4. ENSINAR PARA RESOLVER
• Nos últimos anos muito se tem falado de violência, até porque
esta passou a fazer parte do nosso cotidiano.
• . A violência, entre outros, foi destacada por pessoas de
diferentes camadas sociais, como um dos principais
problemas, principalmente aquela que atinge a vida e a
integridade física dos indivíduos.
• Para que possamos entender melhor os determinantes da
violência e o papel da educação, algumas questões nos
parecem pertinentes para ajudar a nossa reflexão
5. • De que forma a violência é engendrada na nossa sociedade?
• Quais os valores que têm norteado as diferentes práticas
sociais e entre estas, a educacional?
• Qual o papel da educação e da escola diante de uma
sociedade com características violentas?
• Estas são perguntas fundamentais.
8. • A violência perpassa as diferentes relações sociais e aparece
de forma explícita nos meios de comunicação de massa,
principalmente na mídia televisiva.
• A mídia televisiva comumente apresenta programas com
"brincadeiras" desrespeitosas em que os indivíduos são
usados como objeto sarcástico. Até os programas infantis não
fogem a essa conotação violenta.
9. A ESCOLA E A VIOLÊNCIA
• A escola também reflete o modelo violento de convivência
social.
• Muitos educadores não se apercebem como violadores dos
direitos dos alunos. É o que podemos chamar de violência
simbólica, que segundo Dulce Whitaker (1994), "ajuda não só
a obscurecer a violência que está no dia-a-dia, no cotidiano,
como também a esconder suas verdadeiras causas".
• A violência sutil, em geral, não aparece de forma tão explícita
e serve para escamotear e dissimular os conflitos.
11. Objetivo de uma escola que
busca a cidadania
• Tratar todos os indivíduos com dignidade, com respeito à
divergência.
• Valorizar o que cada um tem de bom;
• Fazer com que a escola se torne mais atualizada para que os alunos
gostem dela;
• Trabalhar a problemática da violência e dos direitos humanos, a
partir do processo de conscientização permanente, relacionando
esses conteúdos ao currículo escolar;
• Incentivar comportamentos de trocas, de solidariedade e de
diálogos, como bem coloca Renata Aguirre - aluna da 8ª série da
Escola Municipal de São Paulo -, "a violência é a força bruta contra
alguém. Quem prática a violência é burro, covarde, porque somos
seres humanos e a única coisa que nos diferencia dos animais é a
capacidade de pensar e de falar. Se nós temos a capacidade de usar
palavras, para que usar a força bruta? É isso que as pessoas
precisam entender".
12. • Dulce Withaker chama a atenção porque muitas vezes "os
professores não se dão conta de que o que torna as crianças
apáticas, não são propriamente os conteúdos ministrados,
mas sim o ponto de partida da ação pedagógica que se
apresenta carregado de autoritarismo e, portanto, de violência
simbólica".
13. ESCOLA E CIDADANIA
• A violência urbana e escolar, esta visão da escola enquanto
espaço de violência é destacada pelos alunos, e estes
exemplificam como esta se manifesta:
• "quando o professor fala: este aluno está ferrado comigo"
(isto porque o aluno era indisciplinado), ou então, "este aluno
não quer nada com a escola e por mim está reprovado".
• O interessante é que os professores não vêm estas formas de
relacionamento com os alunos como desrespeitosas ou
violentas..
• Para estes, a violência na escola aparece, basicamente, na
relação entre os alunos e destes para com o professor.
15. BULLYING
• O bullying , ou violência moral trata-se de um problema que
sempre esteve presente nas escolas, e hoje tem sido fonte de
preocupação de pais e professores.
• Bullying utilizado para descrever atos de violência física ou
psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um
indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de
indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro
indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que
em determinados momentos cometem agressões, porém
também são vítimas de bullying pela turma.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
16.
17. Relato de experiência
• João Guilherme
Lembro-me bem de um caso de 'bullying' que ocorreu comigo na
infância.
Estudava numa escola pública. Tinha 13 anos e sempre apanhava de
alguns colegas de turma que se mostravam valentões, bravos. E eu
tinha muito medo deles, que percebiam isso. Acontece que sempre fui
um excelente aluno e o melhor amigo um garoto grandão, valentão,
mas não se envolvia nas confusões que aprontavam para mim. Ele,
apesar de valentão, era meio desligado dos estudos e sempre tirava
notas baixas nas provas, então aproveitei esta deficiência dele e
propus um acordo: ele me livrava dos valentões nas brigas corriqueiras
e eu o ajudava nas provas, a partir daí consegui me livrar das
agressões.
Até hoje me lembro desses episódios na infância, o grupo de valentões
vindo em minha direção... São lembranças que me fazem muito mal,
sinto calafrios, tremores, inquietações...
18. COMO EVITAR O BULLYING?
• Para evitar o bullying os pais têm um papel muito importante,
devendo estar atentos a sinais que possam denunciar esta
prática, sendo o seu educando o vitima ou o agressor. Por isso
deverá estar atento aos seguintes sinais:
-se o seu filho tem alguma característica na sua personalidade
ou na sua fisionomia que o coloca na situação de ser “alvo
fácil”, procure um psicólogo.
-esteja atento, observe o seu filho a brincar com os outros
colegas, solicite aos professores o parecer deles.
-não se torne hiper-protector, mas vigie com atenção
-não se esqueça que o seu filho pode precisar de ajuda
-se o seu filho é muito agressivo, esteja atento, ele pode ser
autor de Bullying a não ter consciência do sofrimento que
provoca nos outras crianças.
19. EVITAR O BULLYING NA
ESCOLA
• O primeiro passo é admitir que a escola é um local passível de
bullying.
- Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações
ou sugestões.
- Estimular os estudantes a informar os casos.
- Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao
problema.
- Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em
coerência com o regimento escolar.
- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo
futuros casos.
- Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para
quebrar a dinâmica do bullying.