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Práticas em Farmácia Clínica
Daniela Vieira Baldini Batista
Farmacêutica Clínica
1
Programa
 Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas no Brasil;
 Aplicações da Farmácia clínica;
 Atuação do Farmacêutico Clínico nas Unidades de Terapia Intensiva;
 Histórico das Unidades de Terapia Intensiva;
 Atividades dos profissionais da Terapia Intensiva;
 Importância da equipe multidisciplinar;
 A farmácia clínica na Terapia Intensiva;
 Atividades desenvolvidas pelo farmacêutico na Terapia Intensiva.
2
Programa
 Importância da Farmácia Clínica;
 Segurança no Uso de Medicamentos;
 Seguimento Farmacoterapêutico;
 Evolução Farmacêutica em Prontuário;
 Gestão de Risco;
 Como eu Faço?
3
HISTÓRICO DAS ATIVIDADES
CLÍNICAS FARMACÊUTICAS
4
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
“A Farmácia Clínica é um conceito ou uma filosofia que enfatiza o uso
seguro e adequado de medicamentos em pacientes. Ela coloca a ênfase
do medicamento sobre o paciente e não sobre o produto. Isto apenas é
alcançado interagindo responsavelmente com todas as disciplinas de
saúde que estão de alguma forma envolvidos com medicamentos”
(PARKER, 1967 citado por FRANCKE, 1969).
5
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
 Nos Estados Unidos, a perda do papel do farmacêutico nas farmácias
após a industrialização foi solucionada no âmbito hospitalar através de
uma nova disciplina que pretendia resgatar a participação do
farmacêutico na equipe de saúde, a Farmácia Clínica.
6
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas no Brasil
7
Chile
1972
Estados
Unidos
1960
Brasil
1979
2013
 Em 15 de janeiro de 1979, à instalação do primeiro Serviço
de Farmácia Clínica e do primeiro Centro de Informação
sobre Medicamentos (CIM) do País – Hospital Universitário
Onofre Lopes (Universidade Federal do Rio Grande do
Norte), em Natal (RN).
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
A Farmácia Clínica constituiu-se:
 Primeiro como um princípio, ou conjunto de
princípios ...
 Em torno do qual se organizou um tipo de prática, um conjunto de atividades
profissionais...
 Para em seguida configurar-se como um campo disciplinar, ou uma disciplina
científica....
8
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
Objetivo:
 Que os farmacêuticos assumissem "novos padrões de prática
para a farmácia" para além das "atividades administrativas
clássicas", incorporassem a responsabilidade pelas atividades de
cuidado ao paciente (Kalman e Schlegel, 1979).
9
Atenção Farmacêutica
A participação ativa do farmacêutico na assistência ao paciente na
dispensação e seguimento do tratamento farmacoterapêutico,
cooperando com o médico e outros profissionais de saúde, a fim de
conseguir resultados que melhorem a qualidade de vida dos
pacientes. Também prevê a participação do farmacêutico em
atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças.
10
Consenso sobre Atención Farmacéutica-2001
Atenção Farmacêutica
É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o
principal beneficiário das ações do farmacêutico.
A atenção é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos
compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções,
dos conhecimentos, das responsabilidades e das
habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com
objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e
na qualidade de vida do paciente.
Conselho Federal de Farmácia
11
Panorama em São Paulo
Início dos trabalhos
• H. Israelita Albert Einstein – 1999
• Hospital Universitário (USP) - 1999
• HC- Instituto da Criança - 2000
• H. Servidor Público Estadual - 1996
• H. da Cruz Azul de São Paulo - 2007
12
Farmácia Clínica
Paciente
Medicamento
Prescrição
Farmacêutico
Clínico
13
Bases da Farmácia Clínica
 É o ponto culminante das atividades de um profissional da área
hospitalar;
 Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem as
ações assistenciais desta, a farmácia clínica está fadada ao
insucesso;
 No Brasil, é mais ou menos como as equipes multiprofissionais,
que todos intitulam de grupos, mas poucos agem em grupo,
com objetivos comuns e somatórios de conhecimentos,
deixando de lado suscetibilidades e melindres.
14
Farmácia Clínica
“Ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante a
aplicação de conhecimentos e funções relacionados ao cuidado
dos pacientes, que o uso dos medicamentos seja seguro e
apropriado; necessita portanto, de educação especializada e
interpretação de dados, da motivação pelo paciente e de
interações multiprofissionais”.
(Comitê de Farmácia Clínica – ASHP)
15
APLICAÇÕES DA FARMÁCIA CLÍNICA
HOSPITALAR
16
Aplicações
 Acompanhamento Ambulatorial;
 Acompanhamento nas Unidades de Internação;
 Acompanhamento nas Unidades de Terapia Intensiva;
Desfecho Clínico
17
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
18
Histórico das UTIS
 A Terapia Intensiva ou Cuidados Intensivos evoluiu do
reconhecimento histórico que os pacientes com doenças agudas
e graves podiam ser melhor tratados se eles fossem agrupados
em áreas específicas do hospital.
 Bjorn Ibsen estabeleceu a primeira UTI em Copenhagen em
1953, em resposta à epidemia de Poliomielite.
 Na década de 60 foi reconhecida a importância das arritmias
cardíacas como fonte de morbimortalidade no IAM, o que levou
ao uso rotineiro de monitorização.
19
Histórico das UTIS
 Em 1960, quase todos os hospitais americanos possuia uma UTI.
 Em 1970, foi fundada a Sociedade Americana de Terapia Intensiva.
 No Brasil a Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva foi fundada
em São Paulo, em 1980.
 Hoje existem diversos tipos de UTIs:
 Neonatal
 Pediátrica
 Coronária
 Cirúrgica
 Neurológica / Neurocirúrgica
 Queimados
 Trauma
20
Aberta
Fechada
Intermediária
Critérios de Admissão
 Recuperabilidade:
O médico assistente deve estabelecer se o paciente tem uma expectativa
de qualidade de vida adequada, caso o cuidado intensivo seja bem
sucedido.
 Monitorização e cuidados gerais:
O caso requer cuidados ou monitorização, médica ou de paramédicos,
contínua ou a intervalos inferiores a 2 horas.
 Ventilação Mecânica:
Dependência de ventilação mecânica.
 Drogas vasoativas:
Existe a necessidade atual do emprego de drogas vasoativas, em doses
reajustadas.
21
 Antiarrítmicos:
É necessário o emprego de antiarrítmicos em infusão contínua.
 Cirurgias de Emergência:
O paciente encontra-se nos preparativos para cirurgia de emergência ou
existe a possibilidade de cirurgia de emergência nas próximas 24horas.
 Acessos Arteriais:
O paciente possui um acesso arterial com finalidade terapêutica ou
diagnóstica.
 Monitorizações Especiais:
O paciente encontra-se monitorizado com cateter pulmonar ou cateter
de pressão intracraniana.
22
23
Atividades dos profissionais da
Terapia Intensiva
24
Médico
• Em 1986 foi reconhecida a especialidade em Terapia
Intensiva (“intensivista”) nos EUA.
• No Brasil, a primeira prova para Título de Especialista foi
em 1982 e a especialidade foi reconhecida em 1994. Hoje
há necessidade de Residência em Terapia Intensiva e
Prova de Título de Especialista pela Associação de
Medicina Intensiva Brasileira.
25
Médico
Treinamento voltado para:
 Suporte ventilatório
 Suporte hemodinâmico
 Suporte nutricional
 Tratamento de infecções graves
 Suporte renal e metabólico
 Suporte neurológico
 Procedimentos e Monitorizações para os itens acima
26
Médico – Atividades Assistenciais
 Admissão do Paciente na UTI e Prescrição Inicial
 Evolução Diária no Prontuário
 Solicitação de Exames Complementares
 Comunicação com Médico Assistente
 Integração da Equipe Multidisciplinar
 Comunicação com os Familiares
 Treinamento da Equipe Médica e da Equipe Multidisciplinar do CTI
 Visita Conjunta Horizontal
 Resumo de Alta da UTI
27
Médico – Atividades Assistenciais
 Prescrição Médica Diária
 Prescrição de Drogas Vasoativas
 Prescrição de Hidratação e de Suporte Nutricional
 Prescrição de Antibióticos
 Avaliação da Analgesia e Sedação
 Prescrição de Profilaxias (TVP, HDA, Convulsões, Antibióticos)
 Desmame da Ventilação Mecânica
 Controle da Hipertensão Intracraniana
 Reanimação Cardiorrespiratória
28
Médico - Procedimentos
 Cateterização de Veias Profundas (jugular, subclávia, femoral);
 Cateterização do Bulbo Jugular;
 Cateterização arterial (radial, femoral);
 Indução de Hipotermia Moderada;
 Instalação de Marca-passo Cardíaco Externo;
 Cardioversão Elétrica;
 Punção Pericárdica;
 Cateterização da Artéria Pulmonar;
29
Enfermeiro
 Admissão do Paciente no CTI
 Orientação ao Paciente e Familiares durante a Internação
 Boletim de Ocorrências Adversas
 Implementação dos Protocolos de Prevenção de Infecção
 Escala Diária dos Funcionários
 Passagem / Recebimento do Plantão
 Treinamento de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem
 Descarte de Medicamentos Controlados
 Transferência do Paciente
 Ações após Óbito
30
31
Medidas para Prevenção de Broncoaspiração
Avaliação Neurológica
Balanço Hídrico
Transferência do Paciente
Ações após Óbito
Controle de Sinais Vitais
Monitorização Hemodinâmica
Cuidados com a Pressão Intracraniana
Enfermeiro
Enfermeiro
 Cuidados com Drenagem Ventricular Externa
 Realização de Eletrocardiograma
 Monitorização Invasiva da Pressão Arterial
 Monitorização da Pressão Venosa Central
 Protocolo de Administração de Insulina
 Protocolo de Heparinização
 Cuidados com Terapia Dialítica
32
Fisioterapeuta
 Oxigenoterapia
 Ventilação mecânica (VM)/ Desmame da VM
 Ventilação não-invasiva (VNI)
 Manobras de higiene brônquica
 Medidas ventilatórias
 Treinamento muscular
 Transporte de pacientes em VM ou VNI
 Assistência durante a Intubação Traqueal
 Fixação da Cânula Traqueal
33
Fisioterapeuta
 Manobras de Recrutamento Alveolar
 Medidas Ventilatórias
 Coleta de Secreção Traqueal
 Extubação
 Assistência durante manobras de RCP
 Fisioterapia Motora
 Acompanhamento de exames
 Posicionamento
 Mobilização
34
Farmacêutico
35
Atividades fundamentais e desejáveis do
farmacêutico na Terapia Intensiva
 Dedicar-se exclusivamente à área na maior parte de seu tempo de trabalho,
com poucas atividades fora da UTI;
 Participar dos rounds clínicos com a equipe;
 Avaliar a terapia medicamentosa quanto à indicação adequada, dose,
interações medicamentosas, alergias e reações adversas;
 Trabalhar em conjunto com o nutricionista e/ou nutrólogo nas
recomendações de nutrição parenteral adequadas dos pacientes;
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
36
Atividades fundamentais e desejáveis do
farmacêutico na Terapia Intensiva
 Identificar e auxiliar na gestão e prevenção de reações adversas a
medicamentos -RAM- como também na redução de erros de medicação;
 Informar sobre a terapia intravenosa adequada para a equipe de
enfermagem e médica;
 Participar dos programas de qualidade e acreditação da UTI;
 Identificar os custos de medicamentos utilizados na UTI e implementar
medidas de contenção dos custos;
 Atuar como uma ligação entre a farmácia, médicos e enfermagem na
educação das políticas, procedimentos e orientações relacionadas aos
medicamentos.
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
37
IMPORTÂNCIA DA FARMÁCIA
CLÍNICA AO PACIENTE CRÍTICO
38
Paciente Crítico
 Sepsis grave/choque séptico
 Hipoalbuminemia
 Derrame de serosas
 Queimaduras
 Leucemia
 TCE
39
 Carga de fluidos
 Uso de diálise peritoneal/hemodiálise
 Drogas vasoativas
QUAL A IMPORTÂNCIA DA
FARMÁCIA CLÍNICA???
Como Iniciar os Trabalhos???
40
Farmácia Clínica Intervencionista
 Round clínico;
 Intervenções;
 Antimicrobianos;
 Interações medicamentosas;
 Erros de Medicação;
 Terapia Intravenosas.
41
Round Clínico
 Número de leitos;
 Taxa de ocupação;
 Média de idade dos pacientes;
 Média medicamentos por prescrição.
42
Classificar a Unidade em
Especialidades...
Atende pós
cirúrgicos?
(protocolos de
antibioticoprofilaxia)
43
Importante: Compilar Dados
 Número de pacientes avaliados;
 Quantificar e Qualificar as intervenções realizadas;
 Realizar estudos comparativos com publicações
 Realizar Benchmarking com outros serviços.
44
SEGURANÇA NO USO DE
MEDICAMENTOS
45
Análise diária das Prescrições
46
Medicamentos mais Prescritos
 Sedação;
 Drogas vasoativas;
 Profilaxia para úlcera de stress;
 Controle de glicemia;
 Profilaxia para TVP;
 Analgésico/antitérmico;
 Antibióticos.
47
Análise da Prescrição
 Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);
 Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e tempo
de infusão;
 Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS);
 Profilaxias;
 Tempo de tratamento;
 Indicação;
 Incompatibilidades.
48
Dose
 “ Medicamentos não tem doses, pacientes é que tem doses”
 Individualização da terapia;
O que considerar???
49
Uso de medicamentos em Nefropatias
 Medicamentos com excreção renal: podem acumular – efeito
tóxico;
 Pacientes Idosos – Função renal diminuída;
Exemplos de fármacos excretados quase inalterados pela urina:
 Metotrexato;
 Digoxina;
 Furosemida.
50
Ajuste de doses conforme função renal
Função renal alterada:
– parâmetro: clearance de creatinina (mL/min):
Guidelines de ajuste de dose para maioria dos
medicamentos;
Preocupação: associações de fármacos.
51
Ajuste de doses conforme função renal
Cockcroft-Gault
Ref: http://www.kidney.org/professionals/kdoqi/guidelines.cfm
Clin. Pharmacokinet., 1997, v. 32, n. 1, p. 31-57
52
Ajuste de doses conforme função renal
MDRD
53
Uso de medicamentos em Nefropatias
54
Atenção: Pacientes Dialíticos
Uso de medicamentos em nefropatias
Medica/o FG (mL/min) __ Recomendação _ Riscos
Amoxicilina < 10 mL/min Reduzir dose Erupção cutânea
Anfotericina < 50 mL/min Evitar Nefrotóxica
Ampicilina < 10 mL/min Reduzir dose Erupção cutânea
Antiinflamatórios < 50 mL/min Evitar Retenção
Antipsicóticos < 10 mL/min Reduzir dose > sensibil. SNC
Ansiolíticos < 10 mL/min Reduzir dose > sensibil. SNC
Atenolol < 20 mL/min Reduzir dose Maior efeito
Azatioprina < 10 mL/min Reduzir dose Toxicidade
Aztreonan < 20 mL/min Reduzir dose Toxicidade
55
Uso de medicamentos em hepatopatias
 Dificuldade – Poucos estudos relacionados;
 Hipoalbuminemia - (risco: Fenitoína e Prednisolona);
 Hipoprotrombinemia - (risco: Anticoagulantes orais);
 Edema e ascite (risco: Corticóides).
56
Uso de medicamentos em hepatopatias
Medicamentos Observações
Acetaminofen Evite doses elevadas
Andrógenos anabolizantes. Toxicidade dose-dependente
Antiácido Cautela nos com sódio e alumínio
Anticoagulantes Evitar
Anticoncepcionais orais Evitar
Antidepressivos Maior efeito sedativo – cautela
Anti-histamínicos Evitar, podem precipitar coma
Antiinflamatórios Maior risco de sangramentos
Antipsicóticos Podem precipitar coma
Ansiolíticos Podem precipitar coma
Azatioprina Reduzir dose
Cetoconazol Evitar
57
Vias de Administração de Medicamentos
 Endovenosa / Intravenosa;
 Intramuscular;
 Subcutânea;
 Oral;
 Sonda Nasoenteral.
58
Via Endovenosa
Fatores a serem analisados:
 pH da mistura
 Complexação
 Luz
 Proporção de diluição
 Tempo
 Diluentes
 Temperatura
 Ordem da mistura
59
Importância dos particulados
 Substâncias particuladas (componente da poluição do ar) têm
sido associadas com morte súbita e doenças respiratórias;
 Substâncias particuladas são recobertas com biocontaminantes
(endotoxinas , pólen etc) com atividade de radical livre com
prejuízo lipídico, ac. nucleicos e proteico celular com estímulo à
liberação de citocinas.
 Condições prévias : asma , tabagismo, diabéticos , gestantes ,
portadores de doença cardíaca;
Circ Res 2006;99:692-705
60
O dano das substâncias particuladas
 Embolia microvascular pulmonar fatal por precipitação de uma
solução de nutrientes.
• Morte de dois pacientes que receberam NPT no Centro
Médico Militar de Tripler;
• A autópsia mostrou material amorfo contendo cálcio
obstruindo o microvascular pulmonar de cada paciente;
• Algumas soluções de NPT também causaram a morte em
animais.
Hill, et al. J Par Ent Nutr 1996; 20: 81 - 87
61
Injeção intravenosa de
Acetaminofen/Hidrocodone (Vicodin)
 Paciente com fibrose cística,18 anos de idade com declínio
progressivo da função pulmonar.
• Sintomas : dor torácica, tontura, ansiedade, colapso e
morte;
• Autópsia – Microvascular obstruído com partículas
identificadas como Crospovidona, (desintegrante de
comprimido).
62Smith, et al. Pediatrics 2006; 118: e924 – e928
Substâncias particuladas insolúveis de Ca
com uso de Ceftriaxona em neonatos
 Morte de neonatos associadas com precipitados de
cálcio-ceftriaxona nos pulmões e rins1
 Ceftriaxone ou soluções contendo cálcio foram
administradas por diferentes vias e em horas
diferentes1
 Em 5 de julho de 2007, o FDA colocou um alerta de
segurança no seu site da internet – MedWatch –
fornecendo diretrizes que afirmam”…Rocephin e
soluções com Ca não deveriam ser misturadas ou co-
administradas para nenhum paciente, independente
da idade, mesmo através de linhas de infusão e
sitios diferentes.”
63
REF:
1. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/may07.htm.
2. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/safety07.htm#Rocephin
Substâncias Particuladas
 Substância particulada consiste de substâncias estranhas, móveis,
de fontes aleatórias que não podem ser quantificadas por análise
química devido a pequena quantidade de material que
representa.
 Soluções injetáveis, incluindo soluções constituídas de sólidos
estéreis destinadas a uso parenteral, devem ser essencialmente
livres de substâncias particuladas que podem ser observadas em
uma inspeção visual.
64
Procedência das substâncias particuladas
 Exógenos
• Ampolas
• Tampas
• Conjuntos de IV
• Diluentes
 Endógenos
• Partículas geradas depois da reconstituição
• Degradação do Produto
• Reações Ácido/Base
• Incompatibilidades Físico/Químicas
65
Particulate Matter Contamination of Intravenous
Antibiotics Aggravates Loss of Functional Capillary
Density in Postischemic Striated Muscle
 Flebite Infusional;
 Granulomas Pulmonares;
 Lesões Arteriais Pulmonares;
 Grave Disfunção Pulmonar;
 Perda da densidade capilar funcional do músculo estriado pós-
isquêmico;
 Morte.
66
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:178.
Contaminação com Substâncias Particuladas
This study was conducted in an animal model.
Implicação das substâncias particuladas e
danos teciduais
Granulomas pulmonares detectados em autópsias:
 Von Glahn WC, Hall JW. The reaction produced in the pulmonary arteries
by emboli of cotton fibres.Am J Pathol 1949;25:575–584.
 Jacques WE, Mariscal GG. A study of the incidence of cotton emboli.
Bull Int Ass Med Mus 1951;32:63–72.
 Bruening EJ. Origin and significance of intra-arterial foreign body emboli
in lungs of children.Virchows Arch 1955;327:460–479.
 Sarrut S, Nezelof C. Une complication de la therapie intraveneuse. L’arterite
pulmonaire macrophagique a cellules geantes.Presse Med1960;68:375–377.
 Garvan JM, Gunner BW. Intravenous fluids: a solution containing such
particles must not be used .Med J Austr 1963;50:140–145.
67
Infarto tecidual local
 Silberman J, Cravioto H, Feigin I. Foreign body emboli following cerebral
angiography.Arch Neurol 1960;3:711–717.
 Schubert GE, Reifferscheid P, Flach A. Mikroembolien von Fremdmaterial
nach Angiographien und intravenösen Infusionen. Dtsch Med Wschr
1972;97:1745–1748.
 Ghatak NR, Husain MM. Unusual intravascular material in the brain. Am J
Clin Pathol 1976;65:508–512.
68
Disfunção pulmonar grave e óbitos
 Mosely RV, Doty DB. Death associated with multiple pulmonary emboli soon
after battle injury. Ann Surg 1970;171:336–338.
 Daschner F. Infektiöse Komplikationen bei Infusionstherapie. Klin
Anaesthesiol Intensivmed 1977;14:121–127.
 Walpot H, Franke RP, Burchard WG, Agternkamp C, Muller FG, Kittermayer C,
Kalff G. Particulate contamination of infusion solutions and drug additives
within the scope of long-term intensive therapy. Energy dispersion electron
images in the scanning electron microscope—REM/EDX. Anaesthesist
1989;38:544–548.
69
Mecanismos fisiopatológicos
 Obstrução mecânica de arteríola e capilares pequenos;
 Ativação de plaquetas e/ou neutrófilos;
• Geração de microtrombos oclusivos;
• Propriedades de estimulação imunológica de partículas;
 Efeitos indiretos na atividade vasomotora.
70
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:514-520
Estudo feito em um modelo Animal.
Importante...
 Todos os medicamentos parenterais contém substância particulada e a
quantidade de substância particulada depende de muitos fatores...
 Estes incluem o tipo de produto parenteral, o pH da solução final e o
tipo de veículo;
 As partículas se distribuem em todo o corpo baseadas no tamanho e no
potencial de imersão pelos macrófagos;
 Se forem dadas partículas suficientes, dano potencial pode ocorrer.
Fato demonstrado em modelos humanos e animais;
 O farmacêutico deve avaliar soluções com o nível mais baixo possível
de particulados.
71
Dr. Amaury Mielle
Hosp. Sta Catarina Blumenau
Via Sonda Nasoenteral
 Via alternativa a via Oral;
 Atenção às formas farmacêuticas incompatíveis com esta via;
 Dar preferência a dissolução;
 Atenção à lavagem da sonda pós administração;
72
Profilaxias
73
Give Your Patient a Fast Hug (at Least)
Once a Day
 Feeding – Dieta
 Analgesia – Analgesia
 Sedation – Sedação
 Thromboembolic prophylaxis – Profilaxia Tromboembolismo
 Head of bed elevation – Decúbito 30º
 Ulcer prophylaxis – Profilaxia úlcera
 Glucose control – Controle de glicemia
74
Profilaxias
 Antibioticoprofilaxia;
 Profilaxia de úlcera de stress;
 Profilaxia para TVP;
75
QUAIS AS ATIVIDADES DO
FARMACÊUTICO NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA?
76
Atividades do Farmacêutico
 Avaliar toda terapia de drogas quanto à indicação, dose, via de
administração e apresentação;
 Verificar interações e alergias;
 Avaliar a terapia quanto a maximizar custo-eficácia
(farmacoeconomia);
 Monitoramento quanto à eficácia da droga;
 Monitorar e prevenir quanto à toxicidade;
77
Atividades do Farmacêutico
 Avaliar adequação da terapia nutricional;
 Monitorização farmacocinética;
 Prover de informações técnicas;
 Participar da treinamentos e educação da equipe.
 Detectar, avaliar e reportar eventos adversos;
 Buscar informações quanto ao histórico do paciente em relação
aos medicamentos de uso.
Crit Care Med 2001 Vol. 29, No. 10 2019
78
Exames laboratoriais
 Exames que permitem acompanhar a resposta ao tratamento
farmacoterapêutico, auxiliando correções de dose, posologia e na
tomada de decisão sobre eventuais substituições.
79
Interpretação
 Identificação do problema;
 Priorização do problema;
 Seleção das alternativas terapêuticas para cada
paciente.
80
Acompanhamento de Exames
Laboratoriais
IMPORTÂNCIA:
 Acompanhamento da resposta ao tratamento;
 Correção da dose e posologia;
 Orientam a troca do medicamento;
81
Principais Exames
 Hemograma;
 Bioquímica;
 Culturas.
82
INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA
83
Intervenção Farmacêutica
“É um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e
profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas
que interferem ou podem interferir na farmacoterapia, sendo
parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento
farmacoterapêutico”.
Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica
84
Intervenção farmacêutica na Prática
Clínica
Consistem na necessidade de reavaliação da prescrição
por parte da Equipe Médica/e ou Enfermagem no intuito
de orientar esquemas terapêuticos garantindo um
tratamento farmacológico adequado, efetivo e seguro.
85
Análise Farmacêutica da Prescrição
 Falha de prescrição;
 Aprazamento das drogas;
 Prazo de tratamento com antimicrobianos;
 Protocolo de profilaxia com antimicrobianos;
 Incompatibilidades farmacológicas e físico-químicas;
86
Análise Farmacêutica da Prescrição
 Posologia ideal;
 Via de administração;
 Reconciliação medicamentosa;
 Interações medicamentosas;
 Ajustes de dose para pacientes com insuficiências;
 Uso racional de medicamentos.
87
Detectando inconsistências...
 Intervenção Farmacêutica:
• Abordagem ao profissional responsável;
• Formalização através da evolução farmacêutica em
prontuário.
88
Para realizar a intervenção é necessário:
 Conhecimento total da informação prestada;
 Conhecimento da fonte de obtenção da informação;
 Segurança para esclarecimento da informação;
 Se possível apresentar alternativas;
 COERÊNCIA NA INTERVENÇÃO.
89
Resultados...
Importância da Intervenção Farmacêutica na Terapia
Medicamentosa de Pacientes internados em Terapia
Intensiva.
90
Autores:Batista, D.; Fromhertz, B.; Costa,J. Jr.; Cunha, J.; Abechain, L.; Giusti, R.; Haag, F.
Jr.
Centro de Terapia Intensiva Adulto – Hospital Cruz Azul de São Paulo
OBJETIVO
Demonstrar a relevância da assistência farmacêutica
juntamente com a equipe médica através da análise
técnica das prescrições, otimizando a terapia
medicamentosa dos pacientes em tratamento.
91
RESULTADOS
92
24,2%
14,2%
5,7%
5,2%
4,3%
2,8%
7,1%
0,5%1,9%
34,1%
Falha de pres crição 34,1%
Pos ologia ideal 24,2%
Dos e de todas as drogas 14,2%
Prazo de tratamento com antimicrobianos
7,1%
Ajus tes de dos e para pacientes com
ins uficiências 5,7%
Interações medicamentos as 5,2%
Incompatibilidades farmacológicas e fís ico-
químicas 4,3%
Protocolo de profilaxia com antimicrobianos
2,8%
Aprazamento das drogas 1,9%
Via de adminis tração 0,5%
Figura 2.- Percentual das intervenções farmacêuticas realizadas
CONCLUSÃO
A intervenção farmacêutica em parceria com a equipe
multiprofissional no que se refere a terapia
medicamentosa, são fundamentais para o sucesso dos
tratamentos instituídos ao paciente, refletindo cada vez
mais em tratamentos seguros e efetivos, inserindo o
farmacêutico clínico como um diferencial para a
assistência de alta qualidade.
93
SEGUIMENTO
FARMACOTERAPÊUTICO
94
Seguimento Farmacoterapêutico
É um componente da Atenção Farmacêutica e configura um
processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas
necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por
meio da detecção, promoção e resolução de Problemas
Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática,
contínua e documentada, com o objetivo de alcançar
resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de
vida do usuário (OPAS/OMS, 2002 ).
 FASES PRINCIPAIS: Anamnese farmacêutica, Interpretação de
dados e Processo de orientação.
95
Introdução
 Principal atividade da atenção farmacêutica;
 É necessário que se estabeleça um método rigoroso de
trabalho, sistematizando as ações e padronizando
métodos de avaliação.
96
Definição
 Prática profissional na qual o farmacêutico se
responsabiliza pelas necessidades do paciente
relacionadas aos medicamentos;
 Realiza-se através da detecção, prevenção e resolução
de PRMs, com o objetivo de alcançar resultados
concretos de melhoria na qualidade de vida do
paciente.
97
Fases do Seguimento
Anamnese;
Interpretação de dados;
Orientação.
98
Anamnese
 Informações demográficas;
 Informações dietéticas;
 Hábitos sociais;
 Prescrição atual;
 Prescrições passadas;
 Medicamentos sem prescrição;
 Uso passado desses medicamentos;
 Alergias;
 Dados de adesão.
99
EVOLUÇÃO FARMACÊUTICA EM
PRONTUÁRIO
100
Evolução Farmacêutica em Prontuário
 Envolve a participação do farmacêutico clínico em todas as
questões relacionadas ao uso de medicamentos no hospital;
 Relaciona-se com a análise da prescrição médica, visita
multiprofissional e implantação de protocolos;
 Após a identificação do problema relacionado ao
medicamento, o farmacêutico contata o médico, realiza a
intervenção e, após registra a conduta no prontuário do
paciente.
101
GESTÃO DE RISCO EM UNIDADES
CRÍTICAS
102
Erros de Medicação
 Prescrição;
 Atenção a prescrição ;
 Unitarização ;
 Separação ;
 Dispensação ;
 Omissão ;
 Horário;
 Administração;
 Medicamento impróprio para uso .
103
Prescrição
 Escolha incorreta do medicamento (de acordo com a indicação,
contra-indicação, alergias conhecidas e outros fatores);
 Via de administração;
 Apresentação;
 Dose;
 Quantidade;
 Velocidade de infusão;
 Concentração;
104
105
Prescrição
 Frequência;
 Ilegibilidade;
 Abreviações;
 Similaridade dos nomes;
 Instruções inadequadas de uso e ordens telefônicas que possam
induzir a erros.
 Equívocos na transcrição da prescrição médica manual para o
sistema de prescrição eletrônica.
Atenção à Prescrição
Falha na revisão da prescrição médica não
detectando problemas como
incompatibilidade, interação e dose.
106
Unitarização
Falha na identificação quando o medicamento é
unitarizado e reembalado.
107
Omissão
Não administração de uma dose prescrita ao
paciente.
108
Horário
Administração do medicamento fora do intervalo
de tempo pré-definido.
109
Administração
Administração em outras formas farmacêuticas
que não a prescrita;
Procedimento ou técnica inapropriados na
administração do medicamento;
Doses administradas pela via incorreta ou pela via
correta, mas no local errado.
110
Medicamento impróprio para uso
Medicamento formulado ou manipulado
incorretamente (diluição ou reconstituição
incorreta, misturas incompatíveis e
armazenamento inadequado);
Administração de um medicamento vencido ou
cuja integridade física ou química esteja
comprometida.
111
COMO EVITAR ERROS RELACIONADOS A
MEDICAMENTOS?
Prevenção
112
Medicamentos Envolvidos com Erros
113
Sons e grafias semelhantes
114
http://www.ismp.org/Tools/confuseddrugnames.pdf
Sistema Complexo que depende de
todos...
 CONHECIMENTO DO SISTEMA: Desde a aquisição até a
administração. Executar todas as rotinas e questionar o que não
faz parte da rotina.
 CONHECER OS ERROS: identificar as possibilidades de falha nos
processos da farmácia.
 APROVEITAR OS ERROS: Elaborar estratégias para que outros
erros não ocorram.
 NOTIFICAR OS ERROS: Estabelecer programas para a notificação
dos erros ou buscar conhecê-los envolvendo a equipe
multidisciplinar.
115
Estratégias...
 Protocolos gerenciados;
 Padronização de Processos;
 Rotinas estabelecidas;
 Comissão de Farmácia e Terapêutica.
116
Protocolos Gerenciados
OBJETIVO:
 Padronizar condutas;
 Padronizar custos;
 Reduzir infecção;
 Reduzir erros e eventos adversos.
117
Protocolos Gerenciados
 Diluição Padrão;
 Protocolos de abordagem:
- IAM;
- Heparinização;
- Sulfatação;
- Sedação.
118
Comissão de Farmácia e Terapêutica
Formular e implementar políticas institucionais
relacionadas com a seleção, prescrição e uso
racional de medicamentos, em um processo
dinâmico, participativo, multiprofissional para
assegurar terapêutica eficaz e segura e
consequente melhoria na qualidade da
assistência prestada à saúde.
119
Comissão de Farmácia e Terapêutica
 Racionalizar o uso de medicamentos;
 Adquirir produtos com qualidade comprovada;
• Valor terapêutico
• Resultados Clínicos / Eficiência
 Controlar os itens em estoque;
• Logística
• Distribuição
120
Comissão de Farmácia e Terapêutica
Favorecer o uso correto dos recursos
• Treinamento dos usuários
121
Atribuições da CFT
 Atualizar periodicamente a lista de medicamentos;
 Revisar periodicamente as normas de prescrição;
 Fixar critérios para a obtenção de medicamentos não-
selecionados;
 Validar protocolos de tratamento elaborados pelos
diferentes serviços;
122
Atribuições da CFT
 Estimular a promoção do uso racional de
medicamentos: boletins, cursos, fóruns de debates etc;
 Estar atento a alertas e informes dos Órgãos
regulamentadores nacionais ( ANVISA, VISA estadual) e
internacionais ( FDA, EMEA, WHO);
 Estabelecer rede de comunicação para os alertas
emitidos por estes órgãos.
123
Gerenciamento de materiais e
medicamentos
 Grande variedade de produtos;
 Se não há uma seleção, não há como determinar o que
deve ser programado e comprado;
 A redução do custo dos estoques da farmácia hospitalar
pode ser obtida através do adequado abastecimento
em produtos e serviços.
124
SEPSE
Por que o tema é tão relevante na terapia
intensiva?
125
Sepse
126
127
128
129
Cardiovascular:
PA s < 90 ou PAM < 70
por pelo menos 1 hora, mesmo após
ressuscitação volêmica
Ou necessidade de drogas vasopressoras
para manter PAs=90 ou PAM=70
Respiratório:
Se foco infeccioso pulmonar.
PaO2/FiO2< 200.
PaO2/FiO2<250
Se foco infeccioso de outra
origem.
Renal:
Diurese < 0,5 ml/Kg/h por
pelo menos 1 hora mesmo
após ressuscitação
volêmica.
Metabólico:
pH 7,30 ou excesso de base
< - 5mEq com lactato plasmático
1,5 vezes o normal.Hematológico:
Plaquetas < 80.000mm3 ou
com queda de 50% ou + nas
últimas 72 horas ( 3 dias).
Identificação das Disfunções orgânicas
Aspectos Clínicos das Disfunções
Orgânicas
 Respiratória – Taquipnéia, Ortopnéia, Cianose, ventilação
mecânica.
 Renal – Oligúria, Anúria, diálise.
 Cardiovascular – Taquicardia, Hipotensão, Arritmias, uso de
inotrópicos.
 Hematológica – Sangramentos, Eventos trombóticos.
 Neurológica – Alteração de consciência.
130
Sepse
 The Surviving Sepsis Campaign: Results of an international guideline-based
performance improvement program targeting severe sepsis Crit Care Med. 2010
Feb;38(2):367-74 and Intensive Care Med. 2010 Feb;36(2):222-31. Epub 2010 Jan 13.
 R. Phillip Dellinger; Mitchell M. Levy; JeanM. Carlet; Julian Bion;Margaret M.
Parker;Roman Jaeschke; Konrad Reinhart;
 Derek C. Angus;Christian Brun-Buisson; Richard Beale; Thierry Calandra;J ean-Francois
Dhainaut; Herwig Gerlach
 Maurene Harvey; John J. Marini; John Marshall; Marco Ranieri; Graham Ramsay;
Jonathan Sevransky; B. Taylor Thompson
 Sean Townsend; Jeffrey S. Vender; J niceL. Zimmerman; Jean-Louis Vincent.
131
Intensive Care Med
DOI 10.1007/s00134-007-0934-2
132
133
134
135
Tempo é Célula!!!
IMPORTANTE:
 Diagnóstico e intervenção precoces.
 Treinar equipe para identificar e tratar.
 Reduzir tempo de chegada do paciente na UTI.
 Implementar/Adequar gama de terapias disponíveis.
 Avaliação constante da implementação – resposta do
pacientes às terapias implementadas.
136
137
138
Reposição Volêmica
 Fazer reposição volêmica agressiva e repetitiva na presença de
hipotensão;
 lactato elevado induzidos pelo quadro séptico. Recomendação
forte;
 Todo paciente com lactato aumentado acima de duas vezes o
valor normal;
 hipotenso deve receber imediatamente pelo menos 20m/k se
solução cristalóide;
 ou seu equivalente em colóides;
 Fundamentos;
 importante é ofertar na quantidade adequada e rapidamente.
139
Os pacientes com sepse grave e choque séptico podem apresentar volume
circulante insuficiente decorrente de vasodilatação (arterial e venosa), aumento
da permeabilidade capilar e/ou comprometimento da função cardíaca.
Os leitos teciduais mal perfundidos geram hipóxia tecidual, que é
frequentemente associada a níveis elevados de lactato sérico. Nível sérico de
lactato > 4 mmol/L(36 mg/dL) está correlacionado à gravidade da doença e ao
pior prognóstico, mesmo que a hipotensão não esteja presente. Dessa forma,
pacientes hipotensos ou que apresentam lactato acima de 4 mmol/L (36 mg/dL)
necessitam de fluido intravenoso (cristaloide ou colóide) para expandir seus
volumes circulantes e restaurar efetivamente a pressão de perfusão, até que se
resolvam o processo inflamatório sistêmico e as alterações dinâmicas da micro e
da macrocirculação.
140
 A precisão da infusão de fluidos não é facilmente determinada, de modo que
repetidas reposições devem ser administradas e reavaliadas.
 A ressuscitação volêmica inicial (primeiras 6 horas) deve ser diferenciada da
maior necessidade de administração de fluidos de manutenção (primeiros
dias), que ocorre também nesses pacientes.
 Na reposição inicial, grandes quantidades de fluido são administradas
rapidamente (“infusão livre”), em curtos intervalos de tempo, enquanto se
observa a resposta clínica.
 Não existem evidências de superioridade entre cristalóides ou colóides.
141
Coloides x Cristaloides
Pró Coloides
• Hemodiluição com
cristaloides (proteínas
plasmáticas, fatores da
coagulação, eritrócitos): risco
de maior sangramento.
• Maior persistência vascular
dos coloides seria o maior
benefício.
Pró Cristaloides
• Repõe volume intersticial,
junto com volemia;
• Na hiperpermeabilidade
capilar -comum no doente
crítico – coloides podem
passar para o interstício;
• Custo muito inferior ao das
soluções coloidais.
142
Polêmica há mais de meio século.
Consenso: Cristaloides requerem maior volume para ressuscitação e não têm reações
anafilactóides.
Infecção
Terapia
inapropriada
Falha na erradicação
bacteriana
Disseminação
Seleção de
resistência
Aumento da
resistência
Terapia
Apropriada
Maximizar o desfecho
Erradicação
bacteriana
Minimizar potencial de resistência
Terapia Antimicrobiana
143
Terapia Antimicrobiana
144
Antibióticos
Conceitos de PK/PD : propriedades e influências ,concentrações séricas e tissulares
-> desfecho clínico
Monitoramento terapêutico
Iniciar a terapia (conhecimento prévio/alvo etc) e ajustar diante das
intercorrências/ atenção para o tempo
Minimizar a resistência e melhorar o desfecho
Atenção às doses para Obesos
 Obesidade : problema mundial (WHO) / indices mais do que
dobraram desde 1980.
 Em 2008, no mínimo 1.4 bilhões adultos no mundo ->
sobrepeso e 500 milhões -> obesos.
World Health Organization. Obesity and overweight. Geneva,Switzerland: WHO; 2012.
 1/3 americanos – obesos e 1 em 17 : obesidade mórbida.
Flegal KM, Carroll MD, Ogden CL, Curtin LR. Prevalence and trends in obesity among US adults, 1999–2008. JAMA
2010;313:235–41.
 Neste ritmo em 2030 : 50% dos adultos (USA) e 40%(UK) serão
obesos
Wang YC, McPherson K, Marsh T, Gortmaker SL, Brown M. Health and economic burden of the projected obesity trends in
the USA and the UK. Lancet 2011;378:815–25.
145
CONSIDERAÇÕES SOBRE
ANTIBIOTICOTERAPIA NO PACIENTE
CRÍTICO
146
Fatores que afetam a farmacocinética no
paciente crítico
147
 Sepsis grave/choque séptico
 Hipoalbuminemia
 Derrame de serosas
 Queimaduras
 Leucemia
 TCE
 Carga de fluidos
 Uso de dialise peritonial/hemodialise
 Drogas vasoativas
Farmacocinética dos antimicrobianos
na sepse
 Sepsis grave / Choque séptico : dano capilar induzido
por mediadores inflamatórios produzidos pelo paciente
em resposta a toxinas bacterianas e etc.
Lee WL, Slutsky AS. Sepsis and endothelial permeability. N Engl J Med 2010; 363: 689-91.
Resultado…
Consequência : Reposição de volume / Drogas Vasoativas
Expansão dos fluidos extracelulares com aumento do VD (volume de
distribuição) das drogas.
148
Antibióticos hidrofílicos Antibióticos lipofílicos
Parâmetros PK Parâmetros PK
Baixo Vd Alto Vd
Clearance renal Clearance hepatico
Baixa penetração intracelular Boa penetração tecidual
Mudanças PK
paciente crítico
↑ Vd
↑ou↓ clearance
↓ penetração intersticial
↔Vd
↑ ou↓ clearance
↔ penetração intersticial
AMGs
Beta-lactâmicos
Carbapenêmicos
Glicopeptídeos
Colistina
Quinolonas
Macrolídeos
Tigeciclina
Clindamicina
Linezolida
149
Sepse
Dano capilar Clearance renal Cl renal
aumentado diminuído
< Cl para Abs
Cl renal
>LD Abs
hidrofílicos
>MD Abs
Cl renal
< MD Abs
Cl renal
150
Extravasamento
fluidos
> Vd Abs
hidrofílicos
Reposição
fluídos
> Cl para Abs
Cl renal
Volume de Distribuição e antibióticos
hidrofílicos
 Distribuídos exclusivamente no compartimento
extracelular;
 Expansão dos fluídos extracelulares : alta diluição dos
antimicrobianos;
 Relevante : decisão de dose de ataque.
151
 Pacientes com média Apache II de 21, a LD de Vancomicina para
atingir níveis terapêuticos na concentração de 15 - 20 mg/L foi de
25 ou 35 mg/kg
Roberts JA, Taccone FS, Udy AA, et al. Vancomycin dosing in critically ill patients: robust methods for improved
continuous infusion regimens. Antimicrob Agents Chemother 2011; 55: 2704-9.
 Pacientes com PAV tratados com teicoplanina : para se atingir
concentrações de no mínimo 10 mg/L nos primeiros 4 dias de
tratamento a dose de ataque foi de 12 mg/kg 12/12 hs por dois
dias.
Mimoz O, Rolland D, Adoun M, et al. Steady-state trough serum and epithelial lining fluid concentrations of
teicoplanin 12 mg/kg per day in patients with ventilator-associated pneumonia. Intensive Care Med 2006; 32:
775-9.
152
Volume de Distribuição e Antibióticos
Lipofílicos
 Não existe relevante aumento no Vd para agentes lipofílicos na
presença de sepse grave/choque séptico
 Vd e Cmax de Linezolida após dose de 600 mg em voluntários
saudáveis (51.47 ± 9.51 L;12.84 ± 2.57 mg/L) e pacientes com
sepsis grave (57.15 ± 17.8 L; 14.23 ± 3.45 mg/L) ou choque
séptico (60.37 ± 13.92 L;14.23 ± 4.13 mg/L)
Thallinger C, Buerger C, Plock N, et al. Effect of severity of sepsis on tissue concentrations of linezolid. J Antimicrob Chemother
2008; 61: 173-6.
 Acúmulo da droga intracelular (reservatório) : difusão passiva
compensatória para qualquer diluição intersticial.
153
Sepsis
Antibióticos hidrofílicos
AMGs
Beta-lactâmicos
Glicopetídeos
Lipopeptídeos
Equinocandinas
Perfil Farmacocinético alterado
Antibióticos lipofílicos
Quinolonas
Glicilciclinas
Macrolídeos
Oxazolidinonas
Anfotericina B
Perfil farmacocinético pouco
alterado
154
Hidrofílicos
Beta-lactâmicos
Glicopeptídeos
Aminoglicosídeos
Limitado Vd
Incapaz de passar
membrana celular
Eliminados via renal
Lipofílicos
Macrolídeos
Quinolonas
Linezolida
Tetraciclinas
Largo Vd
Livre difusão
membrana celular
Eliminação hepática
155
COMO EU FAÇO???
Farmácia Clínica Intervencionista
156
Obrigada!
danielafarma@uol.com.br
danielafarma.clinica@gmail.com
157
Qualidade em Saúde
Necessidade da implantação da Farmácia Clínica
158
Bases da Farmácia Clínica
FARMÁCIA CLÍNICA:
 É o ponto culminante das atividades de um profissional da
área hospitalar;
 Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem
as ações assistenciais;
 desta, a farmácia clínica está fadada ao insucesso;
 No Brasil, é mais ou menos como as equipes
multiprofissionais, que todos intitulam de grupos, mas poucos
agem em grupo, com objetivos comuns e somatórios de
conhecimentos, deixando de lado suscetibilidades e melindres.
159
Objetivo da Farmácia Clínica em UTI
Otimizar a terapia medicamentosa, visando
efetividade, segurança e farmacoeconomia
na terapia instituída.
160
Como justificar nossa presença na UTI:
Impacto econômico e em qualidade
De acordo com Kane-Gill et al, 2006, em unidade de
terapia intensiva, o gasto com medicamento pode
contribuir com pelo menos 38% do total de gasto com
medicamentos de um hospital, dessa forma é
importante ter o farmacêutico atuando no
acompanhamento do consumo, na contribuição do
uso racional e na prevenção de eventos adversos
relacionados a medicamentos.
161
Atividades Desenvolvidas Atualmente
 Análise Técnica das Prescrições médicas;
 Avaliação das Interações Medicamentosas;
 Avaliação junto ao SND das Interações com nutrientes;
 Anamnese Farmacêutica;
 Acompanhamento dos resultados laboratoriais;
 Acompanhamento da utilização de Antimicrobianos e cálculo da DDD;
 Realização do seguimento farmacoterapêutico;
 Participação no Round Clínico;
 Reconciliação Medicamentosa;
 Acompanhamento dos protocolos instituídos;
 Acompanhamento das SNE;
 Evolução em prontuário;
 Orientação de alta hospitalar.
162
Objetivo Farmacêutico x Equipe
“Maximizar os benefícios da terapia
e minimizar custos”
163
Análise da Prescrição
 Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);
Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e
tempo de infusão;
 Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS)
 Profilaxias;
 Tempo de tratamento.
164
Análise da Prescrição
 Farmacovigilância
• Reações adversas a medicamentos;
• Interações (droga x droga; droga x nutriente e
exame).
165
166
Paciente: _________________
Passagem _______Leito_______
Prontuário ______________
Prescrição médica
Data ____/_____/_____
HORA PRESCRIÇÃO DOSE VIA FREQUENCIA HORÁRIOS
7:39 1.Dieta por SNE 1000ml VS em 24h
2.Vancomicina 2g EV 12/12h
SG5% 100ml EV agora e após 12/12h
3.Maxcef 1g EV agora e após 8/8h
4.Flagyl 500mg EV agora e após 8/8h
5. Clexane 40 mg SC 1X
6. Losec 40mg EV 1x
7. Insulin R 50UI/SF100mL conf. Protocolo
8. Morfina 2mg EV SN
9 Precedex 2ap EV em 24 h
Soro fisiológico 100mL
10. Dextro 4/4h
Tempo de Tratamento
Terapêutico?
Profilático?
Coleta de culturas e
Introdução antibiótico
assim que possível
Compatibilidade de
medicações
Febre?
Outro foco?
Efeito adverso: febre, rash, tremores, diarréia, convulsão, flebite.........
D1/D10
Função renal
Laxante?
Interações medicamentosas
Cruzamento dos medicamentos em software;
Análise de relevância;
Evolução em Prontuário.
167
Interações Droga-nutrientes
 Interações droga – nutriente: Análise de Relevância
• Gravidade;
• mecanismo de ação;
• conduta acordada com a equipe
multiprofissional.
168
Anamnese Farmacêutica
Entrevista com paciente e/ou responsável para
preenchimento de Formulário Próprio e posterior
seguimento farmacoterapêutico.
169
Medicamentos via sonda
 Indústria possui pouca informação
 Via não usual para os sólidos orais
 Problemas:
• Obstrução sonda
• Estabilidade dos medicamentos
• Interação drogas x dieta
170
Acompanhamento dos resultados
laboratoriais
Bioquímica – cálculo de cleareance para correção
de doses quando necessário.
Culturas- guiar terapia antimicrobiana.
171
Acompanhamento da utilização de
Antimicrobianos e cálculo da DDD
 Preenchimento de planilha de controle.
 Guiar terapia;
 Escalonar ou descalonar terapia;
 Garantir exatidão no período e dose adequada para
tratamento.
172
Realização do seguimento
farmacoterapêutico
Conhecer o paciente integralmente;
Estabelecer terapias individualizadas;
Iniciar a orientação de alta na internação.
173
Participação no Round Clínico
Discussão dos casos;
Realização de ajustes;
Farmacovigilância;
Inefetividade terapêutica.
174
Reconciliação Medicamentosa
175
Procedência
Lote
Validade
Armazenamento
Acompanhamento dos protocolos
instituídos
 Despertar diário;
 Antibioticoprofilaxia;
 Prevenção TVP;
 Prevenção úlcera de stress.
176
Evolução em prontuário
Garantia da informação para a equipe de saúde;
Segurança no estabelecimento de conduta.
177
De posse da informação, o que fazer?
 O que devo saber além da informação a respeito da interação
localizada?
 Como fazer a abordagem à equipe?
178
Educação Continuada
 Prestar informação relacionada ao objetivo comum:
“O paciente”
 Como contribuir?
• Elaboração de listas para compatibilidade diluição e tempo
de infusão de antimicrobianos;
• Farmacocinética clínica;
• Criação de alertas terapêuticos;
• Treinamento sobre reações adversas mais prevalentes.
179
Podemos concluir:
 Trabalhar com segurança nos traduz a certeza de assistência
completa;
 É o ciclo do medicamento que se manifesta em diversas áreas e a
qualidade e a segurança vem sendo requerida cada dia mais;
 Devemos ter a prudência da Atenção Farmacêutica na íntegra
para o nosso paciente, em todos os níveis de assistência.
180
Para refletir...
“No início, as pessoas se recusam a acreditar que
uma coisa nova e estranha possa ser feita;
em seguida, elas começam a desejar sua
realização e analisar se há algum empecilho à
implementação; então elas percebem que se pode
realmente fazer, e todo o mundo se pergunta.
PORQUE AQUILO NÃO FOI FEITO ANTES?”
181
Referências
 www.sccm.org -Society of critical care medice
 www.ashp.org - American Society of Health-System pharmacist
 www.escpweb.org - Sociedade Européia
 www.cdc.gov
 www.globalrph.com - clinicians ultimate guide to drug therapy
 www.whocc.no - OMS
 www.medscape.com/pharmacist
 www.errorsmedicacio.org
 www.sti-hspe.com.br
 www.amib.org.br
 www.sepsisnet.org -ILAS
 Give your patient a fast hug (at least) once a day – Crit care med 2005 vol 33 nº6
 Surviving Sepsis Campaign Guidelines for management of severe sepsis and septic
shock.
 Mielle, Amaury Filho - Otimização no uso de antimicrobianos na era da
multirresistência / 2013.
 Araújo, RQ. Atuação da Farmácia Clínica na Sepse. In: Renata Andrea Pietro Pereira
Viana. (Org.). Sepse para Enfermeiros - As Horas de Ouro - Identificando e cuidando do
paciente séptico. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2008, v. 1, p. 63-72.
182

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Praticas em farmacia clinica apostila

  • 1. Práticas em Farmácia Clínica Daniela Vieira Baldini Batista Farmacêutica Clínica 1
  • 2. Programa  Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas no Brasil;  Aplicações da Farmácia clínica;  Atuação do Farmacêutico Clínico nas Unidades de Terapia Intensiva;  Histórico das Unidades de Terapia Intensiva;  Atividades dos profissionais da Terapia Intensiva;  Importância da equipe multidisciplinar;  A farmácia clínica na Terapia Intensiva;  Atividades desenvolvidas pelo farmacêutico na Terapia Intensiva. 2
  • 3. Programa  Importância da Farmácia Clínica;  Segurança no Uso de Medicamentos;  Seguimento Farmacoterapêutico;  Evolução Farmacêutica em Prontuário;  Gestão de Risco;  Como eu Faço? 3
  • 5. Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas “A Farmácia Clínica é um conceito ou uma filosofia que enfatiza o uso seguro e adequado de medicamentos em pacientes. Ela coloca a ênfase do medicamento sobre o paciente e não sobre o produto. Isto apenas é alcançado interagindo responsavelmente com todas as disciplinas de saúde que estão de alguma forma envolvidos com medicamentos” (PARKER, 1967 citado por FRANCKE, 1969). 5
  • 6. Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas  Nos Estados Unidos, a perda do papel do farmacêutico nas farmácias após a industrialização foi solucionada no âmbito hospitalar através de uma nova disciplina que pretendia resgatar a participação do farmacêutico na equipe de saúde, a Farmácia Clínica. 6
  • 7. Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas no Brasil 7 Chile 1972 Estados Unidos 1960 Brasil 1979 2013  Em 15 de janeiro de 1979, à instalação do primeiro Serviço de Farmácia Clínica e do primeiro Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do País – Hospital Universitário Onofre Lopes (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), em Natal (RN).
  • 8. Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas A Farmácia Clínica constituiu-se:  Primeiro como um princípio, ou conjunto de princípios ...  Em torno do qual se organizou um tipo de prática, um conjunto de atividades profissionais...  Para em seguida configurar-se como um campo disciplinar, ou uma disciplina científica.... 8
  • 9. Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas Objetivo:  Que os farmacêuticos assumissem "novos padrões de prática para a farmácia" para além das "atividades administrativas clássicas", incorporassem a responsabilidade pelas atividades de cuidado ao paciente (Kalman e Schlegel, 1979). 9
  • 10. Atenção Farmacêutica A participação ativa do farmacêutico na assistência ao paciente na dispensação e seguimento do tratamento farmacoterapêutico, cooperando com o médico e outros profissionais de saúde, a fim de conseguir resultados que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Também prevê a participação do farmacêutico em atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças. 10 Consenso sobre Atención Farmacéutica-2001
  • 11. Atenção Farmacêutica É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente. Conselho Federal de Farmácia 11
  • 12. Panorama em São Paulo Início dos trabalhos • H. Israelita Albert Einstein – 1999 • Hospital Universitário (USP) - 1999 • HC- Instituto da Criança - 2000 • H. Servidor Público Estadual - 1996 • H. da Cruz Azul de São Paulo - 2007 12
  • 14. Bases da Farmácia Clínica  É o ponto culminante das atividades de um profissional da área hospitalar;  Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem as ações assistenciais desta, a farmácia clínica está fadada ao insucesso;  No Brasil, é mais ou menos como as equipes multiprofissionais, que todos intitulam de grupos, mas poucos agem em grupo, com objetivos comuns e somatórios de conhecimentos, deixando de lado suscetibilidades e melindres. 14
  • 15. Farmácia Clínica “Ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante a aplicação de conhecimentos e funções relacionados ao cuidado dos pacientes, que o uso dos medicamentos seja seguro e apropriado; necessita portanto, de educação especializada e interpretação de dados, da motivação pelo paciente e de interações multiprofissionais”. (Comitê de Farmácia Clínica – ASHP) 15
  • 16. APLICAÇÕES DA FARMÁCIA CLÍNICA HOSPITALAR 16
  • 17. Aplicações  Acompanhamento Ambulatorial;  Acompanhamento nas Unidades de Internação;  Acompanhamento nas Unidades de Terapia Intensiva; Desfecho Clínico 17
  • 18. UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 18
  • 19. Histórico das UTIS  A Terapia Intensiva ou Cuidados Intensivos evoluiu do reconhecimento histórico que os pacientes com doenças agudas e graves podiam ser melhor tratados se eles fossem agrupados em áreas específicas do hospital.  Bjorn Ibsen estabeleceu a primeira UTI em Copenhagen em 1953, em resposta à epidemia de Poliomielite.  Na década de 60 foi reconhecida a importância das arritmias cardíacas como fonte de morbimortalidade no IAM, o que levou ao uso rotineiro de monitorização. 19
  • 20. Histórico das UTIS  Em 1960, quase todos os hospitais americanos possuia uma UTI.  Em 1970, foi fundada a Sociedade Americana de Terapia Intensiva.  No Brasil a Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva foi fundada em São Paulo, em 1980.  Hoje existem diversos tipos de UTIs:  Neonatal  Pediátrica  Coronária  Cirúrgica  Neurológica / Neurocirúrgica  Queimados  Trauma 20 Aberta Fechada Intermediária
  • 21. Critérios de Admissão  Recuperabilidade: O médico assistente deve estabelecer se o paciente tem uma expectativa de qualidade de vida adequada, caso o cuidado intensivo seja bem sucedido.  Monitorização e cuidados gerais: O caso requer cuidados ou monitorização, médica ou de paramédicos, contínua ou a intervalos inferiores a 2 horas.  Ventilação Mecânica: Dependência de ventilação mecânica.  Drogas vasoativas: Existe a necessidade atual do emprego de drogas vasoativas, em doses reajustadas. 21
  • 22.  Antiarrítmicos: É necessário o emprego de antiarrítmicos em infusão contínua.  Cirurgias de Emergência: O paciente encontra-se nos preparativos para cirurgia de emergência ou existe a possibilidade de cirurgia de emergência nas próximas 24horas.  Acessos Arteriais: O paciente possui um acesso arterial com finalidade terapêutica ou diagnóstica.  Monitorizações Especiais: O paciente encontra-se monitorizado com cateter pulmonar ou cateter de pressão intracraniana. 22
  • 23. 23
  • 24. Atividades dos profissionais da Terapia Intensiva 24
  • 25. Médico • Em 1986 foi reconhecida a especialidade em Terapia Intensiva (“intensivista”) nos EUA. • No Brasil, a primeira prova para Título de Especialista foi em 1982 e a especialidade foi reconhecida em 1994. Hoje há necessidade de Residência em Terapia Intensiva e Prova de Título de Especialista pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. 25
  • 26. Médico Treinamento voltado para:  Suporte ventilatório  Suporte hemodinâmico  Suporte nutricional  Tratamento de infecções graves  Suporte renal e metabólico  Suporte neurológico  Procedimentos e Monitorizações para os itens acima 26
  • 27. Médico – Atividades Assistenciais  Admissão do Paciente na UTI e Prescrição Inicial  Evolução Diária no Prontuário  Solicitação de Exames Complementares  Comunicação com Médico Assistente  Integração da Equipe Multidisciplinar  Comunicação com os Familiares  Treinamento da Equipe Médica e da Equipe Multidisciplinar do CTI  Visita Conjunta Horizontal  Resumo de Alta da UTI 27
  • 28. Médico – Atividades Assistenciais  Prescrição Médica Diária  Prescrição de Drogas Vasoativas  Prescrição de Hidratação e de Suporte Nutricional  Prescrição de Antibióticos  Avaliação da Analgesia e Sedação  Prescrição de Profilaxias (TVP, HDA, Convulsões, Antibióticos)  Desmame da Ventilação Mecânica  Controle da Hipertensão Intracraniana  Reanimação Cardiorrespiratória 28
  • 29. Médico - Procedimentos  Cateterização de Veias Profundas (jugular, subclávia, femoral);  Cateterização do Bulbo Jugular;  Cateterização arterial (radial, femoral);  Indução de Hipotermia Moderada;  Instalação de Marca-passo Cardíaco Externo;  Cardioversão Elétrica;  Punção Pericárdica;  Cateterização da Artéria Pulmonar; 29
  • 30. Enfermeiro  Admissão do Paciente no CTI  Orientação ao Paciente e Familiares durante a Internação  Boletim de Ocorrências Adversas  Implementação dos Protocolos de Prevenção de Infecção  Escala Diária dos Funcionários  Passagem / Recebimento do Plantão  Treinamento de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem  Descarte de Medicamentos Controlados  Transferência do Paciente  Ações após Óbito 30
  • 31. 31 Medidas para Prevenção de Broncoaspiração Avaliação Neurológica Balanço Hídrico Transferência do Paciente Ações após Óbito Controle de Sinais Vitais Monitorização Hemodinâmica Cuidados com a Pressão Intracraniana Enfermeiro
  • 32. Enfermeiro  Cuidados com Drenagem Ventricular Externa  Realização de Eletrocardiograma  Monitorização Invasiva da Pressão Arterial  Monitorização da Pressão Venosa Central  Protocolo de Administração de Insulina  Protocolo de Heparinização  Cuidados com Terapia Dialítica 32
  • 33. Fisioterapeuta  Oxigenoterapia  Ventilação mecânica (VM)/ Desmame da VM  Ventilação não-invasiva (VNI)  Manobras de higiene brônquica  Medidas ventilatórias  Treinamento muscular  Transporte de pacientes em VM ou VNI  Assistência durante a Intubação Traqueal  Fixação da Cânula Traqueal 33
  • 34. Fisioterapeuta  Manobras de Recrutamento Alveolar  Medidas Ventilatórias  Coleta de Secreção Traqueal  Extubação  Assistência durante manobras de RCP  Fisioterapia Motora  Acompanhamento de exames  Posicionamento  Mobilização 34
  • 36. Atividades fundamentais e desejáveis do farmacêutico na Terapia Intensiva  Dedicar-se exclusivamente à área na maior parte de seu tempo de trabalho, com poucas atividades fora da UTI;  Participar dos rounds clínicos com a equipe;  Avaliar a terapia medicamentosa quanto à indicação adequada, dose, interações medicamentosas, alergias e reações adversas;  Trabalhar em conjunto com o nutricionista e/ou nutrólogo nas recomendações de nutrição parenteral adequadas dos pacientes; Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11 36
  • 37. Atividades fundamentais e desejáveis do farmacêutico na Terapia Intensiva  Identificar e auxiliar na gestão e prevenção de reações adversas a medicamentos -RAM- como também na redução de erros de medicação;  Informar sobre a terapia intravenosa adequada para a equipe de enfermagem e médica;  Participar dos programas de qualidade e acreditação da UTI;  Identificar os custos de medicamentos utilizados na UTI e implementar medidas de contenção dos custos;  Atuar como uma ligação entre a farmácia, médicos e enfermagem na educação das políticas, procedimentos e orientações relacionadas aos medicamentos. Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11 37
  • 38. IMPORTÂNCIA DA FARMÁCIA CLÍNICA AO PACIENTE CRÍTICO 38
  • 39. Paciente Crítico  Sepsis grave/choque séptico  Hipoalbuminemia  Derrame de serosas  Queimaduras  Leucemia  TCE 39  Carga de fluidos  Uso de diálise peritoneal/hemodiálise  Drogas vasoativas
  • 40. QUAL A IMPORTÂNCIA DA FARMÁCIA CLÍNICA??? Como Iniciar os Trabalhos??? 40
  • 41. Farmácia Clínica Intervencionista  Round clínico;  Intervenções;  Antimicrobianos;  Interações medicamentosas;  Erros de Medicação;  Terapia Intravenosas. 41
  • 42. Round Clínico  Número de leitos;  Taxa de ocupação;  Média de idade dos pacientes;  Média medicamentos por prescrição. 42
  • 43. Classificar a Unidade em Especialidades... Atende pós cirúrgicos? (protocolos de antibioticoprofilaxia) 43
  • 44. Importante: Compilar Dados  Número de pacientes avaliados;  Quantificar e Qualificar as intervenções realizadas;  Realizar estudos comparativos com publicações  Realizar Benchmarking com outros serviços. 44
  • 45. SEGURANÇA NO USO DE MEDICAMENTOS 45
  • 46. Análise diária das Prescrições 46
  • 47. Medicamentos mais Prescritos  Sedação;  Drogas vasoativas;  Profilaxia para úlcera de stress;  Controle de glicemia;  Profilaxia para TVP;  Analgésico/antitérmico;  Antibióticos. 47
  • 48. Análise da Prescrição  Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);  Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e tempo de infusão;  Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS);  Profilaxias;  Tempo de tratamento;  Indicação;  Incompatibilidades. 48
  • 49. Dose  “ Medicamentos não tem doses, pacientes é que tem doses”  Individualização da terapia; O que considerar??? 49
  • 50. Uso de medicamentos em Nefropatias  Medicamentos com excreção renal: podem acumular – efeito tóxico;  Pacientes Idosos – Função renal diminuída; Exemplos de fármacos excretados quase inalterados pela urina:  Metotrexato;  Digoxina;  Furosemida. 50
  • 51. Ajuste de doses conforme função renal Função renal alterada: – parâmetro: clearance de creatinina (mL/min): Guidelines de ajuste de dose para maioria dos medicamentos; Preocupação: associações de fármacos. 51
  • 52. Ajuste de doses conforme função renal Cockcroft-Gault Ref: http://www.kidney.org/professionals/kdoqi/guidelines.cfm Clin. Pharmacokinet., 1997, v. 32, n. 1, p. 31-57 52
  • 53. Ajuste de doses conforme função renal MDRD 53
  • 54. Uso de medicamentos em Nefropatias 54 Atenção: Pacientes Dialíticos
  • 55. Uso de medicamentos em nefropatias Medica/o FG (mL/min) __ Recomendação _ Riscos Amoxicilina < 10 mL/min Reduzir dose Erupção cutânea Anfotericina < 50 mL/min Evitar Nefrotóxica Ampicilina < 10 mL/min Reduzir dose Erupção cutânea Antiinflamatórios < 50 mL/min Evitar Retenção Antipsicóticos < 10 mL/min Reduzir dose > sensibil. SNC Ansiolíticos < 10 mL/min Reduzir dose > sensibil. SNC Atenolol < 20 mL/min Reduzir dose Maior efeito Azatioprina < 10 mL/min Reduzir dose Toxicidade Aztreonan < 20 mL/min Reduzir dose Toxicidade 55
  • 56. Uso de medicamentos em hepatopatias  Dificuldade – Poucos estudos relacionados;  Hipoalbuminemia - (risco: Fenitoína e Prednisolona);  Hipoprotrombinemia - (risco: Anticoagulantes orais);  Edema e ascite (risco: Corticóides). 56
  • 57. Uso de medicamentos em hepatopatias Medicamentos Observações Acetaminofen Evite doses elevadas Andrógenos anabolizantes. Toxicidade dose-dependente Antiácido Cautela nos com sódio e alumínio Anticoagulantes Evitar Anticoncepcionais orais Evitar Antidepressivos Maior efeito sedativo – cautela Anti-histamínicos Evitar, podem precipitar coma Antiinflamatórios Maior risco de sangramentos Antipsicóticos Podem precipitar coma Ansiolíticos Podem precipitar coma Azatioprina Reduzir dose Cetoconazol Evitar 57
  • 58. Vias de Administração de Medicamentos  Endovenosa / Intravenosa;  Intramuscular;  Subcutânea;  Oral;  Sonda Nasoenteral. 58
  • 59. Via Endovenosa Fatores a serem analisados:  pH da mistura  Complexação  Luz  Proporção de diluição  Tempo  Diluentes  Temperatura  Ordem da mistura 59
  • 60. Importância dos particulados  Substâncias particuladas (componente da poluição do ar) têm sido associadas com morte súbita e doenças respiratórias;  Substâncias particuladas são recobertas com biocontaminantes (endotoxinas , pólen etc) com atividade de radical livre com prejuízo lipídico, ac. nucleicos e proteico celular com estímulo à liberação de citocinas.  Condições prévias : asma , tabagismo, diabéticos , gestantes , portadores de doença cardíaca; Circ Res 2006;99:692-705 60
  • 61. O dano das substâncias particuladas  Embolia microvascular pulmonar fatal por precipitação de uma solução de nutrientes. • Morte de dois pacientes que receberam NPT no Centro Médico Militar de Tripler; • A autópsia mostrou material amorfo contendo cálcio obstruindo o microvascular pulmonar de cada paciente; • Algumas soluções de NPT também causaram a morte em animais. Hill, et al. J Par Ent Nutr 1996; 20: 81 - 87 61
  • 62. Injeção intravenosa de Acetaminofen/Hidrocodone (Vicodin)  Paciente com fibrose cística,18 anos de idade com declínio progressivo da função pulmonar. • Sintomas : dor torácica, tontura, ansiedade, colapso e morte; • Autópsia – Microvascular obstruído com partículas identificadas como Crospovidona, (desintegrante de comprimido). 62Smith, et al. Pediatrics 2006; 118: e924 – e928
  • 63. Substâncias particuladas insolúveis de Ca com uso de Ceftriaxona em neonatos  Morte de neonatos associadas com precipitados de cálcio-ceftriaxona nos pulmões e rins1  Ceftriaxone ou soluções contendo cálcio foram administradas por diferentes vias e em horas diferentes1  Em 5 de julho de 2007, o FDA colocou um alerta de segurança no seu site da internet – MedWatch – fornecendo diretrizes que afirmam”…Rocephin e soluções com Ca não deveriam ser misturadas ou co- administradas para nenhum paciente, independente da idade, mesmo através de linhas de infusão e sitios diferentes.” 63 REF: 1. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/may07.htm. 2. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/safety07.htm#Rocephin
  • 64. Substâncias Particuladas  Substância particulada consiste de substâncias estranhas, móveis, de fontes aleatórias que não podem ser quantificadas por análise química devido a pequena quantidade de material que representa.  Soluções injetáveis, incluindo soluções constituídas de sólidos estéreis destinadas a uso parenteral, devem ser essencialmente livres de substâncias particuladas que podem ser observadas em uma inspeção visual. 64
  • 65. Procedência das substâncias particuladas  Exógenos • Ampolas • Tampas • Conjuntos de IV • Diluentes  Endógenos • Partículas geradas depois da reconstituição • Degradação do Produto • Reações Ácido/Base • Incompatibilidades Físico/Químicas 65
  • 66. Particulate Matter Contamination of Intravenous Antibiotics Aggravates Loss of Functional Capillary Density in Postischemic Striated Muscle  Flebite Infusional;  Granulomas Pulmonares;  Lesões Arteriais Pulmonares;  Grave Disfunção Pulmonar;  Perda da densidade capilar funcional do músculo estriado pós- isquêmico;  Morte. 66 Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:178. Contaminação com Substâncias Particuladas This study was conducted in an animal model.
  • 67. Implicação das substâncias particuladas e danos teciduais Granulomas pulmonares detectados em autópsias:  Von Glahn WC, Hall JW. The reaction produced in the pulmonary arteries by emboli of cotton fibres.Am J Pathol 1949;25:575–584.  Jacques WE, Mariscal GG. A study of the incidence of cotton emboli. Bull Int Ass Med Mus 1951;32:63–72.  Bruening EJ. Origin and significance of intra-arterial foreign body emboli in lungs of children.Virchows Arch 1955;327:460–479.  Sarrut S, Nezelof C. Une complication de la therapie intraveneuse. L’arterite pulmonaire macrophagique a cellules geantes.Presse Med1960;68:375–377.  Garvan JM, Gunner BW. Intravenous fluids: a solution containing such particles must not be used .Med J Austr 1963;50:140–145. 67
  • 68. Infarto tecidual local  Silberman J, Cravioto H, Feigin I. Foreign body emboli following cerebral angiography.Arch Neurol 1960;3:711–717.  Schubert GE, Reifferscheid P, Flach A. Mikroembolien von Fremdmaterial nach Angiographien und intravenösen Infusionen. Dtsch Med Wschr 1972;97:1745–1748.  Ghatak NR, Husain MM. Unusual intravascular material in the brain. Am J Clin Pathol 1976;65:508–512. 68
  • 69. Disfunção pulmonar grave e óbitos  Mosely RV, Doty DB. Death associated with multiple pulmonary emboli soon after battle injury. Ann Surg 1970;171:336–338.  Daschner F. Infektiöse Komplikationen bei Infusionstherapie. Klin Anaesthesiol Intensivmed 1977;14:121–127.  Walpot H, Franke RP, Burchard WG, Agternkamp C, Muller FG, Kittermayer C, Kalff G. Particulate contamination of infusion solutions and drug additives within the scope of long-term intensive therapy. Energy dispersion electron images in the scanning electron microscope—REM/EDX. Anaesthesist 1989;38:544–548. 69
  • 70. Mecanismos fisiopatológicos  Obstrução mecânica de arteríola e capilares pequenos;  Ativação de plaquetas e/ou neutrófilos; • Geração de microtrombos oclusivos; • Propriedades de estimulação imunológica de partículas;  Efeitos indiretos na atividade vasomotora. 70 Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:514-520 Estudo feito em um modelo Animal.
  • 71. Importante...  Todos os medicamentos parenterais contém substância particulada e a quantidade de substância particulada depende de muitos fatores...  Estes incluem o tipo de produto parenteral, o pH da solução final e o tipo de veículo;  As partículas se distribuem em todo o corpo baseadas no tamanho e no potencial de imersão pelos macrófagos;  Se forem dadas partículas suficientes, dano potencial pode ocorrer. Fato demonstrado em modelos humanos e animais;  O farmacêutico deve avaliar soluções com o nível mais baixo possível de particulados. 71 Dr. Amaury Mielle Hosp. Sta Catarina Blumenau
  • 72. Via Sonda Nasoenteral  Via alternativa a via Oral;  Atenção às formas farmacêuticas incompatíveis com esta via;  Dar preferência a dissolução;  Atenção à lavagem da sonda pós administração; 72
  • 74. Give Your Patient a Fast Hug (at Least) Once a Day  Feeding – Dieta  Analgesia – Analgesia  Sedation – Sedação  Thromboembolic prophylaxis – Profilaxia Tromboembolismo  Head of bed elevation – Decúbito 30º  Ulcer prophylaxis – Profilaxia úlcera  Glucose control – Controle de glicemia 74
  • 75. Profilaxias  Antibioticoprofilaxia;  Profilaxia de úlcera de stress;  Profilaxia para TVP; 75
  • 76. QUAIS AS ATIVIDADES DO FARMACÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA? 76
  • 77. Atividades do Farmacêutico  Avaliar toda terapia de drogas quanto à indicação, dose, via de administração e apresentação;  Verificar interações e alergias;  Avaliar a terapia quanto a maximizar custo-eficácia (farmacoeconomia);  Monitoramento quanto à eficácia da droga;  Monitorar e prevenir quanto à toxicidade; 77
  • 78. Atividades do Farmacêutico  Avaliar adequação da terapia nutricional;  Monitorização farmacocinética;  Prover de informações técnicas;  Participar da treinamentos e educação da equipe.  Detectar, avaliar e reportar eventos adversos;  Buscar informações quanto ao histórico do paciente em relação aos medicamentos de uso. Crit Care Med 2001 Vol. 29, No. 10 2019 78
  • 79. Exames laboratoriais  Exames que permitem acompanhar a resposta ao tratamento farmacoterapêutico, auxiliando correções de dose, posologia e na tomada de decisão sobre eventuais substituições. 79
  • 80. Interpretação  Identificação do problema;  Priorização do problema;  Seleção das alternativas terapêuticas para cada paciente. 80
  • 81. Acompanhamento de Exames Laboratoriais IMPORTÂNCIA:  Acompanhamento da resposta ao tratamento;  Correção da dose e posologia;  Orientam a troca do medicamento; 81
  • 82. Principais Exames  Hemograma;  Bioquímica;  Culturas. 82
  • 84. Intervenção Farmacêutica “É um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem ou podem interferir na farmacoterapia, sendo parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico”. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica 84
  • 85. Intervenção farmacêutica na Prática Clínica Consistem na necessidade de reavaliação da prescrição por parte da Equipe Médica/e ou Enfermagem no intuito de orientar esquemas terapêuticos garantindo um tratamento farmacológico adequado, efetivo e seguro. 85
  • 86. Análise Farmacêutica da Prescrição  Falha de prescrição;  Aprazamento das drogas;  Prazo de tratamento com antimicrobianos;  Protocolo de profilaxia com antimicrobianos;  Incompatibilidades farmacológicas e físico-químicas; 86
  • 87. Análise Farmacêutica da Prescrição  Posologia ideal;  Via de administração;  Reconciliação medicamentosa;  Interações medicamentosas;  Ajustes de dose para pacientes com insuficiências;  Uso racional de medicamentos. 87
  • 88. Detectando inconsistências...  Intervenção Farmacêutica: • Abordagem ao profissional responsável; • Formalização através da evolução farmacêutica em prontuário. 88
  • 89. Para realizar a intervenção é necessário:  Conhecimento total da informação prestada;  Conhecimento da fonte de obtenção da informação;  Segurança para esclarecimento da informação;  Se possível apresentar alternativas;  COERÊNCIA NA INTERVENÇÃO. 89
  • 90. Resultados... Importância da Intervenção Farmacêutica na Terapia Medicamentosa de Pacientes internados em Terapia Intensiva. 90 Autores:Batista, D.; Fromhertz, B.; Costa,J. Jr.; Cunha, J.; Abechain, L.; Giusti, R.; Haag, F. Jr. Centro de Terapia Intensiva Adulto – Hospital Cruz Azul de São Paulo
  • 91. OBJETIVO Demonstrar a relevância da assistência farmacêutica juntamente com a equipe médica através da análise técnica das prescrições, otimizando a terapia medicamentosa dos pacientes em tratamento. 91
  • 92. RESULTADOS 92 24,2% 14,2% 5,7% 5,2% 4,3% 2,8% 7,1% 0,5%1,9% 34,1% Falha de pres crição 34,1% Pos ologia ideal 24,2% Dos e de todas as drogas 14,2% Prazo de tratamento com antimicrobianos 7,1% Ajus tes de dos e para pacientes com ins uficiências 5,7% Interações medicamentos as 5,2% Incompatibilidades farmacológicas e fís ico- químicas 4,3% Protocolo de profilaxia com antimicrobianos 2,8% Aprazamento das drogas 1,9% Via de adminis tração 0,5% Figura 2.- Percentual das intervenções farmacêuticas realizadas
  • 93. CONCLUSÃO A intervenção farmacêutica em parceria com a equipe multiprofissional no que se refere a terapia medicamentosa, são fundamentais para o sucesso dos tratamentos instituídos ao paciente, refletindo cada vez mais em tratamentos seguros e efetivos, inserindo o farmacêutico clínico como um diferencial para a assistência de alta qualidade. 93
  • 95. Seguimento Farmacoterapêutico É um componente da Atenção Farmacêutica e configura um processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por meio da detecção, promoção e resolução de Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática, contínua e documentada, com o objetivo de alcançar resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de vida do usuário (OPAS/OMS, 2002 ).  FASES PRINCIPAIS: Anamnese farmacêutica, Interpretação de dados e Processo de orientação. 95
  • 96. Introdução  Principal atividade da atenção farmacêutica;  É necessário que se estabeleça um método rigoroso de trabalho, sistematizando as ações e padronizando métodos de avaliação. 96
  • 97. Definição  Prática profissional na qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do paciente relacionadas aos medicamentos;  Realiza-se através da detecção, prevenção e resolução de PRMs, com o objetivo de alcançar resultados concretos de melhoria na qualidade de vida do paciente. 97
  • 99. Anamnese  Informações demográficas;  Informações dietéticas;  Hábitos sociais;  Prescrição atual;  Prescrições passadas;  Medicamentos sem prescrição;  Uso passado desses medicamentos;  Alergias;  Dados de adesão. 99
  • 101. Evolução Farmacêutica em Prontuário  Envolve a participação do farmacêutico clínico em todas as questões relacionadas ao uso de medicamentos no hospital;  Relaciona-se com a análise da prescrição médica, visita multiprofissional e implantação de protocolos;  Após a identificação do problema relacionado ao medicamento, o farmacêutico contata o médico, realiza a intervenção e, após registra a conduta no prontuário do paciente. 101
  • 102. GESTÃO DE RISCO EM UNIDADES CRÍTICAS 102
  • 103. Erros de Medicação  Prescrição;  Atenção a prescrição ;  Unitarização ;  Separação ;  Dispensação ;  Omissão ;  Horário;  Administração;  Medicamento impróprio para uso . 103
  • 104. Prescrição  Escolha incorreta do medicamento (de acordo com a indicação, contra-indicação, alergias conhecidas e outros fatores);  Via de administração;  Apresentação;  Dose;  Quantidade;  Velocidade de infusão;  Concentração; 104
  • 105. 105 Prescrição  Frequência;  Ilegibilidade;  Abreviações;  Similaridade dos nomes;  Instruções inadequadas de uso e ordens telefônicas que possam induzir a erros.  Equívocos na transcrição da prescrição médica manual para o sistema de prescrição eletrônica.
  • 106. Atenção à Prescrição Falha na revisão da prescrição médica não detectando problemas como incompatibilidade, interação e dose. 106
  • 107. Unitarização Falha na identificação quando o medicamento é unitarizado e reembalado. 107
  • 108. Omissão Não administração de uma dose prescrita ao paciente. 108
  • 109. Horário Administração do medicamento fora do intervalo de tempo pré-definido. 109
  • 110. Administração Administração em outras formas farmacêuticas que não a prescrita; Procedimento ou técnica inapropriados na administração do medicamento; Doses administradas pela via incorreta ou pela via correta, mas no local errado. 110
  • 111. Medicamento impróprio para uso Medicamento formulado ou manipulado incorretamente (diluição ou reconstituição incorreta, misturas incompatíveis e armazenamento inadequado); Administração de um medicamento vencido ou cuja integridade física ou química esteja comprometida. 111
  • 112. COMO EVITAR ERROS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS? Prevenção 112
  • 114. Sons e grafias semelhantes 114 http://www.ismp.org/Tools/confuseddrugnames.pdf
  • 115. Sistema Complexo que depende de todos...  CONHECIMENTO DO SISTEMA: Desde a aquisição até a administração. Executar todas as rotinas e questionar o que não faz parte da rotina.  CONHECER OS ERROS: identificar as possibilidades de falha nos processos da farmácia.  APROVEITAR OS ERROS: Elaborar estratégias para que outros erros não ocorram.  NOTIFICAR OS ERROS: Estabelecer programas para a notificação dos erros ou buscar conhecê-los envolvendo a equipe multidisciplinar. 115
  • 116. Estratégias...  Protocolos gerenciados;  Padronização de Processos;  Rotinas estabelecidas;  Comissão de Farmácia e Terapêutica. 116
  • 117. Protocolos Gerenciados OBJETIVO:  Padronizar condutas;  Padronizar custos;  Reduzir infecção;  Reduzir erros e eventos adversos. 117
  • 118. Protocolos Gerenciados  Diluição Padrão;  Protocolos de abordagem: - IAM; - Heparinização; - Sulfatação; - Sedação. 118
  • 119. Comissão de Farmácia e Terapêutica Formular e implementar políticas institucionais relacionadas com a seleção, prescrição e uso racional de medicamentos, em um processo dinâmico, participativo, multiprofissional para assegurar terapêutica eficaz e segura e consequente melhoria na qualidade da assistência prestada à saúde. 119
  • 120. Comissão de Farmácia e Terapêutica  Racionalizar o uso de medicamentos;  Adquirir produtos com qualidade comprovada; • Valor terapêutico • Resultados Clínicos / Eficiência  Controlar os itens em estoque; • Logística • Distribuição 120
  • 121. Comissão de Farmácia e Terapêutica Favorecer o uso correto dos recursos • Treinamento dos usuários 121
  • 122. Atribuições da CFT  Atualizar periodicamente a lista de medicamentos;  Revisar periodicamente as normas de prescrição;  Fixar critérios para a obtenção de medicamentos não- selecionados;  Validar protocolos de tratamento elaborados pelos diferentes serviços; 122
  • 123. Atribuições da CFT  Estimular a promoção do uso racional de medicamentos: boletins, cursos, fóruns de debates etc;  Estar atento a alertas e informes dos Órgãos regulamentadores nacionais ( ANVISA, VISA estadual) e internacionais ( FDA, EMEA, WHO);  Estabelecer rede de comunicação para os alertas emitidos por estes órgãos. 123
  • 124. Gerenciamento de materiais e medicamentos  Grande variedade de produtos;  Se não há uma seleção, não há como determinar o que deve ser programado e comprado;  A redução do custo dos estoques da farmácia hospitalar pode ser obtida através do adequado abastecimento em produtos e serviços. 124
  • 125. SEPSE Por que o tema é tão relevante na terapia intensiva? 125
  • 127. 127
  • 128. 128
  • 129. 129 Cardiovascular: PA s < 90 ou PAM < 70 por pelo menos 1 hora, mesmo após ressuscitação volêmica Ou necessidade de drogas vasopressoras para manter PAs=90 ou PAM=70 Respiratório: Se foco infeccioso pulmonar. PaO2/FiO2< 200. PaO2/FiO2<250 Se foco infeccioso de outra origem. Renal: Diurese < 0,5 ml/Kg/h por pelo menos 1 hora mesmo após ressuscitação volêmica. Metabólico: pH 7,30 ou excesso de base < - 5mEq com lactato plasmático 1,5 vezes o normal.Hematológico: Plaquetas < 80.000mm3 ou com queda de 50% ou + nas últimas 72 horas ( 3 dias). Identificação das Disfunções orgânicas
  • 130. Aspectos Clínicos das Disfunções Orgânicas  Respiratória – Taquipnéia, Ortopnéia, Cianose, ventilação mecânica.  Renal – Oligúria, Anúria, diálise.  Cardiovascular – Taquicardia, Hipotensão, Arritmias, uso de inotrópicos.  Hematológica – Sangramentos, Eventos trombóticos.  Neurológica – Alteração de consciência. 130
  • 131. Sepse  The Surviving Sepsis Campaign: Results of an international guideline-based performance improvement program targeting severe sepsis Crit Care Med. 2010 Feb;38(2):367-74 and Intensive Care Med. 2010 Feb;36(2):222-31. Epub 2010 Jan 13.  R. Phillip Dellinger; Mitchell M. Levy; JeanM. Carlet; Julian Bion;Margaret M. Parker;Roman Jaeschke; Konrad Reinhart;  Derek C. Angus;Christian Brun-Buisson; Richard Beale; Thierry Calandra;J ean-Francois Dhainaut; Herwig Gerlach  Maurene Harvey; John J. Marini; John Marshall; Marco Ranieri; Graham Ramsay; Jonathan Sevransky; B. Taylor Thompson  Sean Townsend; Jeffrey S. Vender; J niceL. Zimmerman; Jean-Louis Vincent. 131 Intensive Care Med DOI 10.1007/s00134-007-0934-2
  • 132. 132
  • 133. 133
  • 134. 134
  • 135. 135
  • 136. Tempo é Célula!!! IMPORTANTE:  Diagnóstico e intervenção precoces.  Treinar equipe para identificar e tratar.  Reduzir tempo de chegada do paciente na UTI.  Implementar/Adequar gama de terapias disponíveis.  Avaliação constante da implementação – resposta do pacientes às terapias implementadas. 136
  • 137. 137
  • 138. 138
  • 139. Reposição Volêmica  Fazer reposição volêmica agressiva e repetitiva na presença de hipotensão;  lactato elevado induzidos pelo quadro séptico. Recomendação forte;  Todo paciente com lactato aumentado acima de duas vezes o valor normal;  hipotenso deve receber imediatamente pelo menos 20m/k se solução cristalóide;  ou seu equivalente em colóides;  Fundamentos;  importante é ofertar na quantidade adequada e rapidamente. 139
  • 140. Os pacientes com sepse grave e choque séptico podem apresentar volume circulante insuficiente decorrente de vasodilatação (arterial e venosa), aumento da permeabilidade capilar e/ou comprometimento da função cardíaca. Os leitos teciduais mal perfundidos geram hipóxia tecidual, que é frequentemente associada a níveis elevados de lactato sérico. Nível sérico de lactato > 4 mmol/L(36 mg/dL) está correlacionado à gravidade da doença e ao pior prognóstico, mesmo que a hipotensão não esteja presente. Dessa forma, pacientes hipotensos ou que apresentam lactato acima de 4 mmol/L (36 mg/dL) necessitam de fluido intravenoso (cristaloide ou colóide) para expandir seus volumes circulantes e restaurar efetivamente a pressão de perfusão, até que se resolvam o processo inflamatório sistêmico e as alterações dinâmicas da micro e da macrocirculação. 140
  • 141.  A precisão da infusão de fluidos não é facilmente determinada, de modo que repetidas reposições devem ser administradas e reavaliadas.  A ressuscitação volêmica inicial (primeiras 6 horas) deve ser diferenciada da maior necessidade de administração de fluidos de manutenção (primeiros dias), que ocorre também nesses pacientes.  Na reposição inicial, grandes quantidades de fluido são administradas rapidamente (“infusão livre”), em curtos intervalos de tempo, enquanto se observa a resposta clínica.  Não existem evidências de superioridade entre cristalóides ou colóides. 141
  • 142. Coloides x Cristaloides Pró Coloides • Hemodiluição com cristaloides (proteínas plasmáticas, fatores da coagulação, eritrócitos): risco de maior sangramento. • Maior persistência vascular dos coloides seria o maior benefício. Pró Cristaloides • Repõe volume intersticial, junto com volemia; • Na hiperpermeabilidade capilar -comum no doente crítico – coloides podem passar para o interstício; • Custo muito inferior ao das soluções coloidais. 142 Polêmica há mais de meio século. Consenso: Cristaloides requerem maior volume para ressuscitação e não têm reações anafilactóides.
  • 143. Infecção Terapia inapropriada Falha na erradicação bacteriana Disseminação Seleção de resistência Aumento da resistência Terapia Apropriada Maximizar o desfecho Erradicação bacteriana Minimizar potencial de resistência Terapia Antimicrobiana 143
  • 144. Terapia Antimicrobiana 144 Antibióticos Conceitos de PK/PD : propriedades e influências ,concentrações séricas e tissulares -> desfecho clínico Monitoramento terapêutico Iniciar a terapia (conhecimento prévio/alvo etc) e ajustar diante das intercorrências/ atenção para o tempo Minimizar a resistência e melhorar o desfecho
  • 145. Atenção às doses para Obesos  Obesidade : problema mundial (WHO) / indices mais do que dobraram desde 1980.  Em 2008, no mínimo 1.4 bilhões adultos no mundo -> sobrepeso e 500 milhões -> obesos. World Health Organization. Obesity and overweight. Geneva,Switzerland: WHO; 2012.  1/3 americanos – obesos e 1 em 17 : obesidade mórbida. Flegal KM, Carroll MD, Ogden CL, Curtin LR. Prevalence and trends in obesity among US adults, 1999–2008. JAMA 2010;313:235–41.  Neste ritmo em 2030 : 50% dos adultos (USA) e 40%(UK) serão obesos Wang YC, McPherson K, Marsh T, Gortmaker SL, Brown M. Health and economic burden of the projected obesity trends in the USA and the UK. Lancet 2011;378:815–25. 145
  • 147. Fatores que afetam a farmacocinética no paciente crítico 147  Sepsis grave/choque séptico  Hipoalbuminemia  Derrame de serosas  Queimaduras  Leucemia  TCE  Carga de fluidos  Uso de dialise peritonial/hemodialise  Drogas vasoativas
  • 148. Farmacocinética dos antimicrobianos na sepse  Sepsis grave / Choque séptico : dano capilar induzido por mediadores inflamatórios produzidos pelo paciente em resposta a toxinas bacterianas e etc. Lee WL, Slutsky AS. Sepsis and endothelial permeability. N Engl J Med 2010; 363: 689-91. Resultado… Consequência : Reposição de volume / Drogas Vasoativas Expansão dos fluidos extracelulares com aumento do VD (volume de distribuição) das drogas. 148
  • 149. Antibióticos hidrofílicos Antibióticos lipofílicos Parâmetros PK Parâmetros PK Baixo Vd Alto Vd Clearance renal Clearance hepatico Baixa penetração intracelular Boa penetração tecidual Mudanças PK paciente crítico ↑ Vd ↑ou↓ clearance ↓ penetração intersticial ↔Vd ↑ ou↓ clearance ↔ penetração intersticial AMGs Beta-lactâmicos Carbapenêmicos Glicopeptídeos Colistina Quinolonas Macrolídeos Tigeciclina Clindamicina Linezolida 149
  • 150. Sepse Dano capilar Clearance renal Cl renal aumentado diminuído < Cl para Abs Cl renal >LD Abs hidrofílicos >MD Abs Cl renal < MD Abs Cl renal 150 Extravasamento fluidos > Vd Abs hidrofílicos Reposição fluídos > Cl para Abs Cl renal
  • 151. Volume de Distribuição e antibióticos hidrofílicos  Distribuídos exclusivamente no compartimento extracelular;  Expansão dos fluídos extracelulares : alta diluição dos antimicrobianos;  Relevante : decisão de dose de ataque. 151
  • 152.  Pacientes com média Apache II de 21, a LD de Vancomicina para atingir níveis terapêuticos na concentração de 15 - 20 mg/L foi de 25 ou 35 mg/kg Roberts JA, Taccone FS, Udy AA, et al. Vancomycin dosing in critically ill patients: robust methods for improved continuous infusion regimens. Antimicrob Agents Chemother 2011; 55: 2704-9.  Pacientes com PAV tratados com teicoplanina : para se atingir concentrações de no mínimo 10 mg/L nos primeiros 4 dias de tratamento a dose de ataque foi de 12 mg/kg 12/12 hs por dois dias. Mimoz O, Rolland D, Adoun M, et al. Steady-state trough serum and epithelial lining fluid concentrations of teicoplanin 12 mg/kg per day in patients with ventilator-associated pneumonia. Intensive Care Med 2006; 32: 775-9. 152
  • 153. Volume de Distribuição e Antibióticos Lipofílicos  Não existe relevante aumento no Vd para agentes lipofílicos na presença de sepse grave/choque séptico  Vd e Cmax de Linezolida após dose de 600 mg em voluntários saudáveis (51.47 ± 9.51 L;12.84 ± 2.57 mg/L) e pacientes com sepsis grave (57.15 ± 17.8 L; 14.23 ± 3.45 mg/L) ou choque séptico (60.37 ± 13.92 L;14.23 ± 4.13 mg/L) Thallinger C, Buerger C, Plock N, et al. Effect of severity of sepsis on tissue concentrations of linezolid. J Antimicrob Chemother 2008; 61: 173-6.  Acúmulo da droga intracelular (reservatório) : difusão passiva compensatória para qualquer diluição intersticial. 153
  • 154. Sepsis Antibióticos hidrofílicos AMGs Beta-lactâmicos Glicopetídeos Lipopeptídeos Equinocandinas Perfil Farmacocinético alterado Antibióticos lipofílicos Quinolonas Glicilciclinas Macrolídeos Oxazolidinonas Anfotericina B Perfil farmacocinético pouco alterado 154
  • 155. Hidrofílicos Beta-lactâmicos Glicopeptídeos Aminoglicosídeos Limitado Vd Incapaz de passar membrana celular Eliminados via renal Lipofílicos Macrolídeos Quinolonas Linezolida Tetraciclinas Largo Vd Livre difusão membrana celular Eliminação hepática 155
  • 156. COMO EU FAÇO??? Farmácia Clínica Intervencionista 156
  • 158. Qualidade em Saúde Necessidade da implantação da Farmácia Clínica 158
  • 159. Bases da Farmácia Clínica FARMÁCIA CLÍNICA:  É o ponto culminante das atividades de um profissional da área hospitalar;  Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem as ações assistenciais;  desta, a farmácia clínica está fadada ao insucesso;  No Brasil, é mais ou menos como as equipes multiprofissionais, que todos intitulam de grupos, mas poucos agem em grupo, com objetivos comuns e somatórios de conhecimentos, deixando de lado suscetibilidades e melindres. 159
  • 160. Objetivo da Farmácia Clínica em UTI Otimizar a terapia medicamentosa, visando efetividade, segurança e farmacoeconomia na terapia instituída. 160
  • 161. Como justificar nossa presença na UTI: Impacto econômico e em qualidade De acordo com Kane-Gill et al, 2006, em unidade de terapia intensiva, o gasto com medicamento pode contribuir com pelo menos 38% do total de gasto com medicamentos de um hospital, dessa forma é importante ter o farmacêutico atuando no acompanhamento do consumo, na contribuição do uso racional e na prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos. 161
  • 162. Atividades Desenvolvidas Atualmente  Análise Técnica das Prescrições médicas;  Avaliação das Interações Medicamentosas;  Avaliação junto ao SND das Interações com nutrientes;  Anamnese Farmacêutica;  Acompanhamento dos resultados laboratoriais;  Acompanhamento da utilização de Antimicrobianos e cálculo da DDD;  Realização do seguimento farmacoterapêutico;  Participação no Round Clínico;  Reconciliação Medicamentosa;  Acompanhamento dos protocolos instituídos;  Acompanhamento das SNE;  Evolução em prontuário;  Orientação de alta hospitalar. 162
  • 163. Objetivo Farmacêutico x Equipe “Maximizar os benefícios da terapia e minimizar custos” 163
  • 164. Análise da Prescrição  Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas); Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e tempo de infusão;  Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS)  Profilaxias;  Tempo de tratamento. 164
  • 165. Análise da Prescrição  Farmacovigilância • Reações adversas a medicamentos; • Interações (droga x droga; droga x nutriente e exame). 165
  • 166. 166 Paciente: _________________ Passagem _______Leito_______ Prontuário ______________ Prescrição médica Data ____/_____/_____ HORA PRESCRIÇÃO DOSE VIA FREQUENCIA HORÁRIOS 7:39 1.Dieta por SNE 1000ml VS em 24h 2.Vancomicina 2g EV 12/12h SG5% 100ml EV agora e após 12/12h 3.Maxcef 1g EV agora e após 8/8h 4.Flagyl 500mg EV agora e após 8/8h 5. Clexane 40 mg SC 1X 6. Losec 40mg EV 1x 7. Insulin R 50UI/SF100mL conf. Protocolo 8. Morfina 2mg EV SN 9 Precedex 2ap EV em 24 h Soro fisiológico 100mL 10. Dextro 4/4h Tempo de Tratamento Terapêutico? Profilático? Coleta de culturas e Introdução antibiótico assim que possível Compatibilidade de medicações Febre? Outro foco? Efeito adverso: febre, rash, tremores, diarréia, convulsão, flebite......... D1/D10 Função renal Laxante?
  • 167. Interações medicamentosas Cruzamento dos medicamentos em software; Análise de relevância; Evolução em Prontuário. 167
  • 168. Interações Droga-nutrientes  Interações droga – nutriente: Análise de Relevância • Gravidade; • mecanismo de ação; • conduta acordada com a equipe multiprofissional. 168
  • 169. Anamnese Farmacêutica Entrevista com paciente e/ou responsável para preenchimento de Formulário Próprio e posterior seguimento farmacoterapêutico. 169
  • 170. Medicamentos via sonda  Indústria possui pouca informação  Via não usual para os sólidos orais  Problemas: • Obstrução sonda • Estabilidade dos medicamentos • Interação drogas x dieta 170
  • 171. Acompanhamento dos resultados laboratoriais Bioquímica – cálculo de cleareance para correção de doses quando necessário. Culturas- guiar terapia antimicrobiana. 171
  • 172. Acompanhamento da utilização de Antimicrobianos e cálculo da DDD  Preenchimento de planilha de controle.  Guiar terapia;  Escalonar ou descalonar terapia;  Garantir exatidão no período e dose adequada para tratamento. 172
  • 173. Realização do seguimento farmacoterapêutico Conhecer o paciente integralmente; Estabelecer terapias individualizadas; Iniciar a orientação de alta na internação. 173
  • 174. Participação no Round Clínico Discussão dos casos; Realização de ajustes; Farmacovigilância; Inefetividade terapêutica. 174
  • 176. Acompanhamento dos protocolos instituídos  Despertar diário;  Antibioticoprofilaxia;  Prevenção TVP;  Prevenção úlcera de stress. 176
  • 177. Evolução em prontuário Garantia da informação para a equipe de saúde; Segurança no estabelecimento de conduta. 177
  • 178. De posse da informação, o que fazer?  O que devo saber além da informação a respeito da interação localizada?  Como fazer a abordagem à equipe? 178
  • 179. Educação Continuada  Prestar informação relacionada ao objetivo comum: “O paciente”  Como contribuir? • Elaboração de listas para compatibilidade diluição e tempo de infusão de antimicrobianos; • Farmacocinética clínica; • Criação de alertas terapêuticos; • Treinamento sobre reações adversas mais prevalentes. 179
  • 180. Podemos concluir:  Trabalhar com segurança nos traduz a certeza de assistência completa;  É o ciclo do medicamento que se manifesta em diversas áreas e a qualidade e a segurança vem sendo requerida cada dia mais;  Devemos ter a prudência da Atenção Farmacêutica na íntegra para o nosso paciente, em todos os níveis de assistência. 180
  • 181. Para refletir... “No início, as pessoas se recusam a acreditar que uma coisa nova e estranha possa ser feita; em seguida, elas começam a desejar sua realização e analisar se há algum empecilho à implementação; então elas percebem que se pode realmente fazer, e todo o mundo se pergunta. PORQUE AQUILO NÃO FOI FEITO ANTES?” 181
  • 182. Referências  www.sccm.org -Society of critical care medice  www.ashp.org - American Society of Health-System pharmacist  www.escpweb.org - Sociedade Européia  www.cdc.gov  www.globalrph.com - clinicians ultimate guide to drug therapy  www.whocc.no - OMS  www.medscape.com/pharmacist  www.errorsmedicacio.org  www.sti-hspe.com.br  www.amib.org.br  www.sepsisnet.org -ILAS  Give your patient a fast hug (at least) once a day – Crit care med 2005 vol 33 nº6  Surviving Sepsis Campaign Guidelines for management of severe sepsis and septic shock.  Mielle, Amaury Filho - Otimização no uso de antimicrobianos na era da multirresistência / 2013.  Araújo, RQ. Atuação da Farmácia Clínica na Sepse. In: Renata Andrea Pietro Pereira Viana. (Org.). Sepse para Enfermeiros - As Horas de Ouro - Identificando e cuidando do paciente séptico. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2008, v. 1, p. 63-72. 182