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Escorregamentos em Meio Urbano e
Gestão de Risco de Desastres
Cláudio José Ferreira
UNICAMP, 28 de maio de 2013
Instituto de Geociências -
UNICAMP
 Introdução – texto de apoio
 Gestão de Risco e Desastres
 Conceituação de risco
 Análise e Mapeamento de Risco
Roteiro
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL
2. Morte gaivota
O bloco de pedra ameaça
triturar o presépio de barracos e biroscas.
Se deslizar, estamos conversados.
Toda gente lá em cima sabe disso
e espera o milagre,
ou, se não houver milagre, o aniquilamento instantâneo,
enquanto a Geotécnica vai tecendo o aranhol de defesas.
Quem vence a partida? A erosão caminha
nos pés dos favelados e nas águas.
Engenheiros calculam. Fotógrafos
esperam a catástrofe. Deus medita
qual o melhor desfecho, senão essa
eterna expectativa de desfecho.
O morro vem abaixo esta semana
de dilúvio
ou será salvo por Oxosse?
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL
Diáfana, a morte paira no esplendor do sol no zinco.
Morte, companheira. Morte,
colar no pescoço da vida.
Morte com paisagem marítima,
gaivota,
estrela,
talagada na manhã de frio
entre porcos, galinhas e cabritos.
Tão presente, tão íntima que ninguém repara
no seu hálito.
Um dia, possivelmente madrugada de trovões,
virá tudo de roldão
sobre nossa ultra, semi ou nada civilizadas cabeças
espectadoras
e as classes se unirão entre os escombros.
4. Feliz
De que morreu Lizélia no Tucano ?
Da avalanche de lixo no barraco.
Em seu caixão de lixo e lama ela dormiu
sono mais perfeito de sua vida.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL
10. Sabedoria
Deixa cair o barraco, Ernestilde,
deixa rolar encosta abaixo, Ernestilde,
deixa a morte vir voando, Ernestilde,
deixa a sorte brigar com a morte, Ernestilde.
Melhor que obrigar a gente, Ernestilde,
a viver sem competência, Ernestilde,
no áureo, remoto, mítico
- lúgubre
conjunto habitacional.
12. Desfavelado
Me tiraram do meu morro
me tiraram do meu cômodo
me tiraram do meu ar
me botaram neste quarto
multiplicado por mil
quartos de casas iguais.
Me fizeram tudo isso
para o meu bem. E meu bem
ficou lá no chão queimado
onde eu tinha o sentimento
de viver como queria
no lugar onde queria
não onde querem que eu viva
aporrinhado devendo
prestação mais prestação
da casa que não comprei
mas compraram para mim.
Me firmo, triste e chateado,
Desfavelado.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL
15. Indagação
Antes que me urbanizem a régua, compasso,
computador, cogito, pergunto, reclamo:
Porque não urbanizam antes
a cidade?
Era tão bom que houvesse uma cidade
na cidade lá embaixo.
Causas
Estatística de desastres
Mortes Desastres Afetados Mortes homicídios dolosos
46,7
50,0
3,3
MORTES Total de 345
Valores em % Período 2000 - 2011
DESASTRES Total de 2680
Dez 2012 – mar 2013
Mortes Total de 30
Diretrizes para o gerenciamento de risco
de desastres
Hyogo 2005- Mundo PNPDEC 2012-Brasil PEPDNRR 2011 - SP
Prioridade nacional e
local com um forte base
institucional
Atuação articulada entre a
União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios
Sistematizar ações
institucionais
Identificar, avaliar e
monitorar riscos a
desastres e melhorar os
sistemas de alerta
Planejamento com base em
pesquisas e estudos
Promover o diagnóstico
atualizado dos perigos e
de riscos
Usar conhecimento,
inovação e educação
para construir uma
cultura de resiliência
Participação sociedade civil Capacitação, treinamento
e disseminação do
conhecimento
Reduzir os fatores de
risco indiretos
Priorizar ações preventivas Planejamento de uso e
ocupação do solo
Fortalecer a preparação
a desastres
Abordagem sistêmica das
ações de prevenção,
mitigação, preparação,
resposta e recuperação
Monitoramento e
fiscalização em áreas de
risco e sujeitas a perigos
geológicos
Adoção da bacia hidrográfica
como unidade de análise das
ações relacionados a corpos
d’água;
Eventos históricos
Comissão Geográfica e Geológica
Relatório “Sobre os movimentos das águas observadas no valle do Tietê e
Tamanduatehy durante a enchente de janeiro de 1887”
Eventos históricos
Monte Serrat, Santos, 1928
Fotos: Poliantéia Santista, 1996, Ed.
Caudex, S. Vicente/SP
Eventos históricos
Santos, 1956
Fonte: www.novomilenio.inf.br/santos
Eventos históricos
Caraguatatuba 1967
Fotos: Arquivo Agência Estado - AE
Fonte: Saulo Gil – Imprensa Livre
Gerenciamento Risco - Histórico
Fonte: Saulo Gil – Imprensa Livre
1985 - Deslizamentos
generalizados na região de
Cubatão
1985 - Instalação de
Comissão Especial para a
Restauração da Serra do Mar
1987 - Plano de Contingência para o Polo Industrial de
Cubatão
Verão de 1987-88 - Acidentes generalizados com mortes
na região da Serra do Mar
1988 - Relatório “Instabilidades da Serra do Mar -
Situações de Risco”
Gerenciamento Risco - Histórico
Fonte: Saulo Gil – Imprensa Livre
Gestão Ambiental e
Planejamento Territorial
Ações de Defesa Civil
Evitar
Conviver
Gerenciamento Risco - Histórico
Gestão Ambiental e
Planejamento Territorial
Evitar e mitigar
• Cartas geológico-geotécnicas
1989 - Guarujá
90/92 – Ubatuba
94/96 – São Sebastião
95 - Cubatão
98/05 – SIIGAL
Mapas de risco – 2004 -2012
• Instrumentos de Políticas Públicas
PD municipais
GERCO - ZEE
UCs
CBH Ações de Defesa Civil
Conviver e mitigar
PPDCPPDC
• Desenvolvimento e Operação de Planos
Preventivos e de Contingência de Defesa Civil
• identificação e caracterização de áreas de risco
críticas
Plano Preventivo de Defesa CivilPlano Preventivo de Defesa Civil
Arranjo Institucional
CC
EE
AA
NN
TT
EE
CC
DAEE
PlanoPlano
ContingênciaContingência
Vale RibeiraVale Ribeira
SAISPSAISP
PPDCPPDC
Serra do MarSerra do Mar
Planos dePlanos de
ContingênciaContingência
Escorregamentos eEscorregamentos e
InundaçõesInundações
Mapeamento deMapeamento de
RiscoRisco
CEDEC
IG IPT
COMDECREDEC
Comitê para Estudos das Ameaças Naturais e Tecnológicas do Estado de São Paulo
Comissão Especial para Restauração da Serra do Mar
Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo
CETESB
PlanoPlano
ContingênciaContingência
Polo IndustrialPolo Industrial
CubatãoCubatão
CC
EE
RR
SS
MM
PP
DD
NN
●
Nível Federal
●
Ministério da Integração
●
Defesa Civil/CENAD
●
Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação
●
CEMADEN
●
Ministério das Cidades
●
aptidão urbana, mapeamento
risco, Minha Casa Minha Vida
●
Ministério das Minas e Energia
●
mapeamento risco CPRM
●
Ministério do Meio Ambiente
●
ANA (reservatórios)
Atores públicos no gerenciamento de risco
●
Nível Estadual SP
●
Casa Militar
●
Defesa Civil
●
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Ciência e Tecnologia
●
IPT
●
Secretaria da Habitação
●
Habitação Social
●
Secretaria do Meio Ambiente
●
INSTITUTO GEOLÓGICO
●
Zoneamento
Ecológico-Econômico
●
Nível Municipal
Programa Estadual de
Prevenção de Desastres
Naturais e Redução de Riscos
Geológicos - PDN
O que é o PDN ?
Programa que visa integrar as ações de Estado voltadas
para evitar acidentes e desastres associados à
ocorrência de fenômenos naturais, induzidos ou não
pelas atividades humanas.
Aplica-se à articulação de Políticas Setoriais,
relacionadas ao tema, permitindo a operacionalização
de Política Pública Específica, com amparo legal, e com
o estabelecimento de plano de metas e ações.
Diretrizes do PDN
Evitar o
aparecimento de
áreas de risco
Gerenciar as áreas de
risco já existentes
Eliminar / Mitigar os
riscos existentes
ZEE, Plano Diretor - Cartas
Geológico-Geotécnicas, de
Suscetibilidade, de Perigos,
Geoambientais.
- Urbanização, implantação de
infraestrutura, obras de
estabilização, realocação.
- Informação e Capacitação
- Urbanização, implantação de
infraestrutura, obras de
estabilização, realocação.
- Informação e Capacitação
Monitoramento, Sistemas de Alerta,
PPDC, Ações de Defesa Civil
Diagnóstico
Planejamento e
Ordenamento
Territorial
Monitoramento
e Fiscalização
Redução,
Mitigação e
Erradicação
Capacitação,
Treinamento e
Disseminação
PDN - Objetivos
Conhecer o problema e avaliar seu
controle e evolução
Evitar que o
problema
apareça ou
aumente
Capacitar e treinar
agentes e técnicos,
e disseminar
informação
Evitar que as áreas de
risco se ampliem e que
ocorram acidentes, e
minimizar danos
Promover medidas
corretivas para eliminar as
situações de risco e
reduzir as perdas
PDN - Organização
PDN - Organização
Produtos estratégicos PDN
- 1. GEOPORTAL DE RISCOS & Plano Diretor de Integração
de Informações sobre Áreas de Risco
- 2. Plano de Avaliação e Mapeamento de Áreas de Risco
no Estado de São Paulo
- 3. Plano de ampliação e aperfeiçoamento dos Planos
Preventivos e de Contingência, do monitoramento e da
resposta a emergências
●
Risco
●
Probabilidade
●
Predição
●
Previsão
●
Prognose
●
Estimativa
●
Desastre, acidente,
evento, fenômeno
●
O que já ocorreu
●
Acontecido
Risco vs desastre
DesastreRisco
Risco vs desastre e etapas de gestão
Reconstrução e retomada
ou melhoria das condições
prévias ao desastre
RecuperaçãoRecuperação
Assistência emergencial
durante ou logo após o
desastre
RespostaResposta
PrevençãoPrevenção
Evitar a instalação de situações de
risco
PreparaçãoPreparação
Conviver com os riscos
RISCO DESASTRE
MitigaçãoMitigação
Reduzir ou remediar os possíveis
impactos
LEI Nº 12.608, DE 10 DE ABRIL DE 2012
Modelo de gestão de risco
Modificado ISO 31000
Estabelecimento do contexto
Identificação
Análise
Apreciação
Tratamento do risco
Comunicação
& Tomada de
Decisão
Monitoramento
Avaliação de Risco
Prevenção Preparação Mitigação
Gerenciar áreas de risco já existentesGerenciar áreas de risco já existentes
Estabelecer estratégias de redução de riscoEstabelecer estratégias de redução de risco
PolíticaPolítica
GerenciamentoGerenciamento
PlanejamentoPlanejamento
Evitar aparecimento de novas áreasEvitar aparecimento de novas áreas
Intervir localmente para reduzir o riscoIntervir localmente para reduzir o risco
IntervençãoIntervenção
Níveis de Gestão
Níveis de Gestão e Escalas/Resoluções
CONCEITOS DE RISCO
Política Nacional de
Defesa Civil - 1995
Estratégia Internacional
para Redução de
Desastres – ONU - 2009
ISO 31000
Gerenciamento de Risco
- 2009
Medida de danos ou prejuízos
potenciais
Relação existente entre uma
ameaça com o grau de
vulnerabilidade do sistema
receptor a seus efeitos
Combinação da probabilidade
de ocorrência de um evento e
suas consequências negativas
Efeito da incerteza sobre
objetivos
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO RISCO
R = f ( Evento, Vulnerabilidade, Consequências)
Política
Nacional
Ameaça
Vulnerabili-
dade
Dano, Perda,
Prejuízo
ISDR-
ONU
Perigo
Vulnerabili-
dade
Exposição
ISO -
31000
Fontes Controle Consequência
R = P * V *E
Relatório IPCC
AÇÃO
1. Construção de um muro de contenção em zona habitada suscetível a
escorregamentos;
2. Número de mortes potenciais em área residencial sujeita a
escorregamentos;
3. Número de casas em áreas expostas a inundações;
4. Edificação construída com especificações mais resistentes;
5. Chuvas torrenciais e elevação de nível do rio;
6. Número de pessoas em área residencial sujeita a inundações;
7. Talude instável;
8. Plano de Emergência implementado;
9. Falta de conhecimento dos perigos;
10. Danos potenciais em infraestruturas devido à inundações.
PerigoRisco ExposiçãoVulnerabilidade
AÇÃO
1. Construção de um muro de contenção em zona
habitada suscetível a escorregamentos;
2. Número de mortes potenciais em área residencial
sujeita a escorregamentos;
3. Número de casas em áreas expostas a inundações;
4. Edificação construída com especificações mais
resistentes;
5. Chuvas torrenciais e elevação de nível do rio;
6. Número de pessoas em área residencial sujeita a
inundações;
7. Talude instável;
8. Plano de Emergência implementado;
9. Falta de conhecimento dos perigos;
10. Danos potenciais em infraestruturas devido à
inundações.
Perigo
Risco
Exposição
Vulnerabilidade
Perigo
Exposição
Perigo
Vulnerabilidade
Vulnerabilidade
Risco
PERIGO
Política
Nacional de
Defesa Civil -
1995
Estratégia
Internacional
para Redução
de Desastres –
ONU - 2009
ISO 31000
Gerenciamento
de Risco - 2009
Ameaça: estimativa de ocorrência e magnitude
de um evento adverso, expressa em termos de
probabilidade estatística de concretização do
evento e da provável magnitude de sua
manifestação
Perigo: fenômeno, substância, atividade
humana ou condição perigosa que pode causar
perda de vidas, ferimentos ou outros impactos na
saúde, danos a propriedades, perda de meios de
subsistência e serviços, interrupção social e
econômica ou danos ambientais
Fonte de risco: elemento que sozinho ou em
combinação tem o potencial intrínseco de gerar
risco
BiológicoBiológico GeofísicoGeofísico HidrológicoHidrológico MeteorológicoMeteorológico
 Epidemia
 Doença infecciosa
viral
 Doença infecciosa
bacteriana
 Doença infecciosa
parasítica
 Doença infecciosa
fúngica
 Doença infecciosa
por príon
 Infestação de
insetos
 Estouro de
animais
 Epidemia
 Doença infecciosa
viral
 Doença infecciosa
bacteriana
 Doença infecciosa
parasítica
 Doença infecciosa
fúngica
 Doença infecciosa
por príon
 Infestação de
insetos
 Estouro de
animais
 Terremoto
 Vulcão
 Movimento de
massa (seco)
 Queda de blocos
rochosos
 Escorregamento
 Avalanche
 Subsidência
 Terremoto
 Vulcão
 Movimento de
massa (seco)
 Queda de blocos
rochosos

Escorregamento

Avalanche
 Subsidência
 Inundação
 Inundação em geral
 Inundação
relâmpaga
 Tromba d'água /
Ressaca
 Movimento de
massa (úmido)
 Queda de blocos
rochosos

Escorregamento
 Avalanche
 Subsidência
 Inundação
 Inundação em geral
 Inundação
relâmpaga
 Tromba d'água /
Ressaca
 Movimento de
massa (úmido)
 Queda de blocos
rochosos
 Escorregamento
 Avalanche
 Subsidência
 Temporal

Ciclone Tropical
 Ciclone Extra-tropical
 Temporal local
 Temporal
 Ciclone Tropical
 Ciclone Extra-tropical
 Temporal local
ClimatológicoClimatológico
 Temperatura
extrema
 Onda de calor
 Onda de frio
 Condições de
inverno extremas
 Seca
 Incêndios
naturais
 Incêndios florestais
 Incêndios
campestres
 Temperatura
extrema
 Onda de calor
 Onda de frio
 Condições de
inverno extremas
 Seca
 Incêndios
naturais
 Incêndios florestais
 Incêndios
campestres
Classificação Ameaças, Perigos, Fatores Naturais
de Risco
Fonte: CRED http://www.emdat.be/classification
Desequilíbrio da
biocenose
Desequilíbrio da
biocenose Geodinâmica ExternaGeodinâmica ExternaGeodinâmica InternaGeodinâmica Interna
SideraisSiderais
 Pragas animais
 Pragas Vegetais
 Pragas animais
 Pragas Vegetais
 Eólicas
 Vendavais ou tempestades;
Ciclones Extratropicais; Ciclones
Tropicais; Tornados e trombas
d'Águas
 Temperaturas extremas
 Ondas de frio; Nevadas;
Avalanches de neve; Granizos;
Geadas, Ondas de Calor
 Incremento das precipitações
hídricas
 Inundações graduais;
Inundações bruscas;
Alagamentos; Inundações
litorâneas
 Redução das precipitações
hídricas
 Estiagens; Secas; Queda
intensa da umidade relativa do
ar; Incêndios florestais
 Eólicas
 Vendavais ou tempestades;
Ciclones Extratropicais; Ciclones
Tropicais; Tornados e trombas
d'Águas
 Temperaturas extremas
 Ondas de frio; Nevadas;
Avalanches de neve; Granizos;
Geadas, Ondas de Calor
 Incremento das precipitações
hídricas
 Inundações graduais;
Inundações bruscas;
Alagamentos; Inundações
litorâneas
 Redução das precipitações
hídricas
 Estiagens; Secas; Queda
intensa da umidade relativa do
ar; Incêndios florestais
 Sismologia
 Terremotos
 Maremotos e Tsunamis
 Vulcanologia
 Erupções
 Geomorfologia,
intemperismo, erosão,
acomodação do solo
 Queda de blocos
 Escorregamento
 Corrida de massa
 Rastejo
 Erosão laminar
 Erosão linear, sulcos, ravinas,
vossorocas
 Subsidência do solo
 Erosão fluvial
 Erosão Marinha
 Sismologia
 Terremotos
 Maremotos e Tsunamis
 Vulcanologia
 Erupções
 Geomorfologia,
intemperismo, erosão,
acomodação do solo
 Queda de blocos
 Escorregamento
 Corrida de massa
 Rastejo
 Erosão laminar
 Erosão linear, sulcos, ravinas,
vossorocas
 Subsidência do solo
 Erosão fluvial
 Erosão Marinha
 Impacto de
meteoritos
 Impacto de corpos
siderais
 Impacto de
meteoritos
 Impacto de corpos
siderais
Fonte: CODAR
Classificação Ameaças, Perigos, Fatores Naturais
de Risco
BiológicoBiológico GeológicoGeológico HidrológicoHidrológico MeteorológicoMeteorológico
 Epidemia
 Doença infecciosa
viral
 Doença infecciosa
bacteriana

Doença infecciosa
parasítica
 Doença infecciosa
fúngica
 Infestação/pragas
 Epidemia
 Doença infecciosa
viral
 Doença infecciosa
bacteriana
 Doença infecciosa
parasítica
 Doença infecciosa
fúngica
 Infestação/pragas
 Terremoto
 Vulcão
 Movimento de
massa
 Queda de blocos
rochosos
 Deslizamento
 Corrida de massa
 Subsidência e
colapso
Erosão
 Terremoto
 Vulcão
 Movimento de
massa
 Queda de blocos
rochosos

Deslizamento

Corrida de massa
 Subsidência e
colapso
Erosão
 Inundação
 Enxurrada
 Alagamento
 Inundação
 Enxurrada
 Alagamento
 Sistemas
Regionais
 Ciclones
 Frentes frias
 Tempestades
 Temperatura
extrema
Onda de calor
Onda de frio
 Sistemas
Regionais
 Ciclones
 Frentes frias
 Tempestades
 Temperatura
extrema
Onda de calor
Onda de frio
ClimatológicoClimatológico
 Seca
 Seca
 Incêndio florestal
 Baixa umidade do
ar
 Seca
 Seca
 Incêndio florestal
 Baixa umidade do
ar
Fonte: Ministério da Integração, Instrução
Normativa n° - 1, de 24 de agosto de 2012 -
COBRADE
Classificação Ameaças, Perigos, Fatores Naturais
de Risco
Vulnerabilidade Política Nacional de
Defesa Civil - 1995
Estratégia Internacional para
Redução de Desastres – ONU
- 2009
ISO 31000 Gerenciamento de
Risco - 2009
Vulnerabilidade: condição
intrínseca ao corpo ou sistema
receptor que, em interação com
a magnitude do evento ou
acidente, caracteriza os efeitos
adversos.
Vulnerabilidade: características e
circunstâncias de uma comunidade, sistema ou
bem que a fazem suscetível ao efeitos de um
perigo.
Controle: medida que modifica o risco. Inclui
qualquer processo, política, equipamento, prática
ou outra ação que modifica o risco
Vulnerabilidade:
Relação existente entre a
magnitude da ameaça,
caso ela se concretize, e
a intensidade do dano
consequente.
Fonte: Living with Risk
DANO/EXPOSIÇÃO
Política Nacional de
Defesa Civil - 1995
Estratégia
Internacional para
Redução de
Desastres – ONU -
2009
ISO 31000
Gerenciamento de
Risco - 2009
Dano: intensidade das perdas humanas,
materiais ou ambientais, induzidas às pessoas,
comunidades, instituições, instalações e/ou
ecossistemas, como consequência de um
desastre.
Exposição: pessoas, propriedades, sistemas ou
outros elementos presentes em zonas perigosas
que estão portanto sujeitas a danos potenciais.
Consequência: resultado de um evento que
afeta os objetivos.
Resoluções Espaciais
1) Gravidade
2) Volume de material
3) Textura solo
4) Escoamento
superficial
5) Estruturas do
terreno
6) Quantidade água
7) Indução humana
Resoluções temporais
Dados estáticos
(causas
estruturais)
Dados
dinâmicos
(causas
imediatas)
Substrato
Cobertura
Chuva
Intervenções
humanas
106
anos
horas
NATUREZA DOS ATRIBUTOS
ABORDAGEM DA PAISAGEMABORDAGEM DA PAISAGEM
Define unidades espaciais de análise
Substrato geológico Uso e cobertura da terra
Unidade Territorial Básica (UTB)
Análise de atributos (modelo)
Mapa Temático
ABORDAGEM PARAMÉTRICAABORDAGEM PARAMÉTRICA
Análise de atributos (modelo)
Mapa Temático
Cruzamento de mapas
ANÁLISE DE RISCO
Unidade de paisagem: intersecção de plano de informação do substrato
geológico-geomorfológico (UBC) com o plano de informação do uso e
cobertura da terra (UHCT).
UTB
UHCTUBC
Nível Regional
1 MDE
2 Rede Hidrográfica
3 Sub-bacias
Imagens Landsat
4 UBC – substrato e atributos
5 UHCT - cobertura
urbana e não urbana e
atributos
Spot, RapidEye ou
melhor
6 UTB e índices
Altimetria 50k, SRTM
ASTER
7 Mapas temáticos
ATRIBUTOS DO SUBSTRATO
Declividade
Altimetria
Drenagem
Lineamentos
Excedente Hídrico
ATRIBUTOS DO USO E COBERTURA
Densidade de Ocupação
Estágio de Ocupação
Ordenamento Urbano
ATRIBUTOS DO USO E COBERTURA
Coleta de Esgoto
Abastecimento de Água
Destinação do Lixo
Renda
Alfabetização
População
Descrição das variáveis IBGE
Polígonos Setores Censitários
GERAÇÃO DE MATRIZ E CÁLCULO DE MÉDIAS
ZONAIS
Geração de
Pontos
Amostrais
Interpolação
APLICAÇÕES MAPEAMENTO REGIONAL
 Define número de áreas de risco na região de estudo;
 Define prioridades para mapeamento de detalhe;
 Aplicação em instrumentos de planejamento territorial:
zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias
hidrográficas e planos diretores municipais;
 Escala com maior disponibilidade de dados.
 Define número de áreas de risco na região de estudo;
 Define prioridades para mapeamento de detalhe;
 Aplicação em instrumentos de planejamento territorial:
zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias
hidrográficas e planos diretores municipais;
 Escala com maior disponibilidade de dados.
Áreas/setores de
risco escala 1:3.000
Áreas de risco
escala 1:50.000
Mapeamento de Risco LocalMapeamento de Risco Local
 Gestão das áreas de risco;
 Plano municipal de redução de risco (PMRR);
 Planos preventivos de defesa civil;
 Identificação de áreas críticas para intervenções;
 Monitoramento das áreas de risco.
 Gestão das áreas de risco;
 Plano municipal de redução de risco (PMRR);
 Planos preventivos de defesa civil;
 Identificação de áreas críticas para intervenções;
 Monitoramento das áreas de risco.
Identificação dos processos
geológico-geotécnicos presentes ou
potenciais na área
Inventário de eventos
Investigação de campo
Caracterização
geológico-geotécnic
a e da
vulnerabilidade das
áreas de risco
SETORES DE RISCO
Caracterização e Registro em fichas
padronizadas
Delimitação em mapa/imagens/fotos de
sobrevoo
Qualificação do risco (grau de risco)
Estimativa das conseqüências com
levantamento de moradias
ameaçadas
Recomendações de
medidas de intervenção
MODELO DE INFORMAÇÕES CADASTRAISMODELO DE INFORMAÇÕES CADASTRAIS
CRITÉRIOS DE CAMPOCRITÉRIOS DE CAMPO
CRITÉRIOS DE CAMPOCRITÉRIOS DE CAMPO
Maior gravidade
CRITÉRIOS DE CAMPOCRITÉRIOS DE CAMPO
SETORIZAÇÃO DE ÁREA DE RISCOSETORIZAÇÃO DE ÁREA DE RISCO
GIS interface
R1
R2
R3
R4
 Gestão ainda muito centralizada;
 Mapeamento de risco: importância da abordagem
em diferentes resoluções/escalas; aprimoramento
da aplicação dos conceitos.
Em Síntese
Muito Obrigado!
Claudio José Ferreira
cferreira@igeologico.sp.gov.br
cjfcjf@gmail.com
GrupodePesquisa

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Escorregamentos em Meio Urbano e Gestão de Risco de Desastres - palestra ministrada na UNICAMP em 28 maio 2013

  • 1. Escorregamentos em Meio Urbano e Gestão de Risco de Desastres Cláudio José Ferreira UNICAMP, 28 de maio de 2013 Instituto de Geociências - UNICAMP
  • 2.  Introdução – texto de apoio  Gestão de Risco e Desastres  Conceituação de risco  Análise e Mapeamento de Risco Roteiro
  • 3. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL 2. Morte gaivota O bloco de pedra ameaça triturar o presépio de barracos e biroscas. Se deslizar, estamos conversados. Toda gente lá em cima sabe disso e espera o milagre, ou, se não houver milagre, o aniquilamento instantâneo, enquanto a Geotécnica vai tecendo o aranhol de defesas. Quem vence a partida? A erosão caminha nos pés dos favelados e nas águas. Engenheiros calculam. Fotógrafos esperam a catástrofe. Deus medita qual o melhor desfecho, senão essa eterna expectativa de desfecho. O morro vem abaixo esta semana de dilúvio ou será salvo por Oxosse?
  • 4. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL Diáfana, a morte paira no esplendor do sol no zinco. Morte, companheira. Morte, colar no pescoço da vida. Morte com paisagem marítima, gaivota, estrela, talagada na manhã de frio entre porcos, galinhas e cabritos. Tão presente, tão íntima que ninguém repara no seu hálito. Um dia, possivelmente madrugada de trovões, virá tudo de roldão sobre nossa ultra, semi ou nada civilizadas cabeças espectadoras e as classes se unirão entre os escombros. 4. Feliz De que morreu Lizélia no Tucano ? Da avalanche de lixo no barraco. Em seu caixão de lixo e lama ela dormiu sono mais perfeito de sua vida.
  • 5. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL 10. Sabedoria Deixa cair o barraco, Ernestilde, deixa rolar encosta abaixo, Ernestilde, deixa a morte vir voando, Ernestilde, deixa a sorte brigar com a morte, Ernestilde. Melhor que obrigar a gente, Ernestilde, a viver sem competência, Ernestilde, no áureo, remoto, mítico - lúgubre conjunto habitacional. 12. Desfavelado Me tiraram do meu morro me tiraram do meu cômodo me tiraram do meu ar me botaram neste quarto multiplicado por mil quartos de casas iguais. Me fizeram tudo isso para o meu bem. E meu bem ficou lá no chão queimado onde eu tinha o sentimento de viver como queria no lugar onde queria não onde querem que eu viva aporrinhado devendo prestação mais prestação da casa que não comprei mas compraram para mim. Me firmo, triste e chateado, Desfavelado.
  • 6. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - FAVELÁRIO NACIONAL 15. Indagação Antes que me urbanizem a régua, compasso, computador, cogito, pergunto, reclamo: Porque não urbanizam antes a cidade? Era tão bom que houvesse uma cidade na cidade lá embaixo.
  • 7.
  • 9. Estatística de desastres Mortes Desastres Afetados Mortes homicídios dolosos
  • 10. 46,7 50,0 3,3 MORTES Total de 345 Valores em % Período 2000 - 2011 DESASTRES Total de 2680 Dez 2012 – mar 2013 Mortes Total de 30
  • 11. Diretrizes para o gerenciamento de risco de desastres Hyogo 2005- Mundo PNPDEC 2012-Brasil PEPDNRR 2011 - SP Prioridade nacional e local com um forte base institucional Atuação articulada entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios Sistematizar ações institucionais Identificar, avaliar e monitorar riscos a desastres e melhorar os sistemas de alerta Planejamento com base em pesquisas e estudos Promover o diagnóstico atualizado dos perigos e de riscos Usar conhecimento, inovação e educação para construir uma cultura de resiliência Participação sociedade civil Capacitação, treinamento e disseminação do conhecimento Reduzir os fatores de risco indiretos Priorizar ações preventivas Planejamento de uso e ocupação do solo Fortalecer a preparação a desastres Abordagem sistêmica das ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação Monitoramento e fiscalização em áreas de risco e sujeitas a perigos geológicos Adoção da bacia hidrográfica como unidade de análise das ações relacionados a corpos d’água;
  • 12. Eventos históricos Comissão Geográfica e Geológica Relatório “Sobre os movimentos das águas observadas no valle do Tietê e Tamanduatehy durante a enchente de janeiro de 1887”
  • 13. Eventos históricos Monte Serrat, Santos, 1928 Fotos: Poliantéia Santista, 1996, Ed. Caudex, S. Vicente/SP
  • 14. Eventos históricos Santos, 1956 Fonte: www.novomilenio.inf.br/santos
  • 15. Eventos históricos Caraguatatuba 1967 Fotos: Arquivo Agência Estado - AE Fonte: Saulo Gil – Imprensa Livre
  • 16. Gerenciamento Risco - Histórico Fonte: Saulo Gil – Imprensa Livre 1985 - Deslizamentos generalizados na região de Cubatão 1985 - Instalação de Comissão Especial para a Restauração da Serra do Mar 1987 - Plano de Contingência para o Polo Industrial de Cubatão Verão de 1987-88 - Acidentes generalizados com mortes na região da Serra do Mar 1988 - Relatório “Instabilidades da Serra do Mar - Situações de Risco”
  • 17. Gerenciamento Risco - Histórico Fonte: Saulo Gil – Imprensa Livre Gestão Ambiental e Planejamento Territorial Ações de Defesa Civil Evitar Conviver
  • 18. Gerenciamento Risco - Histórico Gestão Ambiental e Planejamento Territorial Evitar e mitigar • Cartas geológico-geotécnicas 1989 - Guarujá 90/92 – Ubatuba 94/96 – São Sebastião 95 - Cubatão 98/05 – SIIGAL Mapas de risco – 2004 -2012 • Instrumentos de Políticas Públicas PD municipais GERCO - ZEE UCs CBH Ações de Defesa Civil Conviver e mitigar PPDCPPDC • Desenvolvimento e Operação de Planos Preventivos e de Contingência de Defesa Civil • identificação e caracterização de áreas de risco críticas Plano Preventivo de Defesa CivilPlano Preventivo de Defesa Civil
  • 19. Arranjo Institucional CC EE AA NN TT EE CC DAEE PlanoPlano ContingênciaContingência Vale RibeiraVale Ribeira SAISPSAISP PPDCPPDC Serra do MarSerra do Mar Planos dePlanos de ContingênciaContingência Escorregamentos eEscorregamentos e InundaçõesInundações Mapeamento deMapeamento de RiscoRisco CEDEC IG IPT COMDECREDEC Comitê para Estudos das Ameaças Naturais e Tecnológicas do Estado de São Paulo Comissão Especial para Restauração da Serra do Mar Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo CETESB PlanoPlano ContingênciaContingência Polo IndustrialPolo Industrial CubatãoCubatão CC EE RR SS MM PP DD NN
  • 20. ● Nível Federal ● Ministério da Integração ● Defesa Civil/CENAD ● Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ● CEMADEN ● Ministério das Cidades ● aptidão urbana, mapeamento risco, Minha Casa Minha Vida ● Ministério das Minas e Energia ● mapeamento risco CPRM ● Ministério do Meio Ambiente ● ANA (reservatórios) Atores públicos no gerenciamento de risco ● Nível Estadual SP ● Casa Militar ● Defesa Civil ● Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia ● IPT ● Secretaria da Habitação ● Habitação Social ● Secretaria do Meio Ambiente ● INSTITUTO GEOLÓGICO ● Zoneamento Ecológico-Econômico ● Nível Municipal
  • 21. Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geológicos - PDN
  • 22.
  • 23. O que é o PDN ? Programa que visa integrar as ações de Estado voltadas para evitar acidentes e desastres associados à ocorrência de fenômenos naturais, induzidos ou não pelas atividades humanas. Aplica-se à articulação de Políticas Setoriais, relacionadas ao tema, permitindo a operacionalização de Política Pública Específica, com amparo legal, e com o estabelecimento de plano de metas e ações.
  • 24. Diretrizes do PDN Evitar o aparecimento de áreas de risco Gerenciar as áreas de risco já existentes Eliminar / Mitigar os riscos existentes ZEE, Plano Diretor - Cartas Geológico-Geotécnicas, de Suscetibilidade, de Perigos, Geoambientais. - Urbanização, implantação de infraestrutura, obras de estabilização, realocação. - Informação e Capacitação - Urbanização, implantação de infraestrutura, obras de estabilização, realocação. - Informação e Capacitação Monitoramento, Sistemas de Alerta, PPDC, Ações de Defesa Civil
  • 25. Diagnóstico Planejamento e Ordenamento Territorial Monitoramento e Fiscalização Redução, Mitigação e Erradicação Capacitação, Treinamento e Disseminação PDN - Objetivos Conhecer o problema e avaliar seu controle e evolução Evitar que o problema apareça ou aumente Capacitar e treinar agentes e técnicos, e disseminar informação Evitar que as áreas de risco se ampliem e que ocorram acidentes, e minimizar danos Promover medidas corretivas para eliminar as situações de risco e reduzir as perdas
  • 28.
  • 29.
  • 30. Produtos estratégicos PDN - 1. GEOPORTAL DE RISCOS & Plano Diretor de Integração de Informações sobre Áreas de Risco - 2. Plano de Avaliação e Mapeamento de Áreas de Risco no Estado de São Paulo - 3. Plano de ampliação e aperfeiçoamento dos Planos Preventivos e de Contingência, do monitoramento e da resposta a emergências
  • 31.
  • 34. Risco vs desastre e etapas de gestão Reconstrução e retomada ou melhoria das condições prévias ao desastre RecuperaçãoRecuperação Assistência emergencial durante ou logo após o desastre RespostaResposta PrevençãoPrevenção Evitar a instalação de situações de risco PreparaçãoPreparação Conviver com os riscos RISCO DESASTRE MitigaçãoMitigação Reduzir ou remediar os possíveis impactos LEI Nº 12.608, DE 10 DE ABRIL DE 2012
  • 35. Modelo de gestão de risco Modificado ISO 31000 Estabelecimento do contexto Identificação Análise Apreciação Tratamento do risco Comunicação & Tomada de Decisão Monitoramento Avaliação de Risco Prevenção Preparação Mitigação
  • 36. Gerenciar áreas de risco já existentesGerenciar áreas de risco já existentes Estabelecer estratégias de redução de riscoEstabelecer estratégias de redução de risco PolíticaPolítica GerenciamentoGerenciamento PlanejamentoPlanejamento Evitar aparecimento de novas áreasEvitar aparecimento de novas áreas Intervir localmente para reduzir o riscoIntervir localmente para reduzir o risco IntervençãoIntervenção Níveis de Gestão
  • 37. Níveis de Gestão e Escalas/Resoluções
  • 38. CONCEITOS DE RISCO Política Nacional de Defesa Civil - 1995 Estratégia Internacional para Redução de Desastres – ONU - 2009 ISO 31000 Gerenciamento de Risco - 2009 Medida de danos ou prejuízos potenciais Relação existente entre uma ameaça com o grau de vulnerabilidade do sistema receptor a seus efeitos Combinação da probabilidade de ocorrência de um evento e suas consequências negativas Efeito da incerteza sobre objetivos
  • 39.
  • 40. ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO RISCO R = f ( Evento, Vulnerabilidade, Consequências) Política Nacional Ameaça Vulnerabili- dade Dano, Perda, Prejuízo ISDR- ONU Perigo Vulnerabili- dade Exposição ISO - 31000 Fontes Controle Consequência R = P * V *E
  • 42. AÇÃO 1. Construção de um muro de contenção em zona habitada suscetível a escorregamentos; 2. Número de mortes potenciais em área residencial sujeita a escorregamentos; 3. Número de casas em áreas expostas a inundações; 4. Edificação construída com especificações mais resistentes; 5. Chuvas torrenciais e elevação de nível do rio; 6. Número de pessoas em área residencial sujeita a inundações; 7. Talude instável; 8. Plano de Emergência implementado; 9. Falta de conhecimento dos perigos; 10. Danos potenciais em infraestruturas devido à inundações. PerigoRisco ExposiçãoVulnerabilidade
  • 43. AÇÃO 1. Construção de um muro de contenção em zona habitada suscetível a escorregamentos; 2. Número de mortes potenciais em área residencial sujeita a escorregamentos; 3. Número de casas em áreas expostas a inundações; 4. Edificação construída com especificações mais resistentes; 5. Chuvas torrenciais e elevação de nível do rio; 6. Número de pessoas em área residencial sujeita a inundações; 7. Talude instável; 8. Plano de Emergência implementado; 9. Falta de conhecimento dos perigos; 10. Danos potenciais em infraestruturas devido à inundações. Perigo Risco Exposição Vulnerabilidade Perigo Exposição Perigo Vulnerabilidade Vulnerabilidade Risco
  • 44. PERIGO Política Nacional de Defesa Civil - 1995 Estratégia Internacional para Redução de Desastres – ONU - 2009 ISO 31000 Gerenciamento de Risco - 2009 Ameaça: estimativa de ocorrência e magnitude de um evento adverso, expressa em termos de probabilidade estatística de concretização do evento e da provável magnitude de sua manifestação Perigo: fenômeno, substância, atividade humana ou condição perigosa que pode causar perda de vidas, ferimentos ou outros impactos na saúde, danos a propriedades, perda de meios de subsistência e serviços, interrupção social e econômica ou danos ambientais Fonte de risco: elemento que sozinho ou em combinação tem o potencial intrínseco de gerar risco
  • 45. BiológicoBiológico GeofísicoGeofísico HidrológicoHidrológico MeteorológicoMeteorológico  Epidemia  Doença infecciosa viral  Doença infecciosa bacteriana  Doença infecciosa parasítica  Doença infecciosa fúngica  Doença infecciosa por príon  Infestação de insetos  Estouro de animais  Epidemia  Doença infecciosa viral  Doença infecciosa bacteriana  Doença infecciosa parasítica  Doença infecciosa fúngica  Doença infecciosa por príon  Infestação de insetos  Estouro de animais  Terremoto  Vulcão  Movimento de massa (seco)  Queda de blocos rochosos  Escorregamento  Avalanche  Subsidência  Terremoto  Vulcão  Movimento de massa (seco)  Queda de blocos rochosos  Escorregamento  Avalanche  Subsidência  Inundação  Inundação em geral  Inundação relâmpaga  Tromba d'água / Ressaca  Movimento de massa (úmido)  Queda de blocos rochosos  Escorregamento  Avalanche  Subsidência  Inundação  Inundação em geral  Inundação relâmpaga  Tromba d'água / Ressaca  Movimento de massa (úmido)  Queda de blocos rochosos  Escorregamento  Avalanche  Subsidência  Temporal  Ciclone Tropical  Ciclone Extra-tropical  Temporal local  Temporal  Ciclone Tropical  Ciclone Extra-tropical  Temporal local ClimatológicoClimatológico  Temperatura extrema  Onda de calor  Onda de frio  Condições de inverno extremas  Seca  Incêndios naturais  Incêndios florestais  Incêndios campestres  Temperatura extrema  Onda de calor  Onda de frio  Condições de inverno extremas  Seca  Incêndios naturais  Incêndios florestais  Incêndios campestres Classificação Ameaças, Perigos, Fatores Naturais de Risco Fonte: CRED http://www.emdat.be/classification
  • 46. Desequilíbrio da biocenose Desequilíbrio da biocenose Geodinâmica ExternaGeodinâmica ExternaGeodinâmica InternaGeodinâmica Interna SideraisSiderais  Pragas animais  Pragas Vegetais  Pragas animais  Pragas Vegetais  Eólicas  Vendavais ou tempestades; Ciclones Extratropicais; Ciclones Tropicais; Tornados e trombas d'Águas  Temperaturas extremas  Ondas de frio; Nevadas; Avalanches de neve; Granizos; Geadas, Ondas de Calor  Incremento das precipitações hídricas  Inundações graduais; Inundações bruscas; Alagamentos; Inundações litorâneas  Redução das precipitações hídricas  Estiagens; Secas; Queda intensa da umidade relativa do ar; Incêndios florestais  Eólicas  Vendavais ou tempestades; Ciclones Extratropicais; Ciclones Tropicais; Tornados e trombas d'Águas  Temperaturas extremas  Ondas de frio; Nevadas; Avalanches de neve; Granizos; Geadas, Ondas de Calor  Incremento das precipitações hídricas  Inundações graduais; Inundações bruscas; Alagamentos; Inundações litorâneas  Redução das precipitações hídricas  Estiagens; Secas; Queda intensa da umidade relativa do ar; Incêndios florestais  Sismologia  Terremotos  Maremotos e Tsunamis  Vulcanologia  Erupções  Geomorfologia, intemperismo, erosão, acomodação do solo  Queda de blocos  Escorregamento  Corrida de massa  Rastejo  Erosão laminar  Erosão linear, sulcos, ravinas, vossorocas  Subsidência do solo  Erosão fluvial  Erosão Marinha  Sismologia  Terremotos  Maremotos e Tsunamis  Vulcanologia  Erupções  Geomorfologia, intemperismo, erosão, acomodação do solo  Queda de blocos  Escorregamento  Corrida de massa  Rastejo  Erosão laminar  Erosão linear, sulcos, ravinas, vossorocas  Subsidência do solo  Erosão fluvial  Erosão Marinha  Impacto de meteoritos  Impacto de corpos siderais  Impacto de meteoritos  Impacto de corpos siderais Fonte: CODAR Classificação Ameaças, Perigos, Fatores Naturais de Risco
  • 47. BiológicoBiológico GeológicoGeológico HidrológicoHidrológico MeteorológicoMeteorológico  Epidemia  Doença infecciosa viral  Doença infecciosa bacteriana  Doença infecciosa parasítica  Doença infecciosa fúngica  Infestação/pragas  Epidemia  Doença infecciosa viral  Doença infecciosa bacteriana  Doença infecciosa parasítica  Doença infecciosa fúngica  Infestação/pragas  Terremoto  Vulcão  Movimento de massa  Queda de blocos rochosos  Deslizamento  Corrida de massa  Subsidência e colapso Erosão  Terremoto  Vulcão  Movimento de massa  Queda de blocos rochosos  Deslizamento  Corrida de massa  Subsidência e colapso Erosão  Inundação  Enxurrada  Alagamento  Inundação  Enxurrada  Alagamento  Sistemas Regionais  Ciclones  Frentes frias  Tempestades  Temperatura extrema Onda de calor Onda de frio  Sistemas Regionais  Ciclones  Frentes frias  Tempestades  Temperatura extrema Onda de calor Onda de frio ClimatológicoClimatológico  Seca  Seca  Incêndio florestal  Baixa umidade do ar  Seca  Seca  Incêndio florestal  Baixa umidade do ar Fonte: Ministério da Integração, Instrução Normativa n° - 1, de 24 de agosto de 2012 - COBRADE Classificação Ameaças, Perigos, Fatores Naturais de Risco
  • 48. Vulnerabilidade Política Nacional de Defesa Civil - 1995 Estratégia Internacional para Redução de Desastres – ONU - 2009 ISO 31000 Gerenciamento de Risco - 2009 Vulnerabilidade: condição intrínseca ao corpo ou sistema receptor que, em interação com a magnitude do evento ou acidente, caracteriza os efeitos adversos. Vulnerabilidade: características e circunstâncias de uma comunidade, sistema ou bem que a fazem suscetível ao efeitos de um perigo. Controle: medida que modifica o risco. Inclui qualquer processo, política, equipamento, prática ou outra ação que modifica o risco Vulnerabilidade: Relação existente entre a magnitude da ameaça, caso ela se concretize, e a intensidade do dano consequente. Fonte: Living with Risk
  • 49. DANO/EXPOSIÇÃO Política Nacional de Defesa Civil - 1995 Estratégia Internacional para Redução de Desastres – ONU - 2009 ISO 31000 Gerenciamento de Risco - 2009 Dano: intensidade das perdas humanas, materiais ou ambientais, induzidas às pessoas, comunidades, instituições, instalações e/ou ecossistemas, como consequência de um desastre. Exposição: pessoas, propriedades, sistemas ou outros elementos presentes em zonas perigosas que estão portanto sujeitas a danos potenciais. Consequência: resultado de um evento que afeta os objetivos.
  • 50.
  • 52. 1) Gravidade 2) Volume de material 3) Textura solo 4) Escoamento superficial 5) Estruturas do terreno 6) Quantidade água 7) Indução humana Resoluções temporais Dados estáticos (causas estruturais) Dados dinâmicos (causas imediatas) Substrato Cobertura Chuva Intervenções humanas 106 anos horas NATUREZA DOS ATRIBUTOS
  • 53. ABORDAGEM DA PAISAGEMABORDAGEM DA PAISAGEM Define unidades espaciais de análise Substrato geológico Uso e cobertura da terra Unidade Territorial Básica (UTB) Análise de atributos (modelo) Mapa Temático
  • 54. ABORDAGEM PARAMÉTRICAABORDAGEM PARAMÉTRICA Análise de atributos (modelo) Mapa Temático Cruzamento de mapas
  • 55. ANÁLISE DE RISCO Unidade de paisagem: intersecção de plano de informação do substrato geológico-geomorfológico (UBC) com o plano de informação do uso e cobertura da terra (UHCT). UTB UHCTUBC Nível Regional
  • 56. 1 MDE 2 Rede Hidrográfica 3 Sub-bacias Imagens Landsat 4 UBC – substrato e atributos 5 UHCT - cobertura urbana e não urbana e atributos Spot, RapidEye ou melhor 6 UTB e índices Altimetria 50k, SRTM ASTER 7 Mapas temáticos
  • 58. ATRIBUTOS DO USO E COBERTURA Densidade de Ocupação Estágio de Ocupação Ordenamento Urbano
  • 59. ATRIBUTOS DO USO E COBERTURA Coleta de Esgoto Abastecimento de Água Destinação do Lixo Renda Alfabetização População Descrição das variáveis IBGE Polígonos Setores Censitários
  • 60. GERAÇÃO DE MATRIZ E CÁLCULO DE MÉDIAS ZONAIS Geração de Pontos Amostrais Interpolação
  • 61.
  • 62.
  • 63. APLICAÇÕES MAPEAMENTO REGIONAL  Define número de áreas de risco na região de estudo;  Define prioridades para mapeamento de detalhe;  Aplicação em instrumentos de planejamento territorial: zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias hidrográficas e planos diretores municipais;  Escala com maior disponibilidade de dados.  Define número de áreas de risco na região de estudo;  Define prioridades para mapeamento de detalhe;  Aplicação em instrumentos de planejamento territorial: zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias hidrográficas e planos diretores municipais;  Escala com maior disponibilidade de dados.
  • 64. Áreas/setores de risco escala 1:3.000 Áreas de risco escala 1:50.000
  • 65. Mapeamento de Risco LocalMapeamento de Risco Local  Gestão das áreas de risco;  Plano municipal de redução de risco (PMRR);  Planos preventivos de defesa civil;  Identificação de áreas críticas para intervenções;  Monitoramento das áreas de risco.  Gestão das áreas de risco;  Plano municipal de redução de risco (PMRR);  Planos preventivos de defesa civil;  Identificação de áreas críticas para intervenções;  Monitoramento das áreas de risco.
  • 66. Identificação dos processos geológico-geotécnicos presentes ou potenciais na área Inventário de eventos Investigação de campo Caracterização geológico-geotécnic a e da vulnerabilidade das áreas de risco SETORES DE RISCO Caracterização e Registro em fichas padronizadas Delimitação em mapa/imagens/fotos de sobrevoo Qualificação do risco (grau de risco) Estimativa das conseqüências com levantamento de moradias ameaçadas Recomendações de medidas de intervenção
  • 67. MODELO DE INFORMAÇÕES CADASTRAISMODELO DE INFORMAÇÕES CADASTRAIS
  • 70. Maior gravidade CRITÉRIOS DE CAMPOCRITÉRIOS DE CAMPO
  • 71. SETORIZAÇÃO DE ÁREA DE RISCOSETORIZAÇÃO DE ÁREA DE RISCO GIS interface R1 R2 R3 R4
  • 72.  Gestão ainda muito centralizada;  Mapeamento de risco: importância da abordagem em diferentes resoluções/escalas; aprimoramento da aplicação dos conceitos. Em Síntese
  • 73. Muito Obrigado! Claudio José Ferreira cferreira@igeologico.sp.gov.br cjfcjf@gmail.com GrupodePesquisa