Este documento discute o modelo de auto-avaliação para bibliotecas escolares em Portugal. Ele descreve o modelo como um instrumento pedagógico para identificar pontos fortes, necessidades e fraquezas a fim de melhorar o serviço da biblioteca. Também discute a pertinência do modelo para avaliar o impacto do trabalho da biblioteca no processo de ensino-aprendizagem e sucesso dos alunos. Finalmente, destaca as competências necessárias do professor bibliotecário para aplicar com sucesso o modelo de auto-avaliação.
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
AnáLise Critica
1. MODELO DE AUTO- AVALIAÇÃO. PROBLEMÁTICAS E
CONCEITOS IMPLICADOS
(Sessão nº 3)
2. ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS
BIBLIOTECAS ESCOLARES
O MODELO ENQUANTO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO E DE MELHORIA.
CONCEITOS IMPLICADOS.
O Modelo de Auto-Avaliação enquanto instrumento pedagógico e de melhoria foi
concebido para aferir a eficácia das Bibliotecas Escolares relativamente aos
serviços que presta. Este modelo visa avaliar o impacto do trabalho desenvolvido
e o seu papel no funcionamento global da escola, nomeadamente no processo de
ensino/aprendizagem e qual a sua contribuição para o sucesso dos alunos. Trata-
se de um instrumento pedagógico que permite identificar os pontos fortes, as
necessidades e os pontos fracos com vista a melhora-los. Segundo Markless &
Streffield (2006) “o Modelo de Auto-Avaliação perspectiva práticas de pesquisa-
acção que estabelecem a relação entre os processos e o impacto ou valor que
originam. Durante este processo:
Identifica-se um problema;
Recolhem-se evidências;
Avaliam-se e Interpretam-se as evidências recolhidas;
Procura-se extrair conhecimento que oriente futuras acções e que
planeie caminhos. Centra-se a pesquisa, mais uma vez, no impacto
e não nos inputs”.
PERTINÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE UM MODELO DE AVALIAÇÃO PARA AS
BIBLIOTECAS ESCOLARES.
A biblioteca escolar no contexto da escola/agrupamento tem por missão contribuir
de forma inequívoca no processo de ensino/aprendizagem. É neste contexto que
a existência e a aplicação do modelo de Auto-Avaliação se revela pertinente,
através de um processo sistemático de avaliação do trabalho que se está a
concretizar, tendo por principal objectivo o sucesso escolar dos alunos e fomentar
a aprendizagem ao longo da vida. Neste sentido, é necessário que a escola
reconheça a importância “que as actividades realizadas pela e com a Biblioteca
Escolar vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau
3. de eficiência dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores da BE”. O
modelo permite determinar até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos
para a BE estão ou não a ser alcançados, permite identificar práticas com
sucesso e que deverão continuar a ser implementadas e também identificar
pontos fracos que importa melhorar. (Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete
da Rede de Bibliotecas Escolares p.1)
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E FUNCIONAL. ADEQUAÇÃO E
CONSTRANGIMENTOS.
“O modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. A obtenção da
melhoria contínua da qualidade exige que a organização esteja preparada para a
aprendizagem contínua. Pressupõe a motivação individual dos seus membros e a
liderança forte do professor coordenador, que tem de mobilizar a escola para a
necessidade e implementação do processo avaliativo” (texto da sessão, p.7). O
processo está a dar os primeiros passos, é necessário implementa-lo de forma
exequível. Os procedimentos devem ser formalizados de forma a criar rotinas de
funcionamento, permitindo que de uma forma natural se recolham evidências que
possibilitem identificar os factores críticos sobre a qualidade da BE. É necessário
apontar caminhos de melhoria e acções a implementar de acordo com a
realidade.
INTEGRAÇÃO/ APLICAÇÃO À REALIDADE DA ESCOLA.
“As Bibliotecas Escolares podem contribuir positivamente para o ensino e a
aprendizagem, podendo-se estabelecer uma relação entre a qualidade do
trabalho da e com a Biblioteca Escolar e os resultados escolares dos alunos. É
neste contexto que surge a presente proposta para a auto-avaliação das
bibliotecas escolares integradas na RBE”. Modelo de Auto-Avaliação (2008)
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares p.1)
É importante materializar a forma como o trabalho na biblioteca escolar se está a
desenvolver e que cada escola conheça/reconheça o impacto que as actividades
realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão tendo no processo
4. ensino/aprendizagem, assim como a eficácia dos serviços prestados e o nível de
satisfação dos utilizadores da BE.
COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR BIBLIOTECÁRIO E ESTRATÉGIAS
IMPLICADAS NA SUA APLICAÇÃO.
Professor bibliotecário da escola tem por missão trabalhar em colaboração com
os membros da comunidade educativa, definir políticas, orientar e dirigir todas as
actividades relacionadas à biblioteca.
O professor bibliotecário deve evidenciar competências de líder, deve ser
comunicativo e saber exercer influência junto dos professores e da direcção;
desenvolver estratégias de gestão e integração; articular e trabalhar com a
equipa, com a escola, professores e alunos; ser pró-activo, colaborando com o
currículo e com os objectivos da escola; formativo, interventivo, integrador e
entendido das novas tecnologias; ter uma postura de investigação e de
aprendizagem contínuas, enfrentando os desafios estabelecendo e gerindo
prioridades, contribuindo para o desenvolvimento das aprendizagens. Segundo
Power (1998), em primeiro lugar, o professor bibliotecário de hoje, na escola, é
um professor, principalmente da literacia da informação. O professor bibliotecário
colabora com os alunos e outros membros da comunidade escolar para analisar a
aprendizagem e as necessidades de informação, bem como localizar e utilizar os
recursos que atendam a essas necessidades.
Novembro de 2009
A formanda
Claudina Pires