1. POEMA PARA UM MUNDO POSSÍVEL
Vamos, vamos minha gente!
Em busca dos nossos ideais,
Na luta por um outro mundo possível
Temos que ser iguais.
Quisera que minha terra fosse
Longe bem longe da sua,
Bom seria que essa mesma terra tivesse
Lado a lado com a tua.
Sou pescador e quero o meu rio e mar,
Peixe, camarão, caranguejo e mexilhão,
Tudo serve de sustento.
A lua é meu guia, a educação meu fermento.
Sou sem terra e quero a reforma agrária,
Quero produzir milho, arroz e feijão,
Quero saúde e educação,
E fazer a transformação.
Sou quilombola e quero minha terra de volta,
Com a força dos meus ancestrais
Afirmar a minha identidade,
Não há de ser sonho os meus ideais.
Vem você que não enxerga e vê tudo,
Vem você que não escuta e ouve tudo,
Vem você que não fala e se comunica de todas as formas,
Vem você da aldeia, sem teto, sem letra sem escrita.
Vem você mulher, oprimida em casa e na rua, denuncie e anuncie.
Vem você homossexual, seja você mesmo, a escolha é sua.
Vem criança, jovem, adulto e idoso
Não somos mais invisíveis,
Somos gente de direitos...Somos parte desse mundo.
No poema da diversidade,
Tenho raça, trabalho e cor.
Na construção da verdade,
Sou quilombola, sem terra...Sou pescador
Para um outro mundo possível,
Muita luta, quase guerra.
Por vezes muito sofrível,
Pra chegar a nossa terra.
Grupo: Lauro (assessor),Quilombolas, Pescadores e Sem terra