantes por meio da aplicação de dois questionários, sendo um para conhecê-los
melhor e outro sobre a utilização do computador. Dessa forma, é possível descobrir o
significado e os benefícios proporcionados por pessoas adultas e idosas. Na primeira parte
da pesquisa, pode-se observar que o significado da inclusão digital para essas pessoas, em
geral, é estar atualizado e poder utilizar as ferramentas tecnológicas (TICs) para estar
conectado com o mundo e com as pessoas. A metodologia desta pesquisa é do tipo quali-
quantitativo, havendo levantamento bibliográfico e pesquisa de campo baseada em
entrevistas, questionários avaliativos, que permitem um melhor envolvimento com questão
de estudo; também foi utilizada a técnica de observação, do tipo observação assistemática.
Já os benefícios são a aproximação das pessoas através das redes sociais, o manter-se
atualizado com as notícias, além da melhora de raciocínio e da autoestima. A informática
aos adultos-idosos só vem trazer benefícios, como uma excelente atividade mental, pois
auxilia a manutenção da memória e também proporciona a apreensão de algo novo, além
de valorizar a vida e as experiências pessoais.
Palavras-chave: Inclusão Digital. TICs. Adultos-Idosos. Extensão.
4
ABSTRACT
Digital inclusion is gaining more and more space in society, through tele-community
centers, NGOs, extension projects in colleges, among others, and the purpose is to teach
and bring technology to people who are digitally excluded. Faculdade Metodista de Santa
Maria - FAMES has an extension program named Escola para Adultos (EA), aimed at
students aged more than or equal to 45 years old. EA aims to discuss issues related to
adulhood/elderly age, information and communication technologies – ICTs, and others,
and digital inclusion is one of the subjects offered in this program. This work aims to know
the participants by applying two questionnaires, one to know them better, and another on
the use they make of the computer. Thus it is possible to discover the meaning and the
benefits provided for adults and elderly people. In the first part of the research, we can
observe that the meaning of digital inclusion for these people in general is to be updated
and to use the technological tools (ICTs) to be connected with the world. The methodology
is quali-quantitative with review of literature, field research through interviews,
questionnaires, that allow to better analyze the topic studied. The benefits are bringing
people together through social networks, staying updated with the news, and improving
reasoning and self-esteem. Computer for elderly adults brings benefits, such as a great
mental activity, since it helps maintain memory, and also provides learning new things,
besides valuing life and people's experiences.
Keywords: Digital Inclusion. ICTs. Elderly Adults. Extension.
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Gráfico Profissões.............................................................................................. 20
Figura 2 – Gráfico Questão 4 .............................................................................................. 21
Figura 3 – Dados ................................................................................................................. 22
Figura 4 – Passos de Memorização ..................................................................................... 24
Figura 5 – Gráfico Interesses............................................................................................... 25
Figura 6 – Gráfico Necessidades......................................................................................... 25
Figura 7 – Gráfico Dificuldades.......................................................................................... 26
Figura 8 – Gráfico Questão 9 .............................................................................................. 29
Figura 9 – Gráfico Questão 11 ............................................................................................ 30
Figura 10 – Gráfico Questão 12 .......................................................................................... 31
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Respostas Questão 9. ......................................................................................... 29
Tabela 2 – Tabela Questão 10 ............................................................................................. 30
7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8
1.1. O PROBLEMA DA PESQUISA.................................................................................... 9
1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................................... 10
1.2.1. Objetivos Gerais ...................................................................................................... 10
1.2.2. Objetivos Específicos............................................................................................... 10
1.3. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TRABALHO ............................................. 10
1.4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................... 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 12
2.1. FATORES COGNITIVOS E PSICOMOTORES........................................................ 12
2.1.1. Aprendizagem.......................................................................................................... 13
2.2. TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DA ESCOLA PARA ADULTOS .... 14
3. METODOLOGIA DA PESQUISA.............................................................................. 17
3.1. ITENS BÁSICOS ABORDADOS NAS AULAS........................................................ 17
3.2. PRIMEIRO QUESTIONÁRIO....................................................................................18
3.3. SEGUNDO QUESTIONÁRIO.................................................................................. 18
4. DESENVOLVIMENTO................................................................................................ 19
4.1. COLETA DE DADOS ................................................................................................. 19
4.2. ANÁLISE DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO ........................................................... 20
4.3. ANÁLISE DO SEGUNDO QUESTIONÁRIO ........................................................... 27
4.4 ANÁLISE E DISCURSOS DOS RESULTADOS........................................................ 32
5. CONCLUSÕES............................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 37
ANEXO A........................................................................................................................... 39
ANEXO B........................................................................................................................... 41
ANEXO C........................................................................................................................... 43
ANEXO D........................................................................................................................... 46
8
1 INTRODUÇÃO
A inclusão digital está ganhando cada vez mais espaço junto à sociedade, através de
tele-centros comunitários, ONGS, Projetos de Extensão de Faculdades, entre outros. O
propósito dessa inclusão digital é ensinar e levar a tecnologia para pessoas que são
excluídas digitalmente, por não possuírem condições para frequentar um curso de
informática e até mesmo por não ter seu computador em casa. Atualmente, parte da
população possui computador ou notebook em casa para uso pessoal, porém, uma parcela
da sociedade não possui ou não tem acesso a essa tecnologia. Outro fator são as pessoas
idosas que ficam, muitas vezes, excluídas do avanço da tecnologia. Essa geração
acompanha seus filhos e netos que, com facilidade, aprendem a trabalhar com o
computador, mas ficou à deriva dessa tecnologia.
A Faculdade Metodista de Santa Maria - FAMES possui um Programa de Extensão
denominado Escola para Adultos (EA), o qual é voltado para alunos com idade maior ou
igual a 45 anos. Em 2007, a EA passou por uma reestruturação total, visando melhoria,
bem-estar e qualidade de vida dos adultos médios. Já no 2º semestre de 2008, passou a ser
um programa multidisciplinar. Tem por objetivo discutir noções referentes à idade adulta e
velhice, norteada pelos aspectos biológicos, filosóficos, psicológicos, sociais, artísticos,
religiosos, políticos, jurídicos, e das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação)
entre outros, bem como de todos os demais que possam auxiliar no aperfeiçoamento, que
ajudam a despertar o interesse de adultos-idosos (TREVISAN, 2011). Nesse programa,
uma das disciplinas oferecidas é a Inclusão Digital (informática), em que é separada por
módulos (1-iniciante, 2-intermediário e 3-avançado). Cada um deles aborda conteúdos
diferentes, focando sempre no propósito dos alunos (devido à idade). Os conteúdos mais
abordados são redes sociais, edição de fotografias e vídeos, blogs e e-mail.
A ideia de realizar o trabalho voltado ao grupo de alunos idosos se deu devido ao
interesse, cada vez mais frequente, deles pela tecnologia. Portanto, por ser apoio
extensionista, e se ao ministrar as aulas, nota-se uma grande satisfação de estarem
aprendendo a cada dia mais; isso irá proporcionar aos alunos um bem-estar pessoal, físico,
social e cognitivo. Esse é motivo para a proposta deste trabalho: avaliar, através da
aplicação de questionários, quais são os benefícios proporcionados pela inclusão digital
para o programa de extensão Escola para Adultos.
9
A proposta inicial é realizar a aplicação de questionários para poder descobrir qual
o significado e os benefícios proporcionados pela inclusão digital. Essas avaliações
(questionários) foram elaboradas com base em outros trabalhos publicados e adaptados às
necessidades e aos objetivos deste trabalho, para evitar uma mudança na proposta do
estudo e também para não comprometer os alunos envolvidos na pesquisa.
O convívio como extensionista juntamente com os alunos da EA transformou-se em
curiosidade para realizar este trabalho voltado a esse grupo de alunos para descobrir os
benefícios que a informática proporciona a eles.
Além de a informática para adultos-idosos trazer benefícios, como uma excelente
atividade mental, auxiliando a manutenção da memória, ela proporciona também a
apreensão de algo novo e valoriza a vida e a experiência das pessoas (FERNADES, 2011);
assim, busca-se saber os benefícios para os alunos da EA.
1.1 O PROBLEMA DA PESQUISA
Segundo Mandel (1997), as dificuldades cognitivas de algumas pessoas que
possuem dificuldades com a memória podem ser de curta duração e longa duração. Curta,
quando guardamos na lembrança por pouco tempo, havendo, nesse caso, um limite em
reter as informações. Para uma memória longa, melhor, para que retenha algo por mais
tempo, é preciso treinar muito e repetir bastante (GRISPINO, 2007), principalmente com o
avanço da idade, pois acabam se tornando cada vez mais fracas. Dessa forma, possuem
uma grande dificuldade de se inserir digitalmente. Por isso, o propósito deste trabalho é
analisar os benefícios da inclusão digital para adultos-idosos e avaliar os resultados obtidos
através de testes avaliativos para esse público que possui dificuldades cognitivas, pela
idade, quando inseridos junto a Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs).
Através de testes avaliativo-interpretativos e observativos, pode-se avaliar os
resultados proporcionados pelo uso das TICs. Conforme Nunes (1999), é necessário
investigar quais as abordagens adequadas para introduzir o idoso no universo das TICs,
levando-se em conta as dificuldades físicas, psicológicas e sociais dessa faixa etária.
10
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA
1.2.1 Objetivo Geral
Compreender quais são os benefícios proporcionados pela inclusão digital para os
adultos-idosos do programa de EA da FAMES.
1.2.2 Objetivos Específicos
• Realizar uma revisão bibliográfica baseada em livros, artigo acadêmicos,
dissertações, materiais publicados em eventos e outros artigos publicados em sites de
internet.
• Realizar levantamento de dados para os testes ou avaliações para obter, entender
e verificar o nível de rentabilidade em relação ao uso da informática dos alunos da oficina
de informática da EA.
• Empregar uso das ferramentas para ensino, para obter resultados sobre a melhora
do comportamento da aprendizagem, através de jogos que desenvolvem o raciocínio
lógico, dessa forma, desenvolvendo suas dificuldades cognitivas (memória e motora).
• Avaliar o comportamento da qualidade e do bem-estar dos sujeitos avaliados que
fizeram uso das ferramentas computacionais, podendo descobrir qual significado a
informática proporciona na vida do programa de pessoas adulto-idosas da EA.
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TRABALHO
A inclusão digital para adultos-idosos busca inserir pessoas que estão ficando
excluídas digitalmente, por não conseguirem acompanhar à evolução das TICs, as quais
acontecem de forma muito rápida no século XXI.
Ao se trabalhar com informática como um programa de alunos adultos-idosos,
surgiu-se a oportunidade de realizar um estudo baseado no uso de questões
avaliativas/metacognitivas para se obter os resultados proporcionados e seus benefícios em
relação ao uso da informática para seu bem-estar, e quais foram os fatores que ocasionaram
melhora após o seu uso.
11
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O Capítulo 1 apresenta uma breve introdução ao tema do trabalho, que será melhor
explicada durante o texto, bem como os objetivos da pesquisa, justificativas e organização
do trabalho.
O Capítulo 2 aborda o referencial teórico consultado, que fornece uma base para o
desenvolvimento do trabalho. Nele são abordados temas como fatores cognitivos e
psicomotores, aprendizagem e tecnologias utilizadas para o ensino.
O Capítulo 3 é composto pela metodologia, onde serão expostas quais são as
características do projeto e como ele será desenvolvido, bem como as ferramentas e os
métodos utilizados para desenvolvimento da avaliação e a descrição dos itens abordados
em aula quanto a sua metodologia e os questionários a serem aplicados aos alunos.
O Capítulo 4 descreve como foi desenvolvida a pesquisa, como foram aplicados os
questionários I e II, quais foram as ferramentas utilizadas, bem como os resultados obtidos
e a comparação dos resultados entre os dois questionários.
O Capítulo 5 refere-se à conclusão, onde são apresentadas as análises finais dos
aspectos abordados no trabalho.
O Capítulo 6 apresenta quais foram as referências bibliográficas do estudo para o
desenvolvimento do projeto.
O Capítulo 7 apresenta os anexos do trabalho, os quais são: Anexos A – Atividades
desenvolvidas durante as aulas de informática, Anexo B – 1º Questionário aplicado aos
alunos, Anexo C – 2º Questionário aplicado aos alunos da EA, Anexo D – Documentos
aprovados pela Câmera de Pesquisa e Pós-Graduação.
12
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Vive-se em um período marcado por grandes avanços tecnológicos em diversas
áreas o conhecimento humano, que estão tendo uma grande repercussão em relação à
qualidade de vida das pessoas. Isso não ocorre apenas em países de primeiro mundo, mas
também no Brasil, que é um país em desenvolvimento. O idoso é uma pessoa ativa, que
participa da sociedade como qualquer outra, sendo assim, ele não deve ser excluído dos
benefícios proporcionados através do acesso aos recursos de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), que são representados pelo uso da internet, bem como suas
ferramentas (DA SILVA, 2007). Este trabalho procura analisar os benefícios pelos quais a
inclusão digital vem proporcionando aos alunos do programa da EA, podendo, assim,
destacar sua importância para os adultos-idosos.
2.1 FATORES COGNITIVOS E PSICOMOTORES
Nunes (1999) argumenta que a mudança nos aspectos psicomotores com o
envelhecimento é um processo natural a todos os seres vivos, apresentando características
peculiares para os seres humanos. Já segundo Rybash (1995), os fatores do processo de
envelhecimento de acordo com a idade são:
cronológico: é o número de anos que vai desde o nascimento até os dias atuais;
biológico: está relacionado com sua estimativa de vida;
psicológico: está relacionado com as mudanças emocionais, a capacidade de ele
reagir frente às mudanças. Essa comparação é realizada com pessoas de idade cronológica
igual.
Para Beauvoir (1990), o envelhecimento é um fenômeno biológico, que acarreta
consequências psicológicas. Para a autora, esses dados se impõem mutuamente, ou seja,
estão correlacionados diretamente. Já para Fialho (2001),
A Cognição é o tratamento da informação, ou seja, a manipulação de símbolos a
partir de regras. Funciona por meio de dispositivos que possam representar e
manipular elementos físicos descontínuos: os símbolos. O sistema cognitivo
interage apenas com a forma dos símbolos (os seus atributos físicos) e não com
seu sentido.
13
Conforme Rybash (1995 apud FIALHO, 2001), cognição refere-se à coleção de
processos que servem para transformar, organizar, selecionar, reter e interpretar
informações. Muitos investigadores do envelhecimento cognitivo, conforme Nunes (1999),
utilizam o processamento das informações para investigar os aspectos cognitivos afetados
com a idade. Para o autor, a maioria dos idosos tem dificuldades na organização e
interpretação da informação. Com o passar da idade, as pessoas apresentam um declínio na
habilidade de reconhecer os objetos (RYBASH, 1995).
Em relação à atenção, Nunes (1999) coloca que os dois aspectos que mais afetam
o desempenho do idoso são a atenção seletiva e a atenção dividida. A atenção seletiva
refere-se à habilidade de distinguir informações pertinentes das irrelevantes; a atenção
dividida refere-se ao processamento de duas ou mais informações ao mesmo tempo.
2.1.1 Aprendizagem
Os principais problemas encontrados na aprendizagem são as dificuldades
sensoriais (visão e audição), além da memória e motricidade fina, que, juntas, dificultam o
aprendizado.
Alguns autores citam a necessidade de se reavaliar propostas metodológicas
direcionadas para a pessoa idosa, dando atenção ao processo cognitivo, o ritmo, que é mais
lento do que de um jovem, e outros fatores que tornam essas pessoas com mais
dificuldades de aprendizagem novas, como as restrições sensoriais que são próprias do
envelhecimento. Sendo assim, para o ensino das TICs a adultos-idosos, é necessário um
ambiente de aprendizagem próprio que necessite a aplicação/criação de uma interação com
a máquina de acordo com as suas necessidades e condições físicas (PEREIRA; NEVES,
2011).
Durante estudos realizados, observaram-se alguns fatores determinantes e
estratégicos que se devem ao ensino de TICs a esse grupo de pessoas. Salienta-se: o
número de turmas menores, um aluno por computador, uma boa iluminação da
sala/laboratório de informática, tamanho e iluminação do monitor, teclado e mouse com
design especial, letra grandes, o início por meio de jogos e atividades lúdicas (prazer na
execução), utilização de experiências de vida dos idosos para auxílio na preparação do
material de apoio, utilizando-se caracteres grandes e cores fortes. Deve-se respeitar o ritmo
14
de cada aluno; partir de situações contextualizadas; efetuar repetição das atividades; seguir
etapas gradativas de aprendizagem (KACHAR, 2006).
David P. Ausubel (1977), criador da teoria da aprendizagem significativa, diz que
a aprendizagem precisa fazer algum sentido e acontece quando a nova informação ancora-
se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura cognitiva de quem está aprendendo. O
processo de aprendizagem mecânica dá-se quando uma nova informação não consegue ter
sentido, ou seja, ocorre quando as novas informações são aprendidas sem interagirem com
conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, podemos utilizar o seguinte
exemplo: uma pessoa pode decorar conteúdos para realizar uma prova, mas, assim que a
prova termina, ela esquece logo o que memorizou (GOULART, 2007).
Para essa aprendizagem ser significativa, é preciso haver disposição para
aprender (se quiser memorizar arbitrariamente, então, a aprendizagem será mecânica),
devendo ser significativo, lógico e psicologicamente significativo, ou seja, isso deverá ser
compreendido pela memória, a fim de se obter uma melhor memorização (GOULART,
2007).
2.2 TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DA ESCOLA PARA ADULTOS
Para aqueles que iniciam o processo de inclusão digital é importante abordar como
foi o processo evolução dos computadores. Pode-se dizer que isso é de suma importância
para essas pessoas, para seu processo de desenvolvimento, bem como para o processo
evolutivo de cada um. Também é importante conhecer as diferenças e conceitos de
hardware e software, assim como seu funcionamento. Assim, é relevante mostrar a parte
interna do computador, suas peças, fazer a demonstração física dessas peças, ou seja, abrir
e desmontar um computador e retirar seus componentes, apresentando-os aos alunos para
que eles conheçam e definam cada qual. Quanto ao software e ao sistema operacional, tem-
se:
Sistemas Operacionais - SO: Qualquer pessoa que utilize um computador nos dias
atuais sabe que existe o sistema operacional, que é responsável por controlar o
computador, seja ele de pequeno porte (uso pessoal), ou grande porte (cluster)
(OLIVEIRA; CARISIMI; TOSCANI, 2001). O sistema operacional pode ser, por exemplo,
Linux ou Windows. O Linux é um software livre, de código aberto, ou seja, permite que
outros programadores o aperfeiçoem, dispensando o uso de licença para uso
15
pessoal/residencial ou comercial. O Windows é um software da empresa Microsoft,
diferentemente do Linux. Aquele necessita de uma licença que deve ser renovada
anualmente. O SO trabalhado na EA, inicialmente, é o Windows XP, por ser de mais fácil
entendimento e estar a mais tempo no mercado. Porém, aborda-se sua atualização mais
atual, o Windows 7, que possui uma nova interface e alguns novos recursos nos quais
foram melhorados do seu sucessor o XP.
Jogos: Alguns jogos podem estimular a concentração, o raciocínio, a memória, a
cognição e as habilidades motoras. Tem-se como ponto inicial, o jogo paciência (jogo de
cartas), que aborda todos os termos citados (raciocínio, memória, etc.) (SILVA, 2007).
Internet: É a maior interconexão de redes de computadores do mundo, que permite
a conexão e comunicação direta entre eles. Tem caráter planetário e aberto ao público, que
conecta redes de informática de organismos oficiais, educativos e empresariais (GOLART,
2007). Abaixo se encontram alguns conteúdos trabalhados relacionados ao uso da internet:
e-mail (correio-eletrônico): Facilita o contato entre pessoas e, assim, estimula a
organizar melhor os pensamentos através da escrita. A leitura de e-mail (correspondência)
favorece o pensamento lógico e o raciocínio;
Chat (bate-papo): Da mesma forma que o e-mail, proporciona contato com pessoas
com culturas diferentes, também estimula a organização do raciocínio e o pensamento
lógico.
Pesquisa: para realizar uma pesquisa na internet, é necessário que se tenha em
mente o que se deseja pesquisar, ou seja, sobre qual assunto deseja-se obter informações,
além de ter que identificar qual fonte de informação é mais confiável. É utilizado como
mecanismo de busca o Google, por possuir opções e ser de fácil interpretação e
entendimento.
Notícias: Poder ler um jornal sem precisar comprá-lo ou esperar pela entrega na
residência, é, sem dúvida, de grande significância nos dias de hoje. Dessa forma, podemos
obter as principais notícias dos principais jornais do mundo em tempo real. O site Google
oferece um gerenciador de notícias com notícias de jornais e sites de notícias nacionais e
internacionais. Também são abordados outros sites de notícias, tais como Terra, Ig, Globo,
e alguns outros locais, como Diário de Santa Maria, A Razão.
A importância de se trabalhar com internet na velhice está ligada às facilidades e
praticidades que ela nos proporciona nos dias atuais. A internet influencia a vidas das
pessoas; com ela, pode-se comunicar com áudio e vídeo, utilizando-se software como:
16
Messenger ou Skype, que são os mais utilizados e fáceis de usar; pode-se ter utilização para
fins comerciais, ou seja, para compras online, em site e-commerce; podem-se consultar
informações de pessoa física e jurídica através de sites de administração governamental,
como Receita Federal; além da grande importância do seu uso e a grande disposição de
gama de informações (pesquisas) para qualquer um.
Castells (2005) realiza um comparativo entre a rede de computadores
interconectada e o sistema nervoso de nosso mundo, ou seja, ambos estão correlacionados.
Dessa forma, estar fora dessa rede é ficar fora de tudo que se passa no mundo e em suas
dimensões; isso pode tornar algumas pessoas felizes e outras infelizes. A diferença está no
fato de que quem está conectado pode se desconectar. O treinamento de motricidade pelo
manuseio do mouse é tão importante quanto o de utilização do teclado, tendo em vista que
ambos são utilizados na interação com o computador. Para treinar a motricidade, uma das
melhores formas é através de desenhos à “mão livre”, em que são utilizados o mouse e as
teclas, no lugar de lápis e papel. Além de desenvolver a motricidade da mão, ainda ajuda a
desenvolver a sincronização dos movimentos do mouse sobre a mesa com o movimento do
cursor na tela do computador (SALES; MARIANI; ALVAREZ, 2009).
Com o uso das tecnologias, as pessoas acabam ficando com receio no contato com
a internet ao executar procedimentos “incorretos” e, com isso, muitas vezes, acabam se
sentindo incapazes de utilizar o computador. Sendo assim, deve-se respeitar a
individualidade de cada aluno e focar o uso crítico e consciente da tecnologia, dando
atenção especial a pesquisas pela internet (SILVA, 2007).
17
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A metodologia da pesquisa deste trabalho é do tipo quali-quantitativo; há
levantamento bibliográfico e pesquisa de campo baseada em entrevistas, questionários
avaliativos, que permitem um melhor envolvimento com questão de estudo, e também foi
utilizada a técnica de observação, do tipo observação assistemática.
A utilização de entrevistas e questionários caracterizou qualitativamente a pesquisa.
E a caracterização quantitativa se dá pelos questionários avaliativos finais, em que os
sujeitos responderam a questões abertas e fechadas, servindo para a complementação dos
dados da investigação. Esses dados foram tabulados, gerando apenas um percentual que
gerou uma média.
Após a utilização desta pesquisa, os documentos irão permanecer junto à
Coordenadoria de Extensão e estarão disponíveis caso os participantes queiram obter as
informações.
Esta pesquisa passou por aprovação da Câmera de Pesquisa e Pós-Graduação da
Faculdade Metodista de Santa Maria – FAMES, conforme consta no final deste documento
em anexo.
3.1 ITENS BÁSICOS ABORDADOS NAS AULAS
Para que se possa trabalhar com conteúdos diversificados, é necessário ter um breve
conhecimento do uso básico do computador; dessa forma, a realização das entrevistas foi
feita com a separação de turmas conforme o seu grau de conhecimento (intermediário e
avançado). Assim, foi possível abordar esses conteúdos de acordo com nível de
conhecimento do grupo. Para aqueles que não possuem nenhum conhecimento sobre a
tecnologia, os conteúdos são destinados à turma iniciante; os que já possuem um pouco de
conhecimento e já sabem realizar algumas tarefas são destinados à turma intermediária; já
os que possuem conhecimentos mais avançados, ou seja, aqueles que utilizam o
computador há mais tempo e que já possuem contato com a tecnologia há algum tempo são
destinados à turma avançada.
Os conteúdos abordados em cada módulo se encontram no Anexo A deste
documento.
18
3.2 PRIMEIRO QUESTIONÁRIO
O primeiro questionário foi aplicado nos meses de agosto e setembro de 2012,
constituindo uma amostra de 34 sujeitos, abordando questões relacionadas a opiniões dos
participantes, bem como uma entrevista para poder conhecer cada participante de modo
que se pudesse captar o grau de dificuldade entre eles. O questionário foi montado,
utilizando-se a Tecnologia Google Docs – formulários. Essa ferramenta (formulários)
permite a montagem de qualquer tipo de questionário, seja ele de múltipla escolha ou
descritivo; é uma ferramenta simples que gera todos os dados em forma de gráfico, bem
como uma média no caso de utilização de números. Após a assinatura do Termo de
Consentimento e Livre Esclarecimento – TCLE (Anexo D – item 2), o participante recebia,
por e-mail, o questionário para preenchimento online, que foi respondido no horário da
aula de informática com as três turmas (iniciante, intermediário e avançado), sendo que
alguns participantes optaram por responder em casa, por conseguirem se concentrar
melhor.
O questionário aplicado se encontra no Anexo B deste documento.
3.3 SEGUNDO QUESTIONÁRIO
O questionário foi aplicado no mês de outubro de 2012, constituindo uma amostra
de 31 sujeitos. Foi um questionário de conhecimento mais “técnico”, ou seja, com questões
sobre o conhecimento adquirido dos alunos sobre alguns fatores que envolvem TICs.
Devido à grande dificuldade encontrada durante a primeira fase da pesquisa, foi aplicado o
primeiro questionário relacionado a uma pequena entrevista individualizada, sendo enviado
para o e-mail do participante e respondido online. Dessa forma, a coleta dos dados se torna
mais fácil para o pesquisador, evitando-se assim o trabalho de transcrever as informações
para um documento digital para realizar a amostra dos resultados. Também dessa forma é
possível captar o grau de dificuldade que os alunos possuem em utilizar tais métodos com
os quais não estão acostumados, e, com isso, percebe-se que há dificuldades com relação à
idade e ao domínio da tecnologia.
19
4 DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento desta pesquisa se deu através da aplicação de dois
questionários, sendo o primeiro baseado em entrevista, em que o participante pôde
expressar sua opinião e sua visão para cada tipo de pergunta. Já o segundo questionário
refere-se ao conhecimento da utilização da tecnologia e conhecimentos adquiridos durante
o curso. A ferramenta utilizada para elaboração destes questionários foi o Google
Formulário, onde é possível a criação de qualquer tipo de questionário. A vantagem da
utilização dessa ferramenta é que o participante responde por e-mail ou por um link
(endereço) informado; esses dados ficam armazenados em uma planilha por ordem de
resposta.
4.1 COLETA DE DADOS
A aplicação dos questionários visa coletar informações que vão desde o significado
da inclusão digital até alguns conhecimentos básicos utilizados no dia a dia dos
participantes. O primeiro questionário refere-se a uma pequena entrevista com respostas
pessoais de cada participante. Com isso, foi possível classificar os participantes de acordo
com as respostas obtidas no questionário. Em nenhum momento, serão divulgados os
nomes de participantes, pois só constam no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), assinado por cada participante. Sua identificação será apenas através da idade e
profissão. Já o segundo questionário se refere à utilização dos conhecimentos adquiridos
através das aulas e no convívio com demais colegas. Esse segundo questionário é mais
direto, contendo questões de múltipla escolha em sua a grande maioria.
Segundo as autoras Argimon e Vitola (2003), é importante para pessoas idosas
manter uma atividade mental exercitada, utilizando algumas formas de lazer, tais como
jogo de cartas, palavras cruzadas, jogo de memória ou até mesmo voltar a estudar, sendo
isso algo bastante comum nessa idade. Os autores também citam o uso do computador
como mais uma atividade prazerosa, na qual os idosos conseguem se comunicar com
familiares ou amigos, além de acompanharem os avanços tecnológicos. Conforme Jentoft
(2006), as pessoas que mantêm uma atividade cerebral “ativa” ao longo do tempo
permitem criar novas conexões neurais, além de reforçar as conexões já criadas. Com isso,
há uma compensação nas conexões perdidas, que evocam o potencial de desenvolvimento
20
mental em qualquer idade, fato que até bem pouco tempo, segundo o autor, era uma
irreverência científica.
4.2 ANÁLISE DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO
A aplicação do primeiro questionário destina-se a conhecer melhor os participantes
através de uma entrevista direcionada ao tema do trabalho. Esta pesquisa contou com 34
participantes, sendo 6% do sexo masculino e 94% do sexo feminino.
Com essa pesquisa foram obtidos os seguintes resultados:
A pergunta 1 questiona a qual turma o participante pertencia. Apenas 12% são da
turma iniciante, 53% são da turma intermediária e 35% frequentam a turma avançada.
Com isso, observou-se que a maior parte (53%) dos alunos participantes frequenta a turma
intermediária.
Para poder separar os usuários, foi perguntado ao participante qual era sua idade.
Com isso, notou-se que a idade do participante mais novo é de 50 anos e o mais velho de
83 anos. Sendo assim, obteve-se uma média de idade de 65 anos.
Na questão 2, foi perguntado ao participante se ele era aposentado ou não. As
respostas foram: 79% são aposentados e apenas 21% não são aposentados.
Na figura 1, foi questionada ao participante a profissão que exerce ou exerceu. As
profissões foram várias, entre as mais comuns estão: professor: 44,1%, do lar: 17,6%,
comerciante: 11,8%, funcionário público: 8,8% e outras profissões: 17,6%.
Figura 1 – Gráfico Profissões
Fonte: Próprio Autor
21
Na figura 2, temos a representação da questão de n° 4, em que foi perguntado ao
participante da pesquisa o que o levou a querer aprender informática. Com base nas
respostas, observou-se que 31,8% dos participantes buscou a informática como uma forma
de se atualizar; 19,7% para poder se comunicar com familiares e amigos; 10,6% para
adquirir novos conhecimentos e por necessidade; 6,1% para ter uma distração/passatempo,
4,5% por gostar de informática; 3% por bem-estar, diversão, incentivo dos filhos, por
querer ser independente e curiosidade; 1,5% por considerar um desafio pessoal.
Figura 2 – Gráfico Questão 4
Fonte: Próprio Autor
As respostas mais expoentes foram:
A informática nos abre janelas para podermos entender melhor os acontecimentos destes tempos
atuais. Também para coloca o celebro para aprender coisas novas. Pela necessidade de aprender a mexer
no computador para fala com filhos e netas. Também para se atualizar e acompanhar estes tempos da era da
informática. 65 Anos - Professora
"O que me levou a querer aprender informática foi poder aproveitar melhor o tempo e
principalmente para estar conectada com o mundo... exercitar a memória... trocar ideias... pesquisar... sentir
as pessoas mais próximas, mesmo distantes... Aprender informática é indispensável no mundo de hoje, em
qualquer idade... e mais importante ainda na terceira idade, para maior integração, atualização e interação
com os demais, pois sem informática a comunicação fica prejudicada... e a pessoa desatualizada... 59 Anos
– Professora Aposentada.
"Estou me preparando para o futuro, quando eu “ficar velha” e não puder mais andar pelo mundo
com minhas próprias pernas, trarei o mundo pra mim, através da informática. Espero poder continuar
atualizada e me comunicando com os parentes e amigos, lendo belas mensagens e ouvindo música. Não são
razões suficientes?!!!" 83 anos – Funcionária Pública Aposentada.
Na questão de n° 5, foi perguntado ao participante se considerava a idade um
empecilho para ser incluída digitalmente. Todos os participantes (100%) responderam que
1,5%
22
NÃO. Sendo assim, os participantes consideram que não há empecilho algum, seja qual for
a idade.
A figura 3 refere-se à questão de n° 6, na qual foi perguntado ao participante de
que forma ele acredita que sua família o enxerga, se inserindo no mundo digital
(informática) na sua idade: 30,6% participantes responderam que seus familiares os
incentivam; outros 27,6% os admiram por estarem se inserindo no mundo digital; 22,2%
acham legal; 13,6% sentem orgulho; 5,6% consideram que está se incluindo digitalmente
um pouco tarde demais.
Figura 3 – Dados
Fonte: Próprio Autor
As respostas mais significativas foram:
Eles me dão a maior força, e incentivo e eles ficam orgulhosos, os netos dizem olha a Vó na Internet
muito bom vovó. - 65 anos – Do Lar
De forma muito positiva, às vezes até ensino meus filhos e noras alguma coisa que eles não sabem,
é uma troca muito gostosa... Eles ficam admirados de eu saber tantas coisas e me incentivam a continuar. -
61 Anos – Bancária Aposentada.
"A veinha da informática", assim dizem, sobre eu estar utilizando o computador. Sei que sentem
muito orgulho pelo que sei e faço, principalmente pelo blog que aprendi a fazer na EA e que mantenho
atualizado; e por estar nas redes sociais sempre atualizadas e me comunicando com amigas (da Austrália,
Europa, África e Brasil) e familiares todos. – 63 anos Professora Aposentada
Na questão de n° 7, foi perguntado ao participante se este recebeu ou recebe algum
incentivo (reconhecimento), por parte da sua família. 94% responderam que SIM e 6%
responderam que NÃO.
Na questão de n° 8, foi perguntado ao participante qual é sua expectativa em
relação à informática. As respostas foram muito diversificadas, sendo difícil a tabulação
dos dados; assim, alguns trechos que de alguns participantes foram selecionados, sendo
23
que suas expectativas eram se atualizar, interagir e se comunicar com familiares, como um
passatempo nas horas vagas; outros, para aprender e poder acompanhar a evolução da
tecnologia; e outros, como fazer pesquisas, navegar na internet e escrever textos, fazer
vídeos, gravar música e filmes.
Algumas respostas que merecem destaques:
Penso que ter noções de informática é cada vez mais importante uma vez que o mundo todo em
qualquer circunstância está se informatizando. O fato de desconhecermos essa ferramenta nos tornará
marginalizados. – 66 anos – Professora Aposentada
Vai me ajudar a participar deste mundo globalizado – 65 Anos – Cirurgião Dentista Aposentado.
Exercitar a memória e adquirir conhecimentos formando novas amizades. – 68 Anos – Do Lar
Aposentada.
Como disse a informática é tudo de bom fizemos quase tudo que necessitarmos pelo comp. é só
sabermos utilizarmos como tudo na vida. – 54 Anos – Comerciante Aposentada
Minha expectativa é aprender cada vez mais, me atualizar quanto a coisas novas que vão surgindo
e que é de muita valia para nossa vida cotidiana. – 61 Anos – Bancária Aposentada.
Com a Informática tudo ficou mais acessível, posso ver todas as notícias no computador sem
necessitar do jornal impresso. – 60 Anos – Atendente Legislativo Aposentado.
(...) Fazendo informática à gente fica ligada, eu acho que ajuda muito na memória, concentração,
fica mais atenta aos acontecimentos, e também têm a possibilidade de acompanhar um pouco mais essas
mudanças rápidas dos dias atuais, as redes sociais, os filhos e netos que mandam emails, fotos.... etc. – 65
Anos - Professora.
Na questão de n° 9, foi perguntado aos participantes se possuem computador em
casa: 94% responderam que SIM e 6% responderam que NÃO.
Na questão de n° 10, foi perguntado aos participantes se suas famílias os ajudam a
trabalhar com o computador: 85% responderam que SIM e 15% responderam que NÃO.
Na questão de n° 11, foi perguntado aos participantes se achavam que problemas de
saúde podem dificultar sua aprendizagem: 9% responderam que SIM e 91% responderam
que NÃO. Os problemas considerados pelos participantes que possam dificultar a
aprendizagem são demências, problemas de memória, diminuição da capacidade visual e
auditiva.
Na questão de n° 12, foi perguntado aos participantes se eles acreditavam que a
informática ajuda no auxílio ao tratamento de perda de memória: 97% responderam que
SIM e 3% responderam que NÃO.
Na figura 4, é representada a questão de n° 13, na qual foi solicitado aos
participantes para citar qual método é utilizado para memorizar os passos de uma atividade
realizada no computador. Com base nas respostas dos usuários, notou-se que 30% utilizam
24
como método de memorização a anotação; 16,7% responderam que é praticando que
memorizam; 13,3% responderam que é repetindo (ou refazendo os passos) que conseguem
memorizar os passos de uma atividade; 3,3% responderam que apenas prestam muita
atenção; 6,7% disseram que é prestando atenção e repetindo várias vezes; 6,7%
respondem que é repetindo, praticando e anotando; 6,7% responderam que é praticando e
anotando; 3,3% responderam que é prestando atenção e praticando várias vezes; 3,3%
responderam que é prestando atenção, repetindo e praticando várias vezes. 3,3%
responderam que é repetindo várias vezes e anotando passo a passo e 6,7% responderam
que não utilizam nenhum método para memorizar.
Figura 4 – Passos de Memorização
Fonte: Próprio Autor
Na questão de n° 14, foi perguntado aos participantes se eles possuem algum
problema de audição: 12% responderam que SIM e 88% responderam que NÃO.
Na questão de n° 15, foi perguntado aos participantes se possuem alguma limitação
motora nas mãos ou braços: 3% responderam que SIM e 97% responderam que NÃO. A
limitação respondida pelo participante foi: tendão rompido no braço direito, que dificulta o
manuseio do mouse e teclado.
Na questão de n° 16, foram perguntados aos participantes quais os interesses, as
necessidades e as dificuldades para aprender informática. Na figura 05, pode-se observar
que, dentro dos interesses pela inclusão digital (aulas), a maior parte (42,9%) respondeu
que seu foco está na aprendizagem aprimorando seus conhecimentos; 28,6% responderam
que buscam a inclusão digital como uma forma de se atualizar; 14,3% responderam que
buscam a inclusão digital para poder se conectar com pessoas e com o mundo; 7,1%
25
responderam que buscam a inclusão digital para exercitar a memória e 7,1% responderam
que buscam a inclusão digital para poder aprender a trabalhar com foto.
Figura 5 – Gráfico Interesses
Fonte: Próprio Autor
Na figura 6, observou-se que dentro das necessidades da inclusão digital (aulas),
maior parte (35,7%) dos participantes respondeu que necessita de uma prática constante
para o aprendizado; 28,6% responderam que sua necessidade é se comunicar com pessoas
(amigos, familiares, colegas, etc.); 14,3% responderam que necessitam evoluir mais seus
conhecimentos e suas culturas; 14,3% responderam que necessitam realizar pesquisas
(jornais, notícias, receitas, etc.) e 7,1% responderam que necessitam realizar anotações
para conseguir praticar sozinhos depois.
Figura 6 – Gráfico Necessidades
Fonte: Próprio Autor
Na figura 7, observou-se que dentro das dificuldades da informática (aulas), a
maior parte (26,7%) respondeu que suas dificuldades são por estar iniciando, ou seja, estar
no começo dessa inserção no mundo digital; 20% responderam que possuem dificuldade
26
em memorizar os conteúdos dados em aula; 6,7% responderam que possuem insegurança
para realizar as atividades fora das aulas; 6,7% responderam que seus reflexos são lentos,
por isso, possuem mais dificuldades ao realizar uma atividade; 6,7% responderam que
possuem dificuldade com sites novos; 6,7% responderam que sua dificuldade está na
digitação; 6,7% responderam que possuem problema de audição que dificulta no
aprendizado.
Figura 7 – Gráfico Dificuldades
Fonte: Próprio Autor
Na questão de n° 17, foi perguntado aos participantes qual o significado da inclusão
digital (informática) para eles e quais foram os benefícios que ela os proporcionou. Por se
tratar de uma questão descritiva, em que as respostas são pessoais e poderão divergir, ser
expressas ou compreendidas de formas diferente, foi inviável a utilização de palavras-
chave para realizar a tabulação dos dados.
Abaixo, algumas respostas de participantes que tiveram as melhores respostas:
– Agora sinto que sou capaz de acompanhar a evolução. Agilizou meu raciocínio, melhorou
a auto-estima. – 56 Anos – Cabeleireira Aposentada
– O significado foi extraordinário, me sinto bem quando sei ensinar uma colega do lado algo
que ela não sabe. Quanto aos benefícios foram inúmeros, como pesquisar na Internet, me
comunicar c/as pessoas através de email ou redes sociais e também um trabalho voluntário que
desenvolvo para uma instituição de caridade através de um programa instalado em meu
computador. – 61 Anos – Bancária Aposentada
– A Inclusão Digital aumenta o conhecimento de modo prático e facilita muitas coisas que
podem ser realizadas automaticamente pela internet. Esses foram os benefícios. – 66 Anos
Atendente Legislativa Aposentada.
– Significa estar em contato com o mundo moderno e sem limites. É tudo de bom. São muitos
os benefícios. Estar em contata com amigos e familiares. Pesquisar, me informar, atualizar,
27
compartilhar... Curtir... Ajudar e buscar ajuda trocar ideias... Integração... Sinto-me mais
valorizada por estar aprendendo informática. Faz muito bem ao ego. – 59 Anos – Professora
Aposentada
– Para mim inclusão digital é conexão com o mundo. Pessoas distantes ficaram mais
próximas tudo chega rápido quase nada fica em segredo, a ciência avança. – 72 Anos – Professora
Aposentada
Sendo assim, pode-se observar que o significado da inclusão digital, em geral, é
estar atualizado e poder usar as ferramentas tecnológicas para estar conectado com o
mundo e com as pessoas.
Dessa forma, com a aplicação do segundo questionário, espera-se obter dados mais
específicos em relação à utilização da informática, assim poderemos entender a real
necessidade dos participantes da pesquisa, bem como suas reais necessidades com a
inserção no mundo digital.
4.3 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO 2
Esse segundo questionário destinou-se a perguntas mais objetivas com questões de
múltipla escolha, sendo que algumas necessitam de justificativa. Essa segunda parte da
aplicação dos questionários contou com 31 participantes, sendo a grande maioria mulheres
94%. Com essa pesquisa, observaram-se os seguintes resultados: a média de idade dos
participantes é de 63 anos. A diminuição da média de idade se deu através da diminuição
do número de participantes nesta segunda parte da pesquisa. Deles, 6% são da turma
iniciante, 64% da intermediária, 24% da avançada.
Na questão de n° 1 do segundo questionário, foi perguntado ao participante se ele
sabia ligar o computador: 94% responderam que SIM, que sabiam ligar o computador, 6%
responderam que NÃO. Assim, observou-se que a maioria dos participantes possuía algum
domínio do computador, pois o utiliza com frequência, porém, não sabem ligá-lo, apenas
manuseá-lo.
Na questão 2, foi perguntado ao participante se ele sabia manusear o mouse e
conduzi-lo até um ícone na tela e o acionar: 100% responderam que SIM, que sabiam
realizar essa operação.
As questões de n° 3 a 5 são referentes à utilização do editor de texto.
28
Na questão 3, foi perguntado ao participante se ele conseguia abrir o editor de texto
somente utilizando o mouse: 84% responderam que SIM, que conseguem, 16%
responderam que NÃO. O objetivo dessa pergunta foi verificar a habilidade do participante
com o mouse. Sendo assim, os participantes que responderam NÃO sabem utilizar o editor
de texto ainda.
Na questão 4, foi perguntado ao participante se ele sabe digitar números, palavras e
frases no editor de texto: 84% responderam que SIM, que sabem digitar números, palavras
e até mesmo frases; 16% responderam que NÃO. Assim como na questão 3, os
participantes que aqui responderam NÃO, ainda não possuem conhecimento sobre a
utilização do editor de texto, por estarem há pouco tempo em contato com a informática.
Na questão 5, foi perguntado aos participantes se eles sabem como apagar/deletar o
que digitou no editor de texto: 94% responderam que SIM, que sabem como
apagar/deletar, 6% responderam que NÃO. Com isso, nota-se que os participantes que
responderam NÃO correspondem a 10% da turma intermediária. Assim como na questão
de n° 3 e 4, essas pessoas ainda não possuem conhecimento da utilização de um editor de
texto.
Na questão 6, foi perguntado aos participantes se eles sabem como utilizar de letra
maiúscula e minúscula no editor de texto: 94% responderam que SIM, que sabem como
utilizá-las, 6% responderam que NÃO. Assim, nota-se novamente que os participantes que
responderam que NÃO correspondem a 10% e são da turma intermediária.
As questões de n° 7 a 11 são referentes à utilização da internet.
Na questão 7, foi perguntado ao participante se ele sabe como acessar um site e
navegar por ele: 100% responderam que SIM, que sabem acessar e navegar num site.
Na questão 8, foi perguntado ao participante se sabe como acessar e-mail, abrir
arquivos em anexos e enviar outro e-mail: 81% responderam que SIM e 19%
responderam que NÃO. Desse modo, percebe-se que 50% dos participantes são da turma
iniciante e 24% são da turma intermediária.
Na figura 8 da questão n° 9, foi solicitado ao participante para que ele marcasse
entre as opções (redes sociais, blogs, pesquisas, bate-papo, notícias, e-mail ou outra opção
não mencionada) em que mais costuma ocupar seu tempo na internet: 74% responderam a
opção redes sociais; 6% responderam blogs; 61% responderam pesquisas; 55%
responderam bate-papo; 52% responderam que leem notícias; 77% responderam que
ocupam seu tempo lendo, ou enviando e-mail e 10% responderam que costumam ocupar
29
seu tempo com outras coisas como (outros sites da internet, com música e com o jogo
freecell).
Figura 8 – Gráfico Questão 9
Fonte: Próprio Autor
Na tabela 1 da questão n° 9.1, foi perguntado ao participante quantas horas por dia
costuma utilizar as opções redes sociais, blogs, pesquisas, bate-papo, notícias, e-mail ou
outra opção não mencionada. A média de 1h e 11 min de utilização de acesso a e-mail; 1h
05 min foi o tempo de utilização das redes sociais por participante; de 17 min de utilização
de blogs; 1h e 09 min para realização de pesquisas; 1h e 08 min para bate-papo e 20 min
para utilização com outras coisas (jogos, músicas entre outras não mencionadas).
Tabela 1 – Respostas Questão 9.1
Dados Tempos
E-mail 1h e 11 min.
Pesquisas 1h e 09 min
Bate-Papo 1h e 08 min.
Redes Sociais 1h e 05 min.
Outros 20 min.
Blog 17 min.
Fonte: Próprio Autor
Na tabela 2 da questão n° 10, foi perguntado aos participantes qual rede social ele
possuía (Orkut, Facebook, Twitter, Não Tenho Rede Social ou Outra rede social não
mencionada). Nenhum possui somente Orkut; 17% possuem somente Facebook; 39%
possuem as duas redes sociais, e 6% não possuem redes sociais.
30
Tabela 2 – Tabela Questão 10
Rede Social Qtd. Média/Pessoa
Apenas Orkut 0 0%
Apenas Facebook 17 55%
Não Possui Rede Social 2 6%
Orkut+Face 12 39%
Fonte: Próprio Autor
Na figura 9 da questão 11, foi perguntado ao participante se acha que as redes
sociais aproximam mais as pessoas, ou seja, acredita que ela consega despertar interesses
de quem está se adaptando com o uso da tecnologia: 91% responderam que SIM, que ela
aproxima mais as pessoas e 3% responderam que NÃO.
Figura 9 – Gráfico questão 11
Fonte: Próprio Autor
Foi solicitado aos participantes justificarem suas respostas, dessa forma, pode-se
observar que maior parte dos participantes respondeu que as redes sociais aproximam as
pessoas por facilitar a comunicação, podendo encontrar pessoas, familiares e amigos em
qualquer parte do mundo onde estejam; também se torna um meio mais rápido e mais
barato de comunicação, pois é de graça, e ainda pode-se utilizar voz e vídeo, facilitando-se
ainda mais. Outro fator importante a ser destacado é a melhora da autoestima e um
excelente exercício para a memória, pois ela nos faz, mais vezes, recordar certas coisas que
aconteceram há algum tempo.
Assim, podemos ter por base que 55% acham que as redes sociais aproximam as
pessoas por facilitar a comunicação; 42% acham que ela aproxima por ser um meio de
comunicação mais rápido e vantajoso; e para os 3% que haviam respondido que NÃO
acreditavam que as redes sociais poderiam aproximas as pessoas, a justificativa é: Prefiro
conversar pessoalmente.
31
Na figura 10 da questão 12, foi perguntado ao participante quanto tempo costuma
utilizar o computador em casa por dia: 6% dos participantes responderam que até 30
minutos; 32% responderam que até 1 hora; 32% participantes responderam que até 2
horas e 29% responderam que utilizam mais de 2 horas por dia.
Figura 10 – Gráfico questão 12
Fonte: Próprio Autor
Com os dados desse segundo questionário, pode-se concluir que houve uma
redução de 9% dos participantes em relação ao primeiro questionário.
Analisando-se os questionários, nota-se que os benefícios foram vários, em geral, a
aproximação de pessoas através das redes sociais, estar atualizado com as notícias, além da
melhora de raciocínio e da autoestima.
Também foi possível observar que durante a aplicação do segundo questionário,
que era mais simplificado, também houve dificuldade, mas esta se deu por ser uma
ferramenta nova (questionário online do Google Formulário), mas em relação ao primeiro
houve menos dificuldade em interpretar e responder às questões, justamente pelo fato de
marcar, em maior parte, as opções SIM ou NÃO, e, em algumas outras, com opções para
marcar mais de uma alternativa.
No primeiro questionário, os participantes da turma iniciante correspondem a 12%,
já no 2° questionário correspondem apenas a 6% dos participantes, uma redução de 6%. Já
os participantes da turma intermediária, no primeiro questionário, foram 53% e no
segundo questionário foram 64%, havendo um aumento 11%, que corresponde a maior
parte dos participantes. Durante a aplicação desses questionários, na maior parte, as
dificuldades estão nos participantes da turma intermediária, por serem em maior número e
estar a menos tempo (6 meses a 1 ano) em contato com a tecnologia, pois muitos vieram há
pouco da turma iniciante.
32
4.4 ANÁLISE E DISCURSOS DOS RESULTADOS
Foi realizada uma comparação dos resultados dos questionários 1 e 2, aplicados
individualmente. Desse modo, pode-se analisar os seguintes dados:
No programa da Escola para Adultos, existe a predominância de mulheres, dessa
forma, os participantes do sexo masculino representam 6% dos participantes, quando as
participantes do sexo feminino correspondem a 94% dos participantes em ambos os
questionários.
A média de idade dos participantes no 1° questionário foi 65 anos, já no 2° foi 63
anos; houve uma redução de 2 anos, devido à ausência de alguns participantes da primeira
etapa.
Em relação às respostas dos questionários, algumas questões se correlacionam
diretamente, como a questão 4, em que foi perguntado aos participantes o que os levou a
querer aprender informática. As respostas com maior índice são: 31,8% buscam a
informática como uma forma de se atualizar; 19,7% comunicar com familiares e amigos;
10,6% por necessidade de adquirir novos conhecimentos; 6,1% para ter
distração/passatempo. Esta, por sua vez, está relacionada com as questões 9 e 9.1 do 2°
questionário, em que os participantes responderam as perguntas 9 – as opções em que você
mais costuma ocupar seu tempo na internet: a) Redes Sociais b) Blogs c) Pesquisas d)
Bate-Bapo e) Notícias f) e-mail g) Outro. Na questão 9.1, foi perguntado quantas horas
aproximadamente por dia eles costumam utilizar as opções acima: e-mail: 77% e uma
média de 1h e 11 min de utilização por dia; redes sociais: 74% - 1h e 05min; pesquisas:
61% - 1h 09 min; e bate-papo: 55% - 1h e 08min. Sendo assim, estão dentro dos seus
propósitos, pois, através de e-mail, redes sociais, pesquisas e bate-papo estão se
atualizando e, ao mesmo tempo, comunicando-se direta e indiretamente e, assim, com as
trocas de informações entre amigos e familiares, estão adquirindo novos conhecimentos e
se adaptando com o uso das TICs.
Outra questão que está relacionada é a 15 do 1° questionário, com a questão 2 do 2°
questionário. A questão 15, em que foi perguntado se os participantes possuíam limitações
motoras, 97% responderam NÃO. E na questão 02, em que foi perguntado se o
participante sabia conduzir o mouse até um ícone na tela e clicar, 100% responderam SIM,
sendo assim, a limitação motora em braços e mãos pode até dificultar, mas não impede que
a pessoa realize sozinha essa operação, do seu jeito e no seu tempo.
33
Sendo assim, pode-se confirmar o que o autor Rybash (apud FIALHO, 2001)
argumentou sobre a cognição, que se refere à coleção de processos que servem para
transformar, organizar, selecionar, reter e interpretar informações. Assim acontece com a
aprendizagem de algo novo na informática a esse grupo de pessoas, pois, estão mais
preocupadas em realizar a anotação daquela informação do que tentar armazenar e
compreender tal informação, assim suas dificuldades cognitivas aumentam por sua
memória não ser tão exigida como poderia ser.
Muitos investigadores do envelhecimento cognitivo citados por Nunes (1999)
utilizam o processamento das informações para investigar os aspectos cognitivos afetados
com a idade. Para o autor, a maioria dos idosos tem dificuldades na organização e
interpretação da informação. Com o passar da idade, as pessoas apresentam um declínio na
habilidade de reconhecer os objetos (RYBASH, 1995). Na prática, isso é bem visível, pois
as pessoas dessa faixa etária possuem uma grande dificuldade em encontrar ícones na tela,
bem como em reconhecê-los. Tais ícones, muitas vezes, estão visíveis, mas tais pessoas
demoram certo tempo para conseguir realizar o contato visual. Outro fator é a dificuldade
de coordenação motora na utilização do mouse: em média, essas pessoas levam 2 a 3 vezes
mais tempo que um adolescente, que assimila as informações com muito mais agilidade.
Conforme Nunes (1999), existem dois aspectos que mais afetam o desempenho
do idoso: a atenção seletiva e a atenção dividida. A atenção seletiva refere-se à habilidade
de distinguir informações pertinentes das irrelevantes. A atenção dividida refere-se ao
processamento de duas ou mais informações ao mesmo tempo. Durante a observação
assistemática nas aulas de informática, notou-se que maior parte dos alunos possui a
atenção dividida, ou seja, não consegue distinguir o que é importante e o que não é. Por
exemplo, se o professor pede para abrirem um determinado navegador de internet, os
alunos demoram um tempo para localizar onde se encontra tal navegador, muitas vezes,
abrindo outro navegador ou até mesmo abrindo outro programa que não tem a ver com o
que foi solicitado, isso apenas por não desenvolver sua atenção seletiva.
Assim, pode-se dizer (GOULART, 2007) que, para que a aprendizagem possa
ser significativa, é necessário ter disposição para aprender, ou seja, se a pessoas quiserem
memorizar arbitrariamente, então, a aprendizagem será mecânica, devendo ser
significativa, lógica e psicologicamente significativa, ou seja, deverá ser compreendida
pela memória, a fim de se obter uma melhor memorização. Ao acompanhar as aulas e até
mesmo durante a aplicação dos testes, notou-se que grande parte dos que estão
34
participando das aulas de informática possui essa disposição em querer aprender, sente-se
motivados a cada conhecimento adquirido e acaba perdendo seu medo. Isso faz com que os
alunos se motivem, pois a aprendizagem depende também da sua boa vontade.
Porém, outra pequena parte acaba não frequentando as aulas com certa
persistência, acabam perdendo informações novas e esquecendo suas habilidades em
relação ao uso do computador.
Muitas vezes, essas pessoas possuem alguns impedimentos que, geralmente, são
de saúde, ou seja, por possuírem algum familiar doente e este, por sua vez, necessitar de
cuidados constantes, o aluno fica impossibilitado de comparecer às aulas com frequência e
de praticar em casa, pois, geralmente encontra-se com ocupado, acarretando no seu
aprendizado.
35
5 CONCLUSÕES
Ao realizar a pesquisa sobre os benefícios da inclusão digital para adultos-idosos,
foi possível observar o quanto e quais são os benefícios proporcionados pela inclusão
digital (informática) ao programa de alunos da Escola para Adultos da FAMES. Sendo
assim, pode-se concluir que a idade não é mais um empecilho ou desculpa para ser um
excluído digitalmente. Os benefícios são diversos, em geral, a aproximação das pessoas
através das redes sociais, a atualização com as notícias, além da melhora do raciocínio e da
autoestima, e ainda o bem-estar, o que auxilia no tratamento da saúde.
Sendo assim, pode-se observar que o significado da inclusão digital, em geral, é
estar atualizado e poder usar as ferramentas tecnológicas para estar conectado com o
mundo.
Também foi possível observar que durante a aplicação do segundo questionário,
que era mais simplificado, também houve maior dificuldade, mas esta se deu por ser uma
ferramenta diferente, mas, em relação ao primeiro, houve menos dificuldade em interpretar
e responder às questões, justamente, pelo fato de marcarem, em maior partem as opções
SIM e NÃO, e algumas outras opções com alternativas.
Após a conclusão dos questionários, observou-se que os alunos da turma
intermediária são os que mais possuem dificuldades em relação à utilização da tecnologia,
ou seja, ainda se encontram numa fase de adaptação com a informática. Isso foi possível
captar através das questões da segunda parte, em que alguns alunos demonstraram já
possuir uma adaptação com a informática e uma boa parte demonstrou que ainda se sente
insegura com o computador; com isso, foi possível utilizar essas informações para resgatar
os conhecimentos adquiridos e incentivar os alunos a não desistirem e passarem a
frequentar as aulas pelo menos uma vez na semana.
Embora muitos alunos já estejam frequentando as aulas de informática há mais de 2
anos, alguns ainda possuem certo medo e também uma dependência do professor ou
familiar para o ajudar. Esse é considerado um processo natural da idade, mas o propósito
da Oficina de Inclusão Digital (informática) é ensinar o aluno a tornar-se independente e
perder seu medo, assim, ele irá conseguir realizar o que aprendeu em casa ou na aula sem
precisar de ajuda.
Por fim, a inclusão digital para adultos-idosos trouxe muitos benefícios que são
visíveis através das aulas e das interações junto às redes sociais e blogs, onde são seus
36
meios de expressar seus sentimentos e emoções, não se importando se estão escrevendo
corretamente ou não, ou que repercussões irão causar; é seu meio de relatar um
acontecimento, algum evento, alguma atividade realizada, como passeios, viagens e
atividades de aulas, seja através de textos ou fotos. Para algumas, é como seu fosse seu
diário pessoal aberto aos seus amigos.
Então, a inclusão digital levou essas pessoas a uma melhora de interação e
aprendizado, passando ser uma atividade lúdica, e gerando um feedback imediato através
das meios midiáticos.
Com base os objetivos específicos, através da revisão bibliográfica e com base a
amostragem dos questionários, pode-se compreender o real interesse e necessidade dos
participantes bem como suas dificuldades expressadas através desta pesquisa, assim
captando os benefícios proporcionados pela inclusão digital.
Assim, esse grupo de adultos-idosos não ficou à deriva, e espera-se, com isso,
poder aumentar a expectativa de vida dessas pessoas idosas através do uso das TICs,
despertando cada vez mais o interesse desse público idoso.
37
REFERÊNCIAS
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Dornelles, B., Costa, J. da. Investindo no Envelhecimento Saudável. (pp 167- 177). Porto
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2005. Tradução nossa. Entrevista. Quadernos internacionales de tecnologia para El desarrollo
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em: 03/05/2012.
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Florianópolis: Editora Insular, 2001 v1, p. 263.
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<http://www.ruadireita.com/informatica/info/informatica-para-a-terceira-idade/>. Acessado
em: 19/04/2012.
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Reencantamento da Aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Porto Alegre,
2007. 196 f.
GRISPINO, Izabel Saldanha. Memória e Processo Pedagógico. 2007. Disponível em:
<http://www.izabelsadallagrispino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=
1264:memoria-e-processo-pedagogico&catid=103:artigos-educacionais&Itemid=456>. Acesso
em: 07/07/2012.
JENTOFT, A. (2006). La vejez positiva. Nunca es demasiado tarde para ser feliz. Madrid:
La esfera de los libros. Tradução nossa. ISBN : 9788497344999 . Nº Edición :1ª . Año de
edición :2006 . Plaza edición : MADRID
KACHAR, Vitória. A terceira idade e o computador: Interação e produção num ambiente
educacional interdisciplinar. Pós-Graduação em Educação: Currículo. Tese de Doutorado,
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2001.
KACHAR, V. A terceira idade e a exploração do espaço virtual da internet. In: Côrte,
Beltrina; Mercadante, Elisabeth e Gaeta, Irene Arcuri. (Org.). Envelhecimento e Velhice: um
guia para a vida. : Editora Vetor, 2006, v. , p. 287-306.
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Tradução nossa. Livro. ISBN: 0-471-16267-1, 448 Pages.
38
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no CEFET/SC. 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) –
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999.
OLIVEIRA, Rômulo Silva de; CARISSIMI, Alexandre e TOSCANI, Simão. Livro: Sistemas
Operacionais - 2ª edição – Porto Alegre: Instituto de Informática da UFRGS: Saga Luzzatto,
2001. Pag. 1. Cap. 1.
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901X
RYBASH, J.M. Adult development and aging. New York. Brown & Benchmark Publishers,
1995.Tradução nossa.
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XX, 2007.
SALES, Márcia B.; MARIANI, A. Carlos e ALVAREZ, Ângela Maria. Livro
INFORMÁTICA PARA A 3ª IDADE. Rio de Janeiro, p. 25, 01/2009. ISBN: 978-85-7393-
802-9.
TREVISAN, Tatiana V. Informativo da Escola para Adultos. Santa Maria, Ed 001, Ano 01 -
P 02, 2011.
VERGARA, R. e FLORESTA, C. Idosos no Brasil estão cada vez mais ativos. Folha de São
Paulo, São Paulo, 06 ago. 1999. 2. cad. p. 5. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff06089919.htm>.
39
ANEXO A – Métodos Abordados em Aula
Módulo I – Informática Iniciantes:
Introdução à informática: História do computador, Ligando, Desligando, Teclado,
Mouse.
Sistema Operacional: Introdução ao Windows XP, Trabalhando Motricidade
(Desenho), Área de trabalho; Menus e Atalhos; Minimizando, Maximizando e
Fechando; Iniciando uma Aplicação; Pasta; Desligando o Computador.
Módulo II – Informática Intermediário:
Internet: Aprender a utilizar o Navegador e os seus principais serviços, utilizando o
site de busca Google, o site de visualização de vídeos Youtube e pesquisas.
e-mail: Criar conta de e-mail no Gmail, enviar/receber mensagem, ler mensagens
recebidas, utilizando o bate-papo para interagir com os amigos e colegas.
Rede Sociais: Utilização de forma consciente das Redes Sociais em especial
Facebook, Adicionar amigos, fazer pesquisas, enviar recados, enviar/receber
mensagens, Chat, Fotos, Preservação de Dados pessoais e sociais entre outros.
Google Maps: Utilização de mapas e ratas com a ferramenta do Google, bem como o
uso do StreetView que permite visualização real de determinados lugares.
Pacote Office: Editor de texto (Word): Introdução, Digitação de Textos e Formatação
do mesmo. Tal como Tamanho de Fonte, Estilo de Fonte, Cor de Fonte, Formação de
parágrafo e Ortográfica. Utilização de Pendrive para Salvar o Texto. Planilhas
Eletrônicas (Excel): Introdução, Passo-a-Passo de uma Montagem de uma Planilha de
Controle de Orçamento Familiar/Pessoal. Apresentação (Power Point): Introdução,
Criação de uma Apresentação com Fotos pessoais e Textos, utilizando efeitos de
animações e transição.
Módulo III – Informática Avançada
Devido a esta ser uma turma com um pouco mais de conhecimento e estar mais tempo
na escola e também na informática, deu-se um enfoque diferente para trabalhar com este
grupo, visando sempre os interesses pessoais do grupo, em aprender coisas novas, então
procurou sempre em realizar atividades abordando o uso de imagens (fotos), devido a sua
40
utilização para fins de Redes sociais e Blogs. Portanto segue abaixo alguns dos conteúdos
trabalhados neste módulo.
Fotos: utilizam-se dois Softwares para trabalham com fotos. 1- Micosoft Picture
Maneger; 2 – PhotoScape.. No 1° foi utilizado para tratamento de imagem, Girar,
Cortar uma imagem, Reduzir/Ampliar uma imagem. Já no 2° trabalhado no ano e
semestre vigente, foram abordados conteúdos como: Modulas em imagens
individuais e em Coletivo, utilização de montagem de fotos em modelos pré-
estabelecidos, bem como redimensionamento, molduras individuais e página,
inserção de objetos como caricaturas e desenhos na imagem, entre outros.
Vídeos: Ao trabalharmos com vídeos utilizamos uma ferramenta do Windows,
chamada de Windows Movie Maker, onde também utilizamos imagens, vídeo e
músicas para realizar a montagem de um pequeno vídeo, onde após inserirmos as
imagens/vídeos/músicas, adicionarmos alguns efeitos oferecidos pelo programa,
Após finalizando o vídeo e Gravando o mesmo em um CD/DVD. O objetivo é que
os alunos criem seus próprios vídeos para apresentação em eventos da Escola.
Imagens: Outra ferramenta utilizada para trabalhar com imagens foi o Broffice
Draw, no qual foi trabalhado com a criação de cartões, capas de CD/DVD,
Cartazes, convites.
41
ANEXO B – Questões Avaliativas Abordadas
1° QUESTIONÁRIO APLICADO DURANTE O PERÍDO DA PESQUISA:
Este questionário é mais uma entrevista do que técnico, justamente para conhecer o
participante da pesquisa, bem como suas opiniões e expectativas em relação a inclusão
digital. Sendo assim, é possível compreender qual o grau de importância e dificuldade de
cada participante. As principais perguntas que serão usadas são:
Qual Turma da Informática você Freqüenta? *
O Iniciantes
O Intermediário
O Avançado
1) Qual sua idade? *
2) Você é Aposentado(a)? *
O Sim
O Não
3) Qual sua profissão? *
Profissão no qual, você exerce ou exercia (antes de se aposentar).
4) O que levou você a querer aprender informática? *
5) Você acha que a idade, é um empecilho para ser incluída digitalmente? *
O Sim
O Não
Caso Tenha Respondido "SIM", acima, responda, QUAL É O EMPECILHO?
Caso Tenha Respondido "NÃO" desconsidere esta questão.
6) De que forma, você acredita que sua família enxerga você, se inserindo no mundo digital
(Informática) na sua idade? *
7) Você recebeu ou recebe algum incentivo (reconhecimento), por parte da sua família? *
O Sim
O Não
42
8) Qual sua expectativa em relação à informática? *
9) Você tem computador em Casa? *
O Sim
O Não
10) Sua família ajuda você a mexer com o Computador? *
O Sim
O Não
11) Você acha que problemas de saúde que possa dificultar a sua aprendizagem? *
O Sim
O Não
Caso Tenha Respondido "SIM", acima, responda, QUAL?
Caso Tenha Respondido "Não", Desconsidere esta questão.
12) Você acredita que a informática ajuda no tratamento de perda de memória? *
O Sim
O Não
13) Cite qual método que você utiliza para memorizar os passos de uma atividade realizada
no computador? *
14) Você possui algum problema de Audição? *
O Sim
O Não
15) Você possui alguma limitação motora nas mãos ou braços? *
O Sim
O Não
Caso Tenha Respondido "SIM", acima, responda, QUAL?
Caso Tenha Respondido "Não", Desconsidere esta questão.
16) Quais os interesses, necessidades e dificuldades para você aprender a inclusão digital
(aulas)? *
17) Qual o significado da inclusão digital, para você? Quais foram os benefícios que a mesma
proporcionou para você? *
43
ANEXO C - Questões Avaliativas Abordadas
2° Questionário aplicado durante o período da Pesquisa
A utilização destas questões deverá ser aplicada ao término do curso, durante os
meses de Out-Nov, deste Ano, durante as aulas. Este questionário deve ser aplicados mais
ao final do semestre por serem questões relacionadas à utilização do computador. Desta
forma, permitirá participação de mais pessoas (Ex. Turma iniciantes). Sendo assim
poderemos obter uma melhor avaliação, essas questões também podem ser utilizadas pelos
alunos participantes.
Marque ou responda as questões opções abaixo:
*Obrigatório
Qual Turma da Informática você Frequentá? *
O Iniciantes
O Intermediário
O Avançado
Qual Sua idade? *
1) Você Sabe ligar o computador? *
O Sim
O Não
2) Você Sabe manusear o mouse, conduzindo até um ícone na tela e acionar? *
O Sim
O Não
3) Você Consegue abrir o editor de texto utilizando somente o mouse? *
O Sim
O Não
4) Você sabe digitar números, palavras e frases no editor de texto? *
O Sim
O Não
44
5) Você sabe apagar ou deletar o que escreveu no editor de texto? *
O Sim
O Não
6) Você sabe como utilizar a tecla de Maiúscula e Minúscula no editor de texto? *
O Sim
O Não
7) Você sabe acessar um site na Internet e navegar nele? *
O Sim
O Não
8) Você sabe como acessar e-mail, abrir arquivos anexos e enviar outro email? *
O Sim
O Não
9) Marque abaixo as opções em que você mais costuma ocupar seu tempo na
internet?*
Redes Sociais
Blogs
Pesquisas
Bate-papo
Notícias
e-mail
Outro:
9.1) Quantas horas aproximadamente por dia você costuma utilizar as opções acima:*
a) Redes Sociais*
b) Blogs:*
45
c) Pesquisas:*
d) Bate-Papo (Msn, Gtalk, Skype, facebook...):*
e) e-mail:*
f)Outro:
10) Marque abaixo qual Rede Social você possui? *
Orkut
Facebook
Twitter
Não Tenho Rede Social
Outro:
11) Você acha que as redes sociais, aproximam mais as pessoas, ou seja, acredita que
ela consiga despertar interesses de quem está se adaptando com o uso da
Tecnologia?*
O Sim
O Não
Justifique sua Resposta Acima: *
12) Quanto tempo você costuma utilizar do computador em casa por dia?
O 30 min
O 1h
O 2hs
O +2hs
46
ANEXO D – DOCUMENTOS APROVADOS PELA CAMERA DE PESQUISA E PÓS-
GRADUÇÃO
01 - Termo de Autorização Institucional – FAMES;
02 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
03 - Parecer da Orientadora;
04 - Termo de Compromisso de Utilização de Dados.
47
48
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  • 1. FACULDADE METODISTA DE SANTA MARIA CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CARLOS EDUARDO WEIZENMANN OS BENEFÍCIOS DA INCLUSÃO DIGITAL PARA ADULTOS-IDOSOS SANTA MARIA 2012
  • 2. 2 CARLOS EDUARDO WEIZENMANN OS BENEFÍCIOS DA INCLUSÃO DIGITAL PARA ADULTOS-IDOSOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Sistemas de Informação apresentado a Faculdade Metodista de Santa Maria, como requisito parcial para obtenção de grau Bacharel em Sistemas de Informação. Orientadora: Profª Ms. Tatiele Bolson Moro SANTA MARIA 2012
  • 3. 3 RESUMO A inclusão digital está ganhando cada vez mais espaço junto à sociedade, através de tele- centros comunitários, ONGS, projetos de extensão de faculdades, entre outros, cujo propósito é ensinar e levar a tecnologia para pessoas que são excluídas digitalmente. A Faculdade Metodista de Santa Maria - FAMES possui um programa de extensão denominado Escola para Adultos (EA), voltado para alunos com idade maior ou igual a 45 anos. A EA visa discutir noções referentes à idade adulta-velhice, tecnologias da informação e comunicação – TICs, entre outras, sendo a inclusão digital uma das disciplinas oferecidas nesse programa. Este trabalho tem por objetivo conhecer os participantes por meio da aplicação de dois questionários, sendo um para conhecê-los melhor e outro sobre a utilização do computador. Dessa forma, é possível descobrir o significado e os benefícios proporcionados por pessoas adultas e idosas. Na primeira parte da pesquisa, pode-se observar que o significado da inclusão digital para essas pessoas, em geral, é estar atualizado e poder utilizar as ferramentas tecnológicas (TICs) para estar conectado com o mundo e com as pessoas. A metodologia desta pesquisa é do tipo quali- quantitativo, havendo levantamento bibliográfico e pesquisa de campo baseada em entrevistas, questionários avaliativos, que permitem um melhor envolvimento com questão de estudo; também foi utilizada a técnica de observação, do tipo observação assistemática. Já os benefícios são a aproximação das pessoas através das redes sociais, o manter-se atualizado com as notícias, além da melhora de raciocínio e da autoestima. A informática aos adultos-idosos só vem trazer benefícios, como uma excelente atividade mental, pois auxilia a manutenção da memória e também proporciona a apreensão de algo novo, além de valorizar a vida e as experiências pessoais. Palavras-chave: Inclusão Digital. TICs. Adultos-Idosos. Extensão.
  • 4. 4 ABSTRACT Digital inclusion is gaining more and more space in society, through tele-community centers, NGOs, extension projects in colleges, among others, and the purpose is to teach and bring technology to people who are digitally excluded. Faculdade Metodista de Santa Maria - FAMES has an extension program named Escola para Adultos (EA), aimed at students aged more than or equal to 45 years old. EA aims to discuss issues related to adulhood/elderly age, information and communication technologies – ICTs, and others, and digital inclusion is one of the subjects offered in this program. This work aims to know the participants by applying two questionnaires, one to know them better, and another on the use they make of the computer. Thus it is possible to discover the meaning and the benefits provided for adults and elderly people. In the first part of the research, we can observe that the meaning of digital inclusion for these people in general is to be updated and to use the technological tools (ICTs) to be connected with the world. The methodology is quali-quantitative with review of literature, field research through interviews, questionnaires, that allow to better analyze the topic studied. The benefits are bringing people together through social networks, staying updated with the news, and improving reasoning and self-esteem. Computer for elderly adults brings benefits, such as a great mental activity, since it helps maintain memory, and also provides learning new things, besides valuing life and people's experiences. Keywords: Digital Inclusion. ICTs. Elderly Adults. Extension.
  • 5. 5 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Gráfico Profissões.............................................................................................. 20 Figura 2 – Gráfico Questão 4 .............................................................................................. 21 Figura 3 – Dados ................................................................................................................. 22 Figura 4 – Passos de Memorização ..................................................................................... 24 Figura 5 – Gráfico Interesses............................................................................................... 25 Figura 6 – Gráfico Necessidades......................................................................................... 25 Figura 7 – Gráfico Dificuldades.......................................................................................... 26 Figura 8 – Gráfico Questão 9 .............................................................................................. 29 Figura 9 – Gráfico Questão 11 ............................................................................................ 30 Figura 10 – Gráfico Questão 12 .......................................................................................... 31
  • 6. 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Respostas Questão 9. ......................................................................................... 29 Tabela 2 – Tabela Questão 10 ............................................................................................. 30
  • 7. 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8 1.1. O PROBLEMA DA PESQUISA.................................................................................... 9 1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................................... 10 1.2.1. Objetivos Gerais ...................................................................................................... 10 1.2.2. Objetivos Específicos............................................................................................... 10 1.3. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TRABALHO ............................................. 10 1.4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 12 2.1. FATORES COGNITIVOS E PSICOMOTORES........................................................ 12 2.1.1. Aprendizagem.......................................................................................................... 13 2.2. TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DA ESCOLA PARA ADULTOS .... 14 3. METODOLOGIA DA PESQUISA.............................................................................. 17 3.1. ITENS BÁSICOS ABORDADOS NAS AULAS........................................................ 17 3.2. PRIMEIRO QUESTIONÁRIO....................................................................................18 3.3. SEGUNDO QUESTIONÁRIO.................................................................................. 18 4. DESENVOLVIMENTO................................................................................................ 19 4.1. COLETA DE DADOS ................................................................................................. 19 4.2. ANÁLISE DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO ........................................................... 20 4.3. ANÁLISE DO SEGUNDO QUESTIONÁRIO ........................................................... 27 4.4 ANÁLISE E DISCURSOS DOS RESULTADOS........................................................ 32 5. CONCLUSÕES............................................................................................................... 35 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 37 ANEXO A........................................................................................................................... 39 ANEXO B........................................................................................................................... 41 ANEXO C........................................................................................................................... 43 ANEXO D........................................................................................................................... 46
  • 8. 8 1 INTRODUÇÃO A inclusão digital está ganhando cada vez mais espaço junto à sociedade, através de tele-centros comunitários, ONGS, Projetos de Extensão de Faculdades, entre outros. O propósito dessa inclusão digital é ensinar e levar a tecnologia para pessoas que são excluídas digitalmente, por não possuírem condições para frequentar um curso de informática e até mesmo por não ter seu computador em casa. Atualmente, parte da população possui computador ou notebook em casa para uso pessoal, porém, uma parcela da sociedade não possui ou não tem acesso a essa tecnologia. Outro fator são as pessoas idosas que ficam, muitas vezes, excluídas do avanço da tecnologia. Essa geração acompanha seus filhos e netos que, com facilidade, aprendem a trabalhar com o computador, mas ficou à deriva dessa tecnologia. A Faculdade Metodista de Santa Maria - FAMES possui um Programa de Extensão denominado Escola para Adultos (EA), o qual é voltado para alunos com idade maior ou igual a 45 anos. Em 2007, a EA passou por uma reestruturação total, visando melhoria, bem-estar e qualidade de vida dos adultos médios. Já no 2º semestre de 2008, passou a ser um programa multidisciplinar. Tem por objetivo discutir noções referentes à idade adulta e velhice, norteada pelos aspectos biológicos, filosóficos, psicológicos, sociais, artísticos, religiosos, políticos, jurídicos, e das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) entre outros, bem como de todos os demais que possam auxiliar no aperfeiçoamento, que ajudam a despertar o interesse de adultos-idosos (TREVISAN, 2011). Nesse programa, uma das disciplinas oferecidas é a Inclusão Digital (informática), em que é separada por módulos (1-iniciante, 2-intermediário e 3-avançado). Cada um deles aborda conteúdos diferentes, focando sempre no propósito dos alunos (devido à idade). Os conteúdos mais abordados são redes sociais, edição de fotografias e vídeos, blogs e e-mail. A ideia de realizar o trabalho voltado ao grupo de alunos idosos se deu devido ao interesse, cada vez mais frequente, deles pela tecnologia. Portanto, por ser apoio extensionista, e se ao ministrar as aulas, nota-se uma grande satisfação de estarem aprendendo a cada dia mais; isso irá proporcionar aos alunos um bem-estar pessoal, físico, social e cognitivo. Esse é motivo para a proposta deste trabalho: avaliar, através da aplicação de questionários, quais são os benefícios proporcionados pela inclusão digital para o programa de extensão Escola para Adultos.
  • 9. 9 A proposta inicial é realizar a aplicação de questionários para poder descobrir qual o significado e os benefícios proporcionados pela inclusão digital. Essas avaliações (questionários) foram elaboradas com base em outros trabalhos publicados e adaptados às necessidades e aos objetivos deste trabalho, para evitar uma mudança na proposta do estudo e também para não comprometer os alunos envolvidos na pesquisa. O convívio como extensionista juntamente com os alunos da EA transformou-se em curiosidade para realizar este trabalho voltado a esse grupo de alunos para descobrir os benefícios que a informática proporciona a eles. Além de a informática para adultos-idosos trazer benefícios, como uma excelente atividade mental, auxiliando a manutenção da memória, ela proporciona também a apreensão de algo novo e valoriza a vida e a experiência das pessoas (FERNADES, 2011); assim, busca-se saber os benefícios para os alunos da EA. 1.1 O PROBLEMA DA PESQUISA Segundo Mandel (1997), as dificuldades cognitivas de algumas pessoas que possuem dificuldades com a memória podem ser de curta duração e longa duração. Curta, quando guardamos na lembrança por pouco tempo, havendo, nesse caso, um limite em reter as informações. Para uma memória longa, melhor, para que retenha algo por mais tempo, é preciso treinar muito e repetir bastante (GRISPINO, 2007), principalmente com o avanço da idade, pois acabam se tornando cada vez mais fracas. Dessa forma, possuem uma grande dificuldade de se inserir digitalmente. Por isso, o propósito deste trabalho é analisar os benefícios da inclusão digital para adultos-idosos e avaliar os resultados obtidos através de testes avaliativos para esse público que possui dificuldades cognitivas, pela idade, quando inseridos junto a Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). Através de testes avaliativo-interpretativos e observativos, pode-se avaliar os resultados proporcionados pelo uso das TICs. Conforme Nunes (1999), é necessário investigar quais as abordagens adequadas para introduzir o idoso no universo das TICs, levando-se em conta as dificuldades físicas, psicológicas e sociais dessa faixa etária.
  • 10. 10 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA 1.2.1 Objetivo Geral Compreender quais são os benefícios proporcionados pela inclusão digital para os adultos-idosos do programa de EA da FAMES. 1.2.2 Objetivos Específicos • Realizar uma revisão bibliográfica baseada em livros, artigo acadêmicos, dissertações, materiais publicados em eventos e outros artigos publicados em sites de internet. • Realizar levantamento de dados para os testes ou avaliações para obter, entender e verificar o nível de rentabilidade em relação ao uso da informática dos alunos da oficina de informática da EA. • Empregar uso das ferramentas para ensino, para obter resultados sobre a melhora do comportamento da aprendizagem, através de jogos que desenvolvem o raciocínio lógico, dessa forma, desenvolvendo suas dificuldades cognitivas (memória e motora). • Avaliar o comportamento da qualidade e do bem-estar dos sujeitos avaliados que fizeram uso das ferramentas computacionais, podendo descobrir qual significado a informática proporciona na vida do programa de pessoas adulto-idosas da EA. 1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TRABALHO A inclusão digital para adultos-idosos busca inserir pessoas que estão ficando excluídas digitalmente, por não conseguirem acompanhar à evolução das TICs, as quais acontecem de forma muito rápida no século XXI. Ao se trabalhar com informática como um programa de alunos adultos-idosos, surgiu-se a oportunidade de realizar um estudo baseado no uso de questões avaliativas/metacognitivas para se obter os resultados proporcionados e seus benefícios em relação ao uso da informática para seu bem-estar, e quais foram os fatores que ocasionaram melhora após o seu uso.
  • 11. 11 1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O Capítulo 1 apresenta uma breve introdução ao tema do trabalho, que será melhor explicada durante o texto, bem como os objetivos da pesquisa, justificativas e organização do trabalho. O Capítulo 2 aborda o referencial teórico consultado, que fornece uma base para o desenvolvimento do trabalho. Nele são abordados temas como fatores cognitivos e psicomotores, aprendizagem e tecnologias utilizadas para o ensino. O Capítulo 3 é composto pela metodologia, onde serão expostas quais são as características do projeto e como ele será desenvolvido, bem como as ferramentas e os métodos utilizados para desenvolvimento da avaliação e a descrição dos itens abordados em aula quanto a sua metodologia e os questionários a serem aplicados aos alunos. O Capítulo 4 descreve como foi desenvolvida a pesquisa, como foram aplicados os questionários I e II, quais foram as ferramentas utilizadas, bem como os resultados obtidos e a comparação dos resultados entre os dois questionários. O Capítulo 5 refere-se à conclusão, onde são apresentadas as análises finais dos aspectos abordados no trabalho. O Capítulo 6 apresenta quais foram as referências bibliográficas do estudo para o desenvolvimento do projeto. O Capítulo 7 apresenta os anexos do trabalho, os quais são: Anexos A – Atividades desenvolvidas durante as aulas de informática, Anexo B – 1º Questionário aplicado aos alunos, Anexo C – 2º Questionário aplicado aos alunos da EA, Anexo D – Documentos aprovados pela Câmera de Pesquisa e Pós-Graduação.
  • 12. 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO Vive-se em um período marcado por grandes avanços tecnológicos em diversas áreas o conhecimento humano, que estão tendo uma grande repercussão em relação à qualidade de vida das pessoas. Isso não ocorre apenas em países de primeiro mundo, mas também no Brasil, que é um país em desenvolvimento. O idoso é uma pessoa ativa, que participa da sociedade como qualquer outra, sendo assim, ele não deve ser excluído dos benefícios proporcionados através do acesso aos recursos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que são representados pelo uso da internet, bem como suas ferramentas (DA SILVA, 2007). Este trabalho procura analisar os benefícios pelos quais a inclusão digital vem proporcionando aos alunos do programa da EA, podendo, assim, destacar sua importância para os adultos-idosos. 2.1 FATORES COGNITIVOS E PSICOMOTORES Nunes (1999) argumenta que a mudança nos aspectos psicomotores com o envelhecimento é um processo natural a todos os seres vivos, apresentando características peculiares para os seres humanos. Já segundo Rybash (1995), os fatores do processo de envelhecimento de acordo com a idade são: cronológico: é o número de anos que vai desde o nascimento até os dias atuais; biológico: está relacionado com sua estimativa de vida; psicológico: está relacionado com as mudanças emocionais, a capacidade de ele reagir frente às mudanças. Essa comparação é realizada com pessoas de idade cronológica igual. Para Beauvoir (1990), o envelhecimento é um fenômeno biológico, que acarreta consequências psicológicas. Para a autora, esses dados se impõem mutuamente, ou seja, estão correlacionados diretamente. Já para Fialho (2001), A Cognição é o tratamento da informação, ou seja, a manipulação de símbolos a partir de regras. Funciona por meio de dispositivos que possam representar e manipular elementos físicos descontínuos: os símbolos. O sistema cognitivo interage apenas com a forma dos símbolos (os seus atributos físicos) e não com seu sentido.
  • 13. 13 Conforme Rybash (1995 apud FIALHO, 2001), cognição refere-se à coleção de processos que servem para transformar, organizar, selecionar, reter e interpretar informações. Muitos investigadores do envelhecimento cognitivo, conforme Nunes (1999), utilizam o processamento das informações para investigar os aspectos cognitivos afetados com a idade. Para o autor, a maioria dos idosos tem dificuldades na organização e interpretação da informação. Com o passar da idade, as pessoas apresentam um declínio na habilidade de reconhecer os objetos (RYBASH, 1995). Em relação à atenção, Nunes (1999) coloca que os dois aspectos que mais afetam o desempenho do idoso são a atenção seletiva e a atenção dividida. A atenção seletiva refere-se à habilidade de distinguir informações pertinentes das irrelevantes; a atenção dividida refere-se ao processamento de duas ou mais informações ao mesmo tempo. 2.1.1 Aprendizagem Os principais problemas encontrados na aprendizagem são as dificuldades sensoriais (visão e audição), além da memória e motricidade fina, que, juntas, dificultam o aprendizado. Alguns autores citam a necessidade de se reavaliar propostas metodológicas direcionadas para a pessoa idosa, dando atenção ao processo cognitivo, o ritmo, que é mais lento do que de um jovem, e outros fatores que tornam essas pessoas com mais dificuldades de aprendizagem novas, como as restrições sensoriais que são próprias do envelhecimento. Sendo assim, para o ensino das TICs a adultos-idosos, é necessário um ambiente de aprendizagem próprio que necessite a aplicação/criação de uma interação com a máquina de acordo com as suas necessidades e condições físicas (PEREIRA; NEVES, 2011). Durante estudos realizados, observaram-se alguns fatores determinantes e estratégicos que se devem ao ensino de TICs a esse grupo de pessoas. Salienta-se: o número de turmas menores, um aluno por computador, uma boa iluminação da sala/laboratório de informática, tamanho e iluminação do monitor, teclado e mouse com design especial, letra grandes, o início por meio de jogos e atividades lúdicas (prazer na execução), utilização de experiências de vida dos idosos para auxílio na preparação do material de apoio, utilizando-se caracteres grandes e cores fortes. Deve-se respeitar o ritmo
  • 14. 14 de cada aluno; partir de situações contextualizadas; efetuar repetição das atividades; seguir etapas gradativas de aprendizagem (KACHAR, 2006). David P. Ausubel (1977), criador da teoria da aprendizagem significativa, diz que a aprendizagem precisa fazer algum sentido e acontece quando a nova informação ancora- se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura cognitiva de quem está aprendendo. O processo de aprendizagem mecânica dá-se quando uma nova informação não consegue ter sentido, ou seja, ocorre quando as novas informações são aprendidas sem interagirem com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, podemos utilizar o seguinte exemplo: uma pessoa pode decorar conteúdos para realizar uma prova, mas, assim que a prova termina, ela esquece logo o que memorizou (GOULART, 2007). Para essa aprendizagem ser significativa, é preciso haver disposição para aprender (se quiser memorizar arbitrariamente, então, a aprendizagem será mecânica), devendo ser significativo, lógico e psicologicamente significativo, ou seja, isso deverá ser compreendido pela memória, a fim de se obter uma melhor memorização (GOULART, 2007). 2.2 TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DA ESCOLA PARA ADULTOS Para aqueles que iniciam o processo de inclusão digital é importante abordar como foi o processo evolução dos computadores. Pode-se dizer que isso é de suma importância para essas pessoas, para seu processo de desenvolvimento, bem como para o processo evolutivo de cada um. Também é importante conhecer as diferenças e conceitos de hardware e software, assim como seu funcionamento. Assim, é relevante mostrar a parte interna do computador, suas peças, fazer a demonstração física dessas peças, ou seja, abrir e desmontar um computador e retirar seus componentes, apresentando-os aos alunos para que eles conheçam e definam cada qual. Quanto ao software e ao sistema operacional, tem- se: Sistemas Operacionais - SO: Qualquer pessoa que utilize um computador nos dias atuais sabe que existe o sistema operacional, que é responsável por controlar o computador, seja ele de pequeno porte (uso pessoal), ou grande porte (cluster) (OLIVEIRA; CARISIMI; TOSCANI, 2001). O sistema operacional pode ser, por exemplo, Linux ou Windows. O Linux é um software livre, de código aberto, ou seja, permite que outros programadores o aperfeiçoem, dispensando o uso de licença para uso
  • 15. 15 pessoal/residencial ou comercial. O Windows é um software da empresa Microsoft, diferentemente do Linux. Aquele necessita de uma licença que deve ser renovada anualmente. O SO trabalhado na EA, inicialmente, é o Windows XP, por ser de mais fácil entendimento e estar a mais tempo no mercado. Porém, aborda-se sua atualização mais atual, o Windows 7, que possui uma nova interface e alguns novos recursos nos quais foram melhorados do seu sucessor o XP. Jogos: Alguns jogos podem estimular a concentração, o raciocínio, a memória, a cognição e as habilidades motoras. Tem-se como ponto inicial, o jogo paciência (jogo de cartas), que aborda todos os termos citados (raciocínio, memória, etc.) (SILVA, 2007). Internet: É a maior interconexão de redes de computadores do mundo, que permite a conexão e comunicação direta entre eles. Tem caráter planetário e aberto ao público, que conecta redes de informática de organismos oficiais, educativos e empresariais (GOLART, 2007). Abaixo se encontram alguns conteúdos trabalhados relacionados ao uso da internet: e-mail (correio-eletrônico): Facilita o contato entre pessoas e, assim, estimula a organizar melhor os pensamentos através da escrita. A leitura de e-mail (correspondência) favorece o pensamento lógico e o raciocínio; Chat (bate-papo): Da mesma forma que o e-mail, proporciona contato com pessoas com culturas diferentes, também estimula a organização do raciocínio e o pensamento lógico. Pesquisa: para realizar uma pesquisa na internet, é necessário que se tenha em mente o que se deseja pesquisar, ou seja, sobre qual assunto deseja-se obter informações, além de ter que identificar qual fonte de informação é mais confiável. É utilizado como mecanismo de busca o Google, por possuir opções e ser de fácil interpretação e entendimento. Notícias: Poder ler um jornal sem precisar comprá-lo ou esperar pela entrega na residência, é, sem dúvida, de grande significância nos dias de hoje. Dessa forma, podemos obter as principais notícias dos principais jornais do mundo em tempo real. O site Google oferece um gerenciador de notícias com notícias de jornais e sites de notícias nacionais e internacionais. Também são abordados outros sites de notícias, tais como Terra, Ig, Globo, e alguns outros locais, como Diário de Santa Maria, A Razão. A importância de se trabalhar com internet na velhice está ligada às facilidades e praticidades que ela nos proporciona nos dias atuais. A internet influencia a vidas das pessoas; com ela, pode-se comunicar com áudio e vídeo, utilizando-se software como:
  • 16. 16 Messenger ou Skype, que são os mais utilizados e fáceis de usar; pode-se ter utilização para fins comerciais, ou seja, para compras online, em site e-commerce; podem-se consultar informações de pessoa física e jurídica através de sites de administração governamental, como Receita Federal; além da grande importância do seu uso e a grande disposição de gama de informações (pesquisas) para qualquer um. Castells (2005) realiza um comparativo entre a rede de computadores interconectada e o sistema nervoso de nosso mundo, ou seja, ambos estão correlacionados. Dessa forma, estar fora dessa rede é ficar fora de tudo que se passa no mundo e em suas dimensões; isso pode tornar algumas pessoas felizes e outras infelizes. A diferença está no fato de que quem está conectado pode se desconectar. O treinamento de motricidade pelo manuseio do mouse é tão importante quanto o de utilização do teclado, tendo em vista que ambos são utilizados na interação com o computador. Para treinar a motricidade, uma das melhores formas é através de desenhos à “mão livre”, em que são utilizados o mouse e as teclas, no lugar de lápis e papel. Além de desenvolver a motricidade da mão, ainda ajuda a desenvolver a sincronização dos movimentos do mouse sobre a mesa com o movimento do cursor na tela do computador (SALES; MARIANI; ALVAREZ, 2009). Com o uso das tecnologias, as pessoas acabam ficando com receio no contato com a internet ao executar procedimentos “incorretos” e, com isso, muitas vezes, acabam se sentindo incapazes de utilizar o computador. Sendo assim, deve-se respeitar a individualidade de cada aluno e focar o uso crítico e consciente da tecnologia, dando atenção especial a pesquisas pela internet (SILVA, 2007).
  • 17. 17 3 METODOLOGIA DA PESQUISA A metodologia da pesquisa deste trabalho é do tipo quali-quantitativo; há levantamento bibliográfico e pesquisa de campo baseada em entrevistas, questionários avaliativos, que permitem um melhor envolvimento com questão de estudo, e também foi utilizada a técnica de observação, do tipo observação assistemática. A utilização de entrevistas e questionários caracterizou qualitativamente a pesquisa. E a caracterização quantitativa se dá pelos questionários avaliativos finais, em que os sujeitos responderam a questões abertas e fechadas, servindo para a complementação dos dados da investigação. Esses dados foram tabulados, gerando apenas um percentual que gerou uma média. Após a utilização desta pesquisa, os documentos irão permanecer junto à Coordenadoria de Extensão e estarão disponíveis caso os participantes queiram obter as informações. Esta pesquisa passou por aprovação da Câmera de Pesquisa e Pós-Graduação da Faculdade Metodista de Santa Maria – FAMES, conforme consta no final deste documento em anexo. 3.1 ITENS BÁSICOS ABORDADOS NAS AULAS Para que se possa trabalhar com conteúdos diversificados, é necessário ter um breve conhecimento do uso básico do computador; dessa forma, a realização das entrevistas foi feita com a separação de turmas conforme o seu grau de conhecimento (intermediário e avançado). Assim, foi possível abordar esses conteúdos de acordo com nível de conhecimento do grupo. Para aqueles que não possuem nenhum conhecimento sobre a tecnologia, os conteúdos são destinados à turma iniciante; os que já possuem um pouco de conhecimento e já sabem realizar algumas tarefas são destinados à turma intermediária; já os que possuem conhecimentos mais avançados, ou seja, aqueles que utilizam o computador há mais tempo e que já possuem contato com a tecnologia há algum tempo são destinados à turma avançada. Os conteúdos abordados em cada módulo se encontram no Anexo A deste documento.
  • 18. 18 3.2 PRIMEIRO QUESTIONÁRIO O primeiro questionário foi aplicado nos meses de agosto e setembro de 2012, constituindo uma amostra de 34 sujeitos, abordando questões relacionadas a opiniões dos participantes, bem como uma entrevista para poder conhecer cada participante de modo que se pudesse captar o grau de dificuldade entre eles. O questionário foi montado, utilizando-se a Tecnologia Google Docs – formulários. Essa ferramenta (formulários) permite a montagem de qualquer tipo de questionário, seja ele de múltipla escolha ou descritivo; é uma ferramenta simples que gera todos os dados em forma de gráfico, bem como uma média no caso de utilização de números. Após a assinatura do Termo de Consentimento e Livre Esclarecimento – TCLE (Anexo D – item 2), o participante recebia, por e-mail, o questionário para preenchimento online, que foi respondido no horário da aula de informática com as três turmas (iniciante, intermediário e avançado), sendo que alguns participantes optaram por responder em casa, por conseguirem se concentrar melhor. O questionário aplicado se encontra no Anexo B deste documento. 3.3 SEGUNDO QUESTIONÁRIO O questionário foi aplicado no mês de outubro de 2012, constituindo uma amostra de 31 sujeitos. Foi um questionário de conhecimento mais “técnico”, ou seja, com questões sobre o conhecimento adquirido dos alunos sobre alguns fatores que envolvem TICs. Devido à grande dificuldade encontrada durante a primeira fase da pesquisa, foi aplicado o primeiro questionário relacionado a uma pequena entrevista individualizada, sendo enviado para o e-mail do participante e respondido online. Dessa forma, a coleta dos dados se torna mais fácil para o pesquisador, evitando-se assim o trabalho de transcrever as informações para um documento digital para realizar a amostra dos resultados. Também dessa forma é possível captar o grau de dificuldade que os alunos possuem em utilizar tais métodos com os quais não estão acostumados, e, com isso, percebe-se que há dificuldades com relação à idade e ao domínio da tecnologia.
  • 19. 19 4 DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento desta pesquisa se deu através da aplicação de dois questionários, sendo o primeiro baseado em entrevista, em que o participante pôde expressar sua opinião e sua visão para cada tipo de pergunta. Já o segundo questionário refere-se ao conhecimento da utilização da tecnologia e conhecimentos adquiridos durante o curso. A ferramenta utilizada para elaboração destes questionários foi o Google Formulário, onde é possível a criação de qualquer tipo de questionário. A vantagem da utilização dessa ferramenta é que o participante responde por e-mail ou por um link (endereço) informado; esses dados ficam armazenados em uma planilha por ordem de resposta. 4.1 COLETA DE DADOS A aplicação dos questionários visa coletar informações que vão desde o significado da inclusão digital até alguns conhecimentos básicos utilizados no dia a dia dos participantes. O primeiro questionário refere-se a uma pequena entrevista com respostas pessoais de cada participante. Com isso, foi possível classificar os participantes de acordo com as respostas obtidas no questionário. Em nenhum momento, serão divulgados os nomes de participantes, pois só constam no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), assinado por cada participante. Sua identificação será apenas através da idade e profissão. Já o segundo questionário se refere à utilização dos conhecimentos adquiridos através das aulas e no convívio com demais colegas. Esse segundo questionário é mais direto, contendo questões de múltipla escolha em sua a grande maioria. Segundo as autoras Argimon e Vitola (2003), é importante para pessoas idosas manter uma atividade mental exercitada, utilizando algumas formas de lazer, tais como jogo de cartas, palavras cruzadas, jogo de memória ou até mesmo voltar a estudar, sendo isso algo bastante comum nessa idade. Os autores também citam o uso do computador como mais uma atividade prazerosa, na qual os idosos conseguem se comunicar com familiares ou amigos, além de acompanharem os avanços tecnológicos. Conforme Jentoft (2006), as pessoas que mantêm uma atividade cerebral “ativa” ao longo do tempo permitem criar novas conexões neurais, além de reforçar as conexões já criadas. Com isso, há uma compensação nas conexões perdidas, que evocam o potencial de desenvolvimento
  • 20. 20 mental em qualquer idade, fato que até bem pouco tempo, segundo o autor, era uma irreverência científica. 4.2 ANÁLISE DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO A aplicação do primeiro questionário destina-se a conhecer melhor os participantes através de uma entrevista direcionada ao tema do trabalho. Esta pesquisa contou com 34 participantes, sendo 6% do sexo masculino e 94% do sexo feminino. Com essa pesquisa foram obtidos os seguintes resultados: A pergunta 1 questiona a qual turma o participante pertencia. Apenas 12% são da turma iniciante, 53% são da turma intermediária e 35% frequentam a turma avançada. Com isso, observou-se que a maior parte (53%) dos alunos participantes frequenta a turma intermediária. Para poder separar os usuários, foi perguntado ao participante qual era sua idade. Com isso, notou-se que a idade do participante mais novo é de 50 anos e o mais velho de 83 anos. Sendo assim, obteve-se uma média de idade de 65 anos. Na questão 2, foi perguntado ao participante se ele era aposentado ou não. As respostas foram: 79% são aposentados e apenas 21% não são aposentados. Na figura 1, foi questionada ao participante a profissão que exerce ou exerceu. As profissões foram várias, entre as mais comuns estão: professor: 44,1%, do lar: 17,6%, comerciante: 11,8%, funcionário público: 8,8% e outras profissões: 17,6%. Figura 1 – Gráfico Profissões Fonte: Próprio Autor
  • 21. 21 Na figura 2, temos a representação da questão de n° 4, em que foi perguntado ao participante da pesquisa o que o levou a querer aprender informática. Com base nas respostas, observou-se que 31,8% dos participantes buscou a informática como uma forma de se atualizar; 19,7% para poder se comunicar com familiares e amigos; 10,6% para adquirir novos conhecimentos e por necessidade; 6,1% para ter uma distração/passatempo, 4,5% por gostar de informática; 3% por bem-estar, diversão, incentivo dos filhos, por querer ser independente e curiosidade; 1,5% por considerar um desafio pessoal. Figura 2 – Gráfico Questão 4 Fonte: Próprio Autor As respostas mais expoentes foram: A informática nos abre janelas para podermos entender melhor os acontecimentos destes tempos atuais. Também para coloca o celebro para aprender coisas novas. Pela necessidade de aprender a mexer no computador para fala com filhos e netas. Também para se atualizar e acompanhar estes tempos da era da informática. 65 Anos - Professora "O que me levou a querer aprender informática foi poder aproveitar melhor o tempo e principalmente para estar conectada com o mundo... exercitar a memória... trocar ideias... pesquisar... sentir as pessoas mais próximas, mesmo distantes... Aprender informática é indispensável no mundo de hoje, em qualquer idade... e mais importante ainda na terceira idade, para maior integração, atualização e interação com os demais, pois sem informática a comunicação fica prejudicada... e a pessoa desatualizada... 59 Anos – Professora Aposentada. "Estou me preparando para o futuro, quando eu “ficar velha” e não puder mais andar pelo mundo com minhas próprias pernas, trarei o mundo pra mim, através da informática. Espero poder continuar atualizada e me comunicando com os parentes e amigos, lendo belas mensagens e ouvindo música. Não são razões suficientes?!!!" 83 anos – Funcionária Pública Aposentada. Na questão de n° 5, foi perguntado ao participante se considerava a idade um empecilho para ser incluída digitalmente. Todos os participantes (100%) responderam que 1,5%
  • 22. 22 NÃO. Sendo assim, os participantes consideram que não há empecilho algum, seja qual for a idade. A figura 3 refere-se à questão de n° 6, na qual foi perguntado ao participante de que forma ele acredita que sua família o enxerga, se inserindo no mundo digital (informática) na sua idade: 30,6% participantes responderam que seus familiares os incentivam; outros 27,6% os admiram por estarem se inserindo no mundo digital; 22,2% acham legal; 13,6% sentem orgulho; 5,6% consideram que está se incluindo digitalmente um pouco tarde demais. Figura 3 – Dados Fonte: Próprio Autor As respostas mais significativas foram: Eles me dão a maior força, e incentivo e eles ficam orgulhosos, os netos dizem olha a Vó na Internet muito bom vovó. - 65 anos – Do Lar De forma muito positiva, às vezes até ensino meus filhos e noras alguma coisa que eles não sabem, é uma troca muito gostosa... Eles ficam admirados de eu saber tantas coisas e me incentivam a continuar. - 61 Anos – Bancária Aposentada. "A veinha da informática", assim dizem, sobre eu estar utilizando o computador. Sei que sentem muito orgulho pelo que sei e faço, principalmente pelo blog que aprendi a fazer na EA e que mantenho atualizado; e por estar nas redes sociais sempre atualizadas e me comunicando com amigas (da Austrália, Europa, África e Brasil) e familiares todos. – 63 anos Professora Aposentada Na questão de n° 7, foi perguntado ao participante se este recebeu ou recebe algum incentivo (reconhecimento), por parte da sua família. 94% responderam que SIM e 6% responderam que NÃO. Na questão de n° 8, foi perguntado ao participante qual é sua expectativa em relação à informática. As respostas foram muito diversificadas, sendo difícil a tabulação dos dados; assim, alguns trechos que de alguns participantes foram selecionados, sendo
  • 23. 23 que suas expectativas eram se atualizar, interagir e se comunicar com familiares, como um passatempo nas horas vagas; outros, para aprender e poder acompanhar a evolução da tecnologia; e outros, como fazer pesquisas, navegar na internet e escrever textos, fazer vídeos, gravar música e filmes. Algumas respostas que merecem destaques: Penso que ter noções de informática é cada vez mais importante uma vez que o mundo todo em qualquer circunstância está se informatizando. O fato de desconhecermos essa ferramenta nos tornará marginalizados. – 66 anos – Professora Aposentada Vai me ajudar a participar deste mundo globalizado – 65 Anos – Cirurgião Dentista Aposentado. Exercitar a memória e adquirir conhecimentos formando novas amizades. – 68 Anos – Do Lar Aposentada. Como disse a informática é tudo de bom fizemos quase tudo que necessitarmos pelo comp. é só sabermos utilizarmos como tudo na vida. – 54 Anos – Comerciante Aposentada Minha expectativa é aprender cada vez mais, me atualizar quanto a coisas novas que vão surgindo e que é de muita valia para nossa vida cotidiana. – 61 Anos – Bancária Aposentada. Com a Informática tudo ficou mais acessível, posso ver todas as notícias no computador sem necessitar do jornal impresso. – 60 Anos – Atendente Legislativo Aposentado. (...) Fazendo informática à gente fica ligada, eu acho que ajuda muito na memória, concentração, fica mais atenta aos acontecimentos, e também têm a possibilidade de acompanhar um pouco mais essas mudanças rápidas dos dias atuais, as redes sociais, os filhos e netos que mandam emails, fotos.... etc. – 65 Anos - Professora. Na questão de n° 9, foi perguntado aos participantes se possuem computador em casa: 94% responderam que SIM e 6% responderam que NÃO. Na questão de n° 10, foi perguntado aos participantes se suas famílias os ajudam a trabalhar com o computador: 85% responderam que SIM e 15% responderam que NÃO. Na questão de n° 11, foi perguntado aos participantes se achavam que problemas de saúde podem dificultar sua aprendizagem: 9% responderam que SIM e 91% responderam que NÃO. Os problemas considerados pelos participantes que possam dificultar a aprendizagem são demências, problemas de memória, diminuição da capacidade visual e auditiva. Na questão de n° 12, foi perguntado aos participantes se eles acreditavam que a informática ajuda no auxílio ao tratamento de perda de memória: 97% responderam que SIM e 3% responderam que NÃO. Na figura 4, é representada a questão de n° 13, na qual foi solicitado aos participantes para citar qual método é utilizado para memorizar os passos de uma atividade realizada no computador. Com base nas respostas dos usuários, notou-se que 30% utilizam
  • 24. 24 como método de memorização a anotação; 16,7% responderam que é praticando que memorizam; 13,3% responderam que é repetindo (ou refazendo os passos) que conseguem memorizar os passos de uma atividade; 3,3% responderam que apenas prestam muita atenção; 6,7% disseram que é prestando atenção e repetindo várias vezes; 6,7% respondem que é repetindo, praticando e anotando; 6,7% responderam que é praticando e anotando; 3,3% responderam que é prestando atenção e praticando várias vezes; 3,3% responderam que é prestando atenção, repetindo e praticando várias vezes. 3,3% responderam que é repetindo várias vezes e anotando passo a passo e 6,7% responderam que não utilizam nenhum método para memorizar. Figura 4 – Passos de Memorização Fonte: Próprio Autor Na questão de n° 14, foi perguntado aos participantes se eles possuem algum problema de audição: 12% responderam que SIM e 88% responderam que NÃO. Na questão de n° 15, foi perguntado aos participantes se possuem alguma limitação motora nas mãos ou braços: 3% responderam que SIM e 97% responderam que NÃO. A limitação respondida pelo participante foi: tendão rompido no braço direito, que dificulta o manuseio do mouse e teclado. Na questão de n° 16, foram perguntados aos participantes quais os interesses, as necessidades e as dificuldades para aprender informática. Na figura 05, pode-se observar que, dentro dos interesses pela inclusão digital (aulas), a maior parte (42,9%) respondeu que seu foco está na aprendizagem aprimorando seus conhecimentos; 28,6% responderam que buscam a inclusão digital como uma forma de se atualizar; 14,3% responderam que buscam a inclusão digital para poder se conectar com pessoas e com o mundo; 7,1%
  • 25. 25 responderam que buscam a inclusão digital para exercitar a memória e 7,1% responderam que buscam a inclusão digital para poder aprender a trabalhar com foto. Figura 5 – Gráfico Interesses Fonte: Próprio Autor Na figura 6, observou-se que dentro das necessidades da inclusão digital (aulas), maior parte (35,7%) dos participantes respondeu que necessita de uma prática constante para o aprendizado; 28,6% responderam que sua necessidade é se comunicar com pessoas (amigos, familiares, colegas, etc.); 14,3% responderam que necessitam evoluir mais seus conhecimentos e suas culturas; 14,3% responderam que necessitam realizar pesquisas (jornais, notícias, receitas, etc.) e 7,1% responderam que necessitam realizar anotações para conseguir praticar sozinhos depois. Figura 6 – Gráfico Necessidades Fonte: Próprio Autor Na figura 7, observou-se que dentro das dificuldades da informática (aulas), a maior parte (26,7%) respondeu que suas dificuldades são por estar iniciando, ou seja, estar no começo dessa inserção no mundo digital; 20% responderam que possuem dificuldade
  • 26. 26 em memorizar os conteúdos dados em aula; 6,7% responderam que possuem insegurança para realizar as atividades fora das aulas; 6,7% responderam que seus reflexos são lentos, por isso, possuem mais dificuldades ao realizar uma atividade; 6,7% responderam que possuem dificuldade com sites novos; 6,7% responderam que sua dificuldade está na digitação; 6,7% responderam que possuem problema de audição que dificulta no aprendizado. Figura 7 – Gráfico Dificuldades Fonte: Próprio Autor Na questão de n° 17, foi perguntado aos participantes qual o significado da inclusão digital (informática) para eles e quais foram os benefícios que ela os proporcionou. Por se tratar de uma questão descritiva, em que as respostas são pessoais e poderão divergir, ser expressas ou compreendidas de formas diferente, foi inviável a utilização de palavras- chave para realizar a tabulação dos dados. Abaixo, algumas respostas de participantes que tiveram as melhores respostas: – Agora sinto que sou capaz de acompanhar a evolução. Agilizou meu raciocínio, melhorou a auto-estima. – 56 Anos – Cabeleireira Aposentada – O significado foi extraordinário, me sinto bem quando sei ensinar uma colega do lado algo que ela não sabe. Quanto aos benefícios foram inúmeros, como pesquisar na Internet, me comunicar c/as pessoas através de email ou redes sociais e também um trabalho voluntário que desenvolvo para uma instituição de caridade através de um programa instalado em meu computador. – 61 Anos – Bancária Aposentada – A Inclusão Digital aumenta o conhecimento de modo prático e facilita muitas coisas que podem ser realizadas automaticamente pela internet. Esses foram os benefícios. – 66 Anos Atendente Legislativa Aposentada. – Significa estar em contato com o mundo moderno e sem limites. É tudo de bom. São muitos os benefícios. Estar em contata com amigos e familiares. Pesquisar, me informar, atualizar,
  • 27. 27 compartilhar... Curtir... Ajudar e buscar ajuda trocar ideias... Integração... Sinto-me mais valorizada por estar aprendendo informática. Faz muito bem ao ego. – 59 Anos – Professora Aposentada – Para mim inclusão digital é conexão com o mundo. Pessoas distantes ficaram mais próximas tudo chega rápido quase nada fica em segredo, a ciência avança. – 72 Anos – Professora Aposentada Sendo assim, pode-se observar que o significado da inclusão digital, em geral, é estar atualizado e poder usar as ferramentas tecnológicas para estar conectado com o mundo e com as pessoas. Dessa forma, com a aplicação do segundo questionário, espera-se obter dados mais específicos em relação à utilização da informática, assim poderemos entender a real necessidade dos participantes da pesquisa, bem como suas reais necessidades com a inserção no mundo digital. 4.3 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO 2 Esse segundo questionário destinou-se a perguntas mais objetivas com questões de múltipla escolha, sendo que algumas necessitam de justificativa. Essa segunda parte da aplicação dos questionários contou com 31 participantes, sendo a grande maioria mulheres 94%. Com essa pesquisa, observaram-se os seguintes resultados: a média de idade dos participantes é de 63 anos. A diminuição da média de idade se deu através da diminuição do número de participantes nesta segunda parte da pesquisa. Deles, 6% são da turma iniciante, 64% da intermediária, 24% da avançada. Na questão de n° 1 do segundo questionário, foi perguntado ao participante se ele sabia ligar o computador: 94% responderam que SIM, que sabiam ligar o computador, 6% responderam que NÃO. Assim, observou-se que a maioria dos participantes possuía algum domínio do computador, pois o utiliza com frequência, porém, não sabem ligá-lo, apenas manuseá-lo. Na questão 2, foi perguntado ao participante se ele sabia manusear o mouse e conduzi-lo até um ícone na tela e o acionar: 100% responderam que SIM, que sabiam realizar essa operação. As questões de n° 3 a 5 são referentes à utilização do editor de texto.
  • 28. 28 Na questão 3, foi perguntado ao participante se ele conseguia abrir o editor de texto somente utilizando o mouse: 84% responderam que SIM, que conseguem, 16% responderam que NÃO. O objetivo dessa pergunta foi verificar a habilidade do participante com o mouse. Sendo assim, os participantes que responderam NÃO sabem utilizar o editor de texto ainda. Na questão 4, foi perguntado ao participante se ele sabe digitar números, palavras e frases no editor de texto: 84% responderam que SIM, que sabem digitar números, palavras e até mesmo frases; 16% responderam que NÃO. Assim como na questão 3, os participantes que aqui responderam NÃO, ainda não possuem conhecimento sobre a utilização do editor de texto, por estarem há pouco tempo em contato com a informática. Na questão 5, foi perguntado aos participantes se eles sabem como apagar/deletar o que digitou no editor de texto: 94% responderam que SIM, que sabem como apagar/deletar, 6% responderam que NÃO. Com isso, nota-se que os participantes que responderam NÃO correspondem a 10% da turma intermediária. Assim como na questão de n° 3 e 4, essas pessoas ainda não possuem conhecimento da utilização de um editor de texto. Na questão 6, foi perguntado aos participantes se eles sabem como utilizar de letra maiúscula e minúscula no editor de texto: 94% responderam que SIM, que sabem como utilizá-las, 6% responderam que NÃO. Assim, nota-se novamente que os participantes que responderam que NÃO correspondem a 10% e são da turma intermediária. As questões de n° 7 a 11 são referentes à utilização da internet. Na questão 7, foi perguntado ao participante se ele sabe como acessar um site e navegar por ele: 100% responderam que SIM, que sabem acessar e navegar num site. Na questão 8, foi perguntado ao participante se sabe como acessar e-mail, abrir arquivos em anexos e enviar outro e-mail: 81% responderam que SIM e 19% responderam que NÃO. Desse modo, percebe-se que 50% dos participantes são da turma iniciante e 24% são da turma intermediária. Na figura 8 da questão n° 9, foi solicitado ao participante para que ele marcasse entre as opções (redes sociais, blogs, pesquisas, bate-papo, notícias, e-mail ou outra opção não mencionada) em que mais costuma ocupar seu tempo na internet: 74% responderam a opção redes sociais; 6% responderam blogs; 61% responderam pesquisas; 55% responderam bate-papo; 52% responderam que leem notícias; 77% responderam que ocupam seu tempo lendo, ou enviando e-mail e 10% responderam que costumam ocupar
  • 29. 29 seu tempo com outras coisas como (outros sites da internet, com música e com o jogo freecell). Figura 8 – Gráfico Questão 9 Fonte: Próprio Autor Na tabela 1 da questão n° 9.1, foi perguntado ao participante quantas horas por dia costuma utilizar as opções redes sociais, blogs, pesquisas, bate-papo, notícias, e-mail ou outra opção não mencionada. A média de 1h e 11 min de utilização de acesso a e-mail; 1h 05 min foi o tempo de utilização das redes sociais por participante; de 17 min de utilização de blogs; 1h e 09 min para realização de pesquisas; 1h e 08 min para bate-papo e 20 min para utilização com outras coisas (jogos, músicas entre outras não mencionadas). Tabela 1 – Respostas Questão 9.1 Dados Tempos E-mail 1h e 11 min. Pesquisas 1h e 09 min Bate-Papo 1h e 08 min. Redes Sociais 1h e 05 min. Outros 20 min. Blog 17 min. Fonte: Próprio Autor Na tabela 2 da questão n° 10, foi perguntado aos participantes qual rede social ele possuía (Orkut, Facebook, Twitter, Não Tenho Rede Social ou Outra rede social não mencionada). Nenhum possui somente Orkut; 17% possuem somente Facebook; 39% possuem as duas redes sociais, e 6% não possuem redes sociais.
  • 30. 30 Tabela 2 – Tabela Questão 10 Rede Social Qtd. Média/Pessoa Apenas Orkut 0 0% Apenas Facebook 17 55% Não Possui Rede Social 2 6% Orkut+Face 12 39% Fonte: Próprio Autor Na figura 9 da questão 11, foi perguntado ao participante se acha que as redes sociais aproximam mais as pessoas, ou seja, acredita que ela consega despertar interesses de quem está se adaptando com o uso da tecnologia: 91% responderam que SIM, que ela aproxima mais as pessoas e 3% responderam que NÃO. Figura 9 – Gráfico questão 11 Fonte: Próprio Autor Foi solicitado aos participantes justificarem suas respostas, dessa forma, pode-se observar que maior parte dos participantes respondeu que as redes sociais aproximam as pessoas por facilitar a comunicação, podendo encontrar pessoas, familiares e amigos em qualquer parte do mundo onde estejam; também se torna um meio mais rápido e mais barato de comunicação, pois é de graça, e ainda pode-se utilizar voz e vídeo, facilitando-se ainda mais. Outro fator importante a ser destacado é a melhora da autoestima e um excelente exercício para a memória, pois ela nos faz, mais vezes, recordar certas coisas que aconteceram há algum tempo. Assim, podemos ter por base que 55% acham que as redes sociais aproximam as pessoas por facilitar a comunicação; 42% acham que ela aproxima por ser um meio de comunicação mais rápido e vantajoso; e para os 3% que haviam respondido que NÃO acreditavam que as redes sociais poderiam aproximas as pessoas, a justificativa é: Prefiro conversar pessoalmente.
  • 31. 31 Na figura 10 da questão 12, foi perguntado ao participante quanto tempo costuma utilizar o computador em casa por dia: 6% dos participantes responderam que até 30 minutos; 32% responderam que até 1 hora; 32% participantes responderam que até 2 horas e 29% responderam que utilizam mais de 2 horas por dia. Figura 10 – Gráfico questão 12 Fonte: Próprio Autor Com os dados desse segundo questionário, pode-se concluir que houve uma redução de 9% dos participantes em relação ao primeiro questionário. Analisando-se os questionários, nota-se que os benefícios foram vários, em geral, a aproximação de pessoas através das redes sociais, estar atualizado com as notícias, além da melhora de raciocínio e da autoestima. Também foi possível observar que durante a aplicação do segundo questionário, que era mais simplificado, também houve dificuldade, mas esta se deu por ser uma ferramenta nova (questionário online do Google Formulário), mas em relação ao primeiro houve menos dificuldade em interpretar e responder às questões, justamente pelo fato de marcar, em maior parte, as opções SIM ou NÃO, e, em algumas outras, com opções para marcar mais de uma alternativa. No primeiro questionário, os participantes da turma iniciante correspondem a 12%, já no 2° questionário correspondem apenas a 6% dos participantes, uma redução de 6%. Já os participantes da turma intermediária, no primeiro questionário, foram 53% e no segundo questionário foram 64%, havendo um aumento 11%, que corresponde a maior parte dos participantes. Durante a aplicação desses questionários, na maior parte, as dificuldades estão nos participantes da turma intermediária, por serem em maior número e estar a menos tempo (6 meses a 1 ano) em contato com a tecnologia, pois muitos vieram há pouco da turma iniciante.
  • 32. 32 4.4 ANÁLISE E DISCURSOS DOS RESULTADOS Foi realizada uma comparação dos resultados dos questionários 1 e 2, aplicados individualmente. Desse modo, pode-se analisar os seguintes dados: No programa da Escola para Adultos, existe a predominância de mulheres, dessa forma, os participantes do sexo masculino representam 6% dos participantes, quando as participantes do sexo feminino correspondem a 94% dos participantes em ambos os questionários. A média de idade dos participantes no 1° questionário foi 65 anos, já no 2° foi 63 anos; houve uma redução de 2 anos, devido à ausência de alguns participantes da primeira etapa. Em relação às respostas dos questionários, algumas questões se correlacionam diretamente, como a questão 4, em que foi perguntado aos participantes o que os levou a querer aprender informática. As respostas com maior índice são: 31,8% buscam a informática como uma forma de se atualizar; 19,7% comunicar com familiares e amigos; 10,6% por necessidade de adquirir novos conhecimentos; 6,1% para ter distração/passatempo. Esta, por sua vez, está relacionada com as questões 9 e 9.1 do 2° questionário, em que os participantes responderam as perguntas 9 – as opções em que você mais costuma ocupar seu tempo na internet: a) Redes Sociais b) Blogs c) Pesquisas d) Bate-Bapo e) Notícias f) e-mail g) Outro. Na questão 9.1, foi perguntado quantas horas aproximadamente por dia eles costumam utilizar as opções acima: e-mail: 77% e uma média de 1h e 11 min de utilização por dia; redes sociais: 74% - 1h e 05min; pesquisas: 61% - 1h 09 min; e bate-papo: 55% - 1h e 08min. Sendo assim, estão dentro dos seus propósitos, pois, através de e-mail, redes sociais, pesquisas e bate-papo estão se atualizando e, ao mesmo tempo, comunicando-se direta e indiretamente e, assim, com as trocas de informações entre amigos e familiares, estão adquirindo novos conhecimentos e se adaptando com o uso das TICs. Outra questão que está relacionada é a 15 do 1° questionário, com a questão 2 do 2° questionário. A questão 15, em que foi perguntado se os participantes possuíam limitações motoras, 97% responderam NÃO. E na questão 02, em que foi perguntado se o participante sabia conduzir o mouse até um ícone na tela e clicar, 100% responderam SIM, sendo assim, a limitação motora em braços e mãos pode até dificultar, mas não impede que a pessoa realize sozinha essa operação, do seu jeito e no seu tempo.
  • 33. 33 Sendo assim, pode-se confirmar o que o autor Rybash (apud FIALHO, 2001) argumentou sobre a cognição, que se refere à coleção de processos que servem para transformar, organizar, selecionar, reter e interpretar informações. Assim acontece com a aprendizagem de algo novo na informática a esse grupo de pessoas, pois, estão mais preocupadas em realizar a anotação daquela informação do que tentar armazenar e compreender tal informação, assim suas dificuldades cognitivas aumentam por sua memória não ser tão exigida como poderia ser. Muitos investigadores do envelhecimento cognitivo citados por Nunes (1999) utilizam o processamento das informações para investigar os aspectos cognitivos afetados com a idade. Para o autor, a maioria dos idosos tem dificuldades na organização e interpretação da informação. Com o passar da idade, as pessoas apresentam um declínio na habilidade de reconhecer os objetos (RYBASH, 1995). Na prática, isso é bem visível, pois as pessoas dessa faixa etária possuem uma grande dificuldade em encontrar ícones na tela, bem como em reconhecê-los. Tais ícones, muitas vezes, estão visíveis, mas tais pessoas demoram certo tempo para conseguir realizar o contato visual. Outro fator é a dificuldade de coordenação motora na utilização do mouse: em média, essas pessoas levam 2 a 3 vezes mais tempo que um adolescente, que assimila as informações com muito mais agilidade. Conforme Nunes (1999), existem dois aspectos que mais afetam o desempenho do idoso: a atenção seletiva e a atenção dividida. A atenção seletiva refere-se à habilidade de distinguir informações pertinentes das irrelevantes. A atenção dividida refere-se ao processamento de duas ou mais informações ao mesmo tempo. Durante a observação assistemática nas aulas de informática, notou-se que maior parte dos alunos possui a atenção dividida, ou seja, não consegue distinguir o que é importante e o que não é. Por exemplo, se o professor pede para abrirem um determinado navegador de internet, os alunos demoram um tempo para localizar onde se encontra tal navegador, muitas vezes, abrindo outro navegador ou até mesmo abrindo outro programa que não tem a ver com o que foi solicitado, isso apenas por não desenvolver sua atenção seletiva. Assim, pode-se dizer (GOULART, 2007) que, para que a aprendizagem possa ser significativa, é necessário ter disposição para aprender, ou seja, se a pessoas quiserem memorizar arbitrariamente, então, a aprendizagem será mecânica, devendo ser significativa, lógica e psicologicamente significativa, ou seja, deverá ser compreendida pela memória, a fim de se obter uma melhor memorização. Ao acompanhar as aulas e até mesmo durante a aplicação dos testes, notou-se que grande parte dos que estão
  • 34. 34 participando das aulas de informática possui essa disposição em querer aprender, sente-se motivados a cada conhecimento adquirido e acaba perdendo seu medo. Isso faz com que os alunos se motivem, pois a aprendizagem depende também da sua boa vontade. Porém, outra pequena parte acaba não frequentando as aulas com certa persistência, acabam perdendo informações novas e esquecendo suas habilidades em relação ao uso do computador. Muitas vezes, essas pessoas possuem alguns impedimentos que, geralmente, são de saúde, ou seja, por possuírem algum familiar doente e este, por sua vez, necessitar de cuidados constantes, o aluno fica impossibilitado de comparecer às aulas com frequência e de praticar em casa, pois, geralmente encontra-se com ocupado, acarretando no seu aprendizado.
  • 35. 35 5 CONCLUSÕES Ao realizar a pesquisa sobre os benefícios da inclusão digital para adultos-idosos, foi possível observar o quanto e quais são os benefícios proporcionados pela inclusão digital (informática) ao programa de alunos da Escola para Adultos da FAMES. Sendo assim, pode-se concluir que a idade não é mais um empecilho ou desculpa para ser um excluído digitalmente. Os benefícios são diversos, em geral, a aproximação das pessoas através das redes sociais, a atualização com as notícias, além da melhora do raciocínio e da autoestima, e ainda o bem-estar, o que auxilia no tratamento da saúde. Sendo assim, pode-se observar que o significado da inclusão digital, em geral, é estar atualizado e poder usar as ferramentas tecnológicas para estar conectado com o mundo. Também foi possível observar que durante a aplicação do segundo questionário, que era mais simplificado, também houve maior dificuldade, mas esta se deu por ser uma ferramenta diferente, mas, em relação ao primeiro, houve menos dificuldade em interpretar e responder às questões, justamente, pelo fato de marcarem, em maior partem as opções SIM e NÃO, e algumas outras opções com alternativas. Após a conclusão dos questionários, observou-se que os alunos da turma intermediária são os que mais possuem dificuldades em relação à utilização da tecnologia, ou seja, ainda se encontram numa fase de adaptação com a informática. Isso foi possível captar através das questões da segunda parte, em que alguns alunos demonstraram já possuir uma adaptação com a informática e uma boa parte demonstrou que ainda se sente insegura com o computador; com isso, foi possível utilizar essas informações para resgatar os conhecimentos adquiridos e incentivar os alunos a não desistirem e passarem a frequentar as aulas pelo menos uma vez na semana. Embora muitos alunos já estejam frequentando as aulas de informática há mais de 2 anos, alguns ainda possuem certo medo e também uma dependência do professor ou familiar para o ajudar. Esse é considerado um processo natural da idade, mas o propósito da Oficina de Inclusão Digital (informática) é ensinar o aluno a tornar-se independente e perder seu medo, assim, ele irá conseguir realizar o que aprendeu em casa ou na aula sem precisar de ajuda. Por fim, a inclusão digital para adultos-idosos trouxe muitos benefícios que são visíveis através das aulas e das interações junto às redes sociais e blogs, onde são seus
  • 36. 36 meios de expressar seus sentimentos e emoções, não se importando se estão escrevendo corretamente ou não, ou que repercussões irão causar; é seu meio de relatar um acontecimento, algum evento, alguma atividade realizada, como passeios, viagens e atividades de aulas, seja através de textos ou fotos. Para algumas, é como seu fosse seu diário pessoal aberto aos seus amigos. Então, a inclusão digital levou essas pessoas a uma melhora de interação e aprendizado, passando ser uma atividade lúdica, e gerando um feedback imediato através das meios midiáticos. Com base os objetivos específicos, através da revisão bibliográfica e com base a amostragem dos questionários, pode-se compreender o real interesse e necessidade dos participantes bem como suas dificuldades expressadas através desta pesquisa, assim captando os benefícios proporcionados pela inclusão digital. Assim, esse grupo de adultos-idosos não ficou à deriva, e espera-se, com isso, poder aumentar a expectativa de vida dessas pessoas idosas através do uso das TICs, despertando cada vez mais o interesse desse público idoso.
  • 37. 37 REFERÊNCIAS ARGIMON, I. de L. & VITOLA, J. C. (2003) Estratégias para facilitar a convivência. In Dornelles, B., Costa, J. da. Investindo no Envelhecimento Saudável. (pp 167- 177). Porto Alegre: EDIPUCRS.. BEAUVOIR, Simone. A velhice, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. CASTELLS, M. La brecha educativa ES La decisiva em La sociedad La información, 2005. Tradução nossa. Entrevista. Quadernos internacionales de tecnologia para El desarrollo humano. Disponível em: <http://www.cuadernos.tpdh.org/articulos.php?id=116>. Acessado em: 03/05/2012. FIALHO, F. A. P. Ciências da cognição. Mídia e Conhecimento, Livro. UFSC - Florianópolis: Editora Insular, 2001 v1, p. 263. FERNANDES, Rosana. Informática para a terceira idade. Disponível em: <http://www.ruadireita.com/informatica/info/informatica-para-a-terceira-idade/>. Acessado em: 19/04/2012. GOULART, D. Inclusão Digital na Terceira Idade: a Virtualidade Como Objeto e Reencantamento da Aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Porto Alegre, 2007. 196 f. GRISPINO, Izabel Saldanha. Memória e Processo Pedagógico. 2007. Disponível em: <http://www.izabelsadallagrispino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id= 1264:memoria-e-processo-pedagogico&catid=103:artigos-educacionais&Itemid=456>. Acesso em: 07/07/2012. JENTOFT, A. (2006). La vejez positiva. Nunca es demasiado tarde para ser feliz. Madrid: La esfera de los libros. Tradução nossa. ISBN : 9788497344999 . Nº Edición :1ª . Año de edición :2006 . Plaza edición : MADRID KACHAR, Vitória. A terceira idade e o computador: Interação e produção num ambiente educacional interdisciplinar. Pós-Graduação em Educação: Currículo. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2001. KACHAR, V. A terceira idade e a exploração do espaço virtual da internet. In: Côrte, Beltrina; Mercadante, Elisabeth e Gaeta, Irene Arcuri. (Org.). Envelhecimento e Velhice: um guia para a vida. : Editora Vetor, 2006, v. , p. 287-306. MANDEL, T. The elements of user interface design. NY: John Wiley & Sons, Inc, 1997. Tradução nossa. Livro. ISBN: 0-471-16267-1, 448 Pages.
  • 38. 38 NUNES, R.C. Metodologia para o ensino de informática para a terceira idade: aplicação no CEFET/SC. 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999. OLIVEIRA, Rômulo Silva de; CARISSIMI, Alexandre e TOSCANI, Simão. Livro: Sistemas Operacionais - 2ª edição – Porto Alegre: Instituto de Informática da UFRGS: Saga Luzzatto, 2001. Pag. 1. Cap. 1. PEREIRA, C.; NEVES, R. Os idosos e as TIC – competências de comunicação e qualidade de vida. Revista Kairós Gerontologia, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 05-26, mar. 2011. ISSN 2176- 901X RYBASH, J.M. Adult development and aging. New York. Brown & Benchmark Publishers, 1995.Tradução nossa. SILVA, S. Inclusão digital para pessoas da terceira idade. Dialogia, São Paulo, v. 6, p. XX- XX, 2007. SALES, Márcia B.; MARIANI, A. Carlos e ALVAREZ, Ângela Maria. Livro INFORMÁTICA PARA A 3ª IDADE. Rio de Janeiro, p. 25, 01/2009. ISBN: 978-85-7393- 802-9. TREVISAN, Tatiana V. Informativo da Escola para Adultos. Santa Maria, Ed 001, Ano 01 - P 02, 2011. VERGARA, R. e FLORESTA, C. Idosos no Brasil estão cada vez mais ativos. Folha de São Paulo, São Paulo, 06 ago. 1999. 2. cad. p. 5. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff06089919.htm>.
  • 39. 39 ANEXO A – Métodos Abordados em Aula Módulo I – Informática Iniciantes: Introdução à informática: História do computador, Ligando, Desligando, Teclado, Mouse. Sistema Operacional: Introdução ao Windows XP, Trabalhando Motricidade (Desenho), Área de trabalho; Menus e Atalhos; Minimizando, Maximizando e Fechando; Iniciando uma Aplicação; Pasta; Desligando o Computador. Módulo II – Informática Intermediário: Internet: Aprender a utilizar o Navegador e os seus principais serviços, utilizando o site de busca Google, o site de visualização de vídeos Youtube e pesquisas. e-mail: Criar conta de e-mail no Gmail, enviar/receber mensagem, ler mensagens recebidas, utilizando o bate-papo para interagir com os amigos e colegas. Rede Sociais: Utilização de forma consciente das Redes Sociais em especial Facebook, Adicionar amigos, fazer pesquisas, enviar recados, enviar/receber mensagens, Chat, Fotos, Preservação de Dados pessoais e sociais entre outros. Google Maps: Utilização de mapas e ratas com a ferramenta do Google, bem como o uso do StreetView que permite visualização real de determinados lugares. Pacote Office: Editor de texto (Word): Introdução, Digitação de Textos e Formatação do mesmo. Tal como Tamanho de Fonte, Estilo de Fonte, Cor de Fonte, Formação de parágrafo e Ortográfica. Utilização de Pendrive para Salvar o Texto. Planilhas Eletrônicas (Excel): Introdução, Passo-a-Passo de uma Montagem de uma Planilha de Controle de Orçamento Familiar/Pessoal. Apresentação (Power Point): Introdução, Criação de uma Apresentação com Fotos pessoais e Textos, utilizando efeitos de animações e transição. Módulo III – Informática Avançada Devido a esta ser uma turma com um pouco mais de conhecimento e estar mais tempo na escola e também na informática, deu-se um enfoque diferente para trabalhar com este grupo, visando sempre os interesses pessoais do grupo, em aprender coisas novas, então procurou sempre em realizar atividades abordando o uso de imagens (fotos), devido a sua
  • 40. 40 utilização para fins de Redes sociais e Blogs. Portanto segue abaixo alguns dos conteúdos trabalhados neste módulo. Fotos: utilizam-se dois Softwares para trabalham com fotos. 1- Micosoft Picture Maneger; 2 – PhotoScape.. No 1° foi utilizado para tratamento de imagem, Girar, Cortar uma imagem, Reduzir/Ampliar uma imagem. Já no 2° trabalhado no ano e semestre vigente, foram abordados conteúdos como: Modulas em imagens individuais e em Coletivo, utilização de montagem de fotos em modelos pré- estabelecidos, bem como redimensionamento, molduras individuais e página, inserção de objetos como caricaturas e desenhos na imagem, entre outros. Vídeos: Ao trabalharmos com vídeos utilizamos uma ferramenta do Windows, chamada de Windows Movie Maker, onde também utilizamos imagens, vídeo e músicas para realizar a montagem de um pequeno vídeo, onde após inserirmos as imagens/vídeos/músicas, adicionarmos alguns efeitos oferecidos pelo programa, Após finalizando o vídeo e Gravando o mesmo em um CD/DVD. O objetivo é que os alunos criem seus próprios vídeos para apresentação em eventos da Escola. Imagens: Outra ferramenta utilizada para trabalhar com imagens foi o Broffice Draw, no qual foi trabalhado com a criação de cartões, capas de CD/DVD, Cartazes, convites.
  • 41. 41 ANEXO B – Questões Avaliativas Abordadas 1° QUESTIONÁRIO APLICADO DURANTE O PERÍDO DA PESQUISA: Este questionário é mais uma entrevista do que técnico, justamente para conhecer o participante da pesquisa, bem como suas opiniões e expectativas em relação a inclusão digital. Sendo assim, é possível compreender qual o grau de importância e dificuldade de cada participante. As principais perguntas que serão usadas são: Qual Turma da Informática você Freqüenta? * O Iniciantes O Intermediário O Avançado 1) Qual sua idade? * 2) Você é Aposentado(a)? * O Sim O Não 3) Qual sua profissão? * Profissão no qual, você exerce ou exercia (antes de se aposentar). 4) O que levou você a querer aprender informática? * 5) Você acha que a idade, é um empecilho para ser incluída digitalmente? * O Sim O Não Caso Tenha Respondido "SIM", acima, responda, QUAL É O EMPECILHO? Caso Tenha Respondido "NÃO" desconsidere esta questão. 6) De que forma, você acredita que sua família enxerga você, se inserindo no mundo digital (Informática) na sua idade? * 7) Você recebeu ou recebe algum incentivo (reconhecimento), por parte da sua família? * O Sim O Não
  • 42. 42 8) Qual sua expectativa em relação à informática? * 9) Você tem computador em Casa? * O Sim O Não 10) Sua família ajuda você a mexer com o Computador? * O Sim O Não 11) Você acha que problemas de saúde que possa dificultar a sua aprendizagem? * O Sim O Não Caso Tenha Respondido "SIM", acima, responda, QUAL? Caso Tenha Respondido "Não", Desconsidere esta questão. 12) Você acredita que a informática ajuda no tratamento de perda de memória? * O Sim O Não 13) Cite qual método que você utiliza para memorizar os passos de uma atividade realizada no computador? * 14) Você possui algum problema de Audição? * O Sim O Não 15) Você possui alguma limitação motora nas mãos ou braços? * O Sim O Não Caso Tenha Respondido "SIM", acima, responda, QUAL? Caso Tenha Respondido "Não", Desconsidere esta questão. 16) Quais os interesses, necessidades e dificuldades para você aprender a inclusão digital (aulas)? * 17) Qual o significado da inclusão digital, para você? Quais foram os benefícios que a mesma proporcionou para você? *
  • 43. 43 ANEXO C - Questões Avaliativas Abordadas 2° Questionário aplicado durante o período da Pesquisa A utilização destas questões deverá ser aplicada ao término do curso, durante os meses de Out-Nov, deste Ano, durante as aulas. Este questionário deve ser aplicados mais ao final do semestre por serem questões relacionadas à utilização do computador. Desta forma, permitirá participação de mais pessoas (Ex. Turma iniciantes). Sendo assim poderemos obter uma melhor avaliação, essas questões também podem ser utilizadas pelos alunos participantes. Marque ou responda as questões opções abaixo: *Obrigatório Qual Turma da Informática você Frequentá? * O Iniciantes O Intermediário O Avançado Qual Sua idade? * 1) Você Sabe ligar o computador? * O Sim O Não 2) Você Sabe manusear o mouse, conduzindo até um ícone na tela e acionar? * O Sim O Não 3) Você Consegue abrir o editor de texto utilizando somente o mouse? * O Sim O Não 4) Você sabe digitar números, palavras e frases no editor de texto? * O Sim O Não
  • 44. 44 5) Você sabe apagar ou deletar o que escreveu no editor de texto? * O Sim O Não 6) Você sabe como utilizar a tecla de Maiúscula e Minúscula no editor de texto? * O Sim O Não 7) Você sabe acessar um site na Internet e navegar nele? * O Sim O Não 8) Você sabe como acessar e-mail, abrir arquivos anexos e enviar outro email? * O Sim O Não 9) Marque abaixo as opções em que você mais costuma ocupar seu tempo na internet?* Redes Sociais Blogs Pesquisas Bate-papo Notícias e-mail Outro: 9.1) Quantas horas aproximadamente por dia você costuma utilizar as opções acima:* a) Redes Sociais* b) Blogs:*
  • 45. 45 c) Pesquisas:* d) Bate-Papo (Msn, Gtalk, Skype, facebook...):* e) e-mail:* f)Outro: 10) Marque abaixo qual Rede Social você possui? * Orkut Facebook Twitter Não Tenho Rede Social Outro: 11) Você acha que as redes sociais, aproximam mais as pessoas, ou seja, acredita que ela consiga despertar interesses de quem está se adaptando com o uso da Tecnologia?* O Sim O Não Justifique sua Resposta Acima: * 12) Quanto tempo você costuma utilizar do computador em casa por dia? O 30 min O 1h O 2hs O +2hs
  • 46. 46 ANEXO D – DOCUMENTOS APROVADOS PELA CAMERA DE PESQUISA E PÓS- GRADUÇÃO 01 - Termo de Autorização Institucional – FAMES; 02 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 03 - Parecer da Orientadora; 04 - Termo de Compromisso de Utilização de Dados.
  • 47. 47
  • 48. 48
  • 49. 49
  • 50. 50