SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  18
A  ÁGUA SUBTERRÂNEA  faz parte  integrante do ciclo hidrológico. As águas subterrâneas são um recurso natural imprescindível para a vida e para a integridade dos ecossistemas, representando mais de  95%  das reservas de água doce exploráveis do globo. A água subterrânea resulta da infiltração da água que provém da precipitação e da alimentação directa  dos rios e lagos. Mais de metade da população mundial depende das águas subterrâneas. Recarga Percolação Zona saturada Nível freático Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Do total da água disponível na Terra, 2,5%  é agua  doce . Desta percentagem cerca de 30%  é água s ubterrânea e somente 0,3% é água que ocorre em rios e lagos. ,[object Object],[object Object],[object Object],Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Lago Aquífero Nível freático Furo artesiano Furo artesiano repuxante Aquífero livre Nível  piezométrico Areias Rio Aquífero confinado Sumidouro Nascente cársica Argilas Calcários Área de recarga Confinado Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
a) Aquífero  poroso  –  aquífero que contém  poros  resultantes dos arranjos dos grãos ( e.g . areias) b) Aquífero  cársico  –  aquífero que contém  cavidades  originadas por dissolução da rocha que permitem uma circulação rápida da água ( e.g.  calcários) c) Aquífero  fracturado  ou  fissurado  –  aquífero cuja porosidade e permeabilidade estão fundamentalmente relacionadas com  fracturas  que afectam o material de suporte ( e.g.  granitos) A água armazena-se nos  interstícios  das formações geológicas  (poros, cavidades, fissuras, etc.) a)   b)   c)   Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Portugal Continental está dividido em 4  grandes unidades hidrogeológicas : o Maciço Antigo, a Orla Ocidental, a Orla Meridional e a Bacia do Tejo-Sado Nessas unidades estão identificados  62 sistemas aquíferos  de 3 tipos: poroso ,  fissurado  e  cársico , que condicionam o armazenamento e a transmissão da água subterrânea Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
consumo público   indústria agricultura   44%  da água é de origem  subterrânea Distritos onde há mais consumo: Aveiro, Coimbra, Leiria,  Santarém, Setúbal, Vila Real   50%  da água é de origem  subterrânea Bacias hidrográficas onde há mais consumo: Tejo, Douro, Ave, Liz  65%  da água é de origem  subterrânea Bacias hidrográficas onde há  mais consumo: Tejo, Mondego, Vouga, Douro   Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Actualmente, a abordagem de pesquisa de água subterrânea faz-se com recurso a metodologias pluridisciplinares como sejam métodos  geofísicos , levantamentos  geológicos ,  estruturais  e  hidrogeológicos  de detalhe, etc. A pesquisa de água subterrânea Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
A captação de água subterrânea Para a captação de água subterrânea recorre-se a diversas estruturas captantes das quais se destacam os  FUROS  (verticais, inclinados e horizontais). As tecnologias de sondagem englobam, para além da  perfuração com diferentes métodos  em função da geologia,  análise de diagrafias  diferidas e  ensaios de produtividade  criteriosamente programados. Diagrafias diferidas Furo horizontal Ensaio de caudal Furo vertical Máquina de sondagem Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Apesar de se encontrarem melhor protegidas contra a contaminação do que as águas superficiais, e apesar do poder filtrante e autodepurador das camadas superiores, as águas subterrâneas não se encontram imunes à poluição provocada pelas diversas actividades  ANTRÓPICAS . Uma vez poluídas, podem gerar processos praticamente irreversíveis sendo a sua descontaminação muito difícil.  Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Fontes de poluição Uso intensivo de  adubos e pesticidas  em actividades agrícolas Deposição de  resíduos industriais sólidos e líquidos  ou de produtos que podem ser dissolvidos e arrastados por águas de infiltração em terrenos muito vulneráveis Deposição de lixos urbanos em  aterros Deposição de  dejectos animais  resultantes de actividades agro-pecuárias Construção incorrecta de  fossas sépticas Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
A exploração intensiva de água subterrânea dos  AQUÍFEROS COSTEIROS   pode gerar uma invasão progressiva da água do mar, resultante do avanço da interface água doce-água salgada, de que resulta uma  contaminação salina  da água subterrânea captada nos  furos.  Aquífero Água salgada Interface Água doce-água salgada Mar Furo de captação Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Portugal: um dos Países mais ricos da Europa em  ÁGUAS TERMAIS   A maioria das águas termais tem a sua origem na precipitação atmosférica que, infiltrando-se em profundidade, vai ganhando características físico-químicas particulares em função da composição mineralógica das formações geológicas por onde circula. A temperatura de emergência das águas termais é função da profundidade a que essas águas meteóricas circularam.  Esquema de um sistema de águas termais  Nas zonas geologicamente instáveis (associadas à Tectónica de Placas) a elevada temperatura das águas termais é o resultado da existência, em profundidade, de um foco de calor activo (vulcanismo activo – ex. Açores). Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
A grande variabilidade geológica de Portugal Continental faz com que as Estâncias Termais aí existentes apresentem águas termais com características físico-químicas distintas, apresentando cada nascente especificidades muito próprias.  A temperatura de emergência que a grande maioria destas águas termais apresenta (entre os 20ºC e os 76ºC) permite uma variedade de utilizações (balneoterapia – a utilização clássica, aquecimento urbano, aquecimento de estufas, piscicultura, etc.), tornando-as igualmente num recurso geotérmico com grandes potencialidades futuras.  Balneoterapia Aquecimento urbano Aquecimento de estufas Produção de energia  eléctrica Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Área de superfície e subsuperfície  envolvente  de uma ou mais captações destinadas  ao abastecimento público,  onde as actividades susceptíveis  de alterar a qualidade da água subterrânea,  são limitadas, proibidas,  ou regulamentadas de modo progressivo  (as restrições diminuem com  o aumento da distância à captação). O perímetro de protecção é normalmente constituído por 3 zonas: IMEDIATA ,  INTERMÉDIA  e  ALARGADA Perímetro de protecção de captações  Decreto-lei  382/99 Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
A DIRECTIVA–QUADRO DA ÁGUA ‘ A água é um património que  deve ser protegido, defendido e tratado como tal’  Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
-  OBJECTIVOS  - Art. 1º  - assegurar a redução global da poluição das águas subterrâneas e evitar o seu agravamento. Art. 4º  - obrigar os Estados-Membros a proteger, melhorar e reconstituir todas as massas de água subterrânea, com o objectivo de alcançar um  bom estado das águas subterrâneas , o mais tardar 15 anos a partir da entrada em vigor da Directiva. Art. 8º  - assegurar que os Estados-Membros garantirão a elaboração de  programas de monitorização  do estado das águas. Art. 10º  - assegurar a execução da Directiva 91/676/CE, relativa à protecção das águas contra a  poluição causada por nitratos de origem agrícola , o mais tardar 12 anos a partir da entrada em vigor da directiva. Art. 16º  - implementar estratégias de combate à poluição da água onde se incluem  avaliações de risco  específicas para os casos de poluição tópica e difusa.  Art. 17º  - implementar estratégias para  prevenir e controlar a poluição das águas subterrâneas . A DIRECTIVA–QUADRO DA ÁGUA Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
Monitorização A gestão integrada dos recursos hídricos em geral e das águas subterrâneas em particular passa pela  monitorização  sistemática de  parâmetros químicos  e  hidrodinâmicos  com recurso a técnicas modernas que envolvem automação e telegestão, entre outras. Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],-  DEFINIÇÕES  - Associação  Portuguesa dos  Recursos Hídricos

Contenu connexe

Tendances

Unidades geomorfológicas do território português
Unidades geomorfológicas do território portuguêsUnidades geomorfológicas do território português
Unidades geomorfológicas do território português
Carlos Gomes
 
Teoria da deriva dos continentes
Teoria da deriva dos continentesTeoria da deriva dos continentes
Teoria da deriva dos continentes
catiacsantos
 
Deriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placasDeriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placas
Cláudia Moura
 
Princípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológicoPrincípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológico
margaridabt
 
Rochas sedimentares classificação detríticas
Rochas sedimentares  classificação detríticasRochas sedimentares  classificação detríticas
Rochas sedimentares classificação detríticas
Isabel Lopes
 
Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)
Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)
Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)
Ilda Bicacro
 

Tendances (20)

Vulcanismo Primário
Vulcanismo PrimárioVulcanismo Primário
Vulcanismo Primário
 
Unidades geomorfológicas do território português
Unidades geomorfológicas do território portuguêsUnidades geomorfológicas do território português
Unidades geomorfológicas do território português
 
Tectonica Placas
Tectonica PlacasTectonica Placas
Tectonica Placas
 
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 2
 
Teoria da deriva dos continentes
Teoria da deriva dos continentesTeoria da deriva dos continentes
Teoria da deriva dos continentes
 
BioGeo11-aquiferos
BioGeo11-aquiferosBioGeo11-aquiferos
BioGeo11-aquiferos
 
Deriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placasDeriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placas
 
1 a terra e os subsistemas terrestres
1   a terra e os subsistemas terrestres1   a terra e os subsistemas terrestres
1 a terra e os subsistemas terrestres
 
Tipos de Pesca
Tipos de PescaTipos de Pesca
Tipos de Pesca
 
Zonas costeiras
Zonas costeirasZonas costeiras
Zonas costeiras
 
Dinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
Dinâmica de Uma Bacia HidrográficaDinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
Dinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
 
Princípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológicoPrincípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológico
 
Rochas sedimentares classificação detríticas
Rochas sedimentares  classificação detríticasRochas sedimentares  classificação detríticas
Rochas sedimentares classificação detríticas
 
9 vulcanologia
9   vulcanologia9   vulcanologia
9 vulcanologia
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
A terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoA terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interação
 
Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)
Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)
Gestão e valorização do litoral e do espaço marítimo (1)
 
Disponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricasDisponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricas
 
Ciclo das rochas
Ciclo das rochasCiclo das rochas
Ciclo das rochas
 
Correntes marítimas
Correntes marítimasCorrentes marítimas
Correntes marítimas
 

Similaire à Águas Subterrâneas

Aquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricosAquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
IrisFF
 
Dinamica hidrografica
Dinamica hidrograficaDinamica hidrografica
Dinamica hidrografica
Débora Sales
 

Similaire à Águas Subterrâneas (20)

recursosmaritimos_2.doc
recursosmaritimos_2.docrecursosmaritimos_2.doc
recursosmaritimos_2.doc
 
Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 6
 
Unidade4
Unidade4Unidade4
Unidade4
 
Hidrografia: Oceanos, Mares, Rios e Lagos.
Hidrografia: Oceanos, Mares, Rios e Lagos.Hidrografia: Oceanos, Mares, Rios e Lagos.
Hidrografia: Oceanos, Mares, Rios e Lagos.
 
Hidrografia
HidrografiaHidrografia
Hidrografia
 
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricosAquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
 
Hidrologia aula 02
Hidrologia aula 02Hidrologia aula 02
Hidrologia aula 02
 
Apostila compesa
Apostila compesaApostila compesa
Apostila compesa
 
A Água
A ÁguaA Água
A Água
 
A água
A águaA água
A água
 
RECURSOS ENERGÉTICOS
RECURSOS ENERGÉTICOSRECURSOS ENERGÉTICOS
RECURSOS ENERGÉTICOS
 
Aula 2 Manejo De Bacias Hidrográficas Eng Ambiental.pptx
Aula 2 Manejo De Bacias Hidrográficas Eng Ambiental.pptxAula 2 Manejo De Bacias Hidrográficas Eng Ambiental.pptx
Aula 2 Manejo De Bacias Hidrográficas Eng Ambiental.pptx
 
Disponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricasDisponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricas
 
Geografia 1ano 4bim1
Geografia 1ano 4bim1Geografia 1ano 4bim1
Geografia 1ano 4bim1
 
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.pptHidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
 
Fluvial.ppt
Fluvial.pptFluvial.ppt
Fluvial.ppt
 
Dinamica hidrografica
Dinamica hidrograficaDinamica hidrografica
Dinamica hidrografica
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
Intrusão marinha aula6
Intrusão marinha aula6Intrusão marinha aula6
Intrusão marinha aula6
 
Lei N º 58 2005
Lei N º 58 2005Lei N º 58 2005
Lei N º 58 2005
 

Plus de Carlos Gomes (11)

About edcanvas
About edcanvasAbout edcanvas
About edcanvas
 
Google
GoogleGoogle
Google
 
Bacias hidrograficas
Bacias hidrograficasBacias hidrograficas
Bacias hidrograficas
 
Pp.ft.01.internet
Pp.ft.01.internetPp.ft.01.internet
Pp.ft.01.internet
 
Conselhos na criação de um pp
Conselhos na criação de um ppConselhos na criação de um pp
Conselhos na criação de um pp
 
Life expectancy
Life expectancyLife expectancy
Life expectancy
 
Brasil - inundações e deslizamentos 2011
Brasil - inundações e deslizamentos 2011Brasil - inundações e deslizamentos 2011
Brasil - inundações e deslizamentos 2011
 
Lisboa Expo
Lisboa ExpoLisboa Expo
Lisboa Expo
 
Thirst For Water
Thirst For WaterThirst For Water
Thirst For Water
 
Instrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
Instrução Qualificação Desemprego População PortuguesaInstrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
Instrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
 
 

Dernier

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...
No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...
No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...
azulassessoria9
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 

Dernier (20)

O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...
No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...
No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 

Águas Subterrâneas

  • 1. A ÁGUA SUBTERRÂNEA faz parte integrante do ciclo hidrológico. As águas subterrâneas são um recurso natural imprescindível para a vida e para a integridade dos ecossistemas, representando mais de 95% das reservas de água doce exploráveis do globo. A água subterrânea resulta da infiltração da água que provém da precipitação e da alimentação directa dos rios e lagos. Mais de metade da população mundial depende das águas subterrâneas. Recarga Percolação Zona saturada Nível freático Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 2.
  • 3. Lago Aquífero Nível freático Furo artesiano Furo artesiano repuxante Aquífero livre Nível piezométrico Areias Rio Aquífero confinado Sumidouro Nascente cársica Argilas Calcários Área de recarga Confinado Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 4. a) Aquífero poroso – aquífero que contém poros resultantes dos arranjos dos grãos ( e.g . areias) b) Aquífero cársico – aquífero que contém cavidades originadas por dissolução da rocha que permitem uma circulação rápida da água ( e.g. calcários) c) Aquífero fracturado ou fissurado – aquífero cuja porosidade e permeabilidade estão fundamentalmente relacionadas com fracturas que afectam o material de suporte ( e.g. granitos) A água armazena-se nos interstícios das formações geológicas (poros, cavidades, fissuras, etc.) a) b) c) Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 5. Portugal Continental está dividido em 4 grandes unidades hidrogeológicas : o Maciço Antigo, a Orla Ocidental, a Orla Meridional e a Bacia do Tejo-Sado Nessas unidades estão identificados 62 sistemas aquíferos de 3 tipos: poroso , fissurado e cársico , que condicionam o armazenamento e a transmissão da água subterrânea Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 6. consumo público indústria agricultura 44% da água é de origem subterrânea Distritos onde há mais consumo: Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Setúbal, Vila Real 50% da água é de origem subterrânea Bacias hidrográficas onde há mais consumo: Tejo, Douro, Ave, Liz 65% da água é de origem subterrânea Bacias hidrográficas onde há mais consumo: Tejo, Mondego, Vouga, Douro Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 7. Actualmente, a abordagem de pesquisa de água subterrânea faz-se com recurso a metodologias pluridisciplinares como sejam métodos geofísicos , levantamentos geológicos , estruturais e hidrogeológicos de detalhe, etc. A pesquisa de água subterrânea Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 8. A captação de água subterrânea Para a captação de água subterrânea recorre-se a diversas estruturas captantes das quais se destacam os FUROS (verticais, inclinados e horizontais). As tecnologias de sondagem englobam, para além da perfuração com diferentes métodos em função da geologia, análise de diagrafias diferidas e ensaios de produtividade criteriosamente programados. Diagrafias diferidas Furo horizontal Ensaio de caudal Furo vertical Máquina de sondagem Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 9. Apesar de se encontrarem melhor protegidas contra a contaminação do que as águas superficiais, e apesar do poder filtrante e autodepurador das camadas superiores, as águas subterrâneas não se encontram imunes à poluição provocada pelas diversas actividades ANTRÓPICAS . Uma vez poluídas, podem gerar processos praticamente irreversíveis sendo a sua descontaminação muito difícil. Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 10. Fontes de poluição Uso intensivo de adubos e pesticidas em actividades agrícolas Deposição de resíduos industriais sólidos e líquidos ou de produtos que podem ser dissolvidos e arrastados por águas de infiltração em terrenos muito vulneráveis Deposição de lixos urbanos em aterros Deposição de dejectos animais resultantes de actividades agro-pecuárias Construção incorrecta de fossas sépticas Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 11. A exploração intensiva de água subterrânea dos AQUÍFEROS COSTEIROS pode gerar uma invasão progressiva da água do mar, resultante do avanço da interface água doce-água salgada, de que resulta uma contaminação salina da água subterrânea captada nos furos. Aquífero Água salgada Interface Água doce-água salgada Mar Furo de captação Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 12. Portugal: um dos Países mais ricos da Europa em ÁGUAS TERMAIS A maioria das águas termais tem a sua origem na precipitação atmosférica que, infiltrando-se em profundidade, vai ganhando características físico-químicas particulares em função da composição mineralógica das formações geológicas por onde circula. A temperatura de emergência das águas termais é função da profundidade a que essas águas meteóricas circularam. Esquema de um sistema de águas termais Nas zonas geologicamente instáveis (associadas à Tectónica de Placas) a elevada temperatura das águas termais é o resultado da existência, em profundidade, de um foco de calor activo (vulcanismo activo – ex. Açores). Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 13. A grande variabilidade geológica de Portugal Continental faz com que as Estâncias Termais aí existentes apresentem águas termais com características físico-químicas distintas, apresentando cada nascente especificidades muito próprias. A temperatura de emergência que a grande maioria destas águas termais apresenta (entre os 20ºC e os 76ºC) permite uma variedade de utilizações (balneoterapia – a utilização clássica, aquecimento urbano, aquecimento de estufas, piscicultura, etc.), tornando-as igualmente num recurso geotérmico com grandes potencialidades futuras. Balneoterapia Aquecimento urbano Aquecimento de estufas Produção de energia eléctrica Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 14. Área de superfície e subsuperfície envolvente de uma ou mais captações destinadas ao abastecimento público, onde as actividades susceptíveis de alterar a qualidade da água subterrânea, são limitadas, proibidas, ou regulamentadas de modo progressivo (as restrições diminuem com o aumento da distância à captação). O perímetro de protecção é normalmente constituído por 3 zonas: IMEDIATA , INTERMÉDIA e ALARGADA Perímetro de protecção de captações Decreto-lei 382/99 Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 15. A DIRECTIVA–QUADRO DA ÁGUA ‘ A água é um património que deve ser protegido, defendido e tratado como tal’ Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 16. - OBJECTIVOS - Art. 1º - assegurar a redução global da poluição das águas subterrâneas e evitar o seu agravamento. Art. 4º - obrigar os Estados-Membros a proteger, melhorar e reconstituir todas as massas de água subterrânea, com o objectivo de alcançar um bom estado das águas subterrâneas , o mais tardar 15 anos a partir da entrada em vigor da Directiva. Art. 8º - assegurar que os Estados-Membros garantirão a elaboração de programas de monitorização do estado das águas. Art. 10º - assegurar a execução da Directiva 91/676/CE, relativa à protecção das águas contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola , o mais tardar 12 anos a partir da entrada em vigor da directiva. Art. 16º - implementar estratégias de combate à poluição da água onde se incluem avaliações de risco específicas para os casos de poluição tópica e difusa. Art. 17º - implementar estratégias para prevenir e controlar a poluição das águas subterrâneas . A DIRECTIVA–QUADRO DA ÁGUA Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 17. Monitorização A gestão integrada dos recursos hídricos em geral e das águas subterrâneas em particular passa pela monitorização sistemática de parâmetros químicos e hidrodinâmicos com recurso a técnicas modernas que envolvem automação e telegestão, entre outras. Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
  • 18.