O documento apresenta uma aula introdutória sobre história. Em três frases ou menos, o documento introduz o tema da aula, discute o que é história segundo autores como Jacques Le Goff e Marc Bloch, e mostra imagens de figuras históricas como Gandhi e trabalhadores para exemplificar como pessoas participam da construção da história.
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2.introdução á história.15.
1. AULA DE
HISTÓRIA.
Introdução á
Historia.
PROFESSOR
Seu Riba.
O homem não vive somente de pão; a História não tinha
mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos
agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era
necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra
coisa, essa outra parte, eram as mentalidades“ Jacques Le Goff
2. O QUE É HISTÓRIA ?
- É o estudo do ser humano e de
suas ações no tempo. Marc Bloch.
3. Mahatma Gandhi -
1940
Operários de Tarsila
do Amaral - 1933
Rua Grande. São Luís –MA .
2012.
Que pessoas são mostradas nas imagens acima? Como
elas participam da História e ajudam a construi-la? E
você qual a sua participação?
4. - Século XIX , a história passa a ser
considerada uma Ciência.
- Quando se diz que "a História é o estudo do
homem no tempo", rompesse com a ideia
de que a História deve examinar apenas e
necessariamente o Passado. O que ela
estuda na verdade são as ações e
transformações humanas (ou
permanências) que se desenvolvem ou se
estabelecem em um determinado período de
tempo, mais longo ou mais curto.
- o principal objeto de estudo da História são os
atos do homem no decorrer do tempo.
A História no tempo:
5. Quem construiu a Tebas das sete
portas?
Nos livros constam os nomes dos
reis.
Os reis arrastaram os blocos de
pedra?
E a Babilônia tantas vezes
destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de
ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a
Muralha da China?
A grande Roma está cheia de
arcos do triunfo.
Quem os levantou?
Bertolt Brecht (1898-1956),
grande poeta e pensador alemão
6. A HISTÓRIA NO TEMPO.
A divisão periódica da história – uma visão eurocêntrica.
Estes recordes estão relacionados a uma divisão da história tradicional
que estabelecia uma visão eurocêntrica do mundo, ou seja, todo o
conhecimento e formação da sociedade estão relacionados com as
mudanças ocorridas a partir da Europa (ocidente).
Obs. Estudaremos a História da África e os primeiros anos da História do
Brasil.
7. TRAJETORIA.
GRÉCIA ANTIGA – Inicio dos estudos vinculados à mitologia. A narrativa tinha
o objetivo de enaltecer os feitos heroicos do povo grego diferenciando-os dos
demais.
- HERÓDOTO – “PAI DA HISTÓRIA”
– sobre as Guerras Médicas.
CHINESA preocupação ritualista.
IDADE MÉDIA (séc. V – XV) – submetida à Igreja.
Séc. XI – os Nobres e Burgueses – encomendavam as árvores genealógicas,
buscavam enaltecer o seu passado.
Renascimento – caráter mais racional procurando garantir a fidedignidade dos
documentos. Privilegiava os feitos e heróis ate o século XIX.
A historia só poderia ser conhecida através dos seus registros históricos.
No século XX nova concepção passou a valorizar a CULTURA MATERIAL
(objetos que podem recriar o ambiente social).
Obs. Atualmente acrescenta-se a valorização da CULTURA IMATERIAL, como o
bumba-boi do Maranhão.
9. CULTURA IMATERIAL, como o bumba-boi do Maranhão.
Humberto de Maracanã e Alcione Nazaré. Boi da Maioba
10. O OFÍCIO DO HISTORIADOR
Historiador é o profissional que estuda/pesquisa o passado
humano em seus vários aspectos: economia, sociedade, cultura,
ideias e cotidiano. O historiador investiga e interpreta criticamente
os acontecimentos, buscando resgatar a memória da humanidade
e ampliar a compreensão da condição humana. Seu trabalho se
baseia, principalmente, na pesquisa de documentos, como
manuscritos, impressos, gravações, filmes, objetos e fotos. Depois
de selecionar, classificar e relacionar os dados levantados em
bibliotecas, arquivos, entrevistas ou estudos arqueológicos, ele
data o fato ou o objeto, confere autenticidade e analisa sua
importância e seu significado para a compreensão do
encadeamento dos acontecimentos.
(http://www.sohistoria.com.br/ef2/profissao/).
O Historiador e influenciado pelo seu tempo e outros aspectos
como a sua cultura.
12. .
POSITIVISMO
AUGUSTO COMTE-
filosofo francês.
Proposta – reprodução
fiel dos acontecimentos,
priorizando os grandes
eventos e heróis.
- a serviço da criação de
uma identidade
nacional.
- - criação de mitos como
Tiradentes “herói
nacional”.
13. MATERIALISMO
HISTÓRICO.
KARK MARX –
pensador alemão
Analise a partir da
luta de classes
sociais.
Ricos X Pobres,
Burgueses X
Operários...
Ênfase na questão
econômica.
Categorias: Modo
de produção e
Mais-Valia.
14. ESCOLA DOS ANNALES
Marc Bloch e Lucien
Febvre.
Historiadores franceses
Novas
abordagens e
metodologias o uso
de novas fontes e o
entrosamento com
outras ciências.
Preocupação
também com a
trajetória das
pessoas comuns.
Valorização das
mais diversas
contribuições
15. EXERCICOS.
(UNB)O que distingue o historiador dos outros cientistas sociais é sua preocupação
primordial com o tempo, com a duração, com a mudança e com as resistências à mudança,
com as transformações e as permanências ou sobrevivências . Se a documentação adequada
existir e estiver disponível, não há aspecto algum do presente que esteja fechado à pesquisa
científica do tipo histórico.
Ciro Flamarion S. Cardoso. Uma introdução à História. 2. a ed. S. Paulo: Brasiliense, 1982, p.
107 (com adaptações).
A partir do texto acima, julgue os itens seguintes, referentes ao estudo da História.
(1) Se, como afirma o autor, o tempo é a categoria que singulariza o campo de trabalho do
historiador, não há como pretender a interdisciplinaridade entre História e as demais ciências
sociais, já que são rígidas as fronteiras que as separam.
(2) Infere-se do texto que seu autor elimina a possibilidade de haver uma História do tempo
presente, quer pela indisponibilidade de fontes para a pesquisa, quer pela elevada
subjetividade de que estaria impregnado o trabalho do historiador.
(3) Do ponto de vista do autor a História é o conjunto de fatos significativos do passado,
sustentadores da marcha linear de progresso que caracteriza a trajetória das sociedades ao
longo dos séculos.
(4) Ao falar em “mudança” e em “transformações” na História, o autor poderia apoiar-se, por
exemplo, em significativos momentos da evolução do Ocidente: da mesma forma que, na
Antiguidade, Roma foi uma ruptura em relação à Grécia, a Idade Média européia
correspondeu ao rompimento definitivo com o passado clássico
16. .
(UFPE) História é a ciência que:
a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta
Terra;
b) se fundamenta unicamente em documentos escritos;
c) estuda os acontecimentos do passado dos homens,
utilizando-se dos vestígios que a humanidade deixou;
d) estuda os acontecimentos presentes para prever o
futuro da humanidade;
e) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais
com base no empirismo.
17. (UFPE) A História é uma das áreas do conhecimento mais polêmicas. Pode-se
atribuir este caráter à História, porque, em sentido genérico, todos somos
historiadores e, por outro lado, porque o acontecimento histórico é passível das
mais diferentes interpretações.
( ) No período de crescimento, a criança e o adolescente, através da convivência
social, da escola e da cultura, formam de maneira quase natural uma visão do
passado, do presente e do futuro. Constroem assim uma visão histórica, em
ressonância com o que seu grupo social ensinou-lhe.
( ) A História, apesar de ser alvo de muitas polêmicas, estabelece verdades
comprovadas, que têm como base os documentos. Por essa razão, é correto
admitir, como fazem todos os autores, que a história da humanidade só se inicia
com o uso da escrita.
( ) A História é um saber científico e, portanto, não muda. Podemos comprovar
que aquilo que aprendemos, muitas vezes, são verdades inquestionáveis através
dos séculos. Essa característica da História garante-lhe um lugar entre as demais
ciências.
( ) Todos aqueles que defendem a História como um conhecimento passível de
muitas interpretações, contribuem para fortalecer a idéia de que a História é um
conhecimento certo e verdadeiro, construído a partir de documentos que não
deixam margem a dúvidas.
( ) O bombardeio atômico sobre as cidades japonesas em 1945, embora seja um
fato inegável para alguns historiadores, significou um genocídio injustificável;
para outros, foi um ato necessário para evitar o prolongamento da II Guerra, o
que revela o caráter interpretativo da História.