No âmbito de uma Parceria Público Privada com a AGÊNCIA PARA A ENERGIA (ADENE) e com a IBM, a Iniciativa CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL continua a coordenar a realização de SEMINÁRIOS que colocam ao alcance de um público predominantemente técnico a informação relevante para o alargamento de boas práticas na construção e na reabilitação urbana. Prevemos realizar 5 SEMINÁRIOS durante 2011, os quais terão lugar em todo o país.
Nos SEMINÁRIOS serão abordados os desafios da sustentabilidade no meio edificado, com enfoque na escala das Cidades, sendo o tema as Cidades Inteligentes (SMART CITIES), promovendo a prosperidade renovável e transmitindo conceitos como: descentralizar a transformação de recursos renováveis (energia, água e materiais); as redes inteligentes, bi-direccionais e inter-activas, que se auto-regeneram, associadas à descentralização do armazenamento de recursos.
1. Seminário Cidades mais Inteligentes
(PROSPERIDADE RENOVÁVEL)
“A certificação energética e a reabilitação urbana”
ADENE – Agência para a Energia
Braga, 10 de Maio de 2011 Francisco Passos
sce@adene.pt
2. ÍNDICE
• A Directiva Europeia EPBD
• Sistema de Certificação Energética
• O Certificado Energético e as Medidas de Melhoria
• Evolução do SCE
• Potencial de Medidas de Melhoria Identificadas
• Contributos à implementação de Medidas de Melhoria
• Publicação “EDIFÍCIOS EXISTENTES”
• O Projecto Request
3. Contexto Europeu - Directiva 2002/91/CE de 16 de Dezembro (EPBD)
Suporte para a revisão da legislação nacional e introdução de certificação
• Objectivo: Promover a melhoria do desempenho energético dos
edifícios na Comunidade, tendo em conta:
As condições climáticas externas e as condições locais
Exigências em termos de clima interior
Rentabilidade económica
• Estabeleceu requisitos em matéria de:
Metodologia de cálculo do desempenho energético integrado dos edifícios;
Aplicação de requisitos mínimos para o desempenho energético dos novos
edifícios e edifícios sujeitos a grandes obras de renovação;
Inspecção regular de caldeiras e instalações de ar condicionado;
Certificação energética dos edifícios
4. Desafios da nova EPBD
Directiva 2010/31/EU de 19 de Maio de 2010
Objectivo europeu "UE 20-20-20" em 2020:
redução de 20% nas emissões de GEE;
20% de energia proveniente de fontes renováveis;
aumento de 20% na eficiência energética;
As “grandes intervenções” de edifícios existentes, constituem uma
oportunidade para tomar medidas rentáveis para melhorar o desempenho
energético.
«Grandes intervenções» = obras de renovação de um edifício em que:
a) O custo total da renovação é superior a 25 % do valor do edifício, e/ou
b) É renovada mais de 25 % da superfície da envolvente do edifício.
Metas nacionais ambiciosas e planos de incentivos para recuperação
do parque edificado existente e para construção de novos “edifícios
energia quase zero”.
5. Desafios da nova EPBD
Directiva 2010/31/EU de 19 de Maio de 2010
Requisitos mínimos baseados em critérios de viabilidade
económica ao longo do ciclo de vida do edifício.
Apresentação da classe energética na publicidade ao edifício a partir
do momento em que seja colocado no mercado;
Afixação de certificados energéticos na entrada dos edifícios públicos
A partir de 2012 para edifícios com A>500 m2 de área útil,
A partir de 2015 para edifícios com A>250 m2 de área útil;
6. Planos e estratégias nacionais
Enquadramento
Plano Nacional de Acção Estratégia Nacional para a Energia
para a Eficiência energética (PNAEE) 2020 (ENE2020)
Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2008 Resolução do Conselho de Ministros nº 29/2010
BJECTIVO ATÉ 2015:
O OBJECTIVO PARA PRÓXIMA DECADA:
peracionalização de 12 programas para Promoção da Eficiência Energética
O
eficiência energética Aposta nas Energias Renováveis e
ectores dos Transportes, Residencial &
S Endógenas
Serviços, Indústria, Comportamentos, • 31% do consumo de energia final
Estado, etc… • 60% da energia eléctrica em Portugal
• Redução de consumo energia final em 10%
• Redução de consumo energia final em
• 1 em cada 15 lares com classe B- ou 20% até 2020
superior
2015 2020
7. ÍNDICE
• A Directiva Europeia EPBD
• Sistema de Certificação Energética
• O Certificado Energético e as Medidas de Melhoria
• Evolução do SCE
• Potencial de Medidas de Melhoria Identificadas
• Contributos à implementação de Medidas de Melhoria
• Publicação “EDIFÍCIOS EXISTENTES”
• O Projecto Request
8. Certificado Energético
Certificado informa de um modo simples e directo
Etiqueta de Desempenho Energético
• 9 classes (de A+ a G)
Emissões de CO2 do edifício
Desagregação necessidades de energia
• aquecimento, arrefecimento e águas quentes
• necessidades energia em kWh/m2
8
9. Classificação energética
Uma casa eficiente pode consumir menos de ¼ do consumo de referência
Classificação baseada no consumo de energia para climatização e AQS
Iluminação não afecta classificação energética no sector residencial
Classe Comparação com consumo de
energética referência
A+ Menos 25% consumo de referência
A Entre 25% a 50%
B 50% a 75%
B- 75% a 100%
C 100% a 150%
D 150% a 200%
E 200% a 250%
F Entre 250% a 300%
G Mais de 300% consumo de referência
10. Certificado Energético
Informação sobre medidas de melhoria de desempenho
Propostas de medidas
– Redução estimada de energia
– Investimento estimado
– Pay-back simples
Nova Classe Energética
– se implementadas parte ou a
totalidade das medidas
10
11. Propostas de medidas de melhoria nos certificados
Reforço, junto dos PQs, da importância e do valor desta informação no seu trabalho
60% dos
Certificados sem
qualquer proposta
de medida de
melhoria (Fev. 09)
Menos de 10% dos
Certificados sem
propostas (Jun.09)
• As medidas são uma mais valia clara do trabalho do perito!
• O certificado só por si não traduz qualquer economia de energia.
12. Despacho n.º 11020/2009 de 30 Abril
Estudo de medidas é obrigatório e deve respeitar hierarquia de opções
Hierarquia do estudo de propostas
de medidas de melhoria
Correcção de patologias
construtivas
Redução das necessidades de
energia útil por intervenção na
envolvente
Utilização de energias
renováveis
Eficiência dos sistemas
13. 0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
Ano 2007 854
1
Ano 2008 13053
714
Janeiro de 2009 2112
7704
Ano 2009 2511
Fevereiro de 2009 11783
Março de 2009 2635
16524
Abril de 2009 2734
15824
Maio de 2009 3755
15514
Junho de 2009 2523
14027
Julho de 2009 3304
15038
Agosto de 2009 2735
11079
Setembro de 2009 3106
11953
Outubro de 2009 3461
12165
Novembro de 2009 3621
11514
Dezembro de 2009 3084
10394
Janeiro de 2010 2933
10567
Ano 2010 2898
Fevereiro de 2010 10622
Março de 2010 3597
12454
Abril de 2010 2866
11932
Maio de 2010 2842
10590
Junho de 2010 3105
9963
Julho de 2010 3248
10369
Agosto de 2010 2098
8836
Setembro de 2010 2694
Número de CE’s emitidos por mês/ano
9121
Outubro de 2010 2677
8949
Novembro de 2010 3018
9425
DCR
Dezembro de 2010 2742
9041
Janeiro de 2011 2389
7509
Ano 2011 2642
Fevereiro de 2011 7203
CE/DCR
Março de 2011 2939
7976
Abril de 2011 2423
6836
CE
A média de emissões mensais de CE’s/DCR’s ronda os ~14000 registos
Evolução do Sistema de Certificação Energética em Portugal
existentes
(à data de Abril 2011)
~11000 CE por mês
CE/DCR – Certificados após DCR’s
Informação adicional
~3000 DCR’s por mês
Cerca de 80% dos CE
DCR – Certificados em fase de projecto
+400 000 CE’s emitidos
correspondem a edifícios
CE – Certificados de edifícios existentes
14. Evolução do Sistema de Certificação Energética em Portugal
Distribuição por tipo de edifício e tipologia
Novos edifícios Edifícios existentes
% de DCR por classes % de CE por classes
11% 0.5% A+
A+
4.3% A
40% A
B 20.8% B
28%
B- 11.6% B-
21%
32.5% C
14.3% D
7.9% E
Tipos de edifícios 2.5% F
5.7% G
8%
DCR – Certificados em fase de projecto
Residencial CE/DCR – Certificados após DCR’s
92% Serviços
CE – Certificados de edifícios existentes
15. O nível mais alto de ineficiência energética é na construção dos anos 70
(mais de 85% dos fogos são classe C ou inferior)
% Classe energética por década
16. Potencial de melhoria identificado pelos Peritos Qualificados
Potencial de melhoria de forem implementadas todas as Medidas de Melhoria identificadas pelos PQ’s
Cenário real Medidas implementadas
% de CE por classes
% de CE por classes
0.5% A+ 5.5% A+
4.3% A 30.6% A
20.8% B 30.3% B
11.6% B- 18.3% B-
32.5% C 9.6% C
14.3% D 3.8% D
7.9% E 1.2% E
2.5% F 0.3% F
5.7% G 0.3% G
63% abaixo de B- 85% acima do limite mínimo
para edifícios novos
17. Potencial de melhoria identificado pelos Peritos Qualificados
Medidas de melhoria identificadas
Edifícios com Potencial de Melhoria Incidência das Medidas de Melhoria
6%
Ventilação
AQS
4%
31%
Vãos
Envidraçados
CE sem MM 11%
94% CE com MM
Investimento e Potencial de
Melhoria por Fracção Climatização
15%
Energias
Renováveis
Economia 0,4Tep/ano 22% Envolventes
Opacas
18%
Período de retorno de 6 a 11 anos
Investimento de 1250€ a 6500€
18. E no que respeita à percepção do Público…
Estudos de Mercado sobre Certificação Energética
Conhece a Certificação Energética ? Razões para certificar o imóvel
Valorizar o imóvel 35%
Melhorar o desempenho energético 35%
Venda do imóvel 28%
Melhorar o desempenho ambiental 21%
Realização de obras no imóvel 6%
A Classe Energética pode Valorização da Certificação Energética
influenciar o valor do imóvel? A/A+
19. E no que respeita à percepção do Público…
Estudos de Mercado sobre Certificação Energética
Medidas sugeridas pela CE pensa vir a implementar
20. ÍNDICE
• A Directiva Europeia EPBD
• Sistema de Certificação Energética
• O Certificado Energético e as Medidas de Melhoria
• Evolução do SCE
• Potencial de Medidas de Melhoria Identificadas
• Contributos à implementação de Medidas de Melhoria
• Publicação “EDIFÍCIOS EXISTENTES”
• O Projecto Request
21. Medidas de melhoria na certificação energética
Uma ferramenta que promove a eficiência energética nos edifícios
Objectivo
Criação de um documento de apoio técnico e de auxílio
à análise do potencial de medidas de melhoria.
Suporte
Integração no modelo de análise de Medidas de Melhoria
constantes no Certificado Energético.
Estrutura
Onde intervir?
Tipificação das Soluções Construtivas e sua Importância
Energética
Autores
Como intervir? Vasco Peixoto de Freitas,
Define níveis de qualidade com base nos valores Ana Guimarães,
Cláudia Ferreira,
regulamentares de referência. Sandro Alves
22. Medidas de melhoria na certificação energética
Uma ferramenta que promove a eficiência energética nos edifícios
Como intervir?
Metodologias de Intervenção - Várias
soluções de reabilitação energética
para os diversos elementos
Quais os benefícios?
Avaliação energética e técnico-
económica das intervenções com
Fichas Técnicas comparativas
23. Projecto REQUEST
Reabilitação de edifícios através da cadeia de valor do sistema de certificação energética
O que é o Projecto REQUEST
É um projecto Europeu que visa o seguinte:
ácil acesso às medidas de melhoria
F
recomendadas nos certificados energéticos
streitar a cadeia de valor entre os proprietários,
E
profissionais e as suas empresas, peritos qualificados
e entidades reguladoras Duração: Abril 2010 - Novembro 2012
Finalidade Parceiros
Energy Saving Trust, EST, UK
Portuguese Energy Agency, ADENE, Portugal
umento da implementação das medidas de
A Austrian Energy Agency, AEA, Austria
German Energy Agency, dena, Germany
melhoria com reflexo nas emissões de carbono nos Italian National Agency for New Technologies, Energy and
edifícios residenciais europeus the Environment, ENEA, Italy
Polish National Energy Conservation Agency, KAPE, Poland
Aalborg University, AAU/SBi, Denmark
Slovak Innovation and Energy Agency, SIEA, Slovakia
Responsável por Portugal Flemish Institute of Technological Research, VITO, Belgium
Centre Renewable Energy Sources Saving, CRES, Greece
Eng.º Manuel Casquiço - ADENE Energy Efficiency Agency, EEA, Bulgaria
www.building-request.eu
24. Projecto REQUEST
Reabilitação de edifícios através da cadeia de valor do sistema de certificação energética
Objectivos chave do REQUEST
1. stabelecer um inventário de ferramentas, técnicas e
E
esquemas para promover a realização das medidas de
melhoria preconizadas nos Certificados Energéticos
(CE) e aceder ao mercado da reabilitação, tendo em vista a Grupos alvo
O sucesso do projecto REQUEST
eficiência energética e a diminuição das emissões de depende do impacto que tem nos 4
carbono. grupo- alvo definidos:
LADO DA PROCURA
2. esenvolver ferramentas e estratégias para estimular e
D Proprietários de habitações uni e
promover acções previstas nas recomendações indicadas multifamiliares;
LADO DA OFERTA
nos CE.
Profissionais da construção e as suas
empresas;
3. rovidenciar um novo mecanismo para assegurar a
P INTERMEDIÁRIOS
Peritos Qualificados;
qualidade no mercado das reabilitações energéticas. REGULADORES
Agências de energia/governo/
4. estar e medir o impacto das ferramentas desenvolvidas
T universidades e laboratórios
através de projectos-piloto a realizar a nível nacional. independentes reconhecidos para o
efeito.
www.building-request.eu