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ENGRENAGENSENGRENAGENS
Prof. Alexandre Augusto Pescador SardáProf. Alexandre Augusto Pescador Sardá
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
•Engrenagens são utilizadas para transmitir
movimento de um eixo rotativo para outro ou de um
eixo rotativo para outro que translada (rotação em
relação a um eixo no infinito, exemplo: cremalheira)
•Transmissão de movimento com razão de
velocidade angular constante.
TIPOSTIPOS
•Engrenagens cilíndricas de dentes retos;
•Engenagens helicoidais;
•Engrenagens cônicas;
•Parafuso-coroa-sem-fim;
TIPOSTIPOS
TIPOSTIPOS
TIPOSTIPOS
TIPOSTIPOS
TIPOSTIPOS
TIPOSTIPOS
NOMENCLATURANOMENCLATURA
ENGRENAGENS RETAS
• Superfícies cilíndricas;
• Dentes retos e paralelos aos eixos.
•Transmitem potência entre eixos paralelos;
NOMENCLATURANOMENCLATURA
ENGRENAGENS RETAS
NOMENCLATURANOMENCLATURA
ENGRENAGENS RETAS
•Círculo primitivo, ou de passo, é o círculo teórico sobre o
qual todos os cálculos são geralmente baseados;
•Diâmetro primitivo d é o diâmetro da circunferência
primitiva;
•Passo circular (passo frontal) p é a distância de um ponto
de um dente até o ponto correspondente no próximo
dente medido ao longo da circunferência primitiva;
•O `diametral pitch´ (passo diametral) P é usado com
sistema de unidades inglesas e é a razão do número de
dentes em uma engrenagem e o diâmetro primitivo em
polegadas.
NOMENCLATURANOMENCLATURA
d
N
P 
Exemplo de engrenagem de passo diametral P =
2, N = 20 e N = 40 respectivamente.
NOMENCLATURANOMENCLATURA
d
N
P 
Exemplo de engrenagem de passo diametral P =
2, N = 20 e N = 40 respectivamente.
NOMENCLATURANOMENCLATURA
d
N
P 
Exemplo de engrenagem de passo diametral P = 2
e 4, respectivamente, N = 20.
EXEMPLOEXEMPLO
NOMENCLATURANOMENCLATURA
No sistema SI, usa-se o módulo m (em milímetros).
Razão entre o diâmetro (d) em milímetros e o
número de dentes.
N
d
m 
Exemplo de engrenagem de módulo m = 1, N = 20
e N = 40 respectivamente.
NOMENCLATURANOMENCLATURA
Exemplo de engrenagem de módulo m = 1 e m =
2, respectivamente, para N = 20.
NOMENCLATURANOMENCLATURA
NOMENCLATURANOMENCLATURA
Como
•Tanto o passo frontal, módulo ou diametral pitch
são medidas do tamanho dos dentes.
•Altura da cabeça ou saliência: é a distância radial da
circunferência primitiva à circunferência de cabeça;
•Profundidade ou altura de pé: é a distância radial da
circunferência primitiva à circunferência de pé;
N
d
p


  m
N
Nm
p 

  
d
N
mpP
NOMENCLATURANOMENCLATURA
•Profundidade de trabalho (ht): é a profundidade total
de um dente (soma de adendo e dedendo);
•Folga do fundo do dente: é a quantidade na qual o
dedendo(profundidade) excede o adendo (saliência);
•Espessura do dente é a espessura do dente medida
ao longo do círculo primitivo;
•Distância entre-centros C: é a distância dos centros
das engrenagens;
2
32 DD
C


NOMENCLATURANOMENCLATURA
•Jogo primitivo (Backlash): é a quantidade na qual a
espessura do dente em uma engrenagem excede a
espessura do dente na outra engrenagem
•Deveria ser zero, mas não é para evitar jamming do
dente devido a erros de fabricação e expansão
térmica.
•Pinhão: a menor das duas engrenagens;
•Engrenagem: a maior das duas engrenagens.
2
3
2
3
3
2
N
N
D
D



Razão/relação de engrenamento
AÇÃO CONJUGADAAÇÃO CONJUGADA
•Quando os perfis de dente, ou cames, são
projetados para produzir uma razão de velocidade
angular constante durante o engrenamento.
•Uma das soluções que resulta em ação conjugada é
o perfil da evoluta.
AÇÃO CONJUGADAAÇÃO CONJUGADA
•Quando uma superfície
empurra a outra, o ponto de
contato ocorre onde ambas são
tangentes entre si (ponto c), e
as forças em qualquer instante
são direcionadas ao longo da
normal comum ab
•Linha ab representa a direção
da ação das forças ,
denominada linha de ação.
•Essa linha interceptará a linha
de centros O-O em um ponto P.
AÇÃO CONJUGADAAÇÃO CONJUGADA
•A razão de velocidade angular
entre os dois braços é
inversamente proporcional aos
seus raios ao ponto O.
•Círculos traçados a partir de P,
com centro em O, são
denominados círculos primitivos.
•P: ponto primitivo;
•Para transmitir movimento a uma
razão de velocidade angular
constante, o ponto primitivo deve
permanecer fixo, istoé , todas as
linhas de ação, para cada ponto
instantâneo de contato, devem
passar pelo mesmo ponto P.
PROPRIEDADES DA ENVOLVENTEPROPRIEDADES DA ENVOLVENTE
•Corda def é enrolada ao redor do cilindro e mantida esticada;
•Ponto b na corda é o ponto traçador, ou seja, a medida que a corda
é enrolada e desenrolada ao redor do cilindro, esse ponto irá traçar a
curva evolvente ac;
•No ponto b, o raio é exatamente a distância be;
•Raio de curvatura da evolvente é zero em a e um máximo em c;
•de é normal a evolvente em todos os pontos da intersecção e, ao
mesmo tempo, sempre tangente ao cilindro A.
PROPRIEDADES DA ENVOLVENTEPROPRIEDADES DA ENVOLVENTE
•Imagine-se uma corda seja enrolada ao redor do círculo de base da
engrenagem 1, esticada entre os pontos a e b e enrolada, em sentido anti-
horário, ao redor do círculo de base da engrenagem 2.
•Se os círculos de base forem rodados em direções diferentes, a fim de
manter a corda esticada, um ponto g nela irá descrever as evolventes cd na
engrenagem 1 e ef na engrenagem 2.
•Tais evolventes são geradas simultaneamente pelo ponto traçador;
PROPRIEDADES DA ENVOLVENTEPROPRIEDADES DA ENVOLVENTE
•Esse ponto representa o ponto de contato, ao passo que a porção da corda
ab é a linha geradora.
•Essa linha não muda de posição, pois é sempre tangente aos círculos de
base;
•Uma vez que ela é sempre normal à evolvente no ponto de contato, o
requerimento de movimento uniforme é satisfeito.
FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS
•Para construir uma evolvente, divida o círculo de base em partes iguais e
construa linhas radiais OA0, OA1, OA2, etc. Começando em A1, construa
perpendiculares A1B1, A2B2, A3B3, etc, produzindo os pontos através dos
quais a curva evolvente pode ser construída.Marque a distância A1A0 ao
longo de A1B1, duas vezes a distância A1A0 ao longo de A2B2, produzindo os
pontos através dos quais a curva eolvente pode ser construída.
FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS
•Para duas engrenagens engrenadas, seus círculos primitivos
rolam uns sobre os outros, sem escorregamento
2211  rrV 
Relação entre as velocidades angulares:
1
2
2
1
r
r



FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS
•Construa os círculos primitivos com raios r1 e r2 (tangentes no
ponto P);
•Construa a linha ab (tangente comum), passando pelo ponto
primitivo;
FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS
•Construa a linha cd passando por P e com um ângulo  com a
tangente comum ab (linha de ação, linha de pressão ou linha de
geração);
•Representa a direção na qual a força de transmissão atua entre
as engrenagens;
•O ângulo  é denominado ângulo de pressão.
FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS
•A seguir, desenhe um círculo tangente à linha de pressão. Esse
são os círculos de base. O valor do ângulo de pressão determina
seus tamanhos.
cosrrb 
FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS
•Desenha-se os dentes (de acordo com medidas padrões)
CREMALHEIRACREMALHEIRA
•Engrenagem cilíndrica de dentes retos, com um diâmetro
primitivo infinitamente grande.Logo, tem um número infinito de
dentes e um círculo de base que se situa a uma distância infinia
do ponto primitivo;
•Passo de base (pb): distância entre lados paralelos ao longo de
uma normal comum;
coscb pp 
ENGRENAGEM INTERNA OU ANELARENGRENAGEM INTERNA OU ANELAR
•Ambas as engrenagens têm seus centros de rotação do mesmo
lado que o ponto primitivo;
EXEMPLOEXEMPLO
Um par de engrenagens consiste em um pinhão de 21 dentes movendo uma
coroa de 45 dentes. O passo diametral vale 3, e o adendo e o dedendo são
1/P e 1,25/P, respectivamente. As engrenagens são cortadas com um ângulo
de pressão de 25.
a) Compute o passo circular, a distância entre os centros e os raios dos círculos
de base.
b) Ao montar essas engrenagens, a distância entre os centros foi,
incorretamente, aumentada em 1/5 in. Calcule os novos valores do ângulo de
pressão e os diâmetros de círculo primitivo.
in
P
pa 047,1
3
) 

in
P
N
dp 7
3
21
 in
P
N
dg 15
3
45

a) Passo circular:
Diâmetro primitivo do pinhão: Diâmetro primitivo da coroa:
EXEMPLOEXEMPLO
in
dd gp
11
2
157
2




cosrrb 
Distância entre centros:
Raios do círculo de base:
inpinhãorb 16,325cos
2
7
)(  
incoroarb 79,625cos
2
15
)(  
EXEMPLOEXEMPLO
in
dd gp
2,115/111
2
''


b) Novos diâmetros primitivos:
Razão de velocidade não muda:
45
21
'
'

g
p
d
d ''
21
45
pg dd 
in
dd pp
2,11
2
2145 ''

 indp 13,7'

indg 27,15'

EXEMPLOEXEMPLO
Novo ângulo de pressão:
cosrrb 















 
213,7
16,3
cos
2
)(
cos 1
´
1'
p
b
d
pinhãor

  
57,27866,0cos 1'
 

RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO
• Contato entre dentes começa e termina na intersecção de dois
círculos de adendo (topo) com a linha de pressão;
• Contato inicial começa em a e o contato final em b;
• Arco de ação: soma dos arcos de aproximação e recesso;
RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO
• Situação em que o arco de ação seja exatamente igual ao passo
circular, isto é:
pqt 
• Isto significa que um dente e seu espaço irão ocupar o arco completo
AB. Em outras palavras, quando um dente está justamente
começando o contato em a , o dente anterior está, ao mesmo tempo,
terminando o seu contato em b.
RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO
• Considere uma situação em que o arco de ação seja maior que o passo
circular, isto é:
pqt 2,1
• Isto significa que quando um par de dentes está acabando de entrar em
contato em a , um outro par, ainda em contato, não terá ainda alcançado b.
• Por um curto período de tempo haverá dois dentes em contato, um na
vizinhança de A e outro na de B.
RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO
• Define-se razão de contato mc como:
p
q
m t
c 
• Número que indica o número médio de pares de dentes em contato.
• Em geral, usa-se, no mínimo, mc=1,2 para evitar ruído e impacto.
cosp
L
m ab
c 
INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA
Interferência: O contato ocorre na porção de perfil não-evolvente do flanco.
• Quando os dentes da engrenagem são produzidos mediante um
processo de geração, a interferência é automaticamente eliminada, visto
que a ferramenta de corte remove a proção interferente do flanco
(adegalçamento);
• Deve-se tomar o cuidado para não enfraquecer demais o dente;
• Menor número de dentes em um pinhão e uma coroa cilíndricos de
dentes retos, com razão de engrenamento de 1:1, que pode existir sem
interferência é Np;
 

2
2
311
6
4
sen
sen
k
Np 
K=1 para dentes de altura completa e 0,8 para dentes reduzidos.
INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA
Exemplo: Para um ângulo de pressão de 20, com k = 1:
   

20311
206
14 2
2
sen
sen
Np  dentesNp 13323,12 
Exemplo: Para um ângulo de pressão de 14,5, com k = 1:
    dentessen
sen
Np 2322,225,14311
5,146
14 2
2
 

Exemplo: Para um ângulo de pressão de 2, com k = 1:
    dentessen
sen
Np 10962311
26
14 2
2
 

INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA
• Se a engrenagem tem um número de dentes maior do que o pinhão,
isto é, se:
1 m
N
N
m
p
g
g
Exemplo: m=4, =20, com k = 1:
 
  

22
2
21
21
2
senmmm
senm
k
Np 


 
  
   

2042144
20421
12 22
2
sen
sen
Np 


dentesNp 164,15  dentesdentesNg 64164 
INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA
• Para um pinhão engrenando com uma cremalheira:
Exemplo: Para um ângulo de pressão de 20, com k = 1, o menor número
de dentes do pinhão é:
 
2
2
4
sen
k
Np 
  dentes
sen
Np 1809,17
202
14
2
 
INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA
Exemplo: A maior coroa com um pinhão especificado livre de interferência é:


2
222
24
4
senNk
ksenN
N
p
p
g



Exemplo: Para um pinhão de 13 dentes, com um ângulo de pressão de
20, o maior número de dentes da coroa para não haver interferência é:
 
   
dentes
sen
sen
Ng 1645,16
2013214
142013
2
222



 

REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
SHIGLEY, J.E., MISCHKE, C.R., BUDYNAS, R.G., Projeto de Engenharia
mecânica, 7a edição, Bookman.
BRAZALLE, R.,

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Engrenagens1

  • 1. ENGRENAGENSENGRENAGENS Prof. Alexandre Augusto Pescador SardáProf. Alexandre Augusto Pescador Sardá
  • 2. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO •Engrenagens são utilizadas para transmitir movimento de um eixo rotativo para outro ou de um eixo rotativo para outro que translada (rotação em relação a um eixo no infinito, exemplo: cremalheira) •Transmissão de movimento com razão de velocidade angular constante.
  • 3. TIPOSTIPOS •Engrenagens cilíndricas de dentes retos; •Engenagens helicoidais; •Engrenagens cônicas; •Parafuso-coroa-sem-fim;
  • 10. NOMENCLATURANOMENCLATURA ENGRENAGENS RETAS • Superfícies cilíndricas; • Dentes retos e paralelos aos eixos. •Transmitem potência entre eixos paralelos;
  • 12. NOMENCLATURANOMENCLATURA ENGRENAGENS RETAS •Círculo primitivo, ou de passo, é o círculo teórico sobre o qual todos os cálculos são geralmente baseados; •Diâmetro primitivo d é o diâmetro da circunferência primitiva; •Passo circular (passo frontal) p é a distância de um ponto de um dente até o ponto correspondente no próximo dente medido ao longo da circunferência primitiva; •O `diametral pitch´ (passo diametral) P é usado com sistema de unidades inglesas e é a razão do número de dentes em uma engrenagem e o diâmetro primitivo em polegadas.
  • 13. NOMENCLATURANOMENCLATURA d N P  Exemplo de engrenagem de passo diametral P = 2, N = 20 e N = 40 respectivamente.
  • 14. NOMENCLATURANOMENCLATURA d N P  Exemplo de engrenagem de passo diametral P = 2, N = 20 e N = 40 respectivamente.
  • 15. NOMENCLATURANOMENCLATURA d N P  Exemplo de engrenagem de passo diametral P = 2 e 4, respectivamente, N = 20.
  • 17. NOMENCLATURANOMENCLATURA No sistema SI, usa-se o módulo m (em milímetros). Razão entre o diâmetro (d) em milímetros e o número de dentes. N d m  Exemplo de engrenagem de módulo m = 1, N = 20 e N = 40 respectivamente.
  • 18. NOMENCLATURANOMENCLATURA Exemplo de engrenagem de módulo m = 1 e m = 2, respectivamente, para N = 20.
  • 20. NOMENCLATURANOMENCLATURA Como •Tanto o passo frontal, módulo ou diametral pitch são medidas do tamanho dos dentes. •Altura da cabeça ou saliência: é a distância radial da circunferência primitiva à circunferência de cabeça; •Profundidade ou altura de pé: é a distância radial da circunferência primitiva à circunferência de pé; N d p     m N Nm p      d N mpP
  • 21. NOMENCLATURANOMENCLATURA •Profundidade de trabalho (ht): é a profundidade total de um dente (soma de adendo e dedendo); •Folga do fundo do dente: é a quantidade na qual o dedendo(profundidade) excede o adendo (saliência); •Espessura do dente é a espessura do dente medida ao longo do círculo primitivo; •Distância entre-centros C: é a distância dos centros das engrenagens; 2 32 DD C  
  • 22. NOMENCLATURANOMENCLATURA •Jogo primitivo (Backlash): é a quantidade na qual a espessura do dente em uma engrenagem excede a espessura do dente na outra engrenagem •Deveria ser zero, mas não é para evitar jamming do dente devido a erros de fabricação e expansão térmica. •Pinhão: a menor das duas engrenagens; •Engrenagem: a maior das duas engrenagens. 2 3 2 3 3 2 N N D D    Razão/relação de engrenamento
  • 23. AÇÃO CONJUGADAAÇÃO CONJUGADA •Quando os perfis de dente, ou cames, são projetados para produzir uma razão de velocidade angular constante durante o engrenamento. •Uma das soluções que resulta em ação conjugada é o perfil da evoluta.
  • 24. AÇÃO CONJUGADAAÇÃO CONJUGADA •Quando uma superfície empurra a outra, o ponto de contato ocorre onde ambas são tangentes entre si (ponto c), e as forças em qualquer instante são direcionadas ao longo da normal comum ab •Linha ab representa a direção da ação das forças , denominada linha de ação. •Essa linha interceptará a linha de centros O-O em um ponto P.
  • 25. AÇÃO CONJUGADAAÇÃO CONJUGADA •A razão de velocidade angular entre os dois braços é inversamente proporcional aos seus raios ao ponto O. •Círculos traçados a partir de P, com centro em O, são denominados círculos primitivos. •P: ponto primitivo; •Para transmitir movimento a uma razão de velocidade angular constante, o ponto primitivo deve permanecer fixo, istoé , todas as linhas de ação, para cada ponto instantâneo de contato, devem passar pelo mesmo ponto P.
  • 26. PROPRIEDADES DA ENVOLVENTEPROPRIEDADES DA ENVOLVENTE •Corda def é enrolada ao redor do cilindro e mantida esticada; •Ponto b na corda é o ponto traçador, ou seja, a medida que a corda é enrolada e desenrolada ao redor do cilindro, esse ponto irá traçar a curva evolvente ac; •No ponto b, o raio é exatamente a distância be; •Raio de curvatura da evolvente é zero em a e um máximo em c; •de é normal a evolvente em todos os pontos da intersecção e, ao mesmo tempo, sempre tangente ao cilindro A.
  • 27. PROPRIEDADES DA ENVOLVENTEPROPRIEDADES DA ENVOLVENTE •Imagine-se uma corda seja enrolada ao redor do círculo de base da engrenagem 1, esticada entre os pontos a e b e enrolada, em sentido anti- horário, ao redor do círculo de base da engrenagem 2. •Se os círculos de base forem rodados em direções diferentes, a fim de manter a corda esticada, um ponto g nela irá descrever as evolventes cd na engrenagem 1 e ef na engrenagem 2. •Tais evolventes são geradas simultaneamente pelo ponto traçador;
  • 28. PROPRIEDADES DA ENVOLVENTEPROPRIEDADES DA ENVOLVENTE •Esse ponto representa o ponto de contato, ao passo que a porção da corda ab é a linha geradora. •Essa linha não muda de posição, pois é sempre tangente aos círculos de base; •Uma vez que ela é sempre normal à evolvente no ponto de contato, o requerimento de movimento uniforme é satisfeito.
  • 29. FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS •Para construir uma evolvente, divida o círculo de base em partes iguais e construa linhas radiais OA0, OA1, OA2, etc. Começando em A1, construa perpendiculares A1B1, A2B2, A3B3, etc, produzindo os pontos através dos quais a curva evolvente pode ser construída.Marque a distância A1A0 ao longo de A1B1, duas vezes a distância A1A0 ao longo de A2B2, produzindo os pontos através dos quais a curva eolvente pode ser construída.
  • 30. FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS •Para duas engrenagens engrenadas, seus círculos primitivos rolam uns sobre os outros, sem escorregamento 2211  rrV  Relação entre as velocidades angulares: 1 2 2 1 r r   
  • 31. FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS •Construa os círculos primitivos com raios r1 e r2 (tangentes no ponto P); •Construa a linha ab (tangente comum), passando pelo ponto primitivo;
  • 32. FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS •Construa a linha cd passando por P e com um ângulo  com a tangente comum ab (linha de ação, linha de pressão ou linha de geração); •Representa a direção na qual a força de transmissão atua entre as engrenagens; •O ângulo  é denominado ângulo de pressão.
  • 33. FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS •A seguir, desenhe um círculo tangente à linha de pressão. Esse são os círculos de base. O valor do ângulo de pressão determina seus tamanhos. cosrrb 
  • 34. FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS •Desenha-se os dentes (de acordo com medidas padrões)
  • 35. CREMALHEIRACREMALHEIRA •Engrenagem cilíndrica de dentes retos, com um diâmetro primitivo infinitamente grande.Logo, tem um número infinito de dentes e um círculo de base que se situa a uma distância infinia do ponto primitivo; •Passo de base (pb): distância entre lados paralelos ao longo de uma normal comum; coscb pp 
  • 36. ENGRENAGEM INTERNA OU ANELARENGRENAGEM INTERNA OU ANELAR •Ambas as engrenagens têm seus centros de rotação do mesmo lado que o ponto primitivo;
  • 37. EXEMPLOEXEMPLO Um par de engrenagens consiste em um pinhão de 21 dentes movendo uma coroa de 45 dentes. O passo diametral vale 3, e o adendo e o dedendo são 1/P e 1,25/P, respectivamente. As engrenagens são cortadas com um ângulo de pressão de 25. a) Compute o passo circular, a distância entre os centros e os raios dos círculos de base. b) Ao montar essas engrenagens, a distância entre os centros foi, incorretamente, aumentada em 1/5 in. Calcule os novos valores do ângulo de pressão e os diâmetros de círculo primitivo. in P pa 047,1 3 )   in P N dp 7 3 21  in P N dg 15 3 45  a) Passo circular: Diâmetro primitivo do pinhão: Diâmetro primitivo da coroa:
  • 38. EXEMPLOEXEMPLO in dd gp 11 2 157 2     cosrrb  Distância entre centros: Raios do círculo de base: inpinhãorb 16,325cos 2 7 )(   incoroarb 79,625cos 2 15 )(  
  • 39. EXEMPLOEXEMPLO in dd gp 2,115/111 2 ''   b) Novos diâmetros primitivos: Razão de velocidade não muda: 45 21 ' '  g p d d '' 21 45 pg dd  in dd pp 2,11 2 2145 ''   indp 13,7'  indg 27,15' 
  • 40. EXEMPLOEXEMPLO Novo ângulo de pressão: cosrrb                   213,7 16,3 cos 2 )( cos 1 ´ 1' p b d pinhãor     57,27866,0cos 1'   
  • 41. RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO • Contato entre dentes começa e termina na intersecção de dois círculos de adendo (topo) com a linha de pressão; • Contato inicial começa em a e o contato final em b; • Arco de ação: soma dos arcos de aproximação e recesso;
  • 42. RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO • Situação em que o arco de ação seja exatamente igual ao passo circular, isto é: pqt  • Isto significa que um dente e seu espaço irão ocupar o arco completo AB. Em outras palavras, quando um dente está justamente começando o contato em a , o dente anterior está, ao mesmo tempo, terminando o seu contato em b.
  • 43. RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO • Considere uma situação em que o arco de ação seja maior que o passo circular, isto é: pqt 2,1 • Isto significa que quando um par de dentes está acabando de entrar em contato em a , um outro par, ainda em contato, não terá ainda alcançado b. • Por um curto período de tempo haverá dois dentes em contato, um na vizinhança de A e outro na de B.
  • 44. RAZÃO DE CONTATORAZÃO DE CONTATO • Define-se razão de contato mc como: p q m t c  • Número que indica o número médio de pares de dentes em contato. • Em geral, usa-se, no mínimo, mc=1,2 para evitar ruído e impacto. cosp L m ab c 
  • 45. INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA Interferência: O contato ocorre na porção de perfil não-evolvente do flanco. • Quando os dentes da engrenagem são produzidos mediante um processo de geração, a interferência é automaticamente eliminada, visto que a ferramenta de corte remove a proção interferente do flanco (adegalçamento); • Deve-se tomar o cuidado para não enfraquecer demais o dente; • Menor número de dentes em um pinhão e uma coroa cilíndricos de dentes retos, com razão de engrenamento de 1:1, que pode existir sem interferência é Np;    2 2 311 6 4 sen sen k Np  K=1 para dentes de altura completa e 0,8 para dentes reduzidos.
  • 46. INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA Exemplo: Para um ângulo de pressão de 20, com k = 1:      20311 206 14 2 2 sen sen Np  dentesNp 13323,12  Exemplo: Para um ângulo de pressão de 14,5, com k = 1:     dentessen sen Np 2322,225,14311 5,146 14 2 2    Exemplo: Para um ângulo de pressão de 2, com k = 1:     dentessen sen Np 10962311 26 14 2 2   
  • 47. INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA • Se a engrenagem tem um número de dentes maior do que o pinhão, isto é, se: 1 m N N m p g g Exemplo: m=4, =20, com k = 1:       22 2 21 21 2 senmmm senm k Np              2042144 20421 12 22 2 sen sen Np    dentesNp 164,15  dentesdentesNg 64164 
  • 48. INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA • Para um pinhão engrenando com uma cremalheira: Exemplo: Para um ângulo de pressão de 20, com k = 1, o menor número de dentes do pinhão é:   2 2 4 sen k Np    dentes sen Np 1809,17 202 14 2  
  • 49. INTERFERÊNCIAINTERFERÊNCIA Exemplo: A maior coroa com um pinhão especificado livre de interferência é:   2 222 24 4 senNk ksenN N p p g    Exemplo: Para um pinhão de 13 dentes, com um ângulo de pressão de 20, o maior número de dentes da coroa para não haver interferência é:       dentes sen sen Ng 1645,16 2013214 142013 2 222      
  • 50. REFERÊNCIASREFERÊNCIAS SHIGLEY, J.E., MISCHKE, C.R., BUDYNAS, R.G., Projeto de Engenharia mecânica, 7a edição, Bookman. BRAZALLE, R.,