Conjunto de dispositivos utilizados para o acompanhamento pedagógico da Unidade Curricular «Geografia da Europa» integrada no Programa de Estudos 2015/2016 da Dalian University of Foreign Languages com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
3. GEOGRAFIA
DA EUROPA
Demografia (do grego dẽmos, «povo» +
gráphein, «escrever» +-ia)
◦ estudo estatístico das populações humanas, não só
no que diz respeito às suas características
numéricas, mas também à fenomenologia que
condiciona aquelas características (Dicionário da
Língua Portuguesa da Porto Editora).
A Demografia é atualmente definida como
“uma ciência que tem por objeto o estudo
das populações humanas, da sua estrutura,
da sua evolução e dos seus caracteres gerais,
encarados principalmente do ponto de vista
quantitativo” (Dicionário da Nações Unidas).
Demografia
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 3
4. Indicadores demográficos
População absoluta – corresponde ao n.º total de
pessoas que reside num determinado local.
População relativa ou Densidade Populacional –
corresponde à distribuição da população no espaço
e obtém-se dividindo a população absoluta pela
superfície do local em causa e expressa-se em
habitantes por quilómetro quadrado (hab/Km2).
Saldo Fisiológico ou Crescimento Natural –
Diferença entre a natalidade e a mortalidade.
Imigração – corresponde ao n.º de indivíduos que
entram num determinado país ao longo de 1 ano.
Emigração – corresponde ao n.º de indivíduos que
saem de um determinado país ao longo de 1 ano.
Crescimento Efetivo – permite saber qual foi o grau
de crescimento ou de diminuição da população.
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GEOGRAFIA
DA EUROPA
Demografia
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5. Indicadores demográficos
Natalidade (e Taxa de) – corresponde ao n.º de
nados-vivos verificados num determinado local ao
longo de 1 ano (por 1.000 hab).
Mortalidade (e Taxa de) – corresponde ao n.º de
óbitos verificados num determinado local ao longo
de 1 ano (por 1.000 hab).
Mortalidade Infantil (e Taxa de) – corresponde ao
número de óbitos por cada 1.000 nascimentos de
nados-vivos registados, durante o primeiro ano da
sua vida.
Esperança Média de Vida – Número de anos que
uma pessoa tem probabilidade de viver. Quanto
maior for o desenvolvimento do país maiores serão
as probabilidades de viver mais anos.
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GEOGRAFIA
DA EUROPA
Demografia
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6. Alguns números
731 milhões de habitantes (2007)
6,2 milhões de km2 (23 milhões de km2 incluindo a
Rússia)
fortes densidades em algumas regiões (média 118
hab/km2), mas desigual distribuição da população
perda de importância demográfica no contexto
mundial
gradual redução do ritmo de crescimento da
população da Europa
imigração responsável por 80% do crescimento da
população na última década
envelhecimento significativo da população (menos
20 milhões de jovens desde 1980; aumento da
esperança de vida – H=76 anos; M=82 anos (2004)
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GEOGRAFIA
DA EUROPA
Demografia
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL
7. A Europa no mundo
Importância relativa da população europeia no mundo (%)
1950 1975 2007 2050
Europa 21,6 16,6 11,0 5 a 7
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 7
8. Europa no mundo (2006)Superfície, população e rendimento (2006)
Superfície
(milhões km2
)
População
(milhões)
PPC per capita
(em €)
Europa 6,2 731 21 470*
UE-27 4,2 492 23 600
USA 9,6 300 36 400
Rússia 16,9 142 9 500
China 9,6 1341 6 200
Índia 3,0 1117 2 900
Japão 0,3 128 26 750
Fonte: Eurostat, Banco Mundial *2005
82015/2016 FCSH/UNL - DUFL
9. Apesar de ser um continente de pequena dimensão, a
Europa tem uma população bastante numerosa. Os +
de 700 milhões de europeus distribuem-se de uma
forma muito desigual:
áreas populosas com grande concentração da população e;
vazios humanos.
A distribuição da população na Europa é desigual (>
parte da população está concentrada num < número
de países):
Destaca-se a Rússia, a Alemanha, a França, o Reino Unido,
a Itália e a Ucrânia, que, em conjunto, representam cerca
de 62% da população europeia;
Embora estas diferenças sejam verificadas através do valor
da população absoluta entre os diferentes países europeus,
é de notar que se registam contrastes acentuados na
distribuição da população no interior de quase todos os
países europeus.
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GEOGRAFIA
DA EUROPA
Demografia
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL
10. As regiões da Europa (2007)
Superfície
(milhares
km2
)
População
(milhões)
%
Superfície
%
População
Europa 23 062 733 100 100
Setentrional 1 810 98 7,9 13,4
Ocidental 1 109 187 4,8 25,5
Oriental 1 728 153 7,5 20,9
Rússia 17 098 142 74,1 19,3
Meridional 1 317 153 5,7 20,9
Fonte: PRB, World Population Data Sheet
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 10
Peso demográfico das várias
regiões europeias
11. Os mais populosos (milhões, 2008)
1. Rússia 142
2. Alemanha 82
3. Turquia 71
4. França 64
5. Reino Unido 61
6. Itália 59
7. Ucrânia 47
8. Espanha 45
9. Polónia 38
10. Roménia 22
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 11
População da
Europa
12. 2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 12
Distribuição espacial da
população
Áreas de maior densidade:
• “Centro” da Europa
• Zonas litorais
• Grandes cidades e metrópoles
Principal condicionante:
• antiguidade do povoamento
Áreas de menor densidade:
• “Periferia” da Europa
• Áreas montanhosas
• Difícil acesso
• Clima rigoroso
Principal condicionante:
• quadro natural
13. Distribuição espacial da
população
ZONAS DE DENSIFICAÇÃO
POPULACIONAL
Tendência para o heliotropismo
em todo o território da UE
Zonas periurbanas
Litoralização – densificação das
zonas costeiras
Ao longo dos eixos e corredores
que ligam as grandes metrópoles
Regiões com recursos –
densificação
ZONAS DE DESPOVOAMENTO
Partes centrais das aglomerações
urbanas
Zonas de industrialização antiga
Zonas rurais afastadas,
montanhosas, isoladas e pouco
atrativas
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 13
14. 2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 14
Evolução popu-
lacional 2001-2005
Países com maior crescimento
Irlanda, Islândia, Espanha,
Noruega, Albânia
Países com fraco crescimento
Reino Unido, Suécia, Finlândia,
Portugal, França, Itália e Suíça
Países com estagnação
Alemanha, Croácia, Eslovénia,
República Checa, Eslováquia,
Sérvia e Montenegro, Grécia
Países com decréscimo
Restantes países da Europa de
Leste e Sudeste
15. 2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 15
Crescimento natural
Maior crescimento
Islândia, Irlanda, Albânia e Macedónia
Crescimento moderado
Noruega, Holanda e França
Fraco crescimento
Espanha, Finlândia, Dinamarca, Reino Unido,
Suíça, Sérvia e Montenegro
Estagnação
Portugal, Suécia, Áustria
Decréscimo moderado
Alemanha, Itália, Polónia, República Checa,
Eslováquia
Decréscimo acentuado
Restantes países da Europa de Este e Sudeste
16. Fecundidade (número médio de filhos/mulher)
1970-75 2005-2010 2045-2050
Europa 2,16 1,45 1,47
Mundo 4,47 2,55 2,02
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 16
Crescimento natural
Causas do crescimento
natural fraco ou negativo
Baixos níveis de
fecundidade
Mortalidade baixa, com
tendência a aumentar
devido ao envelhecimento
da população
Razões: condicionantes
socioeconómicas (mudança
de valores, generalização do
uso de contracetivos, crise
económica, …)
18. Migrações na Europa
Longa experiência de migrações: no passado, para o
Novo Mundo e também dentro da própria Europa
Movimentações forçadas de populações no final de
Segunda Guerra Mundial
Migrações laborais na Europa Ocidental (1950-1974)
Aumento dos fluxos migratórios nos anos 90.
Diversificação das origens e dos destinos. Novas
formas e tipos de migrantes
De 2002 a 2005, a imigração legal líquida para a UE
saldou-se, em números globais, em mais de um
milhão e meio de pessoas
A situação atual é caótica: a entrada de refugiados
na UE atingiu 1 milhão de pessoas só em 2015 e
foram apresentados cerca de 1,25 milhões de
pedidos de asilo.
18
GEOGRAFIA
DA EUROPA
Migrações
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL
19. The European Commission, said it
expected one million migrant arrivals
in 2015, soaring to 1.5 million in
2016 then decreasing to half a million
in 2017.
That would represent a 0.4% EU
population increase once unsuccessful
asylum applications were taken into
account, it said.
Pierre Moscovici presenting the autumn
2015 economic forecast. [European
Commission]
20. De onde vêm os migrantes que
entram na Europa?
http://frontex.europa.eu/trends-and-routes/migratory-routes-map/
21. A geografia da imigração é fortemente
condicionada pela:
proximidade geográfica
herança colonial
mas a tendência é para a mundialização
dos fluxos
Causas das migrações:
baixo nível de desenvolvimento,
associado a forte pressão demográfica
guerras e instabilidade política
crises económicas prolongadas
proximidade geográfica, que faz da UE
um território acessível
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 21
De onde vêm os migrantes que
entram na Europa?
%deestrangeirosnapopulação,2007
22. Traços principais da evolução
demográfica
Taxa de crescimento anual da população (%)
1950-
2007
1950-
1975
1975-
2007
2007-
2050
Europa 0,51 0,84 0,27 -0,36
Mundo 1,7 1,9 1,54 1,33
Esperança de vida à nascença
2005-2010 2045-2050
Europa 74,6 81,0
Mundo 67,2 75,4
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 22
Fraco crescimento da
população
Apesar dos saldos migratórios
positivos, nas próximas décadas a
Europa será a única região do mundo
com uma taxa negativa
Forte envelhecimento
↓
Consequências no futuro
económico e social da
Europa
Esperança de vida
diferenças entre a Europa
Ocidental e a Europa Oriental
diferença entre homens e
mulheres
23. Desequilíbrios nas pirâmides
de idades provocados por:
I e II GM (mortalidade, deficit de
nascimentos)
baby boom
emigração (América)
imigração (extraeuropeia)
Generalidade dos países em
pós-transição demográfica
Regimes demográficos
diferentes – antigos e novos
Estados membros UE
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 23
Pirâmide de idades
UE-27, 2006
26. Índices mais elevados
Regiões no Norte e Centro
de Espanha e da Itália
Sudoeste do Reino Unido
França Central e Meridional
Parte da Suécia
Índice mais baixos
Regiões da Polónia
República Checa e Eslováquia
Irlanda e Roménia
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 26
Índice de depen-
dência dos idosos
27. DEMOGRÁFICAS
Mudanças nos comportamentos reprodutivos ?
Aumento da imigração ?
POLÍTICAS
Aumento da idade da reforma ?
Reafectação de recursos do Estado ?
Esquemas privados para pensões suplementares ?
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 27
Soluções para manter a
sustentabilidade demográfica
28. 2014/2015 FCSH/UNL - DUFL 28
Ano Europeu da População
Idosa e do Envelhecimento Ativo