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Por dentro das novas regras da Língua
Portuguesa e outras dicas
Ministrante: Claudinei Flávio FerreiraMinistrante: Claudinei Flávio Ferreira
FILÓLOGO
Filólogo é o estudioso da filologia, que é o estudo de uma
língua  em  todos  os  seus  aspectos  e  também  dos  escritos
que a documentaram.
Filólogo é aquele que gosta de palavras, gosta de entender 
suas origens, suas raízes, sua transmissão de uma língua a 
outra,  e  a  evolução  das  mesmas,  acompanhando  as 
mudanças contínuas do idioma vivo. 
A ortografia da língua portuguesa é determinada por normas 
legais.  No  início  do  século  XX  Portugal  estabeleceu  pela 
primeira  vez  um  modelo  ortográfico  de  referência  para  as 
publicações oficiais e para o ensino. No entanto, as normas 
desse  primeiro Formulário Ortográfico não  foram  adotadas 
pelo Brasil. Desde então, a ortografia da língua portuguesa 
foi alvo um longo processo de discussão e negociação, com 
o  objetivo  de  instituir,  através  de  um  único  tratado 
internacional, normas comuns que rejam a ortografia oficial 
de  todos  os  países  de  língua  portuguesa.
Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa
As tentativas iniciais materializaram-se num primeiro acordo, 
assinado em 1931, que, no entanto, viria a ser interpretado 
de  forma  diferente  nos  vocabulários  ortográficos  nacionais 
entretanto  produzidos:  em  Portugal,  o  Vocabulário 
Ortográfico  da  Língua  Portuguesa,  de  1940;  no  Brasil,  o 
Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, de 
1943, acompanhado de um Formulário Ortográfico. A fim de 
eliminar  estas  divergências,  foi  assinado  por  ambos  os 
países  um  novo acordo ortográfico, em 1945,  mas  este 
apenas  foi  aplicado  por  Portugal,  continuando  o  Brasil  a 
seguir  o  disposto  no  Formulário  Ortográfico  de  1943.
Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa
Nas  décadas  seguintes,  houve  várias  tentativas  de  chegar  a  novo  consenso, 
mas,  embora  no  início  da  década  de  1970  tenha  havido  revisões  que 
aproximaram  as  duas  variedades  escritas,  não  foi  aprovada  oficialmente  uma 
reforma  que  instituísse  um  documento  normativo  comum.  Fruto  de  um  longo 
trabalho  da  Academia  Brasileira  de  Letras  e  da  Academia  das  Ciências  de 
Lisboa,  os  representantes  oficiais  dos  então  sete  países  de  língua  oficial 
portuguesa (além do Brasil e de Portugal, também Angola, Cabo Verde, Guiné-
Bissau,  Moçambique  e  São  Tomé  e  Príncipe)  assinaram  em  1990  o 
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,  ratificado  também,  depois  da  sua 
independência  em  2004,  por  Timor-Leste.  O Acordo Ortográfico da LínguaO Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa (1990) entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 dePortuguesa (1990) entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 de
maio de 2009 em Portugal. Em ambos os países foi estabelecido ummaio de 2009 em Portugal. Em ambos os países foi estabelecido um
período de transição em que tanto as normas anteriormente em vigor comoperíodo de transição em que tanto as normas anteriormente em vigor como
a introduzida por esta nova reforma são válidas: esse período é de trêsa introduzida por esta nova reforma são válidas: esse período é de três
anos no Brasil e de seis anos em Portugal.anos no Brasil e de seis anos em Portugal. Com  exceção  de  Angola  e  de 
Moçambique,  todos  os  restantes  países  da  CPLP  já  ratificaram  todos  os 
documentos  conducentes  à  aplicação  desta  reforma.
Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa
Em  janeiro  de  2013  deveria  ter  entrado  em  vigor,  mas...
a obrigatoriedade de seguir as regras do novo Acordo Ortográfico, que entraria em vigor no 
primeiro dia do ano,  foi adiada para  o início de 2016. Tudo  por conta  do decreto 7.875, 
assinado pela “presidenta” Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União de 28 de 
dezembro  de  2012,  determinando  que  as  duas  formas  de  escrita  coexistirão  até  31  de 
dezembro de 2015, período ampliado de transição, onde serão consideradas corretas as 
grafias  'assembléia'  e  'assembleia',  por  exemplo.
Um Acordo em desacordo, que ainda gera dúvidas
O  novo  Acordo  substitui  apenas  0,5%  de  termos  e  grafias  usados  no  Brasil,  a  fim  de 
unificar as normas da Língua Portuguesa entre os países que a utilizam.  A ideia é facilitar 
o  intercâmbio  entre  estes  países  e  fortalecer  o  idioma  perante  as  demais  nações.
Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa
UM  ACORDO  POLÊMICO
“Especialistas  têm  feito  críticas  pertinentes  ao  Acordo,  mas  a  maioria  das  pessoas  que 
quer derrubá-lo não sabe o que diz. Muitos, por exemplo, já não sabiam usar o hífen antes. 
E agora, com o Acordo, se depararam com a necessidade de aprender as regras, por isso 
se desesperam”. O adiamento para 2016 pode abrir precedentes para que novas normas 
sejam propostas e ainda as atuais excluídas, já que diversos setores não foram ouvidos na 
discussão da nova ortografia. Segundo o professor Márcio o novo acordo ortográfico tem 
sido  mal  compreendido  por  pessoas  que  não  estão  acostumadas  a  dar  aulas.
“Alguns até falam em reforma da Língua Portuguesa. O que houve, na verdade, foi apenas 
um acordo entre os países lusófonos na tentativa de unificar as regras ortográficas. É claro 
que  poderiam  ter  modificado  muito  mais,  no  entanto,  para  começar,  está  bom.  Um  dos 
casos  mais  polêmicos  é  o  emprego  do  hífen,  mas  só  fala  mal  do  acordo  quem  nunca 
ensinou, por exemplo, as regras do hífen. Antes, para apenas um dos casos, tínhamos de 
decorar mais ou menos 100 prefixos; hoje, com cinco regras, resolvem-se todos os casos 
relativos  ao  tema”,  explica  Romulo  Bolívar. 
Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa
Resumindo...
“Alguns até falam em reforma da Língua Portuguesa. O que houve, na
verdade, foi apenas um acordo entre os países lusófonos na tentativa de
unificar as regras ortográficas. É claro que poderiam ter modificado muito
mais, no entanto, para começar, está bom. Um dos casos mais
polêmicos é o emprego do hífen, mas só fala mal do acordo quem nunca
ensinou, por exemplo, as regras do hífen.
Antes, para apenas um dos casos, tínhamos de decorar mais ou menos
100 prefixos; hoje, com cinco regras, resolvem-se todos os casos
relativos ao tema”,
Romulo Bolívar
Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa
ALFABETO
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as
letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z
TREMA
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos
grupos gue, gui, que, qui.
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
ACENTUAÇÃO
Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na
penúltima sílaba).
Como era Como fica
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
idéia, assembléia, platéia ideia, assembleia, plateia
ACENTUAÇÃO
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim,
continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos
terminados em éis eói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis
etc.
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
ACENTUAÇÃO
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s),
pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
ACENTUAÇÃO
Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder
(pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do
indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
-Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
-Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
-- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter evir, assim como de seus
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
HÍFEN – Esse é o causador
da discórdia...
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não
apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-
chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda,
vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira,
pão-duro, bate-boca.
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que
perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,
paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
HÍFEN – Esse é o causador
da discórdia...
b) Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou
quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco,
blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu,
rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde,
pega-pega, corre-corre.
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos
de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de
todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula,
camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
HÍFEN – Esse é o causador
da discórdia...d) Incluem-se nesse caso os compostos de base
oracional. Exemplos: maria vai com as outras,
leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus
nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de
sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-
rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-
dará, à queima-roupa.
HÍFEN – Esse é o causador
da discórdia...
d) Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há
o emprego do apóstrofo.
Exemplos: gota-d ‘água, pé-d'água.
e) Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de
topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem
elementos de ligação.
Exemplos:
Belo Horizonte - belo-horizontino; Porto Alegre
- porto-alegrense; Mato Grosso do Sul - mato-
grossense-do-sul; Rio Grande do Norte - rio-
grandense-do-norte.
HÍFEN – Esse é o causador
da discórdia...
f) Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e
botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes),
tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-
espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra,
lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-
reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies
botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido
original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de
papagaio(deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo
postal).Uso do hífen com prefixos
HÍFEN – Esse é o causador
da discórdia...
Casos gerais...
Na dúvida consultar o manual, pois o Acordo trouxe
muitas exceções.
CRASE
A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura.
Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da
preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo
ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido
pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.
Os MACETES que nos ajudam a memorizar...
OBRIGADO/OBRIGADA
Segundo a gramática tradicional, a
palavra “obrigado” é um adjetivo que, num contexto de
agradecimento, significa que alguém se sente
agradecido por alguma coisa, por algum favor que lhe
tenha sido feito, se sentindo obrigado a retribuir esse
favor a quem o fez. Por ser adjetivo, deve concordar
com o elemento ao qual se refere em gênero e número,
podendo ser masculino ou feminino, singular ou plural,
dependendo da pessoa que se sentir obrigada a retribuir
um determinado favor.
MENOS/MENAS
A forma correta de escrita da palavra é menos. A palavra “menas”
está errada, não existe. Sempre que quisermos referir alguém ou
alguma coisa em menor número, em menor quantidade, numa
posição inferior, devemos utilizar a palavra menos. É uma palavra
uniforme e invariável, ou seja, não há flexão da mesma em gênero
(masculino e feminino) e em número (singular e plural). É correto
dizer: menos pão, menos livros, menos água, menos cadeiras, o
menos, a menos.
Exemplos:
Aquele aluno é o menos inteligente da turma.
Aquela aluna é a menos inteligente da turma.
PARA MIM/PARA EU
Usamos o pronome do caso reto (eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as)
quando nos referimos ao sujeito da oração. Já os pronomes oblíquos
tônicos (mim, ti, ele (a), nós, vós, eles (as)) fazem papel de objeto e
surgem após uma preposição: para mim, de mim, por mim, e assim
por diante.
Exemplos:
Ela trouxe o presente para eu desembrulhar.
Ela trouxe o presente para mim.
AO ENCONTRO DE / DE
ENCONTROAs expressões “ao encontro de” e “de encontro a” são diariamente
faladas em jornais, revistas, artigos, em conversas telefônicas, e-
mails, dentre outros. Contudo, só não são mais utilizadas pelas
dúvidas constantes que geram no indivíduo: qual está correta? como
empregá-las? qual o significado dessas expressões?
Ao encontro de: tem significado de “estar de acordo com”, “em
direção a”, “favorável a”, “para junto de”.
Exemplo: Meu novo trabalho veio ao encontro do que desejava. (Meu
novo trabalho está de acordo com o que desejava.)
De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para
chocar-se com”.
Exemplos: Esta questão está indo de encontro aos interesses da
empresa. (Esta questão está indo contra os interesses da empresa).
CARTA/OFÍCIO/E-MAIL
Há três possibilidades de uso do vocativo em ofícios e cartas
comerciais no aspecto da pontuação:
Prezado Senhor, [com vírgula]
Prezado Senhor: [com dois-pontos]
Prezado Senhor [sem nada: versão moderna, mais limpa e
econômica].
Naturalmente, em correspondência de cunho particular, dita a regra
quem escreve. Aí se usa a pontuação (ou não) a gosto – é possível
até continuar a escrever na mesma linha depois do nome seguido de
vírgula ou dois-pontos:
Obrigado!!!

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Por dentro do novo acordo ortográfico da língua portuguesa

  • 1. Por dentro das novas regras da Língua Portuguesa e outras dicas Ministrante: Claudinei Flávio FerreiraMinistrante: Claudinei Flávio Ferreira
  • 2. FILÓLOGO Filólogo é o estudioso da filologia, que é o estudo de uma língua  em  todos  os  seus  aspectos  e  também  dos  escritos que a documentaram. Filólogo é aquele que gosta de palavras, gosta de entender  suas origens, suas raízes, sua transmissão de uma língua a  outra,  e  a  evolução  das  mesmas,  acompanhando  as  mudanças contínuas do idioma vivo. 
  • 3. A ortografia da língua portuguesa é determinada por normas  legais.  No  início  do  século  XX  Portugal  estabeleceu  pela  primeira  vez  um  modelo  ortográfico  de  referência  para  as  publicações oficiais e para o ensino. No entanto, as normas  desse  primeiro Formulário Ortográfico não  foram  adotadas  pelo Brasil. Desde então, a ortografia da língua portuguesa  foi alvo um longo processo de discussão e negociação, com  o  objetivo  de  instituir,  através  de  um  único  tratado  internacional, normas comuns que rejam a ortografia oficial  de  todos  os  países  de  língua  portuguesa. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
  • 4. As tentativas iniciais materializaram-se num primeiro acordo,  assinado em 1931, que, no entanto, viria a ser interpretado  de  forma  diferente  nos  vocabulários  ortográficos  nacionais  entretanto  produzidos:  em  Portugal,  o  Vocabulário  Ortográfico  da  Língua  Portuguesa,  de  1940;  no  Brasil,  o  Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, de  1943, acompanhado de um Formulário Ortográfico. A fim de  eliminar  estas  divergências,  foi  assinado  por  ambos  os  países  um  novo acordo ortográfico, em 1945,  mas  este  apenas  foi  aplicado  por  Portugal,  continuando  o  Brasil  a  seguir  o  disposto  no  Formulário  Ortográfico  de  1943. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
  • 5. Nas  décadas  seguintes,  houve  várias  tentativas  de  chegar  a  novo  consenso,  mas,  embora  no  início  da  década  de  1970  tenha  havido  revisões  que  aproximaram  as  duas  variedades  escritas,  não  foi  aprovada  oficialmente  uma  reforma  que  instituísse  um  documento  normativo  comum.  Fruto  de  um  longo  trabalho  da  Academia  Brasileira  de  Letras  e  da  Academia  das  Ciências  de  Lisboa,  os  representantes  oficiais  dos  então  sete  países  de  língua  oficial  portuguesa (além do Brasil e de Portugal, também Angola, Cabo Verde, Guiné- Bissau,  Moçambique  e  São  Tomé  e  Príncipe)  assinaram  em  1990  o  Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,  ratificado  também,  depois  da  sua  independência  em  2004,  por  Timor-Leste.  O Acordo Ortográfico da LínguaO Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 dePortuguesa (1990) entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 de maio de 2009 em Portugal. Em ambos os países foi estabelecido ummaio de 2009 em Portugal. Em ambos os países foi estabelecido um período de transição em que tanto as normas anteriormente em vigor comoperíodo de transição em que tanto as normas anteriormente em vigor como a introduzida por esta nova reforma são válidas: esse período é de trêsa introduzida por esta nova reforma são válidas: esse período é de três anos no Brasil e de seis anos em Portugal.anos no Brasil e de seis anos em Portugal. Com  exceção  de  Angola  e  de  Moçambique,  todos  os  restantes  países  da  CPLP  já  ratificaram  todos  os  documentos  conducentes  à  aplicação  desta  reforma. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
  • 6. Em  janeiro  de  2013  deveria  ter  entrado  em  vigor,  mas... a obrigatoriedade de seguir as regras do novo Acordo Ortográfico, que entraria em vigor no  primeiro dia do ano,  foi adiada para  o início de 2016. Tudo  por conta  do decreto 7.875,  assinado pela “presidenta” Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União de 28 de  dezembro  de  2012,  determinando  que  as  duas  formas  de  escrita  coexistirão  até  31  de  dezembro de 2015, período ampliado de transição, onde serão consideradas corretas as  grafias  'assembléia'  e  'assembleia',  por  exemplo. Um Acordo em desacordo, que ainda gera dúvidas O  novo  Acordo  substitui  apenas  0,5%  de  termos  e  grafias  usados  no  Brasil,  a  fim  de  unificar as normas da Língua Portuguesa entre os países que a utilizam.  A ideia é facilitar  o  intercâmbio  entre  estes  países  e  fortalecer  o  idioma  perante  as  demais  nações. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
  • 7. UM  ACORDO  POLÊMICO “Especialistas  têm  feito  críticas  pertinentes  ao  Acordo,  mas  a  maioria  das  pessoas  que  quer derrubá-lo não sabe o que diz. Muitos, por exemplo, já não sabiam usar o hífen antes.  E agora, com o Acordo, se depararam com a necessidade de aprender as regras, por isso  se desesperam”. O adiamento para 2016 pode abrir precedentes para que novas normas  sejam propostas e ainda as atuais excluídas, já que diversos setores não foram ouvidos na  discussão da nova ortografia. Segundo o professor Márcio o novo acordo ortográfico tem  sido  mal  compreendido  por  pessoas  que  não  estão  acostumadas  a  dar  aulas. “Alguns até falam em reforma da Língua Portuguesa. O que houve, na verdade, foi apenas  um acordo entre os países lusófonos na tentativa de unificar as regras ortográficas. É claro  que  poderiam  ter  modificado  muito  mais,  no  entanto,  para  começar,  está  bom.  Um  dos  casos  mais  polêmicos  é  o  emprego  do  hífen,  mas  só  fala  mal  do  acordo  quem  nunca  ensinou, por exemplo, as regras do hífen. Antes, para apenas um dos casos, tínhamos de  decorar mais ou menos 100 prefixos; hoje, com cinco regras, resolvem-se todos os casos  relativos  ao  tema”,  explica  Romulo  Bolívar.  Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
  • 8. Resumindo... “Alguns até falam em reforma da Língua Portuguesa. O que houve, na verdade, foi apenas um acordo entre os países lusófonos na tentativa de unificar as regras ortográficas. É claro que poderiam ter modificado muito mais, no entanto, para começar, está bom. Um dos casos mais polêmicos é o emprego do hífen, mas só fala mal do acordo quem nunca ensinou, por exemplo, as regras do hífen. Antes, para apenas um dos casos, tínhamos de decorar mais ou menos 100 prefixos; hoje, com cinco regras, resolvem-se todos os casos relativos ao tema”, Romulo Bolívar Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
  • 9. ALFABETO O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
  • 10. TREMA Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. agüentar aguentar argüir arguir bilíngüe bilíngue cinqüenta cinquenta
  • 11. ACENTUAÇÃO Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica alcalóide alcaloide alcatéia alcateia andróide androide idéia, assembléia, platéia ideia, assembleia, plateia
  • 12. ACENTUAÇÃO Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis eói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo
  • 13. ACENTUAÇÃO Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pêra. Comi uma pera.
  • 14. ACENTUAÇÃO Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. -Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. -Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. -- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter evir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
  • 15. HÍFEN – Esse é o causador da discórdia... a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda- chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca. *Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
  • 16. HÍFEN – Esse é o causador da discórdia... b) Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre. c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
  • 17. HÍFEN – Esse é o causador da discórdia...d) Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta. * Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de- rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus- dará, à queima-roupa.
  • 18. HÍFEN – Esse é o causador da discórdia... d) Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d ‘água, pé-d'água. e) Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte - belo-horizontino; Porto Alegre - porto-alegrense; Mato Grosso do Sul - mato- grossense-do-sul; Rio Grande do Norte - rio- grandense-do-norte.
  • 19. HÍFEN – Esse é o causador da discórdia... f) Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe- espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do- reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia. Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares: a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio(deformação nas vértebras). b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos
  • 20. HÍFEN – Esse é o causador da discórdia... Casos gerais... Na dúvida consultar o manual, pois o Acordo trouxe muitas exceções.
  • 21. CRASE A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola. Os MACETES que nos ajudam a memorizar...
  • 22. OBRIGADO/OBRIGADA Segundo a gramática tradicional, a palavra “obrigado” é um adjetivo que, num contexto de agradecimento, significa que alguém se sente agradecido por alguma coisa, por algum favor que lhe tenha sido feito, se sentindo obrigado a retribuir esse favor a quem o fez. Por ser adjetivo, deve concordar com o elemento ao qual se refere em gênero e número, podendo ser masculino ou feminino, singular ou plural, dependendo da pessoa que se sentir obrigada a retribuir um determinado favor.
  • 23. MENOS/MENAS A forma correta de escrita da palavra é menos. A palavra “menas” está errada, não existe. Sempre que quisermos referir alguém ou alguma coisa em menor número, em menor quantidade, numa posição inferior, devemos utilizar a palavra menos. É uma palavra uniforme e invariável, ou seja, não há flexão da mesma em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural). É correto dizer: menos pão, menos livros, menos água, menos cadeiras, o menos, a menos. Exemplos: Aquele aluno é o menos inteligente da turma. Aquela aluna é a menos inteligente da turma.
  • 24. PARA MIM/PARA EU Usamos o pronome do caso reto (eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as) quando nos referimos ao sujeito da oração. Já os pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, ele (a), nós, vós, eles (as)) fazem papel de objeto e surgem após uma preposição: para mim, de mim, por mim, e assim por diante. Exemplos: Ela trouxe o presente para eu desembrulhar. Ela trouxe o presente para mim.
  • 25. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTROAs expressões “ao encontro de” e “de encontro a” são diariamente faladas em jornais, revistas, artigos, em conversas telefônicas, e- mails, dentre outros. Contudo, só não são mais utilizadas pelas dúvidas constantes que geram no indivíduo: qual está correta? como empregá-las? qual o significado dessas expressões? Ao encontro de: tem significado de “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto de”. Exemplo: Meu novo trabalho veio ao encontro do que desejava. (Meu novo trabalho está de acordo com o que desejava.) De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”. Exemplos: Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (Esta questão está indo contra os interesses da empresa).
  • 26. CARTA/OFÍCIO/E-MAIL Há três possibilidades de uso do vocativo em ofícios e cartas comerciais no aspecto da pontuação: Prezado Senhor, [com vírgula] Prezado Senhor: [com dois-pontos] Prezado Senhor [sem nada: versão moderna, mais limpa e econômica]. Naturalmente, em correspondência de cunho particular, dita a regra quem escreve. Aí se usa a pontuação (ou não) a gosto – é possível até continuar a escrever na mesma linha depois do nome seguido de vírgula ou dois-pontos: