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Arte
do Conflito
  meados do século XVI
   até o século XVIII
Literatura Barroca
 Para falar das contradições do mundo exterior e do
mundo interior, o escritor barroco usa e abusa do jogo
de palavras, das antíteses, das hipérboles, das frases
   tortuosas, dos paradoxos. Utiliza palavras raras,
inspira-se no latim para criar novos termos, explora a
 riqueza das imagens. Mas, às vezes, abusa tanto das
 metáforas que os textos se tornam incompreensíveis.
Às vezes, procura mostrar tanta habilidade poética que
  seus textos não passam de exibicionismo artístico.
Morbidez                     Carpe Diem


                         X
 Acentuação do sentido       Consciência de que a vida é
  trágico da vida e da       efêmera (passageira) e por
condição de pecador do         isso deve aproveitá-la.
        homem.
Estilo Barroco
Cultismo                                    Conceptismo
A linguagem preciosa
                                                     Quando o
   e rebuscada do
                                              rebuscamento se dá na
 Barroco, que abusa
                                                   expressão do
 das metáforas, das
                                             raciocínio, com o abuso
      antíteses e
                                                do jogo de idéias e
paradoxos, recebe o
                                                    sutilezas de
 nome de cultismo.
                                             argumentação, recebe o
  Um dos grandes                              nome de conceptismo
 poetas cultistas foi o                            (do espanhol
  espanhol Luís de                            concepto, que significa
      Gôngora.            Luís de Gôngora       "conceito, ideia")..
Barroco no Brasil
O Barroco Brasileiro
 teve início em 1601,
  tendo como marco
     inicial a obra ,     Quanto à forma é pura imitação de “Os
                         Lusíadas” (com versos inteiros tirados de
    “Prosopopéia”                       Camões).
                         Quanto ao assunto, narra as peripécias de
 de Bento Teixeira.      um naufrágio em que se encontrou Jorge
                           de Albuquerque Coelho e aproveita a
                        oportunidade para fazer descrições da terra
                                     pernambucana.
                         0 seu grande mérito é todo histórico: foi o
                         primeiro trabalho aqui feito com intuitos
                                   puramente literários.
No Brasil, o período foi      Brasil - Colônia
marcado pela nova política
de colonização, e
estabeleceram-se engenhos
de cana-de-açúcar na Bahia.
Salvador, como capital do
Brasil, transformou-se em
um núcleo populacional
importante, e como
consequência, um centro
cultural que, mesmo
timidamente, fez surgir
grandes figuras, como
Gregório de Matos.
O Boca do Inferno
    Poeta barroco brasileiro, nasceu em
Salvador/BA, em 20/12/1623 e morreu em
            Recife/PE em 1696.
     Mulherengo, boêmio, irreverente,
iconoclasta e possuidor de um legendário
   entusiasmo pelas mulatas, pôs muita             Amado e odiado, é
     autoridade civil e religiosa em má       conhecido por muitos como
   situação, ridicularizando-as de forma         "Boca do Inferno", em
                  impiedosa.                     função de suas poesias
Sua obra poética apresenta duas vertentes:        satíricas, muitas vezes
                                                trabalhando o chulo em
 uma satírica (pela qual é mais conhecido)
                                               violentos ataques pessoais.
 que, não raro, apresenta aspectos eróticos
   e pornográficos; outra lírica, de fundo
              religioso e moral.
Buscando a Cristo A vós correndo vou, braços sagrados,
                              Nessa cruz sacrossanta descobertos,
                              Que, para receber-me, estais abertos,
                              E, por não castigar-me, estais cravados.


                              A vós, divinos olhos, eclipsados
                              De tanto sangue e lágrimas abertos,
                              Pois, para perdoar-me, estais despertos,
                              E, por não condenar-me, estais fechados.

                              A vós, pregados pés, por não deixar-me,
                              A vós, sangue vertido, para ungir-me,
                              A vós, cabeça baixa p„ra chamar-me.

                              A vós, lado patente, quero unir-me,
                              A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
                              Para ficar unido, atado e firme.
A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR


 Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
 da vossa alta clemência me despido;
 porque, quanto mais tenho delinqüido,
 vos tenho a perdoar mais empenhado.

 Se basta a vos irar tanto pecado,
 a abrandar-vos sobeja um só gemido:
 que a mesma culpa, que vos há ofendido
 vos tem para o perdão lisonjeado.

 Se uma ovelha perdida, e já cobrada
 glória tal e prazer tão repentino
 vos deu, como afirmais na sacra história,

 eu sou Senhor, a ovelha desgarrada,
 cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
 perder na vossa ovelha, a vossa glória.
Triste Bahia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh! se quisera Deus que de repente
Um dia amanhecerás tão sisuda
Que fora de algodão o teu capacete!
                                         Gregório criticava também a “cidade
                                         da Bahia”, como neste soneto.
Oh triste Bahia                       Triste, oh, quão dessemelhante
                                               ê, ô, galo canta
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante…          O galo cantou, camará
Estás e estou do nosso antigo estado           ê, cocorocô, ê cocorocô, camará
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado         ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará
Rico te vejo eu, já tu a mim abundante         ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará
                                               ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará
                                               Bandeira branca enfiada em pau forte…
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante               Afoxé leî, leî, leô…
Quem tua larga barra tem entrado               Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau
A mim vem me trocando e tem trocado            forte…
Tanto negócio e tanto negociante               O vapor da cachoeira não navega mais no mar…
                                               Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante
Triste, oh, quão dessemelhante, triste         Maria pegue o mato é hora…
Pastinha já foi à África                       Arriba a saia e vamo-nos embora…
Pastinha já foi à África                       Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai
Pra mostrar capoeira do Brasil                 embora…
Eu já vivo tão cansado
De viver aqui na Terra                         Oh, virgem mãe puríssima…
                                               Bandeira branca enfiada em pau forte…
Minha mãe, eu vou pra lua
                                               Trago no peito a estrela do norte
Eu mais a minha mulher
                                               Bandeira branca enfiada em pau forte…
Vamos fazer um ranchinho
                                               Bandeira…
Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua
E seja o que Deus quiser
“Que me quer o Brasil,
                   que me persegue?
                   Com seu ódio a canalha,
                   que consegue?
Neste poema        que aqui honram os mofinos
Gregório refere-
se a apatia dos    e mofam dos liberais.
brasileiros
frente à           Que os Brasileiros são bestas,
exploração
portuguesa
                   e estarão a trabalhar
(cobrança de       toda a vida por manter
impostos)
                   maganos de Portugal.”
os "grandes conselheiros" não
                                                         são mais que os políticos

                     A cada canto um grande conselheiro
                     Que nos quer governar cabana e vinha;           A figura do
                     Não sabem governar sua cozinha                  "grande
A sua obra tinha     E podem governar o mundo inteiro.               conselheiro" é
um cunho bastante                                                    a figura do
satírico e moderno   Em cada porta um bem freqüente olheiro          hipócrita que
para a época.        Que a vida do vizinho e da vizinha              aponta os
Neste poema                                                          pecados dos
                     Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha
 critica os                                                          outros, sem
governantes da
                     Para o levar à praça e ao terreiro.
                                                                     olhar aos seus.
"cidade da Bahia"                                                    Em resumo, é
de sua época.        Muitos mulatos desavergonhados,                 aquele que
                     Trazidos sob os pés os homens nobres,           aconselha mas
Esta crítica é       Posta nas palmas toda a picardia,               não segue os
atemporal e                                                          seus preceitos.
universal.           Estupendas usuras nos mercados,
                     Todos os que não furtam muito pobres:
                     E eis aqui a cidade da Bahia.
Filmografia Indicada
                                        Informações Técnicas

                                        Título Original: Gregório de Matos
                                        País de Origem: Brasil
                                        Gênero: Drama
                                        Tempo de Duração: 70 minutos
                                        Ano de Lançamento: 2002
                                        Site Oficial:
                                        Estúdio/Distrib.: Riofilmes
                                        Direção: Ana Carolina




http://www.youtube.com/watch?v=VQ05lOBv3wg&feature=player_embedded
Assista

                                                              "Que falta nesta cidade? Verdade.
                                                              Que mais por sua desonra? Honra.
                                                              Falta mais que se lhe ponha? Vergonha.

                                                              O demo a viver se exponha
                                                              Por mais que a fama a exalta
                                                              Numa cidade onde falta
                                                              Verdade, honra e vergonha."



http://www.youtube.com/watch?v=VQ05lOBv3wg&feature=player_embedded
Pe. Antonio Vieira
        Conviveu com
reis, índios, escravos, padres
   e senhores numa época
 marcada pela intolerância
  religiosa e pela violência.
 Condenado pelos tribunais
  da Santa Inquisição, que
   tanto combatia, o Padre
  Vieira amargou dois anos
     numa masmorra em
           Coimbra.                    Vieira deixou sermões
                                          memoráveis, nada
                                 digeríveis, desancando os vícios da
                                   gente local com sua linguagem
                                       prodigiosa e indignada.
Sermão do Sto Antonio aos Peixes

«A primeira cousa que me desedifica,
peixes, de vós, é que vos comeis uns aos
outros. Grande escândalo é este, mas a
circunstância o faz ainda maior.[...]
Os homens com suas más e
perversas cobiças, vêm a ser
como os peixes que se comem
uns aos outros.
Tão alheia cousa é, não só da razão,
mas da mesma natureza, que, sendo
todos criados no mesmo elemento, todos
cidadãos da mesma pátria, e todos
finalmente irmãos, vivais de vos
comer![...] »


                                           “Já que não me querem ouvir os
                                           homens, ouçam-me os peixes ...”
 http://www.youtube.com/watch?v=sXMQlaUPJfw&feature=related
Assista no youtube

                     “Grandes Livros” é um projeto multi-
                     plataforma de divulgação da literatura
                     portuguesa que envolve uma série de 12
                     documentários, com 50 minutos cada
                     Leia mais em:
                     http://ebooksgratis.com.br/filmes-e-
                     documentarios/documentario-navegacoes-sophia-de-mello-
                     breyner-andresen-serie-grandes-livros-%e2%80%93-episodio-
                     xii/#ixzz1livSVJNL
Filmografia Indicada
                                     Informações Técnicas
                                     Título no Brasil: Palavra e Utopia
                                     Título Original: Palavra e Utopia / Word and Utopia
                                     País de Origem: Portugal / França / Brasil / Espanha
                                     Gênero: Drama
                                     Tempo de Duração: 133 minutos
                                     Ano de Lançamento: 2000
                                     Site Oficial:
                                     Estúdio/Distrib.: Mais Filmes
                                     Direção: Manoel de Oliveira

                                     Elenco
                                     Lima Duarte .... Padre António Vieira (Idoso)
                                     Luís Miguel Cintra .... Padre António Vieira (Meia
                                     Idade)
                                     Ricardo Trepa .... Padre António Vieira (Jovem)
http://www.youtube.com/watch?v=kek
Nm30spHk&feature=channel_page
Fontes
•     CEREJA ,WILLIAM ROBERTO THEREZA A.C. MAPanorama da Literatura Portuguesa
•     google/images
•     gradus.parnassum.org
•     geocities.com/jerusalem_1000/gregorio.html
•     virtualbooks.terra.com.br/literatura_brasileira
•     www.allaboutarts.com.br
•     http://www.novomilenio.inf.br/
•     http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego.html




                       Pesquisa e organização

    Profa. Cláudia Heloísa Cunha Andria
    Contato: clauheloisa@yahoo.com.br

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Barroco

  • 1. Arte do Conflito meados do século XVI até o século XVIII
  • 2. Literatura Barroca Para falar das contradições do mundo exterior e do mundo interior, o escritor barroco usa e abusa do jogo de palavras, das antíteses, das hipérboles, das frases tortuosas, dos paradoxos. Utiliza palavras raras, inspira-se no latim para criar novos termos, explora a riqueza das imagens. Mas, às vezes, abusa tanto das metáforas que os textos se tornam incompreensíveis. Às vezes, procura mostrar tanta habilidade poética que seus textos não passam de exibicionismo artístico.
  • 3. Morbidez Carpe Diem X Acentuação do sentido Consciência de que a vida é trágico da vida e da efêmera (passageira) e por condição de pecador do isso deve aproveitá-la. homem.
  • 4. Estilo Barroco Cultismo Conceptismo A linguagem preciosa Quando o e rebuscada do rebuscamento se dá na Barroco, que abusa expressão do das metáforas, das raciocínio, com o abuso antíteses e do jogo de idéias e paradoxos, recebe o sutilezas de nome de cultismo. argumentação, recebe o Um dos grandes nome de conceptismo poetas cultistas foi o (do espanhol espanhol Luís de concepto, que significa Gôngora. Luís de Gôngora "conceito, ideia")..
  • 5. Barroco no Brasil O Barroco Brasileiro teve início em 1601, tendo como marco inicial a obra , Quanto à forma é pura imitação de “Os Lusíadas” (com versos inteiros tirados de “Prosopopéia” Camões). Quanto ao assunto, narra as peripécias de de Bento Teixeira. um naufrágio em que se encontrou Jorge de Albuquerque Coelho e aproveita a oportunidade para fazer descrições da terra pernambucana. 0 seu grande mérito é todo histórico: foi o primeiro trabalho aqui feito com intuitos puramente literários.
  • 6. No Brasil, o período foi Brasil - Colônia marcado pela nova política de colonização, e estabeleceram-se engenhos de cana-de-açúcar na Bahia. Salvador, como capital do Brasil, transformou-se em um núcleo populacional importante, e como consequência, um centro cultural que, mesmo timidamente, fez surgir grandes figuras, como Gregório de Matos.
  • 7. O Boca do Inferno Poeta barroco brasileiro, nasceu em Salvador/BA, em 20/12/1623 e morreu em Recife/PE em 1696. Mulherengo, boêmio, irreverente, iconoclasta e possuidor de um legendário entusiasmo pelas mulatas, pôs muita Amado e odiado, é autoridade civil e religiosa em má conhecido por muitos como situação, ridicularizando-as de forma "Boca do Inferno", em impiedosa. função de suas poesias Sua obra poética apresenta duas vertentes: satíricas, muitas vezes trabalhando o chulo em uma satírica (pela qual é mais conhecido) violentos ataques pessoais. que, não raro, apresenta aspectos eróticos e pornográficos; outra lírica, de fundo religioso e moral.
  • 8. Buscando a Cristo A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos, Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. A vós, divinos olhos, eclipsados De tanto sangue e lágrimas abertos, Pois, para perdoar-me, estais despertos, E, por não condenar-me, estais fechados. A vós, pregados pés, por não deixar-me, A vós, sangue vertido, para ungir-me, A vós, cabeça baixa p„ra chamar-me. A vós, lado patente, quero unir-me, A vós, cravos preciosos, quero atar-me, Para ficar unido, atado e firme.
  • 9. A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, da vossa alta clemência me despido; porque, quanto mais tenho delinqüido, vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, a abrandar-vos sobeja um só gemido: que a mesma culpa, que vos há ofendido vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida, e já cobrada glória tal e prazer tão repentino vos deu, como afirmais na sacra história, eu sou Senhor, a ovelha desgarrada, cobrai-a; e não queirais, pastor divino, perder na vossa ovelha, a vossa glória.
  • 10. Triste Bahia Triste Bahia! Ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Rica te vi eu já, tu a mi abundante. A ti trocou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando, e tem trocado, Tanto negócio e tanto negociante. Deste em dar tanto açúcar excelente Pelas drogas inúteis, que abelhuda Simples aceitas do sagaz Brichote. Oh! se quisera Deus que de repente Um dia amanhecerás tão sisuda Que fora de algodão o teu capacete! Gregório criticava também a “cidade da Bahia”, como neste soneto.
  • 11. Oh triste Bahia Triste, oh, quão dessemelhante ê, ô, galo canta Triste Bahia, oh, quão dessemelhante… O galo cantou, camará Estás e estou do nosso antigo estado ê, cocorocô, ê cocorocô, camará Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará Rico te vejo eu, já tu a mim abundante ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará Bandeira branca enfiada em pau forte… Triste Bahia, oh, quão dessemelhante A ti tocou-te a máquina mercante Afoxé leî, leî, leô… Quem tua larga barra tem entrado Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau A mim vem me trocando e tem trocado forte… Tanto negócio e tanto negociante O vapor da cachoeira não navega mais no mar… Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante Triste, oh, quão dessemelhante, triste Maria pegue o mato é hora… Pastinha já foi à África Arriba a saia e vamo-nos embora… Pastinha já foi à África Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai Pra mostrar capoeira do Brasil embora… Eu já vivo tão cansado De viver aqui na Terra Oh, virgem mãe puríssima… Bandeira branca enfiada em pau forte… Minha mãe, eu vou pra lua Trago no peito a estrela do norte Eu mais a minha mulher Bandeira branca enfiada em pau forte… Vamos fazer um ranchinho Bandeira… Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua E seja o que Deus quiser
  • 12. “Que me quer o Brasil, que me persegue? Com seu ódio a canalha, que consegue? Neste poema que aqui honram os mofinos Gregório refere- se a apatia dos e mofam dos liberais. brasileiros frente à Que os Brasileiros são bestas, exploração portuguesa e estarão a trabalhar (cobrança de toda a vida por manter impostos) maganos de Portugal.”
  • 13. os "grandes conselheiros" não são mais que os políticos A cada canto um grande conselheiro Que nos quer governar cabana e vinha; A figura do Não sabem governar sua cozinha "grande A sua obra tinha E podem governar o mundo inteiro. conselheiro" é um cunho bastante a figura do satírico e moderno Em cada porta um bem freqüente olheiro hipócrita que para a época. Que a vida do vizinho e da vizinha aponta os Neste poema pecados dos Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha critica os outros, sem governantes da Para o levar à praça e ao terreiro. olhar aos seus. "cidade da Bahia" Em resumo, é de sua época. Muitos mulatos desavergonhados, aquele que Trazidos sob os pés os homens nobres, aconselha mas Esta crítica é Posta nas palmas toda a picardia, não segue os atemporal e seus preceitos. universal. Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia.
  • 14. Filmografia Indicada Informações Técnicas Título Original: Gregório de Matos País de Origem: Brasil Gênero: Drama Tempo de Duração: 70 minutos Ano de Lançamento: 2002 Site Oficial: Estúdio/Distrib.: Riofilmes Direção: Ana Carolina http://www.youtube.com/watch?v=VQ05lOBv3wg&feature=player_embedded
  • 15. Assista "Que falta nesta cidade? Verdade. Que mais por sua desonra? Honra. Falta mais que se lhe ponha? Vergonha. O demo a viver se exponha Por mais que a fama a exalta Numa cidade onde falta Verdade, honra e vergonha." http://www.youtube.com/watch?v=VQ05lOBv3wg&feature=player_embedded
  • 16. Pe. Antonio Vieira Conviveu com reis, índios, escravos, padres e senhores numa época marcada pela intolerância religiosa e pela violência. Condenado pelos tribunais da Santa Inquisição, que tanto combatia, o Padre Vieira amargou dois anos numa masmorra em Coimbra. Vieira deixou sermões memoráveis, nada digeríveis, desancando os vícios da gente local com sua linguagem prodigiosa e indignada.
  • 17. Sermão do Sto Antonio aos Peixes «A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior.[...] Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer![...] » “Já que não me querem ouvir os homens, ouçam-me os peixes ...” http://www.youtube.com/watch?v=sXMQlaUPJfw&feature=related
  • 18. Assista no youtube “Grandes Livros” é um projeto multi- plataforma de divulgação da literatura portuguesa que envolve uma série de 12 documentários, com 50 minutos cada Leia mais em: http://ebooksgratis.com.br/filmes-e- documentarios/documentario-navegacoes-sophia-de-mello- breyner-andresen-serie-grandes-livros-%e2%80%93-episodio- xii/#ixzz1livSVJNL
  • 19. Filmografia Indicada Informações Técnicas Título no Brasil: Palavra e Utopia Título Original: Palavra e Utopia / Word and Utopia País de Origem: Portugal / França / Brasil / Espanha Gênero: Drama Tempo de Duração: 133 minutos Ano de Lançamento: 2000 Site Oficial: Estúdio/Distrib.: Mais Filmes Direção: Manoel de Oliveira Elenco Lima Duarte .... Padre António Vieira (Idoso) Luís Miguel Cintra .... Padre António Vieira (Meia Idade) Ricardo Trepa .... Padre António Vieira (Jovem) http://www.youtube.com/watch?v=kek Nm30spHk&feature=channel_page
  • 20. Fontes • CEREJA ,WILLIAM ROBERTO THEREZA A.C. MAPanorama da Literatura Portuguesa • google/images • gradus.parnassum.org • geocities.com/jerusalem_1000/gregorio.html • virtualbooks.terra.com.br/literatura_brasileira • www.allaboutarts.com.br • http://www.novomilenio.inf.br/ • http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego.html Pesquisa e organização Profa. Cláudia Heloísa Cunha Andria Contato: clauheloisa@yahoo.com.br