O documento discute as ferramentas e equipamentos necessários para trabalhos elétricos, incluindo ferramentas básicas como alicate e chaves, e equipamentos como multímetros e terrômetros. Também aborda os tipos de eletrodutos, como rígidos, flexíveis e seus acessórios, além das normas para instalação correta em eletrodutos.
1. Eletricista Industrial
Curso: Boas Práticas para Projetos Elétricos Prediais + NR10
Carlos Eduardo do Vale Melo
http://carlosvmelo.wordpress.com
2. Contrato de Convivência
• Duração de cada aula de 04 horas
• DESLIGAR OU DEIXAR OS CELULARES NO SILENCIOSO
• Qualquer dúvidas e/ou comentários levantar a mão antes de
se pronunciar
• Para ir a banheiro basta apenas levantar a mão e avisar
• Pode me chamar de Carlos, se achar mais conveniente
4. 1. Ferramental e equipamentos
2. Eletrodutos (tipos, acessórios, corte, abertura de rosca e curvamento)
3. Condutores (tipos, normalização, conexão e aplicação)
4. Tomadas (tipos, simbologia, aplicação e instalação)
5. Medidor de energia ativo monofásico e trifásico (tecnologia, simbologia e instalação)
6. Quadro de distribuição monofásico e trifásico
7. Aterramento (tecnologia, tipos, simbologia e medição)
8. Disjuntor e Dispositivo diferencial residual (tipos, tecnologias, simbologia, aplicações e
instalação)
9. Dispositivo Protetor de Surto (tipos, tecnologias, simbologia, aplicações e instalação)
10. Lâmpadas (tipos, acessórios, tecnologias, simbologia, aplicações e instalação)
11. Interruptores (tipos, simbologia e instalação)
SUMÁRIO
5. 12. Porteiro eletrônico / Interfone
13. Variador de luminosidade (tecnologia, tipos, simbologia e instalação)
14. Relé fotoelétrico (tecnologia, tipos, simbologia e instalação)
15. Minuteria (tecnologia, tipos, simbologia e instalação)
16. Sensor de presença
17. Relé de impulso
18. Campainha, cigarra e sirene (tecnologia, tipos, simbologia e instalação)
19. Programador horário
20. Bóia de contato eletromecânico (tecnologia, tipos, simbologia e instalação)
21. Motores elétricos monofásicos de indução (tipos, simbologia, ligações, identificação de
terminais e instalação)
22. Motobomba monofásica (tecnologia e instalação)
23. Diagramas elétricos (Leitura e interpretação)
SUMÁRIO
6. FERRAMENTAL E EQUIPAMENTOS
AS FERRAMENTAS
• Para poder trabalhar com eletricidade não podemos contar
simplesmente com as nossas mãos. Precisamos de um certo
número de ferramentas que, felizmente, não são das mais caras.
• Na verdade, existem algumas ferramentas sofisticadas que podem
facilitar muito certos trabalhos, mas a relação custo/ benefício
torna-as muito mais interessantes para os instaladores e
eletricistas profissionais do que para os amadores.
• Por outro lado, existem as ferramentas obrigatórias, que são
aquelas necessárias para realizar os mínimos trabalhos de
reparação ou implantação numa instalação elétrica.
7. Chave de Fenda Chave Phillips Alicate de Corte
Alicate de Ponta Fina Alicate de
Eletricista/Universal
Descascador de Fio
As principais ferramentas do eletricista são:
10. Os principais equipamentos utilizados na
eletricidade predial são:• Alicate amperímetro
• Multímetro
• Ohmímetro
• Terrômetro
• De Proteção (Disjuntores, DRs, Hastes de
aterramento, dispositivos de proteção contra
surtos – DPS,
• De controle (Interruptores, campainha,
interfones)
• Medição de energia (Medidor em kWh)
11. 2. ELETRODUTOS
• É um elemento de linha elétrica fechada, de seção circular ou não,
destinada a conter condutores elétricos, permitindo tanto a enfiação
quanto a retirada dos condutores por puxamento.
• A função principal de um eletroduto é proteger os condutores elétricos
contra certas influências externas (por exemplo, choques mecânicos e
agentes químicos) podendo também, em certos casos, proteger o meio
ambiente contra perigos de incêndio e de explosão, resultantes de
faltas envolvendo condutores.
12. 2. ELETRODUTOS
Em função do material os eletrodutos podem ser:
• Metálicos
• Isolantes
De acordo com a norma IEC*-614 os eletrodutos podem ser:
• Rígidos
• Curváveis
• Transversalmente elásticos
• Flexíveis
Os eletrodutos podem ser dos seguintes materiais:
• Alumínio
• Inox
• Aço Carbono
• PVC
Nota: O eletroduto mais utilizado é o de PVC.
13. Eletroduto rigído
É o eletroduto que não pode ser curvado, a não ser com ajuda mecânica.
Eletrodutos metálicos rígidos
• Os eletrodutos metálicos rígidos são, geralmente, de aço-carbono, com proteção interna e externa
feita com materiais resistentes à corrosão, podendo, em certos casos, ser fabricados em aço especial
ou em alumínio.
• Os eletrodutos galvanizados são geralmente utilizados em instalações externas (aparentes); podem
ser também usados em linhas subterrâneas, em contato direto com a terra ou envelopados em
concreto.
• Os eletrodutos esmaltados só devem ser usados em instalações internas, em linhas embutidas ou
em linhas aparentes nos locais onde a presença de substâncias corrosivas não seja notável.
NOTA: Os eletrodutos metálicos rígidos de aço-carbono são geralmente fabricados em varas de 3m
14. Eletrodutos isolantes rígidos
• Os eletrodutos isolantes rígidos são fabricados
em PVC, polietileno de alta densidade, barro
vitrificado (manilha), cimento-amianto, etc.
• Os eletrodutos de PVC são os mais utilizados
no Brasil, em linhas aparentes ou embutidas, e
em linhas subterrâneas envelopados em
concreto.
• NOTA: Os eletrodutos rígidos de PVC são
geralmente fabricados em varas de 3m
15. Eletroduto curvável
É o eletroduto que pode ser dobrado com a mão, usando uma força razoável, mas sem qualquer outra
ajuda.
Eletroduto transversalmente elástico
É o eletroduto curvável que, deformado sob ação de uma força transversal aplicada durante um curto
intervalo de tempo, retoma sua forma original logo após a cessação da força.
Eletroduto flexível
É o eletroduto curvável que pode ser dobrado com a mão, com uma força razoavelmente reduzida, mas sem
ajuda de um outro meio e que é destinado a ser frequentemente dobrado em serviço.
16. Acessórios para uma linha elétrica com eletrodutos são usados
os seguintes:
Luva Bucha Arruela
Curva Box Caixa de derivação
17. Acessórios para uma linha elétrica com eletrodutos são usados os
seguintes:
• Luva – peça cilíndrica rosqueada internamente, destinada a unir dois tubos ou um
tubo e uma curva.
• Bucha – peça de arremate das extremidades dos eletrodutos, destinada a evitar
danos à isolação dos condutores por eventuais rebarbas, durante o puxamento; ela é
instalada na parte interna da caixa de derivação.
• Arruela – peça rosqueada internamente (porca), colocada na parte externa da caixa
de derivação, complementando a fixação do eletroduto à caixa.
• Curva – de 45o e 90o . Braçadeira (rígidos e flexíveis) – peça destinada a fixação do
eletroduto a paredes ou outros elementos estruturais.
• Box – peça destinada a fixar um eletroduto flexível a uma caixa ou a um eletroduto
rígido.
• Caixa de derivação – caixa utilizada para passagem e /ou ligações de condutores
entre si e/ou a dispositivos nela instalados.
• Espelho – peça que serve de tampa para uma caixa de derivação, ou de suporte e
remate para dispositivos de acesso externo.
18. Prescrições para instalações em eletrodutos (NBR 5410)
Esta norma fixa, no item 6.2.1.1 (Eletrodutos), as seguintes recomendações:
• A(6.2.1.1.1) É vedado o uso, como eletroduto, de produtos que não sejam
expressamente apresentados e comercializados como tal. Nota: Esta
proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados por seus fabricantes
como ‘mangueiras’.
• B(6.2.1.1.2) Nas instalações elétricas abrangidas por esta Norma só são
admitidos eletrodutos não – propagantes de chama.
• C(6.2.1.1.3) Só são admitidos em instalação embutida os eletrodutos que
suportem os esforços de deformação característicos da técnica construtiva
utilizada.
• D(6.2.1.1.4) Em qualquer situação, os eletrodutos devem suportar as
solicitações mecânicas, químicas, elétricas e térmicas a que forem
submetidos nas condições da instalação.
19. • E(6.2.1.1.5) Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, cabos
unipolares ou cabos multipolares.
• Nota: Admite- se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando
tal condutor destinar-se a aterramento.
• F(6.2.1.1.6) As dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões devem permitir
que, após montagem da linha, os condutores possam ser instalados e retirados com
facilidade. Para tanto, é necessário que:
• a) a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das
seções transversais dos condutores previstos, calculadas com base no diâmetro externo,
e a área útil da seção transversal do eletroduto não deve ser superior a:
- 53% no caso de um condutor; - 31% no caso de dois condutores;
- 40% no caso de três ou mais condutores;
• b) os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos, não
devem exceder 15 m de comprimento para linhas internas às edificações e 30 m para as
linhas em áreas externas às edificações, se os trechos forem retilíneos. Se os trechos
incluírem curvas, o limite de 15 m e o de 30 m devem ser reduzidos em 3m para cada
curva de 90° .
20. • G(6.2.1.1.7) Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas, entre extremidades,
ou entre extremidade e caixa, podem ser previstas no máximo três curvas de 90o
ou seu equivalente até no máximo 270° . Em nenhuma hipótese devem ser
previstas curvas com deflexão superior a 90°.
• H(6.2.1.1.8) As curvas, quando originadas do dobramento do eletroduto, sem o uso
de acessório específico, não devem resultar em redução das dimensões internas do
eletroduto.
• I(6.2.1.1.9) Devem ser empregadas caixa de derivação:
a) em todos os pontos da tubulação onde houver entrada ou saída dos condutores,
exceto nos pontos de transição de uma linha aberta para a linha em eletrodutos, os
quais, nestes casos, devem ser rematados com buchas;
• b) em todos os pontos de emenda ou de derivação de condutores;
• c) sempre que for necessário segmentar a tubulação, para atendimento do disposto
em 6.2.1.1.6-b).
21. • J(6.2.1.1.10) As caixas devem ser colocadas em lugares facilmente acessíveis e ser providas de
tampas. As caixas que contiverem interruptores, tomadas de corrente e congêneres devem ser
fechadas pelos espelhos que completam a instalação desses dispositivos. As caixas de saída
para alimentação de equipamentos podem ser fechadas pelas placas destinadas à fixação
desses equipamentos. Nota: Admite-se a ausência de tampa em caixas de derivação ou de
passagem instaladas em forros ou pisos falsos, desde que essas caixas efetivamente só se
tornem acessíveis com a remoção das placas do forro ou do piso falso e que se destinem
exclusivamente a emenda e/ou derivação de condutores, sem acomodar nenhum dispositivo
ou equipamento.
• K(6.2.1.1.1) Os condutores devem formar trechos contínuos entre as caixas de derivação; as
emendas e derivações devem ficar colocadas dentro das caixas. Condutores emendados ou
cuja isolação tenha sido danificada e recomposta com fita isolante ou outro material não
devem ser enfiados em eletrodutos.
• L(6.2.1.1.12) Os eletrodutos embutidos em concreto armado devem ser colocados de modo a
evitar sua deformação durante a concretagem, devendo ainda ser fechadas as caixas e bocas
dos eletrodutos com peças apropriadas para impedir a entrada de argamassas ou nata de
concreto durante a concretagem.
22. • M(6.2.1.1.13) As junções dos eletrodutos embutidos devem ser efetuadas com auxílio de
acessórios estanques aos materiais de construção.
• N(6.2.1.1.14) Os eletrodutos só devem ser cortados perpendicularmente ao seu eixo. Deve ser
retirada toda rebarba suscetível de danificar a isolação dos condutores.
• O(6.2.1.1.15) Nas juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos devem ser seccionados, o que
exigir certas medidas compensatórias, como, por exemplo, o uso de luvas flexíveis ou
cordoalhas destinadas a garantir a continuidade elétrica de um eletroduto metálico.
• P (6.2.1.1.16) Quando necessário, os eletrodutos rígidos isolantes devem ser providos de
juntas de expansão para compensar as variações térmicas.
• Q(6.2.1.1.17) A enfiação dos condutores só deve ser iniciada depois que a montagem dos
eletrodutos for concluída, não restar nenhum serviço de construção suscetível de danificá-los
e a linha for submetida a uma limpeza completa.
• R(6.2.1.1.18) Para facilitar a enfiação dos condutores, podem ser utilizados: a) guias de
puxamento; e/ou b) talco, parafina ou outros lubrificantes que não prejudiquem a isolação dos
condutores;
23. • OBS: Número máximo (N) de condutores ou cabos isolados, iguais entre si, que pode ser contido em um eletroduto.
• Ocupação máxima de 40% da área útil do eletroduto, isto é:
• AT = 0,40 x AE
• AT – área total ocupada pelos condutores ou cabos isolados, em mm2 ; AE – área útil do eletroduto, em mm2
• Eletrocalhas (ou simplesmente calha)
• Uma eletrocalha é um conduto fechado utilizado em linhas aparentes, com tampa em toda sua extensão. As
eletrocalhas podem ser metálicas (aço ou alumínio) ou isolantes (plástico); as paredes podem ser maciças ou
perfuradas e a tampa simplesmente encaixada ou fixada com auxílio de ferramenta
24. Um Perfilado é um conduto metálico, utilizado em linhas aparentes, sem ou com tampa em
toda sua extensão, podendo ter base perfurada ou lisa
Perfilados
27. 3. CONDUTORES
• São chamados condutores elétricos os corpos que conduzem com
facilidade a corrente elétrica, isto é, possuem uma baixa
resistência elétrica.
• Dentre os materiais condutores, os metais são os que
apresentam as melhores características condutivas, no entanto,
os mais empregados nas instalações elétricas prediais, comerciais
e industriais para o transporte da energia são o cobre e o
alumínio devido às suas excelentes capacidades de condução e
baixo custo de mercado.
28. Características físicas
Os corpos condutores devem ter determinadas características físicas necessárias ao seu bom desempenho no sistema
elétrico, como por exemplo:
a) Condutibilidade
Os condutores devem apresentar uma baixa resistência ôhmica ou boa condutividade, para que suas perdas de energia
seja as mais reduzidas possíveis.
b) Peso
Devem ser leves para que quando montados em redes aéreas não necessitem de estrutura muito reforçadas. As
mesmas considerações são válidas para os condutores montados em subestações, que não devem sobrecarregar os
isoladores suportes.
c) Dilatação
Para que as redes elétricas não apresentem grandes dilatações com a variação de temperatura, devem os condutores
apresentar baixo coeficiente de dilatação linear.
d) Elasticidade
Quando ao módulo de elasticidade, os condutores devem apresentar um baixo valor para que não se distendam
facilmente quando submetido a esforços de tensão.
e) Resistência mecânica
Para suportar as tensões mecânicas a que são submetidos os condutores devem ter um valor de carga de ruptura
relativamente alto.
29. Os condutores elétricos apresentam diferentes formas e tipos de fabricação, cada um deles
utilizados de acordo com as suas características especificas.
Características construtivas
30. Os condutores utilizados nas instalações elétricas são geralmente de cobre, ou de
alumínio.
O condutor elétrico pode ser dividido em:
Condutor nu: é um condutor que não possui qualquer isolamento elétrico contínuo.
Condutor isolado: é o conjunto constituído revestido de uma ou mais camadas de
material isolante, que garantem o seu isolamento elétrico.
Características físicas
31. a) Redondo sólido
b) Redondo normal
c) Redondo compacto
d) Setorial compacto
e) Condutor flexível
32. 1) Fio redondo sólido
Está limitado à seção de 10 mm2 . Acima desse valor
apresenta pouca flexibilidade, dificultando os trabalhos de
puxamento, acomodação e de ligação.
Largamente utilizado nas instalações de iluminação e força.
2) Condutor redondo normal
Conhecido como condutor de formação concêntrica ou
regular. É o mais utilizado nas instalações elétricas prediais e
industriais quando são necessárias seções superiores a 10
mm2 , devido a sua flexibilidade.
33. É constituído por um fio central envolvido por uma ou mais coroas
de fio redondo sólido.
3) Condutor redondo compacto
Construído de maneiro similar ao anterior, porém é submetido a um
processo de compactação que resulta na deformação dos fios
elementares das diferentes coroas, reduzindo o seu diâmetro.
Os condutores de baixa e de média tensões nas seções de 10 a
500 mm2 têm construção compactada.
4) Condutor setorial compacto
Possui uma deformação específica dos fios elementares das
diversas coroas. Destinado à construção de cabos tripolares e
quadripolares.
34. 5) Condutor flexível
É fabricado a partir do encordoamento de vários fios elementares de
diâmetro reduzido.
O encordoamento é empregado de acordo com os seguintes
critérios:
Cabos de baixa tensão
- Encordoamento redondo normal para as seções compreendidas
entre 1,5 e 10 mm2
- Encordoamento redondo compacto para as seções superiores a 6
mm2
- Encordoamento setorial compacto em cabos de 3 e 4 condutores
para seções iguais ou superiores a 50 mm2 até 240 mm2 .
36. 5) Condutor flexível
Cabos de média tensão
- Encordoamento redondo compacto para todas as seções de cabos.
COMPONENTES DE UM CABO
Praticamente somente dois metais se destinam à fabricação de condutores
elétricos: alumínio e cobre
a) Condutores de alumínio
Dominam o mercado nas aplicações de redes e linhas aéreas de distribuição e de
transmissão de energia elétricas.
Apresenta baixo custo quando comparado com os condutores de cobre.
Apresenta bom comportamento aos esforços mecânicos, quando encordoados
com alma de aço.
São também utilizados nas redes de distribuição subterrâneas de centros
urbanos, tanto em média quanto em baixa tensões.
37. A norma NBR 5410 só permite sua utilização para seções superiores ou iguais a
16 mm2
Dificuldade de conexão quando o outro elemento a ser conectado é o cobre.
b) Condutores de cobre
38. Condutor Barramento
São chamados de basicamente, condutores de forma especial, geralmente
rígidos, que servem para interligar dois ou mais alternadores,
transformadores ou entradas de energia de uma central ou subestação.
As barras de cobre são utilizadas para barramentos das subestações e de
comando.
Os barramentos normalmente apresentam as seguintes formas:
Sólidos, - em barras de seção retangular;
Encordoamentos – em cabos.
Ocos – sob forma de canos, de seção circular ou retangular
39.
40. Blindagem
São materiais semicondutores ou simplesmente condutores que
envolvem o condutor elétrico ou a sua isolação com a finalidade de
confinar o campo eletrostático ou de escoar as correntes induzidas e de
curto-circuito.
A blindagem de um cabo é constituída da forma descrita a seguir:
a) Blindagem do condutor
É constituída por uma fita ou camada não metálica semicondutora,
utilizadas em cabos isolados, a partir de 1,8/3 kV, ou em cabos de PVC a
partir de 3,6/6 kV
41. b) Blindagem externa
A blindagem da isolação é aplicada diretamente sobre a superfície do
isolante e deve ser constituída por uma fita semicondutora, não metálica,
com as mesmas características da anterior, associada a uma parte
metálica, cuja aplicação é feita diretamente sobre a fita semicondutora ou
por sobre o conjunto de condutores blindados individualmente.
42. O objetivo da blindagem metálica é eliminar a possibilidade de choque
elétrico e promover um caminho de baixa impedância para as correntes
de falta à terra.
Ela é constituída por fios aplicados longitudinalmente, de fita aplicada
helicoidalmente, de camada concêntrica de fios.
43. Capas de proteção nos cabos
Os cabos de isolamento sólido são dotados de uma proteção externa não metálica,
normalmente constituída de uma camada de cloreto de polivinila (PVC).
Nos cabos destinados a serviço em ambiente de elevada poluição, a capa de PVC é substituída
por neoprene, que apresenta excelente características térmicas e mecânicas além de ser
resistente a uma variedade de agentes químicos. Já os cabos destinados a serviços onde se
deva precaver de danos mecânicos devem possuir além da capa externa, uma proteção
metálica constituída por uma das seguintes formas:
• fita plana de aço aplicada helicoidalmente;
• fitas corrugadas de aço ou alumínio, aplicadas transversalmente;
• fios elementares aplicados longitudinalmente.
44. Identificação dos condutores isolados
Com relação a tensão de isolamento, ainda de acordo com a NBR 6521/80, os cabos são
identificados através de dois valores de tensão: V0/V.
O valor V0 corresponde a tensão de isolamento entre fase e neutro, ao passo que o valor V
corresponde à tensão de isolamento entre fases. Por exemplo, um cabo identificado como
8,7/15 kV está isolado para tensão de fase de 8,7 kV e para tensão de linha de 15 kV.
Ainda de acordo com a NBR 6251/80, a cobertura externa dos cabos deve ser marcada
convenientemente do seguinte modo:
• nome do fabricante;
• número de condutores;
• seção dos condutores;
• tensão de isolamento;
• ano de fabricação.
45. Seção nominal de um fio ou cabo
Seção nominal de um fio ou cabo: é a área da seção transversal do fio ou da soma das
seções dos fios componentes de um cabo.
(a) AWG (American Wire Gauge – circular mil): escala em progressão geométrica de
diâmetros expressos em polegadas.(Obs.: utilizado até o ano de 1982);
(b) NBR 5410 - A partir de dezembro de 1982 escala padronizada em mm2, da série
métrica da IEC (International Electrotechnical Comission).
46. Dimensionamento dos condutores elétricos
Critérios utilizados para o dimensionamento dos condutores elétricos:
(a) Seção Mínima;
(b) Máxima Corrente (aquecimento);
(c) Queda de Tensão.
Considerações:
− A partir do maior valor de seção nominal determinada (com os três critérios), escolhe-se
em tabelas de capacidade de condutores padronizados e comercializados o fio ou cabo
cuja seção, por excesso, mais se aproxime da seção calculada.
47. Dimensionamento dos condutores elétricos Neutro e Proteção
Considerações:
− Os condutores neutro (N) e proteção (PE) são determinados a partir da seção do
condutor fase do circuito;
− Os condutores elétricos devem ser compatíveis com a capacidade dos dispositivos de
proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
− Em circuito de distribuição de apartamentos e pequenas residências, em geral, é
suficiente a escolha do condutor baseando-se apenas nos critérios da “Seção Mínima” e
“Máxima Corrente”.
Critério da Mínima Seção dos condutores
Consiste apenas em verificar em tabela, a partir do tipo de instalação e utilização do
circuito, o valor da mínima seção que pode ser utilizada baseando-se no material condutor.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54. Emenda para cabos
Considerando a parte prática da elétrica, uma das primeiras coisas que o eletricista tem de aprender é a
realizar emendas. Mas ao contrário do que a maioria dos ditos profissionais em elétrica pensam, a
emenda é uma das partes mais importantes de uma instalação, uma emenda executada de maneira
errada pode prejudicar completamente uma instalação e causar muitos danos.
Emendas podem ser:
• Emenda em prolongamento;
• Emenda rabo de rato;
• Emenda em derivação.
55. Emenda em prolongamento
Sempre que a extensão de uma rede ou linha aberta for maior que o condutor
disponível, devem-se emendar os condutores em prolongamento.
Os procedimentos que se seguem devem ser atentamente observados:
1 – Desencapar as pontas dos condutores. Com uma faca, retire o isolamento em direção
à ponta, assim como se estivesse apontando um lápis.
56. • Cuidado.
Ao manusear a faca, evite ferir-se com a lâmina. O movimento de cortar deve ser executado afastando a lâmina da mão
que segura o objeto.
2 – Limpar os condutores. Retire os restos de isolamento porventura presos ao metal, ou raspe com as costas da lâmina a
oxidação.
Emendar os condutores.
a) Cruze as pontas dos condutores, conforme mostra o desenho e, a seguir, torça uma sobre a outra em sentido oposto.
Atenção - Cada ponta deve dar seis voltas sobre o condutor, no mínimo.
57. b) Complete a torção das pontas com a ajuda de um ou
dois alicates, dependendo do diâmetro do condutor.
As pontas devem ficar completamente enroladas e
apertadas no condutor, porém com pequeno
espaçamento entre as espiras, para a solda penetrar.
58. Isolar a emenda de prolongamento
a) Inicie na extremidade mais cômoda, prendendo a ponta da fita e, em seguida, dê uma volta sobre a mesma.
b) Continue enrolando a fita, de modo que cada volta se sobreponha à anterior, na metade da largura da fita,
até atingir uns dois centímetros sobre o encapamento do condutor.
c) Retorne com a fita, enrolando-a agora com inclinação oposta, porém da mesma forma anterior.
d) Complete o isolamento com três ou mais camadas, de modo que a espessura do isolamento fique, pelo
menos, igual ao encapamento do condutor.
e) Seccione a fita com uma lâmina.
f) Pressione a ponta da fita, fazendo-a aderir ao isolamento
59. Emenda em derivação
Na ligação dos ramais, será necessário emendar os condutores em derivação.
Observe atentamente a sequência de procedimentos:
1 – desencapar as pontas dos condutores do circuito ramal. Proceda como anteriormente.
2 – desencapar os condutores da linha.
a) Marque com dois piques de faca uma faixa de uns 20mm a partir do ponto de derivação.
b) Retire, com uma faca, o isolamento em volta do condutor, entre as marcas.
60. a)
3 – limpar os condutores.
Proceda como anteriormente.
4 – emendar os condutores.
a) Cruze a ponta sobre a derivação e enrole-a sobre esta, de modo que as espiras fiquem com ligeiro espaçamento entre si.
b) Complete a torção da ponta com a ajuda do alicate.
61. Isolar a emenda em Derivação
a) Enrole a fita primeiramente no condutor da rede e, ao voltar, enrole-a no
condutor do ramal.
62. Os procedimentos a seguir devem ser atentamente
observados:
a) desencape as pontas, em um comprimento igual a
cinquenta vezes o diâmetro do condutor nu.
b) cruze os condutores.
c) torça os condutores, inicialmente com a mão, auxiliado
por um alicate.
d) dê o aperto final com dois alicates.
e) dobre a ponta dos condutores.
É ainda bastante comum isolar as emendas dos condutores
e outras partes descobertas das instalações com fita
isolante, para que não ocorra curto circuito, no caso de os
condutores com potencial elétrico diferente se unirem, ou
para que as pessoas não fiquem sujeitas a choque elétrico.
64. 4. TOMADAS (TIPOS, SIMBOLOGIA, APLICAÇÃO E INSTALAÇÃO)
As tomadas são pontos de alimentação que possibilitam as energizações dos
equipamentos elétricos.
As tomadas podem ser:
- Tomada de uso geral (TUG)
- Tomada de uso específico (TUE)
65. Tomadas de uso geral (TUGs):
Alimentam aparelhos portáteis e estacionários. Ex. abajur,
enceradeiras, aspiradores de pó, liquidificadores,
batedeiras, geladeira, entre outros.
Tomadas de uso específico (TUEs):
Alimentam aparelhos fixos. Ex.. chuveiros e torneiras
elétricas, máquina de lavar roupas e aparelho de ar
condicionado, entre outros.
68. Número mínimo e potência mínima das tomadas de uso específico
(TUEs)
− Número mínimo de TUEs: a quantidade de TUEs é estabelecida de
acordo com o número de aparelhos de utilização, com a corrente nominal
superior a 10 A.
− Potência mínima de TUEs: de acordo com a potência aparente (S), em
VA, de cada equipamento.
A NBR 5410/90 estabelece as seguintes condições e recomendações para
o estabelecimento do número e potência mínima das tomadas de uso
geral (TUG´s) e específico (TUE´s).
69. Tabela – Condições e recomendações da NBR 5410/90 para o estabelecer do número e potência mínima das
tomadas de uso geral (TUGs)
70. Condições para estabelecer a quantidade e potência mínima das
tomadas de uso específico (TUE´s)
– A quantidade de TUE´s é estabelecida de acordo com o número de
aparelhos de utilização, com a corrente nominal superior a 10 A;
– Atribuir a potência nominal (de entrada) do equipamento a ser
alimentado;
– As tomadas de uso específico devem ser instaladas no máximo a 1,5
m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.
72. Estabelecimento do quadro de cargas preliminar
(TUG e TUE)
Circuito Tensão
Local
Potência (VA) Ip ........ Cargas nas fases (VA)
No Tipo (V) Qtde x Potência Total (A) ... R S T
1 TUG 127 Cozinha 2 x 600 1200 9,4 ... 1200 —
2 TUG 127 Cozinha
1 x 600
2 x 100
800 6,3 ... 800 —
3 TUG 127 Lavanderia 2 x 600 1200 9,4 ... 1200 —
4 TUG 127
Quarto 1
Quarto 2
Quarto 3
Corredor
2 x 100
3 x 100
2 x 100
1 x 100
800 6,3 ... 800 —
5 TUG 127
Sala
Varanda
Banheiro
4 x 100
1 x 100
1 x 600
1100 8,7 ... 1100 —
6 TUE 220 Torneira elétrica 2200 2200 10,0 ... 1100 1100 —
7 TUE 220 Chuveiro 5400 5400 24,5 ... 2700 2700 —
Carga Instalada 11700 5800 6900 —
73. Exercício
Para a planta-baixa disposta a seguir, determine para a cozinha,
banheiro, quarto, sala e terraço, o número e a potência das tomadas
de uso geral (TUG) e específico (TUE), conforme a NBR 5410.
74. 5. MEDIDOR DE ENERGIA ATIVO MONOFÁSICO E TRIFÁSICO
(TECNOLOGIA, SIMBOLOGIA E INSTALAÇÃO)
A medição de energia elétrica é empregada para possibilitar a entidade
fornecedora o faturamento adequado da quantidade de energia elétrica consumida
por cada usuário, dentro de uma tarifa estabelecida.
Os medidores de energia elétrica comerciais podem ser:
• Eletromecânicos
• Eletrônicos.
77. As Principais partes do medidor são Base, Bloco de Terminais, Tampa, Elemento sensor de
corrente, Elemento sensor de tensão, Registrador, Mostrador, Disco(para medidores
eletromecanicos).
Base
Parte onde são fixadas todas as outras partes do equipamento;
Bloco de Terminais
Parte onde são acoplados os condutores de entrada(linha) e os condutores de saída(carga);
Tampa
Parte que tem por objetivo proteger os elementos internos do medidor. Na tampa são aplicados
selos a fim de garantir a inviolabilidade do equipamento. Podem ser de metal, vidro ou
policarbonato;
Elemento sensor de corrente
É a parte responsável por mensurar a corrente elétrica na rede;
78. Elemento sensor de tensão
É a parte responsável por mensurar a tensão elétrica da rede;
Mostrador
Exibe o valor das grandezas registradas pelo equipamento(pode ser um digital,
ciclometros, "ponteiros");
Registrador
Parte responsável por guardar os valores das grandezas. No medidor com display é usada
uma EPROM, nos medidores com mostrador analógico o próprio mostrador é o registrador;
Disco
É a parte que fica girando com uma tarja preta quando os equipamentos da rede estão
ligados. Cada volta do disco corresponde a uma quantidade de energia consumida, que é
descrita pela constante de disco Kh(ler "ca indice aga”).
79. No medidor eletrônico não existe disco mas os circuitos do equipamento simulam
a ação do disco medindo a energia através de pulsos que podem ser
acompanhados por um led que pisca a cada pulso completo.
O medidor pode ser ligado diretamente entre a rede elétrica e a carga (casa) o que
é mais comum em tensões baixa tensão (BT).
Também pode ser ligado através de transformadores de acoplamento de
tensão e/ou corrente, que é mais comumente encontrada em indústria e
consumidores de alta tensão (AT).
Seus erros podem variar de menos de 0,02% a até 2,00% em condições
controladas (25°C +/- 5°C, tensão nominal e corrente nominal) e dependem da
aplicação desejada. Nas residências são comumente utilizados medidores de
classe 2 (erro relativo percentual de +/- 2,00 %).
81. 6. QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO MONOFÁSICO E TRIFÁSICO
O quadro de distribuição ou quadro de luz é o local onde se concentra a
distribuição de toda a instalação elétrica, ou seja:
• Onde se instalam os dispositivos de proteção dos circuitos
• Onde se recebe os condutores (ramal de alimentação) que vêm do
medidor ou centro de medição
• Onde partem os circuitos terminais que irão alimentar as
diversas cargas da instalação (lâmpadas, tomadas, chuveiros,
torneira elétrica, condicionador de ar, etc.)
82. Constituição de um quadro de distribuição
As principais partes ou componentes de um quadro de distribuição (DQ) ou
quadro de luz (QL) são:
• Disjuntor geral
• Barramento de neutro
• Barramento de proteção (terra)
• Barramentos de instalação das fases
• Disjuntores dos circuitos terminais
• Estrutura: caixa metálica, chapa de montagem dos componentes,
isoladores, tampa (espelho) e sobre tampa
101. 7. ATERRAMENTO (TECNOLOGIA, TIPOS,
SIMBOLOGIA E MEDIÇÃO)
É um complemento das instalações elétricas, de importância fundamental tendo em vista a
proteção contra choques elétricos em pessoas e animais.
O aterramento é uma proteção contra contatos indiretos, ou seja, choques provenientes de
contato em carcaças de quadros elétricos, equipamentos, eletrodomésticos, etc.
102. O aterramento é feito através de um fio chamado condutor de terra que
interliga o sistema ou o equipamento elétrico ao elétrodo de terra.
O condutor de terra não pertence ao circuito, servindo apenas como proteção
contra choques elétricos.
103. Aterramento não recomendado
Consiste em ligar internamente na tomada tripolar o terra no neutro.
Isto realmente funciona até que dê um curto-circuito na rua e venha a
famosa corrente de retorno e como o neutro está ligado no terra
entrará corrente pelo terra do equipamento.
Outros métodos de aterramento não recomendados são:
104. A norma da NBR-5410 (Norma Brasileira 5410) não faz em
nenhum momento menção a medida de aterramento em volts,
pois aterramento está relacionado com a resistividade do solo e
a unidade de resistência é o ohm e não o volt.
Não existe nenhuma relação entre volt e ohms, pelo menos no
que diz a resistência do solo. A NBR-5410 fala que o cálculo
correto para um aterramento seria de acordo com a tabela
abaixo:
Ente 0 e 5 ohms – Aterramento Excelente
Entre 5 e 15 ohms – Aterramento bom
105. Bitola e conexão do fio terra
Para:
Sf ≤ 16mm² ; St = Sf
16 mm² < Sf < 35 mm² a St = 16 mm²
Sf > 35 mm² a St = 0,5 Sf
Onde:
Sf = A seção transversal dos cabos (fios) de
alimentação do equipamento.
St = a seção transversal do fio terra.
106. Soluções para aperfeiçoar o aterramento
Quando não conseguimos um valor satisfatório, podemos agruparmos mais
de uma barra para o mesmo terra. Caso isso não seja suficiente, podemos
pensar em uma malha de aterramento. Mas imaginem um solo tão seco que,
mesmo com todas essas técnicas, ainda não seja possível chegar ao valor
desejado.
Nesse caso a única alternativa é o tratamento químico do solo. O tratamento
do solo tem como objetivo alterar sua constituição química, aumentando o
teor de água e sal e, consequentemente, melhorando sua condutividade. O
tratamento químico deve ser o último recurso, visto que sua durabilidade não
é indeterminada.
107. O Sistema de Aterramento na Indústria;
– PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO NA INDÚSTRIA ?
Neste Caso o aterramento elétrico tem três funções principais :
a – Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas,
ou outros tipos de descarga, através da viabilização de um caminho
alternativo para a terra.
b – “ Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das
máquinas ou equipamentos para a terra.
c – Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis,
112. Nas oficinas e nas fábricas, as partes energizadas, principalmente
as Acionadas por motores elétricos, devem ser muito bem aterradas.
Motor Elétrico de Grande Porte Motor Elétrico de Pequeno Porte
Nos motores elétricos, a corrente elétrica entra e passa pelas bobinas,
a fim de fazer o motor girar. No entanto, se houver um problema com
o isolamento interno, esta corrente sai para a carcaça, podendo causar
acidentes. Por isso devemos aterrar todos estes motores.
113. 8. Disjuntor e Dispositivo diferencial residual
(tipos, tecnologias, simbologia, aplicações e
instalação)
Denominam-se disjuntores os dispositivos de manobra e
proteção, capazes de estabelecer, conduzir e interromper
correntes em condições normais do circuito, assim como
estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper
correntes em condições anormais especificadas do circuito, tais
como as de curto-circuito e/ou sobrecarga.
114. Aplica-se às instalações de BT objetivando garantir
- Funcionamento adequado
- Segurança de pessoas / animais
- Conservação dos bens
Contém prescrições relativas a
- Projeto
- Execução
115. Aplica-se a
- Edificações residenciais / comerciais / pré-fabricadas
- Estabelecimentos de uso público / industriais / agropecuários
e hortifrutigranjeiros
- Trailers / campings / marinas
- Canteiros de obras / feiras / exposiçõesNão se aplica a
- Instalações de tração / veículos automotores / barcos /
aeronaves / iluminação pública / minas / cercas
- Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas
- Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas
116. Funções básicas que um disjuntor pode cumprir
– Abrir e fechar os circuitos (manobra);
– Proteger a fiação, ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga, através do seu dispositivo
térmico;
– Proteger a fiação contra curto-circuito, através de seu dispositivo magnético.
Vantagem
− Religamento sem necessidade de substituição (10.000 manobras elétricas e 20.000
manobras mecânicas).
Características dos disjuntores
• Número de pólos:
− monopolares ou unipolares,
− bipolares;
− tripolares.
117.
118.
119.
120. Principais componentes de um disjuntor:
(1) parte externa (termoplástica);
(2) terminal superior;
(3) câmara de extinção de arco;
(4) Bobina responsável pelo disparo magnético;
(5) alavanca (liga, desliga);
(6) contato fixo;
(7) contato móvel;
(8) guia para arco;
(9) bimetal responsável pelo disparo por sobrecarga (térmico);
121.
122.
123.
124. Dados básicos para seleção:
• Corrente nominal (A) Corrente nominal (A)
Instalação Disjuntor
• Nível de curto-circuito (kA) Capacidade de interrupção (kA)
• Tensão nominal (Vca ou Vcc) Tensão nominal (Vcaou Vcc)
Seleção do Disjuntor
127. Simbologias do Disjuntor e do DR
Disjuntor de Caixa Moldada s/ ajustes
20A 25A 80A
a
b
c
V< >I
Disjuntor de Caixa Moldada c/
ajustes
DR
128. 9. Dispositivo Protetor de Surto (tipos, tecnologias,
simbologia, aplicações e instalação)
Os dispositivos de proteção contra surtos(DPS) foram desenvolvidos para a
proteção de equipamentos e instalações contra surtos e sobretensões
provenientes de descargas diretas ou indiretas na rede elétrica.
129. O que é SURTO?
Um surto de energia, ou transitório de tensão, é
um aumento significativo na tensão da rede
elétrica, que em condições normais fornece 127 ou
220 volts (Brasil) para a maioria das residências e
escritórios.
Se a tensão se elevar acima de 127ou 220 volts, há
um problema na rede elétrica .
130. COMO APARECEM OS SURTOS DE TENSÃO EM
UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA?
São várias as causas dos surtos de tensão em uma instalação
elétrica. As mais comuns e , portanto de destaque são:
• SURTOS INDUZIDOS OU INDIRETOS:
• SURTOS CONDUZIDOS OU DIRETOS
SURTOS INDUZIDOS OU INDIRETOS
Quando as descargas atmosféricas atingem as linhas de
transmissão e distribuição de energia, quando incidem
diretamente em árvores, estruturas ou no solo as ondas
eletromagnéticas originarias pela corrente elétrica que circula no
canal de descarga atmosférica se propagam pelo meio
131.
132. SURTOS CONDUZIDOS OU DIRETOS:
• Quando uma descarga atmosférica incide
diretamente sobre a instalação, a estrutura ou em
um ponto muito próximo dela, todos os elementos
metálicos ali existentes e o eletrodo de aterramento
ficam, por frações de segundo, com nível de
potencial diferentes. Essas diferenças de potencial
vão gerar correntes de SURTO que circularão por
diversos pontos da estrutura, inclusive, e no nosso
caso principalmente , a instalação elétrica.
133.
134. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE SURTOS
• -Eletrodo de aterramento corretamente projetado e
instalado;
• -Equipotencialização utilizada como conceito (BEP);
• -Instalação de DPS’s em cascata;
• -Realizar manutenção anual nos DPS’s.
135. • Características dos DPS’s
Os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) foram desenvolvidos para a
proteção de equipamentos e instalações contra surtos e sobretensões
provenientes de descargas diretas ou indiretas na rede elétrica, mais
comumente causadas por raios e/ou manobras no sistema elétrico.
Independentemente do tipo ou da origem, as descargas geram um aumento
repentino na tensão da rede – os surtos e sobretensões momentâneas – que
danificam equipamentos eletroeletrônicos e a própria instalação, trazendo
muitos prejuízos.
• Classe de Proteção
Classe I - São indicados para locais sujeitos a descargas de alta intensidade,
característica típica de instalações e edifícios alimentados diretamente por
rede de distribuição aérea, exposta a descarga atmosférica. Recomenda-se
sua instalação no ponto de entrada da rede elétrica na edificação.
136. Substituindo o DPS
Os DPS possuem um indicador, localizado no frontal do dispositivo
que sinaliza o momento de troca. Os DPS podem atuar muitas vezes.
A substituição do módulo é necessária apenas quando o indicador
estiver vermelho. Os DPS da são do tipo Plug-in. Esta concepção
permite que o usuário substitua o módulo de proteção sem a
necessidade de desconectar os cabos, pois a base permanece
instalada.
Sinalização de Estado
É possível informar a necessidade de substituição do DPS a distância,
com sinalizador de estado. Ele possui um contato de sinal NAF, que
149. 10. Lâmpadas (tipos, acessórios, tecnologias, simbologia,
aplicações e instalação)
São dispositivos que transformam energia elétrica em energia luminosa.
A primeira lâmpada foi construída em 1879 por Thomas Edison e fornecia 1,4 lm/W, porém o
seu primeiro inventor foi Heinrich Gobel em 1840, que conseguir obter luz através da
incandescência.
Tipos de lâmpadas
Lâmpada Incandescente; Lâmpadas de descarga; Lâmpada Mista; Lâmpada LED
150. Lâmpadas Incandescentes
São lâmpadas compostas por um filamento interno (Tungstênio)
e um bulbo de vidro. Quando este filamento é percorrido por
uma corrente elétrica, ele aquece até atingir seu ponto de
incandescência, emitindo luz.
As lâmpadas incandescentes possuem potência (ex.: 20W, 60W,
100W) e tensões específicas
(ex.: 12V, 127V, 220V, 240V).
151. Lâmpadas Incandescentes
• Temperatura do filamento:
Superior a 2 000º C.
• Vida útil:
Em média 1 000 horas de funcionamento.
• Índice de restituição de cor:
• geralmente um IRC de100.
• Rendimento luminoso (lm/w):
Têm o menor rendimento luminoso de todas
as lâmpadas (cerca de 17 lm/W)
Casquilho metálico, geralmente de
latão.
Pode ser do tipo rosca ou baioneta.
Ampola ou bolbo, invólucro de vidro.
Gás inerte (azoto, árgon ou crípton).
Filamento de tungsténio.
153. Suportes para Lâmpadas Incandescentes
Os suportes para as lâmpadas incandescentes são dispositivos de
fixação e conexão elétrica entre a lâmpada e os condutores.
Geralmente há dois tipos de suportes: receptáculos e boquilhas.
As boquilhas são constituídas de várias peças. Enquanto os
receptáculos são fixados diretamente no teto ou na parede, as
boquilhas servem para fixação de lâmpadas penduradas.
155. Lâmpadas de descarga
São lâmpadas que produzem luz através do estímulo de um gás ou vapor confinado em um
tubo de vidro. Este gás é ativado por corrente elétrica e são a sua composição e pressão
interna que caracterizam o tipo de luz produzida.
Modelos tradicionais de lâmpadas de descarga.
• Lâmpadas fluorescentes
• Vapor de mercúrio
• Vapor de sódio
• Multivapores metálicos
156. Lâmpadas Flourescentes
De alta eficiência e longa durabilidade, emitem luz pela passagem da corrente
elétrica através de um gás, descarga essa quase que totalmente formada por
radiação ultravioleta (invisível ao olho humano) que, por sua vez, será
convertida em luz pelo pó fluorescente que reveste a superfície interna do
bulbo.
A performance dessas lâmpadas é otimizada através da instalação com
reatores eletrônicos. São usadas em áreas comerciais e industriais.
157. Lâmpada fluorescente compacta
Têm a mesma tecnologia das lâmpadas fluorescentes comuns.
Como podem ter temperatura de cor, tamanho semelhante às lâmpadas de
incandescência e casquilho E27, são as suas substitutas naturais,
especialmente devido à economia de energia proporcionada que pode ir até
80% e uma duração que pode ser 15 vezes maior.
Características:
Vida média: 8000 horas
Eficiência luminosa: 50 a 69 lm/W
Índice de reprodução de cor: 85
Temperatura de cor: 2700 K – luz amarela,
158. Diâmetro das lâmpadas tubulares fluorescentes
Descrição dos códigos:
Exemplo: Lâmpada Fluorescente T8
T: lâmpada tubular
8: Número que expressa o diâmetro da lâmpada em oitavos de polegada.
8 x 1/8" = 26mm
159. Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão
Esta lâmpada tem dentro do tubo de descarga vapor de mercúrio e argônio com quatro elétrodos: dois
principais e dois auxiliares. A luz desta lâmpada é caracterizada por falta de radiações vermelhas,
tomando uma cor branco – azulada (este inconveniente pode ser melhorado com a junção em série de
um filamento de tungsténio, originando a chamada lâmpada mista). Tem grande aplicação na iluminação
de estradas, aeroportos, grandes naves industriais e
geralmente em grandes espaços exteriores.
Características da lâmpada:
Eficiência luminosa (média): 50 a 60 lm/w.
Vida útil (elevada): cerca de 9 000 horas.
Índice de restituição de cor: 40 a 48 conforme o modelo.
160. Lâmpada de vapor de sódio de alta
pressão
Tem uma elevada eficiência luminosa até 140
lm/W, longa durabilidade e, consequentemente,
longos intervalos para reposição, são sem
dúvida a garantia da mais econômica fonte de
luz. Estas lâmpadas diferem pela emissão de luz
branca e dourada, indicada para iluminação de
locais onde a reprodução de cor não é um fator
importante. Amplamente utilizadas na
iluminação externa, em avenidas, auto estrada,
viadutos, complexos viários etc., têm o seu uso
ampliado para áreas industriais, siderúrgicas e
161. Lâmpadas Mistas
Como o próprio nome diz, são lâmpadas compostas de um filamento ligado em série com
um tubo de descarga. Funcionam em tensão de rede 230V, sem uso de reatância.
O filamento de tungsténio vem também substituir o balastro na limitação da corrente em
funcionamento normal. São, via de regra, alternativas de maior eficiência para
substituição de lâmpadas de incandescência de altas potências.
Esta lâmpada relativamente à de
incandescência:
• É mais cara.
• Tem uma eficiência luminosa um pouco mais
elevada.
• Tem um espectro luminoso mais equilibrado.
• Tem uma vida útil de cerca de cinco vezes
maior.
• É utilizada frequentemente em iluminação
162. Multivapores metálicos
São lâmpadas que combinam iodetos metálicos, com altíssima eficiência energética,
excelente reprodução de cor, longa durabilidade e baixa carga térmica. Sua luz é muito
branca e brilhante.
Tem versões de alta potência (para grandes áreas, têm índice de reprodução de cor de até
90%, eficiência energética de até 100lm/W e temperatura de cor de 4.000 a 6.000K, em
vários formatos) e de baixa
potência (de 70 a 400W, formato tubular com diversas bases, apresentando alta eficiência,
ótima reprodução de cor, vida útil longa e baixa carga térmica)
163. Lâmpadas LED
Mercado da iluminação, está a passar por mais uma revolução no que se refere à forma de
emissão da luz elétrica, possibilitando novas aplicações e novas maneiras de iluminar
ambientes e objetos. Estamos a falar da luz gerada através de componentes eletrônicos
designados por LED - Light Emitting Diode (Díodo Emissor de Luz).
164. Vantagens dos leds, relativamente às restantes fontes de luz:
• Maior vida útil (50.000 horas) e consequente baixa manutenção;
• Baixo consumo (relativamente às lâmpadas de incandescência) e uma eficiência
energética (em torno de 50 lúmen/Watt);
• Não emitem luz ultravioleta (sendo ideais para aplicações onde este tipo de radiação é
indesejada. Como por exemplo, quadros e obras de arte;
• Não emitem radiação infravermelha, fazendo por isso que o feixe luminoso seja frio.
• Resistência a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia de estado sólido, portanto, sem
filamentos e sem vidro, aumentando a sua robustez.
Desvantagens dos leds, relativamente às restantes fontes de luz:
• Custo de aquisição elevado;
165. Reatores ou balastros
São equipamentos auxiliares necessários para o acendimento das lâmpadas de descarga.
Servem para limitar a corrente e adequar as tensões para o perfeito funcionamento das
lâmpadas.
Os tipos de reatores encontrados no mercado são : eletromagnéticos e eletrônicos.
Os reatores eletromagnéticos são constituídos por um núcleo laminado de aço silício (com
baixas perdas) e bobinas de fio de cobre esmaltado. Os reatores eletrônicos são constituídos
por condensadores e bobinas para alta frequência, resistências, circuitos integrados e outros
componentes eletrônicos.
Trabalham em alta frequência (de 20 KHz a 50 KHz). Proporciona maior fluxo luminoso com
167. Luminárias
Luminária é um suporte de iluminação onde se montam as lâmpadas, mas estas são
consideradas à parte. Além de servirem para suportar as lâmpadas, as luminárias
também têm outros componentes que protegem as lâmpadas e modificam a luz
emitida por estas. Dois desses dispositivos são os refletores e os difusores.
• Difusor
O difusor evita que a luz seja enviada diretamente da lâmpada para os objetos ou pessoas.
Uma lâmpada de incandescência vulgar não tem difusor, embora o vidro possa produzir um
pouco esse efeito.
• Refletor
170. 11. Interruptores (tipos, simbologia e instalação)
O interruptor é um dispositivo simples, usado para abrir ou fechar
circuitos elétricos, em especial os de iluminação.
Os tipos interruptores são:
1. Interruptor simples de uma seção, possui apenas uma tecla
2. Interruptor simples de duas seções, possui duas teclas
3. Interruptor simples de três seções, possui três teclas
4. Interruptor paralelo (three – way)
171. Interruptor Simples de uma seção (característica)
Permite comandar uma ou mais lâmpadas exclusivamente de um
único local.
180. Interruptor Paralelo – Three Way (característica)
Permite comandar uma ou mais lâmpadas de dois locais diferentes,
utilizam-se dois interruptores paralelos.
183. Esquema Unifilar e Multifilar de um interruptor paralelo para
duas lâmpadas
184. Interruptor Intermediário – Four Way (característica)
Permite comandar uma ou mais lâmpadas de vários locais diferentes.
Utilizam-se necessariamente de dois interruptores paralelos (nas
extremidades do circuitos elétrico) e um ou mais interruptores
intermediários.
193. 12. Porteiro eletrônico / Interfone
É um dispositivo que estabelece a comunicação entre o exterior e o interior de um edifício,
permitindo nomeadamente controlar as entradas e saídas de pessoas estranhas
O funcionamento é bastante simples. O interfone começa a funcionar assim que o morador
tirar o monofone do gancho.
Para desligar, basta colocar o interfone de volta no gancho. Caso o sistema esteja acoplado
a uma fechadura eletrônica, para abrir a porta automaticamente basta pressionar o botão
do interfone até o fim do seu curso.
194. Passa a passo do funcionamento de um porteiro
eletrônico ou interfone
195. Instalação de um porteiro eletrônico
As ferramentas básicas para a instalação são:
1. Furadeira
2. Broca 6mm
3. Chave de fenda
4. Alicate de corte
5. Cabos elétricos (1,5 mm²)
199. Simbologia do Porteiro Eletrônico
A NBR 5444 não indica a simbologia do porteiro eletrônico,
ficando então, sob responsabilidade do projetista, criar um
símbolo e indicar na legenda do projeto o seu significado.
200. 13. Variador de luminosidade (tecnologia, tipos,
simbologia e instalação)
É o dispositivo usado para variar a intensidade luminosa de uma ou mais
lâmpadas, tornando o ambiente mais agradável e economizando energia.
Podem ser usados em lâmpadas incandescentes e pequenos motores universais.
Ele serve para regular o brilho da lâmpada, visando conseguir variação da
201. Como escolher um dimmer (variador de luminosidade)?
- Tensão do circuito (127V~ ou 220V~);
- Tipo de lâmpada a ser controlada (incandescente ou dicróica);
- Potência das lâmpadas a serem controladas;
- Quantidade de módulos (1 ou 2 módulos).
202. Em quais casos o dimmer NÃO deve ser utilizado?
O dimmer não pode controlar as seguintes cargas:
- Lâmpadas fluorescentes;
- Lâmpadas dicróicas com transformadores eletrônicos não
dimerizáveis;
- Para controlar velocidade de motores;
- Para controlar o volume do som de uma caixa acústica;
- Para controlar a velocidade de ventilador de teto (dependendo
do dimmer);
205. Observação:
Alguns Dimmers possuem o esquema de ligação no próprio
dispositivo. Desta forma a ligação deverá ocorrer conforme
informado no dispositivo.
207. 14. Relé fotoelétrico (tecnologia, tipos,
simbologia e instalação)
O relê fotoelétrico é ideal para acionamento de pontos luminosos e outras cargas. Mantém
acesas luminárias na ausência de luz natural e é insensível a variações bruscas de
luminosidade, como relâmpagos e faróis. Economiza energia e pode ser usado com qualquer
tipo de lâmpada.
A Fotocélula é regulável, através da janela, localizada na parte externa da abertura do sensor.
Quanto mais aberta ela estiver mais tarde ela vai acender e mais cedo vai desligar.
A fotocélula deve ser instalada com o sensor dirigido para o ponto de maior iluminação
natural. A luminosidade da lâmpada, reflexão da parede ou do globo não pode incidir sobre o
sensor, pois pode provocar o efeito pisca-pisca.
208. Funcionamento do relé fotoelétrico
A corrente alternada passa do terminal fase através da resistência e da fotocélula, em série, até o terminal neutro.
Esta corrente que passa através de resistência, vai aquecer indiretamente o bimetal e desligar o contato (NF).
A corrente que passa através da resistência é controlada pela resistência da fotocélula e está relacionada com a
intensidade luminosa que age sobre a mesma.
À medida que a intensidade luminosa que está incidindo na fotocélula diminui, até atingir um ponto em que o contato
se fecha (LÂMPADA ACESA ).
À medida que a intensidade luminosa cresce, a corrente aumenta até atingir um ponto em que o contato de abre
(LÂMPADA APAGA).
213. Observação:
Alguns relés fotoelétricos possuem o esquema de ligação no
próprio dispositivo. Desta forma a ligação deverá ocorrer
conforme informado no dispositivo.
217. 15. Minuteria (tecnologia, tipos, simbologia e instalação)
Minuteria é um dispositivo que comanda o acendimento de um conjunto de
lâmpadas durante um intervalo de tempo pré-determinado.
Esta opção de comando para circuitos de iluminação é utilizada com
frequência em escadas e corredores de edifícios, garagens e demais
dependências que necessitam de iluminação durante um certo tempo.
Deve-se destacar que neste caso, o acendimento temporário das lâmpadas
contribui ainda para a redução do consumo de energia elétrica na
instalação.
218. Aplicações
- Iluminação de escadarias de prédios de apartamentos;
- Corredores;
- Ambientes que necessitam ser iluminados durante curtos períodos de tempo;
- Hall social de apartamentos;
- Ante salas.
Tipos
- Minuteria coletiva ou de comando em grupo
- Minuteria individual
- Minuteria Eletrônica
219. Minuteria coletiva ou de comando em grupo
É instalada num Quadro de Distribuição (QD) e permite o comando de várias lâmpadas
simultaneamente. Possuem regulagem para funcionamento permanente ou temporizado de 15
s a 5 min.
Minuteria individual
É instalada numa caixa de derivação de corredores ou áreas de circulação em geral e destina no
comando de lâmpadas incandescentes, mantendo-as acesas por um tempo de
aproximadamente um minuto e 30 segundos.
Minuteria eletrônica
Aparelho destinado a controlar lâmpadas incandescentes ou fluorescentes (40 W minutos),
220. Funcionamento
1-Ao pressionar o botão de campainha, é fornecida a tensão necessária para
o funcionamento do circuito da minuteria.
2-A temporização pode variar de 15 segundos a 5 minutos.
3-Após o tempo programado para a lâmpada permanecer acesa, ocorre um
pré-aviso de extinção com 50% das luminosidade durante 10 segundos.
225. 16. Sensor de presença (Interruptor Automático por
Presença)
O interruptor automático por presença é dispositivo eletrônico e
capta sinais através de um sensor infravermelho, a radiação de
calor de pessoas, animais, automóveis etc. , que estejam nos
limites perceptíveis do dispositivo.
A utilização dos sensores de presença permite fazer com que a
iluminação se acenda automaticamente quando alguém entrar
em um recinto, e se apague algum tempo após a pessoa deixar o
ambiente.
Os sensores são ideais para serem usados na garagem, cozinha,
despensa, hall, corredores e áreas de serviço, evitando que a
lâmpada permaneça acesa quando não há pessoas presentes, o
que acarreta um considerável potencial de economia de energia
226. Tipos
- 2 fios ( instalado como interruptor mono polar)
- 3 fios (geralmente o dispositivo de acionamento necessita de neutro
para seu funcionamento)
- 3 fios com interruptor
Esquemas de Ligação
230. 17. Relé de impulso
Trata-se de um dispositivo eletromecânico que permite o acionamento de
mais de um cenário de iluminação a partir de um mesmo pulsador simples.
O relé de impulso, ao ser inserido no controle de um sistema de
iluminação, tem o objetivo de alterar o estado ou posição dos contatos
quando em sua bobina é aplicada uma tensão através de um pulso mínimo
de 100ms.
238. 18. Campainha, cigarra e sirene (tecnologia, tipos, simbologia e
instalação)
Dispositivo eletromecânico que quando energizado emite um sinal sonoro ou
ruído, e tem a finalidade de atrair a atenção ou chamar pessoas. Geralmente, são
instaladas em residências e comércios, anunciando um visitante; em colégios e
fábricas, alertando os horários.
Uma campainha elétrica é um dispositivo constituído por um interruptor, um
eletroímã, uma armadura, um martelo, uma campânula e um gerador de corrente
contínua ou alternada.
239. Funcionamento
O Principio básico de uma campainha é: Um aparelho que reproduz um som sempre que
ele é ligado, sendo que este som pode variar de aparelho para aparelho, além de um
interruptor, chamado de pulsador, ou seja, ele é acionado (fechar o circuito) e em seguida
volta para o estado inicial (circuito aberto).
O pulsador é quem controla o funcionamento da campainha, pois sem ele ficaria meio
"chato" aquele barulho todo sem parar, caso utiliza-se um interruptor.
O funcionamento da campainha/cigarra é similar ao funcionamento de uma lâmpada, ou
seja, é ligado o fase no pulsador e o retorno para a campainha junto com o neutro.
240. Instalação
Para realizar esta ligação, é preciso que você leve a "Fase" ate o “pulsador da
campainha”, a partir deste pulsador, a "Fase" passa a ser chamada de "retorno",
sendo que este "retorno" deve ser levado ate um dos bornes da campainha, no outro
borne da campainha, é necessário que você instale o "Neutro", se o sistema for 127v,
ou outra "Fase", se o sistema for 220V. Confira o diagrama para instalações de 127V.
241.
242. Instalação
O interruptor (pulsador) é ligado em série com a alimentação e como o consumo
destes dispositivos é muito baixo, podem ser usados fios finos (AWG 18 ou 0,75 ou
0,50 mm²) sem problemas.
O comprimento máximo deste fio também não é motivo de preocupação, pois
mesmo uma queda de tensão de uns 10% permite ainda que as campainhas
funcionem razoavelmente bem.
Na instalação, a preocupação maior é com os isolamentos, para que não ocorram
curtos ou ainda problemas de fugas para a terra, caso um dos fios encoste na parte
metálica das caixas e eventualmente dos condutores.
244. Instalação - UMA CAMPAINHA X DIVERSOS INTERRUPTORES
Os interruptores são ligados em paralelo entre si e em série com a campainha. Este
tipo de ligação pode ser usado em uma residência onde tenhamos duas entradas de
modo que, de qualquer uma delas a campainha possa ser acionada.
245.
246. 19. Programador horário
O programador horário é um aparelho que permite ligar e desligar qualquer
equipamento elétrico, de acordo com os horários pré-estabelecidos.
Os programadores horários são:
- Analógicos ou Digitais (funcionamento)
- Diário, semanal, multifuncional (Progra-
mação).
247. Aplicações do Programador horário
O programador horário é utilizado para diversos fins, quer seja industrial, comercial
ou residência para controle de equipamentos elétricos, tais como:
- Controle de aquecedores elétricos
- Irrigação
- Refrigeração
- Sistema de tratamento de água em piscina
- Programar sistemas de iluminação em lojas, bancos e etc
- Programar o acendimentos de luzes no intervalo de 18h as 23h, menos nos fins
de semana (marketing)
253. 20. Bóia de contato eletromecânico (tecnologia, tipos,
simbologia e instalação)
Dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcionamento automático da
instalação elevatória entre seus níveis operacionais e extremos.
Nível é a altura do conteúdo de um reservatório que pode ser sólido ou líquido. Sendo a medição
feita a partir de uma referência ou linha base.
A unidade de nível deve ser a unidade de comprimento do Sistema Internacional de Unidades (SI),
que é o metro (m); Porém, é prática comum se referir ao nível como porcentagem (%), o nível
varia, por exemplo, entre 0 e 100%, podendo assumir os valores intermediários.
254. Características da bóia de nível
• Grande precisão e durabilidade
• Evitar o transbordamento de água
• Economizar energia
• Operar automaticamente a bomba
• Pode ser utilizada em poços e reservatórios
• Possui cabo elétrico de 1,5 metros
255. As aplicações da bóia de nível são:
1. Controle de nível em reservatórios
2. Proteção da bomba
3. Regulagem do contrapeso
256. Controle de nível em reservatório
É utilizado para controle automático do nível de água no
reservatório. Desligar com o reservatório cheio, ligar com o
reservatório vazio. Utilizar ligação, conforme esquema abaixo.
257. Proteção da bomba
Serve para controle do nível automático do nível de água do poço ou
reservatório. Evita que a bomba trabalhe sem água. Ligar com o poço
ou reservatório cheio, desligar com o poço ou reservatório vazio:
Utilizar o esquema de ligação abaixo.
258. Regulagem contrapeso
Observar o esquema de ligação abaixo, as medidas necessárias para a
instalação. Ligar a bomba e executar um ciclo de acionamento para
verificar se para ligar/desligar está conforme desejado. Caso
necessite regular, aumentar ou diminuir o comprimento do cabo em
relação ao ponto de fixação.
259. Dados técnicos gerais
• Líquido utilizado (Água)
• Tensão de alimentação (100-250V)
• Corrente Máxima (15A)
• Temperatura máxima da água (60 graus)
• Potência máxima do motor (560W)
• Material da bóia (Polipropileno)
260. 21. Motores elétricos monofásicos de indução (tipos, simbologia,
ligações, identificação de terminais e instalação)
Os motores são máquinas elétricas que produzem energia mecânica (rotação de um
eixo), quando alimentados por uma tensão em energia elétrica, ou seja, transforma
energia elétrica em energia mecânica, conforme a figura 1. Os motores monofásicos
são alimentados por uma rede monofásica (uma fase e neutro) ou uma rede bifásica
(duas fases).
O tipo mais encontrado é o motor monofásico com campo auxiliar e capacitor.
262. Funcionamento
O motor monofásico possui estator e rotor. O estator contém o enrolamento
principal e o enrolamento auxiliar . O enrolamento principal forma um campo
magnético pulsativo, esse campo não é capaz de provocar o arranque do motor. É
preciso um campo auxiliar, formado pelo enrolamento auxiliar que está ligado em
paralelo ao principal.
Quando o motor alcança 75% da sua velocidade de trabalho, o interruptor
centrífugo abre e desliga o enrolamento auxiliar e o capacitor, deixando funcionar o
motor unicamente com o campo principal.
Quando o motor está parado ou gira com pequena velocidade, os contatos do
interruptor centrífugo se mantêm fechados pela força da mola do mesmo.
Alcançando uma certa velocidade, a força centrífuga vence a força da mola e abre os
263. Tipos de Motores Monofásicos
Encontram-se motores monofásicos com 2, 4 ou 6 terminais:
• Os motores de 2 terminais são construídos para funcionar em uma tensão apenas
de 110 ou 220 volts e não permitem inversão de rotação;
• Os motores de 4 terminais são construídos para funcionar em uma tensão (110
ou 220 volts), porém permitem inversão da rotação; e
• Os motores de 6 terminais são destinados a funcionar em duas tensões (110 e
220 volts) e permitem ainda inversão de rotação.
267. 22. Motobomba monofásica (tecnologia e instalação)
São equipamentos mecânicos destinados á transferência de líquidos de
um ponto para outro com auxílio de tubulações, fornecendo-lhe um
acréscimo de energia.
Essa transferência ocorre em função da bomba fornecer ao liquido
aumento de energia de pressão e velocidade
Aplicações:
– Usos Domiciliares
– Serviço de abastecimento d' água e Esgoto
268. Tipos de Bombas
Bombas de Deslocamento Positivo –São usadas para bombeamento contra altas
pressões e quando requerem vazões de saída quase constantes. As bombas de
deslocamento positivo se dividem em dois tipos:
– Alternativas
– Rotativa
Bombas Centrífugas - Caracterizam-se por operarem com altas vazões, pressões
moderadas e fluxo contínuo.
– Radias
– Francis
Bomba Diafragma –São usadas para suspensões abrasivas e líquidos muito viscosos.
Bomba A Jato – Usam o movimento de uma corrente de fluido a alta velocidade para
imprimir movimento a outra corrente, misturando as duas.
Bomba Eletromagnética – Princípio igual ao motor de indução usada com líquidos de
alta condutividade elétrica não tem partes mecânicas móveis.
270. Bombas Centrífugas
Nas bombas centrífugas, a movimentação do líquido é produzida
por forças desenvolvidas na massa líquida pela rotação de um
rotor
271. Os principais requisitos para que
uma bomba centrífuga tenha um
desempenho satisfatório:
– Instalação correta,
– Operação com os devidos cuidados
e,
– Manutenção adequada
Condições de perda de fluxo, :
– Problemas de vedação
– Problemas relacionados a partes da
bomba ou do motor:
• Perda de lubrificação
• Refrigeração
• Contaminação por óleo
– Vazamentos na carcaça da bomba
– Níveis de ruído e vibração muito
altos
– Problemas relacionados ao
mecanismo motriz (turbina ou
motor)
Qualquer operador que deseje
proteger suas bombas de falhas
frequentes, além de um bom
entendimento do processo, também
deverá ter um bom conhecimento da
mecânica das bombas
Introdução
272. Princípios de Funcionamento
O líquido entra no bocal de sucção e no
centro de um dispositivo rotativo
conhecido como impulsor.
Quando o impulsor gira, ele imprime
uma rotação ao líquido situado nas
cavidades entre as palhetas externas,
proporcionando-lhe uma aceleração
centrífuga.
Cria-se uma área de baixa-pressão no
olho do impulsor causando mais fluxo
de líquido através da entrada, como
folhas líquidas.
Como as lâminas do impulsor são
curvas, o fluido é impulsionado nas
direções radial e tangencial pela força
274. Princípios de Funcionamento
Todo o funcionamento da bomba se baseia na criação de um diferencial de
pressão no seu interior
1.Escorvamento
2.Rotação (centrípeta)
3.Vácuo Centro
4.Crescimento da área de
liquido na periferia
5.Diminuição da velocidade
6.Aumento Pressão
276. Exemplos
- Bombas da linha INIBLOC são
indicadas para Irrigação,
sistemas de água gelada e água
de condensação (ar
condicionado), Saneamento,
Indústrias Químicas e
Petroquímicas, Papel e Celulose,
Usinas de Açúcar e Destilarias. - Bombas da linha INK são
indicadas para Indústrias químicas
e petroquímicas, refinarias,
indústrias alimentícias, destilarias,
têxteis, usinas de açúcar, nas
indústrias de papel e celulose e na
circulação de óleo térmicos e
condensados.
278. Cavitação
Ocorre quando a pressão de
sucção está abaixo da requerida
pela bomba, formando bolhas de
vapor nas cavidades do rotor e são
transportados para a região de alta
pressão ocorre vibração do
equipamento e destruição.
279. Problemas com o Acionador
problemas mecânicos na bomba;
altura manométrica total muito
baixa,
bombeando líquido demais;
altura manométrica total do
sistema mais elevada que a de
projeto da bomba;
rotor parcial ou totalmente
obstruído;
viscosidade ou densidade do
líquido bombeado diferente daquela
Fatores externos ao acionador que provocam sobrecarga de corrente:
280. 23. Diagramas elétricos (Leitura e interpretação)
Usar símbolos gráfico para representar uma instalação elétrica ou parte
de uma instalação é o que denominamos como diagramas elétricos.
A correta leitura e interpretação de diagramas é essencial para a
carreira de um bom eletricista, pois o diagrama elétrico garante uma
linguagem comum a qualquer eletricistas pois o desenho é uma
representação visual universal.
Desta maneira se você sabe ler um diagrama elétrico aqui no Brasil
você vai saber ler um diagrama elétrico lá na China, a escrita é
totalmente diferente mas o fundamento do diagrama vai ser o mesmo.
281. Nem todos os eletricistas sabem ler e interpretar um diagrama elétrico
e isso torna um diferencial entre a categoria de trabalho. Os chamados
eletricistas práticos, aqueles que fazem as instalações mas não tem a
teoria da eletricidade são profissionais que muitas vezes não sabem ler
e interpretar diagrama elétricos.
Existem quatro tipos de diagrama elétricos a se conhecer
• Diagrama funcional;
• Diagrama multifilar;
282. Diagrama Funcional
O diagrama funcional é bastante usado por se referir a apenas
uma parte da instalação elétrica, ele possui todos os condutores e
componentes que serão ligados em um circuito elétrico, permite
interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo.
Este diagrama não demonstra com exatidão a posição exata dos
componentes nem medidas de cabos ou percurso real destes. Os
condutores são representados por retas sem inclinação e de
preferências sem cruzamentos. Usado para explicar o
284. Diagrama Multifilar
O diagrama multifilar é representação mais minuciosa de uma instalação
elétrica, assim como no diagrama funcional ele também mostra todos os
condutores e componentes. Mas, além disso ele tenta representar os
componentes da instalação bem como os condutores em sua posição correta.
Desenhando em plano tridimensional ele representa detalhes de
componentes e conexões. Devido sua complexidade este diagrama é pouco
usado, sua interpretação para grandes circuitos é demasiada complexa.
286. Diagrama Unifilar
O diagrama unifilar é o mais usado pelos eletricistas instaladores nas obras. Ele é desenhando sobre a planta baixa
(planta arquitetônica) e apresenta os dispositivos e trajeto dos condutores rigidamente em suas posições físicas
apesar de ser em uma representação bidimensional.
Uma diferença aos dois outro modelos de diagrama e que neste todos os condutores de um mesmo percurso são
representados por um único traço e símbolos que identificam neste traço os outros condutores.
Não é representado com clareza neste diagrama o funcionamento da instalação, pois não permite visualizar com
clareza o percurso da corrente elétrica. A prática adquirida com o tempo na leitura deste tipo de diagrama
proporciona ao eletricista saber interpretar com facilidade uma instalação elétrica e sem o auxílio de outros
diagramas.
O diagrama unifilar serve especialmente para se verificar, com rapidez, quantos condutores passarão em
determinados eletrodutos e qual o trajeto do mesmo
289. Diagrama Trifilar
Amplamente usado em sistemas de comandos
elétricos e máquinas trifásicas.
O diagrama trifilar representa cada uma das três
fases de uma sistema elétrico e suas respectivas
derivações, tendo características muito parecidas
com o diagrama unifilar.