2. A festa da Assunção de Nossa Senhora é uma das mais antigas da Igreja. No ano de 600 já a Igreja Católica festejava este dia de glória de Maria Santíssima. A festividade de hoje lembra como a Mãe de Jesus Cristo recebeu a recompensa de suas obras, dos seus sofrimentos, penitências e virtudes.
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4. Não só a alma, também o corpo da Virgem Santíssima fez entrada solene no céu. Ela, que durante a vida terrestre desempenhou um papel todo singular, entre as criaturas humanas, com o dia da gloriosa Assunção começou a ocupar um lugar no céu que a distingue de todos os habitantes da celeste Sião.
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6. Só Deus pode dar uma recompensa justa; só Ele pode remunerar com glória eterna serviços prestados aqui na terra; só Ele pode tirar toda a dor, enxugar todas as lágrimas e encher nossa alma de alegria indizível e dar-nos uma felicidade completa.
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8. Que recompensa o Pai Eterno não teria dado àquela que por ele mesmo tinha sido eleita, para ser a Mãe do Senhor humanado? Se é impossível descrever as magnificências do céu, impossível é fazermos idéia adequada da glória que Maria Santíssima possui, desde o dia da Assunção.
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10. Se dos bem-aventurados do céu o último goza de uma felicidade infinitamente maior que a do homem mais feliz no mundo, quanta não deve ser a ventura daquela que, entre todos os eleitos, ocupa o primeiro lugar; aquela que pela Igreja Católica é saudada: Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, Rainha dos Profetas, Rainha dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, Rainha de todos os Santos!
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12. Que honra, que distinção, que glória não recebeu Maria Santíssima pela sua gloriosa Assunção! Esta distinção honra também a nós e é o motivo de nos alegrarmos. Maria, que agora é Rainha do Céu, foi o que nós somos, uma criatura humana e como tal, nasceu e morreu, como nós nascemos e devemos morrer; mais que qualquer outra, foi provada pelo sofrimento, pela dor.
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14. A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade, que foi acreditada desde os primeiros anos do cristianismo, e declarada Dogma em 1950 pelo Papa Pio XII. Eis um trecho de um sermão de São João Damasceno, sobre o mistério da ressurreição e Assunção de Nossa Senhora:
15. “Quando a alma da Santíssima Virgem se lhe separou do puríssimo corpo, os Apóstolos presentes em Jerusalém, deram-lhe sepultura em uma gruta do Getsêmani. Tradição antiqüíssima conta que, durante três dias, se ouviu doce cantar dos Anjos. Passados três dias não mais se ouviu o canto.”
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17. Tento entretanto chegado também Tomé e desejando ver e venerar o corpo, que tinha concebido o Filho de Deus, os Apóstolos abriram o túmulo mas não acharam mais vestígio do corpo imaculado de Maria, Nossa Senhora. Encontraram apenas as mortalhas, que tinham envolvido o santo corpo, e perfumes deliciosos enchiam o ambiente.
18. Como deve ser suave a morte como termo de uma vida santa! Se queres ter uma morte santa, imita a Maria Santíssima na prática das virtudes, principalmente na fé, na confiança em Deus, no amor a Deus e ao próximo, na humildade, paciência e mansidão, na incomparável pureza, na conformidade absoluta à vontade de Deus.
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20. Também nós havemos de seguir o caminho da cruz, para nos tornarmos dignos da eterna glória. À Vista de Maria Santíssima ao pé da cruz e seu divino Filho pregado no lenho da ignomínia, devem emudecer nossas queixas, nossos desânimos.
22. Esta prática vem dos nossos avós, por antiga tradição católica. É preciso difundir cada vez mais, principalmente no seio da família este dia tão especial, para que nossos pósteros levem adiante esta chama tão preciosa de graça e de bênção de valor inimaginável.
24. É muito salutar passar o dia rezando, intensa e continuamente as Ave-Marias em honra a Maria Santíssima. É como que fazer um retiro espiritual em meio às nossas atividades cotidianas. Delas podemos alcançar por intercessão de Maria, copiosas bênçãos e graças espirituais ou mesmo as temporais que nos afligem nesta peregrinação terrestre.
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26. Coloquemo-nos hoje, nas mãos amorosas de Nossa Senhora, todas as nossas dificuldades, aflições e intenções mais íntimas. Façamos o possível para, pelo menos, lembrar-nos de repetir continuamente a oração da Ave-Maria, ainda que mentalmente, desde o alvorecer até o anoitecer.