SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  30
Conferência
CEIPC
Centro de Estudos e               Human Habitat
Intervenção em Protecção Civil       2011
                                    A escala do
                                    indivíduo na
                                 resiliência urbana




                                    Duarte Caldeira
                                       24 de outubro de 2011
CEIPC

Sumário:

   1 – O indivíduo e a comunidade.

   2 – Definição de resiliência.

   4 – Inquérito nacional sobre a perceção do
   risco.

   3 – Resiliência em Proteção Civil.
CEIPC


      Indivíduo
O que não pode ser dividido




   Comunidade
   Aquilo que é de todos
CEIPC



Evidência
A relação entre o indivíduo e
a     comunidade     encontra
formulações              muito
distintas,    por        vezes
antagónicas ao longo do
tempo.
CEIPC


Exemplo virtuoso

Na Grécia antiga, a existência
do      indivíduo   dependia
inteiramente da comunidade
em que vivia.

           Polis   =   Cidade
CEIPC


Resiliência

       Um modelo?

       Um processo?

       Um desígnio?
              ou

       Uma utopia?
CEIPC


     Conceito de resiliência

«A resiliência de um grupo, comunidade ou
organização       está  dependente    das
capacidades que conseguem desenvolver e
que lhes permitem adaptar-se e fazerem
face     a   situações  de   mudança    e
perturbação, sem grandes danos nem perda
de recursos.»

                     Nações Unidas - 2005
CEIPC


   Conceito de resiliência


A resiliência, no que diz respeito às
comunidades humanas, depende
da capacidade de como estas
conseguem                   aprender
coletivamente a convergir, em
função de objetivos comuns.
CEIPC


    Conceito de resiliência



Este conceito tem vindo a ser utilizado e
aplicado nos domínios do planeamento
urbano, da ecologia, sociologia, teoria
das       organizações,         ciências
económicas, saúde pública.
CEIPC


Resiliência


     Um imperativo
     civilizacional, exigível
     e concretizável.
CEIPC


Resiliência em proteção civil


      O QUE É? COMO
      SE CONCRETIZA?
PROTEÇÃO CIVIL
CEIPC


TODOS NÓS, cidadãos
conscientes e solidários.



AS NOSSAS FAMÍLIAS, organizadas
de forma simples e sensata para
prevenir riscos e sobreviver às
emergências.

AS EMPRESAS, com medidas de
higiene e segurança no trabalho
e os planos de emergência
internos.
CEIPC


OS      EDIFÍCIOS     que  recebem
público, ao cumprir as normas de
sinalização,     alerta,  aviso  e
evacuação.


A ESCOLA, caldeando a cultura
preventiva e uma nova mentalidade
de proteção e segurança.


OS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL, difundindo as informações
que sensibilizam, esclarecem e
formam as populações.
CEIPC


OS PODERES PÚBLICOS, ordenando o
território de forma inteligente e redutora
das vulnerabilidades.


OS BOMBEIROS, Forças de Segurança,
Estruturas  de   Saúde,   Instituições  de
Assistência e Solidariedade Social, Forças
Armadas, e outros agentes que exercem
funções de prevenção, proteção e socorro
das populações.


OS SERVIÇOS MUNICIPAIS DE PROTEÇÃO
CIVIL, primeiros responsáveis pelas medidas
de prevenção, preparação e socorro nas
respetivas áreas.
CEIPC



OS    SERVIÇOS      REGIONAIS    DE
PROTEÇÃO CIVIL, para ações de
âmbito distrital ou regional ou que
ultrapassem as capacidades, das
Câmaras Municipais.

A AUTORIDADE NACIONAL DE
PROTEÇÃO CIVIL, para as ações de
âmbito        nacional       ou que
ultrapassem       as capacidades a
nível distrital ou regional.
Lei de bases da proteção civil
                    8 princípios essenciais

1 – Prioridade (prossecução do interesse público).
2 – Prevenção (riscos considerados antecipadamente).
3 – Precaução (medidas antecipadas para diminuição dos riscos).
4 – Subsidiariedade (proximidade).
5 – Cooperação (todos, com todos para todos).
6 – Coordenação (articulação na execução das ações).
7 – Unidade de comando (comando único).
8 – Informação (antes, durante e depois).
CEIPC
   Informar                               Proteger
       e                                      e
Ser informado                           Ser protegido


                 A Proteção Civil




                Uma tarefa de todos
                    para todos

  Socorrer                                  Alertar
      e                                        e
Ser socorrido                            Ser alertado
CEIPC


Inquérito nacional
A perceção do risco e a confiança nas
 instituições.
CEIPC


Inquérito nacional
 Dados:

Amostra representativa da população portuguesa maior de
18 anos, residente em Portugal Continental.


Tamanho da amostra – 1200 inquiridos
Nível de confiança – 95%
Margem de erro – 3%
Distribuição da população – 50%
Data de aplicação – setembro/outubro 2008
Empresa – Eurosondagem para o CES – Centro de Estudos
Sociais da Universidade de Coimbra.
CEIPC


Inquérito nacional
 Dados:


Pessoas afetadas por acontecimento
extremos que causaram danos ou perdas:

N = 180

      14,4% do total da amostra
CEIPC

Inquérito nacional
 Dados:

Tipo de acidente que mais o/a afetou:

1 – Cheias e inundações ----------------------------- 24,3
2 – Acidente de viação ------------------------------ 22,3
3 – Tempestades ---------------------------------------- 18,1
4 – Incêndios florestais -------------------------------- 11,0
5 – Incêndios em habitações ---------------------- 5,6
6 – Acidentes em fábricas devido a explosões,
incêndios e libertação de produtos ------------- 0,4
7 – Sismos e abalos de terra ------------------------ 0,3
CEIPC


Inquérito nacional
 Dados:

Recebeu ajuda de alguém ou instituição

                        Sim     Não     N/S ou N/R
Recebeu                 23,4     66,0      10,6
_______________________________________________________
Familiares              37,6   62,4
Vizinhos                47,4   52,6
Bombeiros               63,0   37,0
GNR                      8,0   92,0
C. Municipal             5,6   94,4
J. Freguesia             3,8   96,2
CEIPC

Inquérito nacional
 Dados:

Confiança nas instituições

               4,19
                      4,11
                                                                3,96
                             3,66   3,66   3,65
                                                         3,32
Escala 1 a 5




                                                  3,22




               BOMB   INEM   GNR    PSP    PCIV   CM      JF    CVP
CEIPC

Inquérito nacional
  Dados:

     Conhecimento dos avisos meteorológico e dos alertas
                     da proteção civil



- 69,6% cidadãos que responderam têm conhecimento dos
  avisos do IM.
- 40,5% dos alertas da ANPC.
- 20,1% dos alertas do SMPC.
CEIPC

Inquérito nacional
  Dados:

     Conhecimento dos avisos meteorológico e dos alertas
                     da proteção civil



- 63,4% ativam estratégias de auto-proteção após os alertas da
  ANPC e 50% fazem-no para os avisos do IM.
- Os mais jovens, os que possuem maior nível de instrução e os
  que residem em habitações com melhores condições são os
  que declaram maiores níveis de conhecimento dos alertas.
CEIPC

  Inquérito nacional
    Dados:

                         Conclusões

1 – O risco e os desastres são construídos socialmente e
devem, por isso, ser estudados nos contextos em que ocorrem.


2 – A incorporação da preceção de risco dos diferentes grupos
sociais e territoriais é essencial na definição das políticas de
prevenção e mitigação do risco.
CEIPC

 Inquérito nacional
   Dados:

                      Conclusões

3 – Os elevados níveis de confiança nas instituições de
emergência e socorro, bem como o conhecimento dos
avisos meteorológicos e dos alertas da proteção civil, são
indicadores sólidos de uma preocupação geral quanto
aos perigos e às suas possíveis consequências.
CEIPC

 Inquérito nacional
   Dados:

                       Conclusões

4 – O conhecimento dos cidadãos quanto aos perigos
deve ser incorporado na definição das políticas públicas
relacionadas    com   a   prevenção    e   mitigação    dos
riscos, articulado com os contributos técnicos e científicos
interdisciplinares.
CEIPC



Então... Porque esperamos?

       Obrigado!


                  Duarte Caldeira
               ceiprociv@gmail.com

Contenu connexe

Similaire à Duarte Caldeira

Convite 24 de set ufrpe defesa civil jc
Convite 24 de set ufrpe defesa civil jcConvite 24 de set ufrpe defesa civil jc
Convite 24 de set ufrpe defesa civil jc
vfalcao
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
RicardoTST2
 
Stcrvcc 1207602196867800 8
Stcrvcc 1207602196867800 8Stcrvcc 1207602196867800 8
Stcrvcc 1207602196867800 8
Leonor Alves
 
Análise de Comunicação de Riscos na Campanha da Eletropaulo
Análise de Comunicação de Riscos na Campanha da EletropauloAnálise de Comunicação de Riscos na Campanha da Eletropaulo
Análise de Comunicação de Riscos na Campanha da Eletropaulo
Jean Michel Gallo Soldatelli
 

Similaire à Duarte Caldeira (20)

Palestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SP
Palestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SPPalestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SP
Palestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SP
 
Convite 24 de set ufrpe defesa civil jc
Convite 24 de set ufrpe defesa civil jcConvite 24 de set ufrpe defesa civil jc
Convite 24 de set ufrpe defesa civil jc
 
09h10 st4 renato lima 21 08 leblon
09h10 st4 renato lima 21 08 leblon09h10 st4 renato lima 21 08 leblon
09h10 st4 renato lima 21 08 leblon
 
"Defesa Civil somos todos nós" - Gestão de Emergências e Riscos Ambientais é ...
"Defesa Civil somos todos nós" - Gestão de Emergências e Riscos Ambientais é ..."Defesa Civil somos todos nós" - Gestão de Emergências e Riscos Ambientais é ...
"Defesa Civil somos todos nós" - Gestão de Emergências e Riscos Ambientais é ...
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
 
CLASS 2018 - Palestra de Eduardo Izycki (Servidor Público (GSI) e Pesquisador...
CLASS 2018 - Palestra de Eduardo Izycki (Servidor Público (GSI) e Pesquisador...CLASS 2018 - Palestra de Eduardo Izycki (Servidor Público (GSI) e Pesquisador...
CLASS 2018 - Palestra de Eduardo Izycki (Servidor Público (GSI) e Pesquisador...
 
Stc Rvcc
Stc RvccStc Rvcc
Stc Rvcc
 
Stcrvcc 1207602196867800 8
Stcrvcc 1207602196867800 8Stcrvcc 1207602196867800 8
Stcrvcc 1207602196867800 8
 
Tecnologia que nos move - PCE OCEANA CRESCER
Tecnologia que nos move - PCE OCEANA CRESCER   Tecnologia que nos move - PCE OCEANA CRESCER
Tecnologia que nos move - PCE OCEANA CRESCER
 
Sindec
SindecSindec
Sindec
 
ESTUDO DE CASO - MÓDULO B - FASE II - ANO 2023.pdf
ESTUDO DE CASO - MÓDULO B - FASE II - ANO 2023.pdfESTUDO DE CASO - MÓDULO B - FASE II - ANO 2023.pdf
ESTUDO DE CASO - MÓDULO B - FASE II - ANO 2023.pdf
 
Gestão do Risco (por Carlos Henriques)
Gestão do Risco (por Carlos Henriques)Gestão do Risco (por Carlos Henriques)
Gestão do Risco (por Carlos Henriques)
 
2 sipdec pnpdec
2 sipdec pnpdec2 sipdec pnpdec
2 sipdec pnpdec
 
Artigo01
Artigo01Artigo01
Artigo01
 
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdfEducação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
 
Projeto Alerta nas Escolas 2013
Projeto Alerta nas Escolas 2013Projeto Alerta nas Escolas 2013
Projeto Alerta nas Escolas 2013
 
Promoção e Protecção dos Direitos das Crianças
Promoção e Protecção dos Direitos das CriançasPromoção e Protecção dos Direitos das Crianças
Promoção e Protecção dos Direitos das Crianças
 
protecção civil.pdf
protecção civil.pdfprotecção civil.pdf
protecção civil.pdf
 
Análise de Comunicação de Riscos na Campanha da Eletropaulo
Análise de Comunicação de Riscos na Campanha da EletropauloAnálise de Comunicação de Riscos na Campanha da Eletropaulo
Análise de Comunicação de Riscos na Campanha da Eletropaulo
 
Desastres naturais conceitos basicos
Desastres naturais conceitos basicosDesastres naturais conceitos basicos
Desastres naturais conceitos basicos
 

Plus de Construção Sustentável

Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2
Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2
Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2
Construção Sustentável
 
Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2
Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2
Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2
Construção Sustentável
 

Plus de Construção Sustentável (20)

Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2
Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2
Janice Perlman - Human Habitat 2013 Part 2 of 2
 
Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2
Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2
Janice Perlman Human Habitat 2013 - Part 1 of 2
 
Lia Vasconcelos e Helena Farrall - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência ...
Lia Vasconcelos e Helena Farrall - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência ...Lia Vasconcelos e Helena Farrall - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência ...
Lia Vasconcelos e Helena Farrall - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência ...
 
Livia Tirone - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência Urbana
Livia Tirone - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência UrbanaLivia Tirone - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência Urbana
Livia Tirone - Workshop 2013: Laboratório de Resiliência Urbana
 
Tiago Teixeira - VULCANO
Tiago Teixeira - VULCANOTiago Teixeira - VULCANO
Tiago Teixeira - VULCANO
 
Paula Duarte - LNEG
Paula Duarte - LNEGPaula Duarte - LNEG
Paula Duarte - LNEG
 
Alexandre Fernandes - Fabriwatt
Alexandre Fernandes - FabriwattAlexandre Fernandes - Fabriwatt
Alexandre Fernandes - Fabriwatt
 
Rui Vinhas da Silva - ISCTE / University of Manchester
Rui Vinhas da Silva - ISCTE / University of ManchesterRui Vinhas da Silva - ISCTE / University of Manchester
Rui Vinhas da Silva - ISCTE / University of Manchester
 
Livia Tirone - Construção Sustentável
Livia Tirone - Construção SustentávelLivia Tirone - Construção Sustentável
Livia Tirone - Construção Sustentável
 
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 5 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 5 of 5Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 5 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 5 of 5
 
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 4 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 4 of 5Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 4 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 4 of 5
 
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 3 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 3 of 5Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 3 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 3 of 5
 
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 2 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 2 of 5Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 2 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 2 of 5
 
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 1 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 1 of 5Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 1 of 5
Human Habitat 2013: Alfonso Vegara - Part 1 of 5
 
Teresa Correia - CM FARO
Teresa Correia - CM FAROTeresa Correia - CM FARO
Teresa Correia - CM FARO
 
António Frazão - SIMTEJO
António Frazão - SIMTEJOAntónio Frazão - SIMTEJO
António Frazão - SIMTEJO
 
Vitor Simões - ECOAGUA
Vitor Simões - ECOAGUAVitor Simões - ECOAGUA
Vitor Simões - ECOAGUA
 
Luis Neves - LN AGUAS
Luis Neves -  LN AGUASLuis Neves -  LN AGUAS
Luis Neves - LN AGUAS
 
Livia Tirone
Livia TironeLivia Tirone
Livia Tirone
 
Jaime Melo Baptista - ERSAR
Jaime Melo Baptista - ERSARJaime Melo Baptista - ERSAR
Jaime Melo Baptista - ERSAR
 

Dernier

Dernier (6)

ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 

Duarte Caldeira

  • 1. Conferência CEIPC Centro de Estudos e Human Habitat Intervenção em Protecção Civil 2011 A escala do indivíduo na resiliência urbana Duarte Caldeira 24 de outubro de 2011
  • 2. CEIPC Sumário: 1 – O indivíduo e a comunidade. 2 – Definição de resiliência. 4 – Inquérito nacional sobre a perceção do risco. 3 – Resiliência em Proteção Civil.
  • 3. CEIPC Indivíduo O que não pode ser dividido Comunidade Aquilo que é de todos
  • 4. CEIPC Evidência A relação entre o indivíduo e a comunidade encontra formulações muito distintas, por vezes antagónicas ao longo do tempo.
  • 5. CEIPC Exemplo virtuoso Na Grécia antiga, a existência do indivíduo dependia inteiramente da comunidade em que vivia. Polis = Cidade
  • 6. CEIPC Resiliência Um modelo? Um processo? Um desígnio? ou Uma utopia?
  • 7. CEIPC Conceito de resiliência «A resiliência de um grupo, comunidade ou organização está dependente das capacidades que conseguem desenvolver e que lhes permitem adaptar-se e fazerem face a situações de mudança e perturbação, sem grandes danos nem perda de recursos.» Nações Unidas - 2005
  • 8. CEIPC Conceito de resiliência A resiliência, no que diz respeito às comunidades humanas, depende da capacidade de como estas conseguem aprender coletivamente a convergir, em função de objetivos comuns.
  • 9. CEIPC Conceito de resiliência Este conceito tem vindo a ser utilizado e aplicado nos domínios do planeamento urbano, da ecologia, sociologia, teoria das organizações, ciências económicas, saúde pública.
  • 10. CEIPC Resiliência Um imperativo civilizacional, exigível e concretizável.
  • 11. CEIPC Resiliência em proteção civil O QUE É? COMO SE CONCRETIZA?
  • 13. CEIPC TODOS NÓS, cidadãos conscientes e solidários. AS NOSSAS FAMÍLIAS, organizadas de forma simples e sensata para prevenir riscos e sobreviver às emergências. AS EMPRESAS, com medidas de higiene e segurança no trabalho e os planos de emergência internos.
  • 14. CEIPC OS EDIFÍCIOS que recebem público, ao cumprir as normas de sinalização, alerta, aviso e evacuação. A ESCOLA, caldeando a cultura preventiva e uma nova mentalidade de proteção e segurança. OS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, difundindo as informações que sensibilizam, esclarecem e formam as populações.
  • 15. CEIPC OS PODERES PÚBLICOS, ordenando o território de forma inteligente e redutora das vulnerabilidades. OS BOMBEIROS, Forças de Segurança, Estruturas de Saúde, Instituições de Assistência e Solidariedade Social, Forças Armadas, e outros agentes que exercem funções de prevenção, proteção e socorro das populações. OS SERVIÇOS MUNICIPAIS DE PROTEÇÃO CIVIL, primeiros responsáveis pelas medidas de prevenção, preparação e socorro nas respetivas áreas.
  • 16. CEIPC OS SERVIÇOS REGIONAIS DE PROTEÇÃO CIVIL, para ações de âmbito distrital ou regional ou que ultrapassem as capacidades, das Câmaras Municipais. A AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL, para as ações de âmbito nacional ou que ultrapassem as capacidades a nível distrital ou regional.
  • 17. Lei de bases da proteção civil 8 princípios essenciais 1 – Prioridade (prossecução do interesse público). 2 – Prevenção (riscos considerados antecipadamente). 3 – Precaução (medidas antecipadas para diminuição dos riscos). 4 – Subsidiariedade (proximidade). 5 – Cooperação (todos, com todos para todos). 6 – Coordenação (articulação na execução das ações). 7 – Unidade de comando (comando único). 8 – Informação (antes, durante e depois).
  • 18. CEIPC Informar Proteger e e Ser informado Ser protegido A Proteção Civil Uma tarefa de todos para todos Socorrer Alertar e e Ser socorrido Ser alertado
  • 19. CEIPC Inquérito nacional A perceção do risco e a confiança nas instituições.
  • 20. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Amostra representativa da população portuguesa maior de 18 anos, residente em Portugal Continental. Tamanho da amostra – 1200 inquiridos Nível de confiança – 95% Margem de erro – 3% Distribuição da população – 50% Data de aplicação – setembro/outubro 2008 Empresa – Eurosondagem para o CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
  • 21. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Pessoas afetadas por acontecimento extremos que causaram danos ou perdas: N = 180 14,4% do total da amostra
  • 22. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Tipo de acidente que mais o/a afetou: 1 – Cheias e inundações ----------------------------- 24,3 2 – Acidente de viação ------------------------------ 22,3 3 – Tempestades ---------------------------------------- 18,1 4 – Incêndios florestais -------------------------------- 11,0 5 – Incêndios em habitações ---------------------- 5,6 6 – Acidentes em fábricas devido a explosões, incêndios e libertação de produtos ------------- 0,4 7 – Sismos e abalos de terra ------------------------ 0,3
  • 23. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Recebeu ajuda de alguém ou instituição Sim Não N/S ou N/R Recebeu 23,4 66,0 10,6 _______________________________________________________ Familiares 37,6 62,4 Vizinhos 47,4 52,6 Bombeiros 63,0 37,0 GNR 8,0 92,0 C. Municipal 5,6 94,4 J. Freguesia 3,8 96,2
  • 24. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Confiança nas instituições 4,19 4,11 3,96 3,66 3,66 3,65 3,32 Escala 1 a 5 3,22 BOMB INEM GNR PSP PCIV CM JF CVP
  • 25. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Conhecimento dos avisos meteorológico e dos alertas da proteção civil - 69,6% cidadãos que responderam têm conhecimento dos avisos do IM. - 40,5% dos alertas da ANPC. - 20,1% dos alertas do SMPC.
  • 26. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Conhecimento dos avisos meteorológico e dos alertas da proteção civil - 63,4% ativam estratégias de auto-proteção após os alertas da ANPC e 50% fazem-no para os avisos do IM. - Os mais jovens, os que possuem maior nível de instrução e os que residem em habitações com melhores condições são os que declaram maiores níveis de conhecimento dos alertas.
  • 27. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Conclusões 1 – O risco e os desastres são construídos socialmente e devem, por isso, ser estudados nos contextos em que ocorrem. 2 – A incorporação da preceção de risco dos diferentes grupos sociais e territoriais é essencial na definição das políticas de prevenção e mitigação do risco.
  • 28. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Conclusões 3 – Os elevados níveis de confiança nas instituições de emergência e socorro, bem como o conhecimento dos avisos meteorológicos e dos alertas da proteção civil, são indicadores sólidos de uma preocupação geral quanto aos perigos e às suas possíveis consequências.
  • 29. CEIPC Inquérito nacional  Dados: Conclusões 4 – O conhecimento dos cidadãos quanto aos perigos deve ser incorporado na definição das políticas públicas relacionadas com a prevenção e mitigação dos riscos, articulado com os contributos técnicos e científicos interdisciplinares.
  • 30. CEIPC Então... Porque esperamos? Obrigado! Duarte Caldeira ceiprociv@gmail.com