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O AlterenseCDU Alter do Chão | Janeiro a Março de 2017 | Abril de 2017 | N.º 14 | Ano IV
CDU
Pá g in a 2O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14
Reunião em Seda
É hora dos cidadãos tomarem consciência da importância da
segregação do lixo que produzem. Se não houver essa
segregação o lixo é recolhido como um todo igual, as toneladas
e os custos aumentarão irremediavelmente e seremos todos a
pagá-los.
A ERSAR é a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e
Resíduos que tem o poder de fixar as tarifas e a VALNOR é a
empresa responsável pelo tratamento do lixo dos 15 concelhos
do distrito de Portalegre e de mais 10 dos distritos de Castelo
Branco e Santarém.
A VALNOR é uma empresa do Grupo EGF que foi
privatizado pelo governo PSD/CDS e que agora pertence ao
GRUPO - SUMA/MOTA-ENGIL.
Estas instituições decidiram aumentar a tarifa sobre os resíduos
para 57,48 euros/ton para o período 2016/2018 numa lógica
de recuperação de custos, ficando assim asseguradas as receitas
presentes e futuras garantidas ao operador privado.
Não satisfeitas com esta medida, resolveram somar ao aumento
acima referido o acerto relativo a 2016. Nesse ano a tarifa
fixada pelo regulador foi de 61,30 euros/ton mas só foram
cobrados 31,20 euros/ton, faltando assim cobrar 31,10 euros/
ton. Significa isto que, para acertar as contas com
retroactividade a 2016, a VALNOR iria cobrar mensalmente,
em 2017, aos cidadãos 88,81 euros/ton. Este valor resulta da
soma de 57,48 com 31,33 (taxa de juro Euribor + spread)
Com estes violentos aumentos a degradação económica agravar
-se-ia porque também assim não se conseguem atrair empresas
e a desertificação do interior do Alto Alentejo, e não só, será
cada vez maior.
Vários municípios manifestaram-se contra estes aumentos
brutais que, como habitualmente, vão cair sobre os cidadãos
agravando assim as suas, já más, condições de vida.
Entretanto, houve pelo menos uma reunião no Ministério do
Ambiente sobre este assunto e a Assembleia Geral e a
Administração da VALNOR fixaram o valor da tarifa em 45
euros/ton, ficando a aguardar parecer da ERSAR. O valor em
atraso não vai ser pago já mas será diluído ao longo do tempo.
A recolha e tratamento de resíduos urbanos são serviços
públicos de importância fundamental que não podem estar
subordinados à maximização do lucro.
Teve lugar no dia 11 de Fevereiro, em Seda, uma reunião que
contou a presença de vários militantes, amigos e colaboradores
da CDU.
Este foi um primeiro encontro preparatório para as eleições
autárquicas que ocorrerão em 2017 e marcadas para 1 de
Outubro.
Neste encontro, os eleitos da CDU nos diversos órgãos
autárquicos do concelho fizeram um balanço das actividades
desenvolvidas neste mandato, analisaram-se os pontos fortes e
fracos desses trabalhos e traçaram-se as primeiras orientações
no sentido avaliar das disponibilidades dos camaradas e amigos
para a integração nas listas de candidatos.
A CDU do concelho de Alter envidará todos os esforços para
que as listas aos diversos órgãos autárquicos sejam fortes,
transparentes e seguidoras do lema Trabalho, Honestidade e
Competência, como é seu apanágio.
Aumentos das tarifas do lixo
Pá g in a 3 O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14
No período de Janeiro a Novembro
de 2016, o desemprego no concelho
de Alter do Chão é o que se apre-
senta no quadro anexo. Estes dados
são fornecidos pelo IEFP e por
informações recolhidas pela USNA.
Desemprego em Alter do Chão
H M T O
jan 117 132 249 3
fev 117 135 252 3
mar 120 141 261 4
abr 125 139 264 6
mai 117 132 249 4
jun 113 129 242 4
jul 116 132 248 4
ago 107 130 237 2
set 110 128 238 4
out 108 131 239 3
nov 109 133 242 4
A comissão concelhia de Alter do Chão vai comemorar o aniversário do Partido,
no dia 6 Maio 2017, na Casa do Povo de Seda.
Almoço - Lanche - Jantar
Porco assado no espeto: 7martelos
Contactos
João Martins: 927220200 | José Paulo: 968254396 | António Apolinário: 914966549 | Mário Sérgio: 925781677
CAMARADA PARTICIPA
CONVIDA E TRAZ UM AMIGO
Pá g in a 4O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14
Não me calo, e jamais ficarei em silêncio, às causas que a
desumanidade dos artistas que nos atropelam, apenas e só
porque não lhes cedemos objetivamente! Não me calo porque
na escola o professor me ensinou que progresso é construção,
seja ela de que forma for, jamais, atingindo pessoas ou animais,
numa só palavra a Biologia. Não me calo porque, se nada tenho
em dívida, quer eu fale de respeito por qualquer pessoa,
educação e bom comportamento ou mesmo ainda
monetariamente também a quem quer seja. Não me calo
porque a desumanização crescente aos olhos de todos
nós, comigo não se identifica, ou diz respeito.
A propósito destas minhas afirmações anteriores, volto a
perguntar. Qual o valor despendido para o arrasar das Estações
da Linha do Leste e do Ramal de Cáceres? Digam-me a razão, "
uma só chega", para arruinarem as construções dos edifícios de
algumas Estações, de todas as linhas, secundárias e terciárias de
variadíssimas Estações.
Por acaso terá aparecido por aí algum bota-abaixo que
graciosamente se ofereceu para o fazer? Decerto que não. Em
quanto ficou ao Povo Português "nomeadamente Alentejanos
"? Onde anda esse inquérito preliminar acompanhado dos seus
valores de custo? Há ou não poder Judicial para impor a quem,
sem direito, prejudicou o Povo Alentejano, obrigando-o a
imigrar dentro do seu território. O que foi que este povo fez
para merecer tal sórdida medida, ou vingança?
Mexerei as vezes necessárias neste assunto até que algo de
verdade se apure.
Romão Trindade | CDU Alter do Chão / Diogo Serra | USNA
Artigo de Opinião
Desertificação
José Afonso Serrão Henriques | CDU Alter do Chão
Artigo de Opinião
Afinal porque estamos aqui ?
João da Silva Rodrigues | CDU Cunheira, Alter do Chão
A palavra do título é muito aplicada ao interior do nosso país.
O significado que ela representa e o que ela nos diz é que se
trata de uma região despovoada, pouco frequentada, solitária e
quase abandonada.
Mas isto, esta desertificação, teria acontecido por acaso? Não,
não foi por acaso. Não se pode exercer a política ao acaso e a
política não é uma “coisa” avulsa.
Quando foi posta em marcha a “arquitectura” política para o
edifício que agora se encontra neste mau estado, não se ouvi-
ram as vozes das, agora, terras desertificadas. Essas agora
lamentam e reagem a demonstrar alguma resignação!
Quando as “coisas” começaram a percorrer o caminho deste
destino lá estava a única voz que devia ser ouvida, mas havia
que a combater na sua divulgação e deturpá-la. Então não con-
vinha espalhá-la e fazê-la chegar as populações atingidas? e
agora estamos assim e estamos bem?
Alter do Chão e o nosso concelho são bem o exemplo do esta-
do a que se chegou. Um concelho despovoado e pouco fre-
quentado, apesar da sua beleza natural própria ser bastante
atractiva.
Os dias vão passando sem se ver uma acção que leve a uma
mudança de rumo.
Antes que se chegue a um total deserto é tempo de se começar
a pensar em alternativas que o sejam de facto. Alternativas para
continuar o estado a que chegámos, já bastam. Se acharmos
que o nosso concelho, despovoado, sem vida, sem perspectivas
de melhorar é o desejado, então não estará longe o total deser-
to.
Uma alternativa política a todo este percurso é necessária e
urgente. Nas mãos dos poucos resistentes e residentes do nos-
so concelho está a mudança desejada.
Em vez de lamentação, a oportunidade é para alterar esta situ-
ação.
Pá g in a 5 O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14
A discussão sobre o ordenado mínimo nacional, que motivou
bastante discussão, não pode nem deve ser associada à compe-
titividade ou à produtividade de uma qualquer empresa.
Como se mede a produtividade de uma trabalhadora de uma
loja de sapatos, de roupa ou de mercearia? A de um trabalhador
jardineiro mede-se pela quantidade de flores que consegue
plantar por hora? A competitividade de um restaurante mede-
se pelo número de refeições que fornece, pelos baixos preços
que pratica ou pelos ordenados mínimos que paga? E na ban-
ca? E em outras empresas? Todas são competitivas porque
produzem mais e melhor? Porque praticam ordenados elevados
ou baixos? Porque têm melhor ou pior gestão?
Assim, não me parece que seja uma tarefa fácil medir a compe-
titividade e a produtividade de uma empresa. As empresas que
operam em Portugal (nacionais ou internacionais, grandes ou
pequenas) têm características e dimensões muito diferentes
entre si e daí a dificuldade em estabelecer comparações.
O conceito de competitividade de uma empresa deve estar
associado à sua capacidade de inovar, de inventar, de usar cada
vez mais e melhor as tecnologias que todos os dias estão dispo-
níveis, face as outras que lhes são similares. O investimento na
formação dos trabalhadores é fundamental para haver competi-
tividade da empresa e a contratação colectiva deve ser um ele-
mento decisivo nas relações de trabalho. Um trabalhador que
se sente justamente remunerado é mais produtivo e torna a
empresa onde trabalha mais competitiva.
O ordenado mínimo é aquele que a sociedade definiu como
sendo o limiar inferior do rendimento de qualquer pessoa que
trabalhe e, mesmo assim, não garante as condições mínimas
para viver com alguma dignidade.
Uma empresa que pratica ordenados mínimos tem viabilidade?
É produtiva? É competitiva?
Só uma empresa com quadros qualificados e consegue respon-
der aos novos desafios que todos os dias se apresentam. E isto
não se consegue com ordenados mínimos.
Num tempo em que se dá pela fuga ao fisco/transferência de
dez mil milhões de euros para offshores e num país em que se
estima que a evasão fiscal seja de doze mil milhões de euros
por ano, como se percebe que quem acumula tanta riqueza
resista a aumentar o salário mínimo?
O trabalho tem que ser digno para que os trabalhadores tam-
bém o sejam e, por sua vez, para que as empresas sejam credí-
veis nos mercados onde operam.
Seguramente não é com este tipo de ordenado que se vai para
administrador da Caixa Geral de Depósitos.
Neste “negócio” da Caixa, parece óbvio que o ministro Cente-
no e o 1º Ministro Costa (responsável principal) não se porta-
ram nada bem, antes pelo contrário. Por um lado, tendo mar-
gem de manobra, aceitaram as exigências escandalosas de An-
tónio Domingues em termos de e da não apresentação de ren-
dimentos, a que qualquer cidadão português está sujeito, como
o tribunal Constitucional veio a demonstrar vencimento (a
discussão que foi por causa do ordenado mínimo nacional. Até
Salazar (Lei nº2105/1960) e Vasco Gonçalves (DL nº446/74)
limitaram os vencimentos dos gestores públicos). Por outro,
deixaram-se enredar na teia vergonhosa que o PSD e o CDS
teceram a propósito deste triste assunto. Estes senhores do
PSD e do CDS falam como se não tivessem mentido em co-
missões de inquérito, em promessas eleitorais, transferências
para off-shores, em conferências de imprensa, em declarações
avulsas, etc. etc. e têm como principal objectivo descredibilizar
a CGD e criar condições que levem à sua privatização. Creio
que hoje, ninguém tem dúvidas de que alguém tentou enganar
alguém e todos os portugueses.
O ministro Centeno e o próprio governo saem bastante fragili-
zados politicamente e o ministro, que deveria ser demitido, só
se “safa” porque os resultados da economia (mais crescimento
e menor défice) se têm apresentado favoráveis, pois até Bruxe-
las os confirma, o diabo ainda não apareceu e numericamente
não foi impossível. Até o Presidente da República, que tenta
evitar instabilidade política a todo o custo, foi “embrulhado”
neste assunto ao ter concordado com o governo e promulgado
a alteração legislativa introduzida no estatuto do gestor público.
O governo deveria, com humildade, ter assumido os erros co-
metidos em todo este imbróglio e não se esquecer que tem
apenas (e não é pouco e contra a vontade de Bruxelas) apoio
parlamentar para governar e não para se meter em aventuras
perigosas deste tipo.
Obviamente que o ministro das Finanças não vai ser demitido
agora, por razões de tática e estratégia política, mas cairá segu-
ramente. Onde já se viu partidos de esquerda suportarem mi-
nistros liberais?
Como costuma dizer o nosso povo, é mais difícil apanhar um
coxo do que um mentiroso.
João Fonseca | Consultor, Porto
Artigo de Opinião
O salário mínimo e a CGD
Romão Trindade | CDU Alter do Chão
Email:
cdualter2013@gmail.com
Facebook:
www.facebook.com/
cdu.alter
Pá g in a 6 O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14
Ficha Técnica
Realizaram-se no passado 15 de Janeiro as eleições intercala-
res para a Assembleia de Freguesia de Galveias, concelho de
Ponte de Sor.
A lista da CDU, encabeçada por Fernanda Bacalhau, obteve
5 mandatos e a maioria absoluta, derrotando assim o PS que
obteve apenas 4 mandatos. O BE não teve qualquer manda-
to. A Junta de Freguesia de Galveias administra uma heran-
ça (cerca de dois terços da herança legada à freguesia por
José Godinho de Campos Marques, o Comendador Mar-
ques Ratão) avaliada em mais de 50 ME, sendo uma das
mais ricas do país.
A equipa da CDU tem pela frente uma tarefa bastante árdua
mas, com Trabalho, Honestidade e Competência, chega-
rá a bom porto para bem de todos os habitantes das Galvei-
as.
Executivo
Presidente
Maria Bacalhau
CDU
Secretário
António Varela
CDU
Tesoureira
Ana Milheiras
CDU
Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão
ISSN: 2183-4415
Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 250 exemplares
Distribuição: Impressa e online (gratuitas)
Director: João Martins
Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17
7440 - 078 Alter do Chão
Telefone: 927 220 200
Email: cdualter2013@gmail.com
Facebook: www.facebook.com/cdu.alter
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Programa Eleitoral da Lista Candidata à Assembleia de Freguesia de SedaPrograma Eleitoral da Lista Candidata à Assembleia de Freguesia de Seda
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O Alterense 14

  • 1. O AlterenseCDU Alter do Chão | Janeiro a Março de 2017 | Abril de 2017 | N.º 14 | Ano IV CDU
  • 2. Pá g in a 2O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14 Reunião em Seda É hora dos cidadãos tomarem consciência da importância da segregação do lixo que produzem. Se não houver essa segregação o lixo é recolhido como um todo igual, as toneladas e os custos aumentarão irremediavelmente e seremos todos a pagá-los. A ERSAR é a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos que tem o poder de fixar as tarifas e a VALNOR é a empresa responsável pelo tratamento do lixo dos 15 concelhos do distrito de Portalegre e de mais 10 dos distritos de Castelo Branco e Santarém. A VALNOR é uma empresa do Grupo EGF que foi privatizado pelo governo PSD/CDS e que agora pertence ao GRUPO - SUMA/MOTA-ENGIL. Estas instituições decidiram aumentar a tarifa sobre os resíduos para 57,48 euros/ton para o período 2016/2018 numa lógica de recuperação de custos, ficando assim asseguradas as receitas presentes e futuras garantidas ao operador privado. Não satisfeitas com esta medida, resolveram somar ao aumento acima referido o acerto relativo a 2016. Nesse ano a tarifa fixada pelo regulador foi de 61,30 euros/ton mas só foram cobrados 31,20 euros/ton, faltando assim cobrar 31,10 euros/ ton. Significa isto que, para acertar as contas com retroactividade a 2016, a VALNOR iria cobrar mensalmente, em 2017, aos cidadãos 88,81 euros/ton. Este valor resulta da soma de 57,48 com 31,33 (taxa de juro Euribor + spread) Com estes violentos aumentos a degradação económica agravar -se-ia porque também assim não se conseguem atrair empresas e a desertificação do interior do Alto Alentejo, e não só, será cada vez maior. Vários municípios manifestaram-se contra estes aumentos brutais que, como habitualmente, vão cair sobre os cidadãos agravando assim as suas, já más, condições de vida. Entretanto, houve pelo menos uma reunião no Ministério do Ambiente sobre este assunto e a Assembleia Geral e a Administração da VALNOR fixaram o valor da tarifa em 45 euros/ton, ficando a aguardar parecer da ERSAR. O valor em atraso não vai ser pago já mas será diluído ao longo do tempo. A recolha e tratamento de resíduos urbanos são serviços públicos de importância fundamental que não podem estar subordinados à maximização do lucro. Teve lugar no dia 11 de Fevereiro, em Seda, uma reunião que contou a presença de vários militantes, amigos e colaboradores da CDU. Este foi um primeiro encontro preparatório para as eleições autárquicas que ocorrerão em 2017 e marcadas para 1 de Outubro. Neste encontro, os eleitos da CDU nos diversos órgãos autárquicos do concelho fizeram um balanço das actividades desenvolvidas neste mandato, analisaram-se os pontos fortes e fracos desses trabalhos e traçaram-se as primeiras orientações no sentido avaliar das disponibilidades dos camaradas e amigos para a integração nas listas de candidatos. A CDU do concelho de Alter envidará todos os esforços para que as listas aos diversos órgãos autárquicos sejam fortes, transparentes e seguidoras do lema Trabalho, Honestidade e Competência, como é seu apanágio. Aumentos das tarifas do lixo
  • 3. Pá g in a 3 O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14 No período de Janeiro a Novembro de 2016, o desemprego no concelho de Alter do Chão é o que se apre- senta no quadro anexo. Estes dados são fornecidos pelo IEFP e por informações recolhidas pela USNA. Desemprego em Alter do Chão H M T O jan 117 132 249 3 fev 117 135 252 3 mar 120 141 261 4 abr 125 139 264 6 mai 117 132 249 4 jun 113 129 242 4 jul 116 132 248 4 ago 107 130 237 2 set 110 128 238 4 out 108 131 239 3 nov 109 133 242 4 A comissão concelhia de Alter do Chão vai comemorar o aniversário do Partido, no dia 6 Maio 2017, na Casa do Povo de Seda. Almoço - Lanche - Jantar Porco assado no espeto: 7martelos Contactos João Martins: 927220200 | José Paulo: 968254396 | António Apolinário: 914966549 | Mário Sérgio: 925781677 CAMARADA PARTICIPA CONVIDA E TRAZ UM AMIGO
  • 4. Pá g in a 4O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14 Não me calo, e jamais ficarei em silêncio, às causas que a desumanidade dos artistas que nos atropelam, apenas e só porque não lhes cedemos objetivamente! Não me calo porque na escola o professor me ensinou que progresso é construção, seja ela de que forma for, jamais, atingindo pessoas ou animais, numa só palavra a Biologia. Não me calo porque, se nada tenho em dívida, quer eu fale de respeito por qualquer pessoa, educação e bom comportamento ou mesmo ainda monetariamente também a quem quer seja. Não me calo porque a desumanização crescente aos olhos de todos nós, comigo não se identifica, ou diz respeito. A propósito destas minhas afirmações anteriores, volto a perguntar. Qual o valor despendido para o arrasar das Estações da Linha do Leste e do Ramal de Cáceres? Digam-me a razão, " uma só chega", para arruinarem as construções dos edifícios de algumas Estações, de todas as linhas, secundárias e terciárias de variadíssimas Estações. Por acaso terá aparecido por aí algum bota-abaixo que graciosamente se ofereceu para o fazer? Decerto que não. Em quanto ficou ao Povo Português "nomeadamente Alentejanos "? Onde anda esse inquérito preliminar acompanhado dos seus valores de custo? Há ou não poder Judicial para impor a quem, sem direito, prejudicou o Povo Alentejano, obrigando-o a imigrar dentro do seu território. O que foi que este povo fez para merecer tal sórdida medida, ou vingança? Mexerei as vezes necessárias neste assunto até que algo de verdade se apure. Romão Trindade | CDU Alter do Chão / Diogo Serra | USNA Artigo de Opinião Desertificação José Afonso Serrão Henriques | CDU Alter do Chão Artigo de Opinião Afinal porque estamos aqui ? João da Silva Rodrigues | CDU Cunheira, Alter do Chão A palavra do título é muito aplicada ao interior do nosso país. O significado que ela representa e o que ela nos diz é que se trata de uma região despovoada, pouco frequentada, solitária e quase abandonada. Mas isto, esta desertificação, teria acontecido por acaso? Não, não foi por acaso. Não se pode exercer a política ao acaso e a política não é uma “coisa” avulsa. Quando foi posta em marcha a “arquitectura” política para o edifício que agora se encontra neste mau estado, não se ouvi- ram as vozes das, agora, terras desertificadas. Essas agora lamentam e reagem a demonstrar alguma resignação! Quando as “coisas” começaram a percorrer o caminho deste destino lá estava a única voz que devia ser ouvida, mas havia que a combater na sua divulgação e deturpá-la. Então não con- vinha espalhá-la e fazê-la chegar as populações atingidas? e agora estamos assim e estamos bem? Alter do Chão e o nosso concelho são bem o exemplo do esta- do a que se chegou. Um concelho despovoado e pouco fre- quentado, apesar da sua beleza natural própria ser bastante atractiva. Os dias vão passando sem se ver uma acção que leve a uma mudança de rumo. Antes que se chegue a um total deserto é tempo de se começar a pensar em alternativas que o sejam de facto. Alternativas para continuar o estado a que chegámos, já bastam. Se acharmos que o nosso concelho, despovoado, sem vida, sem perspectivas de melhorar é o desejado, então não estará longe o total deser- to. Uma alternativa política a todo este percurso é necessária e urgente. Nas mãos dos poucos resistentes e residentes do nos- so concelho está a mudança desejada. Em vez de lamentação, a oportunidade é para alterar esta situ- ação.
  • 5. Pá g in a 5 O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14 A discussão sobre o ordenado mínimo nacional, que motivou bastante discussão, não pode nem deve ser associada à compe- titividade ou à produtividade de uma qualquer empresa. Como se mede a produtividade de uma trabalhadora de uma loja de sapatos, de roupa ou de mercearia? A de um trabalhador jardineiro mede-se pela quantidade de flores que consegue plantar por hora? A competitividade de um restaurante mede- se pelo número de refeições que fornece, pelos baixos preços que pratica ou pelos ordenados mínimos que paga? E na ban- ca? E em outras empresas? Todas são competitivas porque produzem mais e melhor? Porque praticam ordenados elevados ou baixos? Porque têm melhor ou pior gestão? Assim, não me parece que seja uma tarefa fácil medir a compe- titividade e a produtividade de uma empresa. As empresas que operam em Portugal (nacionais ou internacionais, grandes ou pequenas) têm características e dimensões muito diferentes entre si e daí a dificuldade em estabelecer comparações. O conceito de competitividade de uma empresa deve estar associado à sua capacidade de inovar, de inventar, de usar cada vez mais e melhor as tecnologias que todos os dias estão dispo- níveis, face as outras que lhes são similares. O investimento na formação dos trabalhadores é fundamental para haver competi- tividade da empresa e a contratação colectiva deve ser um ele- mento decisivo nas relações de trabalho. Um trabalhador que se sente justamente remunerado é mais produtivo e torna a empresa onde trabalha mais competitiva. O ordenado mínimo é aquele que a sociedade definiu como sendo o limiar inferior do rendimento de qualquer pessoa que trabalhe e, mesmo assim, não garante as condições mínimas para viver com alguma dignidade. Uma empresa que pratica ordenados mínimos tem viabilidade? É produtiva? É competitiva? Só uma empresa com quadros qualificados e consegue respon- der aos novos desafios que todos os dias se apresentam. E isto não se consegue com ordenados mínimos. Num tempo em que se dá pela fuga ao fisco/transferência de dez mil milhões de euros para offshores e num país em que se estima que a evasão fiscal seja de doze mil milhões de euros por ano, como se percebe que quem acumula tanta riqueza resista a aumentar o salário mínimo? O trabalho tem que ser digno para que os trabalhadores tam- bém o sejam e, por sua vez, para que as empresas sejam credí- veis nos mercados onde operam. Seguramente não é com este tipo de ordenado que se vai para administrador da Caixa Geral de Depósitos. Neste “negócio” da Caixa, parece óbvio que o ministro Cente- no e o 1º Ministro Costa (responsável principal) não se porta- ram nada bem, antes pelo contrário. Por um lado, tendo mar- gem de manobra, aceitaram as exigências escandalosas de An- tónio Domingues em termos de e da não apresentação de ren- dimentos, a que qualquer cidadão português está sujeito, como o tribunal Constitucional veio a demonstrar vencimento (a discussão que foi por causa do ordenado mínimo nacional. Até Salazar (Lei nº2105/1960) e Vasco Gonçalves (DL nº446/74) limitaram os vencimentos dos gestores públicos). Por outro, deixaram-se enredar na teia vergonhosa que o PSD e o CDS teceram a propósito deste triste assunto. Estes senhores do PSD e do CDS falam como se não tivessem mentido em co- missões de inquérito, em promessas eleitorais, transferências para off-shores, em conferências de imprensa, em declarações avulsas, etc. etc. e têm como principal objectivo descredibilizar a CGD e criar condições que levem à sua privatização. Creio que hoje, ninguém tem dúvidas de que alguém tentou enganar alguém e todos os portugueses. O ministro Centeno e o próprio governo saem bastante fragili- zados politicamente e o ministro, que deveria ser demitido, só se “safa” porque os resultados da economia (mais crescimento e menor défice) se têm apresentado favoráveis, pois até Bruxe- las os confirma, o diabo ainda não apareceu e numericamente não foi impossível. Até o Presidente da República, que tenta evitar instabilidade política a todo o custo, foi “embrulhado” neste assunto ao ter concordado com o governo e promulgado a alteração legislativa introduzida no estatuto do gestor público. O governo deveria, com humildade, ter assumido os erros co- metidos em todo este imbróglio e não se esquecer que tem apenas (e não é pouco e contra a vontade de Bruxelas) apoio parlamentar para governar e não para se meter em aventuras perigosas deste tipo. Obviamente que o ministro das Finanças não vai ser demitido agora, por razões de tática e estratégia política, mas cairá segu- ramente. Onde já se viu partidos de esquerda suportarem mi- nistros liberais? Como costuma dizer o nosso povo, é mais difícil apanhar um coxo do que um mentiroso. João Fonseca | Consultor, Porto Artigo de Opinião O salário mínimo e a CGD Romão Trindade | CDU Alter do Chão
  • 6. Email: cdualter2013@gmail.com Facebook: www.facebook.com/ cdu.alter Pá g in a 6 O A lt eren se A b ril d e 2 01 7 | N. º 14 Ficha Técnica Realizaram-se no passado 15 de Janeiro as eleições intercala- res para a Assembleia de Freguesia de Galveias, concelho de Ponte de Sor. A lista da CDU, encabeçada por Fernanda Bacalhau, obteve 5 mandatos e a maioria absoluta, derrotando assim o PS que obteve apenas 4 mandatos. O BE não teve qualquer manda- to. A Junta de Freguesia de Galveias administra uma heran- ça (cerca de dois terços da herança legada à freguesia por José Godinho de Campos Marques, o Comendador Mar- ques Ratão) avaliada em mais de 50 ME, sendo uma das mais ricas do país. A equipa da CDU tem pela frente uma tarefa bastante árdua mas, com Trabalho, Honestidade e Competência, chega- rá a bom porto para bem de todos os habitantes das Galvei- as. Executivo Presidente Maria Bacalhau CDU Secretário António Varela CDU Tesoureira Ana Milheiras CDU Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão ISSN: 2183-4415 Periodicidade: Trimestral Tiragem: 250 exemplares Distribuição: Impressa e online (gratuitas) Director: João Martins Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17 7440 - 078 Alter do Chão Telefone: 927 220 200 Email: cdualter2013@gmail.com Facebook: www.facebook.com/cdu.alter Eleições intercalares na Freguesia de Galveias