O documento discute a história da educação inclusiva no Brasil, desde a segregação de pessoas com deficiência até os dias atuais de inclusão escolar. Apresenta as principais fases históricas da educação especial no país e conceitos como integração e inclusão. Também aborda a legislação nacional e internacional relacionada à educação inclusiva.
3. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Contextualizar o caminho percorrido pela
educação inclusiva até os dias atuais;
• Analisar as mudanças relacionadas ao
conceito de necessidades especiais;
• Discutir o processo de inclusão escolar
como uma trajetória histórica e social;
• Conceituar necessidades especiais e
condutas típicas.
4. Tópico 1-HISTÓRIA DA EDUAÇÃO INCLUSIVA
Introdução:
• Essa disciplina se fundamenta em uma sociedade que
reconheça e valorize as diferenças.
• a inclusão escolar deve negar toda a prática de exclusões e
de segregações
que as pessoas com deficiência passaram durante muito
tempo e definir alguns padrões
sociais que, anteriormente, eram considerados comuns e
que, atualmente, foram substituídos
por outros como aceitação, valorização, convivência e
aprendizagem através da cooperação.
5. 2.História da educação inclusiva
• As pessoas com necessidades especiais, ao
longo dos tempos, foram vistas pela
sociedade de várias maneiras e sob diferentes
enfoques, ou seja, foram consideradas
conforme as concepções de homem e de
sociedade, valores sociais, morais, religiosos e
éticos de cada momento histórico.
6. 2.História da educação inclusiva
Fase I: as pessoas com necessidades especiais eram mortas e
abandonadas ao nascer.
• Fase II: na idade antiga, as pessoas com necessidades especiais tinham
ligações demoníacas.
• Fase III: no século XIX, a igreja começa a impulsionar uma visão
caritativa.
• Fase IV: em meados do século XIX, inicia uma visão médica sobre as
necessidades especiais.
• Fase V: na década de 60, começam a surgir instituições segregadas de
atendimento às pessoas com necessidades especiais.
7. 2.História da educação inclusiva
• Fase VI: as ideias sobre a Integração surgiram no final da década de 60,
mas foram vivenciadas
na década de 80. Significa inserir a pessoa com necessidades especiais
na vida social, sem
que o meio sofra qualquer alteração, ou seja, a pessoa já deveria ter sido
preparada para
ingressar neste meio.
• Fase VII: no início da década de 90, o processo de Inclusão Escolar
passa a ser o foco
principal da educação especial, mantendo estes princípios até os dias
atuais. Significa uma
transformação da estrutura social para que a pessoa com necessidades
especiais seja inserida
no meio social.
8. 2. 1 Integração escolar
Ao final da década de 60, iniciou-se o movimento pela integração social
que planejava “[...] inserir as pessoas com deficiência nos sistemas
sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer [...]”,
(SASSAKI, 1999, p. 31), mas este processo foi mais vivenciado na
década de 80.
Assim, a integração social surgiu da necessidade de inserir na sociedade
o indivíduo com necessidades especiais, sem que a sociedade se
modifique. Na realidade, quem deveria, então, estar preparada e
capacitada para ser inserida no meio social era a pessoa com
necessidades especiais. Para isto, recorriam-se aos métodos clínicos,
para poder ensinar esta pessoa a socializar-se de maneira “normal”,
conforme a sociedade estava organizada.
9. 2. 1. 1 Compreendendo as nomenclaturas
A Educação inclusiva iniciou-se com a declaração dos direitos humanos em
1948, apontando a “igualdade de direitos”.
Educação Especial: trata-se do atendimento em instituições especializadas.
Educação Inclusiva: trata-se da inclusão de alunos com necessidades especiais
em escolas comuns.
Integração: segundo Mantoan (2003, p. 23), a integração insere o aluno no
contexto escolar, porém não garante a inclusão deste aluno. o aluno transita
entre o sistema escolar, mas não participa como sujeito ativo em meio a uma
educação para a diversidade, trata-se do “especial na educação”.
11. 2.2 introdução a inclusão escolar
A partir da década de 90, na Conferência de Jomtien, em
1990, e na Conferência Mundial
de Educação Especial, ocorrida em 1994, na cidade de
Salamanca, na Espanha, que através da
“Declaração de Salamanca”, surge então a Inclusão escolar
que veio para romper o paradigma
educacional existente e para romper com a estrutura
curricular fechada e com a homogeneidade
na escola. Depois de tantos anos de isolamento e
segregação, as pessoas com necessidades
especiais estão sendo reconhecidas como cidadãos e
aceitas na escola comum.
12. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1 INTRODUÇÃO
A Inclusão pressupõe mudança de velhas práticas.
Mudança supõe novas
formas de pensar e, ao mesmo tempo, de organizar a
realidade. A inclusão é o resultado de
um processo de acumulação de necessidades históricas, e
este acúmulo de necessidades
resulta nas transformações que vêm ocorrendo na
sociedade.
13. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2 INCLUSÃO ESCOLAR
A Inclusão surge, então, para romper o paradigma
educacional existente, rompendo
com a estrutura curricular fechada e com a
homogeneidade na escola. Os antigos paradigmas
começam a ser repensados por uma nova visão
educacional. Depois de tantos anos de
isolamento e segregação, as pessoas com necessidades
especiais estão sendo reconhecidas
como cidadãs e aceitas na escola comum.
14. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2 INCLUSÃO ESCOLAR
Exemplos de terminologias expressões utilizadas para
designar as pessoas com necessidades especiais através
da história, de acordo com Romeu Kazumi Sassaki
(SILVEIRA; NASCIMENTO 2013, p.18).
Adolescente normal: desejando referir-se a um
adolescente (uma criança ou um adulto) que não possua
necessidades especiais. A normalidade, em relação a
pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.
TERMOS CORRETOS: adolescente (criança, adulto)
sem deficiência ou, ainda, adolescente (criança, adulto)
não deficiente.
15. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2 INCLUSÃO ESCOLAR
A escola inclusiva parte do pressuposto de que todas as
crianças podem aprender e fazer parte da vida escolar e
social. A diversidade é valorizada, acreditando que as
diferenças fortalecem a turma e oferecem a todos os
envolvidos maiores oportunidades para aprendizagem.
Esta escola baseia-se em princípios, tais como:
16. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2 INCLUSÃO ESCOLAR
- Aceitação das diferenças individuais como atributo e
não como obstáculo.
- Educação como direito de todos, ou seja, o direito de
pertencer.
- Igualdade de oportunidades – o igual valor entre os
dominantes e os dominados.
- Convívio social, todos crescem nessa relação.
- Cidadania – englobam os direitos políticos, civis,
econômicos, culturais e sociais.
17. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
3 CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA INCLUSÃO
ESCOLAR
1-frequência de todos os alunos em sala de aula comum, com a
mesma faixa etária.
2-frequencia do aluno com necessidades especiais em uma escola de sua
comunidade.
3-o professor é responsável por todos os alunos, independente de suas
peculiaridades.
4-adaptação curricular.
5-metodologias diferenciadas.
6-participação e colaboração de diversos profissionais.
7-inclusão do aluno na vida social da escola.
18. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS
1 Senso de pertencer: Filosofia e visão de que todas as
crianças pertencem
à escola e à comunidade e de que podem aprender
juntos.
2 Liderança: A equipe gestora envolve-se ativamente com
a escola
toda no provimento de estratégias inclusivas.
3 Padrão de excelência: os altos resultados educacionais
refletem as
necessidades individuais dos alunos, ou seja, não
limitar o nível de ensino.
19. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS
4 Colaboração e cooperação: Envolvimento de alunos em
estratégias de apoio
mútuo; colaboração da turma.
5 Novos papéis e responsabilidades: os professores falam
menos e assessoram mais,
todo o pessoal da escola faz parte do processo de
aprendizagem, e é responsável pelos alunos.
6 Parceria com os pais: os pais são parceiros igualmente
essenciais na
educação de seus filhos.
20. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS
7 Acessibilidade: Todos os ambientes físicos são tornados acessíveis
e,
quando necessária, é oferecida tecnologia assistiva.
8Ambientes flexíveis de
aprendizagem: Espera-se que os alunos se promovam de acordo
com o estilo e ritmo individual de aprendizagem e não de uma única
maneira para todos.
9.Estratégias baseadas em
pesquisas: Aprendizado cooperativo, adaptação curricular,
ensino de iguais, instrução direta, ensino recíproco,
treinamento em habilidades sociais, instrução assistida
por computador, treinamento em habilidades de
estudar etc.
21. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS
10 Novas formas de avaliação
escolar
Dependendo cada vez menos de testes padronizados,
a escola usa novas formas para avaliar o progresso
de cada aluno rumo aos respectivos objetivos.
11 Desenvolvimento profissional
continuado
Aos professores são oferecidos cursos de
aperfeiçoamento contínuo visando à melhoria d
22. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
4 ADAPTAÇÕES DE PEQUENO E GRANDE PORTE
Pequeno porte:
Ambiente favorável à participação do aluno;
Melhores níveis de comunicação e interação;
Participação do aluno nas atividades escolares;
Recursos e materiais específicos;
Adaptação de materiais;
Sistemas alternativos de comunicação;
Um olhar inclusivo;
23. 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
4 ADAPTAÇÕES DE PEQUENO E GRANDE PORTE
Grande porte:
Adaptação de acesso ao currículo;
Adaptação de objetivos;
Adaptação de conteúdos específicos;
Adaptação do método e organização didática;
Adaptação do sistema de avaliação;
Homogeneidade etária
Adaptação de temporalidade.
24. 3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1- INTRODUÇÃO
É importante mencionar que a legislação sobre a Educação inclusiva
vem avançando
e modificando-se constantemente. Devemos acompanhar estas
mudanças para melhor
compreendermos esses avanços e relacioná-los às práticas sociais e
educativas.
25. 3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2 DOCUMENTOS INTERNACIONAIS
• Declaração Universal dos Direitos Humanos – esta declaração
assegura às pessoas com deficiência os mesmos direitos de todos os
cidadãos, tais como: direito à liberdade, a uma vida digna, à educação
fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social e à livre
participação na comunidade.
• Declaração de Jomtien – em 1990, aconteceu em Jomtien, na
Tailândia, a Conferência Mundial sobre Educação para todos, na qual
o Brasil participou. Assim, ao assinar esta
Declaração, o Brasil assume o compromisso perante a comunidade
internacional de erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino
fundamental no país.
26. 3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2 DOCUMENTOS INTERNACIONAIS
• Declaração de Salamanca – foi construída na Conferência Mundial
sobre Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade, em
Salamanca (Espanha), em 1994, realizada pela UNESCO. o objetivo
principal desta conferência foi a atenção educacional aos alunos
com necessidades educacionais especiais.
• Convenção de Guatemala – Trata-se de uma convenção que foi
realizada em Guatemala, em 1999, da qual vários países sul-
americanos são signatários, inclusive o Brasil. Nesta
convenção o foco foi a eliminação da discriminação contra as pessoas
com deficiência. Esse documento dispõe que as pessoas com
deficiência não podem receber tratamentos
diferenciados que impliquem exclusão ou restrição ao exercício dos
mesmos direitos que as
demais pessoas têm.
27. 3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
• ECA – Estatuto da Criança e Adolescente – Este estatuto, na Lei n°
8.069, de 1990, em seu art. 53, no que se refere à educação,
estabelece que “toda criança e adolescente tem o direito à educação,
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. Além disso,
assegura:
- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
- Direito de ser respeitado por seus educadores.
- Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
28. 3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
• LDB 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – A
LDB 9.394 reserva um capítulo exclusivo para a educação especial
(Cap. V), e isto parece relevante para uma área tão pouco
contemplada, historicamente, nas políticas públicas brasileiras. o
destaque reafirma o direito à educação, pública e gratuita, das
pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades.
Um fato relevante é que, a partir desta lei, os municípios brasileiros
receberam a responsabilidade da universalização do ensino, referente
à Educação Infantil e Ensino Fundamental. Assim, o município passou
a responsabilizar-se pelas decisões e ações
políticas para a implementação da educação inclusiva no âmbito da
Educação Infantil e Ensino Fundamental.
29. 3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
O documento mais recente que se refere à educação inclusiva, no ano
de 2011, data da publicação deste Caderno de Estudos, é a portaria nº
948/2007. Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, documento elaborado por um grupo de trabalho
nomeado pelo próprio Ministério da Educação que, “acompanha os
avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir
políticas públicas promotoras de uma educação de
qualidade para todos os alunos”.
Este documento objetiva “assegurar a inclusão escolar de alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação”.
30. 3 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
2 DE QUEM ESTAMOS FALANDO
Conceituar as necessidades educacionais especiais na atualidade é
tarefa difícil em meio a tantos avanços nos estudos e legislações
acerca da Inclusão Escolar. No entanto
com base na legislação vigente no ano de 2011, apontamos neste
grupo as pessoas com
deficiências (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla), pessoas
com transtorno global do desenvolvimento, com altas
habilidades/superdotação e com síndromes.
31. 4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
3- CONCEITOS HISTÓRICOS SOBRE DEFICIÊNCIA
Nas novas concepções educacionais, a criança com necessidades
especiais passa a ser vista como um ser humano que se desenvolve.
Neste desenvolvimento, estão inseridos diversos aspectos que são
características únicas e individuais. A ideia de que
todas as crianças em uma determinada idade deveriam estar com um
determinado nível de desenvolvimento, passou a ficar ultrapassada,
pois através destas concepções constrói-se a
noção de desenvolvimento individual, de acordo com o meio, com o
estímulo recebido e com seu organismo. A criança com necessidades
especiais torna-se um indivíduo que tem uma maneira especial de se
desenvolver, uma maneira diferente, e não mais uma variante
numérica do desenvolvimento normal.
32. 4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
3- CONCEITOS HISTÓRICOS SOBRE DEFICIÊNCIA
• A teoria sócio-interacionista de Vygotsky nega as concepções que
explicam a deficiência
somente sobre a ótica biológica, afirmando que a deficiência é tanto
de caráter biológico como
social, ou seja, ao invés de buscarmos somente fatores biológicos para
compreendermos a
deficiência, temos que buscar e relacionar a história e a vida social
deste sujeito.
33. 4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
4 INTRODUÇÃO À DEFECTOLOGIA- PRINCIPIO
DO DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DA INTERAÇÃO SOCIAL.
O estudo sobre a deficiência e o desenvolvimento de crianças com
deficiência, a
defectologia, como denomina Vygotsky, passa a enfatizar o
desenvolvimento da criança e suas
potencialidades, e não mais a impossibilidade, a incapacidade, e isso
influencia a própria prática
educacional destes indivíduos. Esta ideia passa a ser o centro
metodológico da defectologia.
O importante não é apenas saber a alteração biológica do sujeito, mas
buscar compreender que interações sociais ele tem e quais situações
de aprendizagem ele já conheceu.
34. 4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
4. 1 Princípio da compensação social
Podemos dizer que a criança que possui uma diminuição de
sua posição social em função de sua necessidade especial, fica
prejudicada em relação ao seu
desenvolvimento. Ou então, podemos afirmar que a qualidade destas
interações sociais pode
fazer com que este indivíduo com necessidades especiais consiga
superar suas necessidades,
criando aquilo que Vygotsky (1995) chama de Compensação Social.
O desenvolvimento da criança com necessidades especiais passa a
ficar dependente
da sua situação social, que pode, assim, desenvolver compensações
que o façam conquistar
uma plena participação social.
35. 4 CONDUTAS TÍPICAS
1 Introdução
O termo Condutas Típicas refere-se a uma variedade de comportamentos, que
dificulta sua definição em um único conceito.
Mas, segundo o Ministério da Educação e Cultura – Secretaria de Educação Especial,
Condutas Típicas são as manifestações comportamentais típicas de pessoas com
síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam
atrasos no desenvolvimento da pessoa e prejuízos no relacionamento social, em
grau que requeira Atendimento Educacional Especializado -(AEE).
Esses comportamentos requerem um atendimento especializado e normalmente se
manifestam em dois opostos:
• Pode ser representada com comportamentos voltados para si mesmo – fobias,
automutilação, timidez excessiva, recusa em interagir com o outro.
• Pode ser representado com comportamentos voltados ao ambiente – agredir,
mentir, roubar, gritar, se agitar.
36. 4 CONDUTAS TÍPICAS
2 Como são os alunos com condutas típicas.
Os principais aspectos comportamentais evidenciados são:
• Falta com a verdade; • Prática de pequenos furtos (para chamar a atenção). •
Grita, não fala. • Fala o tempo todo.
• Fala sozinho. • Locomove-se o tempo todo.
• Autoagressão (automutilação) e/ou agressão com os outros. • Recusa em seguir
regras e normas estabelecidas. • Dificuldade de relação com os colegas e
professores. • Ausência ou pouco contato visual. • Destrói propriedade alheia.
• Desatenção. • Medos excessivos, fobias. • Movimentos contínuos e repetitivos.
• Comportamentos estranhos. • Comportamentos maliciosos, vingativos.
• Fala desconexa. • Birras constantes, cuspir, morder, gritar. • Comportamento de
desafio e de oposição. • Imitação excessiva das ações dos outros. • Choro/riso
imotivados, e outros. • Recusa em verbalizar.
• Timidez excessiva.
37. 4 CONDUTAS TÍPICAS
3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH
3.1 Conceito
• Hiperatividade: está relacionada com a falta de concentração e por intensa
agitação física, sendo geralmente acompanhada por impulsividade exagerada. Suas
principais características são:
• Ficar mexendo as mãos e/ou os pés quando sentado.
• Não parar sentado por muito tempo.
• Pular, correr excessivamente em situações inadequadas.
• Apresenta uma sensação interna de inquietude.
• É bastante barulhento para jogar e divertir-se.
• É extremamente agitado sempre.
• Fala demais e muito depressa.
• Responde as perguntas antes de elas serem finalizadas.
• Sente grande dificuldade em esperar sua vez.
• Intromete-se em conversas em jogos dos outros.
• Distúrbio de ritmo na fala.
38. 4 CONDUTAS TÍPICAS
3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH
3.1 Conceito
Conforme o DSM – IV (Manual de Diagnóstico de Desordens Mentais), o TDAH
caracteriza-se por uma persistente desatenção e/ou por uma
impulsividade/hiperatividade que é mais frequente e mais intensa do que a
observada em outras pessoas. Ele tem três
características básicas: desatenção, agitação e a impulsividade.
• Déficit de Atenção: está relacionado apenas a concentração do indivíduo. Muitas
vezes seu
comportamento é apático. Suas principais características são:
• Dificuldade em concentrar-se em tarefas ou em jogos.
• Não presta atenção no que lhe é dito.
• Tem dificuldade de seguir regras e instruções.
• geralmente não termina o que começa.
• É desorganizado com as tarefas e com os materiais.
• Perde coisas importantes.
• Distrai-se facilmente com coisas que não têm nada a ver com o que estava
fazendo.
• Esquece compromissos e tarefas.
• Tem dificuldade em lembrar recados, mesmo os mais simples.
39. 4 CONDUTAS TÍPICAS
3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH
3.1 Conceito
Conforme o DSM – IV (Manual de Diagnóstico de Desordens Mentais), o TDAH
caracteriza-se por uma persistente desatenção e/ou por uma
impulsividade/hiperatividade que é mais frequente e mais intensa do que a
observada em outras pessoas. Ele tem três
características básicas: desatenção, agitação e a impulsividade.
• Déficit de Atenção: está relacionado apenas a concentração do indivíduo. Muitas
vezes seu
comportamento é apático. Suas principais características são:
• Dificuldade em concentrar-se em tarefas ou em jogos.
• Não presta atenção no que lhe é dito.
• Tem dificuldade de seguir regras e instruções.
• geralmente não termina o que começa.
• É desorganizado com as tarefas e com os materiais.
• Perde coisas importantes.
• Distrai-se facilmente com coisas que não têm nada a ver com o que estava
fazendo.
• Esquece compromissos e tarefas.
• Tem dificuldade em lembrar recados, mesmo os mais simples.
40. 4 CONDUTAS TÍPICAS
3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH
3.2 Causas
Este transtorno ainda não tem uma causa definida, porém desconfia-se de que suas
causas poderiam ser:
• Pré-natais: álcool e drogas, prematuridade.
• Perinatais: Anóxia e hemorragia intracraniana.
• Pós-natais: encefalites, meningites, traumatismo craniano.
• A incidência é maior em meninos, chegando a 80% dos casos, do que em
meninas.
Alguns autores colocam que cerca de 20% dos pais e 21% dos irmãos também
apresentavam este transtorno. Muitas vezes o TDAH é confundido com falta de
limites, porém, são fatores diferentes que influenciam tais comportamentos.
41. 4 CONDUTAS TÍPICAS
3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH
3.2. 1 Relação Familiar
A relação da criança com a família é fundamental para seu desenvolvimento. Nestes
casos, geralmente, esta relação é repleta de atritos e bastante tumultuada, devido à
dificuldade que os pais têm de aceitar o comportamento de seu filho.
Por isso, a escola terá que sugerir alguns acordos com a família de participação ativa
na reeducação desta criança.