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2.3. Balança de Pagamentos
Balança de Pagamentos (BP):
Registo contabilístico (sistemático e equilibrado) dos valores das
transações económicas entre agentes residentes e não residentes
ocorridas durante um determinado período de tempo.ocorridas durante um determinado período de tempo.
1. Contabilístico: método das partidas dobradas ou di-gráfico
A um crédito (débito) corresponde sempre um débito (crédito): BP total tem
necessariamente saldo nulo (∑ créditos = ∑ débitos)
Regras de lançamento:
Fluxos Residentes Não Residentes: Crédito [NR R: Débito]
Fluxos que originarão entrada (saída) de meios de pagamento: Crédito
(Débito)
1
2. Transações económicas: fluxos de valores – bens, serviços, ativos
(reais, financeiros, monetários) – entre residentes e não residentes
Bilaterais – ex: exportações contra recebimento ou a crédito; compra de
terreno no exterior com pagamento via conta bancária,…
2.3. Balança de Pagamentos
vs. Unilaterais – ex: recebimento de donativo externo depositado numa conta
bancária nacional, recebimento de donativo externo em géneros, remessa de
emigrante… rubrica “transferências”
Agrupadas segundo a sua natureza económica (bens, rendimentos,
transferências, capital, títulos, financiamento, meios monetários,…)
Operações de capital e financeiras: agrupadas segundo o objeto, maturidade e
agentes envolvidos
2
2. (cont.) BP é calculada numa base de transações
Registam-se as transações entre a economia e o exterior no momento em que
se constitui um direito sobre um valor económico.
Isto é, quando ocorre a criação, transformação, troca, ou extinção de um
valor económico envolvendo um residente e um não residente: ou ainda,
2.3. Balança de Pagamentos
valor económico envolvendo um residente e um não residente: ou ainda,
quando ocorre a transferência de propriedade dum bem ou de um ativo
(financeiro ou não financeiro), ou o fornecimento de serviços, trabalho ou
capital, entre um residente e um não residente.
O registo dos fluxos numa base de transações reflete o momento a partir do
qual os recebimentos do exterior e os pagamentos ao exterior se tornam
devidos (incluindo-se transações que não tenham ainda sido liquidadas).
3
2.3. Balança de Pagamentos
3. Residentes: agentes com centro de interesse económico no País
Critério de residência das Contas Nacionais
agentes económicos residentes: cidadãos nacionais com residência fiscal no
país, estudantes no RM, diplomatas e militares portugueses no estrangeiro,
4
imigrantes estrangeiros com residência permanente no país, empresas
constituídas no país ainda que propriedade de não residentes, sucursais e
agências de empresas estrangeiras, …
4. Durante um período de tempo: operações-fluxo
Principal período de referência: ano
Cálculos efetuados mensalmente
2.3. Balança de Pagamentos
Operações autónomas Operações induzidas
atuação espontânea implicam registos de contrapartida
(originária) entre residentes contabilística (entrada ou
e não residentes saída de meios de
pagamento, reservas,
5
pagamento, reservas,
ou financiamento)
Exemplos:
Exportação de produto Recebimento via conta bancária
Venda de ações a NR a crédito Aceitação de crédito sobre NR
Venda de empresa a título de IDE Recebimento via conta bancária
Importação de produto a crédito Assunção de dívida comercial
IDE de residente no exterior Pagamento via conta bancária
Concessão de empréstimo a NR Entrega de fundos via conta bancária
2.3. Balança de Pagamentos
Operações autónomas Operações induzidas
CRÉDITO DÉBITO
Fluxo de valores: R NR Fluxo NR R
Entrada de meios de pagamento na
Economia – no sistema bancário ou
6
Economia – no sistema bancário ou
de reservas cambiais – ou de
financiamento
DÉBITO CRÉDITO
Fluxo de valores: NR R Fluxo R NR
Saída de meios de pagamento da
Economia – do sistema bancário ou
de reservas cambiais – ou de
financiamento
Geralmente, as operações autónomas (espontâneas) e as operações
induzidas (de contrapartida) estão registadas em diferentes sub-
balanças da Balança de Pagamentos
Em geral as operações de contrapartida são monetárias (fluxos de meios de
2.3. Balança de Pagamentos
7
Em geral as operações de contrapartida são monetárias (fluxos de meios de
pagamento) mas podem ser não monetárias (financiamento)
Ainda que a BP no seu cômputo tenha um saldo nulo (definição contabilística),
“cortando” a BP em sub-balanças obtém-se tipicamente saldos não nulos
Segundo o conteúdo e, portanto, a interpretação de cada sub-balança, o
respetivo saldo terá um certo significado económico
Sub-balanças da BP Portuguesa (próximo slide):
8
Balança de Bens e Serviços = (X – Q)
Mercadorias: Exportações e Importações de bens
Serviços: transportes, viagens e turismo, operações governamentais, serviços
financeiros, de informação, serviços postais, VAB dos serviços de seguradoras,
2.3. Balança de Pagamentos
9
financeiros, de informação, serviços postais, VAB dos serviços de seguradoras,
direitos de utilização de ANFNP intangíveis, (…)
Ex. lançamento: Exportação, a crédito, de rolhas para a China
R NR Crédito; BBS, Mercadorias
NR R Débito; B.Financeira - Outro investimento – A. Setores residentes
não monetários
Balança de Rendimentos = RLE
Rendimentos de trabalho: remunerações recebidas por residentes fora do
território menos as recebidas por não residentes no território
Rendimentos de investimento: ELE recebidos fora do território por fatores
2.3. Balança de Pagamentos
10
Rendimentos de investimento: ELE recebidos fora do território por fatores
residentes menos os recebidos no território sendo propriedade de não residentes;
rendimentos de IDE, de investimento de carteira (lucros e mais valias), juros de
empréstimos, juros de depósitos bancários, rendas e mais valias imobiliárias
Ex. lançamento: Juros recebidos por uma família por depósito num Banco
Suíço, depositados num banco nacional
R NR Crédito: B.Rendimentos – de investimento
NR R Débito: B.Financeira - Outro investimento - C. Instituições
Financeiras Monetárias (IFM)
Balança de Transferências Correntes
Públicas, Privadas: Fluxos líquidos (recebimentos menos entregas a não
residentes) de valores (reais, financeiros, monetários), voluntários e sem
contrapartida, correntes (não associados a acumulação de capital), por
entidades públicas ou privadas. Exs: donativos (géneros, monetários),
2.3. Balança de Pagamentos
11
entidades públicas ou privadas. Exs: donativos (géneros, monetários),
remessas de emigrantes, impostos pagos a NR, subsídios recebidos do RM,…
Ex. lançamento: Medicamentos doados pelo Estado Português, para
Moçambique
NR R Débito: Transferências correntes - Públicas
R NR Crédito: BBS - Mercadorias
Balança Corrente = (X – Q) + RLE + Transferências Correntes
I = SBN + Sexterna I = [RDBN – (C +G)] – B. Corrente
B. Corrente = [RDBN – (C +G)] – I = RDBN - (C + I + G) = RDBN - A
2.3. Balança de Pagamentos
12
A = Absorção/Procura Interna em bens e serviços (nacionais e importados)
Se B.Corrente = RDBN – A > 0 Sexterna < 0: Rendimento disponível do País
foi superior à Absorção de B&S País cedeu poupança ao Resto do Mundo
Se B.Corrente = RDBN – A < 0 Sexterna > 0: Rendimento disponível do País
foi inferior à Absorção de B&S País precisou de poupança do Resto Mundo
Nota: para aferir a CLFN ainda falta considerar a balança de capital.
Balança de Capital
Transferências de capital (públicas, privadas): Fluxos líquidos de valores (reais,
financeiros, monetários), voluntários e sem contrapartida, para acumulação de
capital, por entidades públicas ou privadas. Exs: transferências da União Europeia
para projetos de infraestruturas, perdões de dívida externa, transferência de
2.3. Balança de Pagamentos
13
para projetos de infraestruturas, perdões de dívida externa, transferência de
património resultante de regresso de emigrantes,…
Aquisição/Cedência de ANFNP: Compra/venda de ativos não financeiros e não
produzidos, intangíveis (exs: patentes, marcas, direitos de autor,…) ou tangíveis
(exs: terrenos de embaixadas) a não residentes [Atenção: saldo = crédito – débito ]
Ex. lançamento: Compra a pronto do ‘passe’ de jogador pelo FCP ao Santos
NR R Débito: B. Capital - ANFNP (aquisição)
R NR Crédito: B.Financeira - Outro investimento – C. IFM
Balança Capital = Transferências Capital - ALANFNP
CLFN = SBN + Transferências de Capital – (I +ALANFNP)
CLFN = (SBN – I) + (Transferências de Capital – ALANFNP)
CLFN = – Sexterna + (Transferências de Capital – ALANFNP)
2.3. Balança de Pagamentos
14
CLFN = B. Corrente + B. Capital CLFN = – B. Financeira
Se CLFN < 0 B. Corrente + B. Capital < 0 B. Financeira > 0: País obteve
financiamento líquido do Resto do Mundo acumulou passivos
financeiros face ao RM diminuiu a sua PLII
Se CLFN > 0 B. Corrente + B. Capital > 0 B. Financeira < 0 : País cedeu
financiamento líquido do Resto do Mundo acumulou ativos
financeiros face ao RM aumentou a sua PLII
Balança Financeira
Investimento direto (do País no RM, do RM no País): operações de
compra ou venda, entre Residentes e não Residentes, total ou parcial, de
unidades produtivas ou de ativos imobiliários, bem como de reforço do capital
ou reinvestimento de lucros em atividades congéneres. Exs: constituição de
2.3. Balança de Pagamentos
15
ou reinvestimento de lucros em atividades congéneres. Exs: constituição de
empresas, aumentos de capital, compra de participações em capital social por
prazo alargado, investimento imobiliário (excluindo ANFNP tangíveis).
Ex. lançamento: Compra por um residente duma empresa estrangeira a
pronto pagamento
NR R Débito: B. Financeira – ID de Portugal no exterior
R NR Crédito: B.Financeira - Outro investimento – C. IFM
Balança Financeira (cont.)
Investimento de carteira (do País no RM, do RM no País): operações de
compra ou venda de títulos entre Residentes e não Residentes, por prazo não
alargado, tipicamente efetuadas no mercado secundário com vista à obtenção
de mais valias, com exceção de Derivados Financeiros (transação de
2.3. Balança de Pagamentos
16
de mais valias, com exceção de Derivados Financeiros (transação de
instrumentos de cobertura de risco e respetivos rendimentos). Exs: Ações,
obrigações, unidades de participação em fundos de investimento, títulos de
dívida pública.
Ex. lançamento: Compra na bolsa de Lisboa, por um não residente a
um particular residente, duma obrigação do Tesouro português
R NR Crédito: B. Financeira - ICarteira do Ext. em Portugal
NR R Débito: B.Financeira - Outro investimento - C. IFM
Balança Financeira (cont.)
Outro Investimento
• A. Setores residentes não monetários (SRNM): obtenção ou concessão de
créditos comerciais, obtenção ou reembolso de empréstimos financeiros,
2.3. Balança de Pagamentos
17
constituição ou mobilização de depósitos,… por parte de entidades residentes
não monetárias face a entidades não residentes.
• Ex. lançamento: mobilização, por parte duma empresa não financeira
residente, dum depósito num banco estrangeiro
R NR Crédito: B. Financeira - Outro Investimento - A. SRNM
NR R Débito: B.Financeira - Outro investimento - C. IFM
Balança Financeira (cont.)
Outro Investimento
• C. Instituições Financeiras Monetárias (IFM): mobilização das contas
bancárias de residentes não monetários como contrapartida das operações
2.3. Balança de Pagamentos
18
autónomas (espontâneas) com não residentes, bem como a instituição e a
mobilização de empréstimos/depósitos a/de não residentes, e ainda investimentos
em activos líquidos pela IFM por conta própria (depósitos, financiamentos).
São operações, essencialmente, monetárias (de contrapartida da generalidade
das operações autónomas) [movimento de meios de pagamento entre a
Economia e o Exterior]
2.3. Balança de Pagamentos
Balança Financeira (cont.)
Outro Investimento
• B. Autoridades Monetárias: operações de aplicação/mobilização de recursos
pelo Banco Central envolvendo ativos financeiros líquidos – depósitos,
19
empréstimos – face a residentes noutros países da Área do Euro qualquer que
seja a moeda de denominação, e ainda face a não residentes na Zona Euro
desde que denominados em euros (os quais não deverão ser classificados
como reservas das Autoridades Monetárias).
Incluem operações monetárias (de contrapartida) [movimentos meios de
pagamento entre a Economia e o Exterior]
2.3. Balança de Pagamentos
• B. Autoridades Monetárias. inclui:
A participação de Portugal no BCE e os ativos de reserva transferidos para o BCE.
Os ativos sob a forma de depósitos e empréstimos das AMs face a residentes
noutros países da Área do Euro, qualquer que seja a moeda de denominação, e
face a não residentes na Área do Euro, desde que denominados em euros.
20
face a não residentes na Área do Euro, desde que denominados em euros.
Não inclui:
Os títulos adquiridos pelas AMs e emitidos por residentes noutros países da Área
do Euro, qualquer que seja a moeda de denominação, e por não residentes na
Área do Euro, desde que denominados em euros Investimento de Carteira.
Ativos de Reserva, que verificam simultaneamente duas condições: são activos
face a não residentes da Área do Euro e expressos noutra moeda que não euros.
2.3. Balança de Pagamentos
Balança Financeira (cont.)
Ativos de Reserva: ativos líquidos da Autoridade Monetária face a não
residentes na Área do Euro e expressos em moedas de países fora da Área do
Euro; i.e. operações do Banco Central sobre ouro monetário, divisas, ativos
denominados em divisas (depósitos, títulos…) ou posições em instituições
21
denominados em divisas (depósitos, títulos…) ou posições em instituições
internacionais, com entidades não residentes na UEM
São operações, essencialmente, monetárias [movimento de meios de
pagamento entre a Economia e o Exterior]
Não são de contrapartida, mas sim operações compensatórias: intervenções
do Banco Central no mercado cambial para suprir um desequilíbrio entre
procura e oferta de euros face a divisas, se pretender impedir a variação da
taxa de câmbio de mercado
2.3. Balança de Pagamentos
B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) =
= – B. Financeira (operações monetárias)
Se B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) < 0
Operações Autónomas: débitos > créditos (NR R) > (R NR)
22
Operações Autónomas: débitos > créditos (NR R) > (R NR)
Operações Monetárias (… de Contrapartida): débitos < créditos
Saída líquida de meios de pagamento da Economia
€ débitos < créditos (NR R) < (R NR)
Excesso de procura (oferta) de moeda estrangeira (nacional)
⇒ Tendência para depreciação da moeda nacional e correção posterior da B.
Corrente e/ou B. Capital e/ou B. Financeira (operações não monetárias)
2.3. Balança de Pagamentos
B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não cambiais) =
= – B. Financeira (operações cambiais)
Por vezes chama-se “Balança de Pagamentos” ao saldo da BP excluindo as
operações oficiais de intervenção cambial (= ∆ Ativos de Reserva)
23
Se B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) < 0
e Banco Central pretender evitar a depreciação da moeda nacional, pode
intervir no mercado cambial vendendo divisas contra moeda nacional
Ex. Lançamento: B. Portugal vende USD comprando euros no mercado
cambial; IFM vão ao mercado obter os USD à taxa de câmbio em vigor
R NR Crédito: B.Financeira - Ativos de Reserva
NR R Débito: B.Financeira - Outro Investimento – C. IFM
2.3. Balança de Pagamentos
Resumindo e retendo… Registos e Equilíbrios da BP
Equilíbrio Contabilístico: B. Corrente + B. Capital + B. Financeira = 0
Equilíbrio Económico:
1. Operações autónomas (espontâneas) e induzidas (de contrapartida) são,
24
1. Operações autónomas (espontâneas) e induzidas (de contrapartida) são,
em geral, registadas em sub-balanças diferentes… Saldos?
2. Operações autónomas não são necessariamente equilibradas
entrada/saída de meios de pagamento da Economia, acumulação de ativos
/ passivos financeiros face ao RM… Saldos?
3. Autoridades monetárias podem querer estabilizar taxa de câmbio
operações oficiais de intervenção s/ ativos de reserva cambiais… Saldo?
2.3. Balança de Pagamentos
Resumindo e retendo… Equilíbrios da BP
Equilíbrio Económico: Saldos de sub-balanças?
B. Corrente + B. Capital = - B. Financeira = CLFN = ?
Saldo: ∆ PLII (posição líquida de investimento internacional)
25
Saldo: ∆ PLII (posição líquida de investimento internacional)
B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) = ?
Saldo: fluxo líquido de meios de pagamento entre Economia e RM
B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não cambiais) = ?
Saldo: ∆ ativos de reserva do Banco Central
2.3. Balança de Pagamentos
PLII (STOCK):
Ativos (disponibilidades) financeiros líquidos de passivos (responsabilidades)
sobre o RM de uma economia, num determinado momento
Se PLII < 0 => País é devedor líquido face ao exterior
Se PLII > 0 => País é credor líquido face ao exterior
26
Se PLII > 0 => País é credor líquido face ao exterior
∆ PLII (FLUXO) = Capacidade líquida de Financiamento da Nação
Se B.Corrente + B.Capital = - B.Financeira < 0 CLFN = ∆PLII < 0
Se B.Corrente + B.Capital = - B.Financeira > 0 CLFN = ∆PLII > 0
Exemplo: Se ∆PLII < 0 Créditos [R NR] > Débitos [NR R]
(+ IDE no País, I. Carteira no País, Outro Investimento ou Ativos de Reserva)
2.3. Balança de Pagamentos
27
2.3. Balança de Pagamentos
28
2.3. Balança de Pagamentos
29
2.3. Balança de Pagamentos
BP, PLII, PNB e RDBN
Se B. Corrente + B. Capital < 0 Bal. Financeira > 0 CLFN < 0 ∆PLII < 0
[ Endividamento líquido adicional perante o exterior]
∆PLII < 0 ⇒ ∆ Dívida Externa > 0
∆ Balança de Rendimentos < 0 [País tem de remunerar os ativos domésticos
adicionais detidos por não residentes, remetendo juros, rendas e lucros a NR
fluxos negativos na B. Rendimentos - de investimento]
∆ PNB < 0 [impacto negativo sobre PNB, para um dado PIB]
∆ RDBN < 0 [impacto negativo sobre o RDBN]
Menos recursos para CFN e para SBN ⇒ Menor capacidade para financiar I ⇒…
…círculo vicioso …
30
Algumas notas adicionais
Erros e Omissões
• A recolha de dados nunca é exaustiva; sabendo-se que o saldo contabilístico da
BP tem de ser nulo, calcula-se residualmente a rubrica de “Erros e Omissões”.
2.3. Balança de Pagamentos
31
BP tem de ser nulo, calcula-se residualmente a rubrica de “Erros e Omissões”.
• Parte dos “Erros e Omissões” pode refletir operações não declaradas (ilícitas…)
com o Resto do Mundo. Exemplos de operações que seriam contadas com
valores negativos (Débito > Crédito) em “Erros e Omissões”: Importações de
contrabando (produtos ilegais – e.g., droga – ou fuga a tarifas ou impostos…),
Exportações ilegais de capitais (porque resultantes de atividades ilícitas, ou em
países com restrições à circulação internacional de capitais,…)
Algumas notas adicionais
Cálculo da Balança de Pagamentos em Portugal: Banco de Portugal
• Como autoridade monetária e cambial, Banco de Portugal tem a competência de
gestão das reservas cambiais e de controlo dos pagamentos internacionais
2.3. Balança de Pagamentos
32
gestão das reservas cambiais e de controlo dos pagamentos internacionais
Contas Nacionais: calculadas pelo INE.
• A BP e as Contas Nacionais têm de ser compatíveis; mas existem algumas
diferenças conceptuais (definições e classificações)
• Estatísticas da BP são apuradas mensalmente e as estimativas preliminares são
sujeitas a revisões (as Contas Nacionais são apuradas trimestralmente e são
também alvo de revisão até ao estabelecimento dos valores finais)
Algumas notas adicionais
Fontes para cálculo da BP
• Declarantes bancários: IFMs (operações com o exterior, efetuadas por conta
própria ou de clientes).
2.3. Balança de Pagamentos
33
• Declarantes diretos: Sociedades Não Financeiras e Particulares (operações
efetuadas com entidades não residentes, sem intervenção de uma IFM).
• Direção-Geral do Tesouro (operações com exterior efetuadas pelas Adm.Pub.)
• Instituto Nacional de Estatística (Comércio Internacional).
• Banco de Portugal (operações externas do Banco).
• Inquéritos ao IDE, ao I. de Carteira, aos Derivados Financeiros, ao crédito
comercial obtido/cedido pelas empresas não financeiras …
2.3. Balança de Pagamentos
Balança de
Pagamentos
2005
(109 USD)
34Fonte: Fundo Monetário Internacional

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Balança de Pagamentos: Registo Contabilístico das Transações Económicas entre Residentes e Não Residentes

  • 1. 2.3. Balança de Pagamentos Balança de Pagamentos (BP): Registo contabilístico (sistemático e equilibrado) dos valores das transações económicas entre agentes residentes e não residentes ocorridas durante um determinado período de tempo.ocorridas durante um determinado período de tempo. 1. Contabilístico: método das partidas dobradas ou di-gráfico A um crédito (débito) corresponde sempre um débito (crédito): BP total tem necessariamente saldo nulo (∑ créditos = ∑ débitos) Regras de lançamento: Fluxos Residentes Não Residentes: Crédito [NR R: Débito] Fluxos que originarão entrada (saída) de meios de pagamento: Crédito (Débito) 1
  • 2. 2. Transações económicas: fluxos de valores – bens, serviços, ativos (reais, financeiros, monetários) – entre residentes e não residentes Bilaterais – ex: exportações contra recebimento ou a crédito; compra de terreno no exterior com pagamento via conta bancária,… 2.3. Balança de Pagamentos vs. Unilaterais – ex: recebimento de donativo externo depositado numa conta bancária nacional, recebimento de donativo externo em géneros, remessa de emigrante… rubrica “transferências” Agrupadas segundo a sua natureza económica (bens, rendimentos, transferências, capital, títulos, financiamento, meios monetários,…) Operações de capital e financeiras: agrupadas segundo o objeto, maturidade e agentes envolvidos 2
  • 3. 2. (cont.) BP é calculada numa base de transações Registam-se as transações entre a economia e o exterior no momento em que se constitui um direito sobre um valor económico. Isto é, quando ocorre a criação, transformação, troca, ou extinção de um valor económico envolvendo um residente e um não residente: ou ainda, 2.3. Balança de Pagamentos valor económico envolvendo um residente e um não residente: ou ainda, quando ocorre a transferência de propriedade dum bem ou de um ativo (financeiro ou não financeiro), ou o fornecimento de serviços, trabalho ou capital, entre um residente e um não residente. O registo dos fluxos numa base de transações reflete o momento a partir do qual os recebimentos do exterior e os pagamentos ao exterior se tornam devidos (incluindo-se transações que não tenham ainda sido liquidadas). 3
  • 4. 2.3. Balança de Pagamentos 3. Residentes: agentes com centro de interesse económico no País Critério de residência das Contas Nacionais agentes económicos residentes: cidadãos nacionais com residência fiscal no país, estudantes no RM, diplomatas e militares portugueses no estrangeiro, 4 imigrantes estrangeiros com residência permanente no país, empresas constituídas no país ainda que propriedade de não residentes, sucursais e agências de empresas estrangeiras, … 4. Durante um período de tempo: operações-fluxo Principal período de referência: ano Cálculos efetuados mensalmente
  • 5. 2.3. Balança de Pagamentos Operações autónomas Operações induzidas atuação espontânea implicam registos de contrapartida (originária) entre residentes contabilística (entrada ou e não residentes saída de meios de pagamento, reservas, 5 pagamento, reservas, ou financiamento) Exemplos: Exportação de produto Recebimento via conta bancária Venda de ações a NR a crédito Aceitação de crédito sobre NR Venda de empresa a título de IDE Recebimento via conta bancária Importação de produto a crédito Assunção de dívida comercial IDE de residente no exterior Pagamento via conta bancária Concessão de empréstimo a NR Entrega de fundos via conta bancária
  • 6. 2.3. Balança de Pagamentos Operações autónomas Operações induzidas CRÉDITO DÉBITO Fluxo de valores: R NR Fluxo NR R Entrada de meios de pagamento na Economia – no sistema bancário ou 6 Economia – no sistema bancário ou de reservas cambiais – ou de financiamento DÉBITO CRÉDITO Fluxo de valores: NR R Fluxo R NR Saída de meios de pagamento da Economia – do sistema bancário ou de reservas cambiais – ou de financiamento
  • 7. Geralmente, as operações autónomas (espontâneas) e as operações induzidas (de contrapartida) estão registadas em diferentes sub- balanças da Balança de Pagamentos Em geral as operações de contrapartida são monetárias (fluxos de meios de 2.3. Balança de Pagamentos 7 Em geral as operações de contrapartida são monetárias (fluxos de meios de pagamento) mas podem ser não monetárias (financiamento) Ainda que a BP no seu cômputo tenha um saldo nulo (definição contabilística), “cortando” a BP em sub-balanças obtém-se tipicamente saldos não nulos Segundo o conteúdo e, portanto, a interpretação de cada sub-balança, o respetivo saldo terá um certo significado económico Sub-balanças da BP Portuguesa (próximo slide):
  • 8. 8
  • 9. Balança de Bens e Serviços = (X – Q) Mercadorias: Exportações e Importações de bens Serviços: transportes, viagens e turismo, operações governamentais, serviços financeiros, de informação, serviços postais, VAB dos serviços de seguradoras, 2.3. Balança de Pagamentos 9 financeiros, de informação, serviços postais, VAB dos serviços de seguradoras, direitos de utilização de ANFNP intangíveis, (…) Ex. lançamento: Exportação, a crédito, de rolhas para a China R NR Crédito; BBS, Mercadorias NR R Débito; B.Financeira - Outro investimento – A. Setores residentes não monetários
  • 10. Balança de Rendimentos = RLE Rendimentos de trabalho: remunerações recebidas por residentes fora do território menos as recebidas por não residentes no território Rendimentos de investimento: ELE recebidos fora do território por fatores 2.3. Balança de Pagamentos 10 Rendimentos de investimento: ELE recebidos fora do território por fatores residentes menos os recebidos no território sendo propriedade de não residentes; rendimentos de IDE, de investimento de carteira (lucros e mais valias), juros de empréstimos, juros de depósitos bancários, rendas e mais valias imobiliárias Ex. lançamento: Juros recebidos por uma família por depósito num Banco Suíço, depositados num banco nacional R NR Crédito: B.Rendimentos – de investimento NR R Débito: B.Financeira - Outro investimento - C. Instituições Financeiras Monetárias (IFM)
  • 11. Balança de Transferências Correntes Públicas, Privadas: Fluxos líquidos (recebimentos menos entregas a não residentes) de valores (reais, financeiros, monetários), voluntários e sem contrapartida, correntes (não associados a acumulação de capital), por entidades públicas ou privadas. Exs: donativos (géneros, monetários), 2.3. Balança de Pagamentos 11 entidades públicas ou privadas. Exs: donativos (géneros, monetários), remessas de emigrantes, impostos pagos a NR, subsídios recebidos do RM,… Ex. lançamento: Medicamentos doados pelo Estado Português, para Moçambique NR R Débito: Transferências correntes - Públicas R NR Crédito: BBS - Mercadorias
  • 12. Balança Corrente = (X – Q) + RLE + Transferências Correntes I = SBN + Sexterna I = [RDBN – (C +G)] – B. Corrente B. Corrente = [RDBN – (C +G)] – I = RDBN - (C + I + G) = RDBN - A 2.3. Balança de Pagamentos 12 A = Absorção/Procura Interna em bens e serviços (nacionais e importados) Se B.Corrente = RDBN – A > 0 Sexterna < 0: Rendimento disponível do País foi superior à Absorção de B&S País cedeu poupança ao Resto do Mundo Se B.Corrente = RDBN – A < 0 Sexterna > 0: Rendimento disponível do País foi inferior à Absorção de B&S País precisou de poupança do Resto Mundo Nota: para aferir a CLFN ainda falta considerar a balança de capital.
  • 13. Balança de Capital Transferências de capital (públicas, privadas): Fluxos líquidos de valores (reais, financeiros, monetários), voluntários e sem contrapartida, para acumulação de capital, por entidades públicas ou privadas. Exs: transferências da União Europeia para projetos de infraestruturas, perdões de dívida externa, transferência de 2.3. Balança de Pagamentos 13 para projetos de infraestruturas, perdões de dívida externa, transferência de património resultante de regresso de emigrantes,… Aquisição/Cedência de ANFNP: Compra/venda de ativos não financeiros e não produzidos, intangíveis (exs: patentes, marcas, direitos de autor,…) ou tangíveis (exs: terrenos de embaixadas) a não residentes [Atenção: saldo = crédito – débito ] Ex. lançamento: Compra a pronto do ‘passe’ de jogador pelo FCP ao Santos NR R Débito: B. Capital - ANFNP (aquisição) R NR Crédito: B.Financeira - Outro investimento – C. IFM
  • 14. Balança Capital = Transferências Capital - ALANFNP CLFN = SBN + Transferências de Capital – (I +ALANFNP) CLFN = (SBN – I) + (Transferências de Capital – ALANFNP) CLFN = – Sexterna + (Transferências de Capital – ALANFNP) 2.3. Balança de Pagamentos 14 CLFN = B. Corrente + B. Capital CLFN = – B. Financeira Se CLFN < 0 B. Corrente + B. Capital < 0 B. Financeira > 0: País obteve financiamento líquido do Resto do Mundo acumulou passivos financeiros face ao RM diminuiu a sua PLII Se CLFN > 0 B. Corrente + B. Capital > 0 B. Financeira < 0 : País cedeu financiamento líquido do Resto do Mundo acumulou ativos financeiros face ao RM aumentou a sua PLII
  • 15. Balança Financeira Investimento direto (do País no RM, do RM no País): operações de compra ou venda, entre Residentes e não Residentes, total ou parcial, de unidades produtivas ou de ativos imobiliários, bem como de reforço do capital ou reinvestimento de lucros em atividades congéneres. Exs: constituição de 2.3. Balança de Pagamentos 15 ou reinvestimento de lucros em atividades congéneres. Exs: constituição de empresas, aumentos de capital, compra de participações em capital social por prazo alargado, investimento imobiliário (excluindo ANFNP tangíveis). Ex. lançamento: Compra por um residente duma empresa estrangeira a pronto pagamento NR R Débito: B. Financeira – ID de Portugal no exterior R NR Crédito: B.Financeira - Outro investimento – C. IFM
  • 16. Balança Financeira (cont.) Investimento de carteira (do País no RM, do RM no País): operações de compra ou venda de títulos entre Residentes e não Residentes, por prazo não alargado, tipicamente efetuadas no mercado secundário com vista à obtenção de mais valias, com exceção de Derivados Financeiros (transação de 2.3. Balança de Pagamentos 16 de mais valias, com exceção de Derivados Financeiros (transação de instrumentos de cobertura de risco e respetivos rendimentos). Exs: Ações, obrigações, unidades de participação em fundos de investimento, títulos de dívida pública. Ex. lançamento: Compra na bolsa de Lisboa, por um não residente a um particular residente, duma obrigação do Tesouro português R NR Crédito: B. Financeira - ICarteira do Ext. em Portugal NR R Débito: B.Financeira - Outro investimento - C. IFM
  • 17. Balança Financeira (cont.) Outro Investimento • A. Setores residentes não monetários (SRNM): obtenção ou concessão de créditos comerciais, obtenção ou reembolso de empréstimos financeiros, 2.3. Balança de Pagamentos 17 constituição ou mobilização de depósitos,… por parte de entidades residentes não monetárias face a entidades não residentes. • Ex. lançamento: mobilização, por parte duma empresa não financeira residente, dum depósito num banco estrangeiro R NR Crédito: B. Financeira - Outro Investimento - A. SRNM NR R Débito: B.Financeira - Outro investimento - C. IFM
  • 18. Balança Financeira (cont.) Outro Investimento • C. Instituições Financeiras Monetárias (IFM): mobilização das contas bancárias de residentes não monetários como contrapartida das operações 2.3. Balança de Pagamentos 18 autónomas (espontâneas) com não residentes, bem como a instituição e a mobilização de empréstimos/depósitos a/de não residentes, e ainda investimentos em activos líquidos pela IFM por conta própria (depósitos, financiamentos). São operações, essencialmente, monetárias (de contrapartida da generalidade das operações autónomas) [movimento de meios de pagamento entre a Economia e o Exterior]
  • 19. 2.3. Balança de Pagamentos Balança Financeira (cont.) Outro Investimento • B. Autoridades Monetárias: operações de aplicação/mobilização de recursos pelo Banco Central envolvendo ativos financeiros líquidos – depósitos, 19 empréstimos – face a residentes noutros países da Área do Euro qualquer que seja a moeda de denominação, e ainda face a não residentes na Zona Euro desde que denominados em euros (os quais não deverão ser classificados como reservas das Autoridades Monetárias). Incluem operações monetárias (de contrapartida) [movimentos meios de pagamento entre a Economia e o Exterior]
  • 20. 2.3. Balança de Pagamentos • B. Autoridades Monetárias. inclui: A participação de Portugal no BCE e os ativos de reserva transferidos para o BCE. Os ativos sob a forma de depósitos e empréstimos das AMs face a residentes noutros países da Área do Euro, qualquer que seja a moeda de denominação, e face a não residentes na Área do Euro, desde que denominados em euros. 20 face a não residentes na Área do Euro, desde que denominados em euros. Não inclui: Os títulos adquiridos pelas AMs e emitidos por residentes noutros países da Área do Euro, qualquer que seja a moeda de denominação, e por não residentes na Área do Euro, desde que denominados em euros Investimento de Carteira. Ativos de Reserva, que verificam simultaneamente duas condições: são activos face a não residentes da Área do Euro e expressos noutra moeda que não euros.
  • 21. 2.3. Balança de Pagamentos Balança Financeira (cont.) Ativos de Reserva: ativos líquidos da Autoridade Monetária face a não residentes na Área do Euro e expressos em moedas de países fora da Área do Euro; i.e. operações do Banco Central sobre ouro monetário, divisas, ativos denominados em divisas (depósitos, títulos…) ou posições em instituições 21 denominados em divisas (depósitos, títulos…) ou posições em instituições internacionais, com entidades não residentes na UEM São operações, essencialmente, monetárias [movimento de meios de pagamento entre a Economia e o Exterior] Não são de contrapartida, mas sim operações compensatórias: intervenções do Banco Central no mercado cambial para suprir um desequilíbrio entre procura e oferta de euros face a divisas, se pretender impedir a variação da taxa de câmbio de mercado
  • 22. 2.3. Balança de Pagamentos B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) = = – B. Financeira (operações monetárias) Se B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) < 0 Operações Autónomas: débitos > créditos (NR R) > (R NR) 22 Operações Autónomas: débitos > créditos (NR R) > (R NR) Operações Monetárias (… de Contrapartida): débitos < créditos Saída líquida de meios de pagamento da Economia € débitos < créditos (NR R) < (R NR) Excesso de procura (oferta) de moeda estrangeira (nacional) ⇒ Tendência para depreciação da moeda nacional e correção posterior da B. Corrente e/ou B. Capital e/ou B. Financeira (operações não monetárias)
  • 23. 2.3. Balança de Pagamentos B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não cambiais) = = – B. Financeira (operações cambiais) Por vezes chama-se “Balança de Pagamentos” ao saldo da BP excluindo as operações oficiais de intervenção cambial (= ∆ Ativos de Reserva) 23 Se B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) < 0 e Banco Central pretender evitar a depreciação da moeda nacional, pode intervir no mercado cambial vendendo divisas contra moeda nacional Ex. Lançamento: B. Portugal vende USD comprando euros no mercado cambial; IFM vão ao mercado obter os USD à taxa de câmbio em vigor R NR Crédito: B.Financeira - Ativos de Reserva NR R Débito: B.Financeira - Outro Investimento – C. IFM
  • 24. 2.3. Balança de Pagamentos Resumindo e retendo… Registos e Equilíbrios da BP Equilíbrio Contabilístico: B. Corrente + B. Capital + B. Financeira = 0 Equilíbrio Económico: 1. Operações autónomas (espontâneas) e induzidas (de contrapartida) são, 24 1. Operações autónomas (espontâneas) e induzidas (de contrapartida) são, em geral, registadas em sub-balanças diferentes… Saldos? 2. Operações autónomas não são necessariamente equilibradas entrada/saída de meios de pagamento da Economia, acumulação de ativos / passivos financeiros face ao RM… Saldos? 3. Autoridades monetárias podem querer estabilizar taxa de câmbio operações oficiais de intervenção s/ ativos de reserva cambiais… Saldo?
  • 25. 2.3. Balança de Pagamentos Resumindo e retendo… Equilíbrios da BP Equilíbrio Económico: Saldos de sub-balanças? B. Corrente + B. Capital = - B. Financeira = CLFN = ? Saldo: ∆ PLII (posição líquida de investimento internacional) 25 Saldo: ∆ PLII (posição líquida de investimento internacional) B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não monetárias) = ? Saldo: fluxo líquido de meios de pagamento entre Economia e RM B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não cambiais) = ? Saldo: ∆ ativos de reserva do Banco Central
  • 26. 2.3. Balança de Pagamentos PLII (STOCK): Ativos (disponibilidades) financeiros líquidos de passivos (responsabilidades) sobre o RM de uma economia, num determinado momento Se PLII < 0 => País é devedor líquido face ao exterior Se PLII > 0 => País é credor líquido face ao exterior 26 Se PLII > 0 => País é credor líquido face ao exterior ∆ PLII (FLUXO) = Capacidade líquida de Financiamento da Nação Se B.Corrente + B.Capital = - B.Financeira < 0 CLFN = ∆PLII < 0 Se B.Corrente + B.Capital = - B.Financeira > 0 CLFN = ∆PLII > 0 Exemplo: Se ∆PLII < 0 Créditos [R NR] > Débitos [NR R] (+ IDE no País, I. Carteira no País, Outro Investimento ou Ativos de Reserva)
  • 27. 2.3. Balança de Pagamentos 27
  • 28. 2.3. Balança de Pagamentos 28
  • 29. 2.3. Balança de Pagamentos 29
  • 30. 2.3. Balança de Pagamentos BP, PLII, PNB e RDBN Se B. Corrente + B. Capital < 0 Bal. Financeira > 0 CLFN < 0 ∆PLII < 0 [ Endividamento líquido adicional perante o exterior] ∆PLII < 0 ⇒ ∆ Dívida Externa > 0 ∆ Balança de Rendimentos < 0 [País tem de remunerar os ativos domésticos adicionais detidos por não residentes, remetendo juros, rendas e lucros a NR fluxos negativos na B. Rendimentos - de investimento] ∆ PNB < 0 [impacto negativo sobre PNB, para um dado PIB] ∆ RDBN < 0 [impacto negativo sobre o RDBN] Menos recursos para CFN e para SBN ⇒ Menor capacidade para financiar I ⇒… …círculo vicioso … 30
  • 31. Algumas notas adicionais Erros e Omissões • A recolha de dados nunca é exaustiva; sabendo-se que o saldo contabilístico da BP tem de ser nulo, calcula-se residualmente a rubrica de “Erros e Omissões”. 2.3. Balança de Pagamentos 31 BP tem de ser nulo, calcula-se residualmente a rubrica de “Erros e Omissões”. • Parte dos “Erros e Omissões” pode refletir operações não declaradas (ilícitas…) com o Resto do Mundo. Exemplos de operações que seriam contadas com valores negativos (Débito > Crédito) em “Erros e Omissões”: Importações de contrabando (produtos ilegais – e.g., droga – ou fuga a tarifas ou impostos…), Exportações ilegais de capitais (porque resultantes de atividades ilícitas, ou em países com restrições à circulação internacional de capitais,…)
  • 32. Algumas notas adicionais Cálculo da Balança de Pagamentos em Portugal: Banco de Portugal • Como autoridade monetária e cambial, Banco de Portugal tem a competência de gestão das reservas cambiais e de controlo dos pagamentos internacionais 2.3. Balança de Pagamentos 32 gestão das reservas cambiais e de controlo dos pagamentos internacionais Contas Nacionais: calculadas pelo INE. • A BP e as Contas Nacionais têm de ser compatíveis; mas existem algumas diferenças conceptuais (definições e classificações) • Estatísticas da BP são apuradas mensalmente e as estimativas preliminares são sujeitas a revisões (as Contas Nacionais são apuradas trimestralmente e são também alvo de revisão até ao estabelecimento dos valores finais)
  • 33. Algumas notas adicionais Fontes para cálculo da BP • Declarantes bancários: IFMs (operações com o exterior, efetuadas por conta própria ou de clientes). 2.3. Balança de Pagamentos 33 • Declarantes diretos: Sociedades Não Financeiras e Particulares (operações efetuadas com entidades não residentes, sem intervenção de uma IFM). • Direção-Geral do Tesouro (operações com exterior efetuadas pelas Adm.Pub.) • Instituto Nacional de Estatística (Comércio Internacional). • Banco de Portugal (operações externas do Banco). • Inquéritos ao IDE, ao I. de Carteira, aos Derivados Financeiros, ao crédito comercial obtido/cedido pelas empresas não financeiras …
  • 34. 2.3. Balança de Pagamentos Balança de Pagamentos 2005 (109 USD) 34Fonte: Fundo Monetário Internacional