O documento discute conceitos fundamentais de economia e finanças, incluindo objetivos de empresas, atividades empresariais, funções do administrador financeiro, decisões de investimento e financiamento, moeda e suas funções, origem dos rendimentos, receitas, custos e lucros. O documento também apresenta exemplos e exercícios sobre ponto de equilíbrio.
Noções economia e finanças [modo de compatibilidade]
1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS EM
ECONOMIA E FINANÇAS
Professor: Daniel Moura
Disciplina: Engenharia Econômica
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Curso: Graduação em Engenharia de Produção
2. 1.1 Administração Financeira nas Empresas
Objetivo das empresas
Para administração financeira, o objetivo
econômico das empresas é a maximização de
seu valor de mercado.
O investimento feito por proprietários de empresas
devem produzir um retorno compatível com o risco
assumido.
A geração de lucro e caixa é importante para que
uma empresa cumpra sua função social.
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3. 1.1 Adinistração Financeira nas Empresas
Administradores
+
Empregados
Figura 1.1 Visão de empresa como sistema de geração de lucro.
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4. 1.1 Administração Financeira nas Empresas
Atividades Empresariais
Segundo a natureza: > operações
> investimentos
> financiamentos
Atividades de operações: existem em função do
negócio da empresa.
Atividades de investimentos: relativas a aplicações
de recursos em caráter temporário ou permanente.
Atividades de financiamentos: refletem os efeitos das
decisões tomadas sobre a forma de financiamento
das atividades de operações e de investimentos.
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5. 1.1 Administração financeira nas empresas
Funções do administrador financeiro
a) análise, planejamento e controle financeiro
b) tomadas de decisões de investimento
c) tomadas de decisões de financiamentos
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6. 1.1 Administração financeira nas empresas
Análise, planejamento e controle financeiro
Coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da
empresa, bem como participar ativamente das
decisões estratégicas, para alavancar as operações.
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7. 1.1 Administração Financeira nas Empresas
Decisões de Investimentos
Destinação dos recursos financeiros para aplicação
em ativos correntes (circulantes) e não correntes,
considerando a relação adequada de risco e retorno.
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8. 1.1 Administração Financeira nas Empresas
Decisões de financiamentos
Captação de recursos financeiros para o financiamento
dos ativos, considerando a combinação adequada dos
financiamentos de curto e longo prazos e a estrutura
de capital.
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9. 1.1 Administração Financeira nas Empresas
FINANÇAS
TESOURARIA CONTROLADORIA
Administração Contabilidade
de caixa financeira
Crédito e contas Contabilidade
a receber de custos
Contas a pagar Orçamentos
Câmbio Administração
de tributos
Planejamento Sistemas de
financeiro informação
Figura 1.2 Organograma da área de Finanças 9
10. 1.2 Investimento e Poupança
Investimento:
Investimento: aplicação de recursos monetários no
mercado financeiro, ou em qualquer outro mercado,
objetivando auferir rendimentos;
rendimentos;
Macroeconomia (criação de riqueza)
x
Microeconomia
Todo aquela aplicação de recursos no setor
produtivo da economia na data presente,
visando à obtenção de lucros e/ou benefícios
futuros 10
11. 1.2 Investimento e Poupança
Poupança:
Poupança: fração da renda não consumida/não investida,investida,
mantida em poder de um agente econômico ou aplicada no
juros.
mercado financeiro objetivando o recebimento de juros.
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12. 1.3 Mercados
Espaços físicos e virtuais no encontro entre ofertas e demandas
de bens e serviços. Instrumentos que viabilizam a interação
serviços.
competitiva do sistemas empresarial, organizando as trocas
desses mesmos bens e serviços entre ofertantes e demandantes.
demandantes.
12
13. 1.3 Mercados
Classificações:
Classificações:
Quanto à estrutura básica de funcionamento:
funcionamento:
Monopólio:
Monopólio: um ofertantes para muitos demandantes
Concorrência perfeita: vários ofertantes e demandantes,
perfeita:
transparência total, produto homogêneo, mercado ideal
Concorrência imperfeita (monopolista): ofertantes de
(monopolista):
produtos diferenciados para muitos demandantes
Oligopólio:
Oligopólio: alguns ofertantes para muitos demandantes
Acordo entre eles: CARTEL
eles:
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14. 1.3 Mercados
Quanto à natureza do produto ofertado:
Mercado de bens reais e de serviços finais
Mercado de trabalho (MOD e MOI)
Mercado financeiro
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15. 1.3 Mercados
Quanto à origem dos produtos ofertados:
ofertados:
Mercado primário: emissor ou mercado de origem dos
primário:
produtos (papéis ou títulos) emitidos
Mercado secundário: mercado de repasses
secundário:
Mercado paralelo ou informal: não segue as normas
informal:
convencionais e exigências das autoridades fisco-
fisco-
tributárias.
tributárias.
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16. 1.3 Mercados
Observação:
Observação:
Conceito de curto e longo prazos na análise
financeira:
financeira:
Curto prazo: prefixar, projetar ou estimar, com razoável
prazo:
precisão, preços, taxas de juros, receitas, custos, sem
incorrermos em grandes erros. De 1 a 3 anos.
erros. anos.
Longo prazo: não é possível qualquer prefixação de
prazo:
parâmetros ou variáveis econômicas sem o risco de
ocorrências de grandes erros, por excesso ou por falta, nas
metas focadas.
focadas.
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17. 1.4 A Moeda e suas funções
Instrumento de poder econômico
Responsável pelas várias transações financeiras e
nas trocas de excedentes de produção
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18. 1.4 A Moeda e suas funções
Funções
Intermediária de trocas (suspensão do escambo)
Medida de valor (padrão)
Reserva de valor (riqueza)
Instrumento de poder (econômico)
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19. 1.4 Origem ou natureza dos rendimentos
Processo de geração de renda
Fatores de Produção
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20. 1.4 Origem ou natureza dos rendimentos
Quadrante dos rendimentos
Limite de Renda (LR)
Capital Humano Capital Produtivo
(Empregados) (Investidores ou Empresários)
(Salários) (Lucros)
Rendimentos
Capital Autônomo
(Autônomo) Capital Financeiro
(Honorários) (Poupadores ou Rentistas)
(Juros, dividendos, aluguéis, etc)
Obs: Dividendos é a parcela do lucro apurado pela empresa,
que é distribuída aos acionistas por ocasião do encerramento
do exercício social (balanço)
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21. 1.4 Origem ou natureza dos rendimentos
Equações dos Rendimentos Líquidos (RL):
Para Empregados e Autônomos:
RL = Ganhos – Tributação – Gastos (RL =50 a 60%)
Para Empresas e Investidores:
RL = Ganhos – Gastos - Tributação (RL =60 a 80%)
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22. 1.5 Das receitas, custos e lucros
Toda atividade econômica gera três fluxos
monetários:
monetários: receitas operacionais, custos
operacionais e lucros.
lucros.
Receita:
Receita: se a atividade gera um único produto (x) a
um preço constante (p), sua receita total (RT) é:
RT = p. x
RT = p1. x1 + p2. x2 + p3.x3 + ... + pn.xn
pn.
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27. Lucro: diferença entre receitas e custos
L = RT – CT
L = p.x – (CF + c.x) = px – CF + cx
L = x(p-c) - CF
x(p-
X = L+ CF/ (p-c)
(p-
Ponto de equilíbrio
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28. Análise Custo x Volume x Lucro – Ponto de Equilíbrio
As empresas tem a necessidade de dimensionar sua capacidade de
produção.
O dimensionamento de excesso de capacidade produtiva resultará em
capacidade ociosa e redução da rentabilidade do investimento.
O dimensionamento de falta de capacidade produtiva resultará em falta
de produtos para atender o mercado e perda de vendas para o
concorrente.
Exemplo: Cerveja Brahma na copa de 1994.
Contudo o dimensionamento de uma unidade produtiva acarreta
sempre este dois riscos, ou seja, a demanda por produtos ou serviços
pode ser muito diferente da projetada pela empresa. O risco é reflexo da
incerteza do negócio.
Existem formas de diminuir tais riscos e melhorar a análise destas
incertezas. A principal técnica utilizada é conhecida como ponto de
equilíbrio.
29. Análise Custo x Volume x Lucro – Ponto de Equilíbrio
O lucro da empresa pode ser definido de forma simples pela seguintes equação:
Lucro = Receitas Totais - Custos Totais
Receitas Totais = Preço x Quantidade (de todos os produtos)
Custos Totais = Custo variável x Quantidade + Custos Fixos
Custo Variável = Margem de contribuição
Lucro = P x Q - ( CV x Q + CF)
Assim, na medida que a empresa vai aumentando suas vendas, vai aumentado também o seu
lucro.
O ponto de equilíbrio é justamente a quantidade de vendas que permite que a empresa deixe
de ter prejuízo, porém ainda não atinja o lucro. O lucro é zero.
Ponto de equilíbrio lucro = 0 Portanto Receitas Totais = Custos Totais
30. Estudo de caso – FIAT AUTOMÓVEIS
Suponha que a Fiat pretenda construir uma unidade que irá produzir apenas automóveis DO
tipo Palio 1.0. A empresa estima que nesta nova unidade os custos fixos serão de R$ 1
milhão/ mês e que os custos variáveis serão da ordem de 50% do preço de venda do carro. O
preço de venda do Palio atualmente é de R$ 25 mil por veículo. Qual será o ponto de
equilíbrio desta nova unidade?
Ponto de equilíbrio Lucro = 0
Receitas Totais = Custos Totais
P x Q = CV x Q + CF
CV = 50% do Preço de Venda, portanto CV = 50% x 25.000 = 12.500
25.000 x Q = 12.500xQ + 1.000.000
25.000xQ - 12.500xQ = 1.000.000
12.500xQ = 1.000.000
Q = 1.000.000 / 12.500 = 80 unidades por mês.
Vendas = 80 x 25.000 = R$ 2.000.000
31. Representação Gráfica do Ponto de Equilíbrio
O ponto de equilíbrio pode também ser representado graficamente da seguinte maneira:
RT
R$
(milhões)
CT
PE
2
CF
80
Unidades (Q)
32. Exercícios
1-) Suponha que a Compaq decida instalar uma nova unidade produtiva para fabricar computadores
pessoais (PC). Tais computadores terão preço de venda de R$ 2 mil. Os custos fixos estão estimados em
R$ 6 milhões ao mês e a margem de contribuição em 40% do valor de venda. Calcule o ponto de equilíbrio
em unidades e em receita da nova unidade.
2-) Após dois meses de operação os componentes dos computadores sofreram grandes aumentos de
preço, pois são importados e houve forte desvalorização cambial, que não pôde ser repassada ao preço dos
computadores. Os custos variáveis passaram a representar 60% do preço de venda. Calcule os novos
pontos de equilíbrio em unidades e receita.
3-) Represente graficamente os exercícios 1 e 2.