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Controle Alternativo na
Patologia de Sementes
Carlos Alberto C. Albuquerque
David Vitor dos Santos
Tratamentos e
Controles
Roteiro
Patógenos
Associados as
Sementes
Danos na Produção
Preventivo
Biológico
Físico
Genético
Extratos Vegetais
Perspectivas Futuras
Principais Obstáculos
Densidade de
Disseminação
de Patógenos
Considerações Iniciais
Organismos de Campo
Organismos de
Armazenamento
Bactérias
VírusFungos
Nematoides
Machado et al. 2009
>
<
Danos
expressivos
Cultivo
Redução do poder
germinativo e nível de
vigor
Introdução precoce
e aleatória de focos
de infecção nas
áreas de plantio
Necessidade de
aplicação extra de
produtos
fitossanitários
Formação de
sementes
anormais
Produções
menores
Inutilização
temporária de
áreas para o
cultivo de
algumas
espécies
vegetais
Seleção de
Populações
mais Virulentas
Pós Colheita
Contaminação de
máquinas e
equipamentos de
beneficiamento
Disseminaçao
de Patogenos
a longas
distancias
Meio de
perpetuação
de doenças
entre
gerações
Deterioração
durante o
período de
armazenamento
Neergaard (1977), Zambolim (2005).
Fungos Associados a Sementes
Fungos
Biotróficos
Inferiores
Oomycota
Penomospora
Plasmospara
Sclerospora
Superiores
Basidiomycota
Ustilago
Tilletia
Ustilago tritici Carvão do Trigo
Machado (2000) Fotos: UFRS
Inferiores
Rhizopus Cochliobolus
Didymella
Giberella
Glomerella
Nectria
Mycosphaerella
Sclerotinia
Aspergillus
Penicillium
Verticillium
Acremonium
Fusarium
Gerlachia
Colletotrichum
Ascochita
Botryodiplodia
Macrophomina
Phoma
Phomopsis
Strnocarpella
Stagnospora
Superiores
Ascomycotina | Mitosporicos
Fungos Associados a Sementes
Fungos Necrotróficos
Alternaria
Bipolaris
Dreschslera
Trichoconiella
Pyricularia
Cercospora
Basidiomycotina
Thanathephorus (Rizoctonia)
Machado (2000) e Menten et al, (2005).
A) Escleródios de Sclerotinia sclerotiorum junto de sementes de soja;
B) Conídios de Alternaria zinniae aderidos à semente de zínia;
C) Crosta de oósporos de Peronospora manshurica na superfície de sementes de soja;
D) Embrião do trigo com hifas de U. tritici .
A B
CD
Diferentes Maneiras de Associação
Fotos 1A, 1B e 1C de Prof. J.C. Machado (UFLA) e Foto 1D de
Dr.S.B. Mathur (Dinamarca)
Associação de Bactérias as Sementes
REINO DIVISÃO CLASSE ATRIBUTO FAMILIA GÊNERO
Graciculites Proteobacteria Não fotossintética Enterobacteriaceae Erwinia
Gram negativa Pseudomonodaceae Acidovorax
Procaryotae Pseudomonas
Xanthomonas
Rhizobiaceae Agrobacterium
Firmiculites Thallobacteria Gram positiva Streptomyces
Clavibacter
Curtobacterium
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Associação de Bactérias as Sementes
Externamente
Ocorrência
na Cultura
Maturação
da Semente
Internamente
Funículo
Respingos de
chuva, água e
irrigação
Através das flores, da invasão
pelo sistema vascular ou
durante o desenvolvimento e
maturação de frutos e
vagens.
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Sintomas de Bacterioses
Crestamento Bacteriano Comum
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli
Murcha de Curtobacterium
Curtobacterium flaccumfaciens pv.
flaccumfaciens
Fotos: Adriane Wendland
Vírus Associados as Sementes
Ácido
Nucléico
Famílias
Comoviridae Fabavirus Nepovirus e Comovirus, ao qual pertence a espécie
Squash mosaic vírus (SqMV), transmitido por sementes de
Cucumis melo e Cucurbita sp
ssRNA (+)
Potyviridae Rymovirus, Macluravirus, Tritimovirus, Ipomovirus,
Bymovirus e Potyvirus onde se encontram as espécies Bean
common mosaic virus (BCMV) e Lettuce mosaic virus (LMV),
transmitidas por sementes de feijão e de alface,
respectivamente.
Não
Classificadas
Soemovirus, Idaeovirus, Umbravirus, Ourmiavirus,
Tobravirus, Hordeivirus, Furovirus, Pomovirus, Pecluvirus,
Benyvirus e Tobamovirus, onde se encontram as espécies
Tobacco mosaic vírus (TMV), Tomato mosaic virus (ToMV) e
Pepper mild mottle virus (PMMoV), transmitidas por
sementes de espécies de Capsicum sp. TMV e ToMV são
também transmitidas por sementes de tomate. Há ainda os
gêneros propostos Cheravirus e SadwavirusM.A. Mayo & A.A. Brunt – 2005
Mecanismos de Transmissão
dos Vírus nas Sementes
Contaminação da plântula
• Meios mecânicos
• Resíduos dessecados das polpas e dos
frutos
Contaminação do Embrião
• Plantas Jovens
• Gametas Masculinos -> Grãos de pólen
M.A. Mayo & A.A. Brunt – 2005 | MAPA, 2009
Associação de Nematoides as Sementes
Classe SECERNENTEA
Sub-classe DIPLOGASTERIA
Ordem TYLENCHIDA
Famílias APHELENCHODIDAE ANGUINIDAE HETERODERIDADE
Gêneros Aphelenchoides Anguina
Ditylenchus
Heterodera
besseyi tritici
dipsaci
glycine
Machado et al , 2009 |
Associação de Nematoides nas Sementes
No interior: abrigados entre a
casca e o endosperma.
Associados à
fragmentos vegetais
da planta- mãe
infectada junto às
semente
Transformam o ovário
da flor em galhas,
misturando-se às
sementes produzidas.
Em pequenas cavidades das
sementes de cereais e de
gramíneas.
Na região do hilo e em
lesões.
Na forma de cistos,
aderidos às sementes.
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Princípios Gerais no Controle
de Fitodoenças
Eliminação
Redução
Prevenção
Patógenos não
introduzidos
Patógenos já
Introduzidos
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Controle Preventivo - Legislação
A produção, o comércio, a exportação, a importação e outras
atividades relacionadas a sementes e mudas no Brasil são
regidas pela Lei 10.711/03, que instituiu o Sistema Nacional
de Sementes e Mudas, regulamentada pelo Decreto
5.153/04.
Para produzir, exportar, importar sementes ou mudas é
necessário estar inscrito no Registro Nacional de Sementes
e Mudas: RENASEM, alem do Registro Nacional de
Cultivares: RNC.
Os procedimentos para a exportação e importação de
sementes e mudas são detalhados na Instrução Normativa
50/06. A importação e exportação de qualquer quantidade
de sementes ou mudas precisam de autorização prévia do
Ministério da Agricultura, inclusive para os materiais
despachados via postal e aqueles transportados por
passageiros em trânsito internacional.
http://www.agricultura.gov.br/vegetal/sementes-
Certificados de Sanidade de Sementes
Certificados Domésticos
Certificado Fitossanitário
de Origem - CFO
Emitido por autoridades
credenciadas
Boletim de Análise
Sanitária de Sementes
Emitido por Laboratórios
Credenciados pelo
Ministério da Agricultura
Particulares ou públicos
Certificado ROMA (1951)
Emitido para fins de
quarentena vegetal
Certificados de Qualidade
de Sementes no Geral
Credenciados pela:
Associação Internacional
de Ensaios de Sementes
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Certificados Emitidos pelo ISTA
ORANGE
Emitido para lotes amostrados,
analisados e selados em um único país;
GREEN
Emitido para lotes amostrados e selados
em um país, porém testados e
certificados em outro;
BLUE
Emitido em casos em que os
certificados anteriores não podem ser
usados sendo o resultado da análise
referente apenas à amostra testada.
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Medidas de Controle Preventivo
Escolha de variedades com maior
resistência às doenças.
Escolha de áreas e épocas de
cultivo apropriadas.
Aquisição e uso de sementes
sadias.
Fase de Pré-Plantio
- Soja (Resistente ao
cancro da haste)
- Feijão (Resistente
ao Vírus do Mosaico
Comum).
MAPA, 2009 | Machado, 200
Medidas de Controle Preventivo
Fase de Campo
Tratos culturais corretos para
cada espécie.
Colheita e transporte sob
controle.
Rotação de culturas.
- Espaçamento;
- Densidade de
semeadura;
- Manejo de plantas;
invasoras, (roguing);
- Nutrição correta.
- Regulagem de
equipamentos;
- Hora de colheita
(ausência de orvalho ou
sem umidade de
chuvas);
- Cuidados no transporte
(sem traumas físicos na
operação).
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Medidas de Controle Preventivo
Fase Pós Colheita
Beneficiamento (medidas
separatórias)
Limpeza das máquinas, equipamentos e
locais (controle do ambiente de
armazenamento).
Inativação de inóculo de alguns
patógenos.
Indexação do perfil de qualidade
do lote a ser comercializado;
Podem ser removidos nesta etapa:
Inoculo, fragmentos vegetais,
sementes de outras espécies e
torrões passiveis de contaminações.
Aeração com monitoramento
da temperatura e umidade
atmosférica.
MAPA, 2009 | Machado, 2009
Controle Biológico
Fitoenfermidade
Hospedeiro
Agentes
Patogênicos
Ecossistema
• Germinação,
• Emergência,
• Emissão de raízes
• Brotos.
• Interferência Humana
• Seleção de Agentes
Antagonistas
• Microbiolização
AGRIOS, G.N. (1997)
Potenciais Agentes
Antagônicos e Seus
Mecanismos de Ação
• Ser geneticamente estável;
• Ser efetivo a baixas concentrações;
• Não ser exigente em requerimentos
nutricionais;
• Ter habilidade para sobreviver sob
condições adversas;
• Ser eficiente contra uma vasta gama
de patógenos em várias hospedeiras;
Antibiose
Competição
Parasitismo
Predação
Indução de Resistencia
Promoção de Crescimento
MICHEREFF, S.J, 2000 - UFRPE
Fotos: Leonado M. Brauna - UNB
Antibiose:
Bacillus sp
x
Colletotrichum sp
Metabolitos
Secundários:
Bacillus sp
x
Curvularia sp
Albuquerque et al , 2012
Tratamentos:
- 5 isolados de T. Asperellum
- Pencycuron (Fungicida)
- Água (Testemunha)
Inoculação:
Rizoctonia solani – 25 dias depois do
transplante
Microbiolização da Semente – Preventivo
1° Pulverização aos 57 dias – Preventivo
2° Pulverização aos 66 dias - Curativo
Termoterapia no Tratamento de
Sementes
 Emprega, como veículo de transferência de calor, a água,
o ar seco ou o vapor.
Umidade, dormência, idade, vigor,
presença de injurias, sensibilidade quanto
ao calor
Dhingra et al, 1980
Tempo de exposição x temperatura
Características
 método não poluente;
 ação erradicante de infecções profundas;
 ausência de efeito ou proteção residual após o tratamento;
 método limitado a algumas espécies e a pequenos volumes de
sementes;
 exigente em equipamentos de maior precisão;
 necessidade de tratamento químico complementar;
 deterioração mais rápida durante o armazenamento.
Dhingra et al, 1980
Calor Úmido
Pré-aquecimento
(5 e 8oC)
 Imersão em temperatura de 49 e 52oC, por um
tempo de 15 a 30 minutos.
Hortaliças:
Aipo, alface,
cenoura,
crucíferas,
espinafre,
pepino,
pimenta e
tomate.
Dhingra et al, 1980
Calor Seco
 Secadores ou estufas
 90°-100 °C / 12 h
 menos danos as sementes por ao haver rompimento do
tegumento
Sementes de algodoeiro (Colletotrichum gossypii), Cistos
em beterraba açucareira (Heterodera schachtii), estacas
de cana-de-açúcar contra o raquitismo da soqueira, etc
Dhingra et al, 1980
Tratamento Com Energia Solar
 Geralmente empregado para sementes de cereais em
países com verão quente.
Dhingra et al, 1980
Foto: Jaime Roberto Fonseca
Controle Com Óleos Essenciais e
Extratos Vegetais
 Utilizados até a metade do século XIX para o controle
de pragas e doenças agrícolas
Os principais usos: controle de pragas e doenças,
repelentes de insetos, indução de resistência nas plantas,
com propriedades herbicidas inibidores da germinação de
sementes de plantas daninhas.
(BIASI; DESCHAMPS, 2009).
 Morais et al. (2008) avaliaram a inibição do fungo
Cladosporium sp. pelo óleo de Cymbopogon flexuosus
em sementes de feijão;
 Jardinetti et al. (2011) verificaram que o efeito de
óleos essenciais de eucalipto, capim limão e tomilho
apresentaram redução da incidência de Fusarium sp.
e Aspergillus spp. na semente e plântula de milho.
Mecanismos de Ação
Estrutura da parede celular
Desnaturação e coagulação de proteínas
Permeabilidade da membrana plasmática
Quitosana
Quitina presente em invertebrados marinhos, insetos,
fungos e leveduras (Mathur; Narang, 1990).
Mecanismos de Ação
 Inibir as proteinases, promover a lignificação (TERRY;
JOYCE, 2004)
 Alterar o metabolismo das fitoalexinas (MAZARO et al.,
2008)
 Induzir a formação de compostos fenólicos (BAUTISTA-
BAÑOS et al., 2006)
 Ativar as enzimas quitinases e beta-1,3-glucanases
(ZHANG; QUANTICK, 1998)
Sementes Resistentes
 Soja (Resistente ao cancro da haste (Diaporthe
phaseolorum f. sp. Meridionalis)
 Mancha olho de rã (Cercospora sojina)
agrolink.com
 Feijão (Resistente ao Vírus do Mosaico Comum)
Foto: Josias Corrêa de Faria
Consequências do Uso de Sementes
Contaminadas
Introdução Aleatória e Precoce de
Fonte de Inóculo Primário
Pinto et al. 2001
J. C Machado- UFLA
Reis et al. 1995
- Cercospora kikuchii
- Colletotrichum truncatum
- Phomopsis
- Fusarium
http://paginas.cav.udesc.br/a2rtc/public_html/4%20ControleSementesGr%E3oVermelhos.ppt
Infecção das
vagens e
sementes
http://paginas.cav.udesc.br/a2rtc/public_html/4%20ControleSementesGr%E3oVermelhos.ppt
-
Fusarium
- Pythium
Oosporos de Pythium em
tecido radicular infectado
http://paginas.cav.udesc.br/a2rtc/public_html/4%20ControleSementesGr%E3oVermelhos.ppt
Exemplo 1: Trigo x B. sorokiniana
 Lote de sementes de trigo com 30% de incidência de B.
sorrkiniana (analise de laboratório)
 Taxa de transmissão de B. sorokiniana: 71% para coleóptilos
(Forcelini, 1992)
 Densidade de semeadura: 350 sementes por m2
 Emergência de coleóptilos infectados por m2: 74,5 coleóptilos
 Produção de conídios de coleóptilos (na quarta semana após
semeadura): 3.268 (Reis e Forcelini, 1993)
Produção de conídios por m2: 243.466
Resultado: De acordo com esses dados o patógeno está presente
na lavoura e, dependendo das praticas culturais utilizadas e das
condições climáticas predominantes após a semeadura, pode
acorrer epidemia da manha-marrom nos primeiros estádios de
desenvolvimento da planta.
Hibrido de milho com 20% de incidência de F. vertillioides
(analise de laboratório)
Taxa de transmissão de F. vertillioides: 23,6% para mesocótilo
(Sartori et al., 2004)
Densidade de semeadura: 55.000 plantas por hectare
Plantas infectadas por hectare: 2.696
Exemplo 2: Milho x F. verticillioides
Resultado: Presença do patógeno na lavoura. Dependendo das
práticas culturais utilizadas e das condições climáticas até a
maturação/colheita, podem ocorrer problemas de podridão da
base do colmo, acamamento ou morte precoce da planta, com
reflexos no rendimento dos grãos, e podridão da espiga
provocando redução da qualidade e quantidade de grãos ou
semente colhida.
Falhas Na Legislação
ARP
 Análises laboratoriais
 Certificações
 Quarentena
Instrução Normativa Nº 6/2005
Artigo 5º (Produtos tradicionalmente importados)
Tobaco rattle vírus (TRV)
 Transmitido por sementes de tomate (BRUUN-RASMUSSEN;
SUNDELIN, 2001);
 Infecta mais de 100 hospedeiros em condições naturais e
mais de 400 em laboratório;
 Presente em 13 dos 14 (Israel) países que exportam
sementes para o Brasil.
 Uma vez introduzido o vírus é transmitido por nematoides
dos gêneros Trichodorus e Paratrichodorus e plantas do
gênero Cuscuta.
Foliar symptoms associated with TRV infection of potato cv.
Russet Norkota and peony.
http://www.apsnet.org/publications/imageresources/Pages
/Tobaccorattleviruspeony.aspx
http://www.plantmanagementnetwork.org/pub/php/brie
f/2007/potato/
Strawberry latent ringspot virus
(SLRV)
Normativa Nº 52/2007 consta como praga quarentenária
ausente;
Tem como alguns hospedeiros o tomate, a couve-flor, o
melão e a melancia;
Segundo o MDIC (AliceWeb) de 2006 a 2014, o Brasil
importou 1 tonelada de sementes de melão da Espanha.
Conclusão
 O manejo integrado no tratamento de sementes ainda é
o melhor caminho a seguir, uma vez que, nem sempre é
possível tratar com eficiência determinado produto sem
a utilização do químico.
 A legislação brasileira oferece brechas que podem
causar prejuízos a agricultura nacional.
Obrigado.
albuquerque.carlos@hotmail.com
davidvitor.vitor@gmail.com

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Controle Alternativo na Patologia de Sementes

  • 1. Controle Alternativo na Patologia de Sementes Carlos Alberto C. Albuquerque David Vitor dos Santos
  • 2. Tratamentos e Controles Roteiro Patógenos Associados as Sementes Danos na Produção Preventivo Biológico Físico Genético Extratos Vegetais Perspectivas Futuras Principais Obstáculos Densidade de Disseminação de Patógenos
  • 3. Considerações Iniciais Organismos de Campo Organismos de Armazenamento Bactérias VírusFungos Nematoides Machado et al. 2009 > <
  • 4. Danos expressivos Cultivo Redução do poder germinativo e nível de vigor Introdução precoce e aleatória de focos de infecção nas áreas de plantio Necessidade de aplicação extra de produtos fitossanitários Formação de sementes anormais Produções menores Inutilização temporária de áreas para o cultivo de algumas espécies vegetais Seleção de Populações mais Virulentas Pós Colheita Contaminação de máquinas e equipamentos de beneficiamento Disseminaçao de Patogenos a longas distancias Meio de perpetuação de doenças entre gerações Deterioração durante o período de armazenamento Neergaard (1977), Zambolim (2005).
  • 5. Fungos Associados a Sementes Fungos Biotróficos Inferiores Oomycota Penomospora Plasmospara Sclerospora Superiores Basidiomycota Ustilago Tilletia Ustilago tritici Carvão do Trigo Machado (2000) Fotos: UFRS
  • 6. Inferiores Rhizopus Cochliobolus Didymella Giberella Glomerella Nectria Mycosphaerella Sclerotinia Aspergillus Penicillium Verticillium Acremonium Fusarium Gerlachia Colletotrichum Ascochita Botryodiplodia Macrophomina Phoma Phomopsis Strnocarpella Stagnospora Superiores Ascomycotina | Mitosporicos Fungos Associados a Sementes Fungos Necrotróficos Alternaria Bipolaris Dreschslera Trichoconiella Pyricularia Cercospora Basidiomycotina Thanathephorus (Rizoctonia) Machado (2000) e Menten et al, (2005).
  • 7. A) Escleródios de Sclerotinia sclerotiorum junto de sementes de soja; B) Conídios de Alternaria zinniae aderidos à semente de zínia; C) Crosta de oósporos de Peronospora manshurica na superfície de sementes de soja; D) Embrião do trigo com hifas de U. tritici . A B CD Diferentes Maneiras de Associação Fotos 1A, 1B e 1C de Prof. J.C. Machado (UFLA) e Foto 1D de Dr.S.B. Mathur (Dinamarca)
  • 8. Associação de Bactérias as Sementes REINO DIVISÃO CLASSE ATRIBUTO FAMILIA GÊNERO Graciculites Proteobacteria Não fotossintética Enterobacteriaceae Erwinia Gram negativa Pseudomonodaceae Acidovorax Procaryotae Pseudomonas Xanthomonas Rhizobiaceae Agrobacterium Firmiculites Thallobacteria Gram positiva Streptomyces Clavibacter Curtobacterium MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 9. Associação de Bactérias as Sementes Externamente Ocorrência na Cultura Maturação da Semente Internamente Funículo Respingos de chuva, água e irrigação Através das flores, da invasão pelo sistema vascular ou durante o desenvolvimento e maturação de frutos e vagens. MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 10. Sintomas de Bacterioses Crestamento Bacteriano Comum Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli Murcha de Curtobacterium Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens Fotos: Adriane Wendland
  • 11. Vírus Associados as Sementes Ácido Nucléico Famílias Comoviridae Fabavirus Nepovirus e Comovirus, ao qual pertence a espécie Squash mosaic vírus (SqMV), transmitido por sementes de Cucumis melo e Cucurbita sp ssRNA (+) Potyviridae Rymovirus, Macluravirus, Tritimovirus, Ipomovirus, Bymovirus e Potyvirus onde se encontram as espécies Bean common mosaic virus (BCMV) e Lettuce mosaic virus (LMV), transmitidas por sementes de feijão e de alface, respectivamente. Não Classificadas Soemovirus, Idaeovirus, Umbravirus, Ourmiavirus, Tobravirus, Hordeivirus, Furovirus, Pomovirus, Pecluvirus, Benyvirus e Tobamovirus, onde se encontram as espécies Tobacco mosaic vírus (TMV), Tomato mosaic virus (ToMV) e Pepper mild mottle virus (PMMoV), transmitidas por sementes de espécies de Capsicum sp. TMV e ToMV são também transmitidas por sementes de tomate. Há ainda os gêneros propostos Cheravirus e SadwavirusM.A. Mayo & A.A. Brunt – 2005
  • 12. Mecanismos de Transmissão dos Vírus nas Sementes Contaminação da plântula • Meios mecânicos • Resíduos dessecados das polpas e dos frutos Contaminação do Embrião • Plantas Jovens • Gametas Masculinos -> Grãos de pólen M.A. Mayo & A.A. Brunt – 2005 | MAPA, 2009
  • 13. Associação de Nematoides as Sementes Classe SECERNENTEA Sub-classe DIPLOGASTERIA Ordem TYLENCHIDA Famílias APHELENCHODIDAE ANGUINIDAE HETERODERIDADE Gêneros Aphelenchoides Anguina Ditylenchus Heterodera besseyi tritici dipsaci glycine Machado et al , 2009 |
  • 14. Associação de Nematoides nas Sementes No interior: abrigados entre a casca e o endosperma. Associados à fragmentos vegetais da planta- mãe infectada junto às semente Transformam o ovário da flor em galhas, misturando-se às sementes produzidas. Em pequenas cavidades das sementes de cereais e de gramíneas. Na região do hilo e em lesões. Na forma de cistos, aderidos às sementes. MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 15. Princípios Gerais no Controle de Fitodoenças Eliminação Redução Prevenção Patógenos não introduzidos Patógenos já Introduzidos MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 16. Controle Preventivo - Legislação A produção, o comércio, a exportação, a importação e outras atividades relacionadas a sementes e mudas no Brasil são regidas pela Lei 10.711/03, que instituiu o Sistema Nacional de Sementes e Mudas, regulamentada pelo Decreto 5.153/04. Para produzir, exportar, importar sementes ou mudas é necessário estar inscrito no Registro Nacional de Sementes e Mudas: RENASEM, alem do Registro Nacional de Cultivares: RNC. Os procedimentos para a exportação e importação de sementes e mudas são detalhados na Instrução Normativa 50/06. A importação e exportação de qualquer quantidade de sementes ou mudas precisam de autorização prévia do Ministério da Agricultura, inclusive para os materiais despachados via postal e aqueles transportados por passageiros em trânsito internacional. http://www.agricultura.gov.br/vegetal/sementes-
  • 17. Certificados de Sanidade de Sementes Certificados Domésticos Certificado Fitossanitário de Origem - CFO Emitido por autoridades credenciadas Boletim de Análise Sanitária de Sementes Emitido por Laboratórios Credenciados pelo Ministério da Agricultura Particulares ou públicos Certificado ROMA (1951) Emitido para fins de quarentena vegetal Certificados de Qualidade de Sementes no Geral Credenciados pela: Associação Internacional de Ensaios de Sementes MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 18. Certificados Emitidos pelo ISTA ORANGE Emitido para lotes amostrados, analisados e selados em um único país; GREEN Emitido para lotes amostrados e selados em um país, porém testados e certificados em outro; BLUE Emitido em casos em que os certificados anteriores não podem ser usados sendo o resultado da análise referente apenas à amostra testada. MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 19. Medidas de Controle Preventivo Escolha de variedades com maior resistência às doenças. Escolha de áreas e épocas de cultivo apropriadas. Aquisição e uso de sementes sadias. Fase de Pré-Plantio - Soja (Resistente ao cancro da haste) - Feijão (Resistente ao Vírus do Mosaico Comum). MAPA, 2009 | Machado, 200
  • 20. Medidas de Controle Preventivo Fase de Campo Tratos culturais corretos para cada espécie. Colheita e transporte sob controle. Rotação de culturas. - Espaçamento; - Densidade de semeadura; - Manejo de plantas; invasoras, (roguing); - Nutrição correta. - Regulagem de equipamentos; - Hora de colheita (ausência de orvalho ou sem umidade de chuvas); - Cuidados no transporte (sem traumas físicos na operação). MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 21. Medidas de Controle Preventivo Fase Pós Colheita Beneficiamento (medidas separatórias) Limpeza das máquinas, equipamentos e locais (controle do ambiente de armazenamento). Inativação de inóculo de alguns patógenos. Indexação do perfil de qualidade do lote a ser comercializado; Podem ser removidos nesta etapa: Inoculo, fragmentos vegetais, sementes de outras espécies e torrões passiveis de contaminações. Aeração com monitoramento da temperatura e umidade atmosférica. MAPA, 2009 | Machado, 2009
  • 22. Controle Biológico Fitoenfermidade Hospedeiro Agentes Patogênicos Ecossistema • Germinação, • Emergência, • Emissão de raízes • Brotos. • Interferência Humana • Seleção de Agentes Antagonistas • Microbiolização AGRIOS, G.N. (1997)
  • 23. Potenciais Agentes Antagônicos e Seus Mecanismos de Ação • Ser geneticamente estável; • Ser efetivo a baixas concentrações; • Não ser exigente em requerimentos nutricionais; • Ter habilidade para sobreviver sob condições adversas; • Ser eficiente contra uma vasta gama de patógenos em várias hospedeiras; Antibiose Competição Parasitismo Predação Indução de Resistencia Promoção de Crescimento MICHEREFF, S.J, 2000 - UFRPE
  • 24. Fotos: Leonado M. Brauna - UNB
  • 26. Tratamentos: - 5 isolados de T. Asperellum - Pencycuron (Fungicida) - Água (Testemunha) Inoculação: Rizoctonia solani – 25 dias depois do transplante Microbiolização da Semente – Preventivo 1° Pulverização aos 57 dias – Preventivo 2° Pulverização aos 66 dias - Curativo
  • 27. Termoterapia no Tratamento de Sementes  Emprega, como veículo de transferência de calor, a água, o ar seco ou o vapor. Umidade, dormência, idade, vigor, presença de injurias, sensibilidade quanto ao calor Dhingra et al, 1980 Tempo de exposição x temperatura
  • 28. Características  método não poluente;  ação erradicante de infecções profundas;  ausência de efeito ou proteção residual após o tratamento;  método limitado a algumas espécies e a pequenos volumes de sementes;  exigente em equipamentos de maior precisão;  necessidade de tratamento químico complementar;  deterioração mais rápida durante o armazenamento. Dhingra et al, 1980
  • 29. Calor Úmido Pré-aquecimento (5 e 8oC)  Imersão em temperatura de 49 e 52oC, por um tempo de 15 a 30 minutos. Hortaliças: Aipo, alface, cenoura, crucíferas, espinafre, pepino, pimenta e tomate. Dhingra et al, 1980
  • 30. Calor Seco  Secadores ou estufas  90°-100 °C / 12 h  menos danos as sementes por ao haver rompimento do tegumento Sementes de algodoeiro (Colletotrichum gossypii), Cistos em beterraba açucareira (Heterodera schachtii), estacas de cana-de-açúcar contra o raquitismo da soqueira, etc Dhingra et al, 1980
  • 31. Tratamento Com Energia Solar  Geralmente empregado para sementes de cereais em países com verão quente. Dhingra et al, 1980 Foto: Jaime Roberto Fonseca
  • 32.
  • 33.
  • 34. Controle Com Óleos Essenciais e Extratos Vegetais  Utilizados até a metade do século XIX para o controle de pragas e doenças agrícolas Os principais usos: controle de pragas e doenças, repelentes de insetos, indução de resistência nas plantas, com propriedades herbicidas inibidores da germinação de sementes de plantas daninhas. (BIASI; DESCHAMPS, 2009).
  • 35.  Morais et al. (2008) avaliaram a inibição do fungo Cladosporium sp. pelo óleo de Cymbopogon flexuosus em sementes de feijão;  Jardinetti et al. (2011) verificaram que o efeito de óleos essenciais de eucalipto, capim limão e tomilho apresentaram redução da incidência de Fusarium sp. e Aspergillus spp. na semente e plântula de milho.
  • 36.
  • 37.
  • 38. Mecanismos de Ação Estrutura da parede celular Desnaturação e coagulação de proteínas Permeabilidade da membrana plasmática
  • 39. Quitosana Quitina presente em invertebrados marinhos, insetos, fungos e leveduras (Mathur; Narang, 1990).
  • 40. Mecanismos de Ação  Inibir as proteinases, promover a lignificação (TERRY; JOYCE, 2004)  Alterar o metabolismo das fitoalexinas (MAZARO et al., 2008)  Induzir a formação de compostos fenólicos (BAUTISTA- BAÑOS et al., 2006)  Ativar as enzimas quitinases e beta-1,3-glucanases (ZHANG; QUANTICK, 1998)
  • 41. Sementes Resistentes  Soja (Resistente ao cancro da haste (Diaporthe phaseolorum f. sp. Meridionalis)  Mancha olho de rã (Cercospora sojina) agrolink.com
  • 42.  Feijão (Resistente ao Vírus do Mosaico Comum) Foto: Josias Corrêa de Faria
  • 43. Consequências do Uso de Sementes Contaminadas
  • 44. Introdução Aleatória e Precoce de Fonte de Inóculo Primário Pinto et al. 2001
  • 46. Reis et al. 1995
  • 47. - Cercospora kikuchii - Colletotrichum truncatum - Phomopsis - Fusarium http://paginas.cav.udesc.br/a2rtc/public_html/4%20ControleSementesGr%E3oVermelhos.ppt
  • 49. - Fusarium - Pythium Oosporos de Pythium em tecido radicular infectado http://paginas.cav.udesc.br/a2rtc/public_html/4%20ControleSementesGr%E3oVermelhos.ppt
  • 50. Exemplo 1: Trigo x B. sorokiniana  Lote de sementes de trigo com 30% de incidência de B. sorrkiniana (analise de laboratório)  Taxa de transmissão de B. sorokiniana: 71% para coleóptilos (Forcelini, 1992)  Densidade de semeadura: 350 sementes por m2  Emergência de coleóptilos infectados por m2: 74,5 coleóptilos  Produção de conídios de coleóptilos (na quarta semana após semeadura): 3.268 (Reis e Forcelini, 1993)
  • 51. Produção de conídios por m2: 243.466 Resultado: De acordo com esses dados o patógeno está presente na lavoura e, dependendo das praticas culturais utilizadas e das condições climáticas predominantes após a semeadura, pode acorrer epidemia da manha-marrom nos primeiros estádios de desenvolvimento da planta.
  • 52. Hibrido de milho com 20% de incidência de F. vertillioides (analise de laboratório) Taxa de transmissão de F. vertillioides: 23,6% para mesocótilo (Sartori et al., 2004) Densidade de semeadura: 55.000 plantas por hectare Plantas infectadas por hectare: 2.696 Exemplo 2: Milho x F. verticillioides
  • 53. Resultado: Presença do patógeno na lavoura. Dependendo das práticas culturais utilizadas e das condições climáticas até a maturação/colheita, podem ocorrer problemas de podridão da base do colmo, acamamento ou morte precoce da planta, com reflexos no rendimento dos grãos, e podridão da espiga provocando redução da qualidade e quantidade de grãos ou semente colhida.
  • 54. Falhas Na Legislação ARP  Análises laboratoriais  Certificações  Quarentena Instrução Normativa Nº 6/2005 Artigo 5º (Produtos tradicionalmente importados)
  • 55. Tobaco rattle vírus (TRV)  Transmitido por sementes de tomate (BRUUN-RASMUSSEN; SUNDELIN, 2001);  Infecta mais de 100 hospedeiros em condições naturais e mais de 400 em laboratório;  Presente em 13 dos 14 (Israel) países que exportam sementes para o Brasil.  Uma vez introduzido o vírus é transmitido por nematoides dos gêneros Trichodorus e Paratrichodorus e plantas do gênero Cuscuta.
  • 56. Foliar symptoms associated with TRV infection of potato cv. Russet Norkota and peony. http://www.apsnet.org/publications/imageresources/Pages /Tobaccorattleviruspeony.aspx http://www.plantmanagementnetwork.org/pub/php/brie f/2007/potato/
  • 57. Strawberry latent ringspot virus (SLRV) Normativa Nº 52/2007 consta como praga quarentenária ausente; Tem como alguns hospedeiros o tomate, a couve-flor, o melão e a melancia; Segundo o MDIC (AliceWeb) de 2006 a 2014, o Brasil importou 1 tonelada de sementes de melão da Espanha.
  • 58. Conclusão  O manejo integrado no tratamento de sementes ainda é o melhor caminho a seguir, uma vez que, nem sempre é possível tratar com eficiência determinado produto sem a utilização do químico.  A legislação brasileira oferece brechas que podem causar prejuízos a agricultura nacional.

Notes de l'éditeur

  1. Tempo de exposição x temperatura
  2. Tratamento Físico de sementes
  3. Hortaliças: Aipo, alface, cenoura, cricíferas, espinafre, pepino, pimenta e tomate.
  4. Sementes de algodoeiro (Colletotrichum gossypii), Cistos em beterraba açucareira (Heterodera schachtii)
  5. Fermentação anaeróbica
  6. Controle com óleos essenciais e extratos vegetais
  7. Principais mecanismos de ação
  8. Quitosana
  9. Modo de ação
  10. agrolink.com
  11. Pinto et al. 2001
  12. J. C Machado- UFLA
  13. Exemplo 1: Trigo x B. sorrokiniana
  14. Milho x F. verticillioides
  15. Instrução Normativa Nº 6/2005
  16. Uma vez introduzido o vírus é transmitido por nematoides dos gêneros trichodorus e Paratrichodorus e plantas do gênero Cuscuta.
  17. Segundo o MDIC (AliceWeb) de 2006 a 2014, o Brasil importou 1 tonelada de sementes de melão da Espanha.
  18. A legislação brasileira oferece brechas que podem causar prejuízos a agricultura nacional.
  19. Obrigado.