1. E STA D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 2 7 D E D E Z E M B R O D E 2 0 0 9 ● P A R A A N U N C I A R N O S M E G A C L A S S I F I C A D O S L I G U E ( 3 1 ) 3 2 2 8 - 2 0 0 0
EGACLASSIFICADOSVEÍCULOS 3
ROLIMÃ
BOTARAM
TANTA FUMAÇA
Pegar uma carona na garupa de pode ser uma boa
ideia para entender um pouco do que acontece no
mundo dos automóveis. Líder do Talking Heads e
conhecido especialmente no Brasil por ter tirado
Tom Zé* do ostracismo, ele lançou o livro Bicycle
Diaries. Byrne escreve sobre o cotidiano de ciclista
que leva em Nova York, onde mora, e também por
outras cidades que passa em turnê, pois sempre
viajou com sua bicicleta dobrável. Histórias de
Londres, Berlim, Buenos Aires, Manila, New Or-
leans, San Francisco, entre outras, são contadas no
livro, ainda sem edição em português.
PECADO ORIGINAL Detroit é sede das “três grandes”, como sempre foram chamadas Gene-
ral Motors, Ford e Chrysler nos EUA, porém, com a última crise que abalou a estrutura do
setor, tanto a cidade quanto os subúrbios e cidades menores próximas a Detroit sofrem
com o desemprego e fechamento de fábricas, tanto das três grandes quanto de toda a cadeia
de autopeças que alimenta o setor.
MARCHA PARTIDO Longe de se resumir a dicas de um ci- SE O CASO É CHORAR Entretanto, uma das razões por que
clista velho de guerra em terra estrangeira, o livro tam- Byrne ajuda o leitor a entender o mundo dos automóveis,
bém não chega a ser um libelo panfletário, mesmo se con- em seus devaneios ciclísticos, pode ser pinçada no trecho
siderar a proximidade com o nome do filme sobre a vida em que descreve o passeio que faz do centro ao subúrbio da
de Ernesto Che Guevara, do diretor brasileiro Walter Sal- cidade de Detroit: “É surpreendente, pela linha do tempo e
les, Diários de Motocicleta, que, em inglês, recebeu a tra- dahistóriadacidade,desuaglóriaedecadência”.Omúsico/ci-
dução para um título bem próximo ao da obra de Byrne: clista/escritorcomparaadesolaçãodacidadeaumcenáriode
The Motorcycle Diaries. Berlim no período depois da Segunda Guerra Mundial.
SONHO COLORIDO DE UM PINTOR moderna. A batalha dele por um TODOS OS OLHOS Enquanto o resto
Byrne explica que pedalar é uma for- mundo com duas rodas e sem motor do mundo não toma o mesmo rumo,
ma que ele tem de se conectar às ci- não se resume ao campo das ideias e, as atenções se voltam para Detroit, a
dades e também de manter a mente vira e mexe, participa de atividades mesma que encanta e assusta Byrne
sadia. Aos 57 anos, o músico conser- de cicloativistas. Em entrevistas à e que, em janeiro, sediará mais um sa-
va a forma e toca uma série de proje- imprensa norte-americana, Byrne lão do automóvel. No Cobo Center, se-
tos, como os suportes que criou pa- disse acreditar que Nova York um rá destinado um local exclusivo para
ra prender bicicletas em Nova York, dia possa se tornar uma cidade como os carros elétricos. Aliás, em Copenha-
todos com jeitão de obra de arte pós- Copenhague. gue, vários elétricos foram exibidos.
Estavam lá o dinamarquês Lynx na-
noq, os japoneses Nissan Qashqai e
Mitsubishi i-Miev, o coreano My Car,
o chinês TM-12, os franceses Citroën
C1 e Renault Kangoo Beepop e os no-
ruegueses Think e Buddy. Além da DE: TERRA; PARA: HUMANIDADE A capital da Dinamarca, que concentrou nas últimas
mostra, o público foi transportado semanas lideranças de todo o mundo para definir o futuro das diretrizes ambientais, no
em ônibus elétricos para os locais de COP-15, é um exemplo do uso de bicicletas para o transporte público, existe inclusive o ter-
conferência e os delegados tinham o mo “copenhaguização”. Quase 40% da população da cidade utiliza as magrelas para ir tra-
elétrico Citroën C1, o híbrido Honda balhar ou ir à escola, via ciclovias, contra um terço que utiliza o transporte público e outro
Insight e o FCX Clarity, movido a cé- um terço que prefere os automóveis. Alguns dos motivos são os elevados impostos sobre
lula a combustível, disponíveis para veículos, que minaram o ímpeto dos operários dinamarqueses em comprar carros nas dé-
locomoção entre outras opções. cadas de 1930 e 1940. Além desse fator, que ajudou a criar a cultura da bicicleta, a prefeitu-
ra investiu US$ 50 milhões na construção de ciclovias e na segurança de ciclistas. Outro de-
*O título de cada nota é o nome de talhe: no período de neve, ela mesma deve ser retirada primeiro da ciclovia e, só depois, da
uma música de Tom Zé. passagem dos automóveis. Até 2015, a prefeitura quer elevar o uso da bicicleta para 50%.
LANTERNAGEM E PINTURA FARÓIS E LÂMPADAS MECÂNICA CHAVES
ALARME
DIREÇÃO
HIDRÁULICA DISTRIBUIDOR
REVISÃO
AR CONDICIONADO BOSCH SERVICE REVISÃO GERAL, TROCA TÉCNICA
DE ÓLEOS E FILTROS P/ VEÍCULOS
NACIONAIS E IMPORTADOS.
AV. BIAS FORTES 954 FONE: (31) 3222-8822