O documento discute as práticas de farmácia clínica e a atuação do farmacêutico clínico nas unidades de terapia intensiva. Apresenta o histórico das atividades clínicas farmacêuticas no Brasil desde 1979 e das unidades de terapia intensiva desde a década de 1950. Destaca as atividades dos principais profissionais de saúde na UTI, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos clínicos.
2. Programa
Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas no Brasil;
Aplicações da Farmácia clínica;
Atuação do Farmacêutico Clínico nas Unidades de Terapia Intensiva;
Histórico das Unidades de Terapia Intensiva;
Atividades dos profissionais da Terapia Intensiva;
Importância da equipe multidisciplinar;
A farmácia clínica na Terapia Intensiva;
Atividades desenvolvidas pelo farmacêutico na Terapia Intensiva.
2
3. Programa
Importância da Farmácia Clínica;
Segurança no Uso de Medicamentos;
Seguimento Farmacoterapêutico;
Evolução Farmacêutica em Prontuário;
Gestão de Risco;
Como eu Faço?
3
5. Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
“A Farmácia Clínica é um conceito ou uma filosofia que enfatiza o uso
seguro e adequado de medicamentos em pacientes. Ela coloca a ênfase
do medicamento sobre o paciente e não sobre o produto. Isto apenas é
alcançado interagindo responsavelmente com todas as disciplinas de
saúde que estão de alguma forma envolvidos com medicamentos”
(PARKER, 1967 citado por FRANCKE, 1969).
5
6. Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
Nos Estados Unidos, a perda do papel do farmacêutico nas farmácias
após a industrialização foi solucionada no âmbito hospitalar através de
uma nova disciplina que pretendia resgatar a participação do
farmacêutico na equipe de saúde, a Farmácia Clínica.
6
7. Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas no Brasil
7
Chile
1972
Estados
Unidos
1960
Brasil
1979
2013
Em 15 de janeiro de 1979, à instalação do primeiro Serviço
de Farmácia Clínica e do primeiro Centro de Informação
sobre Medicamentos (CIM) do País – Hospital Universitário
Onofre Lopes (Universidade Federal do Rio Grande do
Norte), em Natal (RN).
8. Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
A Farmácia Clínica constituiu-se:
Primeiro como um princípio, ou conjunto de
princípios ...
Em torno do qual se organizou um tipo de prática, um conjunto de atividades
profissionais...
Para em seguida configurar-se como um campo disciplinar, ou uma disciplina
científica....
8
9. Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
Objetivo:
Que os farmacêuticos assumissem "novos padrões de prática
para a farmácia" para além das "atividades administrativas
clássicas", incorporassem a responsabilidade pelas atividades de
cuidado ao paciente (Kalman e Schlegel, 1979).
9
10. Atenção Farmacêutica
A participação ativa do farmacêutico na assistência ao paciente na
dispensação e seguimento do tratamento farmacoterapêutico,
cooperando com o médico e outros profissionais de saúde, a fim de
conseguir resultados que melhorem a qualidade de vida dos
pacientes. Também prevê a participação do farmacêutico em
atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças.
10
Consenso sobre Atención Farmacéutica-2001
11. Atenção Farmacêutica
É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o
principal beneficiário das ações do farmacêutico.
A atenção é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos
compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções,
dos conhecimentos, das responsabilidades e das
habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com
objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e
na qualidade de vida do paciente.
Conselho Federal de Farmácia
11
12. Panorama em São Paulo
Início dos trabalhos
• H. Israelita Albert Einstein – 1999
• Hospital Universitário (USP) - 1999
• HC- Instituto da Criança - 2000
• H. Servidor Público Estadual - 1996
• H. da Cruz Azul de São Paulo - 2007
12
14. Bases da Farmácia Clínica
É o ponto culminante das atividades de um profissional da área
hospitalar;
Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem as
ações assistenciais desta, a farmácia clínica está fadada ao
insucesso;
No Brasil, é mais ou menos como as equipes multiprofissionais,
que todos intitulam de grupos, mas poucos agem em grupo,
com objetivos comuns e somatórios de conhecimentos,
deixando de lado suscetibilidades e melindres.
14
15. Farmácia Clínica
“Ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante a
aplicação de conhecimentos e funções relacionados ao cuidado
dos pacientes, que o uso dos medicamentos seja seguro e
apropriado; necessita portanto, de educação especializada e
interpretação de dados, da motivação pelo paciente e de
interações multiprofissionais”.
(Comitê de Farmácia Clínica – ASHP)
15
19. Histórico das UTIS
A Terapia Intensiva ou Cuidados Intensivos evoluiu do
reconhecimento histórico que os pacientes com doenças agudas
e graves podiam ser melhor tratados se eles fossem agrupados
em áreas específicas do hospital.
Bjorn Ibsen estabeleceu a primeira UTI em Copenhagen em
1953, em resposta à epidemia de Poliomielite.
Na década de 60 foi reconhecida a importância das arritmias
cardíacas como fonte de morbimortalidade no IAM, o que levou
ao uso rotineiro de monitorização.
19
20. Histórico das UTIS
Em 1960, quase todos os hospitais americanos possuia uma UTI.
Em 1970, foi fundada a Sociedade Americana de Terapia Intensiva.
No Brasil a Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva foi fundada
em São Paulo, em 1980.
Hoje existem diversos tipos de UTIs:
Neonatal
Pediátrica
Coronária
Cirúrgica
Neurológica / Neurocirúrgica
Queimados
Trauma
20
Aberta
Fechada
Intermediária
21. Critérios de Admissão
Recuperabilidade:
O médico assistente deve estabelecer se o paciente tem uma expectativa
de qualidade de vida adequada, caso o cuidado intensivo seja bem
sucedido.
Monitorização e cuidados gerais:
O caso requer cuidados ou monitorização, médica ou de paramédicos,
contínua ou a intervalos inferiores a 2 horas.
Ventilação Mecânica:
Dependência de ventilação mecânica.
Drogas vasoativas:
Existe a necessidade atual do emprego de drogas vasoativas, em doses
reajustadas.
21
22. Antiarrítmicos:
É necessário o emprego de antiarrítmicos em infusão contínua.
Cirurgias de Emergência:
O paciente encontra-se nos preparativos para cirurgia de emergência ou
existe a possibilidade de cirurgia de emergência nas próximas 24horas.
Acessos Arteriais:
O paciente possui um acesso arterial com finalidade terapêutica ou
diagnóstica.
Monitorizações Especiais:
O paciente encontra-se monitorizado com cateter pulmonar ou cateter
de pressão intracraniana.
22
25. Médico
• Em 1986 foi reconhecida a especialidade em Terapia
Intensiva (“intensivista”) nos EUA.
• No Brasil, a primeira prova para Título de Especialista foi
em 1982 e a especialidade foi reconhecida em 1994. Hoje
há necessidade de Residência em Terapia Intensiva e
Prova de Título de Especialista pela Associação de
Medicina Intensiva Brasileira.
25
26. Médico
Treinamento voltado para:
Suporte ventilatório
Suporte hemodinâmico
Suporte nutricional
Tratamento de infecções graves
Suporte renal e metabólico
Suporte neurológico
Procedimentos e Monitorizações para os itens acima
26
27. Médico – Atividades Assistenciais
Admissão do Paciente na UTI e Prescrição Inicial
Evolução Diária no Prontuário
Solicitação de Exames Complementares
Comunicação com Médico Assistente
Integração da Equipe Multidisciplinar
Comunicação com os Familiares
Treinamento da Equipe Médica e da Equipe Multidisciplinar do CTI
Visita Conjunta Horizontal
Resumo de Alta da UTI
27
28. Médico – Atividades Assistenciais
Prescrição Médica Diária
Prescrição de Drogas Vasoativas
Prescrição de Hidratação e de Suporte Nutricional
Prescrição de Antibióticos
Avaliação da Analgesia e Sedação
Prescrição de Profilaxias (TVP, HDA, Convulsões, Antibióticos)
Desmame da Ventilação Mecânica
Controle da Hipertensão Intracraniana
Reanimação Cardiorrespiratória
28
29. Médico - Procedimentos
Cateterização de Veias Profundas (jugular, subclávia, femoral);
Cateterização do Bulbo Jugular;
Cateterização arterial (radial, femoral);
Indução de Hipotermia Moderada;
Instalação de Marca-passo Cardíaco Externo;
Cardioversão Elétrica;
Punção Pericárdica;
Cateterização da Artéria Pulmonar;
29
30. Enfermeiro
Admissão do Paciente no CTI
Orientação ao Paciente e Familiares durante a Internação
Boletim de Ocorrências Adversas
Implementação dos Protocolos de Prevenção de Infecção
Escala Diária dos Funcionários
Passagem / Recebimento do Plantão
Treinamento de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem
Descarte de Medicamentos Controlados
Transferência do Paciente
Ações após Óbito
30
31. 31
Medidas para Prevenção de Broncoaspiração
Avaliação Neurológica
Balanço Hídrico
Transferência do Paciente
Ações após Óbito
Controle de Sinais Vitais
Monitorização Hemodinâmica
Cuidados com a Pressão Intracraniana
Enfermeiro
32. Enfermeiro
Cuidados com Drenagem Ventricular Externa
Realização de Eletrocardiograma
Monitorização Invasiva da Pressão Arterial
Monitorização da Pressão Venosa Central
Protocolo de Administração de Insulina
Protocolo de Heparinização
Cuidados com Terapia Dialítica
32
33. Fisioterapeuta
Oxigenoterapia
Ventilação mecânica (VM)/ Desmame da VM
Ventilação não-invasiva (VNI)
Manobras de higiene brônquica
Medidas ventilatórias
Treinamento muscular
Transporte de pacientes em VM ou VNI
Assistência durante a Intubação Traqueal
Fixação da Cânula Traqueal
33
34. Fisioterapeuta
Manobras de Recrutamento Alveolar
Medidas Ventilatórias
Coleta de Secreção Traqueal
Extubação
Assistência durante manobras de RCP
Fisioterapia Motora
Acompanhamento de exames
Posicionamento
Mobilização
34
36. Atividades fundamentais e desejáveis do
farmacêutico na Terapia Intensiva
Dedicar-se exclusivamente à área na maior parte de seu tempo de trabalho,
com poucas atividades fora da UTI;
Participar dos rounds clínicos com a equipe;
Avaliar a terapia medicamentosa quanto à indicação adequada, dose,
interações medicamentosas, alergias e reações adversas;
Trabalhar em conjunto com o nutricionista e/ou nutrólogo nas
recomendações de nutrição parenteral adequadas dos pacientes;
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
36
37. Atividades fundamentais e desejáveis do
farmacêutico na Terapia Intensiva
Identificar e auxiliar na gestão e prevenção de reações adversas a
medicamentos -RAM- como também na redução de erros de medicação;
Informar sobre a terapia intravenosa adequada para a equipe de
enfermagem e médica;
Participar dos programas de qualidade e acreditação da UTI;
Identificar os custos de medicamentos utilizados na UTI e implementar
medidas de contenção dos custos;
Atuar como uma ligação entre a farmácia, médicos e enfermagem na
educação das políticas, procedimentos e orientações relacionadas aos
medicamentos.
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
37
42. Round Clínico
Número de leitos;
Taxa de ocupação;
Média de idade dos pacientes;
Média medicamentos por prescrição.
42
43. Classificar a Unidade em
Especialidades...
Atende pós
cirúrgicos?
(protocolos de
antibioticoprofilaxia)
43
44. Importante: Compilar Dados
Número de pacientes avaliados;
Quantificar e Qualificar as intervenções realizadas;
Realizar estudos comparativos com publicações
Realizar Benchmarking com outros serviços.
44
47. Medicamentos mais Prescritos
Sedação;
Drogas vasoativas;
Profilaxia para úlcera de stress;
Controle de glicemia;
Profilaxia para TVP;
Analgésico/antitérmico;
Antibióticos.
47
48. Análise da Prescrição
Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);
Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e tempo
de infusão;
Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS);
Profilaxias;
Tempo de tratamento;
Indicação;
Incompatibilidades.
48
49. Dose
“ Medicamentos não tem doses, pacientes é que tem doses”
Individualização da terapia;
O que considerar???
49
50. Uso de medicamentos em Nefropatias
Medicamentos com excreção renal: podem acumular – efeito
tóxico;
Pacientes Idosos – Função renal diminuída;
Exemplos de fármacos excretados quase inalterados pela urina:
Metotrexato;
Digoxina;
Furosemida.
50
51. Ajuste de doses conforme função renal
Função renal alterada:
– parâmetro: clearance de creatinina (mL/min):
Guidelines de ajuste de dose para maioria dos
medicamentos;
Preocupação: associações de fármacos.
51
52. Ajuste de doses conforme função renal
Cockcroft-Gault
Ref: http://www.kidney.org/professionals/kdoqi/guidelines.cfm
Clin. Pharmacokinet., 1997, v. 32, n. 1, p. 31-57
52
56. Uso de medicamentos em hepatopatias
Dificuldade – Poucos estudos relacionados;
Hipoalbuminemia - (risco: Fenitoína e Prednisolona);
Hipoprotrombinemia - (risco: Anticoagulantes orais);
Edema e ascite (risco: Corticóides).
56
57. Uso de medicamentos em hepatopatias
Medicamentos Observações
Acetaminofen Evite doses elevadas
Andrógenos anabolizantes. Toxicidade dose-dependente
Antiácido Cautela nos com sódio e alumínio
Anticoagulantes Evitar
Anticoncepcionais orais Evitar
Antidepressivos Maior efeito sedativo – cautela
Anti-histamínicos Evitar, podem precipitar coma
Antiinflamatórios Maior risco de sangramentos
Antipsicóticos Podem precipitar coma
Ansiolíticos Podem precipitar coma
Azatioprina Reduzir dose
Cetoconazol Evitar
57
58. Vias de Administração de Medicamentos
Endovenosa / Intravenosa;
Intramuscular;
Subcutânea;
Oral;
Sonda Nasoenteral.
58
59. Via Endovenosa
Fatores a serem analisados:
pH da mistura
Complexação
Luz
Proporção de diluição
Tempo
Diluentes
Temperatura
Ordem da mistura
59
60. Importância dos particulados
Substâncias particuladas (componente da poluição do ar) têm
sido associadas com morte súbita e doenças respiratórias;
Substâncias particuladas são recobertas com biocontaminantes
(endotoxinas , pólen etc) com atividade de radical livre com
prejuízo lipídico, ac. nucleicos e proteico celular com estímulo à
liberação de citocinas.
Condições prévias : asma , tabagismo, diabéticos , gestantes ,
portadores de doença cardíaca;
Circ Res 2006;99:692-705
60
61. O dano das substâncias particuladas
Embolia microvascular pulmonar fatal por precipitação de uma
solução de nutrientes.
• Morte de dois pacientes que receberam NPT no Centro
Médico Militar de Tripler;
• A autópsia mostrou material amorfo contendo cálcio
obstruindo o microvascular pulmonar de cada paciente;
• Algumas soluções de NPT também causaram a morte em
animais.
Hill, et al. J Par Ent Nutr 1996; 20: 81 - 87
61
62. Injeção intravenosa de
Acetaminofen/Hidrocodone (Vicodin)
Paciente com fibrose cística,18 anos de idade com declínio
progressivo da função pulmonar.
• Sintomas : dor torácica, tontura, ansiedade, colapso e
morte;
• Autópsia – Microvascular obstruído com partículas
identificadas como Crospovidona, (desintegrante de
comprimido).
62Smith, et al. Pediatrics 2006; 118: e924 – e928
63. Substâncias particuladas insolúveis de Ca
com uso de Ceftriaxona em neonatos
Morte de neonatos associadas com precipitados de
cálcio-ceftriaxona nos pulmões e rins1
Ceftriaxone ou soluções contendo cálcio foram
administradas por diferentes vias e em horas
diferentes1
Em 5 de julho de 2007, o FDA colocou um alerta de
segurança no seu site da internet – MedWatch –
fornecendo diretrizes que afirmam”…Rocephin e
soluções com Ca não deveriam ser misturadas ou co-
administradas para nenhum paciente, independente
da idade, mesmo através de linhas de infusão e
sitios diferentes.”
63
REF:
1. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/may07.htm.
2. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/safety07.htm#Rocephin
64. Substâncias Particuladas
Substância particulada consiste de substâncias estranhas, móveis,
de fontes aleatórias que não podem ser quantificadas por análise
química devido a pequena quantidade de material que
representa.
Soluções injetáveis, incluindo soluções constituídas de sólidos
estéreis destinadas a uso parenteral, devem ser essencialmente
livres de substâncias particuladas que podem ser observadas em
uma inspeção visual.
64
65. Procedência das substâncias particuladas
Exógenos
• Ampolas
• Tampas
• Conjuntos de IV
• Diluentes
Endógenos
• Partículas geradas depois da reconstituição
• Degradação do Produto
• Reações Ácido/Base
• Incompatibilidades Físico/Químicas
65
66. Particulate Matter Contamination of Intravenous
Antibiotics Aggravates Loss of Functional Capillary
Density in Postischemic Striated Muscle
Flebite Infusional;
Granulomas Pulmonares;
Lesões Arteriais Pulmonares;
Grave Disfunção Pulmonar;
Perda da densidade capilar funcional do músculo estriado pós-
isquêmico;
Morte.
66
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:178.
Contaminação com Substâncias Particuladas
This study was conducted in an animal model.
67. Implicação das substâncias particuladas e
danos teciduais
Granulomas pulmonares detectados em autópsias:
Von Glahn WC, Hall JW. The reaction produced in the pulmonary arteries
by emboli of cotton fibres.Am J Pathol 1949;25:575–584.
Jacques WE, Mariscal GG. A study of the incidence of cotton emboli.
Bull Int Ass Med Mus 1951;32:63–72.
Bruening EJ. Origin and significance of intra-arterial foreign body emboli
in lungs of children.Virchows Arch 1955;327:460–479.
Sarrut S, Nezelof C. Une complication de la therapie intraveneuse. L’arterite
pulmonaire macrophagique a cellules geantes.Presse Med1960;68:375–377.
Garvan JM, Gunner BW. Intravenous fluids: a solution containing such
particles must not be used .Med J Austr 1963;50:140–145.
67
68. Infarto tecidual local
Silberman J, Cravioto H, Feigin I. Foreign body emboli following cerebral
angiography.Arch Neurol 1960;3:711–717.
Schubert GE, Reifferscheid P, Flach A. Mikroembolien von Fremdmaterial
nach Angiographien und intravenösen Infusionen. Dtsch Med Wschr
1972;97:1745–1748.
Ghatak NR, Husain MM. Unusual intravascular material in the brain. Am J
Clin Pathol 1976;65:508–512.
68
69. Disfunção pulmonar grave e óbitos
Mosely RV, Doty DB. Death associated with multiple pulmonary emboli soon
after battle injury. Ann Surg 1970;171:336–338.
Daschner F. Infektiöse Komplikationen bei Infusionstherapie. Klin
Anaesthesiol Intensivmed 1977;14:121–127.
Walpot H, Franke RP, Burchard WG, Agternkamp C, Muller FG, Kittermayer C,
Kalff G. Particulate contamination of infusion solutions and drug additives
within the scope of long-term intensive therapy. Energy dispersion electron
images in the scanning electron microscope—REM/EDX. Anaesthesist
1989;38:544–548.
69
70. Mecanismos fisiopatológicos
Obstrução mecânica de arteríola e capilares pequenos;
Ativação de plaquetas e/ou neutrófilos;
• Geração de microtrombos oclusivos;
• Propriedades de estimulação imunológica de partículas;
Efeitos indiretos na atividade vasomotora.
70
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:514-520
Estudo feito em um modelo Animal.
71. Importante...
Todos os medicamentos parenterais contém substância particulada e a
quantidade de substância particulada depende de muitos fatores...
Estes incluem o tipo de produto parenteral, o pH da solução final e o
tipo de veículo;
As partículas se distribuem em todo o corpo baseadas no tamanho e no
potencial de imersão pelos macrófagos;
Se forem dadas partículas suficientes, dano potencial pode ocorrer.
Fato demonstrado em modelos humanos e animais;
O farmacêutico deve avaliar soluções com o nível mais baixo possível
de particulados.
71
Dr. Amaury Mielle
Hosp. Sta Catarina Blumenau
72. Via Sonda Nasoenteral
Via alternativa a via Oral;
Atenção às formas farmacêuticas incompatíveis com esta via;
Dar preferência a dissolução;
Atenção à lavagem da sonda pós administração;
72
74. Give Your Patient a Fast Hug (at Least)
Once a Day
Feeding – Dieta
Analgesia – Analgesia
Sedation – Sedação
Thromboembolic prophylaxis – Profilaxia Tromboembolismo
Head of bed elevation – Decúbito 30º
Ulcer prophylaxis – Profilaxia úlcera
Glucose control – Controle de glicemia
74
77. Atividades do Farmacêutico
Avaliar toda terapia de drogas quanto à indicação, dose, via de
administração e apresentação;
Verificar interações e alergias;
Avaliar a terapia quanto a maximizar custo-eficácia
(farmacoeconomia);
Monitoramento quanto à eficácia da droga;
Monitorar e prevenir quanto à toxicidade;
77
78. Atividades do Farmacêutico
Avaliar adequação da terapia nutricional;
Monitorização farmacocinética;
Prover de informações técnicas;
Participar da treinamentos e educação da equipe.
Detectar, avaliar e reportar eventos adversos;
Buscar informações quanto ao histórico do paciente em relação
aos medicamentos de uso.
Crit Care Med 2001 Vol. 29, No. 10 2019
78
79. Exames laboratoriais
Exames que permitem acompanhar a resposta ao tratamento
farmacoterapêutico, auxiliando correções de dose, posologia e na
tomada de decisão sobre eventuais substituições.
79
80. Interpretação
Identificação do problema;
Priorização do problema;
Seleção das alternativas terapêuticas para cada
paciente.
80
84. Intervenção Farmacêutica
“É um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e
profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas
que interferem ou podem interferir na farmacoterapia, sendo
parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento
farmacoterapêutico”.
Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica
84
85. Intervenção farmacêutica na Prática
Clínica
Consistem na necessidade de reavaliação da prescrição
por parte da Equipe Médica/e ou Enfermagem no intuito
de orientar esquemas terapêuticos garantindo um
tratamento farmacológico adequado, efetivo e seguro.
85
86. Análise Farmacêutica da Prescrição
Falha de prescrição;
Aprazamento das drogas;
Prazo de tratamento com antimicrobianos;
Protocolo de profilaxia com antimicrobianos;
Incompatibilidades farmacológicas e físico-químicas;
86
87. Análise Farmacêutica da Prescrição
Posologia ideal;
Via de administração;
Reconciliação medicamentosa;
Interações medicamentosas;
Ajustes de dose para pacientes com insuficiências;
Uso racional de medicamentos.
87
89. Para realizar a intervenção é necessário:
Conhecimento total da informação prestada;
Conhecimento da fonte de obtenção da informação;
Segurança para esclarecimento da informação;
Se possível apresentar alternativas;
COERÊNCIA NA INTERVENÇÃO.
89
90. Resultados...
Importância da Intervenção Farmacêutica na Terapia
Medicamentosa de Pacientes internados em Terapia
Intensiva.
90
Autores:Batista, D.; Fromhertz, B.; Costa,J. Jr.; Cunha, J.; Abechain, L.; Giusti, R.; Haag, F.
Jr.
Centro de Terapia Intensiva Adulto – Hospital Cruz Azul de São Paulo
91. OBJETIVO
Demonstrar a relevância da assistência farmacêutica
juntamente com a equipe médica através da análise
técnica das prescrições, otimizando a terapia
medicamentosa dos pacientes em tratamento.
91
92. RESULTADOS
92
24,2%
14,2%
5,7%
5,2%
4,3%
2,8%
7,1%
0,5%1,9%
34,1%
Falha de pres crição 34,1%
Pos ologia ideal 24,2%
Dos e de todas as drogas 14,2%
Prazo de tratamento com antimicrobianos
7,1%
Ajus tes de dos e para pacientes com
ins uficiências 5,7%
Interações medicamentos as 5,2%
Incompatibilidades farmacológicas e fís ico-
químicas 4,3%
Protocolo de profilaxia com antimicrobianos
2,8%
Aprazamento das drogas 1,9%
Via de adminis tração 0,5%
Figura 2.- Percentual das intervenções farmacêuticas realizadas
93. CONCLUSÃO
A intervenção farmacêutica em parceria com a equipe
multiprofissional no que se refere a terapia
medicamentosa, são fundamentais para o sucesso dos
tratamentos instituídos ao paciente, refletindo cada vez
mais em tratamentos seguros e efetivos, inserindo o
farmacêutico clínico como um diferencial para a
assistência de alta qualidade.
93
95. Seguimento Farmacoterapêutico
É um componente da Atenção Farmacêutica e configura um
processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas
necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por
meio da detecção, promoção e resolução de Problemas
Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática,
contínua e documentada, com o objetivo de alcançar
resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de
vida do usuário (OPAS/OMS, 2002 ).
FASES PRINCIPAIS: Anamnese farmacêutica, Interpretação de
dados e Processo de orientação.
95
96. Introdução
Principal atividade da atenção farmacêutica;
É necessário que se estabeleça um método rigoroso de
trabalho, sistematizando as ações e padronizando
métodos de avaliação.
96
97. Definição
Prática profissional na qual o farmacêutico se
responsabiliza pelas necessidades do paciente
relacionadas aos medicamentos;
Realiza-se através da detecção, prevenção e resolução
de PRMs, com o objetivo de alcançar resultados
concretos de melhoria na qualidade de vida do
paciente.
97
101. Evolução Farmacêutica em Prontuário
Envolve a participação do farmacêutico clínico em todas as
questões relacionadas ao uso de medicamentos no hospital;
Relaciona-se com a análise da prescrição médica, visita
multiprofissional e implantação de protocolos;
Após a identificação do problema relacionado ao
medicamento, o farmacêutico contata o médico, realiza a
intervenção e, após registra a conduta no prontuário do
paciente.
101
103. Erros de Medicação
Prescrição;
Atenção a prescrição ;
Unitarização ;
Separação ;
Dispensação ;
Omissão ;
Horário;
Administração;
Medicamento impróprio para uso .
103
104. Prescrição
Escolha incorreta do medicamento (de acordo com a indicação,
contra-indicação, alergias conhecidas e outros fatores);
Via de administração;
Apresentação;
Dose;
Quantidade;
Velocidade de infusão;
Concentração;
104
105. 105
Prescrição
Frequência;
Ilegibilidade;
Abreviações;
Similaridade dos nomes;
Instruções inadequadas de uso e ordens telefônicas que possam
induzir a erros.
Equívocos na transcrição da prescrição médica manual para o
sistema de prescrição eletrônica.
106. Atenção à Prescrição
Falha na revisão da prescrição médica não
detectando problemas como
incompatibilidade, interação e dose.
106
110. Administração
Administração em outras formas farmacêuticas
que não a prescrita;
Procedimento ou técnica inapropriados na
administração do medicamento;
Doses administradas pela via incorreta ou pela via
correta, mas no local errado.
110
111. Medicamento impróprio para uso
Medicamento formulado ou manipulado
incorretamente (diluição ou reconstituição
incorreta, misturas incompatíveis e
armazenamento inadequado);
Administração de um medicamento vencido ou
cuja integridade física ou química esteja
comprometida.
111
114. Sons e grafias semelhantes
114
http://www.ismp.org/Tools/confuseddrugnames.pdf
115. Sistema Complexo que depende de
todos...
CONHECIMENTO DO SISTEMA: Desde a aquisição até a
administração. Executar todas as rotinas e questionar o que não
faz parte da rotina.
CONHECER OS ERROS: identificar as possibilidades de falha nos
processos da farmácia.
APROVEITAR OS ERROS: Elaborar estratégias para que outros
erros não ocorram.
NOTIFICAR OS ERROS: Estabelecer programas para a notificação
dos erros ou buscar conhecê-los envolvendo a equipe
multidisciplinar.
115
119. Comissão de Farmácia e Terapêutica
Formular e implementar políticas institucionais
relacionadas com a seleção, prescrição e uso
racional de medicamentos, em um processo
dinâmico, participativo, multiprofissional para
assegurar terapêutica eficaz e segura e
consequente melhoria na qualidade da
assistência prestada à saúde.
119
120. Comissão de Farmácia e Terapêutica
Racionalizar o uso de medicamentos;
Adquirir produtos com qualidade comprovada;
• Valor terapêutico
• Resultados Clínicos / Eficiência
Controlar os itens em estoque;
• Logística
• Distribuição
120
121. Comissão de Farmácia e Terapêutica
Favorecer o uso correto dos recursos
• Treinamento dos usuários
121
122. Atribuições da CFT
Atualizar periodicamente a lista de medicamentos;
Revisar periodicamente as normas de prescrição;
Fixar critérios para a obtenção de medicamentos não-
selecionados;
Validar protocolos de tratamento elaborados pelos
diferentes serviços;
122
123. Atribuições da CFT
Estimular a promoção do uso racional de
medicamentos: boletins, cursos, fóruns de debates etc;
Estar atento a alertas e informes dos Órgãos
regulamentadores nacionais ( ANVISA, VISA estadual) e
internacionais ( FDA, EMEA, WHO);
Estabelecer rede de comunicação para os alertas
emitidos por estes órgãos.
123
124. Gerenciamento de materiais e
medicamentos
Grande variedade de produtos;
Se não há uma seleção, não há como determinar o que
deve ser programado e comprado;
A redução do custo dos estoques da farmácia hospitalar
pode ser obtida através do adequado abastecimento
em produtos e serviços.
124
125. SEPSE
Por que o tema é tão relevante na terapia
intensiva?
125
129. 129
Cardiovascular:
PA s < 90 ou PAM < 70
por pelo menos 1 hora, mesmo após
ressuscitação volêmica
Ou necessidade de drogas vasopressoras
para manter PAs=90 ou PAM=70
Respiratório:
Se foco infeccioso pulmonar.
PaO2/FiO2< 200.
PaO2/FiO2<250
Se foco infeccioso de outra
origem.
Renal:
Diurese < 0,5 ml/Kg/h por
pelo menos 1 hora mesmo
após ressuscitação
volêmica.
Metabólico:
pH 7,30 ou excesso de base
< - 5mEq com lactato plasmático
1,5 vezes o normal.Hematológico:
Plaquetas < 80.000mm3 ou
com queda de 50% ou + nas
últimas 72 horas ( 3 dias).
Identificação das Disfunções orgânicas
131. Sepse
The Surviving Sepsis Campaign: Results of an international guideline-based
performance improvement program targeting severe sepsis Crit Care Med. 2010
Feb;38(2):367-74 and Intensive Care Med. 2010 Feb;36(2):222-31. Epub 2010 Jan 13.
R. Phillip Dellinger; Mitchell M. Levy; JeanM. Carlet; Julian Bion;Margaret M.
Parker;Roman Jaeschke; Konrad Reinhart;
Derek C. Angus;Christian Brun-Buisson; Richard Beale; Thierry Calandra;J ean-Francois
Dhainaut; Herwig Gerlach
Maurene Harvey; John J. Marini; John Marshall; Marco Ranieri; Graham Ramsay;
Jonathan Sevransky; B. Taylor Thompson
Sean Townsend; Jeffrey S. Vender; J niceL. Zimmerman; Jean-Louis Vincent.
131
Intensive Care Med
DOI 10.1007/s00134-007-0934-2
136. Tempo é Célula!!!
IMPORTANTE:
Diagnóstico e intervenção precoces.
Treinar equipe para identificar e tratar.
Reduzir tempo de chegada do paciente na UTI.
Implementar/Adequar gama de terapias disponíveis.
Avaliação constante da implementação – resposta do
pacientes às terapias implementadas.
136
139. Reposição Volêmica
Fazer reposição volêmica agressiva e repetitiva na presença de
hipotensão;
lactato elevado induzidos pelo quadro séptico. Recomendação
forte;
Todo paciente com lactato aumentado acima de duas vezes o
valor normal;
hipotenso deve receber imediatamente pelo menos 20m/k se
solução cristalóide;
ou seu equivalente em colóides;
Fundamentos;
importante é ofertar na quantidade adequada e rapidamente.
139
140. Os pacientes com sepse grave e choque séptico podem apresentar volume
circulante insuficiente decorrente de vasodilatação (arterial e venosa), aumento
da permeabilidade capilar e/ou comprometimento da função cardíaca.
Os leitos teciduais mal perfundidos geram hipóxia tecidual, que é
frequentemente associada a níveis elevados de lactato sérico. Nível sérico de
lactato > 4 mmol/L(36 mg/dL) está correlacionado à gravidade da doença e ao
pior prognóstico, mesmo que a hipotensão não esteja presente. Dessa forma,
pacientes hipotensos ou que apresentam lactato acima de 4 mmol/L (36 mg/dL)
necessitam de fluido intravenoso (cristaloide ou colóide) para expandir seus
volumes circulantes e restaurar efetivamente a pressão de perfusão, até que se
resolvam o processo inflamatório sistêmico e as alterações dinâmicas da micro e
da macrocirculação.
140
141. A precisão da infusão de fluidos não é facilmente determinada, de modo que
repetidas reposições devem ser administradas e reavaliadas.
A ressuscitação volêmica inicial (primeiras 6 horas) deve ser diferenciada da
maior necessidade de administração de fluidos de manutenção (primeiros
dias), que ocorre também nesses pacientes.
Na reposição inicial, grandes quantidades de fluido são administradas
rapidamente (“infusão livre”), em curtos intervalos de tempo, enquanto se
observa a resposta clínica.
Não existem evidências de superioridade entre cristalóides ou colóides.
141
142. Coloides x Cristaloides
Pró Coloides
• Hemodiluição com
cristaloides (proteínas
plasmáticas, fatores da
coagulação, eritrócitos): risco
de maior sangramento.
• Maior persistência vascular
dos coloides seria o maior
benefício.
Pró Cristaloides
• Repõe volume intersticial,
junto com volemia;
• Na hiperpermeabilidade
capilar -comum no doente
crítico – coloides podem
passar para o interstício;
• Custo muito inferior ao das
soluções coloidais.
142
Polêmica há mais de meio século.
Consenso: Cristaloides requerem maior volume para ressuscitação e não têm reações
anafilactóides.
144. Terapia Antimicrobiana
144
Antibióticos
Conceitos de PK/PD : propriedades e influências ,concentrações séricas e tissulares
-> desfecho clínico
Monitoramento terapêutico
Iniciar a terapia (conhecimento prévio/alvo etc) e ajustar diante das
intercorrências/ atenção para o tempo
Minimizar a resistência e melhorar o desfecho
145. Atenção às doses para Obesos
Obesidade : problema mundial (WHO) / indices mais do que
dobraram desde 1980.
Em 2008, no mínimo 1.4 bilhões adultos no mundo ->
sobrepeso e 500 milhões -> obesos.
World Health Organization. Obesity and overweight. Geneva,Switzerland: WHO; 2012.
1/3 americanos – obesos e 1 em 17 : obesidade mórbida.
Flegal KM, Carroll MD, Ogden CL, Curtin LR. Prevalence and trends in obesity among US adults, 1999–2008. JAMA
2010;313:235–41.
Neste ritmo em 2030 : 50% dos adultos (USA) e 40%(UK) serão
obesos
Wang YC, McPherson K, Marsh T, Gortmaker SL, Brown M. Health and economic burden of the projected obesity trends in
the USA and the UK. Lancet 2011;378:815–25.
145
147. Fatores que afetam a farmacocinética no
paciente crítico
147
Sepsis grave/choque séptico
Hipoalbuminemia
Derrame de serosas
Queimaduras
Leucemia
TCE
Carga de fluidos
Uso de dialise peritonial/hemodialise
Drogas vasoativas
148. Farmacocinética dos antimicrobianos
na sepse
Sepsis grave / Choque séptico : dano capilar induzido
por mediadores inflamatórios produzidos pelo paciente
em resposta a toxinas bacterianas e etc.
Lee WL, Slutsky AS. Sepsis and endothelial permeability. N Engl J Med 2010; 363: 689-91.
Resultado…
Consequência : Reposição de volume / Drogas Vasoativas
Expansão dos fluidos extracelulares com aumento do VD (volume de
distribuição) das drogas.
148
151. Volume de Distribuição e antibióticos
hidrofílicos
Distribuídos exclusivamente no compartimento
extracelular;
Expansão dos fluídos extracelulares : alta diluição dos
antimicrobianos;
Relevante : decisão de dose de ataque.
151
152. Pacientes com média Apache II de 21, a LD de Vancomicina para
atingir níveis terapêuticos na concentração de 15 - 20 mg/L foi de
25 ou 35 mg/kg
Roberts JA, Taccone FS, Udy AA, et al. Vancomycin dosing in critically ill patients: robust methods for improved
continuous infusion regimens. Antimicrob Agents Chemother 2011; 55: 2704-9.
Pacientes com PAV tratados com teicoplanina : para se atingir
concentrações de no mínimo 10 mg/L nos primeiros 4 dias de
tratamento a dose de ataque foi de 12 mg/kg 12/12 hs por dois
dias.
Mimoz O, Rolland D, Adoun M, et al. Steady-state trough serum and epithelial lining fluid concentrations of
teicoplanin 12 mg/kg per day in patients with ventilator-associated pneumonia. Intensive Care Med 2006; 32:
775-9.
152
153. Volume de Distribuição e Antibióticos
Lipofílicos
Não existe relevante aumento no Vd para agentes lipofílicos na
presença de sepse grave/choque séptico
Vd e Cmax de Linezolida após dose de 600 mg em voluntários
saudáveis (51.47 ± 9.51 L;12.84 ± 2.57 mg/L) e pacientes com
sepsis grave (57.15 ± 17.8 L; 14.23 ± 3.45 mg/L) ou choque
séptico (60.37 ± 13.92 L;14.23 ± 4.13 mg/L)
Thallinger C, Buerger C, Plock N, et al. Effect of severity of sepsis on tissue concentrations of linezolid. J Antimicrob Chemother
2008; 61: 173-6.
Acúmulo da droga intracelular (reservatório) : difusão passiva
compensatória para qualquer diluição intersticial.
153
159. Bases da Farmácia Clínica
FARMÁCIA CLÍNICA:
É o ponto culminante das atividades de um profissional da
área hospitalar;
Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem
as ações assistenciais;
desta, a farmácia clínica está fadada ao insucesso;
No Brasil, é mais ou menos como as equipes
multiprofissionais, que todos intitulam de grupos, mas poucos
agem em grupo, com objetivos comuns e somatórios de
conhecimentos, deixando de lado suscetibilidades e melindres.
159
160. Objetivo da Farmácia Clínica em UTI
Otimizar a terapia medicamentosa, visando
efetividade, segurança e farmacoeconomia
na terapia instituída.
160
161. Como justificar nossa presença na UTI:
Impacto econômico e em qualidade
De acordo com Kane-Gill et al, 2006, em unidade de
terapia intensiva, o gasto com medicamento pode
contribuir com pelo menos 38% do total de gasto com
medicamentos de um hospital, dessa forma é
importante ter o farmacêutico atuando no
acompanhamento do consumo, na contribuição do
uso racional e na prevenção de eventos adversos
relacionados a medicamentos.
161
162. Atividades Desenvolvidas Atualmente
Análise Técnica das Prescrições médicas;
Avaliação das Interações Medicamentosas;
Avaliação junto ao SND das Interações com nutrientes;
Anamnese Farmacêutica;
Acompanhamento dos resultados laboratoriais;
Acompanhamento da utilização de Antimicrobianos e cálculo da DDD;
Realização do seguimento farmacoterapêutico;
Participação no Round Clínico;
Reconciliação Medicamentosa;
Acompanhamento dos protocolos instituídos;
Acompanhamento das SNE;
Evolução em prontuário;
Orientação de alta hospitalar.
162
164. Análise da Prescrição
Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);
Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e
tempo de infusão;
Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS)
Profilaxias;
Tempo de tratamento.
164
165. Análise da Prescrição
Farmacovigilância
• Reações adversas a medicamentos;
• Interações (droga x droga; droga x nutriente e
exame).
165
166. 166
Paciente: _________________
Passagem _______Leito_______
Prontuário ______________
Prescrição médica
Data ____/_____/_____
HORA PRESCRIÇÃO DOSE VIA FREQUENCIA HORÁRIOS
7:39 1.Dieta por SNE 1000ml VS em 24h
2.Vancomicina 2g EV 12/12h
SG5% 100ml EV agora e após 12/12h
3.Maxcef 1g EV agora e após 8/8h
4.Flagyl 500mg EV agora e após 8/8h
5. Clexane 40 mg SC 1X
6. Losec 40mg EV 1x
7. Insulin R 50UI/SF100mL conf. Protocolo
8. Morfina 2mg EV SN
9 Precedex 2ap EV em 24 h
Soro fisiológico 100mL
10. Dextro 4/4h
Tempo de Tratamento
Terapêutico?
Profilático?
Coleta de culturas e
Introdução antibiótico
assim que possível
Compatibilidade de
medicações
Febre?
Outro foco?
Efeito adverso: febre, rash, tremores, diarréia, convulsão, flebite.........
D1/D10
Função renal
Laxante?
168. Interações Droga-nutrientes
Interações droga – nutriente: Análise de Relevância
• Gravidade;
• mecanismo de ação;
• conduta acordada com a equipe
multiprofissional.
168
169. Anamnese Farmacêutica
Entrevista com paciente e/ou responsável para
preenchimento de Formulário Próprio e posterior
seguimento farmacoterapêutico.
169
170. Medicamentos via sonda
Indústria possui pouca informação
Via não usual para os sólidos orais
Problemas:
• Obstrução sonda
• Estabilidade dos medicamentos
• Interação drogas x dieta
170
172. Acompanhamento da utilização de
Antimicrobianos e cálculo da DDD
Preenchimento de planilha de controle.
Guiar terapia;
Escalonar ou descalonar terapia;
Garantir exatidão no período e dose adequada para
tratamento.
172
178. De posse da informação, o que fazer?
O que devo saber além da informação a respeito da interação
localizada?
Como fazer a abordagem à equipe?
178
179. Educação Continuada
Prestar informação relacionada ao objetivo comum:
“O paciente”
Como contribuir?
• Elaboração de listas para compatibilidade diluição e tempo
de infusão de antimicrobianos;
• Farmacocinética clínica;
• Criação de alertas terapêuticos;
• Treinamento sobre reações adversas mais prevalentes.
179
180. Podemos concluir:
Trabalhar com segurança nos traduz a certeza de assistência
completa;
É o ciclo do medicamento que se manifesta em diversas áreas e a
qualidade e a segurança vem sendo requerida cada dia mais;
Devemos ter a prudência da Atenção Farmacêutica na íntegra
para o nosso paciente, em todos os níveis de assistência.
180
181. Para refletir...
“No início, as pessoas se recusam a acreditar que
uma coisa nova e estranha possa ser feita;
em seguida, elas começam a desejar sua
realização e analisar se há algum empecilho à
implementação; então elas percebem que se pode
realmente fazer, e todo o mundo se pergunta.
PORQUE AQUILO NÃO FOI FEITO ANTES?”
181
182. Referências
www.sccm.org -Society of critical care medice
www.ashp.org - American Society of Health-System pharmacist
www.escpweb.org - Sociedade Européia
www.cdc.gov
www.globalrph.com - clinicians ultimate guide to drug therapy
www.whocc.no - OMS
www.medscape.com/pharmacist
www.errorsmedicacio.org
www.sti-hspe.com.br
www.amib.org.br
www.sepsisnet.org -ILAS
Give your patient a fast hug (at least) once a day – Crit care med 2005 vol 33 nº6
Surviving Sepsis Campaign Guidelines for management of severe sepsis and septic
shock.
Mielle, Amaury Filho - Otimização no uso de antimicrobianos na era da
multirresistência / 2013.
Araújo, RQ. Atuação da Farmácia Clínica na Sepse. In: Renata Andrea Pietro Pereira
Viana. (Org.). Sepse para Enfermeiros - As Horas de Ouro - Identificando e cuidando do
paciente séptico. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2008, v. 1, p. 63-72.
182