SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  12
Télécharger pour lire hors ligne
VIOLLET-LE-DUC1814-1879
ApresentaçãoFicha Técnica
	 Este trabalho tem como objetivo
apresentar os princípios e conceitos
relacionados ao restauro arquitetônico,
sobre a ótica de um dos principais teóricos
da história da arquitetura europeia, Eugéne
EmmanuelViollet-Le-Duc,apresentadasem
sua obra L’Architecture no texto “Restauro”.
	 Le-duc atuou em uma época na qual a
restauração se firmava como ciência, onde
as mudanças provocaram a ruptura entre
o passado e o presente fazendo crescer
o sentimento de proteção de edifícios e
ambientes históricos.
Centro Universitário Jorge Amado
Turma de Arquitetura e Urbanismo - 6º Semestre
Orientador Marcelo Pires
Disciplina Construção e Restauração
Alunos
	 Chawana Bastos,
	 Luciano Batista,
	 Tamires Oliveira
Nascido em Paris e
de origem burguesa
desenvolveu seu
trabalho na área de
restauro de catedrais e
castelos medievais.
Viollet-le-duc é
um dos principais
teóricos da história da
arquitetura europeia e
foi um dos primeiros
a teorizar sobre
a preservação do
patrimônio histórico.
Vida e Obra
Apostava nas novas
tecnicas de construção
e na importância da
máquina para a criação de
um novo estilo para o sec.
XIX.
	 Este grande
teórico foi também
arquiteto, desenhista
e um escritor prolixo
e polêmico em sua
época.
Igreja de Madeleine de Vezelay
Vida e Obra
Em 1840 foi indicado pelo
Ministro do Interior para
restaurar a igreja de Vezelay.
Em 1846 é nomeado
chefe de serviço dos
monumentos históricos
e arquiteto da igreja de
Saint Denis.
1858 inicia o restauro do
Castelo de Pierrefonds.
Catedral de Notre-Dame, Paris
Castelo de Pierrefonds
Em 1845 ganhou
o concurso para a
restauração da Catedral
de Notre Dame de Paris
Igreja de Saint Denis
Restauro
da forma a função,
da forma a estrtura,
da forma ao programa
“Nada é supérfluo, nenhuma forma que não
tenha sido prescrita pelas necessidades; tudo
é pensado, estudado, aplicado ao objeto.”
Foi Viollet-le-Duc um dos primeiros
a se opor ao ornamento, que defendeu
veemente a estrita vinculação da forma
a função, da forma a estrutura, da
forma ao programa.
Porte Narbonnaise em Carcassonne, França
Catedral de Notre-Dame, Paris
Criticava o Historicismo Eclético
por empregar a forma sem
analisar a causa e a função.
	 “Então, ela - a arquitetura do séc. XIX -
desprovida de luz que só a razão pode fornecer, tem
tentado se ligar ao medievo, ao renascimento; á
procura do emprego de certas formas sem as analisar,
sem descer às causas que as determinaram, vendo
nelas unicamente os efeitos, se transformou em neo-
grega, neo-romana, neo-gótica; ... se tornou sujeita
à moda ... O fato é que, só é possível ser original com
a verdade, que a originalidade não é outra coisa
senão uma das formas assumidas pela verdade para
manifestar-se; e estas formas são afortunadamente
infinitas”.
Opera de Paris - Estilo Eclético
Quanto mais útil o elemento estrutural,
mais aparente ele deve estar.
Na arquitetura existem duas formas
necessárias de ser verdadeiro, em relação ao
programa e em relação aos procedimentos.
Teto Catedral de Notre-Dame
Conceito
“RESTAURO - Restaurar um edifício não
é conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, é
restituí-lo a um estado de inteireza que
pode jamais ter existido em um dado
momento.”
Castelo de Coucy
“Nenhuma civilização,
nenhum povo, em
épocas passadas,
pretendeu fazer
restauros como nós
compreendemos hoje.”
Em relação ao passado Viollet-le-Duc fala que o seu
tempo procurou analisá-lo, compará-lo, classificá-
lo e formulá-lo seguindo as transformações da
humanidade.
O que distingue a sua época é exatamente o estudo
menos parcial do passado, provocando o renascimento
político, social, filosófico, artístico e literário
Para ele, ESTILO é a manifestação de um
ideal fundado sobre um principio, sendo
fundamental para a correta apreensão
das suas proposições restaurativas.
Para ele
o estilo é
um dado
estrutural.
Princípios
Para Viollet-le-Duc,
Vitet foi o primeiro a
se preocupar com o
restauro criterioso dos
monumentos antigos.
O primeiro núcleo
de artistas com o
intuito de penetrar
no conhecimento
íntimo das artes
esquecidas
formou-se em
torno dos teóricos
Vitet e P. Merimée.
Era necessário ter conhecimento das
escolas, seus princípios e meios práticos,
assim como dos tipos de cada período
de arte e dos estilos de cada época.
Cada edifício ou cada parte deste
deve ser restaurado no estilo que lhe
é próprio não só como aparência,
mas inclusive como estrutura.
No caso de se refazer partes de monumentos
dos quais não restam vestígios, por
necessidades construtivas ou para completar
uma obra mutilada, o arquiteto encarregado
deve se imbuir do estilo próprio do
monumento cujo restauro lhe foi confiado.
Vitet
P. Merimée
No começo do século
XIX a Inglaterra
e a Alemanha já
ensaiavam técnicas
de restauro sobre seus
edifícios.
Exemplos
	 Ele afirmava categoricamente o perigo tanto de se
reproduzir exatamente o original como de substituí-
lo por formas posteriores, e deixa claro que nada deve
ser encarado como um dogma, mas como algo relativo
e específico de cada obra.
	 Le-Duc não conseguia atuar com imparcialidade
e sem dogmatismo, propondo soluções que não
respeitavam o edifício, suas marcas, sua história e suas
peculiaridades, mas que satisfaziam apenas a pureza
de estilo que ele próprio determinava.
Para restaurar
o Castelo de
Pierrefonds Le-Duc
buscou inspiração
no restauro do
Castelo ded Coucy.
O restauro da
Igreja de Saint-
Denis foi baseada
nos estudos de
Vitet.
Na arquitetura medieval cada
parte da obra cumpre uma função
e exerce uma ação. É para o
conhecimento exato do valor de
uma e outra que o arquiteto deve
voltar-se antes de empreender o
que quer que seja.
Polêmicas
A quetão do restauro sofreu um grande
preconceito sendo considerado uma fantasia,
uma moda, provocando um estado de
desconforto moral na maioria das pessoas
que na verdade tinham medo de sair da zona
de conforto, acreditando que a descoberta do
novo era uma perda da tradição.
Se o fato é notável no seu
conjunto, como poderia ser
irrelevante nos detalhes?
Viollet-le-Duc, baseado
na teoria de Anatomia
Comparada de Curveir
afirma que “a partir
de um perfil é possível
deduzir-se o elemento
arquitetônico, e do
elemento arquitetônico, o
monumento.
Houve polêmica tambem entre classicos e góticos,
onde Le-Duc afirmava que: “A construção gótica,
não é de fato como a construção antiga, monobloco,
absoluta nos seus meios ; ela é dúctil, livre e
questionadora como o espírito moderno”
Advertências
Segundo Viollet-le-Duc em uma restauração não se
pode substituir as partes retiradas senão por outras,
executadas com materiais melhores, mais duráveis
e perfeitos. É necessário que em seguida à operação
efetuada, o edifício restaurado, passe ao futuro com
uma duração maior do que a que ele teve até então.
O melhor meio de conservar um edifício é
encontrar-lhe uma destinação e satisfazer
plenamente todas as necessidades que
esta destinação impõe.
No texto é destacado tambem a
restauração como a melhor forma
de conservar o edifício e o uso da
fotografia nos estudos ciêntíficos.
“O arquiteto só deve ficar inteiramente satisfeito
e colocar os operários na obra quando encontrar
a combinação que melhor e mais simplesmente
se adeque. (...) Decidir uma disposição a priori,
sem tê-la confrontado com todas as informações
necessárias, significa cair no hipotético, e nada é
mais perigoso que a hipótese”.
Le-Duc não se contentava em
fazer uma reconstituição apenas,
ele busca a pureza do estilo, faz
reconstituição daquilo que teria
sido feito, uma reformulação do
projeto.
Conclusão
	 OqueéimportantelembrareatentarnaobradeViollet-
le-Duc é a atualidade de muitas das suas formulações e
sua aplicabilidade nas intervenções de restauro atuais: a
restauração tanto da função portante do edifício como de
sua aparência, o estudo do projeto original como fonte de
conhecimento para resolução de problemas estruturais, a
importância dos levantamentos detalhados da condição
existente, a reutilização do edifício para sua sobrevivência
e principalmente, a atuação baseada em circunstâncias e
especificidades de cada projeto.
	 Em toda a modernidade do conceito e da prática
da restauração em sua época, podemos destacar a visão
racionalista e positivista em várias partes de sua fala,
principalmente quando aborda o futuro das edificações
restauradas.

Contenu connexe

Tendances

Arquitetura moderna e contemporanea parte 1
Arquitetura moderna e contemporanea parte 1Arquitetura moderna e contemporanea parte 1
Arquitetura moderna e contemporanea parte 1denise lugli
 
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar   terreno e seus condicionantesEstudo preliminar   terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar terreno e seus condicionantesRômulo Marques
 
Introdução à arquitetura racinalista
Introdução à arquitetura racinalistaIntrodução à arquitetura racinalista
Introdução à arquitetura racinalistaViviane Marques
 
Unidade Habitacional de Marselha - Le Corbusier
Unidade Habitacional de Marselha -  Le CorbusierUnidade Habitacional de Marselha -  Le Corbusier
Unidade Habitacional de Marselha - Le CorbusierWillian De Sá
 
Aula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdf
Aula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdfAula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdf
Aula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdfAndreaFrancoVelazque
 
Tempietto di San Pietro
Tempietto di San PietroTempietto di San Pietro
Tempietto di San Pietroruadopaiol
 
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil IZIS PAIXÃO
 
Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)
Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)
Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)François Urban, MBA
 
Início da arquitetura moderna
Início da arquitetura modernaInício da arquitetura moderna
Início da arquitetura modernaViviane Marques
 

Tendances (20)

Arquitetura moderna e contemporanea parte 1
Arquitetura moderna e contemporanea parte 1Arquitetura moderna e contemporanea parte 1
Arquitetura moderna e contemporanea parte 1
 
Cartas patrimoniais veneza
Cartas patrimoniais venezaCartas patrimoniais veneza
Cartas patrimoniais veneza
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidades
 
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar   terreno e seus condicionantesEstudo preliminar   terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
 
Carta de Atenas
Carta de AtenasCarta de Atenas
Carta de Atenas
 
Introdução à arquitetura racinalista
Introdução à arquitetura racinalistaIntrodução à arquitetura racinalista
Introdução à arquitetura racinalista
 
Unidade Habitacional de Marselha - Le Corbusier
Unidade Habitacional de Marselha -  Le CorbusierUnidade Habitacional de Marselha -  Le Corbusier
Unidade Habitacional de Marselha - Le Corbusier
 
Aula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdf
Aula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdfAula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdf
Aula3-TecnicasRetrospectivas-Teoria do Restauro-secXX.pdf
 
Tempietto di San Pietro
Tempietto di San PietroTempietto di San Pietro
Tempietto di San Pietro
 
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
 
Lina Bo Bardi
Lina Bo BardiLina Bo Bardi
Lina Bo Bardi
 
Lina Bo Bardi Arquitetura
Lina Bo Bardi ArquiteturaLina Bo Bardi Arquitetura
Lina Bo Bardi Arquitetura
 
A casa de vidro
A casa de vidroA casa de vidro
A casa de vidro
 
Estudo preliminar
Estudo preliminarEstudo preliminar
Estudo preliminar
 
Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)
Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)
Sesc Pompeia - Lina Bo Bardi (Estudo de Caso)
 
Início da arquitetura moderna
Início da arquitetura modernaInício da arquitetura moderna
Início da arquitetura moderna
 
Arquitetura lucio costa
Arquitetura   lucio costaArquitetura   lucio costa
Arquitetura lucio costa
 
Estudo de Caso: Sesc Pompeia-SP
Estudo de Caso: Sesc Pompeia-SPEstudo de Caso: Sesc Pompeia-SP
Estudo de Caso: Sesc Pompeia-SP
 
Catedral de Notre Dame
Catedral de Notre Dame Catedral de Notre Dame
Catedral de Notre Dame
 
Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer
 

En vedette

Reichstag - Restauração e Cúpula
Reichstag - Restauração e CúpulaReichstag - Restauração e Cúpula
Reichstag - Restauração e CúpulaFabricio Menossi
 
Dte avaliação portifolio-quinta
Dte avaliação portifolio-quintaDte avaliação portifolio-quinta
Dte avaliação portifolio-quintaCaliandra Desenhos
 
Patrimonio_cultural
Patrimonio_culturalPatrimonio_cultural
Patrimonio_culturalGustavomk
 
Teatro josé de alencar
Teatro josé de alencarTeatro josé de alencar
Teatro josé de alencarcarlosand_1980
 
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICODeclaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICOLarissa Chianca
 
Definindo e conceituando Preservação & Conservação
Definindo e conceituando Preservação & ConservaçãoDefinindo e conceituando Preservação & Conservação
Definindo e conceituando Preservação & ConservaçãoEliana Rezende
 

En vedette (20)

Viollet le duc
Viollet le ducViollet le duc
Viollet le duc
 
Reichstag - Restauração e Cúpula
Reichstag - Restauração e CúpulaReichstag - Restauração e Cúpula
Reichstag - Restauração e Cúpula
 
25 1937
25 193725 1937
25 1937
 
Macário Correia - Presidente CM Faro
Macário Correia - Presidente CM FaroMacário Correia - Presidente CM Faro
Macário Correia - Presidente CM Faro
 
Os Históricos
Os HistóricosOs Históricos
Os Históricos
 
Dte avaliação portifolio-quinta
Dte avaliação portifolio-quintaDte avaliação portifolio-quinta
Dte avaliação portifolio-quinta
 
Projeto Urbano I - UFRGS
Projeto Urbano I - UFRGS Projeto Urbano I - UFRGS
Projeto Urbano I - UFRGS
 
Aula01 conceitosmemoria
Aula01 conceitosmemoriaAula01 conceitosmemoria
Aula01 conceitosmemoria
 
Memorias 2013 - 2014. Sector 01
Memorias 2013 - 2014. Sector 01Memorias 2013 - 2014. Sector 01
Memorias 2013 - 2014. Sector 01
 
Aula9 patrimonio brasil
Aula9 patrimonio brasilAula9 patrimonio brasil
Aula9 patrimonio brasil
 
A construção da identidade Luso-Paraense: Taipa como "lugar de memória"
A construção da identidade Luso-Paraense: Taipa como "lugar de memória"A construção da identidade Luso-Paraense: Taipa como "lugar de memória"
A construção da identidade Luso-Paraense: Taipa como "lugar de memória"
 
Valongo2007c
Valongo2007cValongo2007c
Valongo2007c
 
Capítulo 8 de daniel
Capítulo 8 de danielCapítulo 8 de daniel
Capítulo 8 de daniel
 
Patrimonio_cultural
Patrimonio_culturalPatrimonio_cultural
Patrimonio_cultural
 
Teatro josé de alencar
Teatro josé de alencarTeatro josé de alencar
Teatro josé de alencar
 
Ementa tec retro_teoria
Ementa tec retro_teoriaEmenta tec retro_teoria
Ementa tec retro_teoria
 
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICODeclaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
Declaração de estocolmo - TRAB. ACADÊMICO
 
Anexo 026 oficina de restauração
Anexo 026   oficina de restauraçãoAnexo 026   oficina de restauração
Anexo 026 oficina de restauração
 
Artigo de isaurora cláudia martins de freitas na rba em 2008
Artigo de isaurora cláudia martins de freitas na rba em 2008Artigo de isaurora cláudia martins de freitas na rba em 2008
Artigo de isaurora cláudia martins de freitas na rba em 2008
 
Definindo e conceituando Preservação & Conservação
Definindo e conceituando Preservação & ConservaçãoDefinindo e conceituando Preservação & Conservação
Definindo e conceituando Preservação & Conservação
 

Similaire à Viollet-le-Duc: teórico do restauro arquitetônico

Similaire à Viollet-le-Duc: teórico do restauro arquitetônico (20)

Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
 
4119_Património.pdf
4119_Património.pdf4119_Património.pdf
4119_Património.pdf
 
Neoclássico
NeoclássicoNeoclássico
Neoclássico
 
Cor na arquitectura
Cor na arquitecturaCor na arquitectura
Cor na arquitectura
 
000747792
000747792000747792
000747792
 
Resenha livro-por-uma-arquitetura-le-corbusier
Resenha livro-por-uma-arquitetura-le-corbusierResenha livro-por-uma-arquitetura-le-corbusier
Resenha livro-por-uma-arquitetura-le-corbusier
 
Grandejean de montigny ok
Grandejean de montigny okGrandejean de montigny ok
Grandejean de montigny ok
 
The Foundation Of Modern Architecture
The Foundation Of Modern ArchitectureThe Foundation Of Modern Architecture
The Foundation Of Modern Architecture
 
Arquitetura moderna
Arquitetura modernaArquitetura moderna
Arquitetura moderna
 
Le duc
Le ducLe duc
Le duc
 
Romchamp
RomchampRomchamp
Romchamp
 
Question�rio02
Question�rio02Question�rio02
Question�rio02
 
Arquitetura Logica
Arquitetura Logica Arquitetura Logica
Arquitetura Logica
 
Eletiva teoria-do-projeto-de-arquitetura-e-urbanismo-para-tcc-profs.-raquel-b...
Eletiva teoria-do-projeto-de-arquitetura-e-urbanismo-para-tcc-profs.-raquel-b...Eletiva teoria-do-projeto-de-arquitetura-e-urbanismo-para-tcc-profs.-raquel-b...
Eletiva teoria-do-projeto-de-arquitetura-e-urbanismo-para-tcc-profs.-raquel-b...
 
Arthur girotto
Arthur girottoArthur girotto
Arthur girotto
 
Arquitetura: expressão simbólica do poder?
Arquitetura: expressão simbólica do poder?Arquitetura: expressão simbólica do poder?
Arquitetura: expressão simbólica do poder?
 
Racionalismo
RacionalismoRacionalismo
Racionalismo
 
A arquitetura renascentista (1)
A arquitetura renascentista (1)A arquitetura renascentista (1)
A arquitetura renascentista (1)
 
Hs arquitetura moderna
Hs arquitetura modernaHs arquitetura moderna
Hs arquitetura moderna
 
Património cultural
Património culturalPatrimónio cultural
Património cultural
 

Dernier

PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 

Dernier (20)

PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 

Viollet-le-Duc: teórico do restauro arquitetônico

  • 2. ApresentaçãoFicha Técnica Este trabalho tem como objetivo apresentar os princípios e conceitos relacionados ao restauro arquitetônico, sobre a ótica de um dos principais teóricos da história da arquitetura europeia, Eugéne EmmanuelViollet-Le-Duc,apresentadasem sua obra L’Architecture no texto “Restauro”. Le-duc atuou em uma época na qual a restauração se firmava como ciência, onde as mudanças provocaram a ruptura entre o passado e o presente fazendo crescer o sentimento de proteção de edifícios e ambientes históricos. Centro Universitário Jorge Amado Turma de Arquitetura e Urbanismo - 6º Semestre Orientador Marcelo Pires Disciplina Construção e Restauração Alunos Chawana Bastos, Luciano Batista, Tamires Oliveira
  • 3. Nascido em Paris e de origem burguesa desenvolveu seu trabalho na área de restauro de catedrais e castelos medievais. Viollet-le-duc é um dos principais teóricos da história da arquitetura europeia e foi um dos primeiros a teorizar sobre a preservação do patrimônio histórico. Vida e Obra Apostava nas novas tecnicas de construção e na importância da máquina para a criação de um novo estilo para o sec. XIX. Este grande teórico foi também arquiteto, desenhista e um escritor prolixo e polêmico em sua época.
  • 4. Igreja de Madeleine de Vezelay Vida e Obra Em 1840 foi indicado pelo Ministro do Interior para restaurar a igreja de Vezelay. Em 1846 é nomeado chefe de serviço dos monumentos históricos e arquiteto da igreja de Saint Denis. 1858 inicia o restauro do Castelo de Pierrefonds. Catedral de Notre-Dame, Paris Castelo de Pierrefonds Em 1845 ganhou o concurso para a restauração da Catedral de Notre Dame de Paris Igreja de Saint Denis
  • 5. Restauro da forma a função, da forma a estrtura, da forma ao programa “Nada é supérfluo, nenhuma forma que não tenha sido prescrita pelas necessidades; tudo é pensado, estudado, aplicado ao objeto.” Foi Viollet-le-Duc um dos primeiros a se opor ao ornamento, que defendeu veemente a estrita vinculação da forma a função, da forma a estrutura, da forma ao programa. Porte Narbonnaise em Carcassonne, França Catedral de Notre-Dame, Paris
  • 6. Criticava o Historicismo Eclético por empregar a forma sem analisar a causa e a função. “Então, ela - a arquitetura do séc. XIX - desprovida de luz que só a razão pode fornecer, tem tentado se ligar ao medievo, ao renascimento; á procura do emprego de certas formas sem as analisar, sem descer às causas que as determinaram, vendo nelas unicamente os efeitos, se transformou em neo- grega, neo-romana, neo-gótica; ... se tornou sujeita à moda ... O fato é que, só é possível ser original com a verdade, que a originalidade não é outra coisa senão uma das formas assumidas pela verdade para manifestar-se; e estas formas são afortunadamente infinitas”. Opera de Paris - Estilo Eclético Quanto mais útil o elemento estrutural, mais aparente ele deve estar. Na arquitetura existem duas formas necessárias de ser verdadeiro, em relação ao programa e em relação aos procedimentos. Teto Catedral de Notre-Dame
  • 7. Conceito “RESTAURO - Restaurar um edifício não é conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restituí-lo a um estado de inteireza que pode jamais ter existido em um dado momento.” Castelo de Coucy “Nenhuma civilização, nenhum povo, em épocas passadas, pretendeu fazer restauros como nós compreendemos hoje.” Em relação ao passado Viollet-le-Duc fala que o seu tempo procurou analisá-lo, compará-lo, classificá- lo e formulá-lo seguindo as transformações da humanidade. O que distingue a sua época é exatamente o estudo menos parcial do passado, provocando o renascimento político, social, filosófico, artístico e literário Para ele, ESTILO é a manifestação de um ideal fundado sobre um principio, sendo fundamental para a correta apreensão das suas proposições restaurativas. Para ele o estilo é um dado estrutural.
  • 8. Princípios Para Viollet-le-Duc, Vitet foi o primeiro a se preocupar com o restauro criterioso dos monumentos antigos. O primeiro núcleo de artistas com o intuito de penetrar no conhecimento íntimo das artes esquecidas formou-se em torno dos teóricos Vitet e P. Merimée. Era necessário ter conhecimento das escolas, seus princípios e meios práticos, assim como dos tipos de cada período de arte e dos estilos de cada época. Cada edifício ou cada parte deste deve ser restaurado no estilo que lhe é próprio não só como aparência, mas inclusive como estrutura. No caso de se refazer partes de monumentos dos quais não restam vestígios, por necessidades construtivas ou para completar uma obra mutilada, o arquiteto encarregado deve se imbuir do estilo próprio do monumento cujo restauro lhe foi confiado. Vitet P. Merimée No começo do século XIX a Inglaterra e a Alemanha já ensaiavam técnicas de restauro sobre seus edifícios.
  • 9. Exemplos Ele afirmava categoricamente o perigo tanto de se reproduzir exatamente o original como de substituí- lo por formas posteriores, e deixa claro que nada deve ser encarado como um dogma, mas como algo relativo e específico de cada obra. Le-Duc não conseguia atuar com imparcialidade e sem dogmatismo, propondo soluções que não respeitavam o edifício, suas marcas, sua história e suas peculiaridades, mas que satisfaziam apenas a pureza de estilo que ele próprio determinava. Para restaurar o Castelo de Pierrefonds Le-Duc buscou inspiração no restauro do Castelo ded Coucy. O restauro da Igreja de Saint- Denis foi baseada nos estudos de Vitet. Na arquitetura medieval cada parte da obra cumpre uma função e exerce uma ação. É para o conhecimento exato do valor de uma e outra que o arquiteto deve voltar-se antes de empreender o que quer que seja.
  • 10. Polêmicas A quetão do restauro sofreu um grande preconceito sendo considerado uma fantasia, uma moda, provocando um estado de desconforto moral na maioria das pessoas que na verdade tinham medo de sair da zona de conforto, acreditando que a descoberta do novo era uma perda da tradição. Se o fato é notável no seu conjunto, como poderia ser irrelevante nos detalhes? Viollet-le-Duc, baseado na teoria de Anatomia Comparada de Curveir afirma que “a partir de um perfil é possível deduzir-se o elemento arquitetônico, e do elemento arquitetônico, o monumento. Houve polêmica tambem entre classicos e góticos, onde Le-Duc afirmava que: “A construção gótica, não é de fato como a construção antiga, monobloco, absoluta nos seus meios ; ela é dúctil, livre e questionadora como o espírito moderno”
  • 11. Advertências Segundo Viollet-le-Duc em uma restauração não se pode substituir as partes retiradas senão por outras, executadas com materiais melhores, mais duráveis e perfeitos. É necessário que em seguida à operação efetuada, o edifício restaurado, passe ao futuro com uma duração maior do que a que ele teve até então. O melhor meio de conservar um edifício é encontrar-lhe uma destinação e satisfazer plenamente todas as necessidades que esta destinação impõe. No texto é destacado tambem a restauração como a melhor forma de conservar o edifício e o uso da fotografia nos estudos ciêntíficos. “O arquiteto só deve ficar inteiramente satisfeito e colocar os operários na obra quando encontrar a combinação que melhor e mais simplesmente se adeque. (...) Decidir uma disposição a priori, sem tê-la confrontado com todas as informações necessárias, significa cair no hipotético, e nada é mais perigoso que a hipótese”. Le-Duc não se contentava em fazer uma reconstituição apenas, ele busca a pureza do estilo, faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação do projeto.
  • 12. Conclusão OqueéimportantelembrareatentarnaobradeViollet- le-Duc é a atualidade de muitas das suas formulações e sua aplicabilidade nas intervenções de restauro atuais: a restauração tanto da função portante do edifício como de sua aparência, o estudo do projeto original como fonte de conhecimento para resolução de problemas estruturais, a importância dos levantamentos detalhados da condição existente, a reutilização do edifício para sua sobrevivência e principalmente, a atuação baseada em circunstâncias e especificidades de cada projeto. Em toda a modernidade do conceito e da prática da restauração em sua época, podemos destacar a visão racionalista e positivista em várias partes de sua fala, principalmente quando aborda o futuro das edificações restauradas.