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Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 10 – A PERDA DOS BENS TERRENOS
INTRODUÇÃO
Nesta lição, definiremos o termo “perda”. Destacaremos as fontes por meio das quais o homem pode adquirir
bens. Veremos também, que tudo o que possuímos materialmente é transitório, não dura para sempre e nem preenche o
vazio da alma. Pontuaremos ainda o que pode levar a pessoa a perder as suas posses. E, por fim, elencaremos quais as
atitudes que o cristão deve tomar diante da perda dos bens terrenos.
I – DEFINIÇÃO DE PERDA
Segundo o Aurélio, a palavra “perda” significa: “privação de alguma coisa que se possuía, extravio, sumiço,
destruição, ruína, aniquilamento”. Do grego “zemioõ” significa “danificar” ou ainda “sofrer perda, perder”. Em (Mt 16.26 e
Mc 8.36), fala de perder a vida; em (Lc 9.25) de prejudicar-se a si mesmo. Já o termo “zemia” significa “dano, perdição”
e é usado acerca de um navio que perdeu sua carga (At 27.10, 21).
II – AS FONTES DOS BENS TERRENOS
2.1 A benção de Deus. Não resta dúvidas de que Deus concede bençãos materiais: “E a todo o homem, a quem Deus
deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom
de Deus” (Ec 5.19). Afinal de contas, Ele é o dono de tudo (Sl 24.1), e outorga riquezas a quem Ele quer (I Sm
2.7; Pv 10.22). A exemplo disto temos: Abraão (Gn 24.1), Salomão (I Reis 3.13), Jó (Jó 1.2, 3), Davi (II Sm 12.7,8) entre
outros (II Cro 18.1; 32.27).
2.2 Por herança. O homem pode adquirir posses também por herança. O Aurélio diz que herança é “bem, direito ou
obrigação transmitidos por via de sucessão ou por disposição testamentária”. Exemplos bíblicos: Nabote (I Re 21.3),
Mefibosete (II Sm 9.7).
2.3 Resultado do trabalho. É importante salientar que qualquer pessoa, seja ela crente ou não, que se qualifique,
trabalhe, mostre dedicação e se esforce, obterá bons resultados para sua vida material, pois, Deus dispensa a sua
benção a todos indistintamente: “E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu
trabalho; isto é um dom de Deus” (Ec 3.13). Confira ainda: (Ec 2.24; 5.18, 19; Mt 5.45).
2.4 De forma ilícita. A expressão “ilícita” conforme o Aurélio, quer dizer: “proibido pela lei, ilegítimo”. Não se pode negar
que nem todo bem adquirido é licito. Vivemos num país onde existe muita corrupção e têm seduzido muitas pessoas ao
“dinheiro fácil”. A Bíblia, no entanto, adverte quanto ao perigo das riquezas obtidas de forma errada, ou seja,
conquistados desonestamente: “A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho
a aumentará” (Pv 13.11). Devemos ter cuidado, pois nem sempre o que é legal é moral (Hc 2.9; Pv 28.20; I
Co 5.10; 6.10).
III – A TRANSITORIEDADE DOS BENS TERRENOS
Não é pecado desejar, buscar e adquirir bens terrenos. O pecado consiste em colocar a riqueza como prioridade
(Mt 6.24; Lc 12.15; Ef 5.3; Cl 3.5). A Bíblia nos ensina que tudo o que o homem vier a possuir materialmente, não poderá
levar para sempre consigo. O apóstolo Paulo asseverou isto quando disse: “Porque nada trouxemos para este
mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (I Tm 6.7). Logo, deve-se destacar três verdades acerca dos
bens terrenos:
3.1 Eles são transitórios. Tudo o que possuímos materialmente é transitório (Pv 27.24). O nosso dicionário define esta
palavra como: “de pouca duração; passageiro”. Devemos estar conscientes de que os bens terrenos são passageiros,
por mais que possamos usufruí-los. As posses estão restritas a esta vida, pois quando partirmos para estar com Cristo,
nada levaremos “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para
onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. (Ec 9.10).
3.2 Eles não são duradouros. Tudo o que é material se destrói, se corrompe (Tg 5.2,3). Somente os bens espirituais é
que são permanentes (I Pe 1.4). Logo, devemos estar atentos para a exortação de Jesus quanto a preocupação
exagerada com o acúmulo de bens terrenos, porque eles se estragam: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e
a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19).
3.3 Eles não preenchem o homem. Por mais que os bens possam nos conceder regalias, conforto e direitos, eles não
conseguem preencher o vazio que há dentro do homem. A Bíblia diz que Zaqueu era um homem que desfrutava de uma
alta posição e que era rico (Lc 19.2), porém sentia falta de algo, pois “procurava ver quem era Jesus” (Lc 19.3). De
fato, as riquezas atendem algumas necessidades do homem, mas não todas. Por isso Jesus disse: “Pois que aproveita
ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?”
(Mt 16.26).
IV – O QUE PODE LEVAR UMA PESSOA A PERDER SEUS BENS
4.1 Falta de sabedoria. A expressão em destaque no grego é “phronesis” que significa: “entendimento, prudência”, ou
seja, o uso correto da mente”. Infelizmente, não são poucas as pessoas que por falta de sabedoria acabam perdendo
aquilo que possuem. É preciso entender que qualquer coisa boa nas mãos de um falto de entendimento logo se destrói:
“Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento, eis que estava toda cheia
de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado” (Pv 24.30,31).
4.2 Falta de Equilíbrio. São muitos os que arruínam suas posses por falta de equilíbrio. É preciso agir com moderação
também com aquilo que possuímos. A Bíblia nos relata a história de Nabal, que era um homem muito rico, porém muito
duro e maligno (I Sm 25.2,3). Este negou ajudar Davi com suas posses, e Deus lhe feriu por ser avarento e sem
compaixão (I Sm 25.37,38). Existe um aspecto do fruto do Espírito, que é implantado no crente regenerado, chamado de
temperança (Gl 5.22). Esta palavra no grego é “engkrateia” que nos passa a ideia básica de força, poder ou domínio
sobre o ego. Paulo exorta os que possuem riquezas a serem moderados (I Tm 6.8-10; 17-19).
4.3 Provação. Não podemos negar que um crente pode vir a perder suas posses por uma provação. O verbo provar no
hebraico é “tsãraph” que quer dizer: “refinar, provar, fundir”. A Bíblia diz que Deus prova os seus (Êx 20.20; Dt 8.2; I Cro
29.17; Sl 7.9; Jo 6.6; At 14.22; I Pe 4.12-19). O patriarca Jó foi acusado por Satanás de servir a Deus com
sinceridade, retidão, temor e prudência em troca de sua proteção (Jó 1.9-11). Todavia, Jó, em meio a mais intensa dor
de ter perdido riquezas, filhos e saúde, permaneceu firme e glorificou ao Senhor (Jó 1.13-22), provando assim seu amor
verdadeiro por Deus (Jó 19.25).
V – COMO LIDAR COM A PERDA DOS BENS TERRENOS
Enquanto estivermos no mundo, estamos sujeitos a passar por momentos difíceis: “No mundo tereis
aflições...” (Jo 16.33-a). Enfermidade, morte, violência, privações materiais, perseguições, angústias e outros
males podem sobrevir ao crente. No entanto, a Bíblia nos ensina como devemos proceder quando nos depararmos com
momentos de perda. Vejamos:
5.1 Tendo fé em Deus. O termo fé, do hebraico “heemin” e do grego “pisteuõ” é definido pela própria Bíblia como
“...o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). É a
confiança que depositamos em todas as providências de Deus (Gn 22.8). É a crença de que Ele está no controle de
tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu (Is 43.13). No livro de Jó encontramos ele perdendo seus bens,
no entanto, vemo-lo conservando a sua fé: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará
sobre a terra” (Jó 19.25). Semelhante convicção demonstrou o apóstolo Paulo diante das mais severas provações:
“Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou
certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” (II Tm 1.12).
5.2 Aceitando a vontade divina. O nosso Deus é Soberano. Isto significa dizer que Ele exerce autoridade absoluta e
inquestionável sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus. Portanto, como seus servos devemos aceitar
seus desígnios sem questionar (Rm 9.20). É o que nos ensina Jesus Cristo na oração modelo: “... seja feita a tua
vontade, assim na terra como no céu...” (Mt 6.10). Vemos essa submissão a vontade de Deus bem expressa nas
palavras de Jó, quando diante de todas as calamidades que lhe aconteceram, disse: “Nu saí do ventre de minha mãe
e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).
5.3 Permanecendo firme. Definitivamente, é praticamente impossível viver sem passar por crises, pois a vida é
composta inevitalmente de dias maus: “Porém, se o homem viver muitos anos, e em todos eles se alegrar, também
se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade” (Ec 11.8). Logo, o
justo pode até vir a abalar-se diante das perdas, porém, deve permanecer firme no Senhor (Ef 6.13). O termo “firme” no
grego “bebaios” significa: “estável, seguro”. Por isso, o alicerce da nossa vida não deve estar fundamentado nas
posses materiais, e sim, na obediência à Palavra de Deus, porque quando as tempestades nos sobrevêem, avaliam a
qualidade do nosso alicerce (Mt 7.24-27) e também onde realmente está o nosso coração - se nas coisas materiais ou
espirituais: “Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12.34). Portanto,
imitemos a conduta do patriarca Jó diante das perdas que sofreu: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus
falta alguma” (Jó 1.22).
CONCLUSÃO
O cristão não está isento de sofrer abalos também em sua vida material, fazendo com que venha a perder seus
bens (Jó 1.13-19). No entanto, a exemplo dos fiéis servos de Deus, devemos nos posiciar com fé, submissão e
firmeza, sabendo que não somos donos do que temos, mas mordomos (I Co 7.30). Cientes de que os bens eternos, são
melhores, pois estão guardados em um lugar totalmente seguro, e neles é que o nosso coração deve estar” (Mt 6.20,21).
REFERÊNCIAS
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
• VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD
• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
• GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito. CPAD
• COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as aflições da vida. CPAD.

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Lição 10 – a perda dos bens terrenos

  • 1. Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Aílton José Alves Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 LIÇÃO 10 – A PERDA DOS BENS TERRENOS INTRODUÇÃO Nesta lição, definiremos o termo “perda”. Destacaremos as fontes por meio das quais o homem pode adquirir bens. Veremos também, que tudo o que possuímos materialmente é transitório, não dura para sempre e nem preenche o vazio da alma. Pontuaremos ainda o que pode levar a pessoa a perder as suas posses. E, por fim, elencaremos quais as atitudes que o cristão deve tomar diante da perda dos bens terrenos. I – DEFINIÇÃO DE PERDA Segundo o Aurélio, a palavra “perda” significa: “privação de alguma coisa que se possuía, extravio, sumiço, destruição, ruína, aniquilamento”. Do grego “zemioõ” significa “danificar” ou ainda “sofrer perda, perder”. Em (Mt 16.26 e Mc 8.36), fala de perder a vida; em (Lc 9.25) de prejudicar-se a si mesmo. Já o termo “zemia” significa “dano, perdição” e é usado acerca de um navio que perdeu sua carga (At 27.10, 21). II – AS FONTES DOS BENS TERRENOS 2.1 A benção de Deus. Não resta dúvidas de que Deus concede bençãos materiais: “E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus” (Ec 5.19). Afinal de contas, Ele é o dono de tudo (Sl 24.1), e outorga riquezas a quem Ele quer (I Sm 2.7; Pv 10.22). A exemplo disto temos: Abraão (Gn 24.1), Salomão (I Reis 3.13), Jó (Jó 1.2, 3), Davi (II Sm 12.7,8) entre outros (II Cro 18.1; 32.27). 2.2 Por herança. O homem pode adquirir posses também por herança. O Aurélio diz que herança é “bem, direito ou obrigação transmitidos por via de sucessão ou por disposição testamentária”. Exemplos bíblicos: Nabote (I Re 21.3), Mefibosete (II Sm 9.7). 2.3 Resultado do trabalho. É importante salientar que qualquer pessoa, seja ela crente ou não, que se qualifique, trabalhe, mostre dedicação e se esforce, obterá bons resultados para sua vida material, pois, Deus dispensa a sua benção a todos indistintamente: “E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus” (Ec 3.13). Confira ainda: (Ec 2.24; 5.18, 19; Mt 5.45). 2.4 De forma ilícita. A expressão “ilícita” conforme o Aurélio, quer dizer: “proibido pela lei, ilegítimo”. Não se pode negar que nem todo bem adquirido é licito. Vivemos num país onde existe muita corrupção e têm seduzido muitas pessoas ao “dinheiro fácil”. A Bíblia, no entanto, adverte quanto ao perigo das riquezas obtidas de forma errada, ou seja, conquistados desonestamente: “A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará” (Pv 13.11). Devemos ter cuidado, pois nem sempre o que é legal é moral (Hc 2.9; Pv 28.20; I Co 5.10; 6.10). III – A TRANSITORIEDADE DOS BENS TERRENOS Não é pecado desejar, buscar e adquirir bens terrenos. O pecado consiste em colocar a riqueza como prioridade (Mt 6.24; Lc 12.15; Ef 5.3; Cl 3.5). A Bíblia nos ensina que tudo o que o homem vier a possuir materialmente, não poderá levar para sempre consigo. O apóstolo Paulo asseverou isto quando disse: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (I Tm 6.7). Logo, deve-se destacar três verdades acerca dos bens terrenos: 3.1 Eles são transitórios. Tudo o que possuímos materialmente é transitório (Pv 27.24). O nosso dicionário define esta palavra como: “de pouca duração; passageiro”. Devemos estar conscientes de que os bens terrenos são passageiros, por mais que possamos usufruí-los. As posses estão restritas a esta vida, pois quando partirmos para estar com Cristo, nada levaremos “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. (Ec 9.10). 3.2 Eles não são duradouros. Tudo o que é material se destrói, se corrompe (Tg 5.2,3). Somente os bens espirituais é que são permanentes (I Pe 1.4). Logo, devemos estar atentos para a exortação de Jesus quanto a preocupação exagerada com o acúmulo de bens terrenos, porque eles se estragam: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19). 3.3 Eles não preenchem o homem. Por mais que os bens possam nos conceder regalias, conforto e direitos, eles não conseguem preencher o vazio que há dentro do homem. A Bíblia diz que Zaqueu era um homem que desfrutava de uma alta posição e que era rico (Lc 19.2), porém sentia falta de algo, pois “procurava ver quem era Jesus” (Lc 19.3). De fato, as riquezas atendem algumas necessidades do homem, mas não todas. Por isso Jesus disse: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16.26).
  • 2. IV – O QUE PODE LEVAR UMA PESSOA A PERDER SEUS BENS 4.1 Falta de sabedoria. A expressão em destaque no grego é “phronesis” que significa: “entendimento, prudência”, ou seja, o uso correto da mente”. Infelizmente, não são poucas as pessoas que por falta de sabedoria acabam perdendo aquilo que possuem. É preciso entender que qualquer coisa boa nas mãos de um falto de entendimento logo se destrói: “Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento, eis que estava toda cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado” (Pv 24.30,31). 4.2 Falta de Equilíbrio. São muitos os que arruínam suas posses por falta de equilíbrio. É preciso agir com moderação também com aquilo que possuímos. A Bíblia nos relata a história de Nabal, que era um homem muito rico, porém muito duro e maligno (I Sm 25.2,3). Este negou ajudar Davi com suas posses, e Deus lhe feriu por ser avarento e sem compaixão (I Sm 25.37,38). Existe um aspecto do fruto do Espírito, que é implantado no crente regenerado, chamado de temperança (Gl 5.22). Esta palavra no grego é “engkrateia” que nos passa a ideia básica de força, poder ou domínio sobre o ego. Paulo exorta os que possuem riquezas a serem moderados (I Tm 6.8-10; 17-19). 4.3 Provação. Não podemos negar que um crente pode vir a perder suas posses por uma provação. O verbo provar no hebraico é “tsãraph” que quer dizer: “refinar, provar, fundir”. A Bíblia diz que Deus prova os seus (Êx 20.20; Dt 8.2; I Cro 29.17; Sl 7.9; Jo 6.6; At 14.22; I Pe 4.12-19). O patriarca Jó foi acusado por Satanás de servir a Deus com sinceridade, retidão, temor e prudência em troca de sua proteção (Jó 1.9-11). Todavia, Jó, em meio a mais intensa dor de ter perdido riquezas, filhos e saúde, permaneceu firme e glorificou ao Senhor (Jó 1.13-22), provando assim seu amor verdadeiro por Deus (Jó 19.25). V – COMO LIDAR COM A PERDA DOS BENS TERRENOS Enquanto estivermos no mundo, estamos sujeitos a passar por momentos difíceis: “No mundo tereis aflições...” (Jo 16.33-a). Enfermidade, morte, violência, privações materiais, perseguições, angústias e outros males podem sobrevir ao crente. No entanto, a Bíblia nos ensina como devemos proceder quando nos depararmos com momentos de perda. Vejamos: 5.1 Tendo fé em Deus. O termo fé, do hebraico “heemin” e do grego “pisteuõ” é definido pela própria Bíblia como “...o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). É a confiança que depositamos em todas as providências de Deus (Gn 22.8). É a crença de que Ele está no controle de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu (Is 43.13). No livro de Jó encontramos ele perdendo seus bens, no entanto, vemo-lo conservando a sua fé: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). Semelhante convicção demonstrou o apóstolo Paulo diante das mais severas provações: “Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” (II Tm 1.12). 5.2 Aceitando a vontade divina. O nosso Deus é Soberano. Isto significa dizer que Ele exerce autoridade absoluta e inquestionável sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus. Portanto, como seus servos devemos aceitar seus desígnios sem questionar (Rm 9.20). É o que nos ensina Jesus Cristo na oração modelo: “... seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu...” (Mt 6.10). Vemos essa submissão a vontade de Deus bem expressa nas palavras de Jó, quando diante de todas as calamidades que lhe aconteceram, disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21). 5.3 Permanecendo firme. Definitivamente, é praticamente impossível viver sem passar por crises, pois a vida é composta inevitalmente de dias maus: “Porém, se o homem viver muitos anos, e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade” (Ec 11.8). Logo, o justo pode até vir a abalar-se diante das perdas, porém, deve permanecer firme no Senhor (Ef 6.13). O termo “firme” no grego “bebaios” significa: “estável, seguro”. Por isso, o alicerce da nossa vida não deve estar fundamentado nas posses materiais, e sim, na obediência à Palavra de Deus, porque quando as tempestades nos sobrevêem, avaliam a qualidade do nosso alicerce (Mt 7.24-27) e também onde realmente está o nosso coração - se nas coisas materiais ou espirituais: “Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12.34). Portanto, imitemos a conduta do patriarca Jó diante das perdas que sofreu: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1.22). CONCLUSÃO O cristão não está isento de sofrer abalos também em sua vida material, fazendo com que venha a perder seus bens (Jó 1.13-19). No entanto, a exemplo dos fiéis servos de Deus, devemos nos posiciar com fé, submissão e firmeza, sabendo que não somos donos do que temos, mas mordomos (I Co 7.30). Cientes de que os bens eternos, são melhores, pois estão guardados em um lugar totalmente seguro, e neles é que o nosso coração deve estar” (Mt 6.20,21). REFERÊNCIAS • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD • VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD • ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD. • GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito. CPAD • COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as aflições da vida. CPAD.