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Fabiano J. Santos
6
2.1. Relações Trigonométricas Elementares
Antes de examinarmos com mais detalhes Séries Trigonométricas da forma (11) do Capítulo
01 investigaremos algumas propriedades importantes das funções que a definem. Comecemos
relembrando, da trigonometria elementar, as fórmulas para o seno e cosseno da soma e da diferença:
 seno da soma:
)sen()cos()cos()sen()sen( bababa  , (1)
 cosseno da soma:
)sen()sen()cos()cos()cos( bababa  , (2)
 seno da diferença:
)sen()cos()cos()sen()sen( bababa  , (3)
 cosseno da diferença:
)sen()sen()cos()cos()cos( bababa  . (4)
A partir destas obtemos três outras relações que utilizaremos adiante no cálculo de algumas
integrais.
 Fazendo (2) + (4) obtemos:
)cos()cos(2)cos()cos( bababa  , (5)
 Fazendo (1) - (3) obtemos:
)sen()cos(2)sen()sen( bababa  , (6)
 Fazendo (4) - (2) obtemos:
)sen()sen(2)cos()cos( bababa  , (7)
2.2. Relações de Ortogonalidade1
Teorema: se *
,  znm (inteiros positivos), então:



















nmL
nm
dt
L
tn
L
tm
L
L
,
,0
coscos

; (8)
(9)
1
Maiores detalhes ortogonalidade ver Capítulo 05 – Álgebra Linear com Aplicações – Steven J. Leon – Quarta
Edição – Editora LTC.
Capítulo 02
7
nmdt
L
tn
L
tm
L
L
,,0sencos 














;



















nmL
nm
dt
L
tn
L
tm
L
L
,
,0
sensen

.
(10)
As relações (8), (9) e (10) são chamadas relações de ortogonalidade e mostram que as
funções
 L
xmcos e  L
xnsen
formam um conjunto ortonormal com relação ao produto escalar



L
L
dttgtf
L
gf )()(
1
, , (11)
definido para o espaço vetorial  LLC , .
As relações de ortogonalidade nos mostram que:
i) quando nm  , as funções  L
tmcos e  L
tnsen são ortogonais, pois (11) se anula,
ii) quando nm  , as funções  L
tmcos e  L
tnsen são unitárias, pois (11) torna-se unitário.
Provaremos a relação (8) e deixamos (9) e (10) a como exercício (problemas 03 e 04).
Prova de (8):
Caso nm  : utilizando a relação (05) podemos escrever:


























L
L
L
L
dt
L
tn
L
tm
L
tn
L
tm
dt
L
tn
L
tm 
coscos
2
1
coscos













 





 

L
L
dtt
L
nm
t
L
nm )(
cos
)(
cos
2
1 
Fabiano J. Santos
8
=
L
L
t
T
nm
nm
L
t
L
nm
nm
L












 






 

)(
sen
)(
)(
sen
)(2
1 



          0)(sen)(sen
)(
)(sen)(sen
)(2
1











 nmnm
nm
L
nmnm
nm
L




,
pois como m e n são inteiros ( nm  ), temos que nm  e nm  são inteiros não nulos. Como
o seno de múltiplos inteiros de  é zero, todas as parcelas na última igualdade se anulam.
Caso nm  : nesta caso (8) fica:




















L
L
L
L
dt
L
tn
dt
L
tn
L
tm  2
coscoscos
L
L
L
L
L
tn
n
L
tdtt
L
n



















 


 2
sen
22
12
cos1
2
1
    Ln
n
L
Ln
n
L
L 





 



2sen
2
2sen
22
1
pois uma vez que n é inteiro os senos se anulam.
2.3. Séries Trigonométricas Novamente
Voltemos agora às séries trigonométricas da forma
















1
0 sencos
n
nn
L
tn
b
L
tn
aa

, (12)
na qual observamos que todas as infinitas parcelas da série são periódicas de período LT 2 . No
conjunto de valores para t onde (12) converge, ela define uma função periódica f de período
LT 2 . Dizemos então que (12) é a Série de Fourier 2
para f e escrevemos
















1
0 sencos)(
n
nn
L
tn
b
L
tn
aatf

, (13)
2
Jean Baptiste Joseph Fourier, Físico-Matemático francês (1768 – 1830). Fourier utilizou séries da forma (13) em seu
famoso trabalho "Théorie Analytique de la Chaleur", onde estudou os fenômenos de condução de calor.
Capítulo 02
9
onde os coeficientes ,...,,...,,, 21210 bbaaa são chamados Coeficientes de Fourier da Série de
Fourier de f .
2.4. Determinação dos Coeficientes de Fourier
Agora nosso próximo objetivo é: dada uma função f periódica de período LT 2 ,
determinar os Coeficientes de Fourier para esta função em particular. Em outras palavras,
determinar a Série de Fourier para uma dada função. Para tal fim lançaremos mão das relações de
ortogonalidade anteriormente discutidas.
Determinação de 0a : integrando ambos os membros de (13) sobre o intervalo  LL, obtemos3
:
 

 



























1
0 sencos)(
n
L
L
nn
L
L
L
L
dt
L
tn
b
L
tn
adtadttf

 
L
Ln
nn
L
L
L
L
L
tn
n
L
b
L
tn
n
L
atadttf





 


















1
0 cossen)(




          Lann
n
L
bnn
n
L
aLadttf
n
nn
L
L
0
1
0 2coscossensen2)( 






 






,
pois os senos são nulos (múltiplos inteiros de  ) e     nn  coscos . Logo



L
L
dttf
L
a )(
2
1
0 . (14)
Observe que, geometricamente, o valor do coeficiente 0a é a razão da área algébrica sob a
curva em um período pelo tamanho do próprio período.
Determinação de na : multiplicando ambos os membros de (13) por 





L
tm
cos e integrando
ambos os membros sobre o intervalo  LL, obtemos
3
Uma série de funções pode ser derivada e integrada termo a termo somente se esta for uniformemente convergente.
Este é o caso das Séries de Fourier. Veja os Capítulos 02 3 03 – Análise de Fourier e Equações Diferenciais Parciais –
Djairo Guedes de Figueiredo – Quarta Edição – Editora do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada).
Fabiano J. Santos
10








L
L
dt
L
tm
tf

cos)(
 

 



















































1
0 cossencoscoscos
n
L
L
n
L
L
n
L
L
dt
L
tm
L
tn
bdt
L
tm
L
tn
adt
L
tm
a

onde a primeira integral do membro direito é nula (verifique os cálculos) e também a segunda
integral do do somatório, pela relação de ortogonalidade (9). Pela relação de ortogonalidade (8), a
primeira integral do somatório é nula se nm  e vale L se nm  . Assim, fazendo nm  ,
obtemos
Ladt
L
tn
tf n
L
L









cos)( ,
donde









L
L
n dt
L
tn
tf
L
a

cos)(
1
. (15)
Determinação de nb : multiplicando ambos os membros de (13) por 





L
tm
sen e integrando
ambos os membros sobre o intervalo  LL, obtemos








L
L
dt
L
tm
tf

sen)(
 

 


















































1
0 sensensencossen
n
L
L
n
L
L
n
L
L
dt
L
tm
L
tn
bdt
L
tm
L
tn
adt
L
tm
a

,
onde a primeira integral do membro direito é nula (verifique os cálculos) e também a primeira
integral do do somatório, pela relação de ortogonalidade (9). Pela relação de ortogonalidade (10), a
segunda integral do somatório é nula se nm  e vale L se nm  . Assim, fazendo nm  ,
obtemos
Lbdt
L
tn
tf n
L
L









sen)( ,
donde
Capítulo 02
11









L
L
n dt
L
tn
tf
L
b

sen)(
1
. (16)
Os relações obtidas em (14), 15) e (16) são chamadas Fórmulas de Euler-Fourier, e se
destinam ao cálculo dos Coeficientes de Fourier da série (13) para uma dada função f . Estas três
relações serão os nossos principais instrumentos de cálculo a partir de agora.
Problemas
01. Verifique a relação (02).
02. A partir da relação (02) verifique as relações (01), (03) e (04).
03. Verifique a relação (9). (Sugestão: utilize a relação 06 e integre)
04. Verifique a relação (10). (Sugestão: utilize a relação 07 e integre. Atenção: deve-se verificar os
dois caos: nm  e nm  )
05. Refaça (cuidadosamente) todos os cálculos para a determinação de (14), (15) e (16).

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  • 1. Fabiano J. Santos 6 2.1. Relações Trigonométricas Elementares Antes de examinarmos com mais detalhes Séries Trigonométricas da forma (11) do Capítulo 01 investigaremos algumas propriedades importantes das funções que a definem. Comecemos relembrando, da trigonometria elementar, as fórmulas para o seno e cosseno da soma e da diferença:  seno da soma: )sen()cos()cos()sen()sen( bababa  , (1)  cosseno da soma: )sen()sen()cos()cos()cos( bababa  , (2)  seno da diferença: )sen()cos()cos()sen()sen( bababa  , (3)  cosseno da diferença: )sen()sen()cos()cos()cos( bababa  . (4) A partir destas obtemos três outras relações que utilizaremos adiante no cálculo de algumas integrais.  Fazendo (2) + (4) obtemos: )cos()cos(2)cos()cos( bababa  , (5)  Fazendo (1) - (3) obtemos: )sen()cos(2)sen()sen( bababa  , (6)  Fazendo (4) - (2) obtemos: )sen()sen(2)cos()cos( bababa  , (7) 2.2. Relações de Ortogonalidade1 Teorema: se * ,  znm (inteiros positivos), então:                    nmL nm dt L tn L tm L L , ,0 coscos  ; (8) (9) 1 Maiores detalhes ortogonalidade ver Capítulo 05 – Álgebra Linear com Aplicações – Steven J. Leon – Quarta Edição – Editora LTC.
  • 2. Capítulo 02 7 nmdt L tn L tm L L ,,0sencos                ;                    nmL nm dt L tn L tm L L , ,0 sensen  . (10) As relações (8), (9) e (10) são chamadas relações de ortogonalidade e mostram que as funções  L xmcos e  L xnsen formam um conjunto ortonormal com relação ao produto escalar    L L dttgtf L gf )()( 1 , , (11) definido para o espaço vetorial  LLC , . As relações de ortogonalidade nos mostram que: i) quando nm  , as funções  L tmcos e  L tnsen são ortogonais, pois (11) se anula, ii) quando nm  , as funções  L tmcos e  L tnsen são unitárias, pois (11) torna-se unitário. Provaremos a relação (8) e deixamos (9) e (10) a como exercício (problemas 03 e 04). Prova de (8): Caso nm  : utilizando a relação (05) podemos escrever:                           L L L L dt L tn L tm L tn L tm dt L tn L tm  coscos 2 1 coscos                        L L dtt L nm t L nm )( cos )( cos 2 1 
  • 3. Fabiano J. Santos 8 = L L t T nm nm L t L nm nm L                        )( sen )( )( sen )(2 1               0)(sen)(sen )( )(sen)(sen )(2 1             nmnm nm L nmnm nm L     , pois como m e n são inteiros ( nm  ), temos que nm  e nm  são inteiros não nulos. Como o seno de múltiplos inteiros de  é zero, todas as parcelas na última igualdade se anulam. Caso nm  : nesta caso (8) fica:                     L L L L dt L tn dt L tn L tm  2 coscoscos L L L L L tn n L tdtt L n                         2 sen 22 12 cos1 2 1     Ln n L Ln n L L            2sen 2 2sen 22 1 pois uma vez que n é inteiro os senos se anulam. 2.3. Séries Trigonométricas Novamente Voltemos agora às séries trigonométricas da forma                 1 0 sencos n nn L tn b L tn aa  , (12) na qual observamos que todas as infinitas parcelas da série são periódicas de período LT 2 . No conjunto de valores para t onde (12) converge, ela define uma função periódica f de período LT 2 . Dizemos então que (12) é a Série de Fourier 2 para f e escrevemos                 1 0 sencos)( n nn L tn b L tn aatf  , (13) 2 Jean Baptiste Joseph Fourier, Físico-Matemático francês (1768 – 1830). Fourier utilizou séries da forma (13) em seu famoso trabalho "Théorie Analytique de la Chaleur", onde estudou os fenômenos de condução de calor.
  • 4. Capítulo 02 9 onde os coeficientes ,...,,...,,, 21210 bbaaa são chamados Coeficientes de Fourier da Série de Fourier de f . 2.4. Determinação dos Coeficientes de Fourier Agora nosso próximo objetivo é: dada uma função f periódica de período LT 2 , determinar os Coeficientes de Fourier para esta função em particular. Em outras palavras, determinar a Série de Fourier para uma dada função. Para tal fim lançaremos mão das relações de ortogonalidade anteriormente discutidas. Determinação de 0a : integrando ambos os membros de (13) sobre o intervalo  LL, obtemos3 :                                 1 0 sencos)( n L L nn L L L L dt L tn b L tn adtadttf    L Ln nn L L L L L tn n L b L tn n L atadttf                          1 0 cossen)(               Lann n L bnn n L aLadttf n nn L L 0 1 0 2coscossensen2)(                , pois os senos são nulos (múltiplos inteiros de  ) e     nn  coscos . Logo    L L dttf L a )( 2 1 0 . (14) Observe que, geometricamente, o valor do coeficiente 0a é a razão da área algébrica sob a curva em um período pelo tamanho do próprio período. Determinação de na : multiplicando ambos os membros de (13) por       L tm cos e integrando ambos os membros sobre o intervalo  LL, obtemos 3 Uma série de funções pode ser derivada e integrada termo a termo somente se esta for uniformemente convergente. Este é o caso das Séries de Fourier. Veja os Capítulos 02 3 03 – Análise de Fourier e Equações Diferenciais Parciais – Djairo Guedes de Figueiredo – Quarta Edição – Editora do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada).
  • 5. Fabiano J. Santos 10         L L dt L tm tf  cos)(                                                         1 0 cossencoscoscos n L L n L L n L L dt L tm L tn bdt L tm L tn adt L tm a  onde a primeira integral do membro direito é nula (verifique os cálculos) e também a segunda integral do do somatório, pela relação de ortogonalidade (9). Pela relação de ortogonalidade (8), a primeira integral do somatório é nula se nm  e vale L se nm  . Assim, fazendo nm  , obtemos Ladt L tn tf n L L          cos)( , donde          L L n dt L tn tf L a  cos)( 1 . (15) Determinação de nb : multiplicando ambos os membros de (13) por       L tm sen e integrando ambos os membros sobre o intervalo  LL, obtemos         L L dt L tm tf  sen)(                                                        1 0 sensensencossen n L L n L L n L L dt L tm L tn bdt L tm L tn adt L tm a  , onde a primeira integral do membro direito é nula (verifique os cálculos) e também a primeira integral do do somatório, pela relação de ortogonalidade (9). Pela relação de ortogonalidade (10), a segunda integral do somatório é nula se nm  e vale L se nm  . Assim, fazendo nm  , obtemos Lbdt L tn tf n L L          sen)( , donde
  • 6. Capítulo 02 11          L L n dt L tn tf L b  sen)( 1 . (16) Os relações obtidas em (14), 15) e (16) são chamadas Fórmulas de Euler-Fourier, e se destinam ao cálculo dos Coeficientes de Fourier da série (13) para uma dada função f . Estas três relações serão os nossos principais instrumentos de cálculo a partir de agora. Problemas 01. Verifique a relação (02). 02. A partir da relação (02) verifique as relações (01), (03) e (04). 03. Verifique a relação (9). (Sugestão: utilize a relação 06 e integre) 04. Verifique a relação (10). (Sugestão: utilize a relação 07 e integre. Atenção: deve-se verificar os dois caos: nm  e nm  ) 05. Refaça (cuidadosamente) todos os cálculos para a determinação de (14), (15) e (16).