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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE
               Departamento de Administração




         EAD-0612 Avaliação do Desempenho Organizacional




                        PROJETO




                      PROFESSOR:
               PROF. DR. FABIO LOTTI OLIVA

                          ALUNOS:

             ANDRÉ DA SILVA CROCCIA 5919491
          ANDRÉIA SIQUEIRA DE OLIVEIRA 5666322
        DIEGO CUSTODIO KLEIN 5665596


                                                           1
GABRIEL NOVAIS PIMENTA 5920541
                                      KAREN TOSTA 5920044
                             NATÁLIA BULHÕES DE ARAUJO - 5920725



                                                       SÃO PAULO
                                                          2011




SUMÁRIO



ÍNDICE DE FIGURAS............................................................................................................3
ÍNDICE DE TABELA.............................................................................................................4
ÍNDICE DE GRÁFICOS.........................................................................................................4
Resumo..............................................................................................................................5
1. Introdução...................................................................................................................6
2. Objetivos do trabalho..................................................................................................7
3.Justificativa do tema.......................................................................................................7
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................8
   4.2Ambientes.................................................................................................................8
   4.2.1 Âmbito Externo (Geral).......................................................................................10
   4.2.2Âmbito Operacional (Empresa)...........................................................................11
   4.2.3Âmbito Interno (Empresa)...................................................................................12
   4.3Modelos existentes de avaliação de desempenho organizacional........................13
   4.3.1Balanced Scorecard..............................................................................................13
   4.3.2Made-o.................................................................................................................17
   4.3.3Sigma - Sustainability Scorecard..........................................................................18
   4.3.4Skandia.................................................................................................................19
5.planos de pesquisa.......................................................................................................21
   5.2 Metodologia...........................................................................................................22
   5.3População e amostra..............................................................................................22
                                                                                                                        2
5.4Modelo adotado.....................................................................................................23
   5.5Coleta de dados......................................................................................................24
   5.6Método de análise..................................................................................................24
   5.7Limitações...............................................................................................................25
6. Questionário.............................................................................................................25
7.Análises ........................................................................................................................28
7.1.Analise das estatísticas multivariadas.......................................................................28
7.2.ANALISES ESPECÍFICA................................................................................................31
7.2.1.Entendimento geral dos drivers.............................................................................32
7.2.2.Entendimento da influência do perfil dos entrevistados.......................................33
7.2.3.Entendimento da influência do SEtor da empresa................................................41
8.Conclusão .....................................................................................................................43
9.Bibliografia ...................................................................................................................44
10. Anexos.....................................................................................................................45
10.1.Anexo 1 - Questionário ...........................................................................................45
10.2.Anexo 2 – Resultados da análise estatística............................................................48
10.3.Anexo 3 – Compilação do questionário..................................................................55




                                               ÍNDICE DE FIGURAS


Figura 1 – O porquê da avaliação de desempenho...........................................................8
Figura 2 – A Empresa e seu Ambiente Geral e Ambiente de Tarefa.................................9
Figura 3 – 5 forças de Porter...........................................................................................12
Figura 4 – Perspectivas do modelo BSC...........................................................................14
Figura 5 – Modelagem do Modelo MADE-O...................................................................18
Figura 6 – Modelo navegador Skandia............................................................................20
Figura 7 – Integridade de um questionário.....................................................................26


                                                                                                                                   3
ÍNDICE DE TABELA




Tabela 1 – Outros Modelos de Avaliação........................................................................21
Tabela 2 – Amostra de empresas....................................................................................23
Tabela 3 – Grau de escolaridade dos entrevistados.......................................................33



                                        ÍNDICE DE GRÁFICOS




                                                                                                                  4
RESUMO


Uma questão que se tem tornado uma grande fonte de pesquisa é o desempenho da
organização. O meio através do qual se analisa este desempenho seria a utilização de
métodos e sistemas de mensuração e avaliação de desempenho organizacional eficazes.
Contudo a análise de desempenho organizacional é sempre algo passível de muitas
discussões. Nesta perspectiva o presente estudo focaliza a importância da medida de
desempenho organizacional, entender quais componentes a empresa prioriza para suas
análises e como estes na prática são utilizados.
Neste contexto, o presente estudo apresenta um enfoque tanto exploratório, por meio da
revisão da literatura que servirá de base para as discussões apresentadas no decorrer do
estudo, quanto descritivo, por meio da descrição e análise de estudos de caso de grandes
empresas.
Dessa forma, espera-se que este possa contribuir para a discussão do tema, tanto do
ponto de vista da análise teórica, quanto da verificação das práticas em uma organização
brasileira.


                                                                                      5
Palavras-chave:
Medição do desempenho, desempenho organizacional, indicadores de desempenho




1.    INTRODUÇÃO

No atual cenário de competitividade global, com a concorrência cada vez mais acirrada,
as empresas precisam entregar a seus clientes produtos/serviços a preços competitivos,
com alto grau de qualidade, de forma rápida e simples e com elevado nível de
atendimento pré e pós-compra. Em um cenário como este, as empresas são forçadas a
buscar novas idéias, ferramentas e métodos, visando melhorar continuamente o seu
desempenho organizacional. E, para competir neste cenário que se delineia, as empresas
precisam não só contemplar todas estas dimensões em seus produtos/serviços, mas
necessitam também ter um sistema de medição eficiente, que lhes permita mensurar o
quão bem colocadas elas estão em relação ao que se propuseram a fazer.

A forma de se avaliar o desempenho constitui-se um elemento bastante importante
dentro do processo de gestão. Os elementos tradicionais de medição de desempenho
guardam ainda uma relação com a era da produção em massa. Tradicionalmente, estas
medidas eram obtidas principalmente através de indicadores financeiros e de eficiência
operacional, principalmente vista do ponto de vista da área de produção, e serviam mais
de mecanismos de controle. Hoje, a visão dos indicadores de desempenho vai muito
além da finalidade de controle, e a forma de se mensurar o desempenho organizacional
expandiu-se bastante, deixando de focar no financeiro e no operacional. Mensurar o
desempenho hoje significa não somente medir o desempenho nas diversas áreas da
                                                                             6
empresa, mas abrange também, entre outras coisas, mensurar o desempenho no
relacionamento com o cliente, com a cadeia de suprimentos, com o meio ambiente e
com o ambiente de negócios. Do ponto de vista da utilidade dos indicadores de
desempenho, eles são muito mais que mecanismos de controle. Hoje os indicadores são
vistos também como importantes ferramentas utilizadas no planejamento e no suporte à
aprendizagem organizacional, além de oferecerem suporte ao posicionamento
estratégico, permitindo que suposições por trás da estratégia sejam validadas ou não.

No atual cenário de competitividade global, os indicadores de desempenho necessitam
fornecer uma visão geral da empresa, em contraposição à visão fragmentada de
antigamente, alem de necessitarem ter aderência com os objetivos estratégicos da
empresa. Neste sentido, a pesquisa a ser apresentada neste trabalho visa verificar quais
são os principais indicadores de desempenho utilizados nas grandes empresas e qual a
sua relevância e aderência com os objetivos estratégicos da empresa.

2.   OBJETIVOS DO TRABALHO



Avaliação de Desempenho Organizacional há muito tempo vem sendo considerado um
importante componente da estratégia das empresas para seu desenvolvimento e
competitividade. Muitas atividades da estratégia da empresa são melhoradas e atingem
um alto grau de eficiência e eficácia por causa do sistema de realimentação por
contínuos feedbacks das avaliações.
Este trabalho a partir do levantamento dos principais métodos de mensuração e
avaliação do desempenho organizacional encontrados na literatura objetiva identificar
as ferramentas e componentes que as organizações pesquisadas utilizam e entender
qual desses as empresas priorizam para suas análises.



3. JUSTIFICATIVA DO TEMA



A identificação e análise das ferramentas de avaliação de desempenho de uma empresa
são de fato atividades de grande relevância para o estudo da Administração de forma
geral e fazem-se necessárias em um contexto de extrema competitividade. Através delas

                                                                                        7
é possível se verificar não só a produtividade e qualidade dos produtos/serviços, mas
também entender a estratégia de uma empresa.
A produtividade e qualidade têm uma ligação mais intrínseca à avaliação de
desempenho, uma vez que ao se estruturar esse sistema é possível cobrir “gaps” de
produção, processos e áreas ineficientes, evitar desperdícios e retrabalhos, entre outra
série de fatores que podem aumentar a eficácia de uma empresa, mostrando assim ser de
fato um tópico relevante.
Além disso, através dessa análise é possível também não só identificar quais são essas



                                        Conhecer
                                        melhor os
                                        processos


                            Permitir
                            avaliação
                            contínua
                                              Relacionar
                                                pontos
                                              críticos de
                                               sucesso



ferramentas de avaliação utilizadas por determinada empresa, como também relacionar
sua estratégia e mercado de atuação com o grau de complexidade das ferramentas de
análise em suas diferentes áreas. Dado que os recursos são escassos e as decisões sobre
investimentos estão cada vez mais estruturadas, é possível se decidir com maior
precisão quais as prioridades ao se programar componentes de avaliação de
desempenho.




4.     FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

     4.2 Ambientes
Nas organizações a avaliação de desempenho é um processo presente e de grande
importância, pois cerca desde o sucesso ou fracasso pessoal, profissional ou
organizacional. As empresas precisão medir seu desempenho, possibilitando:


                      Figura 1 – O porquê da avaliação de desempenho


                                                                                      8
A análise de desempenho pode ser separada em três âmbitos: interno, operacional e
externo, chamada de análise do ambiente. Esta análise tem como objetivo avaliar o
ambiente




organizacional, de modo que a administração possa reagir adequadamente e aumentar o
sucesso organizacional.




              Figura 2 – A Empresa e seu Ambiente Geral e Ambiente de Tarefa.




                                                                                 9
4.2.1 Âmbito Externo (Geral)


O nível de ambiente é composto por componentes que têm amplo escopo e pouca
aplicação imediata na administração da organização, mas que podem influenciar a
organização.
Este ambiente externo, não controlado pela organização, possui o poder de influenciar
as atitudes das pessoas, afetar as condições de trabalho, promover competições por
recursos e poder, bem como transformar a tecnologia, provocando e exigindo novas
estratégias gerenciais. Se a organização falhar na percepção dos fatores macro-
ambientais que a afetam, bem como na identificação de suas tendências, estará fadada a
trilhar um caminho de incompetência.
O sucesso de qualquer tipo de organização depende, em grande medida, de sua
capacidade de compatibilizar-se e adequar-se a este macro-ambiente em constante
mudança e transformação, significando que ela também terá que se transformar para
criar maior e melhor sinergia com este ambiente.
As variáveis externas possuem diversos componentes, entre estes:
    •   Componente econômico: Indica como os recursos são distribuídos e usados no
        ambiente – PIB, lucros do setor, taxas de inflação, produtividade setorial, taxas
        de emprego, balanço de pagamentos, taxas de juros, tributos e receitas de
        consumidores, etc.



                                                                                      10
•   Componente social: Refere-se às características da sociedade na qual se situa a
        organização - níveis educacionais, costumes, crenças, estilo de vida,
        idade, distribuição geográfica e mobilidade de uma população, etc

   •    Componente político: Compreende os elementos relacionados a decisões
        governamentais - tipo de governo, atitude frente às indústrias, grupos de lobby,
        aprovação de leis, partidos políticos, predisposição de candidatos no
        desempenho dos cargos.

   •    Componente legal: Consiste na legislação aprovada – leis vigentes, defesa da
        Livre Concorrência, meio Ambiente, empresariais e etc.

    •   Componente tecnológico: Inclui novas abordagens para a produção de
        mercadorias e serviços. Procedimentos e equipamentos novos, como
        robotização.




  4.2.2 Âmbito Operacional (Empresa)

É o nível de ambiente externo à organização composto de setores que normalmente têm
implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da
organização. São os componentes clientes, fornecedores, mão-de-obra, concorrência, e
ambiente internacional.

   •    Clientes: Reflete as características e o comportamento daqueles que compram
        produtos e serviços fornecidos pela organização.

   •    Fornecedores: Inclui todas as variáveis relacionadas aos que fornecem recursos
        para a organização venda, qualidade relativa dos materiais, credibilidade de
        entregas e termos de crédito.

   •    Mão de obra: É composto de fatores que influenciam a disponibilidade de mão-
        de-obra para realizar as tarefas organizacionais necessárias - nível de
        conhecimento, treinamento, faixa de salários e idade, imagem da empresa
        (atratividade) e etc.

   •    Concorrência: Consiste no que a organização tem de 'combater' para conseguir
        recursos. Fator-chave no desenvolvimento estratégico da empresa. Para isso
        deve-se avaliar seus pontos fortes e seus pontos fracos e a capacidade dos

                                                                                     11
concorrentes existentes e potenciais e prever cenários estratégicos da
       concorrência usando, por exemplo, o modelo das 5 forças de Porter.

                                     Figura 3 – 5 forças de Porter.




  Fonte: Porter, (1986)

Ambiente                                                          internacional:
Compreende todas as                                               implicações
internacionais das operações organizacionais como leis (marcas, patentes a tratados
internacionais), práticas políticas (ideologia, estabilidade e políticas externas), cultura
(costumes, normas, crenças, idiomas, atitudes) e econômicas (clima, população, PIB,
renda per capita, nível de instrução e natureza da concorrência).



   4.2.3 Âmbito Interno (Empresa)

É o nível de ambiente da organização que está dentro da mesma e normalmente tem
implicação imediata e específica na administração. São os aspectos organizacionais,
aspectos de pessoal, aspectos de produção, aspectos de marketing e aspectos
financeiros.

   •   Aspectos organizacionais: é constituído de dede de comunicação, estrutura da
       organização,       registro    dos    sucessos,     hierarquia   de objetivos,   política,
       procedimentos e regras e habilidade da equipe administrativa.
   •   Aspectos de pessoal: é constituído de dede de relações trabalhistas, práticas de
       recrutamento, programas de treinamento, sistema de avaliação de desempenho e
       rotatividade e absenteísmo.



                                                                                              12
•   Aspectos de produção: é constituído de dede layout das instalações da fábrica,
       pesquisa e desenvolvimento, uso da tecnologia, aquisição de matéria prima,
       controle de estoques e uso de subcontratação.
   •   Aspectos de Marketing: é constituído de dede segmentação do mercado,
       estratégia do produto, estratégia de preços, estratégia de promoção e estratégia
       de distribuição
   •   Aspectos de Finanças: é constituído de liquidez, lucratividade, atividades,
       oportunidade de investimentos

4.3 Modelos existentes de avaliação de desempenho organizacional


Com a importância da avaliação de desempenho estando cada vez em maior evidencia
foram se desenvolvendo métodos, ferramentas e técnicas para a análise de desempenho,
sendo esses numéricos, qualitativos ou quantitativos. A seguir são tratadas algumas
abordagens de avaliação de desempenho, identificando suas principais características.


   4.3.1   Balanced Scorecard


Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia desenvolvida pelo professor da Harvard
Business School, Robert Kaplan e David Norton em 1992. O BSC foi apresentado
inicialmente como um modelo de avaliação de desempenho empresarial, porém a
aplicação em empresas proporcionou seu desenvolvimento para uma ferramenta
estratégica de gestão.
O BSC é um sistema de gestão baseado em um conjunto de indicadores de desempenho
que proporcionam aos gestores uma visão rápida e abrangente de toda a empresa.
Possuem indicadores que permitem a visualização do resultado das ações passadas, e os
indicadores operacionais, ligados com a satisfação dos clientes, com os processos
internos e o aprendizado e crescimento. (KAPLAN E NORTON, 1997).
De acordo com KAPLAN & NORTON (1997), o termo reflete o equilíbrio entre os
objetivos de curto e longo prazo, entre medidas financeiras e não financeiras, entre
indicadores de tendências e ocorrências e entre perspectivas interna e externa. Este é, na
verdade, o grande diferencial do modelo BSC: o sucesso do modelo está em sua visão
de longo prazo e na relação de causa e efeito dos indicadores.

                                                                                        13
O conjunto de indicadores deve ser escolhido de modo coerente com a visão, missão e
estratégia organizacional. O modelo é capaz de “esclarecer e traduzir a visão e
estratégia; comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas; planejar; estabelecer
metas e alinhar iniciativas estratégicas; e melhorar o feedback e o aprendizado
estratégico.” (KAPLAN e NORTON, 1997).
O BSC é um modelo mais flexível, podendo ser aplicado de acordo com a realidade da
empresa em estudo ou do setor no qual está inserida: podem ser realizadas alterações
nas perspectivas ou inclusão de novas perspectivas. Propõe um modelo sistematizado
para simplificar a estratégia, ligar a estratégia ao orçamento anual, comunicar a
estratégia em toda a organização, alinhar a organização com a estratégia e medir a
eficácia da estratégia.


                          Figura 4 – Perspectivas do modelo BSC.




O BSC é uma estrutura conceitual que traduz os objetivos estratégicos de uma
organização em um conjunto de indicadores de performance.
    •   Perspectiva Financeira – é relevante ao medir a repercussão econômica de
        ações passadas, e indicar a conformidade da estratégia com sua implementação e
        execução. Para OLVE, ROY e WETTER (1999), essa perspectiva deve ser

                                                                                     14
concebida de forma a identificar os resultados de curto prazo decorrentes das
    escolhas estratégicas efetuadas sob as demais perspectivas do modelo, ao mesmo
    tempo em que deve visar os objetivos de longo prazo. KAPLAN e NORTON
    (1997) apontam três temas estratégicos à perspectiva financeira:
    (i)     crescimento e mix da receita, que diz respeito à expansão da oferta de
            produtos e serviços em novos mercados de maior valor agregado;
    (ii)    redução de custos e melhoria da produtividade e,
    (iii)   utilização de ativos e estratégia de investimento, que visam um maior
            retorno sobre ativos físicos e financeiros.
•   Perspectiva dos Clientes - implica na identificação dos segmentos de clientes e
    mercados nos quais a unidade de negócios competirá e as medidas do
    desempenho da unidade nesses segmentos-alvo, traçando indicadores de
    performance. No entanto, essa perspectiva também deve incluir medidas
    específicas das propostas de valor que a empresa oferecerá aos seus clientes,
    uma vez que os elementos direcionadores dos resultados essenciais para os
    clientes são os fatores críticos para mantê-los leais à empresa ou aliarem-se à
    concorrência.
•   Perspectiva dos Processos Internos - são identificados os processos de
    negócios internos críticos ao sucesso das organizações, e traçados objetivos e
    indicadores que conduzem à obtenção de excelência nos mesmos. Apesar de
    cada negócio ter processos particulares de criação de valor para seus clientes,
    KAPLAN e NORTON (1997) consideram haver um modelo genérico de cadeia
    de valor adaptável para todas as organizações, o qual abrange:
    (i) o processo de inovação por meio de pesquisas de mercado e desenvolvimento
    de novos produtos, processos e serviços;
    (ii) processo operacional, que visa a medição da performance dos processos e
    (iii) processo de serviços de pós-venda, que consiste na continuidade do
    relacionamento com o cliente.
•   Perspectiva de Aprendizado e Crescimento - identifica a infra-estrutura
    (capacitação de pessoas, sistemas e tecnologia de informação e, alinhamento de
    procedimentos organizacionais com as rotinas) que a organização precisará
    construir para atender a esses fatores críticos e criar condições de crescimento e
    melhoria a longo prazo. O aprendizado e o crescimento organizacional provêm

                                                                                   15
das pessoas, dos sistemas e dos procedimentos organizacionais. As empresas
       devem buscar a capacitação e a integração de seus colaboradores, além do
       investimento em novas tecnologias para atender às necessidades e desejos dos
       clientes. Dessa forma, as metas pessoais devem estar alinhadas às metas da
       organização, uma vez que o BSC envolve todas as áreas da mesma, fazendo com
       que todos se sintam motivados a buscar o alcance de seus objetivos e cumprir
       sua estratégia.


Para se implementar a metodologia BSC segundo Kaplan e Norton (2001), é preciso,
em primeiro lugar, traduzir a estratégia em objetivos e iniciativas específicos, ou seja,
responder a questão de, “aonde e como se quer chegar”. Em seguida é necessário coletar
dados. É fundamental ter o fluxo de informações constante, para saber como está se
saindo a organização. Após é necessário ter sempre a oportunidade de avaliar se o rumo
traçado está sendo seguido. Por fim, existe algo que pode desviar da direção escolhida:
a estratégia não ter sido implementada da maneira proposta., ou seja, os processos não
foram melhorados, não foram criados novos produtos ou não foram melhorados, ou
ainda os funcionários não foram treinados adequadamente. Nesse caso, aparecerá a
“sombra” dos concorrentes. É possível, além disso, que surjam no mercado outros tipos
de mudanças. Portanto, é preciso saber se a estratégia que se quer implementar continua
sendo correta. O sistema de feedback estratégico é uma ferramenta útil porque trata de
incorporar o conhecimento que todos os recursos humanos da empresa tem sobre as
mudanças na ambiente competitivo.

A implantação do BSC, segundo Kaplan e Norton (1997), em uma organização deve
passar por 7 etapas, dessa forma definida:


     1. Identificar a visão
     2. Identificar a estratégia
     3.     Identificar os fatores Críticos de Sucesso
     4.      Selecionar indicadores
     5. Avaliar
     6.     Criar Planos de Ação
     7.     Acompanhar e gerir

Após a implantação do BSC seguindo as etapas propostas acima, os benefícios a serem
alcançados são:

                                                                                      16
1.        A estratégia passa a gerir ações corretas
        2.        Aplicação dos indicadores estratégicos nos processos organizacionais
        3.        Proporciona uma visão sistematizada do desempenho organizacional
        4.        Desenvolve uma cultura de aprendizagem e melhoria contínua
        5.         Atribui incentivo para o desempenho individual contribuindo com os
                   resultados obtidos pela organização



A metodologia do BSC não consiste apenas em um conjunto de indicadores críticos ou
fatores-chave de sucesso, mas em uma série articulada de objetivos e medidas coerentes
que se reforçam mutuamente. Assim, o BSC constitui-se em um sistema de avaliação de
desempenho que ultrapassa o tradicional sistema de mensuração utilizado para
descrever resultados e objetivos. No entanto, essa metodologia torna-se limitada à
medida que sua complexidade aumenta, inviabilizando os custos das organizações.



  4.3.2        Made-o


O modelo MADE-O (Modelo de Avaliação de Desempenho Organizacional) foi
desenvolvido pelo Professor Doutor Hamilton Correa, da Faculdade de Economia e
Administração da Universidade de São Paulo e propõe uma abordagem que pretende ser
o mais global possível, contemplando todos os aspectos internos e externos à empresa.
Segundo o autor, é um sistema que procura estabelecer uma relação entre o desempenho
da organização e todas as dimensões que podem afetar e influenciar este desempenho,
sendo um método flexível que pode ser adaptado a todo tipo de organização.
A metodologia por trás do modelo MADE-O é baseada em duas vertentes:
    •        abrangência - onde procura-se medir o desempenho de todos os recursos:
             humanos, materiais, tecnológicos, e financeiros em todas as áreas da empresa;
    •        e tempo - pelo qual procura-se medir o desempenho num determinado
             momento, mas procura assegurar-se que determinados recursos ou áreas não
             estejam sendo deteriorados, podendo prejudicar o desempenho futuro.
             (CORREA, 2010).
No início da avaliação de desempenho pelo MADE-O deve-se primeiramente conhecer
e compreender a empresa em todas as suas dimensões: técnica, organizacional (cultura,
                                                                                         17
valores, clima, sistema de poder, estrutura) e estratégica (missões, objetivos, metas,
estratégias e ambiente). Com isso, é obtida uma compreensão conceitual e geral de
todas as dimensões da empresa que permite definir as áreas e atividades importantes
para operação e desempenho da empresa.
Segundo Correia (2010), após o conhecimento da empresa definem-se os módulos, que
poderão variar de acordo com inúmeras características das empresas, tais como setor,
tamanho, propriedade, estratégia etc. que possuem seus respectivos pesos para a
avaliação global. Para cada um dos módulos serão escolhidos os indicadores, de modo a
se poder conhecer todos os aspectos de um módulo. Além dos indicadores, também são
definidos os padrões, que estabelecem qual é o nível de desempenho desejado e que
pode ser considerado como positivo para a empresa.
Na definição dos módulos, propõe-se avaliar o imediato, o médio e o longo prazos,
considerando variáveis internas e externas da empresa e procurando integrar elementos
de características e dimensões diferentes. Os módulos apresentados na metodologia
procuram eliminar a ênfase em uma única área e a ênfase no curto prazo e análise deve
ser feita de forma integrada (CORREIA, 2010).
Após comparações e análises descritivas dos indicadores e padrões dentro dos módulos,
definem-se as equipes e os papeis dos responsáveis internos e externos que irão
participar na implementação da metodologia na empresa.


                       Figura 5 – Modelagem do Modelo MADE-O




  4.3.3   Sigma - Sustainability Scorecard


O SIGMA Sustainability Scorecard, lançado pelo British Standards Institute (BSI), é um
modelo estruturado para ajudar as empresas a mudar seu foco de atuação com base na
Responsabilidade (Accountability) com os stakeholders e assim ser arquiteto de um
                                                                                18
desenvolvimento sustentável das futuras gerações. Com base na estrutura proposta pelo
Project Sigma, a empresa liga sua visão, missão e valores com processos-chave de
forma a melhorar seu desempenho organizacional. Também através do modelo
proposto, a empresa pode avaliar seu desempenho através do SSS.
O modelo SSS tem pontos de convergência com os modelos Triple Bottom Line e,
principalmente, com o Balanced Scorecard. Comparando-o com o BSC, as diferenças
fundamentais são que (1) o SSS adota uma perspectiva de sustentabilidade em vez da
perspectiva financeira; e (2) adota uma perspectiva dos stakeholders em vez da
perspectiva dos clientes.
Assim, o SSS reconhece a necessidade de estruturar os elementos do desempenho
dentro do Scorecard. Rejeita um simples botton line de desempenho financeiro e coloca
em seu lugar o desempenho sustentável incluindo aspectos sociais, ambientais e
econômicos (triple botton line). Estes elementos de desempenho são suportados ou
impulsionados pela perspectiva dos stakeholders e pelos processos internos de
habilidades e conhecimentos da empresa. (SIGMA, 2003)
O modelo SSS é bastante flexível, e propõe uma estrutura de implementação que segue
um “ciclo”, para não limitar seu uso. Ou seja, empresas de diferentes tamanhos e de
diferentes setores podem adaptar o SIGMA Sustainability Scorecard à sua realidade.
Como processo que envolve toda a organização, a implementação do SIGMA
Sustainability Scorecard deve seguir quatro passos:


   •   Identificação e concordância da visão, missão e valores organizacionais;
   •   Identificação e concordância das principais áreas de desempenho do negócio
       para que se atinjam a visão, missão e valores organizacionais;
   •   Construção e concordância dos fatores que relacionam as principais áreas de
       desempenho e a visão e a missão;
   •   Identificação e concordância quanto aos indicadores de sucesso, tanto atuais
       quanto aqueles a serem desenvolvidos como alvo.



   4.3.4   Skandia


Outro método de destaque e bastante estudado no meio acadêmico é o sueco Skandia
Navigator, que permite identificar os resultados para a empresa graças a uma estratégia
                                                                                     19
baseada na criação de conhecimento. Seu principal foco é o ser humano, ressaltando a
satisfação dos indivíduos e a importância do capital intelectual na aquisição de
vantagens competitivas sustentáveis.
Este instrumento possui cinco áreas de foco nas quais uma empresa focaliza sua atenção
e das quais provém o valor do seu Capital Intelectual:

                       Figura 6 – Modelo navegador Skandia




                              Fonte: Edvinsson (1998:60).



   •   Foco Financeiro: As demonstrações contábeis e o capital intelectual são
       complementares, onde os relatórios financeiros fornecem um feedback para
       posterior avaliação de desempenho dos demais focos.
   •   Foco no Cliente: Atualmente os clientes têm necessidades e exigências
       diferenciadas e esta nova realidade provocou mudanças na estrutura da empresa.
       É preciso buscar confiança, lealdade e compromisso com o cliente.
   •   Foco no Processo: busca mostrar os efeitos de investimentos em novas
       tecnologias na criação de valor da empresa. A tecnologia de processo só tem
       valor quando contribui para o aumento da riqueza da entidade.
   •   Foco na Renovação e Desenvolvimento: Acredita-se que o monitoramento de
       áreas como clientes, atração no mercado, produtos e serviços, parceiros
       estratégicos, infra-estrutura e empregados a empresa está preparada para
       possíveis mudanças.


                                                                                   20
•   Foco Humano: A visão do ser humano na era do conhecimento gera novas
       relações da empresa com seus empregados.



Bontis(2001) afirma que o modelo já incorpora cerca de 91 indicadores relacionados ao
Capital e 73 indicadores relacionados ao desempenho financeiro. A partir da análise
destes indicadores pertencentes a cada área focada no modelo Skandia, as empresas
podem analisar tanto o desempenho financeiro quanto as áreas não financeiras, ou seja,
nos componentes do Capital Intelectual. Esta análise possibilita que os gestores tomem
decisões que maximizem o resultado financeiro da empresa.

Existem ainda algumas outras propostas que podem ser resumidas na tabela abaixo:




                         Tabela 1 – Outros Modelos de Avaliação




                                                                  Fonte: Enegep 2003


5. PLANOS DE PESQUISA


Nesta seção é apresentada a parte empírica do presente estudo, contemplando o
problema e os objetivos e o tipo de pesquisa, bem como considerações acerca da
população e da seleção da amostra, e o detalhamento de cada uma das etapas de
pesquisa executadas.

                                                                                       21
“O objetivo da pesquisa é descobrir respostas para perguntas, através do emprego de
                     processos científicos” (SELLTIZ et al., 1974).




   5.2 Metodologia


Este trabalho será pautado em quatro etapas, inicialmente será feita a revisão teórica, na
qual se visa entender os modelos de estruturas para análise do desempenho
organizacional e os conceitos que englobam esta temática. A segunda parte constará de
coleta de dados em grandes empresas através de questionário. Na terceira parte teremos
a análise dos resultados através análise de conglomerados. Ao final teremos uma
conclusão no qual mostraremos os resultados alcançados e sugeriremos próximas
pesquisas.




   5.3 População e amostra


                                  Uma população é o agregado, ou soma, de todos os elementos
                                  que compartilham algum conjunto de características comuns e
                                  que compreende o universo para o problema de pesquisa (...).
                                  Um censo envolve a enumeração completa dos elementos de
                                  uma população. (...) Já a amostra é um subgrupo de uma
                                  população   selecionado   para   participação   no   estudo.
                                  (Malhotra2001, p. 301)



Após ter selecionado o tipo de pesquisa que será realizada neste trabalho, o próximo
passo será selecionada as empresas que serão alvo de estudo. Para este trabalho as
empresas foram selecionadas pelo professor da disciplina e estão inseridas em uma
amostragem de maiores empresas atuantes no mercado brasileiro.



                                                                                           22
São elas:

                             Tabela 2 – Amostra de empresas




                     Empresas                                 Setor de Atuação
                 Brf - Brasil Foods S/A                         Bens de Consumo
                        Basf S.A.                             Química e petroquímica
                       Klabin S.A.                               Papel e Celulose
           Lg Eletrocnics da Amazonia Ltda                       Eletroeletrônico
 Imcopa Importação, Exportação e Indústria de Óleos S/A         Bens de Consumo
           Mosaic Fertilizantes do Brasil S.A                 Química e petroquímica
             Cervejarias Kaiser Brasil S/A                      Bens de Consumo
                     Galvasud S.A.                            Siderurgia e Metalurgia
                 Eli Lilly do Brasil Ltda.                        Farmacêutico
        Randon S/A Implementos e Participações                    Autoindústria
           Aethra Sistemas Automotivos S/A                        Autoindústria
                       Danone Ltda                              Bens de Consumo
           Oxiteno S.A. Indústria e Comércio                  Química e petroquímica



Acredita-se que a escolha destas empresas possibilita uma visão mais ampla das
estratégias que estão sendo desenvolvidas e implementadas no processo de análise do
desempenho.

  5.4 Modelo adotado



Para este trabalho decidiu-se por não utilizar nenhum modelo de avaliação de
desempenho pré-existente. Como este trabalho visa entender quais os pesos dados para
cada variável, optou-se por desenvolver um modelo próprio que acaba por abarcar um
pouco de cada modelo exposto na revisão bibliográfica.
                                                                                        23
5.5 Coleta de dados


Na pesquisa qualitativa o pesquisador é o instrumento de coleta e análise dos dados
(MARSHALL e ROSSMAN, 1995). Portanto, um estudo-piloto se faz necessário, pois
a prática é decisiva para uma boa coleta.
A coleta de dados deve ser direcionada pelo contexto onde o pesquisador se insere. As
decisões sobre quais são as técnicas mais apropriadas decorre de uma análise mais
detalhada do contexto da pesquisa, portanto não existe uma indicação a priori das
melhores opções de coleta de dados.
A coleta de dados no estudo pode ser feita por meio de entrevistas (individuais ou em
grupo), observação participante e coleta de documentos (escritos ou visuais) e
questionários abertos (GLESNE, 1998; MARSHALL e ROSSMAN, 1995).
Na pesquisa qualitativa o pesquisador precisa estar preparado para observar e entrevistar
os sujeitos no tempo e local adequados. O estudo de organizações não é muito simples.
Um dos grandes desafios da pesquisa qualitativa é negociar a entrada. Nas organizações
exige-se uma dedicação e uma persistência adicional junto aos líderes formais da
organização (MARSHALL e ROSSMAN, 1995). É necessário que o pesquisador se
dedique para que conheça o grupo ou organização junto a qual pretende desenvolver sua
pesquisa.
Babbie (2000) sugere que seria necessário estabelecer contato com um integrante do
grupo, para assim ganhar um determinado nível de apoio nos primeiros momentos de
incursão no campo.


Para este trabalho será aplicado um questionário para fazer uma coleta específica para
suportar a análise de regressão feita posteriormente.



   5.6 Método de análise


A análise foi pautada em técnicas estatísticas multivariadas e análises específicas.
Considerando que o objetivo da pesquisa é mensurar os aspectos mais significativos
para a estratégia de uma empresa, segundo a ótica dos entrevistados, a análise buscara
agrupar essas percepções em grupos homogêneos de respondentes. Para tal fim, a

                                                                                      24
análise de conglomerados K-Means se mostrou a mais indicada, utilizando-se a
ferramenta de análise estatística IBM SPSS (versão 17).
Através do método K-Means, buscou-se o nível ideal de conglomerados e refinar as
variáveis mais importantes para caracterizá-los. O método só admite como variáveis
para análise valores que possam ser descritos pela escala razão, ou seja, que expressem
valores numéricos e relações proporcionais entre as escolhas. Dessa forma, apenas os
fatores de escolha dos respondentes (Q1 a Q12) foram analisados estatisticamente. As
demais variáveis, que descrevem a empresa e os respondentes, foram utilizadas para
agregar valor à análise final.
O Produto final será diferentes conglomerados, onde cada um deles representa de forma
homogênea os principais pontos para a avaliação de um modelo estratégico, assim como
as características que definem cada conglomerado.
Após este primeira análise será feito um aprofundamento das influencias que podem ter
gerado estes resultados.




     5.7 Limitações


Entre as limitações presentes neste trabalho temos o fato de termos analisados somente
algumas empresas não podendo desta maneira generalizar os resultados obtidos, além
de não ter uma grande amostra de entrevistados dentro de cada organização avaliada.



6.     QUESTIONÁRIO


O questionário aplicado será o principal meio de captação objetiva de dados do presente
estudo, sendo o insumo básico para a análise multivariada que será aplicada
posteriormente. Esses dados, depois de tratados estatisticamente juntamente com as
informações qualitativas oriundas da entrevistas de profundidade proporcionarão uma
compreensão mais ampla e rica da amostra, por conseguinte do estudo em si.

Qualquer questionário tem três objetivos específicos: (1) deve ser capaz de codificar a
informação desejada em um grupo de perguntas de fácil compreensão; (2) precisa


                                                                                      25
incentivar o entrevistado a se deixar envolver pela entrevista e completá-la; (3) deve
sempre reduzir o erro                                             dos        respondentes
(MALHOTRA, 2004).

Mesmo      a   elaboração                                         pautada nesses três
objetivos, é necessário                                           ainda cuidado total
na     elaboração       do                                        questionário.
Malhotra            (2004)                                        apresenta           uma
metodologia para que a                                            integridade             do
questionário           seja                                       preservada:



 Figura 7 – Integridade de                                              um questionário




                                                                Fonte: Malhotra (2004)

Outro ponto relevante para os questionários refere-se à escala. Costumeiramente este
aspecto levanta discussões quanto a sua efetividade e real representação do conceito que
se quer avaliar. É importante frisar que a correta adoção da escala não é somente
importante para a corretada representação da idéia do respondente, segundo Hair,
                                                                                          26
Tatham, Anderson, Black (1998) cada escala implicará em uma técnica estatística
diferente.

A análise de dados envolve a descrição de variáveis, e a medição das mesmas
desempenho um fator chave. Em estatística apresentam-se dois tipos básicos de dados:
não métricos, ou qualitativos, e métricos, ou quantitativos. Os dados não métricos
representam idéias, atributos e características, ou seja, invariavelmente envolvem
descrição do objeto analisado e medidas métricas refletem quantidade relativa ou grau.
As medidas qualitativas podem ser feitas com uma escala nominal, ou categórica, ou
ordinal. A primeira fornece apenas o número de ocorrência, já uma escala ordinal possui
um nível superior de medida, permitindo o ranqueamento e um certo julgamento de
valor do tipo “menor que” ou “mais que”. Já as medidas quantitativas podem ser feitas
com uma escala intervalar ou uma escala razão. Ambas possuem unidades constantes
com diferenças iguais entre as gradações, porém apenas a escala razão possui medidas
proporcionais iguais entre uma gradação e outra (HAIR, TATHAM, ANDERSON,
BLACK, 1998).

Para Gouvea (2008) existem quatro diferentes tipos de escala: nominal, ordinal, razão e
mista. Assim como Hair, Tatham, Anderson e Black, a escala elas descrevem o mesmo
comportamento, com exceção das escalas intervalar e mista. Como pode-se perceber, a
autora não trabalho o conceito de escala intervalar. A escala mista se dá péla atribuição
de valores numéricos a conceitos de valor crescente.

Este trabalho propõe a utilização de um questionário, porém a preparação do
questionário será feita em conjunto por todos os grupos de pesquisa da turma 22 da
matéria de Avaliação de desempenho organizacional, com orientação do professor da
disciplina Fabio Lotti. Dessa forma, cuidados para a elaboração do questionário terão
que ser flexibilizados, de forma que atendam as necessidades de todos os grupos.

O questionário proposto se vale de algumas questões de identificação do respondente e
uma longa relação de indicadores. As informações sobre o respondente servirão como
informações complementares sobre o resultado final. Já a longa lista de indicadores
poderá se mostrar excessiva, porém a análise fatorial ficará enriquecida, uma vez que a
exclusão de variáveis é parte do seu processo analítico, atendo-se apenas às variáveis de
maior correlação, e, portanto, relevância.

                                                                                      27
Para que o questionário se torne mais atraente ao entrevistado, será utilizada uma
estrutura padrão e repetitiva, de modo que exige menos esforço e atenção do
respondente. A repetição poderá confundir o entrevistado, porém a simplicidade das
perguntas tem por finalidade minimizar esse efeito.

Como o intuito é realizar uma análise fatorial, faz-se então necessário o uso de uma
escala razão. A escala será composta de uma gradação percentual (0-100%) relativo ao
quanto um indicador auxilia na avaliação de desempenho da empresa. A escolha dessa
escala ainda permite que alterações no método de pesquisa sejam feitas, pois permite
uma gama maior de utilização e outros dados qualitativos poderão suprir necessidade de
outras informações.

A parte relativa à entrevista de profundidade apresenta apenas algumas questões
genéricas e amplas. A função primordial dessa etapa é investigativa, buscando não
restringir as respostas.

O questionário proposto pode ser conferido no anexo 1.

7. ANÁLISES


As análises dos resultados foram quebradas em dois blocos, uma análise focando o
entendimento geral através da estatística multivariada, na qual foi analisado
conglomerados. E outra mais específica com análise de cada variável que pode
influenciar as respostas.

    7.1. ANALISE DAS ESTATÍSTICAS MULTIVARIADAS


Foram identificados quatro conglomerados com características distintas, como pode ser
visto no Anexo 2 . Cada um desses conglomerados terá uma perspectiva particular de
quais são as variáveis mais importantes para a avaliação de uma estratégia
organizacional. Importante destacar, que as variáveis Q8, Q9 e Q10, relativas à
qualidade, governança dos negócios e ética nos negócios não foram capazes de
discriminar os conglomerados adequadamente, como explicado no Anexo 2. Porém, não
se pode supor que essas variáveis não são importantes par a avaliação da estratégia, mas
sim, nesse estudo, foram consideradas de fator moderado para a avaliação.
Individualmente, cada conglomerado possui as seguintes características:
                                                                                     28
•   Conglomerado 1

       Menores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro), 4(Inovação), 5
       (Tecnologia), 7 (Relacionamento) , 11 (Poder de barganha ) e 12 (Imagem)

       Maiores    valores    nas   variáveis:     2   (Responsabilidade   Ambiental),   3
       (Responsabilidade Social ), 6 (Capital humano )

       Empresas participantes: Basf

Para esse conglomerado, as variáveis Responsabilidade Ambiental e Social e o Capital
Humano, em especialmente a primeira e a ultima, são as mais importantes para
avaliação de uma estratégia. É importante notar que esse é um grupo pequeno
(composto de apenas 2 elementos) e extremamente homogêneo, com alta semelhança na
empresa, área de atuação (RH), idade (29 e 31 anos), sexo (masculino) e nível
hierárquico (técnico/analista). Essa semelhança e alta homogeneidade podem justificar a
a valorização de fatores humanos em detrimento dos fatores relativos ao negócio.

   •   Conglomerado 2

       Menores valores nas variáveis: 3 (Responsabilidade Social), 6 (Capital
       Humano) e 12 (Imagem)

       Maiores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro) e 7 (Relacionamento)

       Valores médios nas variáveis: 2 (Responsabilidade Ambiental), 4 (Inovação),
       5(Tecnologia), e 11 (Poder de barganha )

       Empresas participantes: Basf, LG, Danone e BRFoods

Os elementos mais valorizados por esse grupo referem-se às questões financeiras e ao
relacionamento com stakeholders, enquanto pouco valoriza fatores relacionados a
pessoas e à opinião que possam ter da empresa (capital humano, responsabilidade
social, poder de barganha e imagem). O perfil desse grupo é composto por profissionais
principalmente de petroquímica (50%), de finanças e marketing, com alta presença de
níveis de supervisão (38%), com idade superior a 35 anos, feminino e de maior
experiência. Essas características enfatizam uma maior preocupação em atingir
resultados e com maior participação na arena política da empresa, natural de cargos

                                                                                        29
mais elevados e profissionais mais experientes. A oposição dos fatores e o perfil do
grupo conotam que seus participantes estão mais propensos a atingir maior retorno
financeiro,   especialmente    através    de     relações   informais   e   influência,       que
necessariamente preservar sua reputação ao atingir seus fins.

   •   Conglomerado 3

       Menores valores nas variáveis: 6 (Capital Humano)

       Maiores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro) , 3 (Responsabilidade
       Social), 4 (Inovação), 5(Tecnologia), 11 (Poder de barganha ) e 12 (Imagem)

       Valores    médios      nas   variáveis:     2   (Responsabilidade    Ambiental)    e    7
       (Relacionamento)

       Empresas participantes: Basf, LG, Danone, BRFoods, Kaiser, Eli Lilly

O grupo apresenta uma grande numero de variáveis relevantes para a avaliação da
estratégia, destacando elementos como tecnologia, inovação, poder de barganha,
imagem, responsabilidade social e finanças, porém dá relativamente pouca importância
para o capital humano. O perfil é bem heterogêneo, se destaca por possuir grande
representatividade de profissionais de marketing (53,8%), bens de consumo (46,2%) e
farmacêutica (30,8%). As características heterogêneas permitem caracterizar esse grupo
com um direcionamento mais moderno da gestão da empresa, que busca avaliar o
negócio como um todo, mas que porém não vê relacionamento muito forte entre o fator
humano para os resultados da organização, ou seja, dá mais ênfase ao mercado e se vale
dessa visão para impactar a estratégia.

   •   Conglomerado 4

       Menores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro) , 2 (Responsabilidade
       Ambiental) e 7 (Relacionamento)


       Maiores valores nas variáveis: 11 (Poder de barganha ) e 12 (Imagem)

       Valores médios nas variáveis: 3 (Responsabilidade Social), 4 (Inovação),
5(Tecnologia) e 6 (Capital Humano)

       Empresas participantes: LG, Danone, BRFoods, Kaiser, Eli Lilly

                                                                                              30
Atribui importância para fatores intangíveis e tecnológicos, porém dá mais importância
para a capacidade de influenciar a estrutura de mercado, ponderando o poder de
barganha e a influência direta no consumidor. O conglomerado também apresenta alta
heterogeneidade no perfil, exceto pela alta participação de empresas bens de consumo
(76%), em especial a Kaiser. A alta participação de profissionais de bens de consumo,
onde o apelo ao consumidor é extremamente relevante e onde há uma concentração de
poder em um dos fabricantes do setor, ajuda a compreender a tendência em valorizar
essa característica.

Pontos em comum

É possível perceber também a tendência a se valorizar conjuntamente características de
fator humano (responsabilidade social, ambiental e capital humano), influencia no
mercado (poder de barganha e imagem) e fatores intangíveis que geram inovação, e em
ultima instância, fortalecimento da marca (responsabilidade social, tecnologia e
inovação).

Diferentemente do esperado, o fator financeiro não foi um fator predominante para
determinação do sucesso da estratégia, pelo menos não quando se analisa os
conglomerados. Porém vale ressaltar que o único conglomerado onde não parece haver
pressão por desempenho no mercado, conglomerado 1, exprimiu uma visão muito
díspar dos demais grupos, focando única e exclusivamente em fatores humanos.

O principal elemento comum percebido nos conglomerados é a capacidade de influencia
das áreas funcionais em compreender as estratégias. O setor de atuação da empresa
também exprime uma certa influencia na percepção da estratégia, porém isso ganha
força onde o setor de atividades possui uma alta participação no conglomerado.

Características pessoais, como sexo, idade, formação, tempo de carreira e tempo na
empresa e características da empresa, como numero de funcionários e tempo de
existência, também não pareceram ser características descritivas relevantes para os
conglomerados.

    7.2. ANALISES ESPECÍFICA
Esta análise foi dividida em três partes;

    1- Entendimento geral aos drivers

                                                                                   31
2- Entendimento da Influência do perfil dos entrevistados

   3- Entendimento da Influência do setor da empresa




       7.2.1.ENTENDIMENTO GERAL DOS DRIVERS


Em relação às notas atribuídas a cada driver, podemos observar no gráfico 1 abaixo, que
todos os entrevistados atribuíram maior importância ao driver Q01 (Econômico-
financeiro), seguido por Q06 (Capital Humano), Q02 (Responsabilidade Ambiental),
Q03 (Responsabilidade Social), Q05 (Tecnologia), Q04 (Inovação), Q12 (Imagem),
Q08 (Qualidade), Q10 (Ética nos Negócios), Q07 (Relacionamento), Q09 (Governança
nos Negócios) e, por último Q11 (Poder de Barganha).


                     Gráfico 1 – Média geral das notas




O que mostra um contraponto a análise de conglomerados, se analisarmos os
conglomerados não temos o drive econômico financeiro como o maior. Porém quando
analisados separadamente percebemos que existe certa tendência a maior valorização do


                                                                                    32
drive Econômico-financeiro e Capital humano em relação aos demais, que aparecem
com valores medianos.




               7.2.2.ENTENDIMENTO DA INFLUÊNCIA DO PERFIL DOS
                    ENTREVISTADOS



Conforme observado na tabela 3 e gráfico 2 abaixo, foram entrevistadas 40 pessoas,
sendo 2 funcionários da área de Administração Geral, 7 da área de Finanças, 15 da área
de Marketing, 4 da área de Operações, 10 da área de RH e 2 de Staff. Em relação à
distribuição de cargos, dos 40 entrevistados, 29 eram Técnico/Analista, 9 eram
Supervisores e 2 Staffs.



                       Tabela 3 – Grau de escolaridade dos entrevistados

                      Área               Grau de escolaridade          Total
             Administração Geral      Ensino Médio                              1
                                      Ensino Superior                           1
             Administração Geral Total                                          2
             Finanças                  Ensino Superior                          3
                                       Pós-Graduação lato sensu                 4
             Finanças Total                                                     7
             Marketing                 Ensino Superior                          6
                                       Mestrado                                 2
                                       Pós-Graduação lato sensu                 7
             Marketing Total                                                   15
             Operações                 Ensino Superior                          2
                                       Mestrado                                 2
             Operações Total                                                    4
             RH                        Ensino Médio                             1
                                       Ensino Superior                          7
                                       Mestrado                                 1
                                       Pós-Graduação lato sensu                 1
             RH Total                                                          10
             Staff                     Ensino Médio                             2
             Staff Total                                                        2
             Total Geral                                                       40




                                                                                    33
Gráfico 2– Cargo dos entrevistados




Os 40 entrevistados são funcionários de 6 empresas de diferentes setores, sendo três
destas empresas pertencentes ao setor de Bens e Consumo (21 entrevistados), uma do
setor Químico/Petroquímica (7 entrevistados), uma do setor Farmacêutico (5
entrevistados) e uma do setor de Eletroeletrônicos (7 entrevistados).
Abaixo será mostrado quais características tendem a influenciar as respostas dos
respondentes .




                                                                                 34
Gráfico 3 – Cargo dos entrevistados versus drives




Gráfico 4 – Grau de Escolaridade versus drives




                                                    35
Apriori existe forte correlação entre cargo e grau de escolaridade, por isso os resultados
em geral são muito próximos.

Nestes dois quesitos podemos notar que em alguns drives existe uma correlação
diretamente proporcional com o cargo e a escolaridade, como no caso do Econômico-
Financeiro e Responsabilidade – Ambiental. Porém também existem drives com uma
correlação inversamente proporcional, como o caso de Capital Humano e
Responsabilidade Social. Isto pode mostrar qual a tendência de avaliação de
desempenho em cada nível da estrutura organizacional pode ser diferente em alguns
quesitos.

Assim se analisarmos os drives por cargos notamos uma diferença significativa entre
eles:




                      Gráfico 5 – Média geral das notas para Staffs




Em relação às notas atribuídas a cada driver, podemos observar no gráfico 5 acima, que
todos os entrevistados deste grupo atribuíram maior importância ao driver Q03
(Responsabilidade Social) seguido por Q06 (Capital Humano), surpreendentemente ao
contrário do que aparece quando todos os entrevistados estão no mesmo grupo, o drive
Q01 (Econômico-financeiro) esta entre a menos relevante para o grupo, seguido por
Q02 (Responsabilidade Ambiental) e Q09 (Governança nos Negócios).


                                                                                       36
Gráfico 6 – Média geral das notas para Técnicos/Analistas




Este grupo por ser o maior representante da amostra segue a tendência apresentada no
início da análise, na qual todos os entrevistados foram analisados em conjunto,
atribuindo maior importância ao driver Q01 (Econômico-financeiro), seguido por Q06
(Capital Humano) e, por último Q11 (Poder de Barganha).




                     Gráfico 6 – Média geral das notas para Supervisores




Em relação às notas atribuídas a cada driver, podemos observar no gráfico 6 acima, que
todos os entrevistados deste grupo atribuíram maior importância ao driver Q01
(Econômico-financeiro) seguido por Q02 (Responsabilidade Ambiental). O que mostra-
se bem diferente ao grupo de staffs.




                                                                                   37
Gráfico 7 – Desvio Padrão das respostas




Como já era de se esperar tem se uma diferença entre o desvio padrão por cargo, o que
pode ser até mesmo explicado pelo maior número de amostra. Porém como todos eles
foram baixos mostra certo balanceamento das alternativas.

Por fim, analisamos a influência da área de atuação dos entrevistados em seu foco no
desempenho, obtendo os seguintes resultados:



                     Gráfico 8 – Composição de áreas de atuação




Legenda-

                                                                                  38
Valores mais altos



           Valores mais baixos


            Alta similaridade de valores


Gráfico 9 – Média geral das notas para Administração Geral




Gráfico 10 – Média geral das notas para Finanças




                                                             39
Gráfico 11 – Média geral das notas para Marketing




Gráfico 12 – Média geral das notas para Operações




Gráfico 13 – Média geral das notas para RH




                                                    40
Gráfico 14 – Média geral das notas para Staff




      7.2.3.ENTENDIMENTO DA INFLUÊNCIA DO SETOR DA EMPRESA



Como todas as empresas analisadas são de grande porte e com muitos funcionários,
decidimos apenas por analisar a influência do setor da empresa. Tivemos o seguinte
resultado:




                                                                               41
Gráfico 15 – Valores por setor




                                                                    Gráfico 3: Média das notas por setor*
                                                      *Destaque para a maior média obtida em cada driver.




Em relação ao comparativo de notas por setor (gráfico 3), podemos observar que os
entrevistados do setor farmacêutico foram os que atribuíram maior importância aos
drivers Q01 (Econômico Financeiro), Q02 (Responsabilidade Ambiental) e Q03
(Responsabilidade Social). A média de notas deste setor ficou em 9,07, 8,60 e 8,20
respectivamente para Q01, Q02 e Q03, enquanto que a media geral para estes drives
ficou em 8,07, 7,53 e 7,47, respectivamente.

Já os entrevistados do setor de Eletrônicos foram os que atribuíram maior importância
aos drivers Q04 (Inovação), Q05 (Tecnologia) e Q07 (Relacionamento), sendo que este
setor apresentou nota média de 8,33, 8,33 e 7,71 para os respectivos drivers, enquanto a
nota média geral foi de 7,25, 7,33 e 6,98, respectivamente.

Os entrevistados do setor de Bens e Consumo foram os que atribuíram maior
importância aos drivers Q06 (Capital Humano), Q12 (Imagem) e Q08 (Qualidade),
sendo que as notas médias obtidas foram, respectivamente, 7,96, 7,43 e 7,22, contra
médias gerais de 7,72, 7,13 e 7,03, respectivamente.

                                                                                                     42
Já o setor de Química e Petroquimica não atribui notas médias maiores que os outros
setores para nenhum dos drivers, porém muito semelhante ao setor farmacêutico. Para
este setor, os drivers apontados como os mais importantes foram Q01 (Econômico-
financeiro), Q02 (Responsabilidade Ambiental) e Q06 (Capital Humano), com notas
médias de 8,52, 8,0 e 7,43, respectivamente.

Em relação aos drivers apontados como menos importantes para os entrevistados,
obtivemos os seguintes resultados: o Setor de Bens e Consumo apontou Q07
(Relacionamento) e Q09 (Governança nos Negócios) como menos importantes (nota
média de 6,78 para ambos os drivers); o setor de Eletrônicos apontou o driver Q03
(Responsabilidade Social) como o menos importante (nota média de 6,54); o setor
Farmacêutico apontou o driver Q08 (Qualidade) como o menos importante (nota média
de 6,57); o setor Químico e Petroquímico apontou o driver Q11 (Poder de Barganha)
como o menos importante (nota média de 5,14). Em relação à média geral para todos os
setores, o driver Q11 (Poder de Barganha) foi apontado como o menos importante (nota
média geral de 6,59).



8. CONCLUSÃO


Foram realizadas diversas análises, confrontando dados sobre setor de atuação das
empresas, nível hierárquico dos entrevistados, áreas de atuação dos entrevistados e
análise por conglomerados. Ainda com a limitação da amostra, conclusões importantes
podem ser levantadas.

Pensando de forma prática, podemos identificar que há um desalinhamento entre o mind
set de funcionários de nível gerencial em comparação com analistas e staffs. O item
com maior disparidade foi o econômico-financeiro que é visto como prioridade entre os
supervisores e apontado em 10º. lugar pelo outro grupo. Em outras palavras, gestores
priorizam o desempenho financeiro, enquanto analistas minimizam sua importância.

Outro aspecto relevante é a disparidade dos entrevistados do setor de RH. Eles
destacaram com relevância o Capital Humano, enquanto em marketing, finanças,
operações e administração geral se priorizaram os indicadores econômicos financeiros.
No caso de marketing, indicadores de imagem e relacionamento poderiam ser esperados
como principais, mas provavelmente obtivemos um resultado diferente devido a uma
tendência do setor de cada vez mais estar focado em vendas e resultados econômicos.

Ao se analisar os setores de atuação não obtivemos grandes surpresas, uma vez que
empresas químicas/petroquímicas e farmacêuticas           apontaram os indicadores
econômico-financeiros e ambientais como foco; empresas de bens de consumo
apontaram imagem, capital humano e qualidade como prioridades; e empresas do setor
de eletro-eletrônicos apontaram inovação e tecnologia. A principal ressalva a ser feita é

                                                                                      43
o não apontamento da qualidade entre as prioridades de indústrias farmacêuticas. Nas
análises não foram levantadas teorias para o ocorrido.

Dadas as conclusões citadas acima, podemos levantar um tópico que as une de certa
forma: existe uma série de divergências quanto ao foco das empresas para a análise do
seu desempenho. Todas as disparidades apontadas se justificam em setores de atuação
diferentes, mas quando tratamos de empresas do mesmo setor e, principalmente,
pessoas da mesma empresa, ineficiências podem estar sendo encobertas. Funcionários
desalinhados quanto às prioridades da empresa podem estar fazendo esforços na direção
errada e, consequentemente, sendo menos produtivos do que poderiam.

Apesar de tudo, conclui-se que o fator econômico-financeiro é o de maior relevância
para as empresas de maneira geral.

Face ao exposto, sugere-se um novo tema de pesquisa para haver um aprofundamento
do estudo: os funcionários das empresas possuem clareza de seus papéis e resultados
esperados pela empresa? Os indicadores de desempenho estão claros para eles?

9. BIBLIOGRAFIA

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10.     ANEXOS

      10.1.ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO


PERGUNTAS

                              Dados da empresa

                              Empresa
                              Setor
                              Número de funcionários
                                                                                                     45
Tempo no mercado

                        Dados do respondente

                        Área
                        Cargo
                        Idade
                        Sexo
                        Tempo na empresa
                        Experiência total
                        Grau de escolaridade
                        Formação

                        Questões:

Considerando a opinião, a experiência, o conhecimento e as informações complementares do gestor,

peça que ele atribua nota de 0 a 10 para a IMPORTÂNCIA RELATIVA de cada medida de desempenho

organizacional:

DRIVERS
    ECONÔMICO-
                                                Medidas de Desempenho
     FINANCEIRO
Q1                      Organização: Faturamento Lucratividade
                        Clientes: Rentabilidade Valor de compra
                        Fornecedor: Preços reduzidos
                        Concorrência: market share
                        Governo: dívidas, tributos
                        Sociedade: Preço justo

  RESPONSABILIDADE
                                                Medidas de Desempenho
     AMBIENTAL
Q2                      Organização: Produção limpa / Gestão de resíduos
                        Clientes: Processos produtivos pouco poluidores
                        Fornecedor: Embalagem retornável
                        Concorrência: Processos produtivos pouco poluidores no setor
                        Governo: Respeito à legislação ambiental
                        Sociedade: Nível de poluição
                        Centros de pesquisa: Desenvolvimento de tecnologias limpas

  RESPONSABILIDADE
                                                Medidas de Desempenho
       SOCIAL
                        Organização: Política de benefícios para funcionários /Remuneração
Q3
                        superior
                        Governo: Número de empregos gerados/Cumprimento da legislação

                                                                                       46
Sociedade: Filantropia
                      Centros de pesquisa: Apoio ao desenvolvimento de pesquisas



       INOVAÇÃO                                 Medidas de Desempenho
Q4                    Organização: Criação de novos produtos
                      Clientes: Inovação compartilhada
                      Fornecedor: Inovação compartilhada
                      Concorrência: Níveis de inovação superiores
                      Sociedade: inovação para o bem comum
                      Centros de pesquisa: Apoio a pesquisa

       TECNOLOGIA                               Medidas de Desempenho
Q5                    Organização: Atualização tecnológica
                      Clientes: Oferta de tecnologia superior
                      Fornecedor: Transferência tecnológica
                      Concorrência: Tecnologia superior
                      Governo: Aquisição e renovação de meios de produção
                      Sociedade: tecnologia para o bem comum
                      Centros de pesquisa:

     CAPITAL HUMANO                            Medidas de Desempenho
Q6                    Organização: Capacitação de colaboradores/ Clima organizacional
                      Clientes: Atendimento superior
                      Fornecedor: Atendimento superior para o fornecedor
                      Concorrência: Desempenho superior do capital humano
                      Centros de pesquisa: Parceria educacional

  RELACIONAMENTO                                 Medidas de Desempenho
Q7                    Clientes: Satisfação/ Fidelidade
                      Fornecedor: Satisfação/ Flexibilidade
                      Concorrência: Operação compartilhada
                      Governo: Lobby
                      Sociedade: Atendimento a demandas da comunidade local
                      Centros de pesquisa: Produção conjunta

       QUALIDADE                              Medidas de Desempenho
Q8                    Organização: Processos eficientes Normatização
                      Clientes: Atendimento às demandas de qualidade
                      Fornecedor: Atendimento aos padrões estabelecidos
                      Concorrência: Qualidade superior
                      Governo: Atendimento às regulamentações
                      Sociedade: Oferta de produtos superiores
                      Centros de pesquisa: apoio técnico/desenvolvimento conjunto



                                                                                    47
GOVERNANÇA DOS
                                                 Medidas de Desempenho
     NEGÓCIOS
Q9                      Organização: Auditoria/ Conselho independente
                        Clientes: Ética nas transações
                        Fornecedor: Respeito ao fornecedor
                        Concorrência: Desempenho superior da cadeia de valor
                        Governo: Desenvolvimento econômico
                        Sociedade: Transparência

 ÉTICA NOS NEGÓCIOS                              Medidas de Desempenho
Q10                     Organização: Código de ética
                        Clientes: Cumprimento da oferta
                        Fornecedor: Cumprimento de contratos
                        Concorrência: Concorrência leal
                        Governo: Respeito a legislação concorrencial
                        Sociedade: Transparência
                        Centro de pesquisas: respeito à propriedade intelectual

  PODER DE BARGANHA Medidas de Desempenho
Q11                 Clientes: Definição do preço
                    Fornecedor: Flexibilidade
                    Concorrência: Lealdade de fornecedores
                    Governo: Isenções

       IMAGEM                                   Medidas de Desempenho
Q12                     Organização: Autoconfiança / Autoimagem positiva
                        Clientes: Marca
                        Fornecedor: Leal
                        Concorrência: Respeito
                        Governo: Cumpridor das obrigações legais
                        Sociedade: Reputação

   10.2.ANEXO 2 – RESULTADOS DA ANÁLISE ESTATÍSTICA


Para a primeira etapa, foi feita uma análise hierárquica dos conglomerados. Essa
primeira análise visa estabelecer o número ótimo de conglomerados para a análise pelo
método K-means. Foi determinado que só seriam soluções possíveis um número
máximo de 6 conglomerados e mínimo de 3 conglomerados. Tal faixa foi selecionada
para permitir que houvesse características particulares para cada grupo, mantendo certo
grau de homogeneidade, mas que não se tornasse extremamente fragmentada. O método
de aglomeração escolhido foi o furthest neighbour com mensuração de distância pelo
método quadrático euclidiano. É importante ressaltar, que para dar maior qualidade à
análise, eliminando vieses da escala, foi utilizado o método de padronização das
                                                                              48
variáveis Zscore. Dessa forma, diferenças não importantes entre os menores e os
maiores números foram corrigidos.




Através dessa análise preliminar, chegaram-se as seguintes informações:.




                                                                            49
Agglomeration Schedule
          Cluster Combined                              Stage Cluster First Appears
Stage   Cluster 1       Cluster 2        Coefficients    Cluster 1        Cluster 2        Next Stage
1              30              34               4,621                0                0            27
2              24              25               4,643                0                0            17
3                   9          36               5,773                0                0            17
4              15              28               7,099                0                0            30
5              23              35               7,170                0                0            15
6              13              38               7,200                0                0                 8
7              26              27               7,972                0                0            20
8                   3          13               7,986                0                6            22
9                   8          18               8,228                0                0            24
10             10              19               8,446                0                0            25
11                  1               4           9,140                0                0            19
12                  7          33              10,949                0                0            28
13             29              31              11,204                0                0            26
14             16              17              11,414                0                0            32
15             22              23              11,889                0                5            21
16                  5               6          12,139                0                0            39
17                  9          24              12,274                3                2            23
18             39              40              12,524                0                0            19
19                  1          39              13,290                11               18           33
20             26              37              13,786                7                0            23
21             21              22              14,083                0                15           27
22                  2               3          14,806                0                8            29
23                  9          26              15,475                17               20           31
24                  8          20              15,578                9                0            30
25             10              11              16,756                10               0            29
26             12              29              19,738                0                13           34
27             21              30              20,401                21               1            28
28                  7          21              23,317                12               27           34
29                  2          10              24,468                22               25           33
30                  8          15              24,686                24               4            35
31                  9          14              25,319                23               0            35
32             16              32              26,391                14               0            36
33                  1               2          31,387                19               29           36
34                  7          12              36,120                28               26           37
35                  8               9          36,875                30               31           38
36                  1          16              40,574                33               32           37
37                  1               7          47,758                36               34           38
38                  1               8          53,133                37               35           39
39                  1               5          64,771                38               16                0


                                                                                                            50
Concluiu-se que, dentro do número de conglomerados idealizado, a melhor composição
para a análise K-Means é de 4 conglomerados. Uma redução para 3 conglomerados
implicaria em uma queda muito grande na capacidade de caracterização dos
conglomerados, enquanto um número maior ainda apresentaria semelhanças entre os
conglomerados.
Com essa informação, foi iniciada a análise K-means. Nessa etapa visou-se detectar os
novos conglomerados que seriam formados, dado a significância de cada variável (Q1 a
Q12) para a descrição de cada grupo. A ferramenta utilizada para esse fim foi a análise
Anova:
                                                                                    51
ANOVA


                      Cluster                     Error


               Mean Square      df       Mean Square      df        F          Sig.


Zscore(q1)            1,221          3            ,982         36    1,244        ,308

Zscore(q2)            3,077          3            ,827         36    3,721        ,020

Zscore(q3)            6,349          3            ,554         36   11,455        ,000

Zscore(q4)            6,154          3            ,570         36   10,787        ,000

Zscore(q5)            6,854          3            ,512         36   13,381        ,000

Zscore(q6)            3,108          3            ,824         36    3,770        ,019

Zscore(q7)            1,664          3            ,945         36    1,761        ,172

Zscore(q8)             ,901          3           1,008         36       ,894      ,454

Zscore(q9)             ,448          3           1,046         36       ,429      ,734

Zscore(q10)           1,550          3            ,954         36    1,624        ,201

Zscore(q11)           6,516          3            ,540         36   12,058        ,000

Zscore(q12)           1,931          3            ,922         36    2,093        ,118



Como a variável Q9 apresenta alto índice de significância, sua permanência na amostra
poderia provocar risco da pesquisa não representar a realidade. Dessa forma a variável
foi excluída e os dados reprocessados:
                                         ANOVA
                      Cluster                     Error
               Mean Square      df       Mean Square      df        F          Sig.
Zscore(q1)            1,262          3            ,978         36    1,291        ,292
Zscore(q2)            2,842          3            ,847         36    3,357        ,029
Zscore(q3)            5,917          3            ,590         36   10,024        ,000
Zscore(q4)            5,908          3            ,591         36    9,996        ,000
Zscore(q5)            6,476          3            ,544         36   11,913        ,000
Zscore(q6)            3,448          3            ,796         36    4,331        ,010
Zscore(q7)            1,821          3            ,932         36    1,955        ,138
Zscore(q8)            1,952          3            ,921         36    2,120        ,115
Zscore(q10)            ,940          3           1,005         36       ,935      ,434
Zscore(q11)           7,071          3            ,494         36   14,313        ,000

                                                                                         52
ANOVA
Zscore(q12)          1,981           3            ,918         36    2,158        ,110


Com a exclusão, a confiabilidade da análise aumentou significativamente, porém a
variável Q10 ainda permite risco da pesquisa não representar a realidade. Excluída a
variável em questão, os dados foram reprocessados:


                                         ANOVA
                      Cluster                     Error
              Mean Square       df       Mean Square      df        F          Sig.
Zscore(q1)           1,355           3            ,970         36    1,396        ,260
Zscore(q2)           2,871           3            ,844         36    3,401        ,028
Zscore(q3)           6,790           3            ,518         36   13,119        ,000
Zscore(q4)           6,428           3            ,548         36   11,738        ,000
Zscore(q5)           7,193           3            ,484         36   14,866        ,000
Zscore(q6)           3,016           3            ,832         36    3,625        ,022
Zscore(q7)           1,143           3            ,988         36    1,157        ,340
Zscore(q8)             ,748          3           1,021         36       ,733      ,539
Zscore(q11)          6,465           3            ,545         36   11,871        ,000
Zscore(q12)          2,605           3            ,866         36    3,007        ,043


No novo reprocessamento, o mesmo pode ser identificado com a variável Q8. Mais uma
vez, os dados foram reprocessados:
                                         ANOVA
                      Cluster                     Error
              Mean Square       df       Mean Square      df        F          Sig.
Zscore(q1)           5,178           3            ,652         36    7,943        ,000
Zscore(q2)           3,601           3            ,783         36    4,598        ,008
Zscore(q3)           5,271           3            ,644         36    8,184        ,000
Zscore(q4)           6,754           3            ,521         36   12,976        ,000
Zscore(q5)           7,617           3            ,449         36   16,981        ,000
Zscore(q6)           3,421           3            ,798         36    4,286        ,011
Zscore(q7)           3,522           3            ,790         36    4,459        ,009
Zscore(q11)          8,246           3            ,396         36   20,813        ,000
Zscore(q12)          4,035           3            ,747         36    5,401        ,004


No quarto processamento, as variáveis indicavam nível de significância adequando
(menor que 0,05) para compor a análise. Dessa forma, obtemos os valores:


                                                                                         53
Final Cluster Centers
                                 Cluster
                  1          2              3         4
Zscore(q1)      -1,04645    ,88721         ,35348    -,56471
Zscore(q2)      1,36668     -,16494        ,49665    -,46295
Zscore(q3)       ,68086     -,89036        ,76144    -,24339
Zscore(q4)      -1,78768    -,17716        ,91304    -,40452
Zscore(q5)      -1,86474    -,22900        ,97892    -,42144
Zscore(q6)      1,34449     -,83320        -,02476   ,25286
Zscore(q7)       -,72143   1,00373         -,19061   -,24171
Zscore(q11)     -2,75190    -,78626        ,37297    ,40855
Zscore(q12)      -,83452    -,97361        ,23538    ,37635


Para agregar os dados que descrevem a empresa e os respondentes, foi utilizada a
técnica descritiva Crosstabs.




                                                                                   54
10.3.ANEXO 3 – COMPILAÇÃO DO QUESTIONÁRIO


Notas médias por Setor

Setor                     Q01    Q02     Q03     Q04     Q05     Q06    Q07    Q08    Q09    Q10    Q11     Q12
Bens de Consumo           6,50   6,57    8,25    7,33    7,33    7,80   6,83   7,14   7,67   6,57   7,75   6,50
                          6,67   5,00    8,50    6,67    6,67    7,40   7,33   7,71   5,00   7,00   7,75   8,17
                          6,83   6,71   10,00    7,33    7,33    9,00   7,33   7,57   5,33   7,29   7,00   7,50
                          6,83   6,43    9,25    9,00    9,00   10,00   7,33   6,57   7,50   6,00   5,75   6,67
                          6,83   6,86    5,50    7,33    5,00    7,80   6,50   7,14   6,83   5,71   6,75   7,50
                          7,00   7,71    9,00    8,00    8,00   10,00   7,67   7,29   8,00   6,29   7,25   7,83
                          7,17   8,43    6,25    6,00    6,00    6,80   5,83   7,29   5,67   7,29   7,25   6,67
                          7,17   7,71    6,75    6,67    6,67    7,60   5,50   6,29   6,83   6,29   6,75   5,00
                          7,33   6,86    6,00    5,00    5,00   10,00   6,67   6,29   6,17   6,86   8,25   8,83
                          7,50   8,00    9,00    8,17    8,17    9,00   6,67   7,29   6,50   7,00   7,25   7,50
                          7,50   5,86    6,75    8,00    7,00    7,20   5,67   7,14   6,33   8,86   6,75   7,50
                          7,67   9,00    8,00    9,00    9,00    5,60   7,33   6,86   7,17   6,43   7,25   8,17
                          7,67   7,57    5,50    5,00    7,00    6,40   6,00   8,57   6,67   6,43   5,75   8,17
                          7,83   6,71   10,00   10,00   10,00    7,20   6,17   8,00   7,17   6,43   6,25   7,17
                          7,83   5,57    5,00    7,33    7,33    6,40   7,83   6,86   7,00   7,43   5,50   5,83
                          8,00   7,00    9,00    7,17    7,17   10,00   6,17   7,29   6,67   7,00   8,00   7,83
                          8,00   8,00    7,00    7,00    7,00    8,20   8,00   8,00   6,83   9,14   5,75   6,00
                          8,17   6,57    8,00    5,83    5,83    6,80   7,67   7,57   7,83   7,43   7,00   8,33
                          8,67   7,86    7,25    4,00    8,00    6,60   6,33   6,57   5,83   7,43   6,25   8,33
                          9,00   7,00    6,25    8,00    6,00    9,00   7,50   7,57   8,17   7,57   7,25   8,00
                         10,00   8,00    9,25   10,00   10,00    8,40   6,00   6,71   7,17   7,43   6,50   8,50
Média Bens de Consumo     7,63   7,12    7,64    7,28    7,31    7,96   6,78   7,22   6,78   7,04   6,86   7,43
Eletroeletrônico          7,00   7,14    7,25    8,17    8,17    9,00   7,17   6,43   8,00   8,00   7,00   6,83
                          7,17   7,29    6,50    6,67    6,67    8,00   7,67   7,14   6,67   7,29   5,50   7,00
                          7,33   6,29    6,00    7,00    7,00   10,00   8,17   6,71   6,83   6,14   7,50   7,00


                                                                                                             55
8,00     8,43    9,00   10,00   10,00     6,80   7,83   6,43   6,33   6,00     7,50    6,50
                                    8,17     7,43    7,00   10,00   10,00     7,20   6,50   6,86   6,83   7,29     7,00    7,67
                                   10,00     9,00    6,00    8,00    8,00     6,20   8,67   7,14   6,17   6,71     6,25    7,00
                                   10,00     7,00    4,00    8,50    8,50     6,60   8,00   5,86   7,00   6,86     6,00    5,67
Média Eletrônico                    8,24     7,51    6,54    8,33    8,33     7,69   7,71   6,65   6,83   6,90     6,68    6,81
Farmacêutico                        7,83     8,00    6,50    7,00    7,00     6,60   6,67   5,43   7,00   6,71     6,75    7,50
                                    8,50     9,00   10,00    7,00    7,00     6,00   7,17   7,43   8,50   6,86     7,00    7,83
                                    9,00     9,00    8,00    8,50      8,5    7,40   6,67   6,14   6,00   6,29     7,75    7,17
                                   10,00     9,00    8,00    6,50    6,50     8,00   7,00   8,43   6,83   7,00     8,00    6,83
                                   10,00     8,00    8,50    8,17    8,17     7,60   5,50   5,43   6,83   7,57     7,25    6,67
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Química e Petroquímica              6,83     8,00    9,00    4,00    4,00    10,00   5,67   7,86   6,50   7,00     4,00    5,83
                                    6,83    10,00    8,00    5,00    5,00     9,00   7,17   7,14   6,83   7,71     3,00    7,17
                                    8,00     7,00    7,00    6,00    6,00     7,00   7,00   8,00   7,00   7,00     5,00    6,00
                                    9,00     9,00    6,50    7,83   10,00     7,00   7,17   7,00   5,50   7,14     7,00    6,33
                                    9,00     6,00    8,00    5,00    5,00     6,00   8,00   7,00   8,00   7,00     4,00    7,00
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                                   10,00     8,00    6,00    7,00    7,00     6,00   8,00   7,00   8,00   6,00     7,00    7,00
Média Química e Petroquímica        8,52     8,00    7,36    5,98    6,29     7,43   7,14   7,14   6,98   6,98     5,14    6,48
                                      8,0                                                                            6,5
Média Geral                    7             7,53    7,47    7,25    7,33     7,72   6,98   7,03   6,85   6,99 9           7,13




                                                                                                                             56

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  • 2. GABRIEL NOVAIS PIMENTA 5920541 KAREN TOSTA 5920044 NATÁLIA BULHÕES DE ARAUJO - 5920725 SÃO PAULO 2011 SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS............................................................................................................3 ÍNDICE DE TABELA.............................................................................................................4 ÍNDICE DE GRÁFICOS.........................................................................................................4 Resumo..............................................................................................................................5 1. Introdução...................................................................................................................6 2. Objetivos do trabalho..................................................................................................7 3.Justificativa do tema.......................................................................................................7 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................8 4.2Ambientes.................................................................................................................8 4.2.1 Âmbito Externo (Geral).......................................................................................10 4.2.2Âmbito Operacional (Empresa)...........................................................................11 4.2.3Âmbito Interno (Empresa)...................................................................................12 4.3Modelos existentes de avaliação de desempenho organizacional........................13 4.3.1Balanced Scorecard..............................................................................................13 4.3.2Made-o.................................................................................................................17 4.3.3Sigma - Sustainability Scorecard..........................................................................18 4.3.4Skandia.................................................................................................................19 5.planos de pesquisa.......................................................................................................21 5.2 Metodologia...........................................................................................................22 5.3População e amostra..............................................................................................22 2
  • 3. 5.4Modelo adotado.....................................................................................................23 5.5Coleta de dados......................................................................................................24 5.6Método de análise..................................................................................................24 5.7Limitações...............................................................................................................25 6. Questionário.............................................................................................................25 7.Análises ........................................................................................................................28 7.1.Analise das estatísticas multivariadas.......................................................................28 7.2.ANALISES ESPECÍFICA................................................................................................31 7.2.1.Entendimento geral dos drivers.............................................................................32 7.2.2.Entendimento da influência do perfil dos entrevistados.......................................33 7.2.3.Entendimento da influência do SEtor da empresa................................................41 8.Conclusão .....................................................................................................................43 9.Bibliografia ...................................................................................................................44 10. Anexos.....................................................................................................................45 10.1.Anexo 1 - Questionário ...........................................................................................45 10.2.Anexo 2 – Resultados da análise estatística............................................................48 10.3.Anexo 3 – Compilação do questionário..................................................................55 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – O porquê da avaliação de desempenho...........................................................8 Figura 2 – A Empresa e seu Ambiente Geral e Ambiente de Tarefa.................................9 Figura 3 – 5 forças de Porter...........................................................................................12 Figura 4 – Perspectivas do modelo BSC...........................................................................14 Figura 5 – Modelagem do Modelo MADE-O...................................................................18 Figura 6 – Modelo navegador Skandia............................................................................20 Figura 7 – Integridade de um questionário.....................................................................26 3
  • 4. ÍNDICE DE TABELA Tabela 1 – Outros Modelos de Avaliação........................................................................21 Tabela 2 – Amostra de empresas....................................................................................23 Tabela 3 – Grau de escolaridade dos entrevistados.......................................................33 ÍNDICE DE GRÁFICOS 4
  • 5. RESUMO Uma questão que se tem tornado uma grande fonte de pesquisa é o desempenho da organização. O meio através do qual se analisa este desempenho seria a utilização de métodos e sistemas de mensuração e avaliação de desempenho organizacional eficazes. Contudo a análise de desempenho organizacional é sempre algo passível de muitas discussões. Nesta perspectiva o presente estudo focaliza a importância da medida de desempenho organizacional, entender quais componentes a empresa prioriza para suas análises e como estes na prática são utilizados. Neste contexto, o presente estudo apresenta um enfoque tanto exploratório, por meio da revisão da literatura que servirá de base para as discussões apresentadas no decorrer do estudo, quanto descritivo, por meio da descrição e análise de estudos de caso de grandes empresas. Dessa forma, espera-se que este possa contribuir para a discussão do tema, tanto do ponto de vista da análise teórica, quanto da verificação das práticas em uma organização brasileira. 5
  • 6. Palavras-chave: Medição do desempenho, desempenho organizacional, indicadores de desempenho 1. INTRODUÇÃO No atual cenário de competitividade global, com a concorrência cada vez mais acirrada, as empresas precisam entregar a seus clientes produtos/serviços a preços competitivos, com alto grau de qualidade, de forma rápida e simples e com elevado nível de atendimento pré e pós-compra. Em um cenário como este, as empresas são forçadas a buscar novas idéias, ferramentas e métodos, visando melhorar continuamente o seu desempenho organizacional. E, para competir neste cenário que se delineia, as empresas precisam não só contemplar todas estas dimensões em seus produtos/serviços, mas necessitam também ter um sistema de medição eficiente, que lhes permita mensurar o quão bem colocadas elas estão em relação ao que se propuseram a fazer. A forma de se avaliar o desempenho constitui-se um elemento bastante importante dentro do processo de gestão. Os elementos tradicionais de medição de desempenho guardam ainda uma relação com a era da produção em massa. Tradicionalmente, estas medidas eram obtidas principalmente através de indicadores financeiros e de eficiência operacional, principalmente vista do ponto de vista da área de produção, e serviam mais de mecanismos de controle. Hoje, a visão dos indicadores de desempenho vai muito além da finalidade de controle, e a forma de se mensurar o desempenho organizacional expandiu-se bastante, deixando de focar no financeiro e no operacional. Mensurar o desempenho hoje significa não somente medir o desempenho nas diversas áreas da 6
  • 7. empresa, mas abrange também, entre outras coisas, mensurar o desempenho no relacionamento com o cliente, com a cadeia de suprimentos, com o meio ambiente e com o ambiente de negócios. Do ponto de vista da utilidade dos indicadores de desempenho, eles são muito mais que mecanismos de controle. Hoje os indicadores são vistos também como importantes ferramentas utilizadas no planejamento e no suporte à aprendizagem organizacional, além de oferecerem suporte ao posicionamento estratégico, permitindo que suposições por trás da estratégia sejam validadas ou não. No atual cenário de competitividade global, os indicadores de desempenho necessitam fornecer uma visão geral da empresa, em contraposição à visão fragmentada de antigamente, alem de necessitarem ter aderência com os objetivos estratégicos da empresa. Neste sentido, a pesquisa a ser apresentada neste trabalho visa verificar quais são os principais indicadores de desempenho utilizados nas grandes empresas e qual a sua relevância e aderência com os objetivos estratégicos da empresa. 2. OBJETIVOS DO TRABALHO Avaliação de Desempenho Organizacional há muito tempo vem sendo considerado um importante componente da estratégia das empresas para seu desenvolvimento e competitividade. Muitas atividades da estratégia da empresa são melhoradas e atingem um alto grau de eficiência e eficácia por causa do sistema de realimentação por contínuos feedbacks das avaliações. Este trabalho a partir do levantamento dos principais métodos de mensuração e avaliação do desempenho organizacional encontrados na literatura objetiva identificar as ferramentas e componentes que as organizações pesquisadas utilizam e entender qual desses as empresas priorizam para suas análises. 3. JUSTIFICATIVA DO TEMA A identificação e análise das ferramentas de avaliação de desempenho de uma empresa são de fato atividades de grande relevância para o estudo da Administração de forma geral e fazem-se necessárias em um contexto de extrema competitividade. Através delas 7
  • 8. é possível se verificar não só a produtividade e qualidade dos produtos/serviços, mas também entender a estratégia de uma empresa. A produtividade e qualidade têm uma ligação mais intrínseca à avaliação de desempenho, uma vez que ao se estruturar esse sistema é possível cobrir “gaps” de produção, processos e áreas ineficientes, evitar desperdícios e retrabalhos, entre outra série de fatores que podem aumentar a eficácia de uma empresa, mostrando assim ser de fato um tópico relevante. Além disso, através dessa análise é possível também não só identificar quais são essas Conhecer melhor os processos Permitir avaliação contínua Relacionar pontos críticos de sucesso ferramentas de avaliação utilizadas por determinada empresa, como também relacionar sua estratégia e mercado de atuação com o grau de complexidade das ferramentas de análise em suas diferentes áreas. Dado que os recursos são escassos e as decisões sobre investimentos estão cada vez mais estruturadas, é possível se decidir com maior precisão quais as prioridades ao se programar componentes de avaliação de desempenho. 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.2 Ambientes Nas organizações a avaliação de desempenho é um processo presente e de grande importância, pois cerca desde o sucesso ou fracasso pessoal, profissional ou organizacional. As empresas precisão medir seu desempenho, possibilitando: Figura 1 – O porquê da avaliação de desempenho 8
  • 9. A análise de desempenho pode ser separada em três âmbitos: interno, operacional e externo, chamada de análise do ambiente. Esta análise tem como objetivo avaliar o ambiente organizacional, de modo que a administração possa reagir adequadamente e aumentar o sucesso organizacional. Figura 2 – A Empresa e seu Ambiente Geral e Ambiente de Tarefa. 9
  • 10. 4.2.1 Âmbito Externo (Geral) O nível de ambiente é composto por componentes que têm amplo escopo e pouca aplicação imediata na administração da organização, mas que podem influenciar a organização. Este ambiente externo, não controlado pela organização, possui o poder de influenciar as atitudes das pessoas, afetar as condições de trabalho, promover competições por recursos e poder, bem como transformar a tecnologia, provocando e exigindo novas estratégias gerenciais. Se a organização falhar na percepção dos fatores macro- ambientais que a afetam, bem como na identificação de suas tendências, estará fadada a trilhar um caminho de incompetência. O sucesso de qualquer tipo de organização depende, em grande medida, de sua capacidade de compatibilizar-se e adequar-se a este macro-ambiente em constante mudança e transformação, significando que ela também terá que se transformar para criar maior e melhor sinergia com este ambiente. As variáveis externas possuem diversos componentes, entre estes: • Componente econômico: Indica como os recursos são distribuídos e usados no ambiente – PIB, lucros do setor, taxas de inflação, produtividade setorial, taxas de emprego, balanço de pagamentos, taxas de juros, tributos e receitas de consumidores, etc. 10
  • 11. Componente social: Refere-se às características da sociedade na qual se situa a organização - níveis educacionais, costumes, crenças, estilo de vida, idade, distribuição geográfica e mobilidade de uma população, etc • Componente político: Compreende os elementos relacionados a decisões governamentais - tipo de governo, atitude frente às indústrias, grupos de lobby, aprovação de leis, partidos políticos, predisposição de candidatos no desempenho dos cargos. • Componente legal: Consiste na legislação aprovada – leis vigentes, defesa da Livre Concorrência, meio Ambiente, empresariais e etc. • Componente tecnológico: Inclui novas abordagens para a produção de mercadorias e serviços. Procedimentos e equipamentos novos, como robotização. 4.2.2 Âmbito Operacional (Empresa) É o nível de ambiente externo à organização composto de setores que normalmente têm implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da organização. São os componentes clientes, fornecedores, mão-de-obra, concorrência, e ambiente internacional. • Clientes: Reflete as características e o comportamento daqueles que compram produtos e serviços fornecidos pela organização. • Fornecedores: Inclui todas as variáveis relacionadas aos que fornecem recursos para a organização venda, qualidade relativa dos materiais, credibilidade de entregas e termos de crédito. • Mão de obra: É composto de fatores que influenciam a disponibilidade de mão- de-obra para realizar as tarefas organizacionais necessárias - nível de conhecimento, treinamento, faixa de salários e idade, imagem da empresa (atratividade) e etc. • Concorrência: Consiste no que a organização tem de 'combater' para conseguir recursos. Fator-chave no desenvolvimento estratégico da empresa. Para isso deve-se avaliar seus pontos fortes e seus pontos fracos e a capacidade dos 11
  • 12. concorrentes existentes e potenciais e prever cenários estratégicos da concorrência usando, por exemplo, o modelo das 5 forças de Porter. Figura 3 – 5 forças de Porter. Fonte: Porter, (1986) Ambiente internacional: Compreende todas as implicações internacionais das operações organizacionais como leis (marcas, patentes a tratados internacionais), práticas políticas (ideologia, estabilidade e políticas externas), cultura (costumes, normas, crenças, idiomas, atitudes) e econômicas (clima, população, PIB, renda per capita, nível de instrução e natureza da concorrência). 4.2.3 Âmbito Interno (Empresa) É o nível de ambiente da organização que está dentro da mesma e normalmente tem implicação imediata e específica na administração. São os aspectos organizacionais, aspectos de pessoal, aspectos de produção, aspectos de marketing e aspectos financeiros. • Aspectos organizacionais: é constituído de dede de comunicação, estrutura da organização, registro dos sucessos, hierarquia de objetivos, política, procedimentos e regras e habilidade da equipe administrativa. • Aspectos de pessoal: é constituído de dede de relações trabalhistas, práticas de recrutamento, programas de treinamento, sistema de avaliação de desempenho e rotatividade e absenteísmo. 12
  • 13. Aspectos de produção: é constituído de dede layout das instalações da fábrica, pesquisa e desenvolvimento, uso da tecnologia, aquisição de matéria prima, controle de estoques e uso de subcontratação. • Aspectos de Marketing: é constituído de dede segmentação do mercado, estratégia do produto, estratégia de preços, estratégia de promoção e estratégia de distribuição • Aspectos de Finanças: é constituído de liquidez, lucratividade, atividades, oportunidade de investimentos 4.3 Modelos existentes de avaliação de desempenho organizacional Com a importância da avaliação de desempenho estando cada vez em maior evidencia foram se desenvolvendo métodos, ferramentas e técnicas para a análise de desempenho, sendo esses numéricos, qualitativos ou quantitativos. A seguir são tratadas algumas abordagens de avaliação de desempenho, identificando suas principais características. 4.3.1 Balanced Scorecard Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia desenvolvida pelo professor da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton em 1992. O BSC foi apresentado inicialmente como um modelo de avaliação de desempenho empresarial, porém a aplicação em empresas proporcionou seu desenvolvimento para uma ferramenta estratégica de gestão. O BSC é um sistema de gestão baseado em um conjunto de indicadores de desempenho que proporcionam aos gestores uma visão rápida e abrangente de toda a empresa. Possuem indicadores que permitem a visualização do resultado das ações passadas, e os indicadores operacionais, ligados com a satisfação dos clientes, com os processos internos e o aprendizado e crescimento. (KAPLAN E NORTON, 1997). De acordo com KAPLAN & NORTON (1997), o termo reflete o equilíbrio entre os objetivos de curto e longo prazo, entre medidas financeiras e não financeiras, entre indicadores de tendências e ocorrências e entre perspectivas interna e externa. Este é, na verdade, o grande diferencial do modelo BSC: o sucesso do modelo está em sua visão de longo prazo e na relação de causa e efeito dos indicadores. 13
  • 14. O conjunto de indicadores deve ser escolhido de modo coerente com a visão, missão e estratégia organizacional. O modelo é capaz de “esclarecer e traduzir a visão e estratégia; comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas; planejar; estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas; e melhorar o feedback e o aprendizado estratégico.” (KAPLAN e NORTON, 1997). O BSC é um modelo mais flexível, podendo ser aplicado de acordo com a realidade da empresa em estudo ou do setor no qual está inserida: podem ser realizadas alterações nas perspectivas ou inclusão de novas perspectivas. Propõe um modelo sistematizado para simplificar a estratégia, ligar a estratégia ao orçamento anual, comunicar a estratégia em toda a organização, alinhar a organização com a estratégia e medir a eficácia da estratégia. Figura 4 – Perspectivas do modelo BSC. O BSC é uma estrutura conceitual que traduz os objetivos estratégicos de uma organização em um conjunto de indicadores de performance. • Perspectiva Financeira – é relevante ao medir a repercussão econômica de ações passadas, e indicar a conformidade da estratégia com sua implementação e execução. Para OLVE, ROY e WETTER (1999), essa perspectiva deve ser 14
  • 15. concebida de forma a identificar os resultados de curto prazo decorrentes das escolhas estratégicas efetuadas sob as demais perspectivas do modelo, ao mesmo tempo em que deve visar os objetivos de longo prazo. KAPLAN e NORTON (1997) apontam três temas estratégicos à perspectiva financeira: (i) crescimento e mix da receita, que diz respeito à expansão da oferta de produtos e serviços em novos mercados de maior valor agregado; (ii) redução de custos e melhoria da produtividade e, (iii) utilização de ativos e estratégia de investimento, que visam um maior retorno sobre ativos físicos e financeiros. • Perspectiva dos Clientes - implica na identificação dos segmentos de clientes e mercados nos quais a unidade de negócios competirá e as medidas do desempenho da unidade nesses segmentos-alvo, traçando indicadores de performance. No entanto, essa perspectiva também deve incluir medidas específicas das propostas de valor que a empresa oferecerá aos seus clientes, uma vez que os elementos direcionadores dos resultados essenciais para os clientes são os fatores críticos para mantê-los leais à empresa ou aliarem-se à concorrência. • Perspectiva dos Processos Internos - são identificados os processos de negócios internos críticos ao sucesso das organizações, e traçados objetivos e indicadores que conduzem à obtenção de excelência nos mesmos. Apesar de cada negócio ter processos particulares de criação de valor para seus clientes, KAPLAN e NORTON (1997) consideram haver um modelo genérico de cadeia de valor adaptável para todas as organizações, o qual abrange: (i) o processo de inovação por meio de pesquisas de mercado e desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços; (ii) processo operacional, que visa a medição da performance dos processos e (iii) processo de serviços de pós-venda, que consiste na continuidade do relacionamento com o cliente. • Perspectiva de Aprendizado e Crescimento - identifica a infra-estrutura (capacitação de pessoas, sistemas e tecnologia de informação e, alinhamento de procedimentos organizacionais com as rotinas) que a organização precisará construir para atender a esses fatores críticos e criar condições de crescimento e melhoria a longo prazo. O aprendizado e o crescimento organizacional provêm 15
  • 16. das pessoas, dos sistemas e dos procedimentos organizacionais. As empresas devem buscar a capacitação e a integração de seus colaboradores, além do investimento em novas tecnologias para atender às necessidades e desejos dos clientes. Dessa forma, as metas pessoais devem estar alinhadas às metas da organização, uma vez que o BSC envolve todas as áreas da mesma, fazendo com que todos se sintam motivados a buscar o alcance de seus objetivos e cumprir sua estratégia. Para se implementar a metodologia BSC segundo Kaplan e Norton (2001), é preciso, em primeiro lugar, traduzir a estratégia em objetivos e iniciativas específicos, ou seja, responder a questão de, “aonde e como se quer chegar”. Em seguida é necessário coletar dados. É fundamental ter o fluxo de informações constante, para saber como está se saindo a organização. Após é necessário ter sempre a oportunidade de avaliar se o rumo traçado está sendo seguido. Por fim, existe algo que pode desviar da direção escolhida: a estratégia não ter sido implementada da maneira proposta., ou seja, os processos não foram melhorados, não foram criados novos produtos ou não foram melhorados, ou ainda os funcionários não foram treinados adequadamente. Nesse caso, aparecerá a “sombra” dos concorrentes. É possível, além disso, que surjam no mercado outros tipos de mudanças. Portanto, é preciso saber se a estratégia que se quer implementar continua sendo correta. O sistema de feedback estratégico é uma ferramenta útil porque trata de incorporar o conhecimento que todos os recursos humanos da empresa tem sobre as mudanças na ambiente competitivo. A implantação do BSC, segundo Kaplan e Norton (1997), em uma organização deve passar por 7 etapas, dessa forma definida: 1. Identificar a visão 2. Identificar a estratégia 3. Identificar os fatores Críticos de Sucesso 4. Selecionar indicadores 5. Avaliar 6. Criar Planos de Ação 7. Acompanhar e gerir Após a implantação do BSC seguindo as etapas propostas acima, os benefícios a serem alcançados são: 16
  • 17. 1. A estratégia passa a gerir ações corretas 2. Aplicação dos indicadores estratégicos nos processos organizacionais 3. Proporciona uma visão sistematizada do desempenho organizacional 4. Desenvolve uma cultura de aprendizagem e melhoria contínua 5. Atribui incentivo para o desempenho individual contribuindo com os resultados obtidos pela organização A metodologia do BSC não consiste apenas em um conjunto de indicadores críticos ou fatores-chave de sucesso, mas em uma série articulada de objetivos e medidas coerentes que se reforçam mutuamente. Assim, o BSC constitui-se em um sistema de avaliação de desempenho que ultrapassa o tradicional sistema de mensuração utilizado para descrever resultados e objetivos. No entanto, essa metodologia torna-se limitada à medida que sua complexidade aumenta, inviabilizando os custos das organizações. 4.3.2 Made-o O modelo MADE-O (Modelo de Avaliação de Desempenho Organizacional) foi desenvolvido pelo Professor Doutor Hamilton Correa, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e propõe uma abordagem que pretende ser o mais global possível, contemplando todos os aspectos internos e externos à empresa. Segundo o autor, é um sistema que procura estabelecer uma relação entre o desempenho da organização e todas as dimensões que podem afetar e influenciar este desempenho, sendo um método flexível que pode ser adaptado a todo tipo de organização. A metodologia por trás do modelo MADE-O é baseada em duas vertentes: • abrangência - onde procura-se medir o desempenho de todos os recursos: humanos, materiais, tecnológicos, e financeiros em todas as áreas da empresa; • e tempo - pelo qual procura-se medir o desempenho num determinado momento, mas procura assegurar-se que determinados recursos ou áreas não estejam sendo deteriorados, podendo prejudicar o desempenho futuro. (CORREA, 2010). No início da avaliação de desempenho pelo MADE-O deve-se primeiramente conhecer e compreender a empresa em todas as suas dimensões: técnica, organizacional (cultura, 17
  • 18. valores, clima, sistema de poder, estrutura) e estratégica (missões, objetivos, metas, estratégias e ambiente). Com isso, é obtida uma compreensão conceitual e geral de todas as dimensões da empresa que permite definir as áreas e atividades importantes para operação e desempenho da empresa. Segundo Correia (2010), após o conhecimento da empresa definem-se os módulos, que poderão variar de acordo com inúmeras características das empresas, tais como setor, tamanho, propriedade, estratégia etc. que possuem seus respectivos pesos para a avaliação global. Para cada um dos módulos serão escolhidos os indicadores, de modo a se poder conhecer todos os aspectos de um módulo. Além dos indicadores, também são definidos os padrões, que estabelecem qual é o nível de desempenho desejado e que pode ser considerado como positivo para a empresa. Na definição dos módulos, propõe-se avaliar o imediato, o médio e o longo prazos, considerando variáveis internas e externas da empresa e procurando integrar elementos de características e dimensões diferentes. Os módulos apresentados na metodologia procuram eliminar a ênfase em uma única área e a ênfase no curto prazo e análise deve ser feita de forma integrada (CORREIA, 2010). Após comparações e análises descritivas dos indicadores e padrões dentro dos módulos, definem-se as equipes e os papeis dos responsáveis internos e externos que irão participar na implementação da metodologia na empresa. Figura 5 – Modelagem do Modelo MADE-O 4.3.3 Sigma - Sustainability Scorecard O SIGMA Sustainability Scorecard, lançado pelo British Standards Institute (BSI), é um modelo estruturado para ajudar as empresas a mudar seu foco de atuação com base na Responsabilidade (Accountability) com os stakeholders e assim ser arquiteto de um 18
  • 19. desenvolvimento sustentável das futuras gerações. Com base na estrutura proposta pelo Project Sigma, a empresa liga sua visão, missão e valores com processos-chave de forma a melhorar seu desempenho organizacional. Também através do modelo proposto, a empresa pode avaliar seu desempenho através do SSS. O modelo SSS tem pontos de convergência com os modelos Triple Bottom Line e, principalmente, com o Balanced Scorecard. Comparando-o com o BSC, as diferenças fundamentais são que (1) o SSS adota uma perspectiva de sustentabilidade em vez da perspectiva financeira; e (2) adota uma perspectiva dos stakeholders em vez da perspectiva dos clientes. Assim, o SSS reconhece a necessidade de estruturar os elementos do desempenho dentro do Scorecard. Rejeita um simples botton line de desempenho financeiro e coloca em seu lugar o desempenho sustentável incluindo aspectos sociais, ambientais e econômicos (triple botton line). Estes elementos de desempenho são suportados ou impulsionados pela perspectiva dos stakeholders e pelos processos internos de habilidades e conhecimentos da empresa. (SIGMA, 2003) O modelo SSS é bastante flexível, e propõe uma estrutura de implementação que segue um “ciclo”, para não limitar seu uso. Ou seja, empresas de diferentes tamanhos e de diferentes setores podem adaptar o SIGMA Sustainability Scorecard à sua realidade. Como processo que envolve toda a organização, a implementação do SIGMA Sustainability Scorecard deve seguir quatro passos: • Identificação e concordância da visão, missão e valores organizacionais; • Identificação e concordância das principais áreas de desempenho do negócio para que se atinjam a visão, missão e valores organizacionais; • Construção e concordância dos fatores que relacionam as principais áreas de desempenho e a visão e a missão; • Identificação e concordância quanto aos indicadores de sucesso, tanto atuais quanto aqueles a serem desenvolvidos como alvo. 4.3.4 Skandia Outro método de destaque e bastante estudado no meio acadêmico é o sueco Skandia Navigator, que permite identificar os resultados para a empresa graças a uma estratégia 19
  • 20. baseada na criação de conhecimento. Seu principal foco é o ser humano, ressaltando a satisfação dos indivíduos e a importância do capital intelectual na aquisição de vantagens competitivas sustentáveis. Este instrumento possui cinco áreas de foco nas quais uma empresa focaliza sua atenção e das quais provém o valor do seu Capital Intelectual: Figura 6 – Modelo navegador Skandia Fonte: Edvinsson (1998:60). • Foco Financeiro: As demonstrações contábeis e o capital intelectual são complementares, onde os relatórios financeiros fornecem um feedback para posterior avaliação de desempenho dos demais focos. • Foco no Cliente: Atualmente os clientes têm necessidades e exigências diferenciadas e esta nova realidade provocou mudanças na estrutura da empresa. É preciso buscar confiança, lealdade e compromisso com o cliente. • Foco no Processo: busca mostrar os efeitos de investimentos em novas tecnologias na criação de valor da empresa. A tecnologia de processo só tem valor quando contribui para o aumento da riqueza da entidade. • Foco na Renovação e Desenvolvimento: Acredita-se que o monitoramento de áreas como clientes, atração no mercado, produtos e serviços, parceiros estratégicos, infra-estrutura e empregados a empresa está preparada para possíveis mudanças. 20
  • 21. Foco Humano: A visão do ser humano na era do conhecimento gera novas relações da empresa com seus empregados. Bontis(2001) afirma que o modelo já incorpora cerca de 91 indicadores relacionados ao Capital e 73 indicadores relacionados ao desempenho financeiro. A partir da análise destes indicadores pertencentes a cada área focada no modelo Skandia, as empresas podem analisar tanto o desempenho financeiro quanto as áreas não financeiras, ou seja, nos componentes do Capital Intelectual. Esta análise possibilita que os gestores tomem decisões que maximizem o resultado financeiro da empresa. Existem ainda algumas outras propostas que podem ser resumidas na tabela abaixo: Tabela 1 – Outros Modelos de Avaliação Fonte: Enegep 2003 5. PLANOS DE PESQUISA Nesta seção é apresentada a parte empírica do presente estudo, contemplando o problema e os objetivos e o tipo de pesquisa, bem como considerações acerca da população e da seleção da amostra, e o detalhamento de cada uma das etapas de pesquisa executadas. 21
  • 22. “O objetivo da pesquisa é descobrir respostas para perguntas, através do emprego de processos científicos” (SELLTIZ et al., 1974). 5.2 Metodologia Este trabalho será pautado em quatro etapas, inicialmente será feita a revisão teórica, na qual se visa entender os modelos de estruturas para análise do desempenho organizacional e os conceitos que englobam esta temática. A segunda parte constará de coleta de dados em grandes empresas através de questionário. Na terceira parte teremos a análise dos resultados através análise de conglomerados. Ao final teremos uma conclusão no qual mostraremos os resultados alcançados e sugeriremos próximas pesquisas. 5.3 População e amostra Uma população é o agregado, ou soma, de todos os elementos que compartilham algum conjunto de características comuns e que compreende o universo para o problema de pesquisa (...). Um censo envolve a enumeração completa dos elementos de uma população. (...) Já a amostra é um subgrupo de uma população selecionado para participação no estudo. (Malhotra2001, p. 301) Após ter selecionado o tipo de pesquisa que será realizada neste trabalho, o próximo passo será selecionada as empresas que serão alvo de estudo. Para este trabalho as empresas foram selecionadas pelo professor da disciplina e estão inseridas em uma amostragem de maiores empresas atuantes no mercado brasileiro. 22
  • 23. São elas: Tabela 2 – Amostra de empresas Empresas Setor de Atuação Brf - Brasil Foods S/A Bens de Consumo Basf S.A. Química e petroquímica Klabin S.A. Papel e Celulose Lg Eletrocnics da Amazonia Ltda Eletroeletrônico Imcopa Importação, Exportação e Indústria de Óleos S/A Bens de Consumo Mosaic Fertilizantes do Brasil S.A Química e petroquímica Cervejarias Kaiser Brasil S/A Bens de Consumo Galvasud S.A. Siderurgia e Metalurgia Eli Lilly do Brasil Ltda. Farmacêutico Randon S/A Implementos e Participações Autoindústria Aethra Sistemas Automotivos S/A Autoindústria Danone Ltda Bens de Consumo Oxiteno S.A. Indústria e Comércio Química e petroquímica Acredita-se que a escolha destas empresas possibilita uma visão mais ampla das estratégias que estão sendo desenvolvidas e implementadas no processo de análise do desempenho. 5.4 Modelo adotado Para este trabalho decidiu-se por não utilizar nenhum modelo de avaliação de desempenho pré-existente. Como este trabalho visa entender quais os pesos dados para cada variável, optou-se por desenvolver um modelo próprio que acaba por abarcar um pouco de cada modelo exposto na revisão bibliográfica. 23
  • 24. 5.5 Coleta de dados Na pesquisa qualitativa o pesquisador é o instrumento de coleta e análise dos dados (MARSHALL e ROSSMAN, 1995). Portanto, um estudo-piloto se faz necessário, pois a prática é decisiva para uma boa coleta. A coleta de dados deve ser direcionada pelo contexto onde o pesquisador se insere. As decisões sobre quais são as técnicas mais apropriadas decorre de uma análise mais detalhada do contexto da pesquisa, portanto não existe uma indicação a priori das melhores opções de coleta de dados. A coleta de dados no estudo pode ser feita por meio de entrevistas (individuais ou em grupo), observação participante e coleta de documentos (escritos ou visuais) e questionários abertos (GLESNE, 1998; MARSHALL e ROSSMAN, 1995). Na pesquisa qualitativa o pesquisador precisa estar preparado para observar e entrevistar os sujeitos no tempo e local adequados. O estudo de organizações não é muito simples. Um dos grandes desafios da pesquisa qualitativa é negociar a entrada. Nas organizações exige-se uma dedicação e uma persistência adicional junto aos líderes formais da organização (MARSHALL e ROSSMAN, 1995). É necessário que o pesquisador se dedique para que conheça o grupo ou organização junto a qual pretende desenvolver sua pesquisa. Babbie (2000) sugere que seria necessário estabelecer contato com um integrante do grupo, para assim ganhar um determinado nível de apoio nos primeiros momentos de incursão no campo. Para este trabalho será aplicado um questionário para fazer uma coleta específica para suportar a análise de regressão feita posteriormente. 5.6 Método de análise A análise foi pautada em técnicas estatísticas multivariadas e análises específicas. Considerando que o objetivo da pesquisa é mensurar os aspectos mais significativos para a estratégia de uma empresa, segundo a ótica dos entrevistados, a análise buscara agrupar essas percepções em grupos homogêneos de respondentes. Para tal fim, a 24
  • 25. análise de conglomerados K-Means se mostrou a mais indicada, utilizando-se a ferramenta de análise estatística IBM SPSS (versão 17). Através do método K-Means, buscou-se o nível ideal de conglomerados e refinar as variáveis mais importantes para caracterizá-los. O método só admite como variáveis para análise valores que possam ser descritos pela escala razão, ou seja, que expressem valores numéricos e relações proporcionais entre as escolhas. Dessa forma, apenas os fatores de escolha dos respondentes (Q1 a Q12) foram analisados estatisticamente. As demais variáveis, que descrevem a empresa e os respondentes, foram utilizadas para agregar valor à análise final. O Produto final será diferentes conglomerados, onde cada um deles representa de forma homogênea os principais pontos para a avaliação de um modelo estratégico, assim como as características que definem cada conglomerado. Após este primeira análise será feito um aprofundamento das influencias que podem ter gerado estes resultados. 5.7 Limitações Entre as limitações presentes neste trabalho temos o fato de termos analisados somente algumas empresas não podendo desta maneira generalizar os resultados obtidos, além de não ter uma grande amostra de entrevistados dentro de cada organização avaliada. 6. QUESTIONÁRIO O questionário aplicado será o principal meio de captação objetiva de dados do presente estudo, sendo o insumo básico para a análise multivariada que será aplicada posteriormente. Esses dados, depois de tratados estatisticamente juntamente com as informações qualitativas oriundas da entrevistas de profundidade proporcionarão uma compreensão mais ampla e rica da amostra, por conseguinte do estudo em si. Qualquer questionário tem três objetivos específicos: (1) deve ser capaz de codificar a informação desejada em um grupo de perguntas de fácil compreensão; (2) precisa 25
  • 26. incentivar o entrevistado a se deixar envolver pela entrevista e completá-la; (3) deve sempre reduzir o erro dos respondentes (MALHOTRA, 2004). Mesmo a elaboração pautada nesses três objetivos, é necessário ainda cuidado total na elaboração do questionário. Malhotra (2004) apresenta uma metodologia para que a integridade do questionário seja preservada: Figura 7 – Integridade de um questionário Fonte: Malhotra (2004) Outro ponto relevante para os questionários refere-se à escala. Costumeiramente este aspecto levanta discussões quanto a sua efetividade e real representação do conceito que se quer avaliar. É importante frisar que a correta adoção da escala não é somente importante para a corretada representação da idéia do respondente, segundo Hair, 26
  • 27. Tatham, Anderson, Black (1998) cada escala implicará em uma técnica estatística diferente. A análise de dados envolve a descrição de variáveis, e a medição das mesmas desempenho um fator chave. Em estatística apresentam-se dois tipos básicos de dados: não métricos, ou qualitativos, e métricos, ou quantitativos. Os dados não métricos representam idéias, atributos e características, ou seja, invariavelmente envolvem descrição do objeto analisado e medidas métricas refletem quantidade relativa ou grau. As medidas qualitativas podem ser feitas com uma escala nominal, ou categórica, ou ordinal. A primeira fornece apenas o número de ocorrência, já uma escala ordinal possui um nível superior de medida, permitindo o ranqueamento e um certo julgamento de valor do tipo “menor que” ou “mais que”. Já as medidas quantitativas podem ser feitas com uma escala intervalar ou uma escala razão. Ambas possuem unidades constantes com diferenças iguais entre as gradações, porém apenas a escala razão possui medidas proporcionais iguais entre uma gradação e outra (HAIR, TATHAM, ANDERSON, BLACK, 1998). Para Gouvea (2008) existem quatro diferentes tipos de escala: nominal, ordinal, razão e mista. Assim como Hair, Tatham, Anderson e Black, a escala elas descrevem o mesmo comportamento, com exceção das escalas intervalar e mista. Como pode-se perceber, a autora não trabalho o conceito de escala intervalar. A escala mista se dá péla atribuição de valores numéricos a conceitos de valor crescente. Este trabalho propõe a utilização de um questionário, porém a preparação do questionário será feita em conjunto por todos os grupos de pesquisa da turma 22 da matéria de Avaliação de desempenho organizacional, com orientação do professor da disciplina Fabio Lotti. Dessa forma, cuidados para a elaboração do questionário terão que ser flexibilizados, de forma que atendam as necessidades de todos os grupos. O questionário proposto se vale de algumas questões de identificação do respondente e uma longa relação de indicadores. As informações sobre o respondente servirão como informações complementares sobre o resultado final. Já a longa lista de indicadores poderá se mostrar excessiva, porém a análise fatorial ficará enriquecida, uma vez que a exclusão de variáveis é parte do seu processo analítico, atendo-se apenas às variáveis de maior correlação, e, portanto, relevância. 27
  • 28. Para que o questionário se torne mais atraente ao entrevistado, será utilizada uma estrutura padrão e repetitiva, de modo que exige menos esforço e atenção do respondente. A repetição poderá confundir o entrevistado, porém a simplicidade das perguntas tem por finalidade minimizar esse efeito. Como o intuito é realizar uma análise fatorial, faz-se então necessário o uso de uma escala razão. A escala será composta de uma gradação percentual (0-100%) relativo ao quanto um indicador auxilia na avaliação de desempenho da empresa. A escolha dessa escala ainda permite que alterações no método de pesquisa sejam feitas, pois permite uma gama maior de utilização e outros dados qualitativos poderão suprir necessidade de outras informações. A parte relativa à entrevista de profundidade apresenta apenas algumas questões genéricas e amplas. A função primordial dessa etapa é investigativa, buscando não restringir as respostas. O questionário proposto pode ser conferido no anexo 1. 7. ANÁLISES As análises dos resultados foram quebradas em dois blocos, uma análise focando o entendimento geral através da estatística multivariada, na qual foi analisado conglomerados. E outra mais específica com análise de cada variável que pode influenciar as respostas. 7.1. ANALISE DAS ESTATÍSTICAS MULTIVARIADAS Foram identificados quatro conglomerados com características distintas, como pode ser visto no Anexo 2 . Cada um desses conglomerados terá uma perspectiva particular de quais são as variáveis mais importantes para a avaliação de uma estratégia organizacional. Importante destacar, que as variáveis Q8, Q9 e Q10, relativas à qualidade, governança dos negócios e ética nos negócios não foram capazes de discriminar os conglomerados adequadamente, como explicado no Anexo 2. Porém, não se pode supor que essas variáveis não são importantes par a avaliação da estratégia, mas sim, nesse estudo, foram consideradas de fator moderado para a avaliação. Individualmente, cada conglomerado possui as seguintes características: 28
  • 29. Conglomerado 1 Menores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro), 4(Inovação), 5 (Tecnologia), 7 (Relacionamento) , 11 (Poder de barganha ) e 12 (Imagem) Maiores valores nas variáveis: 2 (Responsabilidade Ambiental), 3 (Responsabilidade Social ), 6 (Capital humano ) Empresas participantes: Basf Para esse conglomerado, as variáveis Responsabilidade Ambiental e Social e o Capital Humano, em especialmente a primeira e a ultima, são as mais importantes para avaliação de uma estratégia. É importante notar que esse é um grupo pequeno (composto de apenas 2 elementos) e extremamente homogêneo, com alta semelhança na empresa, área de atuação (RH), idade (29 e 31 anos), sexo (masculino) e nível hierárquico (técnico/analista). Essa semelhança e alta homogeneidade podem justificar a a valorização de fatores humanos em detrimento dos fatores relativos ao negócio. • Conglomerado 2 Menores valores nas variáveis: 3 (Responsabilidade Social), 6 (Capital Humano) e 12 (Imagem) Maiores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro) e 7 (Relacionamento) Valores médios nas variáveis: 2 (Responsabilidade Ambiental), 4 (Inovação), 5(Tecnologia), e 11 (Poder de barganha ) Empresas participantes: Basf, LG, Danone e BRFoods Os elementos mais valorizados por esse grupo referem-se às questões financeiras e ao relacionamento com stakeholders, enquanto pouco valoriza fatores relacionados a pessoas e à opinião que possam ter da empresa (capital humano, responsabilidade social, poder de barganha e imagem). O perfil desse grupo é composto por profissionais principalmente de petroquímica (50%), de finanças e marketing, com alta presença de níveis de supervisão (38%), com idade superior a 35 anos, feminino e de maior experiência. Essas características enfatizam uma maior preocupação em atingir resultados e com maior participação na arena política da empresa, natural de cargos 29
  • 30. mais elevados e profissionais mais experientes. A oposição dos fatores e o perfil do grupo conotam que seus participantes estão mais propensos a atingir maior retorno financeiro, especialmente através de relações informais e influência, que necessariamente preservar sua reputação ao atingir seus fins. • Conglomerado 3 Menores valores nas variáveis: 6 (Capital Humano) Maiores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro) , 3 (Responsabilidade Social), 4 (Inovação), 5(Tecnologia), 11 (Poder de barganha ) e 12 (Imagem) Valores médios nas variáveis: 2 (Responsabilidade Ambiental) e 7 (Relacionamento) Empresas participantes: Basf, LG, Danone, BRFoods, Kaiser, Eli Lilly O grupo apresenta uma grande numero de variáveis relevantes para a avaliação da estratégia, destacando elementos como tecnologia, inovação, poder de barganha, imagem, responsabilidade social e finanças, porém dá relativamente pouca importância para o capital humano. O perfil é bem heterogêneo, se destaca por possuir grande representatividade de profissionais de marketing (53,8%), bens de consumo (46,2%) e farmacêutica (30,8%). As características heterogêneas permitem caracterizar esse grupo com um direcionamento mais moderno da gestão da empresa, que busca avaliar o negócio como um todo, mas que porém não vê relacionamento muito forte entre o fator humano para os resultados da organização, ou seja, dá mais ênfase ao mercado e se vale dessa visão para impactar a estratégia. • Conglomerado 4 Menores valores nas variáveis: 1 (Econômico-Financeiro) , 2 (Responsabilidade Ambiental) e 7 (Relacionamento) Maiores valores nas variáveis: 11 (Poder de barganha ) e 12 (Imagem) Valores médios nas variáveis: 3 (Responsabilidade Social), 4 (Inovação), 5(Tecnologia) e 6 (Capital Humano) Empresas participantes: LG, Danone, BRFoods, Kaiser, Eli Lilly 30
  • 31. Atribui importância para fatores intangíveis e tecnológicos, porém dá mais importância para a capacidade de influenciar a estrutura de mercado, ponderando o poder de barganha e a influência direta no consumidor. O conglomerado também apresenta alta heterogeneidade no perfil, exceto pela alta participação de empresas bens de consumo (76%), em especial a Kaiser. A alta participação de profissionais de bens de consumo, onde o apelo ao consumidor é extremamente relevante e onde há uma concentração de poder em um dos fabricantes do setor, ajuda a compreender a tendência em valorizar essa característica. Pontos em comum É possível perceber também a tendência a se valorizar conjuntamente características de fator humano (responsabilidade social, ambiental e capital humano), influencia no mercado (poder de barganha e imagem) e fatores intangíveis que geram inovação, e em ultima instância, fortalecimento da marca (responsabilidade social, tecnologia e inovação). Diferentemente do esperado, o fator financeiro não foi um fator predominante para determinação do sucesso da estratégia, pelo menos não quando se analisa os conglomerados. Porém vale ressaltar que o único conglomerado onde não parece haver pressão por desempenho no mercado, conglomerado 1, exprimiu uma visão muito díspar dos demais grupos, focando única e exclusivamente em fatores humanos. O principal elemento comum percebido nos conglomerados é a capacidade de influencia das áreas funcionais em compreender as estratégias. O setor de atuação da empresa também exprime uma certa influencia na percepção da estratégia, porém isso ganha força onde o setor de atividades possui uma alta participação no conglomerado. Características pessoais, como sexo, idade, formação, tempo de carreira e tempo na empresa e características da empresa, como numero de funcionários e tempo de existência, também não pareceram ser características descritivas relevantes para os conglomerados. 7.2. ANALISES ESPECÍFICA Esta análise foi dividida em três partes; 1- Entendimento geral aos drivers 31
  • 32. 2- Entendimento da Influência do perfil dos entrevistados 3- Entendimento da Influência do setor da empresa 7.2.1.ENTENDIMENTO GERAL DOS DRIVERS Em relação às notas atribuídas a cada driver, podemos observar no gráfico 1 abaixo, que todos os entrevistados atribuíram maior importância ao driver Q01 (Econômico- financeiro), seguido por Q06 (Capital Humano), Q02 (Responsabilidade Ambiental), Q03 (Responsabilidade Social), Q05 (Tecnologia), Q04 (Inovação), Q12 (Imagem), Q08 (Qualidade), Q10 (Ética nos Negócios), Q07 (Relacionamento), Q09 (Governança nos Negócios) e, por último Q11 (Poder de Barganha). Gráfico 1 – Média geral das notas O que mostra um contraponto a análise de conglomerados, se analisarmos os conglomerados não temos o drive econômico financeiro como o maior. Porém quando analisados separadamente percebemos que existe certa tendência a maior valorização do 32
  • 33. drive Econômico-financeiro e Capital humano em relação aos demais, que aparecem com valores medianos. 7.2.2.ENTENDIMENTO DA INFLUÊNCIA DO PERFIL DOS ENTREVISTADOS Conforme observado na tabela 3 e gráfico 2 abaixo, foram entrevistadas 40 pessoas, sendo 2 funcionários da área de Administração Geral, 7 da área de Finanças, 15 da área de Marketing, 4 da área de Operações, 10 da área de RH e 2 de Staff. Em relação à distribuição de cargos, dos 40 entrevistados, 29 eram Técnico/Analista, 9 eram Supervisores e 2 Staffs. Tabela 3 – Grau de escolaridade dos entrevistados Área Grau de escolaridade Total Administração Geral Ensino Médio 1 Ensino Superior 1 Administração Geral Total 2 Finanças Ensino Superior 3 Pós-Graduação lato sensu 4 Finanças Total 7 Marketing Ensino Superior 6 Mestrado 2 Pós-Graduação lato sensu 7 Marketing Total 15 Operações Ensino Superior 2 Mestrado 2 Operações Total 4 RH Ensino Médio 1 Ensino Superior 7 Mestrado 1 Pós-Graduação lato sensu 1 RH Total 10 Staff Ensino Médio 2 Staff Total 2 Total Geral 40 33
  • 34. Gráfico 2– Cargo dos entrevistados Os 40 entrevistados são funcionários de 6 empresas de diferentes setores, sendo três destas empresas pertencentes ao setor de Bens e Consumo (21 entrevistados), uma do setor Químico/Petroquímica (7 entrevistados), uma do setor Farmacêutico (5 entrevistados) e uma do setor de Eletroeletrônicos (7 entrevistados). Abaixo será mostrado quais características tendem a influenciar as respostas dos respondentes . 34
  • 35. Gráfico 3 – Cargo dos entrevistados versus drives Gráfico 4 – Grau de Escolaridade versus drives 35
  • 36. Apriori existe forte correlação entre cargo e grau de escolaridade, por isso os resultados em geral são muito próximos. Nestes dois quesitos podemos notar que em alguns drives existe uma correlação diretamente proporcional com o cargo e a escolaridade, como no caso do Econômico- Financeiro e Responsabilidade – Ambiental. Porém também existem drives com uma correlação inversamente proporcional, como o caso de Capital Humano e Responsabilidade Social. Isto pode mostrar qual a tendência de avaliação de desempenho em cada nível da estrutura organizacional pode ser diferente em alguns quesitos. Assim se analisarmos os drives por cargos notamos uma diferença significativa entre eles: Gráfico 5 – Média geral das notas para Staffs Em relação às notas atribuídas a cada driver, podemos observar no gráfico 5 acima, que todos os entrevistados deste grupo atribuíram maior importância ao driver Q03 (Responsabilidade Social) seguido por Q06 (Capital Humano), surpreendentemente ao contrário do que aparece quando todos os entrevistados estão no mesmo grupo, o drive Q01 (Econômico-financeiro) esta entre a menos relevante para o grupo, seguido por Q02 (Responsabilidade Ambiental) e Q09 (Governança nos Negócios). 36
  • 37. Gráfico 6 – Média geral das notas para Técnicos/Analistas Este grupo por ser o maior representante da amostra segue a tendência apresentada no início da análise, na qual todos os entrevistados foram analisados em conjunto, atribuindo maior importância ao driver Q01 (Econômico-financeiro), seguido por Q06 (Capital Humano) e, por último Q11 (Poder de Barganha). Gráfico 6 – Média geral das notas para Supervisores Em relação às notas atribuídas a cada driver, podemos observar no gráfico 6 acima, que todos os entrevistados deste grupo atribuíram maior importância ao driver Q01 (Econômico-financeiro) seguido por Q02 (Responsabilidade Ambiental). O que mostra- se bem diferente ao grupo de staffs. 37
  • 38. Gráfico 7 – Desvio Padrão das respostas Como já era de se esperar tem se uma diferença entre o desvio padrão por cargo, o que pode ser até mesmo explicado pelo maior número de amostra. Porém como todos eles foram baixos mostra certo balanceamento das alternativas. Por fim, analisamos a influência da área de atuação dos entrevistados em seu foco no desempenho, obtendo os seguintes resultados: Gráfico 8 – Composição de áreas de atuação Legenda- 38
  • 39. Valores mais altos Valores mais baixos Alta similaridade de valores Gráfico 9 – Média geral das notas para Administração Geral Gráfico 10 – Média geral das notas para Finanças 39
  • 40. Gráfico 11 – Média geral das notas para Marketing Gráfico 12 – Média geral das notas para Operações Gráfico 13 – Média geral das notas para RH 40
  • 41. Gráfico 14 – Média geral das notas para Staff 7.2.3.ENTENDIMENTO DA INFLUÊNCIA DO SETOR DA EMPRESA Como todas as empresas analisadas são de grande porte e com muitos funcionários, decidimos apenas por analisar a influência do setor da empresa. Tivemos o seguinte resultado: 41
  • 42. Gráfico 15 – Valores por setor Gráfico 3: Média das notas por setor* *Destaque para a maior média obtida em cada driver. Em relação ao comparativo de notas por setor (gráfico 3), podemos observar que os entrevistados do setor farmacêutico foram os que atribuíram maior importância aos drivers Q01 (Econômico Financeiro), Q02 (Responsabilidade Ambiental) e Q03 (Responsabilidade Social). A média de notas deste setor ficou em 9,07, 8,60 e 8,20 respectivamente para Q01, Q02 e Q03, enquanto que a media geral para estes drives ficou em 8,07, 7,53 e 7,47, respectivamente. Já os entrevistados do setor de Eletrônicos foram os que atribuíram maior importância aos drivers Q04 (Inovação), Q05 (Tecnologia) e Q07 (Relacionamento), sendo que este setor apresentou nota média de 8,33, 8,33 e 7,71 para os respectivos drivers, enquanto a nota média geral foi de 7,25, 7,33 e 6,98, respectivamente. Os entrevistados do setor de Bens e Consumo foram os que atribuíram maior importância aos drivers Q06 (Capital Humano), Q12 (Imagem) e Q08 (Qualidade), sendo que as notas médias obtidas foram, respectivamente, 7,96, 7,43 e 7,22, contra médias gerais de 7,72, 7,13 e 7,03, respectivamente. 42
  • 43. Já o setor de Química e Petroquimica não atribui notas médias maiores que os outros setores para nenhum dos drivers, porém muito semelhante ao setor farmacêutico. Para este setor, os drivers apontados como os mais importantes foram Q01 (Econômico- financeiro), Q02 (Responsabilidade Ambiental) e Q06 (Capital Humano), com notas médias de 8,52, 8,0 e 7,43, respectivamente. Em relação aos drivers apontados como menos importantes para os entrevistados, obtivemos os seguintes resultados: o Setor de Bens e Consumo apontou Q07 (Relacionamento) e Q09 (Governança nos Negócios) como menos importantes (nota média de 6,78 para ambos os drivers); o setor de Eletrônicos apontou o driver Q03 (Responsabilidade Social) como o menos importante (nota média de 6,54); o setor Farmacêutico apontou o driver Q08 (Qualidade) como o menos importante (nota média de 6,57); o setor Químico e Petroquímico apontou o driver Q11 (Poder de Barganha) como o menos importante (nota média de 5,14). Em relação à média geral para todos os setores, o driver Q11 (Poder de Barganha) foi apontado como o menos importante (nota média geral de 6,59). 8. CONCLUSÃO Foram realizadas diversas análises, confrontando dados sobre setor de atuação das empresas, nível hierárquico dos entrevistados, áreas de atuação dos entrevistados e análise por conglomerados. Ainda com a limitação da amostra, conclusões importantes podem ser levantadas. Pensando de forma prática, podemos identificar que há um desalinhamento entre o mind set de funcionários de nível gerencial em comparação com analistas e staffs. O item com maior disparidade foi o econômico-financeiro que é visto como prioridade entre os supervisores e apontado em 10º. lugar pelo outro grupo. Em outras palavras, gestores priorizam o desempenho financeiro, enquanto analistas minimizam sua importância. Outro aspecto relevante é a disparidade dos entrevistados do setor de RH. Eles destacaram com relevância o Capital Humano, enquanto em marketing, finanças, operações e administração geral se priorizaram os indicadores econômicos financeiros. No caso de marketing, indicadores de imagem e relacionamento poderiam ser esperados como principais, mas provavelmente obtivemos um resultado diferente devido a uma tendência do setor de cada vez mais estar focado em vendas e resultados econômicos. Ao se analisar os setores de atuação não obtivemos grandes surpresas, uma vez que empresas químicas/petroquímicas e farmacêuticas apontaram os indicadores econômico-financeiros e ambientais como foco; empresas de bens de consumo apontaram imagem, capital humano e qualidade como prioridades; e empresas do setor de eletro-eletrônicos apontaram inovação e tecnologia. A principal ressalva a ser feita é 43
  • 44. o não apontamento da qualidade entre as prioridades de indústrias farmacêuticas. Nas análises não foram levantadas teorias para o ocorrido. Dadas as conclusões citadas acima, podemos levantar um tópico que as une de certa forma: existe uma série de divergências quanto ao foco das empresas para a análise do seu desempenho. Todas as disparidades apontadas se justificam em setores de atuação diferentes, mas quando tratamos de empresas do mesmo setor e, principalmente, pessoas da mesma empresa, ineficiências podem estar sendo encobertas. Funcionários desalinhados quanto às prioridades da empresa podem estar fazendo esforços na direção errada e, consequentemente, sendo menos produtivos do que poderiam. Apesar de tudo, conclui-se que o fator econômico-financeiro é o de maior relevância para as empresas de maneira geral. Face ao exposto, sugere-se um novo tema de pesquisa para haver um aprofundamento do estudo: os funcionários das empresas possuem clareza de seus papéis e resultados esperados pela empresa? Os indicadores de desempenho estão claros para eles? 9. BIBLIOGRAFIA <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0115_0751.pdf> Acesso em 30/03/2011 <http://www.contadorperito.com/index.php?tp=3&ag=8352> Acesso em 30/03/2011 BABBIE, Earl. Métodos de pesquisas de Survey. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2000 BONTIS, N. (2001). Assessing Knowledge Assets: A review of the models used to measure intellectual capital. International Journal of Management Reviews, 3(1), 41–60. EDVINSSON, Leif, MALONE, Michael S. Capital Intelectual. São Paulo: Makron Books, 1998 GLESNES, C. (1998). Becoming qualitative researchers: An introduction (2nd ed.). London: Allyn & Bacon. GOUVEA, M. A. Análise Fatorial - Introdução. São Paulo: USP, 2008. Aula ministrada aos alunos do curso de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. GOUVEA, M. A. Escalas. São Paulo: USP, 2008. Aula ministrada aos alunos do curso de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. HAIR, Joseph F.; TATHAM, Ronald L.; ANDERSON, Rolph E.; BLACK, Willian. Análise Multivariada de Dados. Peason Education, 5ª edição. 1998 44
  • 45. HRONEC, Steven M. Sinais Vitais: usando medidas de desempenho da qualidade, tempo e custo para traçar a rota para o futuro da empresa. São Paulo: Makron Books, 1994. MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed., Porto Alegre: Bookman, 2001. MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de Marketing: Uma Orientação Aplicada. Pearson Education, 4 edição. 2004. MARSHALL, C., & Rossman, G. B. (1995). Designing qualitative research (2nd ed.). Thousand Oaks, CA: Sage. OLVE, Nils-Göran, ROY, Jan & WETTER, Magnus. Performance Drivers: A practical guide to using the Balanced Scorecard. London, John Wiley & Sons, 1999. PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus,1986 KAPLAN, Robert S. & NORTON, David P., A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard –. Rio de Janeiro, Campus, 1997. 6-SIGMA a um passo da perfeição (dossiê). HSM Management, São Paulo: HSM do Brasil, n. 38, p. 63-90, mai / jun. 2003 RUMMLER, Geary A. BRACHE, Alan P. Melhores Desempenhos das Empresas. São Paulo: Makron Books, 1994. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. 3a. ed. São Paulo: E.P.U., 1974. 10. ANEXOS 10.1.ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO PERGUNTAS Dados da empresa Empresa Setor Número de funcionários 45
  • 46. Tempo no mercado Dados do respondente Área Cargo Idade Sexo Tempo na empresa Experiência total Grau de escolaridade Formação Questões: Considerando a opinião, a experiência, o conhecimento e as informações complementares do gestor, peça que ele atribua nota de 0 a 10 para a IMPORTÂNCIA RELATIVA de cada medida de desempenho organizacional: DRIVERS ECONÔMICO- Medidas de Desempenho FINANCEIRO Q1 Organização: Faturamento Lucratividade Clientes: Rentabilidade Valor de compra Fornecedor: Preços reduzidos Concorrência: market share Governo: dívidas, tributos Sociedade: Preço justo RESPONSABILIDADE Medidas de Desempenho AMBIENTAL Q2 Organização: Produção limpa / Gestão de resíduos Clientes: Processos produtivos pouco poluidores Fornecedor: Embalagem retornável Concorrência: Processos produtivos pouco poluidores no setor Governo: Respeito à legislação ambiental Sociedade: Nível de poluição Centros de pesquisa: Desenvolvimento de tecnologias limpas RESPONSABILIDADE Medidas de Desempenho SOCIAL Organização: Política de benefícios para funcionários /Remuneração Q3 superior Governo: Número de empregos gerados/Cumprimento da legislação 46
  • 47. Sociedade: Filantropia Centros de pesquisa: Apoio ao desenvolvimento de pesquisas INOVAÇÃO Medidas de Desempenho Q4 Organização: Criação de novos produtos Clientes: Inovação compartilhada Fornecedor: Inovação compartilhada Concorrência: Níveis de inovação superiores Sociedade: inovação para o bem comum Centros de pesquisa: Apoio a pesquisa TECNOLOGIA Medidas de Desempenho Q5 Organização: Atualização tecnológica Clientes: Oferta de tecnologia superior Fornecedor: Transferência tecnológica Concorrência: Tecnologia superior Governo: Aquisição e renovação de meios de produção Sociedade: tecnologia para o bem comum Centros de pesquisa: CAPITAL HUMANO Medidas de Desempenho Q6 Organização: Capacitação de colaboradores/ Clima organizacional Clientes: Atendimento superior Fornecedor: Atendimento superior para o fornecedor Concorrência: Desempenho superior do capital humano Centros de pesquisa: Parceria educacional RELACIONAMENTO Medidas de Desempenho Q7 Clientes: Satisfação/ Fidelidade Fornecedor: Satisfação/ Flexibilidade Concorrência: Operação compartilhada Governo: Lobby Sociedade: Atendimento a demandas da comunidade local Centros de pesquisa: Produção conjunta QUALIDADE Medidas de Desempenho Q8 Organização: Processos eficientes Normatização Clientes: Atendimento às demandas de qualidade Fornecedor: Atendimento aos padrões estabelecidos Concorrência: Qualidade superior Governo: Atendimento às regulamentações Sociedade: Oferta de produtos superiores Centros de pesquisa: apoio técnico/desenvolvimento conjunto 47
  • 48. GOVERNANÇA DOS Medidas de Desempenho NEGÓCIOS Q9 Organização: Auditoria/ Conselho independente Clientes: Ética nas transações Fornecedor: Respeito ao fornecedor Concorrência: Desempenho superior da cadeia de valor Governo: Desenvolvimento econômico Sociedade: Transparência ÉTICA NOS NEGÓCIOS Medidas de Desempenho Q10 Organização: Código de ética Clientes: Cumprimento da oferta Fornecedor: Cumprimento de contratos Concorrência: Concorrência leal Governo: Respeito a legislação concorrencial Sociedade: Transparência Centro de pesquisas: respeito à propriedade intelectual PODER DE BARGANHA Medidas de Desempenho Q11 Clientes: Definição do preço Fornecedor: Flexibilidade Concorrência: Lealdade de fornecedores Governo: Isenções IMAGEM Medidas de Desempenho Q12 Organização: Autoconfiança / Autoimagem positiva Clientes: Marca Fornecedor: Leal Concorrência: Respeito Governo: Cumpridor das obrigações legais Sociedade: Reputação 10.2.ANEXO 2 – RESULTADOS DA ANÁLISE ESTATÍSTICA Para a primeira etapa, foi feita uma análise hierárquica dos conglomerados. Essa primeira análise visa estabelecer o número ótimo de conglomerados para a análise pelo método K-means. Foi determinado que só seriam soluções possíveis um número máximo de 6 conglomerados e mínimo de 3 conglomerados. Tal faixa foi selecionada para permitir que houvesse características particulares para cada grupo, mantendo certo grau de homogeneidade, mas que não se tornasse extremamente fragmentada. O método de aglomeração escolhido foi o furthest neighbour com mensuração de distância pelo método quadrático euclidiano. É importante ressaltar, que para dar maior qualidade à análise, eliminando vieses da escala, foi utilizado o método de padronização das 48
  • 49. variáveis Zscore. Dessa forma, diferenças não importantes entre os menores e os maiores números foram corrigidos. Através dessa análise preliminar, chegaram-se as seguintes informações:. 49
  • 50. Agglomeration Schedule Cluster Combined Stage Cluster First Appears Stage Cluster 1 Cluster 2 Coefficients Cluster 1 Cluster 2 Next Stage 1 30 34 4,621 0 0 27 2 24 25 4,643 0 0 17 3 9 36 5,773 0 0 17 4 15 28 7,099 0 0 30 5 23 35 7,170 0 0 15 6 13 38 7,200 0 0 8 7 26 27 7,972 0 0 20 8 3 13 7,986 0 6 22 9 8 18 8,228 0 0 24 10 10 19 8,446 0 0 25 11 1 4 9,140 0 0 19 12 7 33 10,949 0 0 28 13 29 31 11,204 0 0 26 14 16 17 11,414 0 0 32 15 22 23 11,889 0 5 21 16 5 6 12,139 0 0 39 17 9 24 12,274 3 2 23 18 39 40 12,524 0 0 19 19 1 39 13,290 11 18 33 20 26 37 13,786 7 0 23 21 21 22 14,083 0 15 27 22 2 3 14,806 0 8 29 23 9 26 15,475 17 20 31 24 8 20 15,578 9 0 30 25 10 11 16,756 10 0 29 26 12 29 19,738 0 13 34 27 21 30 20,401 21 1 28 28 7 21 23,317 12 27 34 29 2 10 24,468 22 25 33 30 8 15 24,686 24 4 35 31 9 14 25,319 23 0 35 32 16 32 26,391 14 0 36 33 1 2 31,387 19 29 36 34 7 12 36,120 28 26 37 35 8 9 36,875 30 31 38 36 1 16 40,574 33 32 37 37 1 7 47,758 36 34 38 38 1 8 53,133 37 35 39 39 1 5 64,771 38 16 0 50
  • 51. Concluiu-se que, dentro do número de conglomerados idealizado, a melhor composição para a análise K-Means é de 4 conglomerados. Uma redução para 3 conglomerados implicaria em uma queda muito grande na capacidade de caracterização dos conglomerados, enquanto um número maior ainda apresentaria semelhanças entre os conglomerados. Com essa informação, foi iniciada a análise K-means. Nessa etapa visou-se detectar os novos conglomerados que seriam formados, dado a significância de cada variável (Q1 a Q12) para a descrição de cada grupo. A ferramenta utilizada para esse fim foi a análise Anova: 51
  • 52. ANOVA Cluster Error Mean Square df Mean Square df F Sig. Zscore(q1) 1,221 3 ,982 36 1,244 ,308 Zscore(q2) 3,077 3 ,827 36 3,721 ,020 Zscore(q3) 6,349 3 ,554 36 11,455 ,000 Zscore(q4) 6,154 3 ,570 36 10,787 ,000 Zscore(q5) 6,854 3 ,512 36 13,381 ,000 Zscore(q6) 3,108 3 ,824 36 3,770 ,019 Zscore(q7) 1,664 3 ,945 36 1,761 ,172 Zscore(q8) ,901 3 1,008 36 ,894 ,454 Zscore(q9) ,448 3 1,046 36 ,429 ,734 Zscore(q10) 1,550 3 ,954 36 1,624 ,201 Zscore(q11) 6,516 3 ,540 36 12,058 ,000 Zscore(q12) 1,931 3 ,922 36 2,093 ,118 Como a variável Q9 apresenta alto índice de significância, sua permanência na amostra poderia provocar risco da pesquisa não representar a realidade. Dessa forma a variável foi excluída e os dados reprocessados: ANOVA Cluster Error Mean Square df Mean Square df F Sig. Zscore(q1) 1,262 3 ,978 36 1,291 ,292 Zscore(q2) 2,842 3 ,847 36 3,357 ,029 Zscore(q3) 5,917 3 ,590 36 10,024 ,000 Zscore(q4) 5,908 3 ,591 36 9,996 ,000 Zscore(q5) 6,476 3 ,544 36 11,913 ,000 Zscore(q6) 3,448 3 ,796 36 4,331 ,010 Zscore(q7) 1,821 3 ,932 36 1,955 ,138 Zscore(q8) 1,952 3 ,921 36 2,120 ,115 Zscore(q10) ,940 3 1,005 36 ,935 ,434 Zscore(q11) 7,071 3 ,494 36 14,313 ,000 52
  • 53. ANOVA Zscore(q12) 1,981 3 ,918 36 2,158 ,110 Com a exclusão, a confiabilidade da análise aumentou significativamente, porém a variável Q10 ainda permite risco da pesquisa não representar a realidade. Excluída a variável em questão, os dados foram reprocessados: ANOVA Cluster Error Mean Square df Mean Square df F Sig. Zscore(q1) 1,355 3 ,970 36 1,396 ,260 Zscore(q2) 2,871 3 ,844 36 3,401 ,028 Zscore(q3) 6,790 3 ,518 36 13,119 ,000 Zscore(q4) 6,428 3 ,548 36 11,738 ,000 Zscore(q5) 7,193 3 ,484 36 14,866 ,000 Zscore(q6) 3,016 3 ,832 36 3,625 ,022 Zscore(q7) 1,143 3 ,988 36 1,157 ,340 Zscore(q8) ,748 3 1,021 36 ,733 ,539 Zscore(q11) 6,465 3 ,545 36 11,871 ,000 Zscore(q12) 2,605 3 ,866 36 3,007 ,043 No novo reprocessamento, o mesmo pode ser identificado com a variável Q8. Mais uma vez, os dados foram reprocessados: ANOVA Cluster Error Mean Square df Mean Square df F Sig. Zscore(q1) 5,178 3 ,652 36 7,943 ,000 Zscore(q2) 3,601 3 ,783 36 4,598 ,008 Zscore(q3) 5,271 3 ,644 36 8,184 ,000 Zscore(q4) 6,754 3 ,521 36 12,976 ,000 Zscore(q5) 7,617 3 ,449 36 16,981 ,000 Zscore(q6) 3,421 3 ,798 36 4,286 ,011 Zscore(q7) 3,522 3 ,790 36 4,459 ,009 Zscore(q11) 8,246 3 ,396 36 20,813 ,000 Zscore(q12) 4,035 3 ,747 36 5,401 ,004 No quarto processamento, as variáveis indicavam nível de significância adequando (menor que 0,05) para compor a análise. Dessa forma, obtemos os valores: 53
  • 54. Final Cluster Centers Cluster 1 2 3 4 Zscore(q1) -1,04645 ,88721 ,35348 -,56471 Zscore(q2) 1,36668 -,16494 ,49665 -,46295 Zscore(q3) ,68086 -,89036 ,76144 -,24339 Zscore(q4) -1,78768 -,17716 ,91304 -,40452 Zscore(q5) -1,86474 -,22900 ,97892 -,42144 Zscore(q6) 1,34449 -,83320 -,02476 ,25286 Zscore(q7) -,72143 1,00373 -,19061 -,24171 Zscore(q11) -2,75190 -,78626 ,37297 ,40855 Zscore(q12) -,83452 -,97361 ,23538 ,37635 Para agregar os dados que descrevem a empresa e os respondentes, foi utilizada a técnica descritiva Crosstabs. 54
  • 55. 10.3.ANEXO 3 – COMPILAÇÃO DO QUESTIONÁRIO Notas médias por Setor Setor Q01 Q02 Q03 Q04 Q05 Q06 Q07 Q08 Q09 Q10 Q11 Q12 Bens de Consumo 6,50 6,57 8,25 7,33 7,33 7,80 6,83 7,14 7,67 6,57 7,75 6,50 6,67 5,00 8,50 6,67 6,67 7,40 7,33 7,71 5,00 7,00 7,75 8,17 6,83 6,71 10,00 7,33 7,33 9,00 7,33 7,57 5,33 7,29 7,00 7,50 6,83 6,43 9,25 9,00 9,00 10,00 7,33 6,57 7,50 6,00 5,75 6,67 6,83 6,86 5,50 7,33 5,00 7,80 6,50 7,14 6,83 5,71 6,75 7,50 7,00 7,71 9,00 8,00 8,00 10,00 7,67 7,29 8,00 6,29 7,25 7,83 7,17 8,43 6,25 6,00 6,00 6,80 5,83 7,29 5,67 7,29 7,25 6,67 7,17 7,71 6,75 6,67 6,67 7,60 5,50 6,29 6,83 6,29 6,75 5,00 7,33 6,86 6,00 5,00 5,00 10,00 6,67 6,29 6,17 6,86 8,25 8,83 7,50 8,00 9,00 8,17 8,17 9,00 6,67 7,29 6,50 7,00 7,25 7,50 7,50 5,86 6,75 8,00 7,00 7,20 5,67 7,14 6,33 8,86 6,75 7,50 7,67 9,00 8,00 9,00 9,00 5,60 7,33 6,86 7,17 6,43 7,25 8,17 7,67 7,57 5,50 5,00 7,00 6,40 6,00 8,57 6,67 6,43 5,75 8,17 7,83 6,71 10,00 10,00 10,00 7,20 6,17 8,00 7,17 6,43 6,25 7,17 7,83 5,57 5,00 7,33 7,33 6,40 7,83 6,86 7,00 7,43 5,50 5,83 8,00 7,00 9,00 7,17 7,17 10,00 6,17 7,29 6,67 7,00 8,00 7,83 8,00 8,00 7,00 7,00 7,00 8,20 8,00 8,00 6,83 9,14 5,75 6,00 8,17 6,57 8,00 5,83 5,83 6,80 7,67 7,57 7,83 7,43 7,00 8,33 8,67 7,86 7,25 4,00 8,00 6,60 6,33 6,57 5,83 7,43 6,25 8,33 9,00 7,00 6,25 8,00 6,00 9,00 7,50 7,57 8,17 7,57 7,25 8,00 10,00 8,00 9,25 10,00 10,00 8,40 6,00 6,71 7,17 7,43 6,50 8,50 Média Bens de Consumo 7,63 7,12 7,64 7,28 7,31 7,96 6,78 7,22 6,78 7,04 6,86 7,43 Eletroeletrônico 7,00 7,14 7,25 8,17 8,17 9,00 7,17 6,43 8,00 8,00 7,00 6,83 7,17 7,29 6,50 6,67 6,67 8,00 7,67 7,14 6,67 7,29 5,50 7,00 7,33 6,29 6,00 7,00 7,00 10,00 8,17 6,71 6,83 6,14 7,50 7,00 55
  • 56. 8,00 8,43 9,00 10,00 10,00 6,80 7,83 6,43 6,33 6,00 7,50 6,50 8,17 7,43 7,00 10,00 10,00 7,20 6,50 6,86 6,83 7,29 7,00 7,67 10,00 9,00 6,00 8,00 8,00 6,20 8,67 7,14 6,17 6,71 6,25 7,00 10,00 7,00 4,00 8,50 8,50 6,60 8,00 5,86 7,00 6,86 6,00 5,67 Média Eletrônico 8,24 7,51 6,54 8,33 8,33 7,69 7,71 6,65 6,83 6,90 6,68 6,81 Farmacêutico 7,83 8,00 6,50 7,00 7,00 6,60 6,67 5,43 7,00 6,71 6,75 7,50 8,50 9,00 10,00 7,00 7,00 6,00 7,17 7,43 8,50 6,86 7,00 7,83 9,00 9,00 8,00 8,50 8,5 7,40 6,67 6,14 6,00 6,29 7,75 7,17 10,00 9,00 8,00 6,50 6,50 8,00 7,00 8,43 6,83 7,00 8,00 6,83 10,00 8,00 8,50 8,17 8,17 7,60 5,50 5,43 6,83 7,57 7,25 6,67 Média Farmacêutico 9,07 8,60 8,20 7,43 7,43 7,12 6,60 6,57 7,03 6,89 7,35 7,20 Química e Petroquímica 6,83 8,00 9,00 4,00 4,00 10,00 5,67 7,86 6,50 7,00 4,00 5,83 6,83 10,00 8,00 5,00 5,00 9,00 7,17 7,14 6,83 7,71 3,00 7,17 8,00 7,00 7,00 6,00 6,00 7,00 7,00 8,00 7,00 7,00 5,00 6,00 9,00 9,00 6,50 7,83 10,00 7,00 7,17 7,00 5,50 7,14 7,00 6,33 9,00 6,00 8,00 5,00 5,00 6,00 8,00 7,00 8,00 7,00 4,00 7,00 10,00 8,00 7,00 7,00 7,00 7,00 7,00 6,00 7,00 7,00 6,00 6,00 10,00 8,00 6,00 7,00 7,00 6,00 8,00 7,00 8,00 6,00 7,00 7,00 Média Química e Petroquímica 8,52 8,00 7,36 5,98 6,29 7,43 7,14 7,14 6,98 6,98 5,14 6,48 8,0 6,5 Média Geral 7 7,53 7,47 7,25 7,33 7,72 6,98 7,03 6,85 6,99 9 7,13 56