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Lisboa, 20 de Setembro de 2008  CONSTRUIR IDEIAS –  PLATAFORMA DE REFLEXÃO ESTRATÉGICA   O 3º Choque Petrolífero  e a evolução dos Sistemas Energéticos   LUÍS MIRA AMARAL Professor do IST
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AS RENOVÁVEIS E AS TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA Também se começam a  perspectivar desenvolvimentos tecnológicos que permitam o armazenamento da energia,  como parece ser o caso com as pilhas de combustível reversíveis em electricidade. Sendo as energias renováveis voláteis, importa desenvolver e aproveitar as tecnologias que permitam armazenar a energia produzida pelas renováveis em horas em que não haja consumo para essa produção.  Tal é evidente em Portugal em que o parque eólico vai exigir a construção de centrais hidroeléctricas de bombagem que utilizam energia produzida em horas de vazio para bombear a água para as albufeiras e depois descarregá-la, produzindo electricidade nas horas de maior consumo.   Infelizmente, o nosso programa hidroeléctrico esteve suspenso desde o demagógico e irresponsável episódio de Foz Côa.  O 3º CHOQUE PETROLÍFERO  E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008
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Receamos bem que com o  habitual cinismo político se rejeite a via nuclear em países europeus mas como não se poderá passar sem ela, tal leve ao protelamento do fecho de centrais velhas, em vez de se construírem novas centrais, tecnologicamente mais avançadas e muito mais seguras. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO  E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008
O AUTOMÓVEL ELÉCTRICO Complementarmente, a evolução para o automóvel eléctrico (via do electrão ou do hidrogénio) exigirá mais consumo de electricidade ou  de hidrogénio, e este, convém recordá-lo, não é uma fonte de energia, apenas um transportador, pois não existe como tal na natureza.  Assim sendo, nos carros eléctricos, a consequente procura de electricidade ou de hidrogénio (obtido pela electrólise da água) puxará pela solução nuclear e as  centrais de 4ª geração até permitirão a produção simultânea de vapor de água (para produzir electricidade) e hidrogénio.  Assim, a via nuclear poderá também ajudar na transição para carros eléctricos, contribuindo para libertar as frotas automóveis do petróleo. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO  E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008
O 3º CHOQUE PETROLÍFERO  E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008  O SISTEMA ELECTROPRODUTOR PORTUGUÊS O nuclear será pois uma alternativa aos combustíveis fósseis e não às energias renováveis.  Isso é evidente no sistema português em que, segundo a REN,  a expansão do sistema electroprodutor , mesmo com as renováveis e com toda a conservação e utilização racional de energia que desejavelmente se faça,  vai implicar novas centrais a carvão e a gás natural .  É aqui que a discussão sobre o nuclear, como alternativa ao carvão e gás natural se põe em Portugal. Mas a  alternativa nuclear em Portugal, em nossa opinião, só será viável num quadro ibérico , quer porque precisamos da rede espanhola para dinamicamente acomodar perturbações numa central em Portugal, pois a nossa rede é “pequena” face a essa dimensão dum grupo nuclear, quer porque os custos fixos muito elevados dum aparelho de segurança para controlar as centrais nucleares deverão ser diluídos por várias centrais. Face à nossa dimensão não iríamos ter várias centrais e por isso tal só será possível num contexto ibérico através dum sistema de segurança luso-espanhol.
O 3º CHOQUE PETROLÍFERO  E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008  Do ponto de vista dos riscos já os temos com as centrais espanholas. Qual a diferença entre ter Almaraz no rio Tejo do outro lado da fronteira ou deste… Importa agora ver se haverá vantagens em também termos a via nuclear…
A GESTÃO DA PROCURA – o caso dos sectores residencial e dos transportes No que toca às políticas de gestão da procura (conservação e utilização racional de energia)  os sectores mais ineficientes são o residencial e os transportes, porque aí o mercado falha na afectação eficiente dos recursos  e por isso há que ter aí  políticas públicas voluntaristas e inteligentes . Já no sector industrial e nos bens transaccionáveis a grande concorrência no mercado do produto força as empresas a ser mais eficientes no uso dos recursos (energia inclusive), senão vão à falência. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO  E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],O 3º CHOQUE PETROLÍFERO  E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008
Assim sendo, sem negar os esforços de conservação e utilização racional de energia a fazer em Portugal,  há que não esquecer a dimensão económica do indicador,  coisa que alguns ditos especialistas energéticos esquecem querendo apenas ver o lado da energia sem verem que no cerne do problema há também  uma raiz económica que só se resolve aumentando o valor acrescentado da produção nacional, ou seja, acrescentando mais valor aos recursos que utilizamos (energia inclusive) para produzirmos bens e serviços.   Neste contexto, os dois países mais atrasados economicamente da EU a 27, Roménia e Bulgária, são os que têm naturalmente maiores intensidades energéticas.   Se formos economicamente mais sofisticados, a intensidade energética diminuirá. Há pois que mexer no numerador e denominador deste rácio! O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS   Lisboa, 20 de Setembro de 2008

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  • 6. AS RENOVÁVEIS E AS TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA Também se começam a perspectivar desenvolvimentos tecnológicos que permitam o armazenamento da energia, como parece ser o caso com as pilhas de combustível reversíveis em electricidade. Sendo as energias renováveis voláteis, importa desenvolver e aproveitar as tecnologias que permitam armazenar a energia produzida pelas renováveis em horas em que não haja consumo para essa produção. Tal é evidente em Portugal em que o parque eólico vai exigir a construção de centrais hidroeléctricas de bombagem que utilizam energia produzida em horas de vazio para bombear a água para as albufeiras e depois descarregá-la, produzindo electricidade nas horas de maior consumo. Infelizmente, o nosso programa hidroeléctrico esteve suspenso desde o demagógico e irresponsável episódio de Foz Côa. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS Lisboa, 20 de Setembro de 2008
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  • 10. Receamos bem que com o habitual cinismo político se rejeite a via nuclear em países europeus mas como não se poderá passar sem ela, tal leve ao protelamento do fecho de centrais velhas, em vez de se construírem novas centrais, tecnologicamente mais avançadas e muito mais seguras. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS Lisboa, 20 de Setembro de 2008
  • 11. O AUTOMÓVEL ELÉCTRICO Complementarmente, a evolução para o automóvel eléctrico (via do electrão ou do hidrogénio) exigirá mais consumo de electricidade ou de hidrogénio, e este, convém recordá-lo, não é uma fonte de energia, apenas um transportador, pois não existe como tal na natureza. Assim sendo, nos carros eléctricos, a consequente procura de electricidade ou de hidrogénio (obtido pela electrólise da água) puxará pela solução nuclear e as centrais de 4ª geração até permitirão a produção simultânea de vapor de água (para produzir electricidade) e hidrogénio. Assim, a via nuclear poderá também ajudar na transição para carros eléctricos, contribuindo para libertar as frotas automóveis do petróleo. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS Lisboa, 20 de Setembro de 2008
  • 12. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS Lisboa, 20 de Setembro de 2008 O SISTEMA ELECTROPRODUTOR PORTUGUÊS O nuclear será pois uma alternativa aos combustíveis fósseis e não às energias renováveis. Isso é evidente no sistema português em que, segundo a REN, a expansão do sistema electroprodutor , mesmo com as renováveis e com toda a conservação e utilização racional de energia que desejavelmente se faça, vai implicar novas centrais a carvão e a gás natural . É aqui que a discussão sobre o nuclear, como alternativa ao carvão e gás natural se põe em Portugal. Mas a alternativa nuclear em Portugal, em nossa opinião, só será viável num quadro ibérico , quer porque precisamos da rede espanhola para dinamicamente acomodar perturbações numa central em Portugal, pois a nossa rede é “pequena” face a essa dimensão dum grupo nuclear, quer porque os custos fixos muito elevados dum aparelho de segurança para controlar as centrais nucleares deverão ser diluídos por várias centrais. Face à nossa dimensão não iríamos ter várias centrais e por isso tal só será possível num contexto ibérico através dum sistema de segurança luso-espanhol.
  • 13. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS Lisboa, 20 de Setembro de 2008 Do ponto de vista dos riscos já os temos com as centrais espanholas. Qual a diferença entre ter Almaraz no rio Tejo do outro lado da fronteira ou deste… Importa agora ver se haverá vantagens em também termos a via nuclear…
  • 14. A GESTÃO DA PROCURA – o caso dos sectores residencial e dos transportes No que toca às políticas de gestão da procura (conservação e utilização racional de energia) os sectores mais ineficientes são o residencial e os transportes, porque aí o mercado falha na afectação eficiente dos recursos e por isso há que ter aí políticas públicas voluntaristas e inteligentes . Já no sector industrial e nos bens transaccionáveis a grande concorrência no mercado do produto força as empresas a ser mais eficientes no uso dos recursos (energia inclusive), senão vão à falência. O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS Lisboa, 20 de Setembro de 2008
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  • 16. Assim sendo, sem negar os esforços de conservação e utilização racional de energia a fazer em Portugal, há que não esquecer a dimensão económica do indicador, coisa que alguns ditos especialistas energéticos esquecem querendo apenas ver o lado da energia sem verem que no cerne do problema há também uma raiz económica que só se resolve aumentando o valor acrescentado da produção nacional, ou seja, acrescentando mais valor aos recursos que utilizamos (energia inclusive) para produzirmos bens e serviços.   Neste contexto, os dois países mais atrasados economicamente da EU a 27, Roménia e Bulgária, são os que têm naturalmente maiores intensidades energéticas.   Se formos economicamente mais sofisticados, a intensidade energética diminuirá. Há pois que mexer no numerador e denominador deste rácio! O 3º CHOQUE PETROLÍFERO E A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS Lisboa, 20 de Setembro de 2008