Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Movimento Literário Realismo
1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ.
Título: Importância de Machado de Assis no Movimento Literário Realismo brasileiro.
Disciplina: Língua Portuguesa.
Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva.
Alunos: Ana Carolina Borges Cruz Nº 3
Ana Paula Sales Nº 4
David Ferreira de Souza Nº 14
Série: 2º Ano do Ensino Médio A
Jacareí
2014.
2. SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO................................................................................................ 3
2. O REALISMO BRASILEIRO ......................................................................... 5
2.1 Movimento literário e o contexto histórico................................................... 5
2.1.1 Realismo crítica ao Romantismo.............................................................. 6
2.1.2 Valorização do Realismo.......................................................................... 7
2.2 Movimento Literário Realismo no Brasil...................................................... 8
2.3 Ênfase de Machado de Assis..................................................................... 10
2.3.1 Quem é Machado de Assis? .................................................................. 10
2.3.2 A importância de Machado de Assis no Realismo nacional.................... 11
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 13
4. REFERÊNCIA............................................................................................... 14
3. 1.INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir apresentará a importância de Machado de Assis no
Movimento Literário Realismo brasileiro, com intuito de responder as seguintes
questões de pesquisa "Destacar a importância de Machado de Assis no Movimento
Literário Realismo brasileiro" e "Mostrar as características realistas nas obras
machadianas", que serão respondidas no desenvolver do trabalho com base no
tema “A chegada do Movimento Literário Realismo na sociedade brasileira no século
XIX e importância de Machado de Assis na literatura nacional”.
O objetivo deste trabalho, então, é apresentar a proposta sugerida pela
professora de Língua Portuguesa, Maria Piedade Teodoro da Silva, em relação ao
Movimento Literário Realismo, destacando sua importância na chegada ao Brasil e
expondo as criticas contra o Movimento Literário Romantismo.
4. 2. O REALISMO BRASILEIRO
2.1 Movimento Literário Realismo e o contexto histórico
Entende-se por o Movimento Literário Realismo um estilo de escrita que toma
a realidade como princípio orientador de criação artística por meio da palavra. Neste
sentido, o Realismo pode ser percebido em texto de qualquer época, desde as
primeiras manifestações da humanidade até hoje; mas, como movimento
relativamente organizado, começou na segunda metade do século XIX, na França,
difundindo-se por todos os países da Europa, com oposição declarada, ou não, ao
sentimento romântico.
O movimento realista, portanto, correspondeu à ascensão da pequena
burguesia. O pensamento filosófico que exerceu mais influência no surgimento do
realismo foi o positivismo. Ao contrário do gosto da alta burguesia, interessada no
jogo vazio das formas artísticas a "arte pela arte", motivou-a uma arte voltada a
solução dos problemas sociais, isto é, uma arte "engajada" de compromissos, que
se colocava também contra o tradicionalismo romântico e procurava incorporar os
descobrimentos científicos de seu tempo. O Naturalismo é uma espécie de
prolongamento do realismo. Não chegaram a ser movimentos literários distintos,
tanto é que muitos autores são simultaneamente realistas e naturalistas, sendo o
naturalismo cronologicamente posterior ao realismo. Para muitos, o Realismo
representava uma alternativa do que era visto como um isolamento ou mesmo um
elitismo da vanguarda ponto de vista que ganhou apoio a partir da adoção do
realismo socialista como a forma oficial de arte da União Soviética. Contudo, outras
vozes insistiam em que a vanguarda possuía um papel a exercer no
desenvolvimento de um realismo moderno adequado às condições do século XX.
O Realismo Moderno tem como seus principais autores Edward Carr e Hans
Morgenthau. Estes teóricos interligam seus postulados com as premissas do
realismo Clássico, sendo este pilar de sustentação da vertente moderna da tradição
realista.
5. Realismo não só foi moldado como uma importante escola e períodos da
história da literatura, mas também foi uma constante de toda a literatura, a sua
primeira formulação teórica foi o princípio da Poética de Aristóteles. Em geral, os
realistas retratavam temas e situações em contextos contemporâneos do cotidiano,
e tentaram descrever indivíduos de todas as classes sociais de uma maneira similar.
O idealismo clássico, o emocionalíssimo romântico e drama foram evitados de forma
igual, e muitas vezes os sórdidos ou não cuidados elementos de temas não foram
suavizados ou omitidos. O Realismo social enfatiza a representação da classe
trabalhadora, e os tratam com a mesma seriedade que as outras classes de arte,
mas o realismo, como prevenção a artificialidade, no tratamento das relações
humanas e as emoções também eram um objetivo do realismo. Tratamentos de
assuntos de uma maneira heroica ou sentimental foram igualmente rejeitados.
2.1.1 Realismo crítica ao Romantismo
O Movimento Literário Realismo teve início pela crítica ao Movimento Literário
Romantismo, aproximadamente em 1860 pelos portugueses. No Brasil esse
movimento chegou no século XIX pelos acontecimentos marcados no país, tais
como Abolição da escravatura.
No Brasil, o principal representante da prosa realista é o escritor Machado de
Assis. Os romances da fase mais experiente do escritor são considerados realistas,
pois desmascaram os relacionamentos em que interesses sócias estão presentes, e
também o conto machadiano dessa época vem sendo analisado pelo lado
psicológico.
Com essa fase realista Machado de Assis foi considerado o maior escritor
brasileiro de todos os tempos, pela crítica ao Romantismo. O escritor brasileiro, foi
introdutor do realismo no Brasil, com a publicação da obra “Memórias Póstumas de
Brás Cubas” em 1881, tendo presente evidentes característica escritas de maneira
realista, a ironia.
6. As características objetivas dentro do Realismo brasileiro são como a
negação do Romantismo, o materialismo substituído pelo sentimento, e a presença
da própria realidade.
Esse movimento era usado como critica a burguesia e seu comportamento; o
Romantismo, logo, teve no Realismo senão um fenômeno opositor, pelo menos um
fenômeno contestador da forma de o “Romantismo” ver e expor o mundo.
No Realismo o herói, ou melhor, a personagem de destaque, principal, era
sempre uma figura que retratava alguma realidade, seguindo o fervor da exatidão,
ou seja, toda descrição deveria ser exata quando se comparada com a realidade. A
realidade deveria ser retratada tal como era, sem visões românticas ou com fundo
de moral. Daí as constantes críticas a instituições, quer políticas, quer religiosas. Em
países como a França, por exemplo, o Romantismo teve uma importância
fundamental em um maior entendimento de sua sociedade.
O Realismo, como fenômeno literário teve início a partir de uma série de
desagravos e debates principalmente em torno do esgotamento do Romantismo,
mas também gerados por questões disciplinares impostas aos alunos da
Universidade de Coimbra. Esses alunos que protestavam liam as mais recentes
obras literárias de então, que estavam repletas de ideias liberais, logo uma disciplina
clerical não era por eles admitida. Foi por isso que, na cerimônia solene de
distribuição das premiações acadêmicas de 1862, mal o reitor iniciou o discurso com
as palavras sacramentais “Mocidade acadêmica”, a citada mocidade acadêmica lhe
voltou às costas, saiu em bloco da sala e foi para o Pátio dos Gerais protestar.
2.1.2 Valorização do Realismo
Em meados do século XIX, ocorreu na Europa uma forte reação à estética
romântica. Artistas e escritores passavam a buscar uma linguagem capaz de
abordar de modo mais “real” a vida cotidiana de ricos e pobres. Cenas comuns, em
que pessoas anônimas trabalhavam ou se relacionavam entre si, começaram a
aparecer em textos literários e em diversas formas de arte, sobretudo na pintura. As
características da literatura realista se contrapõem com as românticas. As
7. características da literatura realista se contrapõem com as românticas. Os cenários
passaram a ser urbanos e o ambiente social passou a ser valorizado ao invés do
natural. O amor e o casamento, os quais eram elementos de felicidade no
Romantismo, transformaram-se em convenções sociais de aparência. Não houve
uma idealização da figura masculina como herói e sim uma exposição do homem
que trabalha e que luta para sair de uma condição medíocre. O próprio nome deste
período fala a respeito de sua característica mais marcante: a realidade. A
contemporaneidade é um atributo dos autores do Realismo que se preocupavam
com o momento histórico, com o momento presente da sociedade em seus
contextos políticos e econômicos.
O Realismo representa uma reação ao subjetivismo do romantismo. Sua
radicalização rumo à objetividade sem conteúdo ideológico leva ao naturalismo.
Muitas vezes realismo e naturalismo se confundem.
A linguagem no Realismo é mais simples, sem preocupações estéticas
exacerbadas, de modo a abranger um público maior. O início da literatura realista se
dá com a publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, na França, o qual é
um espelho da realidade burguesa da época retratado na figura de uma mulher de
classe média. No Brasil, Machado de Assis inicia os ideais do Realismo com
Memórias Póstumas de Brás Cubas, o qual se trata de um romance psicológico, cuja
personagem principal é Brás Cubas, um defunto-autor que expõe ao leitor suas
experiências pessoais. (Publicado em 1881, o livro aborda as experiências de um
filho abastado da elite brasileira do século XIX, Brás Cubas. Começa pela sua morte,
descreve a cena do enterro, dos delírios antes de morrer, até retornar a sua infância,
quando a narrativa segue de forma mais ou menos linear – interrompida apenas por
comentários digressivos do narrador.)
2.2 Movimento Literário Realismo no Brasil
Na segunda metade do século XIX, o Brasil passou por mudanças políticas e
sociais marcantes. O tráfico de escravos foi extinto e a abolição da escravatura
ocorreu em 1888. A falta da mão-de-obra escrava foi substituída pelo trabalho dos
8. imigrantes europeus. Por causa do preconceito e da qualificação europeia para o
trabalho assalariado, o negro foi marginalizado socialmente.
A economia açucareira estava em decadência, enquanto o eixo econômico
deslocava-se para o Rio de Janeiro, devido ao crescimento do comércio cafeeiro
nessa evolução na indústria trouxe tecnologia às empreitadas do governo: a primeira
estrada de ferro foi construída em 1954 (ligava o Porto de Mauá à raiz da Serra da
Estrela) e logo depois, a Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em 1889 foi proclamada a República pelo partido burguês Republicano Paulista
(PRP), com a posse do primeiro presidente, o marechal Deodoro da Fonseca.
Em meio às questões sociais, econômicas e políticas pelas quais o Brasil passava, a
literatura reagia contra as propostas românticas com o surgimento do Realismo sob
influência do Positivismo.
O Positivismo, chegado da França, era uma corrente filosófica que tinha como
fundamento analisar a realidade. Logo, as produções literárias do Realismo no
Brasil, como o próprio nome já diz, estão voltadas à realidade brasileira.
Podemos apontar algumas características da literatura realista em oposição à
romântica: os cenários (focados em centros urbanos); a natureza não mais vista
como reflexo dos sentimentos, mas dando vazão ao ambiente social; o amor visto de
maneira irônica, sem exaltações, o casamento realizado para fins de ascensão
social; o trabalho como parte da vida cotidiana das personagens.
O Realismo no Brasil pode ser dividido entre as produções em prosa e poesia, nas
quais se destacam os autores: Aluísio Azevedo, Raul Pompéia e Machado de Assis.
O Realismo no Brasil tem como marco inicial a obra Memórias Póstumas de
Brás Cubas (1881), de Machado de Assis.
O Brasil, durante o período de passagem do Romantismo para o Realismo,
sofreu inúmeras mudanças. O Realismo encontrou no Brasil uma realidade propícia
para a ascensão da literatura, já que escritores como Castro Alves e José de
Alencar haviam preparado o terreno. O país havia vivenciado fatos importantes
como a Guerra do Paraguai (1864 – 1870), a campanha abolicionista, o
fortalecimento da economia agrária.
9. É, nesse contexto, que surge um dos mais importantes escritores de nossa
literatura: Machado de Assis.
2.3 Ênfase de Machado de Assis
2.3.1 Quem é Machado de Assis?
Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro, era mestiço e de
origem humilde. Cresceu sob os cuidados da madrasta Maria Inês, pois assim como
a mãe, a portuguesa Maria Leopoldina, seu pai, o mulato Francisco José de Assis,
morreu cedo. Apesar de ter frequentado escola pública e começado a trabalhar
desde cedo, alcançou boa posição como funcionário público, cargo que lhe
proporcionou tranquilidade financeira. Casado com Carolina Xavier de Novais,
Machado de Assis dedicou-se à literatura e produziu a melhor prosa brasileira do
século XIX.
Machado revela-se mais maduro a partir da publicação de Memórias
póstumas de Brás Cubas (1881); essa marca a segunda etapa de sua produção. O
escritor desenvolve uma ironia feroz, retrata um humor velado e amargo em relação
àquilo que retrata.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu pobre e doente, tinha epilepsia.
Neto de escravos alforriados, foi criado no morro do Livramento, no Rio de Janeiro.
Ajudava a família como podia, não tendo frequentado regularmente a escola. Sua
instrução veio por conta própria, devido ao interesse que tinha em todos os tipos de
leitura. Aos 16 anos empregou-se como aprendiz numa tipografia e publicou os
primeiros versos no jornal “A Marmota”.
Na década de 1870, publicou os poemas “Falenas” e “Americanas”; além dos
“Contos Fluminenses” e “Histórias da meia-noite”. O público e a crítica consagraram
seus méritos de escritor. Em 1873, o escritor foi nomeado primeiro oficial da
secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras públicas. Anos
10. depois foi nomeado diretor geral do Ministério da Viação, o que garantiu a sua
estabilidade financeira.
Nos anos de 1980, o escritor inaugurando o Realismo na literatura brasileira.
Os romances “Memórias póstumas de Brás Cubas”; “Quincas Borba”; “Dom
Casmurro” e os contos “Papéis avulsos”; “Histórias sem data”, “Várias histórias” e
“Páginas recolhidas”, entre outros, revelam o autor em sua plenitude. O espírito
crítico, a grande ironia, o pessimismo e uma profunda reflexão sobre a sociedade
brasileira são as suas marcas mais características.
O Maior escritor de todos os tempos, Machado de Assis escreveu romances,
além de ter sido importante no jornalismo. A grande transformação na literatura
machadiana, ocorreu com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, obra
de 1881, marco inicial do Realismo literário no Brasil. Escrito de forma inovadora se
comparado a romances anteriores publicados no país, Memórias póstumas traz a
figura inusitada do defunto Brás Cubas a relatar episódios de sua Vida.
2.3.2 A importância de Machado de Assis no Realismo nacional
O Realismo encontrou no Brasil uma realidade propícia para a ascensão da
literatura, já que escritores como Castro Alves e José de Alencar haviam preparado
o terreno. O país havia vivenciado fatos importantes como a Guerra do Paraguai
(1864 – 1870), a campanha abolicionista, o fortalecimento da economia agrária. É
nesse contexto que surge um dos mais importantes escritores de nossa literatura:
Machado de Assis (1839 – 1908). Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de
Janeiro, era mestiço e de origem humilde. Cresceu sob os cuidados da madrasta
Maria Inês, pois assim como a mãe, a portuguesa Maria Leopoldina, seu pai, o
mulato Francisco José de Assis, morreu cedo. Apesar de ter frequentado escola
pública e começado a trabalhar desde cedo, alcançou boa posição como funcionário
público, cargo que lhe proporcionou tranquilidade financeira. Casado com Carolina
Xavier de Novais, Machado de Assis dedicou-se à literatura e produziu a melhor
prosa brasileira do século XIX. O escritor compôs cerca de duzentos contos.
Os romances e contos anteriores à década de 1880 revelam influências
11. românticas, assim como Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876),
Iaiá Garcia (1878), Contos Fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite
(1873). Machado revela-se mais maduro a partir da publicação de Memórias
póstumas de Brás Cubas (1881); essa marca a segunda etapa de sua produção. O
escritor desenvolve uma ironia feroz, retrata um humor velado e amargo em relação
àquilo que retrata. Nessa nova fase incluem-se os romances Quincas Borba (1891),
Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Entre seus
inúmeros contos estão: “O alienista”, “A cartomante”, “Missa do galo”, “Uns braços”,
“O espelho”, “Cantiga de esponsais”, “Teoria do medalhão”, “A causa
secreta”. Machado de Assis produziu uma obra inovadora, que vem conquistando
consecutivas gerações de leitores.
Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade
do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o
casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa
fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não
padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas
Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará
que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite
com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do
mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira
negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti
a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. (ASSIS,1881)
Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha buscando o Rio de
Janeiro, Simão Bacamarte estudava por todos os lados de uma certa
ideia arrojada e nova, própria a alargar as bases da psicologia. Todo
o tempo que lhe sobrava dos cuidados da Casa Verde, era pouco
para andar na rua, ou de casa em casa, conversando as gentes,
sobre trinta mil assuntos, e virgulando as faltas de um olhar que
metia medo aos mais heroicos. (ASSIS,1890)
Príamo julga-se o mais infeliz dos homens, por beijar a mão daquele
que lhe matou o filho. Homero é que relata isto, e é um bom autor,
12. não obstante conta-lo em verso, mas há narrações exatas em verso,
e até mau verso. Compara tu a situação de Príamo com a minha; eu
acabava de louvar virtudes do homem que recebera defunto aqueles
olhos... É impossível que alguém Homero não tirasse da minha
situação muito melhor efeito, ou quando menos, igual. Nem digas
que nos faltam Homeros, pela causa apontadas em Camões; não,
senhor, faltam-nos, é certo, mas é porque os Príamos procuram a
sombra e o silêncio. As lágrimas se as têm, são enxugadas atrás da
porta, para que as caras apareçam limpas e serenas; os discursos
são antes de alegria que de melancolia, e tudo passa como se
Aquiles não matasse Heitor. (ASSIS,1889)
13. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De certa maneira, o Brasil acompanha a série de transformações que
ocorreram na Europa e que desencadearam o abandono progressivo da estética
romântica e a ascensão do realismo.
Esse movimento vem como término de um movimento que preservava a
literatura por meio de contos vinculados ao sentimentalismo. O movimento literário
Realismo vem por meio de críticas a sociedade burguesa, deixando de lado o
pensamento idealizado para novos pensamentos que dão prioridade a verdades.
No Brasil, o principal representante da prosa realista é o Machado de Assis.
Os romances da fase “madura” do escritor são considerados realistas, pois
desmascaram os interesses que estão por trás das relações sociais e analisam seus
personagens de um ponto de vista psicológico, relembramos algumas críticas do
Movimento Literário Realismo, Machado vai além disso, é um escritor que desafiou a
tradição, trazendo inovações que fazem de sua obra um marco na literatura
brasileira e ocidental.
14. 4. REFERÊNCIA
BARRETO, Ricardo Gonçalves. - Português, 2º ano: ensino médio. - Ed.1,2010. São
Paulo.
DESCONHECIDO. História de Machado de Assis. Disponível em:
<pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis#Cr.C3.ADtica >. Acesso em: 4 de dez.
2014.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Klick, 1999.
ASSIS, Machado de. O Alienista. São Paulo: Ática, 1984.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Ática, 1983.