2. • A partir do século XI e até ao século XIII, a Europa viveu, novamente, um
período de alguma paz e de prosperidade económica.
Desenvolvimento económico
• Para isso contribuíram fatores como:
O fim das invasões dos Muçulmanos, dos Vikings e dos
Húngaros;
O crescimento demográfico, que conduziu ao
arroteamento e drenagem de terras para
cultivo;
Os progressos técnicos ocorridos na agricultura e nos
transportes.
3. Progressos técnicos na agricultura:
uso, mais frequente, do ferro nos instrumentos agrícolas;
introdução do sistema de afolhamento trienal de culturas;
divulgação da nora e dos moinhos de vento;
generalização do uso da coelheira e da atrelagem em fila;
utilização de ferraduras nos cascos
dos animais.
Desenvolvimento económico
4. Progressos técnicos nos transportes marítimos:
novas técnicas de construção naval;
utilização do leme fixo à popa;
utilização de novos instrumentos como a
bússola, o astrolábio e as cartas de marear.
Desenvolvimento económico
6. EM RESUMO
Clima de paz Progressos técnicos
Aumento da produção agrícola
Crescimento demográfico
Ocupação de novos espaços
7. • O aumento da produção, ao possibilitar a acumulação de excedentes,
conduziu ao desenvolvimento do comércio e à generalização do uso de
moeda, a qual facilitou as trocas comerciais.
• Surgem ainda os cambistas e novas formas de pagamento como os cheques
ou as letras de câmbio.
• Na Idade Média, o comércio fazia-se, principalmente, em dois locais:
mercados e feiras.
Desenvolvimento económico
8. Desenvolvimento económico
Mercados Feiras
Realizavam-se uma ou mais vezes por
ano e duravam alguns dias;
Compra/venda de produtos
diversificados e com diferentes
origens;
Frequentadas pela população da
região, de locais distantes e até do
estrangeiro, com segurança garantida
(Paz de Feira);
Criadas por reis e senhores através da
carta de feira. Por vezes, eram isentas
de pagamentos – Feiras Francas.
Periodicidade – diária, semanal,
quinzenal ou mensal;
Frequentados pela população que
residia nas proximidades onde se
realizava;
Compra/venda de produtos para
consumo imediato.
9. Ressurgimento das cidades
• A reanimação dos antigos burgos favoreceu o aparecimento de novas
cidades e a reanimação de antigos centros urbanos. Favoreceu ainda o surgir
de um novo grupo social, ligado ao comércio – a Burguesia.
• As cidades encontravam-se definidas e delimitadas por uma cinta protetora:
a muralha.
• O espaço urbano era irregular, uma vez que resultava de sucessivos
acrescentos.
10. • Em Portugal, no período da Reconquista Cristã, os reis doaram terras à
nobreza – senhorios laicos – e ao clero –senhorios eclesiásticos, como forma
de recompensar estes grupos sociais pelos serviços prestados.
• Nos domínios senhoriais, os nobres e o clero possuíam amplos poderes:
• exercício da justiça sobre os camponeses, (à exceção da justiça suprema
que, na península Ibérica, pertencia ao rei);
• isenção de impostos;
• leis próprias e direito de asilo (só o clero).
Relações sociais e poder político
11. Relações sociais e poder político
• O território sob ocupação cristã encontra-se organizado em:
• terras reguengas – terras conquistadas e pertencentes ao monarca.
Normalmente são administradas por funcionários públicos e
exploradas por reguengueiros ou por foreiros.
• concelhos rurais e urbanos. Os primeiros correspondiam a zonas
habitadas por um pequeno número de povoadores (geralmente
peões), que dispunham de uma organização rudimentar e de pouca
autonomia.
12. Relações sociais e poder político
• senhorios eclesiásticos – coutos. Nascem
de uma doação régia que atribui os
poderes públicos numa região limitada a
uma autoridade eclesiástica. Nos coutos, a
reserva era apelidada de granja.
• senhorios nobres - honras. Em Portugal, as
honras eram constituídas pelas Quintãs – a
reserva – e pelos casais – os mansos.
13. Relações sociais e poder político
Quem criava
os concelhos
Principais objetivos
da criação de
concelhos
Documento que
estabelecia a criação de
concelhos
Órgão de
poder do
Concelho
Representantes
da autoridade
real no concelho
Reis e
senhores.
Promover o
povoamento e a
defesa dos
territórios
conquistados.
Carta de foral
(documento que
estabelecia os direitos,
como a eleição dos que
iam exercer o poder no
concelho, e os deveres,
como o pagamento de
impostos, dos seus
habitantes,normalmente
designados por vizinhos).
Assembleia
de Homens-
bons.
Alcaide e juízes
de fora.
14. Relações sociais e poder político
Principais magistrados concelhios e as suas funções
Juiz Administrava a justiça
Almotacé
Assegurava o abastecimento e a limpeza da vila ou cidade.
Fiscalizava os preços e as medidas utilizadas no comércio.
Mordomo Administrava os bens dos concelhos e cobrava rendas.
Alcaide
Representante do rei para o governo militar do território,
estabelecia a ligação entre este e o concelho.
Almoxarife
Funcionário do rei que cobrava rendas e impostos devidos à
coroa.
15. • Em Portugal, nos primeiros tempos da monarquia, o rei governava o país com
o auxílio da Cúria Régia.
Poder político nos séculos XII a XIV
Até meados do século XIII
Rei
Senhores da
nobreza e do clero
Membros da
família real
Funcionários
Cúria Régia
(aconselha o rei)
Nomeia
15
16. • A partir de meados do século XIII, a Cúria Régia deu origem a duas
instituições: o Conselho do Rei e as Cortes.
Poder político nos séculos XII a XIV
Depois de meados do século XIII
ReiConselho do rei
Órgão permanente formado por
funcionários e senhores da
Corte que ajudavam o rei na
governação do país.
Cortes
Órgão consultivo que só reunia por
decisão do rei. Nas cortes
participavam senhores do clero, da
nobreza e, a partir de 1254
representantes do povo.
AconselhamNomeia
17. • Os reis portugueses, a partir de Afonso II, procuraram evitar ou punir os abusos
do clero e da nobreza. Assim, ordenaram a realização de Confirmações e
Inquirições e publicaram Leis de Desamortização.
Poder político nos séculos XII a XIV
Visavam conhecer as terras e
os direitos que pertenciam ao
rei e que poderiam ter sido
usurpados indevidamente.
Proibição de as ordens
religiosas e os mosteiros
comprarem propriedades ou
herdarem-nas.
Tinham por objetivo
confirmar a legalidade da
posse de propriedades, por
parte do clero e da nobreza.
ConfirmaçõesInquirições Leis de Desamortização
18. • Nos séculos XIII e XIV, verificou-se um grande desenvolvimento do
comércio na Europa. França, Inglaterra, Flandres, a região do vale do
Reno e o norte de Itália eram as principais regiões comerciais
europeias.
Desenvolvimento económico, relações sociais
e poder político nos séculos XII a XIV
19. Desenvolvimento económico
Onde? Produtos Produzidos Regiões c/ que comercializam Produtos que entram no
circuito
Flandres
Noroeste
Europeu
(Bruges)
Indústria de Lanifícios
Inglaterra e Escócia
Báltico (Hansa)
Cidades Italianas
Península Ibérica
Lã
Peles, cera e madeira, …
Especiarias, Ouro
Sal, Azeite
Liga Hanseática
Norte da
Alemanha e
Báltico
---
Controlavam todas as trocas no
Báltico e Norte
Rússia, Noruega
França
Inglaterra
Mediterrâneo
Flandres
Cereais, peles, madeira…
Vinho e Sal
Lã
Azeite
Tecidos
Cidades do
Norte de Itália
Veneza
Génova
Pisa…
Indústria têxtil e do vidro
Dominavam o comércio cristão
do Mediterrânio
Ásia Menor
Síria
Egito
Europa
Especiarias, Tecidos, Pérolas,
Pedras Preciosas,…
Feiras de
Champagne
A norte da
Liga e a sul
das cidades
Italianas
---
Nelas paravam os comerciantes
do Norte flamengo e do Sul
Italiano
Todo o tipo de produtos
20. • Portugal, devido à sua
localização geográfica, teve
um papel importante na
ligação entre as principais
regiões de comércio
europeias.
• O porto de Lisboa era um
local muito concorrido por
barcos e mercadores de
diferentes origens.
Desenvolvimento económico, relações sociais
e poder político nos séculos XII a XIV
21. Desenvolvimento económico, relações sociais
e poder político nos séculos XII a XIV
Exportações Importações
sal, peixe seco,
mel, vinho, azeite,
cera e cortiça.
cereais, tecidos,
metais, armas,
especiarias e artigos
de luxo.
Medidas de apoio ao comércio:
1. reorganização da armada portuguesa,
2. criação da Bolsa dos Mercadores e da
Companhia das Naus,
3. utilização de madeiras das matas da
Coroa.
23. As ordens mendicantes
• Estas Ordens Religiosas foram fundadas no século XIII. Viviam nas cidades, onde
pregavam os princípios do Cristianismo. Ficaram conhecidas por mendicantes
porque mendigavam, ou seja, pediam esmolas para a sua subsistência e para
ajudar os pobres.
24. Os Franciscanos
Pela regra franciscana, estes frades
não podiam ter nada de seu. Eram
contra o luxo e a riqueza.
Esta Ordem Religiosa foi fundada
por S. Francisco de Assis, em
1209.
S. Francisco pregava o amor a todos,
incluindo os animais.
Um dos Franciscanos mais famosos foi
Santo António de Lisboa que deixou
esta cidade para se juntar a S.
Francisco, em Itália, acabando por
morrer em Pádua.
25. Os Dominicanos
Os frades desta Ordem dedicavam-se
ao estudo, ao ensino e à pregação.
Esta Ordem Religiosa foi
fundada por S. Domingos de
Gusmão, em 1215.
Defensores dos princípios cristãos
combateram, com grande rigor, todos
aqueles que não os respeitavam.
Um dos Dominicanos mais famosos foi
S. Tomás de Aquino, um dos grandes
filósofos da Idade Média.
26. Cultura
Clero Povo
Cultura religiosa e erudita
Nobreza
Cultura monástica Cultura cortesã Cultura popular
Cultura de transmissão oral
Difundida de pais para filhosDifundida nas escolas monacais
e catedralícias para futuros
clérigos
Difundida por jograis e
trovadores
Cultura palaciana e de
corte
Saber ligado à Bíblia e a obras de
autores gregos, latinos, árabes e
judeus
Saber ligado à poesia
trovadoresca, romances de
cavalaria, crónicas e livros de
linhagem
Saber ligado à tradição e
costumes: provérbios, contos,
cantigas, festividades religiosas
27. Universidades
Artes liberais ou
preparatórias
Medicina Direito Teologia
Trivium Quadrivium Concluídas as artes liberais, o estudante já estava em
condições de realizar estudos mais específicos,
matriculando-se na faculdade. A duração e o plano de
estudos de variavam de acordo com o curso e o grau
pretendido: licenciatura ou doutoramento.
Gramática
Retórica
Lógica
Aritmética
Astronomia
Geometria
Música
Duração: 4 a 5 anos Duração: 6 a 9 anos
D . Dinis, fundou a 1ª universidade
em Lisboa, no ano de 1290.