O documento conta a história de uma pequena aldeia no deserto que sofria com escassez de água. A presidente da aldeia estava desviando a água para seus próprios fins. Dois detetives, o camaleão Johnny e a lagarta Kika, investigam o caso e descobrem o esquema da presidente. Eles a denunciam e ela é condenada à morte, enquanto a água é devolvida aos habitantes da aldeia.
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Espião do além
1. Espião do além
Conto criado por: Francisca Cardoso, Francisco Pinto,
Frederico Macedo
Nº: 10, 11 e 12
Ano e Turma: 7ºB
Disciplina: Português
Prof.: Graça Cruz
2. Johnny Kika
O Pistoleiro
Personagens
A O Sr.
PRESIDENTE Tartaruga
3. Era uma vez uma pequena aldeia no meio do deserto com muita
falta de água. Nesse lugar, era tudo muito controlado. Havia nessa
aldeia um banco cujo funcionário era o senhor Tartaruga. O banco
funcionava como armazém da água e, todas as quartas-feiras, abria-
se uma torneira para os habitantes receberem a sua dose semanal
de água.
Na verdade, era uma aldeia de cowboys onde vivia uma cobra,
um pistoleiro e uma tarântula que era a presidente. Quando as
pessoas se iam queixar ao seu gabinete “morriam intoxicadas”, pois
havia fumo por todo o lado. É que a presidente fumava que se
fartava!
A água escasseava no banco e, como se não bastasse, no dia a
seguir à queixa do senhor Tartaruga, o banco fora assaltado. O único
que não sentia a falta de água era mesmo a presidente. Os
habitantes começaram a estranhar e o senhor Tartaruga contratou
um detetive privado.
4. O melhor detetive era o camaleão Johnny devido à
sua capacidade de camuflagem; o outro habitante
que preferiu manter-se anónimo, contratou um
lagarto fêmea, chamado Kika, que não mudava de
cor como o camelão, mas era tão pequena que
ninguém a conseguia ver.
A presidente começou a achar que o senhor
Tartaruga se estava a intrometer e, então, disse para
o pistoleiro :
- O Tartaruga tem de morrer! – decretou com o
seu ar muito decidido. O que ela não sabia era que já
estava a ser espiada.
5. No dia seguinte, o Tartaruga apareceu morto no
banco.
Entretanto, o Johnny viu a Kika e imediatamente se
apaixonou e vice-versa. Quando se iam embora, o
Johnny tomou a iniciativa de convidar a Kika para jantar
com ele e puseram-se a conversar sobre o caso da
presidente e não só. Chegaram à conclusão que a
presidente queria abrir um clube para turistas e ficar rica.
Mais tarde foram ter ao gabinete da presidente,
seguiram-na e viram que ela estava a desviar a água
para outro lugar e que estava a deixar aquelas pessoas
a morrer à sede. De facto, demoraram algum tempo até
perceber esta situação, pois não havia nenhuma pista.
Ela conhecia uma lenda que dizia: “ Quando uma planta
quer água, volta-se para onde ela se encontra e começa
a andar”. A Kika era espiã mas também era apaixonada
por plantas e sabia isso mas não passava de uma lenda.
Seria?
6. Johnny pensou, pensou e foi observando essas plantas
durante algum tempo até que percebeu: elas não andavam,
elas só se voltavam em direção ao caminho que a água seguia.
Então, chamou a Kika e os dois seguiram as coordenadas das
plantas até que descobriram uma enorme piscina cheia de água
onde estavam a presidente e o pistoleiro. Num instante eles
tiraram fotos à presidente e ao que ela tinha feito, por isso o
tribunal condenou-a à pena de morte em praça pública. Quem a
iria matar era o pistoleiro, para a presidente saborear a dor da
traição, já que ela tinha traído os cidadãos que tinham confiado
nela.
De seguida, o Johnny e a Kika foram jantar para comemorar
e, durante esse jantar, Johnny pediu a Kika em casamento. A
água voltou finalmente para os cidadãos e, no meio dessa
aldeia, ergue-se, hoje em dia, uma estátua em homenagem ao
valente senhor Tartaruga.