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Introdução à Análise Estatística
                   Multivariada
   Professora Doutora Célia M.D. Sales, UAL
Conteúdos
    Análise de dados multivariada
      Definição
      Revisão de conceitos básicos
      Classificação
      Panorama geral das principais técnicas:
        Análise Factorial
        Regressão Múltipla
        Análise Discriminante Múltipla
        Análise de Clusters




2                                        Célia M. D. Sales - UAL
Definição
Análise Estatística Multivariada

     Qualquer análise simultânea de mais do que duas variáveis
     (Hair et al, 2010)

     Utiliza-se quando temos várias variáveis independentes (VIs)
     e/ou várias variáveis dependentes (VDs), todas correlacionadas
     entre si (Tabachnick & Fidell, 2007)
       Permite realizar uma única análise, em vez de séries de análises
       univariadas e bivariadas



 3                                   Célia M. D. Sales - UAL
Conceitos básicos
    Variáveis dependentes (ou criterion, ou Y) e Variáveis
    independentes (ou preditores, ou X)

    Relação causal?
      Investigação experimental v.s. Investigação não-experimental

    Utilização da nomenclatura por conveniência:
      Para identificar as variáveis que estão num lado ou noutro da
      equação
      Não expressa necessariamente uma relação causal
      Expressa que uma variável (VD) é calculada em função de
      outras (VIs)

4                                   Célia M. D. Sales - UAL
Conceitos básicos
Variate
  Modelo estatístico que se pretende criar para explicar
  como se relacionam as VI para explicar a VD
  Combinação linear de variáveis, cada variável com uma
  certa força ou peso.
     Ex: Puxar a rede.




 5                            Célia M. D. Sales - UAL
Variate
    O objectivo da análise multivariada é determinar a força de
    cada uma das variáveis (VI) que, em conjunto, explicam melhor
    o comportamento da VD
      No puxar da rede, seria determinar a contribuição de diversas
      variáveis que, no seu conjunto, são importantes para a tarefa:
      Tamanho dos bíceps, (VI1), experiência a puxar à corda (VI2), estado
      de saúde (VI3). É escolhida a combinação das contribuições que
      melhor permite prever, por exemplo o tempo que vai demorar a
      retirar a rede da água (VD)
    Essas forças (ou pesos) das variáveis independentes são
    determinados empiricamente, i.e., a partir dos nossos dados
      No exemplo, usaríamos uma base de dados com registos anteriores
      sobre o tempo de retirada da rede e o tamanho dos bíceps de quem
      puxa a rede, a experiência e a saúde
      A forma como são calculados os pesos das variáveis difere em cada
      técnica multivariada


6                                     Célia M. D. Sales - UAL
Variate
    Do ponto de vista matemático, o variate é um modelo
    linear:
     Corresponde a uma combinação linear de variáveis
     Soma de todas as variáveis, cada uma multiplicada pelo seu
     peso

     Valor estimado de Y = b1X1 + b2X2 + b3X3 +…..+ bnXn

     Onde,
        Xn é o valor da variável
       bn é o peso da variável, determinado pela técnica multivariada

7                                     Célia M. D. Sales - UAL
Conceitos básicos
Notação nos modelos estatísticos
     Letras gregas
       parâmetros, i.e., valores « verdadeiros » na população, que não
       conhecemos e que pretendemos estimar com o modelo
       Ex: β
     Letras minúsculas
       estimativas dos parâmetros, que são calculadas a partir dos dados e
       que fazem parte da equação linear do modelo
       Ex: b
     Letras maiúsculas
       variáveis (ex :Y, X1)
     Y é sempre a variável que o modelo procura estimar (VD)
     X são sempre os preditores (VI) de Y
     O « chapéu » do Y indica que é uma estimativa do valor de Y

 8                                     Célia M. D. Sales - UAL
Perguntas de investigação e técnicas de
análise (Tabachnick & Fidell, 2007)
                            Grau de relação entre
                                  variáveis

                         Significância das diferenças
                                 entre grupos

                          Predição da pertença a um
    Qual o objectivo?
                                    grupo

                              Conhecer a estrutura

                           Seguir acontecimentos no
                                     tempo

9                       Célia M. D. Sales - UAL
Objectivo: Grau de relação das variáveis
 Quando pretendemos analisar as associações entre duas
 ou mais variáveis

                                   Correlação
                  Bivariate r
                                    Regressão
                                     simples

     Principais                     Correlação múltipla
      opções      Multiple r
                                     Regressão múltipla

                  Multilevel
                                    Correlação canónica
                  modeling
10                              Célia M. D. Sales - UAL
Relação entre variáveis
Bivariate r
  Avalia o grau de relação entre 2 variáveis contínuas




    Correlação                     Regressão simples
 Mede a associação              Prediz um valor de uma
 Não distingue entre            variável (VD) a partir do
      VI e VD                  valor de outra variável (VI)




 11                            Célia M. D. Sales - UAL
Relação entre variáveis
Multiple r
      3 ou mais variáveis
  Correlação múltipla
      Grau de associação entre 1 VD contínua e um conjunto de VI contínuas,
      que foram combinadas para criar uma nova variável compósita
      Exemplo: Qual o grau de relação entre a altura do adulto e um conjunto
      de variáveis como a quantidade de leite bebido na infância, anos de
      exercício físico e horas de exposição diária ao sol?
  Regressão múltipla
      Serve para estimar, ou predizer, o resultado de 1 VD a partir dos
      resultados de várias VIs
      Exemplo: Qual será a altura de uma pessoa que beba X1 litros de leite,
      com X2 anos de exercício físico e com X3 horas de exposição ao sol?

 12                                     Célia M. D. Sales - UAL
Relação entre variáveis
Multiple r
  Correlação canónica
      Analisa a relação entre dois conjuntos de variáveis
      Será que os dois conjuntos de variáveis estão relacionados? E como?
  Exemplo:
      Há relação entre adesão terapêutica (assiduidade nas consultas, toma de
      medicamentos, alteração de níveis de actividade física) e variáveis socio-
      demográficas (educação, religião, nível económico, seguro de saúde)?
      Mann, M. P. (2004). The adverse influence of narcissistic injury and
      perfectionism on college students’ institutional attachment. Personality
      and Individual Differences, 36(8), 1797-1806.
  Mais detalhes, consultar:
      Tabachnick & Fidell, 2007, Cap. 12

 13                                        Célia M. D. Sales - UAL
Relação entre variáveis
Multiple r
  Multilevel Linear Modeling
      Estratégia de análise quando os casos estão “aninhados” (nested) em
      vários grupos, que por sua vez estão aninhados em grupos de nível
      superior
  Exemplo
    Alunos agregados em turmas, por sua vez em escolas. Os alunos da
    mesma turma provavelmente têm resultados mais correlacionados, do
    que os alunos em geral (porque são amigos, partilham os mesmos
    horários, professores, espaços físicos, etc). Isto provoca problemas
    quando se analisam todos os alunos, ignorando a turma ou a escola
    Rowen, B., Raudenbush, S., & Kang, S. J. (1991). Organizational design in
    high schools: A multilevel analysis, 99, 238-266.
  Mais detalhes, consultar: Field, 2009, cap. 19
 14                                     Célia M. D. Sales - UAL
Perguntas de investigação e técnicas de
análise (Tabachnick & Fidell, 2007)
                             Grau de relação entre
                                   variáveis

                          Significância das diferenças
                                  entre grupos

                           Predição da pertença a um
     Qual o objectivo?
                                     grupo

                               Conhecer a estrutura

                            Seguir acontecimentos no
                                      tempo

15                       Célia M. D. Sales - UAL
Significância das diferenças entre
grupos
 Desenhos experimentais
     Distribuição aleatória pelas condições experimentais (níveis da
     VI)
     Há diferenças significativas entre as condições experimentais,
     quanto aos valores médios da VD?


 Diferentes técnicas, dependendo essencialmente do nº de
 variáveis e do seu nível de medição




16                                 Célia M. D. Sales - UAL
Significância da diferença entre grupos
                  T-Test
                                           1-way
                  ANOVA
                                         Factorial

     Principais
      opções                               1-way
                  ANCOVA
                                         Factorial

                                           1-way
                  MANOVA
                                      MANCOVA

17                    Célia M. D. Sales - UAL
ANCOVA
Análise de covariância
  Mede o efeito da VI sobre a VD depois de remover o efeito de
  1 ou mais covariates
      covariate (CV) = variável que tem, ou pode ter, uma relação com a VD
  Exemplo:
      Qual efeito de diferentes terapias para a dislexia?
      VI = tipo de terapia (3 condições: Terapia A, Terapia B, Controle)
      VD = fluência de leitura, medida após 1 ano
      No entanto, a idade da criança e a sua capacidade de leitura antes de
      iniciar o tratamento influenciam a VD
      Até que ponto há diferenças médias nos resultados de cada tratamento,
      depois de remover as diferenças devido à idade e à capacidade de leitura
      inicial?

 18                                     Célia M. D. Sales - UAL
ANCOVA
3 aplicações (Tabachnick & Fidell, 2007)
1. Em desenhos experimentais:
      Remover da variância de erro, a variância explicada pelo CV.
      Numa análise de variância, faz diminuir o erro estimado do
      modelo, aumentando o poder estatístico
      Exemplo:
        Copeland, L. A., Blow, F. C., & Barry, K. L. (2003). Health care
        utilization by older alchool-using veterans: Effects of a brief
        intervention to reduce at-risk drinking. Health Education &
        Behavior, 30(3), 305-321.




 19                                    Célia M. D. Sales - UAL
ANCOVA
Aplicações (cont.)
2. Ajudar a interpretar os resultados da MANOVA
        MANOVA: 1 VI e várias VD
        ANCOVA usada para testar a relação entre a VI e uma VD,
        removendo o efeito das restantes VDs (que são tratadas
        como CVs) – Stepdown analysis


3.    Desenhos quasi-experimentais ou descritivos
       Ajustar as diferenças entre grupos naturais, ou quando
       não é possível a distribuição aleatória nas condições
       experimentais

 20                               Célia M. D. Sales - UAL
ANCOVA
Aplicações ANCOVA (cont.)
 Exemplo:
      Até que ponto a atitude em relação ao aborto (VD) varia com a afiliação
      religiosa (VI)?
      Não pode haver distribuição aleatória nos grupos de afiliação religiosa
      Pode haver uma diferença sistemática entre os grupos, por exemplo, um
      deles ter pessoas com mais habilitações literárias
      Até que ponto as diferenças na atitude se devem à afiliação religiosa ou
      às habilitações literárias (covariate)?
  Exemplos publicados:
      Brambilla, P. , et al (2003). MRI investigation of temporal lobe structures
      in bipolar patients. Journal of Psychiatric Research, 37(4), 287-295.
      Vevera, J., et al (2003). Cholestrol concentrations in violent and non-
      violent women suicide attempters. European Psychiatry, 18, 23-27.
 21                                       Célia M. D. Sales - UAL
MANOVA
Multiple Analysis of Variance
      Extensão da ANOVA
      Avalia diferenças de 3 ou mais grupos (3 ou mais níveis de uma VI),
      quanto a 2 ou mais variáveis dependentes combinadas entre si
  Exemplo
      Qual o efeito de diferentes tratamentos em diferentes tipos de
      ansiedade?
      VI = tratamento (3 níveis: desensibilização, treino de relaxamento,
      controle por lista de espera)
      3 VD: ansiedade geral, ansiedade face a acontecimentos stressantes,
      ansiedade face à avaliação
      A ansiedade, dada pela combinação das três medidas, varia em função do
      tratamento?


 22                                     Célia M. D. Sales - UAL
Anova vs. Manova
 ANOVA
     testa se as diferenças entre as médias de grupos numa VD se
     devem, provavelmente ao acaso
 MANOVA
     testa se as diferenças entre grupos, numa combinação de VDs
     se devem, provavelmente ao acaso
     Lógica do cálculo:
       A partir do conjunto de VDs, é criada uma nova VD que maximiza as
       diferenças entre os grupos
       A nova VD é a combinação linear das VDs iniciais, relacionadas entre si
       de maneira a separar os grupos o mais possível
       É realizada uma ANOVA com a nova variável VD


23                                     Célia M. D. Sales - UAL
MANCOVA




24        Célia M. D. Sales - UAL
MANOVA e MANCOVA
Exemplos
MANOVA
  Mason, l. (2003). High school students’ beliefs about
  maths, mathematical problem solving, and their
  achievements in maths: A cross-sectional study.
  Educational Psychology, 23(1), 73-85.

MANCOVA
 Hay, P. (2003). Quality of life and bulimic eating disorder
 behaviors: Findings from a community-based sample.
 International Journal of Eating Disorders, 33(4), 434-442.
 25                            Célia M. D. Sales - UAL
Perguntas de investigação e técnicas de
análise (Tabachnick & Fidell, 2007)
                             Grau de relação entre
                                   variáveis

                          Significância das diferenças
                                  entre grupos

                           Predição da pertença a um
     Qual o objectivo?
                                     grupo

                               Conhecer a estrutura

                            Seguir acontecimentos no
                                      tempo

26                       Célia M. D. Sales - UAL
Predição da pertença a um grupo


                                                     1 way
                   Discriminant
                     analysis
                                                    Factorial
                     Multiway
     Principais
                    Frequency
      opções
                  Analysis (Logit)

                     Logistic
                    Regression


27                        Célia M. D. Sales - UAL
Análise Discriminante Múltipla (ADM)
 Compreender diferenças de grupo e predizer a
 probabilidade de uma entidade (por exemplo, uma
 pessoa) pertencer a um certo grupo, com base em várias
 variáveis métricas
 Condições de aplicação:
     A amostra total pode dividir-se em grupos, com base em
     variáveis não-métricas (Ex: Sexo, jogador vs não-jogador)




28                                 Célia M. D. Sales - UAL
ADM: Exemplos de perguntas de
investigação
 Principais variáveis que distinguem entre alunos que
 terminam o curso dos alunos que não terminam o curso
 Comparação de participantes em programas de cessação
 tabágica que sofrem recaída, com os que não sofrem
 recaída




                      (Betz, 1987)

29                          Célia M. D. Sales - UAL
Exemplo: Abstract
 A MULTIPLE DISCRIMINANT ANALYSIS OF SMOKING STATUS AND
 HEALTH-RELATED ATTITUDES AND BEHAVIORS
 Using multiple discriminant analysis, we examined several health-related
 attitudes and behaviors (HABs) simultaneously across groups of university
 students differing by smoking status (n = 1,077). Nine HABs were
 considered: health responsibility, exercise, nutrition, interpersonal support,
 stress management, alcohol consumption, drug use, caffeine consumption,
 and safety practices. Overall, the findings indicated that HABs, particularly
 those involving substance use, differed among the smoking and
 nonsmoking groups. Furthermore, current smokers, former smokers, and
 nonsmokers represented a continuum of less healthful to more healthful
 attitudes and behaviors. In general, compared to men, women exhibited
 more positive HABs with respect to interpersonal support, health
 responsibility, alcohol consumption, and drug use, but less positive HABs
 with respect to stress management. More complex relationships emerged
 in comparisons of occasional and regular smokers, light and heavy
 smokers, and consonant and dissonant smokers. We discuss implications
 of the findings for smoking intervention programs.
                                                                  Am J Prev Med. 1990, 6(6),323-9
30                                      Célia M. D. Sales - UAL
Função Discriminante
Variável Dependente
  Categorial
  Define pertença a grupos
  Os grupos podem ser formados com base em características demográficas
  (Ex: género), características pessoais (Ex: Tipo de vinculação) ou de
  comportamento (Ex: Jogador patológico vs. Jogador não-patológico)
Variáveis independentes ou Discriminantes
  V. métricas (em alguns casos, categoriais)
  Definidas pelo investigador como potencialmente importantes para
  compreender a natureza da diferença dos grupos
  Podem ser usadas como preditoras da pertença a um grupo
Função Discriminante
  Equação linear que maximiza as diferenças entre os grupos
                               (Betz, 1987)
 31                                   Célia M. D. Sales - UAL
ADM: Exemplos de aplicação de resultados
 Compreender a natureza e a extensão de diferenças
 entre grupos
 Resulta numa equação “função discriminante”, através da
 qual a pertença a um grupo pode ser predita
     Identificar indivíduos em risco elevado de um certo
     comportamento (ex: recaída após programa de cessação
     tabágica)




                            (Betz, 1987)

32                               Célia M. D. Sales - UAL
Regressão múltipla (RM) vs. Análise
Discriminante Múltipla (ADM)
Semelhanças
 Ambos resultam numa equação linear com pesos beta,
 que indicam a importância relativa de cada variável na
 predição da variável dependente
Diferenças
 RM:Variável dependente métrica
 ADM:Variável dependente categorial (define a pertença
 ao grupo)




 33                          Célia M. D. Sales - UAL
Perguntas de investigação e técnicas de
análise (Tabachnick & Fidell, 2007)
                             Grau de relação entre
                                   variáveis

                          Significância das diferenças
                                  entre grupos

                           Predição da pertença a um
     Qual o objectivo?
                                     grupo

                               Conhecer a estrutura

                            Seguir acontecimentos no
                                      tempo

34                       Célia M. D. Sales - UAL
Conhecer a estrutura

                                Principal
                               Components

     Principais
                            Factor Analysis
      opções

                                  Structural
                                   Equation
                                  Modeling
35                 Célia M. D. Sales - UAL
Análise de Componentes Principais (ACP)
 Analisa as inter-relações entre um grande nº de variáveis
 Procura estimar a estrutura dessas variáveis, as dimensões
 que têm em comum (factores)
 Exemplo de utilização: Condensar a informação presente
 num grande nº de variáveis originais num conjunto mais
 reduzido de variates (factores), com o mínimo de perda
 de informação




36                           Célia M. D. Sales - UAL
ACP
Exemplo de redução de variáveis
  Parinet, B., Lhote, A., & Legube, B. (2004). Principal component
  analysis: an appropriate tool for water quality evaluation and
  management-application to a tropical lake system. Ecological
  Modeling, 178(3-4), 295-311.
Exemplo de análise da estrutura de um questionário
  Mudrack, P. E. (2004). An outcomes-based approach to just world
  beliefs. Personality and Individual Differences, 38(7), 380-384.
Exemplo de exploração da natureza de um constructo
  Collins, R. P., Litman, J.A., & Spielberger, C.D. (2004). The
  measurement of perceptual curiosity. Personality and Individual
  Differences, 36(5), 1127-1141.

 37                              Célia M. D. Sales - UAL
Modelos de Equações Estruturais (SEM)
 Structural Equation Modeling
     Combina análise factorial, correlação canónica e regressão
     múltipla
     Variáveis latentes e/ou variáveis directamente observáveis
     Várias VI e VD
     O principal objectivo é estudar a relação entre as variáveis




38                                Célia M. D. Sales - UAL
SEM
Exemplos

 Feldman, P., Ullman, J. B., & Dunkel-Schetter, C. (1998).
 Women’s reactions to rape victims: Motivational processes
 associated with blame and social support. Journal of Applied
 Social Psychology, 6, 469-503.

 Aiken, L.S., Stein, J. A., & Bentler, P.M. (1994). Structural
 equation analysis of clinical subpopulation differences and
 comparative treatment outcomes: Characterizing the daily
 lives of drug addicts. Journal of Consulting and Clinical
 Psychology, 62(3), 488-499.
39                              Célia M. D. Sales - UAL
Perguntas de investigação e técnicas de
análise (Tabachnick & Fidell, 2007)
                             Grau de relação entre
                                   variáveis

                          Significância das diferenças
                                  entre grupos

                           Predição da pertença a um
     Qual o objectivo?
                                     grupo

                               Conhecer a estrutura

                            Seguir acontecimentos no
                                      tempo

40                       Célia M. D. Sales - UAL
Seguir acontecimentos no tempo


                            Survival/Failure
                               analysis
     Principais
      opções
                                 Time series
                                   analysis

41                 Célia M. D. Sales - UAL
Survival/failure Analysis
  Técnicas que estimam o tempo que algo demora a
  acontecer (ex: cura, avaria, recaída, esperança de vida, etc)
  Exemplos de aplicação:
      Descrever o tempo de sobrevivência de um ou mais grupos de
      casos (exemplo: duração sem avarias de leitores de CD e de
      DVD)
      Determinar se o tempo de sobrevivência é influenciado
      algumas variáveis de um conjunto de variáveis medidas
Exemplos:
  Mayo(1991)
  Nolan (1991)

 42                              Célia M. D. Sales - UAL
Time-series Analysis
  VD medida pelo menos 50 vezes
  A variável tempo é a principal

Exemplos de aplicações:
  Prever acontecimentos com base em longas séries de
  acontecimentos passados
  Avaliar efeito de uma intervenção, observando a VD
  durante longos períodos antes e depois da intervenção




 43                          Célia M. D. Sales - UAL
Referências
Leituras básicas:
  Tabachnick., B. & Fidell, L. (2007). Using Multivariate
  Statistics (5th ed.) (Cap. 2). NY: Pearson Allyn & Baccon
      Capítulo no qual se baseia esta apresentação
  Field, A. (2009). Discovering Statistics using SPSS (3rd Ed.).
  London: Sage.
      Manual mais claro, para entender a técnica e para a realizar
      com SPSS. Não tem todas as técnicas referidas nesta
      apresentação
  Betz, N. E. (1987). Use of Discriminant Analysis in
  Counseling Psychology Research. Journal of Counseling
  Psychology, 34(4), 393-403.
 44                                 Célia M. D. Sales - UAL

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Introdução à Análise Estatística Multivariada

  • 1. Introdução à Análise Estatística Multivariada Professora Doutora Célia M.D. Sales, UAL
  • 2. Conteúdos Análise de dados multivariada Definição Revisão de conceitos básicos Classificação Panorama geral das principais técnicas: Análise Factorial Regressão Múltipla Análise Discriminante Múltipla Análise de Clusters 2 Célia M. D. Sales - UAL
  • 3. Definição Análise Estatística Multivariada Qualquer análise simultânea de mais do que duas variáveis (Hair et al, 2010) Utiliza-se quando temos várias variáveis independentes (VIs) e/ou várias variáveis dependentes (VDs), todas correlacionadas entre si (Tabachnick & Fidell, 2007) Permite realizar uma única análise, em vez de séries de análises univariadas e bivariadas 3 Célia M. D. Sales - UAL
  • 4. Conceitos básicos Variáveis dependentes (ou criterion, ou Y) e Variáveis independentes (ou preditores, ou X) Relação causal? Investigação experimental v.s. Investigação não-experimental Utilização da nomenclatura por conveniência: Para identificar as variáveis que estão num lado ou noutro da equação Não expressa necessariamente uma relação causal Expressa que uma variável (VD) é calculada em função de outras (VIs) 4 Célia M. D. Sales - UAL
  • 5. Conceitos básicos Variate Modelo estatístico que se pretende criar para explicar como se relacionam as VI para explicar a VD Combinação linear de variáveis, cada variável com uma certa força ou peso. Ex: Puxar a rede. 5 Célia M. D. Sales - UAL
  • 6. Variate O objectivo da análise multivariada é determinar a força de cada uma das variáveis (VI) que, em conjunto, explicam melhor o comportamento da VD No puxar da rede, seria determinar a contribuição de diversas variáveis que, no seu conjunto, são importantes para a tarefa: Tamanho dos bíceps, (VI1), experiência a puxar à corda (VI2), estado de saúde (VI3). É escolhida a combinação das contribuições que melhor permite prever, por exemplo o tempo que vai demorar a retirar a rede da água (VD) Essas forças (ou pesos) das variáveis independentes são determinados empiricamente, i.e., a partir dos nossos dados No exemplo, usaríamos uma base de dados com registos anteriores sobre o tempo de retirada da rede e o tamanho dos bíceps de quem puxa a rede, a experiência e a saúde A forma como são calculados os pesos das variáveis difere em cada técnica multivariada 6 Célia M. D. Sales - UAL
  • 7. Variate Do ponto de vista matemático, o variate é um modelo linear: Corresponde a uma combinação linear de variáveis Soma de todas as variáveis, cada uma multiplicada pelo seu peso Valor estimado de Y = b1X1 + b2X2 + b3X3 +…..+ bnXn Onde, Xn é o valor da variável bn é o peso da variável, determinado pela técnica multivariada 7 Célia M. D. Sales - UAL
  • 8. Conceitos básicos Notação nos modelos estatísticos Letras gregas parâmetros, i.e., valores « verdadeiros » na população, que não conhecemos e que pretendemos estimar com o modelo Ex: β Letras minúsculas estimativas dos parâmetros, que são calculadas a partir dos dados e que fazem parte da equação linear do modelo Ex: b Letras maiúsculas variáveis (ex :Y, X1) Y é sempre a variável que o modelo procura estimar (VD) X são sempre os preditores (VI) de Y O « chapéu » do Y indica que é uma estimativa do valor de Y 8 Célia M. D. Sales - UAL
  • 9. Perguntas de investigação e técnicas de análise (Tabachnick & Fidell, 2007) Grau de relação entre variáveis Significância das diferenças entre grupos Predição da pertença a um Qual o objectivo? grupo Conhecer a estrutura Seguir acontecimentos no tempo 9 Célia M. D. Sales - UAL
  • 10. Objectivo: Grau de relação das variáveis Quando pretendemos analisar as associações entre duas ou mais variáveis Correlação Bivariate r Regressão simples Principais Correlação múltipla opções Multiple r Regressão múltipla Multilevel Correlação canónica modeling 10 Célia M. D. Sales - UAL
  • 11. Relação entre variáveis Bivariate r Avalia o grau de relação entre 2 variáveis contínuas Correlação Regressão simples Mede a associação Prediz um valor de uma Não distingue entre variável (VD) a partir do VI e VD valor de outra variável (VI) 11 Célia M. D. Sales - UAL
  • 12. Relação entre variáveis Multiple r 3 ou mais variáveis Correlação múltipla Grau de associação entre 1 VD contínua e um conjunto de VI contínuas, que foram combinadas para criar uma nova variável compósita Exemplo: Qual o grau de relação entre a altura do adulto e um conjunto de variáveis como a quantidade de leite bebido na infância, anos de exercício físico e horas de exposição diária ao sol? Regressão múltipla Serve para estimar, ou predizer, o resultado de 1 VD a partir dos resultados de várias VIs Exemplo: Qual será a altura de uma pessoa que beba X1 litros de leite, com X2 anos de exercício físico e com X3 horas de exposição ao sol? 12 Célia M. D. Sales - UAL
  • 13. Relação entre variáveis Multiple r Correlação canónica Analisa a relação entre dois conjuntos de variáveis Será que os dois conjuntos de variáveis estão relacionados? E como? Exemplo: Há relação entre adesão terapêutica (assiduidade nas consultas, toma de medicamentos, alteração de níveis de actividade física) e variáveis socio- demográficas (educação, religião, nível económico, seguro de saúde)? Mann, M. P. (2004). The adverse influence of narcissistic injury and perfectionism on college students’ institutional attachment. Personality and Individual Differences, 36(8), 1797-1806. Mais detalhes, consultar: Tabachnick & Fidell, 2007, Cap. 12 13 Célia M. D. Sales - UAL
  • 14. Relação entre variáveis Multiple r Multilevel Linear Modeling Estratégia de análise quando os casos estão “aninhados” (nested) em vários grupos, que por sua vez estão aninhados em grupos de nível superior Exemplo Alunos agregados em turmas, por sua vez em escolas. Os alunos da mesma turma provavelmente têm resultados mais correlacionados, do que os alunos em geral (porque são amigos, partilham os mesmos horários, professores, espaços físicos, etc). Isto provoca problemas quando se analisam todos os alunos, ignorando a turma ou a escola Rowen, B., Raudenbush, S., & Kang, S. J. (1991). Organizational design in high schools: A multilevel analysis, 99, 238-266. Mais detalhes, consultar: Field, 2009, cap. 19 14 Célia M. D. Sales - UAL
  • 15. Perguntas de investigação e técnicas de análise (Tabachnick & Fidell, 2007) Grau de relação entre variáveis Significância das diferenças entre grupos Predição da pertença a um Qual o objectivo? grupo Conhecer a estrutura Seguir acontecimentos no tempo 15 Célia M. D. Sales - UAL
  • 16. Significância das diferenças entre grupos Desenhos experimentais Distribuição aleatória pelas condições experimentais (níveis da VI) Há diferenças significativas entre as condições experimentais, quanto aos valores médios da VD? Diferentes técnicas, dependendo essencialmente do nº de variáveis e do seu nível de medição 16 Célia M. D. Sales - UAL
  • 17. Significância da diferença entre grupos T-Test 1-way ANOVA Factorial Principais opções 1-way ANCOVA Factorial 1-way MANOVA MANCOVA 17 Célia M. D. Sales - UAL
  • 18. ANCOVA Análise de covariância Mede o efeito da VI sobre a VD depois de remover o efeito de 1 ou mais covariates covariate (CV) = variável que tem, ou pode ter, uma relação com a VD Exemplo: Qual efeito de diferentes terapias para a dislexia? VI = tipo de terapia (3 condições: Terapia A, Terapia B, Controle) VD = fluência de leitura, medida após 1 ano No entanto, a idade da criança e a sua capacidade de leitura antes de iniciar o tratamento influenciam a VD Até que ponto há diferenças médias nos resultados de cada tratamento, depois de remover as diferenças devido à idade e à capacidade de leitura inicial? 18 Célia M. D. Sales - UAL
  • 19. ANCOVA 3 aplicações (Tabachnick & Fidell, 2007) 1. Em desenhos experimentais: Remover da variância de erro, a variância explicada pelo CV. Numa análise de variância, faz diminuir o erro estimado do modelo, aumentando o poder estatístico Exemplo: Copeland, L. A., Blow, F. C., & Barry, K. L. (2003). Health care utilization by older alchool-using veterans: Effects of a brief intervention to reduce at-risk drinking. Health Education & Behavior, 30(3), 305-321. 19 Célia M. D. Sales - UAL
  • 20. ANCOVA Aplicações (cont.) 2. Ajudar a interpretar os resultados da MANOVA MANOVA: 1 VI e várias VD ANCOVA usada para testar a relação entre a VI e uma VD, removendo o efeito das restantes VDs (que são tratadas como CVs) – Stepdown analysis 3. Desenhos quasi-experimentais ou descritivos Ajustar as diferenças entre grupos naturais, ou quando não é possível a distribuição aleatória nas condições experimentais 20 Célia M. D. Sales - UAL
  • 21. ANCOVA Aplicações ANCOVA (cont.) Exemplo: Até que ponto a atitude em relação ao aborto (VD) varia com a afiliação religiosa (VI)? Não pode haver distribuição aleatória nos grupos de afiliação religiosa Pode haver uma diferença sistemática entre os grupos, por exemplo, um deles ter pessoas com mais habilitações literárias Até que ponto as diferenças na atitude se devem à afiliação religiosa ou às habilitações literárias (covariate)? Exemplos publicados: Brambilla, P. , et al (2003). MRI investigation of temporal lobe structures in bipolar patients. Journal of Psychiatric Research, 37(4), 287-295. Vevera, J., et al (2003). Cholestrol concentrations in violent and non- violent women suicide attempters. European Psychiatry, 18, 23-27. 21 Célia M. D. Sales - UAL
  • 22. MANOVA Multiple Analysis of Variance Extensão da ANOVA Avalia diferenças de 3 ou mais grupos (3 ou mais níveis de uma VI), quanto a 2 ou mais variáveis dependentes combinadas entre si Exemplo Qual o efeito de diferentes tratamentos em diferentes tipos de ansiedade? VI = tratamento (3 níveis: desensibilização, treino de relaxamento, controle por lista de espera) 3 VD: ansiedade geral, ansiedade face a acontecimentos stressantes, ansiedade face à avaliação A ansiedade, dada pela combinação das três medidas, varia em função do tratamento? 22 Célia M. D. Sales - UAL
  • 23. Anova vs. Manova ANOVA testa se as diferenças entre as médias de grupos numa VD se devem, provavelmente ao acaso MANOVA testa se as diferenças entre grupos, numa combinação de VDs se devem, provavelmente ao acaso Lógica do cálculo: A partir do conjunto de VDs, é criada uma nova VD que maximiza as diferenças entre os grupos A nova VD é a combinação linear das VDs iniciais, relacionadas entre si de maneira a separar os grupos o mais possível É realizada uma ANOVA com a nova variável VD 23 Célia M. D. Sales - UAL
  • 24. MANCOVA 24 Célia M. D. Sales - UAL
  • 25. MANOVA e MANCOVA Exemplos MANOVA Mason, l. (2003). High school students’ beliefs about maths, mathematical problem solving, and their achievements in maths: A cross-sectional study. Educational Psychology, 23(1), 73-85. MANCOVA Hay, P. (2003). Quality of life and bulimic eating disorder behaviors: Findings from a community-based sample. International Journal of Eating Disorders, 33(4), 434-442. 25 Célia M. D. Sales - UAL
  • 26. Perguntas de investigação e técnicas de análise (Tabachnick & Fidell, 2007) Grau de relação entre variáveis Significância das diferenças entre grupos Predição da pertença a um Qual o objectivo? grupo Conhecer a estrutura Seguir acontecimentos no tempo 26 Célia M. D. Sales - UAL
  • 27. Predição da pertença a um grupo 1 way Discriminant analysis Factorial Multiway Principais Frequency opções Analysis (Logit) Logistic Regression 27 Célia M. D. Sales - UAL
  • 28. Análise Discriminante Múltipla (ADM) Compreender diferenças de grupo e predizer a probabilidade de uma entidade (por exemplo, uma pessoa) pertencer a um certo grupo, com base em várias variáveis métricas Condições de aplicação: A amostra total pode dividir-se em grupos, com base em variáveis não-métricas (Ex: Sexo, jogador vs não-jogador) 28 Célia M. D. Sales - UAL
  • 29. ADM: Exemplos de perguntas de investigação Principais variáveis que distinguem entre alunos que terminam o curso dos alunos que não terminam o curso Comparação de participantes em programas de cessação tabágica que sofrem recaída, com os que não sofrem recaída (Betz, 1987) 29 Célia M. D. Sales - UAL
  • 30. Exemplo: Abstract A MULTIPLE DISCRIMINANT ANALYSIS OF SMOKING STATUS AND HEALTH-RELATED ATTITUDES AND BEHAVIORS Using multiple discriminant analysis, we examined several health-related attitudes and behaviors (HABs) simultaneously across groups of university students differing by smoking status (n = 1,077). Nine HABs were considered: health responsibility, exercise, nutrition, interpersonal support, stress management, alcohol consumption, drug use, caffeine consumption, and safety practices. Overall, the findings indicated that HABs, particularly those involving substance use, differed among the smoking and nonsmoking groups. Furthermore, current smokers, former smokers, and nonsmokers represented a continuum of less healthful to more healthful attitudes and behaviors. In general, compared to men, women exhibited more positive HABs with respect to interpersonal support, health responsibility, alcohol consumption, and drug use, but less positive HABs with respect to stress management. More complex relationships emerged in comparisons of occasional and regular smokers, light and heavy smokers, and consonant and dissonant smokers. We discuss implications of the findings for smoking intervention programs. Am J Prev Med. 1990, 6(6),323-9 30 Célia M. D. Sales - UAL
  • 31. Função Discriminante Variável Dependente Categorial Define pertença a grupos Os grupos podem ser formados com base em características demográficas (Ex: género), características pessoais (Ex: Tipo de vinculação) ou de comportamento (Ex: Jogador patológico vs. Jogador não-patológico) Variáveis independentes ou Discriminantes V. métricas (em alguns casos, categoriais) Definidas pelo investigador como potencialmente importantes para compreender a natureza da diferença dos grupos Podem ser usadas como preditoras da pertença a um grupo Função Discriminante Equação linear que maximiza as diferenças entre os grupos (Betz, 1987) 31 Célia M. D. Sales - UAL
  • 32. ADM: Exemplos de aplicação de resultados Compreender a natureza e a extensão de diferenças entre grupos Resulta numa equação “função discriminante”, através da qual a pertença a um grupo pode ser predita Identificar indivíduos em risco elevado de um certo comportamento (ex: recaída após programa de cessação tabágica) (Betz, 1987) 32 Célia M. D. Sales - UAL
  • 33. Regressão múltipla (RM) vs. Análise Discriminante Múltipla (ADM) Semelhanças Ambos resultam numa equação linear com pesos beta, que indicam a importância relativa de cada variável na predição da variável dependente Diferenças RM:Variável dependente métrica ADM:Variável dependente categorial (define a pertença ao grupo) 33 Célia M. D. Sales - UAL
  • 34. Perguntas de investigação e técnicas de análise (Tabachnick & Fidell, 2007) Grau de relação entre variáveis Significância das diferenças entre grupos Predição da pertença a um Qual o objectivo? grupo Conhecer a estrutura Seguir acontecimentos no tempo 34 Célia M. D. Sales - UAL
  • 35. Conhecer a estrutura Principal Components Principais Factor Analysis opções Structural Equation Modeling 35 Célia M. D. Sales - UAL
  • 36. Análise de Componentes Principais (ACP) Analisa as inter-relações entre um grande nº de variáveis Procura estimar a estrutura dessas variáveis, as dimensões que têm em comum (factores) Exemplo de utilização: Condensar a informação presente num grande nº de variáveis originais num conjunto mais reduzido de variates (factores), com o mínimo de perda de informação 36 Célia M. D. Sales - UAL
  • 37. ACP Exemplo de redução de variáveis Parinet, B., Lhote, A., & Legube, B. (2004). Principal component analysis: an appropriate tool for water quality evaluation and management-application to a tropical lake system. Ecological Modeling, 178(3-4), 295-311. Exemplo de análise da estrutura de um questionário Mudrack, P. E. (2004). An outcomes-based approach to just world beliefs. Personality and Individual Differences, 38(7), 380-384. Exemplo de exploração da natureza de um constructo Collins, R. P., Litman, J.A., & Spielberger, C.D. (2004). The measurement of perceptual curiosity. Personality and Individual Differences, 36(5), 1127-1141. 37 Célia M. D. Sales - UAL
  • 38. Modelos de Equações Estruturais (SEM) Structural Equation Modeling Combina análise factorial, correlação canónica e regressão múltipla Variáveis latentes e/ou variáveis directamente observáveis Várias VI e VD O principal objectivo é estudar a relação entre as variáveis 38 Célia M. D. Sales - UAL
  • 39. SEM Exemplos Feldman, P., Ullman, J. B., & Dunkel-Schetter, C. (1998). Women’s reactions to rape victims: Motivational processes associated with blame and social support. Journal of Applied Social Psychology, 6, 469-503. Aiken, L.S., Stein, J. A., & Bentler, P.M. (1994). Structural equation analysis of clinical subpopulation differences and comparative treatment outcomes: Characterizing the daily lives of drug addicts. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 62(3), 488-499. 39 Célia M. D. Sales - UAL
  • 40. Perguntas de investigação e técnicas de análise (Tabachnick & Fidell, 2007) Grau de relação entre variáveis Significância das diferenças entre grupos Predição da pertença a um Qual o objectivo? grupo Conhecer a estrutura Seguir acontecimentos no tempo 40 Célia M. D. Sales - UAL
  • 41. Seguir acontecimentos no tempo Survival/Failure analysis Principais opções Time series analysis 41 Célia M. D. Sales - UAL
  • 42. Survival/failure Analysis Técnicas que estimam o tempo que algo demora a acontecer (ex: cura, avaria, recaída, esperança de vida, etc) Exemplos de aplicação: Descrever o tempo de sobrevivência de um ou mais grupos de casos (exemplo: duração sem avarias de leitores de CD e de DVD) Determinar se o tempo de sobrevivência é influenciado algumas variáveis de um conjunto de variáveis medidas Exemplos: Mayo(1991) Nolan (1991) 42 Célia M. D. Sales - UAL
  • 43. Time-series Analysis VD medida pelo menos 50 vezes A variável tempo é a principal Exemplos de aplicações: Prever acontecimentos com base em longas séries de acontecimentos passados Avaliar efeito de uma intervenção, observando a VD durante longos períodos antes e depois da intervenção 43 Célia M. D. Sales - UAL
  • 44. Referências Leituras básicas: Tabachnick., B. & Fidell, L. (2007). Using Multivariate Statistics (5th ed.) (Cap. 2). NY: Pearson Allyn & Baccon Capítulo no qual se baseia esta apresentação Field, A. (2009). Discovering Statistics using SPSS (3rd Ed.). London: Sage. Manual mais claro, para entender a técnica e para a realizar com SPSS. Não tem todas as técnicas referidas nesta apresentação Betz, N. E. (1987). Use of Discriminant Analysis in Counseling Psychology Research. Journal of Counseling Psychology, 34(4), 393-403. 44 Célia M. D. Sales - UAL