SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  33
Télécharger pour lire hors ligne
Pagamento por Serviços
Ambientais Urbanos para Gestão
de Resíduos Sólidos
Bruno Milanez
Universidade Federal de Juiz de Fora
Novembro 2010
Estrutura da apresentação
Parte 1: Estimativa dos benefícios econômicos e
ambientais da reciclagem
Os benefícios econômicos e ambientais associados à
reciclagem
Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis
no Brasil
Parte 2: Considerações sobre uma política para PSAU
Serviços ambientais no contexto urbano
Diretrizes para uma política de PSAU para a reciclagem
Instrumentos propostos
Identificar e valorar impactos ambientais
Metodologia proposta
Resíduos,
Pergunta: Quanto a sociedade ganha com a reciclagem?
Identificar custos econômicos
Identificar e valorar impactos ambientais
Extração de
matéria prima
ConsumoProduto
Intermediário 2
Produto
Intermediário n
Produto
final
Produto
Intermediário 1
Descarte
Insumos
Resíduos,
efluentes,
emissões
Insumos
Resíduos,
efluentes,
emissões
Insumos
Resíduos,
efluentes,
emissões
Insumos
Resíduos,
efluentes,
emissões
Insumos
Resíduos,
efluentes,
emissões
Insumos
Resíduos,
efluentes,
emissões
Resíduos,
efluentes,
emissões
Insumos
Reciclagem
Ex. Custo dos insumos para produção primária de
alumínio
Fatores Unidade
Quantidade/ t
de alumínio Preço (R$) Valor total (R$)
Recursos
Água m3 31,15 0,80 25,05
Os benefícios econômicos e ambientais
associados à reciclagem
Água m3 31,15 0,80 25,05
Bauxita kg 10.011,30 0,09 896,72
Coque kg 364,58 0,72 263,45
Criolita kg 5,68 2,25 12,78
Fluoreto (AlF3) kg 19,94 0,14 2,83
Piche kg 114,82 0,00 0,01
Soda caustica kg 447,24 0,81 362,49
Energia
Energia elétrica MWh 15,63 266,80 4.170,08
Óleo combustível kg 618,17 0,69 428,86
Total 6.162,28
Ex. Custo dos insumos para produção a partir da
reciclagem do alumínio
Fatores Unidade Quantidade/ t
de alumínio
Preço (R$) Valor total (R$)
Recursos
Água m3 12,46 0,80 10,02
Os benefícios econômicos e ambientais
associados à reciclagem
Água m3 12,46 0,80 10,02
Material secundário t 1,00 3.250,71 3.250,71
Energia
Energia elétrica MWh 0,70 266,80 186,76
Total 3.447,49
Benefícios econômicos da reciclagem
Materiais Custo dos
insumos para
produção
primária (R$/t)
Custo dos
insumos para
produção a
partir da
Benefícios da
reciclagem
(R$/t)
Benefícios da
reciclagem (%)
Os benefícios econômicos e ambientais
associados à reciclagem
primária (R$/t) partir da
reciclagem
(R$/t)
Aço 552 425 127 23%
Alumínio 6.162 3.447 2.715 44%
Papel/papelão 687 357 330 48%
Plásticos 1.790 626 1.164 65%
Vidro 263 143 120 46%
Benefícios ambientais da reciclagem (custo evitado)
Material Geração de
energia (R$/t)
Emissões de
GEE (R$/t)
Consumo de
água (R$/t)
Biodiversida
de
(R$/t)
Total
(R$/t)
Aço 26 48 <1 <1 74
Os benefícios econômicos e ambientais
associados à reciclagem
Aspectos não incluídos: poluição atmosférica local,
efluentes líquidos, resíduos sólidos etc
Aço 26 48 <1 <1 74
Alumínio 169 170 <1 - 339
Papel/
papelão
10 9 <1 5 24
Plásticos 5 51 <1 - 56
Vidro 3 8 <1 - 11
Benefícios por tonelada de material
Os benefícios econômicos e ambientais
associados à reciclagem
Material Benefícios relacionados ao
processo produtivo
(R$/t)
Benefícios associados à
gestão de resíduos sólidos
(R$/t)
Benefício
total
(R$/t)
Benefícios Benefícios Coleta Disposição
(A+B+C+D)
Benefícios
econômicos
(A)
Benefícios
ambientais
(B)
Coleta
(C)
Disposição
final
(D)
Aço 127 74
-136 23
88
Alumínio 2.715 339 2.941
Papel e papelão 330 24 241
Plásticos 1.164 56 1.107
Vidro 120 11 18
Produtos não
recicláveis
Não coletado
Panorama da geração e destinação de
materiais recicláveis no Brasil
Exemplo ilustrativo (plástico)
Consumo
aparente
Não coletado
Catadores
Coleta seletiva
Aterros e
lixões
Benefício
atual
Benefício
potencial
Estimativa dos benefícios totais
Materiais Benefícios gerados
pela reciclagem
(R$/t)
Benefício atual
(R$ 1.000/ano)
Benefícios potenciais
(R$ 1.000/ano)
Aço 88 387.200 – 387.200 89.232
Panorama da geração e destinação de
materiais recicláveis no Brasil
Aço 88 387.200 – 387.200 89.232
Alumínio 2.941 473.501 – 952.884 488.206
Papel e papelão 241 148.215 – 877.963 1.671.094
Plásticos 1.107 357.561 – 1.064.934 5.826.141
Vidro 18 1.404 – 8.460 19.980
Total 1.367.881 – 3.291.441 8.094.653
Estrutura da apresentação
Parte 1: Estimativa dos benefícios econômicos e
ambientais da reciclagem
Os benefícios econômicos e ambientais associados à
reciclagem
Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis
no Brasil
Parte 2: Considerações sobre uma política para PSAU
Serviços ambientais no contexto urbano
Diretrizes para uma política de PSAU para a reciclagem
Instrumentos propostos
Serviços ambientais no contexto urbano
Atividades exercidas no meio urbano que gerem
externalidades ambientais positivas, ou diminuam
externalidades ambientais negativas, sob o ponto de vista
da gestão dos recursos naturais, da redução de riscos, ou
da potencialização de serviços ecossistêmicosda potencialização de serviços ecossistêmicos
Exemplos:
Tratamento de efluentes
Reciclagem de resíduos urbanos
Manutenção de áreas verdes
Diretrizes para uma política de PSAU para
a reciclagem
Aspectos gerais da política
Pagamento condicionado à realização de um serviço
Estímulo ao aumento da produtividade
Problemas a serem abordados:
Preço por material pago aos catadores é inadequadoPreço por material pago aos catadores é inadequado
Preço do material reciclável é muito instável
Baixo grau de organização
Considerar diferenças entre cooperativas
Diretrizes para uma política de PSAU para
a reciclagem
Alta eficiência Baixa eficiência
X
Fonte: Damásio (2009)
Instrumentos propostos:
Pagamento por produtividade (1/2)
Objetivos
Elevar o nível de renda dos catadores
Estimular a profissionalização e aumento da eficiência
Descrição do instrumento
Cooperativas divididas de acordo com grau deCooperativas divididas de acordo com grau de
produtividade
Pagamento diferenciado, baseado na produtividade física
das cooperativas
Pressupostos
Pagamento por catador maior para cooperativas mais eficientes
Pagamentos por tonelada maior para cooperativas menos
eficientes
Instrumentos propostos:
Pagamento por produtividade (2/2)
Exemplo numérico
Eficiência Coop. Produção total
física
(t)
Valores
básicos
(R$/t)
Valores globais
repassados (R$)
Valor recebido
por catador
(R$)
Alta 100 2.600 10,00 26.000,00 260,00
Média 100 1.400 15,00 21.000,00 210,00
Baixa 100 600 30,00 18.000,00 180,00
Baixíssima 100 230 50,00 11.500,00 115,00
Objetivos
Possibilitar intervenções discricionárias sobre os valores de
grupos de materiais recicláveis
Estimular o aumento da coleta de materiais específicos
Reduzir a oscilação do valor pago por material em momentos
Instrumentos propostos:
Acréscimos compensatórios graduados
Reduzir a oscilação do valor pago por material em momentos
de crise
Descrição do instrumento
Fator multiplicador por grupo de material
O multiplicador deve estimular o recolhimento de grupos de
materiais prioritários
Em períodos de crises, o multiplicador pode ser modificado
gerando acréscimos para materiais específicos
Objetivos
Aumentar o grau de organização e profissionalização das
cooperativas
Descrição do instrumento
Poderia ser operado por banco público, fundação,
Instrumentos propostos:
Fundo cooperativo
Poderia ser operado por banco público, fundação,
cooperativa de crédito ou outra instituição
Somente seria utilizado para fins específicos, acordados
entre as cooperativas e o órgão gestor, que visem capacitá-
los para melhorias de médio e longo prazos
Flexibilidade para financiar a formação de cooperativas
ObrigadoObrigado
BACK-UPBACK-UP
Aspectos conceituais
Diferenças entre benefícios econômicos e ambientais da
reciclagem
Benefícios
econômicos
Benefícios
ambientais
• Insumos para os• Insumos para os
quais há mercado
• Preços de mercado
refletem sua utilidade -
internalizados nas
decisões
• Advém da economia
de materiais / custos
• Não há mercado
• Não há preços -
não considerados
nas decisões (não
internalizados)
• Advém do impacto
ambiental reduzido
Aspectos valorados
Custos econômicos da coleta Custos ambientais da coleta
Custos ambientais da produção a
partir de matéria prima virgem
Custos econômicos da produção a
partir de matéria prima virgem
+ +
Cálculos produto-específico
Os benefícios econômicos e ambientais
associados à reciclagem
Custos econômicos da coleta
tradicional e disposição de resíduos
em aterros e lixões
Custos ambientais da coleta
tradicional e disposição de resíduos
em aterros e lixões
+ +
Custos econômicos da coleta seletiva
e da triagem
Custos ambientais da coleta seletiva
e da triagem
- -
Benefícios econômicos Benefícios ambientais= =
Custos ambientais da reciclagem- -Custos econômicos da reciclagem
Metodologia proposta
Custos econômicos
Matérias primas principais
Energia
Água
Custos ambientais
Poluição atmosférica da atividade
produtiva*
Poluição atmosférica relativa ao
consumo de energia elétrica da
Detalhamento dos custos evitados
Água
Transformação da matéria prima em
produto intermediário/final
Monitoramento ambiental
Coleta tradicional
Implantação, manutenção e
fechamento/recuperação de aterros
sanitários/lixões
consumo de energia elétrica da
atividade produtiva*
Poluição da água
Área ocupada para extração de
matéria prima
Poluição atmosférica de aterros
sanitários e lixões*
Poluição da água por lixões
Área ocupada por aterros sanitários e
lixões
* No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
Metodologia proposta
Custos econômicos
Coleta seletiva
Triagem
Transformação da sucata em
Custos ambientais
Emissões atmosféricas
proporcionais ao consumo de
energia elétrica pela atividade
Detalhamento dos custos gerados pela reciclagem
Transformação da sucata em
produto intermediário/final
energia elétrica pela atividade
de reciclagem*
Poluição atmosférica da
atividade de reciclagem*
Poluição da água pela
reciclagem
* No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
Serviços ambientais no contexto urbano
Atividades exercidas no meio urbano que gerem externalidades
ambientais positivas, ou diminuam externalidades ambientais
negativas, sob o ponto de vista da gestão dos recursos naturais, da
redução de riscos, ou da potencialização de serviços ecossistêmicos
Exemplos:
Disposição correta de resíduos sólidos: melhoria da qualidade da água,
diminuição da emissão de gases de efeito estufa, minoração do risco de
Disposição correta de resíduos sólidos: melhoria da qualidade da água,
diminuição da emissão de gases de efeito estufa, minoração do risco de
doenças infecto-contagiosas
Reciclagem de resíduos urbanos: redução do consumo de água e
energia, diminuição da necessidade de matéria-prima virgem,
minoração da poluição hídrica, menor área urbana despendida com
aterros, maior estabilidade climática devido à menor emissão de gases
de efeito estufa.
Manutenção de áreas verdes: aumento da permeabilidade do solo,
diminuição do risco de enchentes e deslizamentos.
Justificativa para uma política de PSAU
Os objetos do pagamento são a conservação de recursos naturais e a
poluição evitada oriundos da atividade da reciclagem;
Os potenciais recursos decorrem da própria atividade, que geram
dois tipos de benefícios:
Econômicos: menor compra de matéria prima e energia, custo
evitado de coleta regular, custo evitado de disposição de RSU;
Ambientais: redução das emissões atmosféricas, diminuiçãoAmbientais: redução das emissões atmosféricas, diminuição
da poluição hídrica, conservação de recursos naturais, como a
biodiversidade.
Estes recursos não são automaticamente auferidos pelo Estado, mas
uma política de PSAU auxilia na melhor divisão destes recursos
conforme eles sejam gerados para a sociedade;
Os benefícios econômicos refletem o valor dos recursos naturais que
se deixou de explorar;
Os benefícios ambientais se referem à poluição evitada e impactos
da extração de matéria prima, que pode também ser valorada.
Custos evitados da gestão de resíduos
sólidos urbanos
Cenário Coleta seletiva
(R$/t)
Disposição
final
Custo
gerado
Custo
evitado
Custo total
Possíveis modelos de coleta
gerado evitado
Coleta realizada por catadores sem
apoio da prefeitura
0 80 80 23
Coleta realizada por catadores
remunerados de acordo com
pagamento da coleta regular
-80 80 0 23
Coleta realizada com remuneração
similar aos custos atuais
-216 80 -136 23
Panorama da geração e destinação de
materiais recicláveis no Brasil (2/2)
Estimativa do material “disponível” e coletado no RSU
Materiais Consumo
aparente
(mil t/ano)
Total coletado
“disponível”
(mil t/ano)
Reciclagem atual
mínima
(mil t/ano)
Reciclagem
atual máxima
(mil t/ano)
Aço 22.000 1.014 4.400 4.400Aço 22.000 1.014 4.400 4.400
Alumínio 919 166 161 324
Papel e
papelão 8.099 6.934 615 3.643
Plásticos 5.921 5.263 323 962
Vidro 2.954 1.110 78 470
A heterogeneidade na produtividade dos
catadores (1/3)
Eficiência física
Material Produção
(kg/cat/mês)
Desvio padrão
(kg/cat/mês)
Média/desvio
padrão
Alumínio 11,2 19,8 0,56
Aço 139,6 189,7 0,74Aço 139,6 189,7 0,74
Papel branco 147,3 144,5 1,02
Papelão 285,3 179,0 1,59
PET 81,6 54,5 1,50
PEAD 44,0 68,8 0,64
Vidro 250,0 206,8 1,21
Total 1.117,4 511,1 2,19
A heterogeneidade na produtividade dos
catadores (2/3)
Preço dos produtos
Material Preço mínimo
(R$/kg)
Preço Maximo
(R$/kg)
Média dos preços
(R$/kg)
Aço 0,07 0,93 0,20
AlumínioAlumínio 1,70 4,45 2,93
Papel branco 0,15 0,50 0,33
Papelão 0,10 0,36 0,21
PEAD 0,25 1,15 0,66
PET 0,35 1,15 0,83
Vidro 0,03 0,46 0,10
Instrumentos propostos:
Pagamento por produtividade (4/5)
Exemplo numérico
R$ 60,00
R$ 70,00
R$ 80,00
R$ -
R$ 10,00
R$ 20,00
R$ 30,00
R$ 40,00
R$ 50,00
R$ 60,00
3.000
2.900
2.800
2.700
2.600
2.500
2.400
2.300
2.200
2.100
2.000
1.900
1.800
1.800
1.700
1.600
1.500
1.400
1.300
1.200
1.100
1.100
1.000
900
800
700
600
550
550
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
PSAU
Linear (PSAU)
Indicadores de monitoramento de um
esquema de PSAU
Número de catadores em atividade
Número de catadores vinculados a cooperativas
Número de cooperativas existentes
Quantidade de material encaminhado para reciclagem
Renda média dos catadoresRenda média dos catadores
Preço pago a catadores por material reciclável
Produtividade física por cooperativa
Produtividade física média por catador
PSAU médio por cooperativa
PSAU médio por catador
PSAU por tipo de material
Emissões de GEE (vidro)
Tabela 1: Emissão de GEE decorrentes da produção de vidro
Atividade Fator de emissão (t
CO2/t)
MWh/t Emissões (tCO2/t
vidro)
Elétrica 0,034 0,111 0,004Energia
Combustíveis p/ caldeiras 0,444 0,480
Processos Emissões dos materiais
carbonados
0,120
Total 0,604
Fontes: (MCT, 2009; MME, 2008c)

Contenu connexe

Similaire à Bruno milanez

App ciências ambientais - síntese
App   ciências ambientais - sínteseApp   ciências ambientais - síntese
App ciências ambientais - síntese
Camila Silva
 
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
Pelo Siro
 
3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt
3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt
3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt
NormasAgenda
 
Adubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpeg
Adubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpegAdubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpeg
Adubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpeg
afermartins
 

Similaire à Bruno milanez (20)

RFA - Resíduos LIPOR
RFA - Resíduos LIPORRFA - Resíduos LIPOR
RFA - Resíduos LIPOR
 
Capitalismo natural e produo mais limpa final
Capitalismo natural e produo mais limpa  finalCapitalismo natural e produo mais limpa  final
Capitalismo natural e produo mais limpa final
 
App ciências ambientais - síntese
App   ciências ambientais - sínteseApp   ciências ambientais - síntese
App ciências ambientais - síntese
 
Green Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística VerdeGreen Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística Verde
 
Votorantim
VotorantimVotorantim
Votorantim
 
Produção sustentável
Produção sustentávelProdução sustentável
Produção sustentável
 
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
 
Aula_8_Avaliacao_do_Desempenho_Ambiental.ppt
Aula_8_Avaliacao_do_Desempenho_Ambiental.pptAula_8_Avaliacao_do_Desempenho_Ambiental.ppt
Aula_8_Avaliacao_do_Desempenho_Ambiental.ppt
 
Palestra - Gestão Ambiental para Alimentação Fora do Lar
Palestra - Gestão Ambiental para Alimentação Fora do LarPalestra - Gestão Ambiental para Alimentação Fora do Lar
Palestra - Gestão Ambiental para Alimentação Fora do Lar
 
residuos
residuosresiduos
residuos
 
Evte logistica reversa equip eletroeletronicos abrelpe
Evte logistica reversa equip eletroeletronicos abrelpeEvte logistica reversa equip eletroeletronicos abrelpe
Evte logistica reversa equip eletroeletronicos abrelpe
 
3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt
3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt
3_E_reciclagem_DE_EMBALAGENS_PLASRICAS.ppt
 
Oficina pnrs tainá 10 04 co s
Oficina pnrs tainá 10 04 co sOficina pnrs tainá 10 04 co s
Oficina pnrs tainá 10 04 co s
 
Adubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpeg
Adubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpegAdubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpeg
Adubacao organica producao_mais_limpa_id-37h_fh1rpeg
 
Gestão Ambiental
Gestão AmbientalGestão Ambiental
Gestão Ambiental
 
08 Teresa Vendeirinho Steelcase 22 Jan 2010 Ics
08 Teresa Vendeirinho Steelcase 22 Jan 2010 Ics08 Teresa Vendeirinho Steelcase 22 Jan 2010 Ics
08 Teresa Vendeirinho Steelcase 22 Jan 2010 Ics
 
Guia economiacircular
Guia economiacircularGuia economiacircular
Guia economiacircular
 
gestao ambiental
gestao ambientalgestao ambiental
gestao ambiental
 
Aula3gestaoambiental 140421131658-phpapp01
Aula3gestaoambiental 140421131658-phpapp01Aula3gestaoambiental 140421131658-phpapp01
Aula3gestaoambiental 140421131658-phpapp01
 
380
380380
380
 

Plus de Centro Mineiro de Referência em Resíduos

Plus de Centro Mineiro de Referência em Resíduos (20)

Zuleika stela chiacchio toruquetti
Zuleika stela chiacchio toruquettiZuleika stela chiacchio toruquetti
Zuleika stela chiacchio toruquetti
 
Ricardo andré fiorotti
Ricardo andré fiorottiRicardo andré fiorotti
Ricardo andré fiorotti
 
Prof. caetano marciano de souza
Prof. caetano marciano de souzaProf. caetano marciano de souza
Prof. caetano marciano de souza
 
Minas sem lixões - geração menos resíduos
Minas sem lixões - geração menos resíduosMinas sem lixões - geração menos resíduos
Minas sem lixões - geração menos resíduos
 
Microsoft power point slag
Microsoft power point   slagMicrosoft power point   slag
Microsoft power point slag
 
Prof. caetano marciano de souza
Prof. caetano marciano de souzaProf. caetano marciano de souza
Prof. caetano marciano de souza
 
Mario william
Mario williamMario william
Mario william
 
José cláudio junqueira ribeiro
José cláudio junqueira ribeiroJosé cláudio junqueira ribeiro
José cláudio junqueira ribeiro
 
Gerência de saneamento
Gerência de saneamentoGerência de saneamento
Gerência de saneamento
 
Antônio francisco da silva
Antônio francisco da silvaAntônio francisco da silva
Antônio francisco da silva
 
Felipe gomes
Felipe gomesFelipe gomes
Felipe gomes
 
Nívea freitas
Nívea freitasNívea freitas
Nívea freitas
 
Deivid oliveira
Deivid oliveiraDeivid oliveira
Deivid oliveira
 
Claúdia schanen stancioli tavares
Claúdia schanen stancioli tavaresClaúdia schanen stancioli tavares
Claúdia schanen stancioli tavares
 
César faccio
César faccioCésar faccio
César faccio
 
Flávio mayrink
Flávio mayrinkFlávio mayrink
Flávio mayrink
 
Maria madalena
Maria madalenaMaria madalena
Maria madalena
 
José aparecido gonçalves
José aparecido gonçalvesJosé aparecido gonçalves
José aparecido gonçalves
 
Luiz henrique da silva
Luiz henrique da silvaLuiz henrique da silva
Luiz henrique da silva
 
Mara botelho ulhoa
Mara botelho ulhoaMara botelho ulhoa
Mara botelho ulhoa
 

Bruno milanez

  • 1. Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos Bruno Milanez Universidade Federal de Juiz de Fora Novembro 2010
  • 2. Estrutura da apresentação Parte 1: Estimativa dos benefícios econômicos e ambientais da reciclagem Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis no Brasil Parte 2: Considerações sobre uma política para PSAU Serviços ambientais no contexto urbano Diretrizes para uma política de PSAU para a reciclagem Instrumentos propostos
  • 3. Identificar e valorar impactos ambientais Metodologia proposta Resíduos, Pergunta: Quanto a sociedade ganha com a reciclagem? Identificar custos econômicos Identificar e valorar impactos ambientais Extração de matéria prima ConsumoProduto Intermediário 2 Produto Intermediário n Produto final Produto Intermediário 1 Descarte Insumos Resíduos, efluentes, emissões Insumos Resíduos, efluentes, emissões Insumos Resíduos, efluentes, emissões Insumos Resíduos, efluentes, emissões Insumos Resíduos, efluentes, emissões Insumos Resíduos, efluentes, emissões Resíduos, efluentes, emissões Insumos Reciclagem
  • 4. Ex. Custo dos insumos para produção primária de alumínio Fatores Unidade Quantidade/ t de alumínio Preço (R$) Valor total (R$) Recursos Água m3 31,15 0,80 25,05 Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem Água m3 31,15 0,80 25,05 Bauxita kg 10.011,30 0,09 896,72 Coque kg 364,58 0,72 263,45 Criolita kg 5,68 2,25 12,78 Fluoreto (AlF3) kg 19,94 0,14 2,83 Piche kg 114,82 0,00 0,01 Soda caustica kg 447,24 0,81 362,49 Energia Energia elétrica MWh 15,63 266,80 4.170,08 Óleo combustível kg 618,17 0,69 428,86 Total 6.162,28
  • 5. Ex. Custo dos insumos para produção a partir da reciclagem do alumínio Fatores Unidade Quantidade/ t de alumínio Preço (R$) Valor total (R$) Recursos Água m3 12,46 0,80 10,02 Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem Água m3 12,46 0,80 10,02 Material secundário t 1,00 3.250,71 3.250,71 Energia Energia elétrica MWh 0,70 266,80 186,76 Total 3.447,49
  • 6. Benefícios econômicos da reciclagem Materiais Custo dos insumos para produção primária (R$/t) Custo dos insumos para produção a partir da Benefícios da reciclagem (R$/t) Benefícios da reciclagem (%) Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem primária (R$/t) partir da reciclagem (R$/t) Aço 552 425 127 23% Alumínio 6.162 3.447 2.715 44% Papel/papelão 687 357 330 48% Plásticos 1.790 626 1.164 65% Vidro 263 143 120 46%
  • 7. Benefícios ambientais da reciclagem (custo evitado) Material Geração de energia (R$/t) Emissões de GEE (R$/t) Consumo de água (R$/t) Biodiversida de (R$/t) Total (R$/t) Aço 26 48 <1 <1 74 Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem Aspectos não incluídos: poluição atmosférica local, efluentes líquidos, resíduos sólidos etc Aço 26 48 <1 <1 74 Alumínio 169 170 <1 - 339 Papel/ papelão 10 9 <1 5 24 Plásticos 5 51 <1 - 56 Vidro 3 8 <1 - 11
  • 8. Benefícios por tonelada de material Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem Material Benefícios relacionados ao processo produtivo (R$/t) Benefícios associados à gestão de resíduos sólidos (R$/t) Benefício total (R$/t) Benefícios Benefícios Coleta Disposição (A+B+C+D) Benefícios econômicos (A) Benefícios ambientais (B) Coleta (C) Disposição final (D) Aço 127 74 -136 23 88 Alumínio 2.715 339 2.941 Papel e papelão 330 24 241 Plásticos 1.164 56 1.107 Vidro 120 11 18
  • 9. Produtos não recicláveis Não coletado Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis no Brasil Exemplo ilustrativo (plástico) Consumo aparente Não coletado Catadores Coleta seletiva Aterros e lixões Benefício atual Benefício potencial
  • 10. Estimativa dos benefícios totais Materiais Benefícios gerados pela reciclagem (R$/t) Benefício atual (R$ 1.000/ano) Benefícios potenciais (R$ 1.000/ano) Aço 88 387.200 – 387.200 89.232 Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis no Brasil Aço 88 387.200 – 387.200 89.232 Alumínio 2.941 473.501 – 952.884 488.206 Papel e papelão 241 148.215 – 877.963 1.671.094 Plásticos 1.107 357.561 – 1.064.934 5.826.141 Vidro 18 1.404 – 8.460 19.980 Total 1.367.881 – 3.291.441 8.094.653
  • 11. Estrutura da apresentação Parte 1: Estimativa dos benefícios econômicos e ambientais da reciclagem Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis no Brasil Parte 2: Considerações sobre uma política para PSAU Serviços ambientais no contexto urbano Diretrizes para uma política de PSAU para a reciclagem Instrumentos propostos
  • 12. Serviços ambientais no contexto urbano Atividades exercidas no meio urbano que gerem externalidades ambientais positivas, ou diminuam externalidades ambientais negativas, sob o ponto de vista da gestão dos recursos naturais, da redução de riscos, ou da potencialização de serviços ecossistêmicosda potencialização de serviços ecossistêmicos Exemplos: Tratamento de efluentes Reciclagem de resíduos urbanos Manutenção de áreas verdes
  • 13. Diretrizes para uma política de PSAU para a reciclagem Aspectos gerais da política Pagamento condicionado à realização de um serviço Estímulo ao aumento da produtividade Problemas a serem abordados: Preço por material pago aos catadores é inadequadoPreço por material pago aos catadores é inadequado Preço do material reciclável é muito instável Baixo grau de organização Considerar diferenças entre cooperativas
  • 14. Diretrizes para uma política de PSAU para a reciclagem Alta eficiência Baixa eficiência X Fonte: Damásio (2009)
  • 15. Instrumentos propostos: Pagamento por produtividade (1/2) Objetivos Elevar o nível de renda dos catadores Estimular a profissionalização e aumento da eficiência Descrição do instrumento Cooperativas divididas de acordo com grau deCooperativas divididas de acordo com grau de produtividade Pagamento diferenciado, baseado na produtividade física das cooperativas Pressupostos Pagamento por catador maior para cooperativas mais eficientes Pagamentos por tonelada maior para cooperativas menos eficientes
  • 16. Instrumentos propostos: Pagamento por produtividade (2/2) Exemplo numérico Eficiência Coop. Produção total física (t) Valores básicos (R$/t) Valores globais repassados (R$) Valor recebido por catador (R$) Alta 100 2.600 10,00 26.000,00 260,00 Média 100 1.400 15,00 21.000,00 210,00 Baixa 100 600 30,00 18.000,00 180,00 Baixíssima 100 230 50,00 11.500,00 115,00
  • 17. Objetivos Possibilitar intervenções discricionárias sobre os valores de grupos de materiais recicláveis Estimular o aumento da coleta de materiais específicos Reduzir a oscilação do valor pago por material em momentos Instrumentos propostos: Acréscimos compensatórios graduados Reduzir a oscilação do valor pago por material em momentos de crise Descrição do instrumento Fator multiplicador por grupo de material O multiplicador deve estimular o recolhimento de grupos de materiais prioritários Em períodos de crises, o multiplicador pode ser modificado gerando acréscimos para materiais específicos
  • 18. Objetivos Aumentar o grau de organização e profissionalização das cooperativas Descrição do instrumento Poderia ser operado por banco público, fundação, Instrumentos propostos: Fundo cooperativo Poderia ser operado por banco público, fundação, cooperativa de crédito ou outra instituição Somente seria utilizado para fins específicos, acordados entre as cooperativas e o órgão gestor, que visem capacitá- los para melhorias de médio e longo prazos Flexibilidade para financiar a formação de cooperativas
  • 21. Aspectos conceituais Diferenças entre benefícios econômicos e ambientais da reciclagem Benefícios econômicos Benefícios ambientais • Insumos para os• Insumos para os quais há mercado • Preços de mercado refletem sua utilidade - internalizados nas decisões • Advém da economia de materiais / custos • Não há mercado • Não há preços - não considerados nas decisões (não internalizados) • Advém do impacto ambiental reduzido
  • 22. Aspectos valorados Custos econômicos da coleta Custos ambientais da coleta Custos ambientais da produção a partir de matéria prima virgem Custos econômicos da produção a partir de matéria prima virgem + + Cálculos produto-específico Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem Custos econômicos da coleta tradicional e disposição de resíduos em aterros e lixões Custos ambientais da coleta tradicional e disposição de resíduos em aterros e lixões + + Custos econômicos da coleta seletiva e da triagem Custos ambientais da coleta seletiva e da triagem - - Benefícios econômicos Benefícios ambientais= = Custos ambientais da reciclagem- -Custos econômicos da reciclagem
  • 23. Metodologia proposta Custos econômicos Matérias primas principais Energia Água Custos ambientais Poluição atmosférica da atividade produtiva* Poluição atmosférica relativa ao consumo de energia elétrica da Detalhamento dos custos evitados Água Transformação da matéria prima em produto intermediário/final Monitoramento ambiental Coleta tradicional Implantação, manutenção e fechamento/recuperação de aterros sanitários/lixões consumo de energia elétrica da atividade produtiva* Poluição da água Área ocupada para extração de matéria prima Poluição atmosférica de aterros sanitários e lixões* Poluição da água por lixões Área ocupada por aterros sanitários e lixões * No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
  • 24. Metodologia proposta Custos econômicos Coleta seletiva Triagem Transformação da sucata em Custos ambientais Emissões atmosféricas proporcionais ao consumo de energia elétrica pela atividade Detalhamento dos custos gerados pela reciclagem Transformação da sucata em produto intermediário/final energia elétrica pela atividade de reciclagem* Poluição atmosférica da atividade de reciclagem* Poluição da água pela reciclagem * No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
  • 25. Serviços ambientais no contexto urbano Atividades exercidas no meio urbano que gerem externalidades ambientais positivas, ou diminuam externalidades ambientais negativas, sob o ponto de vista da gestão dos recursos naturais, da redução de riscos, ou da potencialização de serviços ecossistêmicos Exemplos: Disposição correta de resíduos sólidos: melhoria da qualidade da água, diminuição da emissão de gases de efeito estufa, minoração do risco de Disposição correta de resíduos sólidos: melhoria da qualidade da água, diminuição da emissão de gases de efeito estufa, minoração do risco de doenças infecto-contagiosas Reciclagem de resíduos urbanos: redução do consumo de água e energia, diminuição da necessidade de matéria-prima virgem, minoração da poluição hídrica, menor área urbana despendida com aterros, maior estabilidade climática devido à menor emissão de gases de efeito estufa. Manutenção de áreas verdes: aumento da permeabilidade do solo, diminuição do risco de enchentes e deslizamentos.
  • 26. Justificativa para uma política de PSAU Os objetos do pagamento são a conservação de recursos naturais e a poluição evitada oriundos da atividade da reciclagem; Os potenciais recursos decorrem da própria atividade, que geram dois tipos de benefícios: Econômicos: menor compra de matéria prima e energia, custo evitado de coleta regular, custo evitado de disposição de RSU; Ambientais: redução das emissões atmosféricas, diminuiçãoAmbientais: redução das emissões atmosféricas, diminuição da poluição hídrica, conservação de recursos naturais, como a biodiversidade. Estes recursos não são automaticamente auferidos pelo Estado, mas uma política de PSAU auxilia na melhor divisão destes recursos conforme eles sejam gerados para a sociedade; Os benefícios econômicos refletem o valor dos recursos naturais que se deixou de explorar; Os benefícios ambientais se referem à poluição evitada e impactos da extração de matéria prima, que pode também ser valorada.
  • 27. Custos evitados da gestão de resíduos sólidos urbanos Cenário Coleta seletiva (R$/t) Disposição final Custo gerado Custo evitado Custo total Possíveis modelos de coleta gerado evitado Coleta realizada por catadores sem apoio da prefeitura 0 80 80 23 Coleta realizada por catadores remunerados de acordo com pagamento da coleta regular -80 80 0 23 Coleta realizada com remuneração similar aos custos atuais -216 80 -136 23
  • 28. Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis no Brasil (2/2) Estimativa do material “disponível” e coletado no RSU Materiais Consumo aparente (mil t/ano) Total coletado “disponível” (mil t/ano) Reciclagem atual mínima (mil t/ano) Reciclagem atual máxima (mil t/ano) Aço 22.000 1.014 4.400 4.400Aço 22.000 1.014 4.400 4.400 Alumínio 919 166 161 324 Papel e papelão 8.099 6.934 615 3.643 Plásticos 5.921 5.263 323 962 Vidro 2.954 1.110 78 470
  • 29. A heterogeneidade na produtividade dos catadores (1/3) Eficiência física Material Produção (kg/cat/mês) Desvio padrão (kg/cat/mês) Média/desvio padrão Alumínio 11,2 19,8 0,56 Aço 139,6 189,7 0,74Aço 139,6 189,7 0,74 Papel branco 147,3 144,5 1,02 Papelão 285,3 179,0 1,59 PET 81,6 54,5 1,50 PEAD 44,0 68,8 0,64 Vidro 250,0 206,8 1,21 Total 1.117,4 511,1 2,19
  • 30. A heterogeneidade na produtividade dos catadores (2/3) Preço dos produtos Material Preço mínimo (R$/kg) Preço Maximo (R$/kg) Média dos preços (R$/kg) Aço 0,07 0,93 0,20 AlumínioAlumínio 1,70 4,45 2,93 Papel branco 0,15 0,50 0,33 Papelão 0,10 0,36 0,21 PEAD 0,25 1,15 0,66 PET 0,35 1,15 0,83 Vidro 0,03 0,46 0,10
  • 31. Instrumentos propostos: Pagamento por produtividade (4/5) Exemplo numérico R$ 60,00 R$ 70,00 R$ 80,00 R$ - R$ 10,00 R$ 20,00 R$ 30,00 R$ 40,00 R$ 50,00 R$ 60,00 3.000 2.900 2.800 2.700 2.600 2.500 2.400 2.300 2.200 2.100 2.000 1.900 1.800 1.800 1.700 1.600 1.500 1.400 1.300 1.200 1.100 1.100 1.000 900 800 700 600 550 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 PSAU Linear (PSAU)
  • 32. Indicadores de monitoramento de um esquema de PSAU Número de catadores em atividade Número de catadores vinculados a cooperativas Número de cooperativas existentes Quantidade de material encaminhado para reciclagem Renda média dos catadoresRenda média dos catadores Preço pago a catadores por material reciclável Produtividade física por cooperativa Produtividade física média por catador PSAU médio por cooperativa PSAU médio por catador PSAU por tipo de material
  • 33. Emissões de GEE (vidro) Tabela 1: Emissão de GEE decorrentes da produção de vidro Atividade Fator de emissão (t CO2/t) MWh/t Emissões (tCO2/t vidro) Elétrica 0,034 0,111 0,004Energia Combustíveis p/ caldeiras 0,444 0,480 Processos Emissões dos materiais carbonados 0,120 Total 0,604 Fontes: (MCT, 2009; MME, 2008c)