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ECOLOGIA: A TERRA COMO ORGANISMO VIVO
James E. Lovelock


A idéia de que a Terra é viva pode ser tão velha quanto a humanidade. Os antigos
gregos deram-lhe o poderoso nome de Gaia e tinham-na por deusa. Antes do
século XIX, até, mesmo os cientistas sentiam-se confortáveis com a noção de uma
Terra viva. Segundo o historiador D. B. Mclntyre (1963), James Hutton,
normalmente conhecido como o pai da geologia, disse numa palestra para a
Sociedade Real de Edimburgo na década de 1790 que considerava a Terra um
super organismo e que seu estudo apropriado seria através da fisiologia. Hutton foi
mais adiante e fez a analogia entre a circulação do sangue, descoberta por Harvey,
e a circulação dos elementos nutrientes da Terra, e a forma como o sol destila água
dos oceanos para que torne a cair como chuva e refresque a terra.

Essa visão holística de nosso planeta não persistiu no século seguinte. A ciência
estava se desenvolvendo rapidamente e logo se fragmentou numa coletânea de
profissões quase independentes. Tornou-se a província do especialista, e pouco de
bom se podia dizer acerca do raciocínio interdisciplinar. Não se podia fugir de tal
introspecção. Havia tanta informação a ser coletada e selecionada! Compreender o
mundo era tarefa tão difícil quanto montar um quebra-cabeça do tamanho do
planeta. Era fácil demais perder a noção da figura enquanto se procurava e
separava as peças.

Quando, há alguns anos, vimos as fotografias da Terra tiradas do espaço, tivemos
um vislumbre do que estávamos tentando modelar. Aquela visão de estonteante
beleza; aquela esfera salpicada de azul e branco mexeu com todos nós, não
importa que agora seja apenas um clichê visual. A noção de realidade vem de
compararmos a imagem mental que temos do mundo com aquela que percebemos
através de nossos sentidos. É por isso que a visão que os astronautas tiveram da
Terra foi tão perturbadora. Mostrou-nos a que distância estávamos afastados da
realidade.

A Terra também foi vista do espaço pelos olhos mais discernentes dos
instrumentos, e foi esta ótica que confirmou a visão que James Hutton teve de um
planeta vivo. Vista à luz infravermelha, a Terra é uma anomalia estranha e
maravilhosa entre os outros planetas do sistema solar. Nossa atmosfera, o ar que
respiramos, mostrou-se escandalosamente fora de equilíbrio, quimicamente
falando. É como a mistura de gases que penetra no coletor de um motor de
combustão interna, ou seja, hidrocarbonetos e oxigênio misturados, enquanto
nossos parceiros mortos Marte e Vênus têm atmosferas de gases exauridos por
combustão.

A composição não ortodoxa da atmosfera emite um sinal tão forte na faixa
infravermelha que poderia ser reconhecido por uma espaçonave a grande distância
do sistema solar. As informações que ele transporta são evidência à primeira vista
da presença de vida. Porém, mais do que isso, se a atmosfera instável da Terra foi
capaz de persistir e não se tratava de um evento casual, então isto significaria que
o planeta está vivo - pelo menos até o ponto em que compartilha com outros
organismos vivos a maravilhosa propriedade da homeostase, a capacidade de
controlar sua composição química e se manter bem quando o ambiente externo
está mudando.

Quando, baseado nessa evidência, eu trouxe novamente à baila a visão de que nos
encontrávamos sobre um super organismo - e não uma mera bola de pedra
(Lovelock, 1972; 1979) -, o argumento não foi bem recebido. Muitos cientistas o
ignoraram ou criticaram sobre a base de que não era necessário explicar os fatos
da Terra. Conforme disse o geólogo H. D. Holland (1 984, p. 539): “Vivemos numa
Terra que é o melhor dos mundos somente para aqueles que estão bem adaptados
ao seu estado vigente". O biólogo Ford Doolittle (1981) disse que para manter a
Terra em estado constante favorável à vida precisaríamos prever e planejar, e que
nenhum estado desse tipo conseguiria evoluir através da seleção natural. Em suma,
disseram os cientistas, a idéia era teleológica e intestável. Dois cientistas,
entretanto, pensaram de forma diferente; um deles foi a eminente bióloga Lynn
Margulis e o outro o geoquímico Lars Sillen. Lynn Margulis foi minha primeira
colaboradora (Margulis e Lovelock, 1974). Lars Sillen morreu antes que houvesse
uma oportunidade. Foi o romancista William Golding (comunicação pessoal, 1970)
quem sugeriu usar o poderoso nome Gaia para a hipótese que supunha estar viva a
Terra.

Nos últimos 10 anos, tais críticas foram rebatidas - por um lado devido a novas
evidências e por outro devido a um simples modelo matemático chamado Daisy
world. Nele, o crescimento competitivo de plantas de coloração clara e outras de
coloração escura em um mundo imaginário mostra-se mantenedor do clima
planetário constante e confortável face à grande mudança na emissão de calor da
estrela do planeta. O modelo é bastante homeostático e pode resistir a grandes
perturbações não apenas na emissão de calor como também na população vegetal.
Ele se comporta como um organismo vivo, mas não são necessárias previsões ou
planejamentos para sua operação.

As teorias científicas não são julgadas tanto por estarem certas ou erradas quanto o
são pelo valor de suas previsões. A teoria de Gaia já se mostrou tão frutífera nestes
termos que por ora pouco importaria se estivesse errada. Um exemplo, tirado
dentre tantas previsões, foi a sugestão (Lovelock et alii, 1972) de que o composto
sulfeto de dimetilo seria sintetizado por organismos marinhos em larga escala para
servir de portador natural de enxofre do oceano para a terra. Sabia-se na época
que alguns elementos essenciais à vida, como o enxofre, eram abundantes nos
oceanos mas encontravam-se em processo de exaustão em pontos da superfície da
terra. Segundo a teoria de Gaia, seria necessário um portador natural, e foi previsto
o sulfeto de dimetilo. Agora sabemos que este composto é de fato o portador
natural do enxofre, mas na ocasião em que a previsão foi feita, buscar um
composto tão incomum assim no ar e no mar teria ido de encontro à sabedoria
convencional. É improvável que tivessem ido buscar sua presença não fosse pelo
estímulo da teoria de Gaia.

A teoria de Gaia vê a biota e as rochas, o ar e os oceanos como existências de uma
entidade fortemente conjugada. Sua evolução é um processo único, e não vários
processos separados estudados em diferentes prédios de universidades.

Ela tem um significado profundo para a biologia. Afeta até a grande visão de
Darwin, pois talvez não seja mais suficiente dizer que os indivíduos que deixarem a
maior prole terão êxito. Será necessário acrescentar a cláusula de que podem
conseguir contanto que não afetem adversamente o meio ambiente.

A teoria de Gaia também amplia a ecologia teórica. Colocando-se as espécies e o
meio ambiente juntos, algo que nenhum ecologista teórico fez, a instabilidade
matemática clássica de modelos de biologia populacional está curada.
Pela primeira vez temos, a partir desses modelos novos, modelos geofisiológicos,
uma justificativa teórica para a diversidade, para a riqueza rousseauniana de uma
floresta tropical úmida, para o emaranhado banco darwiniano. Esses novos modelos
ecológicos demonstram que à medida que aumenta a diversidade, também
aumentam a estabilidade e a resiliência. Agora podemos racionalizar a repugnância
que sentimos pelos excessos aos negócios agrícolas. Finalmente temos uma razão
para nossa ira contra a eliminação insensata de espécies e uma resposta para
aqueles que dizem tratar-se de um mero sentimentalismo.

Não precisamos mais justificar a existência de florestas tropicais úmidas sobre as
bases precárias de que elas podem conter plantas com drogas capazes de curar
doenças humanas. A teoria de Gaia nos força a ver que elas oferecem muito mais
que isso. Dada sua capacidade de evapotranspirar enormes volumes de vapor
d'água, elas servem para refrescar o planeta propiciando-lhe a proteção solar de
nuvens brancas refletoras. Sua substituição por lavoura poderia precipitar um
desastre em escala global.

Um sistema geofisiológico sempre começa com a ação de um organismo individual.
Se esta ação for localmente benéfica para o meio ambiente, ela então poderá se
difundir até que acabe resultando um altruísmo global. Gaia sempre opera assim
para atingir seu altruísmo. Não há previsão ou planejamento envolvido. O inverso
também é verdadeiro, e qualquer espécie que afete o meio ambiente
desfavoravelmente está sentenciada, mas a vida continua.

Será que isto se aplica aos seres humanos agora? Estaremos fadados a precipitar
uma mudança do atual estado confortável da Terra para um quase certamente
desfavorável para nós porém confortável para a biosfera de nossos sucessores? Por
sermos sencientes, há alternativas, tanto boas quanto más. Por certos caminhos, o
pior destino que nos aguarda é sermos alistados como os médicos e as enfermeiras
de um planeta geriátrico com a infindável e intangível tarefa de buscar eternamente
tecnologias capazes de mantê-lo adequado ao nosso tipo de vida - algo que até
bem pouco tempo atrás recebíamos gratuitamente por sermos uma parte de Gaia.

A filosofia de Gaia não é humanista. Mas, sendo avô de oito netos, eu preciso ser
otimista. Vejo o mundo como um organismo vivo do qual somos parte; não os
donos, não os inquilinos, sequer os passageiros. Explorar esse mundo na escala que
fazemos seria tão tolo quanto considerar supremo o cérebro e dispensáveis as
células dos outros órgãos. Seríamos capazes de minerar nosso fígado em busca de
nutrientes para algum benefício de curta duração?

Por sermos habitantes de cidades, ficamos obcecados pelos problemas humanos.
Até mesmo os ambientalistas parecem mais preocupados com a perda de um ano
de expectativa de vida devido ao câncer do que com a degradação do mundo
natural através do desmatamento ou dos gases do efeito estufa - algo que poderia
causar a morte de nossos netos. Estamos tão alienados do mundo da natureza que
poucos somos os que conhecemos os nomes das flores e dos insetos selvagens das
localidades onde vivemos ou percebemos a rapidez de sua extinção.

Gaia funciona a partir do ato de um organismo individual que se desenvolve até o
altruísmo global. Envolve ação em nível pessoal. Você bem pode perguntar "E o que
eu posso fazer?” Quando procuro agir pessoalmente em favor de Gaia através da
moderação, acho útil pensar em três elementos mortais: combustão, gado e serra
elétrica. Devem existir muitos outros.

Uma coisa que você pode fazer, e isto não passa de um exemplo, é comer menos
carne de boi. Agindo assim, e se os médicos estiverem certos, você poderá estar
fazendo um bem a si próprio; ao mesmo tempo, poderá estar reduzindo as
pressões       sobre      as      florestas      dos      trópicos     úmidos.
Ser egoísta é humano e natural. Mas se preferirmos ser egoístas no caminho
correto, então a vida pode ser rica e ainda assim consistente com um mundo
adequado para os nossos netos, bem como para os netos de nossos parceiros em
Gaia.
UM POEMA QUE EXIGE LEITURA E BUSCA REFLEXÃO

PARA UM MICO-LEÃO-DOURADO

OH CARINHA LINDA!




OLHANDO ATRAVÉS DA AURORA DO TEMPO, O PÊLO DOURADO DE TUAS
     FACES

É precioso como uma rima
O abril em teu gracioso rosnado
Pode soltar teu corpo, desenroscá-lo
E ficar
De pé
Esticado ao sol.
Volta, eu percebo agora!
Tua vida é tudo que encontro
Para provar que a nossa vale.




As lagartas monstruosas
E os dentes do fogo
Que comem tua floresta
Esmigalham minha casa.
TODAS
AS FERAS SÃO HOMENS;
Todos os homens são feras.
Eu te quero vivo
Em mais que a memória!
FILOSOFIA DE AÇÃO.
É MELHOR O GOVERNO QUE MENOS GOVERNA.
Deixa-me ser livre de ligamentos e tendências
Para me tornar uma forma
Que seja menos que espírito.
DEIXA-ME SER UM LOBO,
Uma lagarta, um salmão,


Ou


Uma
LONTRA
Nadando nas águas prateadas
Sob o céu avermelhado.
Fosse em uma mariposa ou um condor
Tu me verias voar!
Amo esta carne da qual sou feito!
Nela mergulho para encontrar a forma vital; mais simples!
AH!EIS A CRIANÇA!!!!!!!!
O QUE É A LIBERDADE QUANDO UMA CLASSE
MATA A OUTRA DE FOME?




“Ecologia significa em sua forma mais simples, o estudo do ambiente.
Porém em um sentido mais complexo, dizemos que ecologia é a ciência
que estuda os seres vivos acima do nível do organismo individual. Estuda,
portanto, a população, a comunidade, o ecossistema e a biosfera”.




REFLEXÃO

Há 4,5 bilhões de anos a Terra se formava entre explosões de gases tóxicos e altas
temperaturas. Assim também ocorreu com os outros planetas do nosso sistema
solar, repetindo o ciclo de criação do universo. Porém, passados alguns bilhões de
anos, a Terra, ainda "jovenzinha" começou a se distinguir de seus irmãos. Com o
resfriamento da temperatura, formou-se uma pequena crosta na superfície. A água
resfriada, pode assumir a forma líquida e todos esses fatores, em comunhão
propiciaram a origem da vida.

Ao olharmos ao nosso redor, podemos perceber as formas que a vida achou para
continuar sua evolução. Grandes, pequenos ou microscópicos seres encontram-se
aos milhares em nosso planeta e ainda assim, essa explosão de vida não chega a
cessar nem por um instante...

O estudo que propicia o entendimento entre os organismos vivos e seu meio, foi
denominado pela ciência como Ecologia. É bem verdade que o termo anda em voga
em virtude das alterações ambientais que andam ocorrendo no planeta. Os
especialistas do ramo vem tentando alertar a humanidade para os problemas
causados pelo crescimento desenfreado e pelo modo de viver das pessoas que
prejudicam não só o meio em que vivem, mas também o ambiente de todos os
seres vivos.

Contudo, podemos dizer que as campanhas são um tanto quanto apelativas e não
chegam a revelar às pessoas o verdadeiro significado da preservação. Como
podemos observar, o conceito assumiu uma conotação muito egoísta ao relacionar
a preservação dos outros organismos, única e exclusivamente à manutenção da
espécie humana. A preservação do solo, dos rios da fauna e da flora remetem
apenas a preservação da espécie que as destrói, não havendo assim uma
elucidação para um fato muito mais importante: a preservação de uma existência
harmoniosa entre todos os seres.
Nesse estudo sobre ecologia tentamos então, dar uma visão diferente ao nosso
planeta. Não mais como nossa morada, a Terra será vista daqui por diante como
um organismo vivo onde milhões de fenômenos maravilhosos ocorrem. Tentaremos
mostrar quão vantajosa é a restruturação das cidades (limpeza dos rios
arborização, despoluição), o fim dos desmatamentos e das caças predatórias. Mas
principalmente, tentaremos estimular o respeito para com a vida, pois só dessa
maneira a humanidade entenderá porque é preciso preservar a vida na Terra e da
Terra.


É BOM SABER!

OS BRASILEIROS E A ECOLOGIA

Foi feita uma pesquisa com empresários, cientistas, técnicos governamentais entre
outras e uma das constatações da pesquisa quantitativa é que embora os
brasileiros manifestem muito interesse pelo tema da ecologia (51% dos
entrevistados), para a metade deles, meio ambiente é sinônimo de natureza. Mais
da metade também considera o governo como o principal responsável pela
proteção ambiental e 41% acham que o desmatamento e a indústria química são os
principais “vilões” da ecologia. Mesmo os mais instruídos quase não relacionaram
entre os principais problemas o lixo nem a falta de saneamento básico, que são, na
opinião dos especialistas, os principais responsáveis pelas agressões ambientais.

Na abordagem qualitativa, segundo um cientista (que não permitiu a revelação de
seu nome), o maior problema é o projeto de modernidade que o Brasil quer. Sem
objetivo social definido, dificilmente a sociedade brasileira vai incorporar a idéia de
uma natureza sadia e ecologicamente equilibrada. (...) Em termos práticos, acho
que o problema mais grave é o saneamento, pois diz respeito diretamente ao
homem. Depois, a camada de ozônio e o aquecimento da Terra. Em terceiro lugar,
a população das cidades e em quarto a Amazônia.

Fonte: Revista Ecologia Hoje.




CONCEITOS BÁSICOS:

ECOLOGIA - Estudo das relações dos seres vivos entre si e com o ambiente onde
vivem (do grego oikos, casa, e logos, ciência).

BIOSFERA - Camada imaginária que abrange as regiões do planeta onde existe
vida. Sua limites vão dos picos das mais altas montanhas até as profundezas das
fossas abissais marinhas.

POPULAÇÃO - Conjunto de indivíduos de mesma espécie que habita determinada
região geográfica.
COMUNIDADE BIOLÓGICA ou BIOCENOSE - Populações de diferentes espécies
que convivem em determinada região.

NICHO ECOLÓGICO - Conjunto de características alimentares e comportamentais
que   definem     o    papel de     um      organismo     no    ecossistema.
Ex:        Herbívoros:        Girafa           -         folhas         altas
              Gazela                         -                          caule
              Inseto                         -                          folha
              Fungo - raiz

MAS: Apesar de serem todos consumidores primários, herbívoros, são de nichos
ecológicos diferentes... pois exercem sua função de modos variados.

HABITAT - Local onde vive uma espécie

FATORES ABIÓTICOS - Componentes não-vivos que interferem na vida dos seres
vivos. Os principais são: água, ar, temperatura, luz. De acordo com as condições
destes fatores, os seres vivos que convivem no ambiente fazem adaptações para
seu desenvolvimento.

FATORES BIÓTICOS - Componentes vivos do ecossistema.                      Podem    ser
classificados em produtores, consumidores e decompositores.

ECOSSISTEMA - Conjunto vivo formado pela comunidade e pelo biótopo. Consiste
na interação entre os seres vivos e o ambiente físico em que vivem. Cada
ecossistema possui características próprias e relativas estabilidade. A alimentação é
a principal relação entre as diferentes populações de um ecossistema. Exs.:
floresta, lago, aquário e a própria biosfera.

       OBS.: Biótopo - “local onde vive a comunidade”
              Meio      físico    =      Biótopo    =         Fatores       Abióticos
                                  +      ---------------------------->     Ecossistema
               Comunidade         =     Biocenose           =       Fatores    Bióticos



SERES AUTOTRÓFICOS - Produzem o próprio alimento a partir de substâncias
inorgânicas.      (fotossíntese           ou              quimiossíntese)

SERES HETEROTRÓFICOS - Necessitam captar seus alimentos do meio em que
vivem.

       OBS.: Fotossíntese  6 CO2 + 6 H2O luz------> C6H12O6 + 6 O2
       Respiração Aeróbica  C6H12O6 + 6 O2 ------> 6 CO2 + 6 H2O + energia
NÍVEIS TRÓFICOS - Grupos de organismos de mesma nutrição.

  •   Produtores: Seres Fotossintetizantes (algas, plantas, algumas bactérias;
      autotróficos) - mantém o ecossistema.

  •   Consumidores:

         o   Consumidores Primários: (herbívoros; heterotróficos) - alimentam-se
             dos produtores.

         o   Consumidores Secundários: (carnívoros; heterotróficos) - alimentam-
             se de animais herbívoros.

         o   Consumidores terciários: (carnívoros; heterotróficos) - alimentam-se
             de animais carnívoros.

             OBS.:    Onívoros -   animais   de    alimentação   variada
                     Homem - consumidor primário, secundário e terciário.




  •   Decompositores - alimento através de decomposição da matéria orgânica
      permitindo a reciclagem da matéria, devolvendo-a em forma de compostos
      inorgânicos. Exs: bactérias e fungos.

      OBS.:                                                           Atenção!
      Os decompositores típicos são os fungos e bactérias. Existem outros seres
que também se alimentam de matéria orgânica morta ,como os urubus e as
hienas que são carniceiros, e as minhocas e besouros que são detritívoros.
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Ecologia

  • 1. ECOLOGIA: A TERRA COMO ORGANISMO VIVO James E. Lovelock A idéia de que a Terra é viva pode ser tão velha quanto a humanidade. Os antigos gregos deram-lhe o poderoso nome de Gaia e tinham-na por deusa. Antes do século XIX, até, mesmo os cientistas sentiam-se confortáveis com a noção de uma Terra viva. Segundo o historiador D. B. Mclntyre (1963), James Hutton, normalmente conhecido como o pai da geologia, disse numa palestra para a Sociedade Real de Edimburgo na década de 1790 que considerava a Terra um super organismo e que seu estudo apropriado seria através da fisiologia. Hutton foi mais adiante e fez a analogia entre a circulação do sangue, descoberta por Harvey, e a circulação dos elementos nutrientes da Terra, e a forma como o sol destila água dos oceanos para que torne a cair como chuva e refresque a terra. Essa visão holística de nosso planeta não persistiu no século seguinte. A ciência estava se desenvolvendo rapidamente e logo se fragmentou numa coletânea de profissões quase independentes. Tornou-se a província do especialista, e pouco de bom se podia dizer acerca do raciocínio interdisciplinar. Não se podia fugir de tal introspecção. Havia tanta informação a ser coletada e selecionada! Compreender o mundo era tarefa tão difícil quanto montar um quebra-cabeça do tamanho do planeta. Era fácil demais perder a noção da figura enquanto se procurava e separava as peças. Quando, há alguns anos, vimos as fotografias da Terra tiradas do espaço, tivemos um vislumbre do que estávamos tentando modelar. Aquela visão de estonteante beleza; aquela esfera salpicada de azul e branco mexeu com todos nós, não importa que agora seja apenas um clichê visual. A noção de realidade vem de compararmos a imagem mental que temos do mundo com aquela que percebemos através de nossos sentidos. É por isso que a visão que os astronautas tiveram da Terra foi tão perturbadora. Mostrou-nos a que distância estávamos afastados da realidade. A Terra também foi vista do espaço pelos olhos mais discernentes dos instrumentos, e foi esta ótica que confirmou a visão que James Hutton teve de um planeta vivo. Vista à luz infravermelha, a Terra é uma anomalia estranha e maravilhosa entre os outros planetas do sistema solar. Nossa atmosfera, o ar que respiramos, mostrou-se escandalosamente fora de equilíbrio, quimicamente falando. É como a mistura de gases que penetra no coletor de um motor de combustão interna, ou seja, hidrocarbonetos e oxigênio misturados, enquanto nossos parceiros mortos Marte e Vênus têm atmosferas de gases exauridos por combustão. A composição não ortodoxa da atmosfera emite um sinal tão forte na faixa infravermelha que poderia ser reconhecido por uma espaçonave a grande distância do sistema solar. As informações que ele transporta são evidência à primeira vista da presença de vida. Porém, mais do que isso, se a atmosfera instável da Terra foi capaz de persistir e não se tratava de um evento casual, então isto significaria que o planeta está vivo - pelo menos até o ponto em que compartilha com outros organismos vivos a maravilhosa propriedade da homeostase, a capacidade de controlar sua composição química e se manter bem quando o ambiente externo está mudando. Quando, baseado nessa evidência, eu trouxe novamente à baila a visão de que nos encontrávamos sobre um super organismo - e não uma mera bola de pedra (Lovelock, 1972; 1979) -, o argumento não foi bem recebido. Muitos cientistas o ignoraram ou criticaram sobre a base de que não era necessário explicar os fatos
  • 2. da Terra. Conforme disse o geólogo H. D. Holland (1 984, p. 539): “Vivemos numa Terra que é o melhor dos mundos somente para aqueles que estão bem adaptados ao seu estado vigente". O biólogo Ford Doolittle (1981) disse que para manter a Terra em estado constante favorável à vida precisaríamos prever e planejar, e que nenhum estado desse tipo conseguiria evoluir através da seleção natural. Em suma, disseram os cientistas, a idéia era teleológica e intestável. Dois cientistas, entretanto, pensaram de forma diferente; um deles foi a eminente bióloga Lynn Margulis e o outro o geoquímico Lars Sillen. Lynn Margulis foi minha primeira colaboradora (Margulis e Lovelock, 1974). Lars Sillen morreu antes que houvesse uma oportunidade. Foi o romancista William Golding (comunicação pessoal, 1970) quem sugeriu usar o poderoso nome Gaia para a hipótese que supunha estar viva a Terra. Nos últimos 10 anos, tais críticas foram rebatidas - por um lado devido a novas evidências e por outro devido a um simples modelo matemático chamado Daisy world. Nele, o crescimento competitivo de plantas de coloração clara e outras de coloração escura em um mundo imaginário mostra-se mantenedor do clima planetário constante e confortável face à grande mudança na emissão de calor da estrela do planeta. O modelo é bastante homeostático e pode resistir a grandes perturbações não apenas na emissão de calor como também na população vegetal. Ele se comporta como um organismo vivo, mas não são necessárias previsões ou planejamentos para sua operação. As teorias científicas não são julgadas tanto por estarem certas ou erradas quanto o são pelo valor de suas previsões. A teoria de Gaia já se mostrou tão frutífera nestes termos que por ora pouco importaria se estivesse errada. Um exemplo, tirado dentre tantas previsões, foi a sugestão (Lovelock et alii, 1972) de que o composto sulfeto de dimetilo seria sintetizado por organismos marinhos em larga escala para servir de portador natural de enxofre do oceano para a terra. Sabia-se na época que alguns elementos essenciais à vida, como o enxofre, eram abundantes nos oceanos mas encontravam-se em processo de exaustão em pontos da superfície da terra. Segundo a teoria de Gaia, seria necessário um portador natural, e foi previsto o sulfeto de dimetilo. Agora sabemos que este composto é de fato o portador natural do enxofre, mas na ocasião em que a previsão foi feita, buscar um composto tão incomum assim no ar e no mar teria ido de encontro à sabedoria convencional. É improvável que tivessem ido buscar sua presença não fosse pelo estímulo da teoria de Gaia. A teoria de Gaia vê a biota e as rochas, o ar e os oceanos como existências de uma entidade fortemente conjugada. Sua evolução é um processo único, e não vários processos separados estudados em diferentes prédios de universidades. Ela tem um significado profundo para a biologia. Afeta até a grande visão de Darwin, pois talvez não seja mais suficiente dizer que os indivíduos que deixarem a maior prole terão êxito. Será necessário acrescentar a cláusula de que podem conseguir contanto que não afetem adversamente o meio ambiente. A teoria de Gaia também amplia a ecologia teórica. Colocando-se as espécies e o meio ambiente juntos, algo que nenhum ecologista teórico fez, a instabilidade matemática clássica de modelos de biologia populacional está curada. Pela primeira vez temos, a partir desses modelos novos, modelos geofisiológicos, uma justificativa teórica para a diversidade, para a riqueza rousseauniana de uma floresta tropical úmida, para o emaranhado banco darwiniano. Esses novos modelos ecológicos demonstram que à medida que aumenta a diversidade, também aumentam a estabilidade e a resiliência. Agora podemos racionalizar a repugnância que sentimos pelos excessos aos negócios agrícolas. Finalmente temos uma razão
  • 3. para nossa ira contra a eliminação insensata de espécies e uma resposta para aqueles que dizem tratar-se de um mero sentimentalismo. Não precisamos mais justificar a existência de florestas tropicais úmidas sobre as bases precárias de que elas podem conter plantas com drogas capazes de curar doenças humanas. A teoria de Gaia nos força a ver que elas oferecem muito mais que isso. Dada sua capacidade de evapotranspirar enormes volumes de vapor d'água, elas servem para refrescar o planeta propiciando-lhe a proteção solar de nuvens brancas refletoras. Sua substituição por lavoura poderia precipitar um desastre em escala global. Um sistema geofisiológico sempre começa com a ação de um organismo individual. Se esta ação for localmente benéfica para o meio ambiente, ela então poderá se difundir até que acabe resultando um altruísmo global. Gaia sempre opera assim para atingir seu altruísmo. Não há previsão ou planejamento envolvido. O inverso também é verdadeiro, e qualquer espécie que afete o meio ambiente desfavoravelmente está sentenciada, mas a vida continua. Será que isto se aplica aos seres humanos agora? Estaremos fadados a precipitar uma mudança do atual estado confortável da Terra para um quase certamente desfavorável para nós porém confortável para a biosfera de nossos sucessores? Por sermos sencientes, há alternativas, tanto boas quanto más. Por certos caminhos, o pior destino que nos aguarda é sermos alistados como os médicos e as enfermeiras de um planeta geriátrico com a infindável e intangível tarefa de buscar eternamente tecnologias capazes de mantê-lo adequado ao nosso tipo de vida - algo que até bem pouco tempo atrás recebíamos gratuitamente por sermos uma parte de Gaia. A filosofia de Gaia não é humanista. Mas, sendo avô de oito netos, eu preciso ser otimista. Vejo o mundo como um organismo vivo do qual somos parte; não os donos, não os inquilinos, sequer os passageiros. Explorar esse mundo na escala que fazemos seria tão tolo quanto considerar supremo o cérebro e dispensáveis as células dos outros órgãos. Seríamos capazes de minerar nosso fígado em busca de nutrientes para algum benefício de curta duração? Por sermos habitantes de cidades, ficamos obcecados pelos problemas humanos. Até mesmo os ambientalistas parecem mais preocupados com a perda de um ano de expectativa de vida devido ao câncer do que com a degradação do mundo natural através do desmatamento ou dos gases do efeito estufa - algo que poderia causar a morte de nossos netos. Estamos tão alienados do mundo da natureza que poucos somos os que conhecemos os nomes das flores e dos insetos selvagens das localidades onde vivemos ou percebemos a rapidez de sua extinção. Gaia funciona a partir do ato de um organismo individual que se desenvolve até o altruísmo global. Envolve ação em nível pessoal. Você bem pode perguntar "E o que eu posso fazer?” Quando procuro agir pessoalmente em favor de Gaia através da moderação, acho útil pensar em três elementos mortais: combustão, gado e serra elétrica. Devem existir muitos outros. Uma coisa que você pode fazer, e isto não passa de um exemplo, é comer menos carne de boi. Agindo assim, e se os médicos estiverem certos, você poderá estar fazendo um bem a si próprio; ao mesmo tempo, poderá estar reduzindo as pressões sobre as florestas dos trópicos úmidos. Ser egoísta é humano e natural. Mas se preferirmos ser egoístas no caminho correto, então a vida pode ser rica e ainda assim consistente com um mundo adequado para os nossos netos, bem como para os netos de nossos parceiros em Gaia.
  • 4. UM POEMA QUE EXIGE LEITURA E BUSCA REFLEXÃO PARA UM MICO-LEÃO-DOURADO OH CARINHA LINDA! OLHANDO ATRAVÉS DA AURORA DO TEMPO, O PÊLO DOURADO DE TUAS FACES É precioso como uma rima O abril em teu gracioso rosnado Pode soltar teu corpo, desenroscá-lo E ficar De pé Esticado ao sol. Volta, eu percebo agora! Tua vida é tudo que encontro Para provar que a nossa vale. As lagartas monstruosas E os dentes do fogo Que comem tua floresta Esmigalham minha casa. TODAS AS FERAS SÃO HOMENS; Todos os homens são feras. Eu te quero vivo Em mais que a memória! FILOSOFIA DE AÇÃO. É MELHOR O GOVERNO QUE MENOS GOVERNA. Deixa-me ser livre de ligamentos e tendências Para me tornar uma forma Que seja menos que espírito. DEIXA-ME SER UM LOBO, Uma lagarta, um salmão, Ou Uma LONTRA Nadando nas águas prateadas Sob o céu avermelhado. Fosse em uma mariposa ou um condor Tu me verias voar! Amo esta carne da qual sou feito! Nela mergulho para encontrar a forma vital; mais simples! AH!EIS A CRIANÇA!!!!!!!! O QUE É A LIBERDADE QUANDO UMA CLASSE
  • 5. MATA A OUTRA DE FOME? “Ecologia significa em sua forma mais simples, o estudo do ambiente. Porém em um sentido mais complexo, dizemos que ecologia é a ciência que estuda os seres vivos acima do nível do organismo individual. Estuda, portanto, a população, a comunidade, o ecossistema e a biosfera”. REFLEXÃO Há 4,5 bilhões de anos a Terra se formava entre explosões de gases tóxicos e altas temperaturas. Assim também ocorreu com os outros planetas do nosso sistema solar, repetindo o ciclo de criação do universo. Porém, passados alguns bilhões de anos, a Terra, ainda "jovenzinha" começou a se distinguir de seus irmãos. Com o resfriamento da temperatura, formou-se uma pequena crosta na superfície. A água resfriada, pode assumir a forma líquida e todos esses fatores, em comunhão propiciaram a origem da vida. Ao olharmos ao nosso redor, podemos perceber as formas que a vida achou para continuar sua evolução. Grandes, pequenos ou microscópicos seres encontram-se aos milhares em nosso planeta e ainda assim, essa explosão de vida não chega a cessar nem por um instante... O estudo que propicia o entendimento entre os organismos vivos e seu meio, foi denominado pela ciência como Ecologia. É bem verdade que o termo anda em voga em virtude das alterações ambientais que andam ocorrendo no planeta. Os especialistas do ramo vem tentando alertar a humanidade para os problemas causados pelo crescimento desenfreado e pelo modo de viver das pessoas que prejudicam não só o meio em que vivem, mas também o ambiente de todos os seres vivos. Contudo, podemos dizer que as campanhas são um tanto quanto apelativas e não chegam a revelar às pessoas o verdadeiro significado da preservação. Como podemos observar, o conceito assumiu uma conotação muito egoísta ao relacionar a preservação dos outros organismos, única e exclusivamente à manutenção da espécie humana. A preservação do solo, dos rios da fauna e da flora remetem apenas a preservação da espécie que as destrói, não havendo assim uma elucidação para um fato muito mais importante: a preservação de uma existência harmoniosa entre todos os seres.
  • 6. Nesse estudo sobre ecologia tentamos então, dar uma visão diferente ao nosso planeta. Não mais como nossa morada, a Terra será vista daqui por diante como um organismo vivo onde milhões de fenômenos maravilhosos ocorrem. Tentaremos mostrar quão vantajosa é a restruturação das cidades (limpeza dos rios arborização, despoluição), o fim dos desmatamentos e das caças predatórias. Mas principalmente, tentaremos estimular o respeito para com a vida, pois só dessa maneira a humanidade entenderá porque é preciso preservar a vida na Terra e da Terra. É BOM SABER! OS BRASILEIROS E A ECOLOGIA Foi feita uma pesquisa com empresários, cientistas, técnicos governamentais entre outras e uma das constatações da pesquisa quantitativa é que embora os brasileiros manifestem muito interesse pelo tema da ecologia (51% dos entrevistados), para a metade deles, meio ambiente é sinônimo de natureza. Mais da metade também considera o governo como o principal responsável pela proteção ambiental e 41% acham que o desmatamento e a indústria química são os principais “vilões” da ecologia. Mesmo os mais instruídos quase não relacionaram entre os principais problemas o lixo nem a falta de saneamento básico, que são, na opinião dos especialistas, os principais responsáveis pelas agressões ambientais. Na abordagem qualitativa, segundo um cientista (que não permitiu a revelação de seu nome), o maior problema é o projeto de modernidade que o Brasil quer. Sem objetivo social definido, dificilmente a sociedade brasileira vai incorporar a idéia de uma natureza sadia e ecologicamente equilibrada. (...) Em termos práticos, acho que o problema mais grave é o saneamento, pois diz respeito diretamente ao homem. Depois, a camada de ozônio e o aquecimento da Terra. Em terceiro lugar, a população das cidades e em quarto a Amazônia. Fonte: Revista Ecologia Hoje. CONCEITOS BÁSICOS: ECOLOGIA - Estudo das relações dos seres vivos entre si e com o ambiente onde vivem (do grego oikos, casa, e logos, ciência). BIOSFERA - Camada imaginária que abrange as regiões do planeta onde existe vida. Sua limites vão dos picos das mais altas montanhas até as profundezas das fossas abissais marinhas. POPULAÇÃO - Conjunto de indivíduos de mesma espécie que habita determinada região geográfica.
  • 7. COMUNIDADE BIOLÓGICA ou BIOCENOSE - Populações de diferentes espécies que convivem em determinada região. NICHO ECOLÓGICO - Conjunto de características alimentares e comportamentais que definem o papel de um organismo no ecossistema. Ex: Herbívoros: Girafa - folhas altas Gazela - caule Inseto - folha Fungo - raiz MAS: Apesar de serem todos consumidores primários, herbívoros, são de nichos ecológicos diferentes... pois exercem sua função de modos variados. HABITAT - Local onde vive uma espécie FATORES ABIÓTICOS - Componentes não-vivos que interferem na vida dos seres vivos. Os principais são: água, ar, temperatura, luz. De acordo com as condições destes fatores, os seres vivos que convivem no ambiente fazem adaptações para seu desenvolvimento. FATORES BIÓTICOS - Componentes vivos do ecossistema. Podem ser classificados em produtores, consumidores e decompositores. ECOSSISTEMA - Conjunto vivo formado pela comunidade e pelo biótopo. Consiste na interação entre os seres vivos e o ambiente físico em que vivem. Cada ecossistema possui características próprias e relativas estabilidade. A alimentação é a principal relação entre as diferentes populações de um ecossistema. Exs.: floresta, lago, aquário e a própria biosfera. OBS.: Biótopo - “local onde vive a comunidade” Meio físico = Biótopo = Fatores Abióticos + ----------------------------> Ecossistema Comunidade = Biocenose = Fatores Bióticos SERES AUTOTRÓFICOS - Produzem o próprio alimento a partir de substâncias inorgânicas. (fotossíntese ou quimiossíntese) SERES HETEROTRÓFICOS - Necessitam captar seus alimentos do meio em que vivem. OBS.: Fotossíntese  6 CO2 + 6 H2O luz------> C6H12O6 + 6 O2 Respiração Aeróbica  C6H12O6 + 6 O2 ------> 6 CO2 + 6 H2O + energia
  • 8. NÍVEIS TRÓFICOS - Grupos de organismos de mesma nutrição. • Produtores: Seres Fotossintetizantes (algas, plantas, algumas bactérias; autotróficos) - mantém o ecossistema. • Consumidores: o Consumidores Primários: (herbívoros; heterotróficos) - alimentam-se dos produtores. o Consumidores Secundários: (carnívoros; heterotróficos) - alimentam- se de animais herbívoros. o Consumidores terciários: (carnívoros; heterotróficos) - alimentam-se de animais carnívoros. OBS.: Onívoros - animais de alimentação variada Homem - consumidor primário, secundário e terciário. • Decompositores - alimento através de decomposição da matéria orgânica permitindo a reciclagem da matéria, devolvendo-a em forma de compostos inorgânicos. Exs: bactérias e fungos. OBS.: Atenção! Os decompositores típicos são os fungos e bactérias. Existem outros seres
  • 9. que também se alimentam de matéria orgânica morta ,como os urubus e as hienas que são carniceiros, e as minhocas e besouros que são detritívoros.
  • 10. que também se alimentam de matéria orgânica morta ,como os urubus e as hienas que são carniceiros, e as minhocas e besouros que são detritívoros.