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O Uso do Contexto Social na
Elicitação de Requisitos de Software

                        Daniel Ferreira
                      dfs3@cin.ufpe.br
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
JÁ ACONTECEU COM VOCÊ?

    O sistema que queremos deve fazer isto, isto… e nesse
                    caso também isto..

                Sim, sim. Estamos anotando.

      Conversei com os usuários e basicamente este é o
          sistema que teremos que desenvolver.

                         Sim chefe.

       Ótimo. Começaremos a especificar os requisitos
                    imediatamente.
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
2 MESES DEPOIS…

     Pessoal, após o emprego das mais modernas técnicas
    de espeficação, com nossa melhor equipe, produzimos
       este documento que descreve minuciosamente o
                          sistema.

    Ótimo! Bom. Hum… É um documento com 300 páginas
    e todos esses gráficos, tabelas… Enfim, vamos analisá-lo
                     e voltamos a nos falar!
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7 MESES DEPOIS…

    Pessoal, o cliente não está satisfeito com o sistema pois
     diz que está fazendo as coisas diferentes do que ele
                pediu, e faltam algumas coisas…


     Mas seguimos o documento que foi espeficado com
             exatamente o que eles queriam…


    Sim, mas o cliente disse que não tinha dito exatamente
    aquilo que estava no documento e que somente agora
               sentiu falta de algumas coisas…


     COMO NÃO?? ESSES CLIENTES COMO SEMPRE NÃO
                 SABEM O QUEREM..
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Engenharia de Requisitos


Primeira etapa dentro de todo o processo
da engenharia de software, a qual estuda
como coletar entender, armazenar,
       coletar,
verificar e gerenciar os requisitos




                                     [THAYER, 97]
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
Engenharia de Requisitos



              É o processo através do qual clientes
              e usuários são questionados por um
    coletar   desenvolvedor para falarem “o quê”
              o software deve fazer.




                                               [THAYER, 97]
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
Elicitação de Requisitos:
Uma ciência social?
Os problemas da elicitação de requisitos não podem ser
resolvidos simplesmente com tecnologia, pois o
contexto social neste caso é mais crucial que etapas de
programação, especificação ou modelagem.




                                                    [GOGUEN, 94]
Dificuldades da Elicitação
            de Requisitos
usuários

                                           não sabem
                     precisam deve ser
                   como o sistema que




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usuários tem

                                             diferentes
                            problema
                    pontos de vista do




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nem todos os usuários


                  do processo de
                       elicitação
                                           participam


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usuários tem


                       para descrever o
                   domínio do problema
                                           dificuldade


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Principais Técnicas



    Tradicionais
    Tradicionais            Colaborativas
                            Colaborativas




                                    Abordagens
                                    Abordagens
               Cognitivas
               Cognitivas            contextuais
                                    contextuais
O Contexto Social
seminário


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CASE

                         Diagramas
                                                                    Ferramentas



                             Sociais?
                             Ciências

        Reuniões
                                   Planilhas




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pausas.
              Resultado:
                                                                               Resultado:
                                                                               Respostas rápidas, fluentes e diretas.




              Palavras soltas, sem segurança, com longas




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Conclusão
Crianças negras tem problemas de
linguagem e precisam ser ensinadas
a falar.

                  Grau de confiabilidade
                    dessa conclusão?
Resultado:
                Linguagem extensa, fluente com uma
                surpreendente complexidade e competência.




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artificial
                                            Teste em
                                            ambiente
                                        x    natural
                                            Teste em
                                            ambiente




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Etnometodologia




       Análise de tarefas
                                  Teoria da atividade
                                                               Análise de conversas




Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
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Teoria da Atividade
 Estrutura filosófica e interdisciplinar para estudar
 diferentes formas de práticas humanas de
 processos de desenvolvimento, tanto no nível
 individual como no nível social (Martins, 1999)
 Três vertentes:
   Filosofia clássica Alemã dos séculos XVIII e XIX
   Escritos de Marx e Engels que elaboraram o conceito de
   atividade
   Psicologia Soviética, fundada por Vygostky, Leont'ev e
   Lúria
Sujeito
                                                                                                Teoria da Atividade

                                                                         Ferramenta




     Objeto
                                         RESULTADO




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Programador
                                                                         Editor de texto
                                                                                                “Codificar um programa”




     Algoritmo
                                       FONTE
                                     PROGRAMA




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Atividade
                                                                                                Atividades




                                                           Ações


                           Operações
                                                   Ações
                                                              Atividade


                                       Operações
                                                   Meta
                                                             Motivo


                                       Condições




Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
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Atividade “Faturar venda”


    Atividade            Ações                    Operações

                                         Preencher campos da NF

                    Emitir nota fiscal   Calcular impostos

Faturar uma venda                        Imprimir NF

                                         Gerar datas de vencimento
                    Emitir duplicatas
                                         Imprimir duplicatas
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Elicitando Requisitos Utilizando
a Teoria da Atividade

   Identificar procedimentos realizados no sistema
   que possam ser classificados como atividades
   Para cada atividade identificar: sujeito,
   ferramenta, objeto, comunidade, regras, divisão
   de trabalho e resultado (representação do
   modelo sistêmico da atividade).
   Decompor em ações e operações (a partir do
   modelo sistêmico)
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Exemplo de Uso

 Sistema de controle de protocolos de uma
 secretária de faculdade

 Atividades identificadas:
   Criar protocolo
   Atualizar protocolo
   Consultar protocolo por data
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                       Caneta



                                         Protocolo
                                         realizado

     Secretária                     Quadro de registro de
                                    protocolo




                                            Divisão de
Regras para criação   Secretárias           trabalho entre
de protocolo                                as secretárias
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Regras para Criação do Protocolo
 O campo número do protocolo deve ser gerado
 seqüencialmente. O novo número gerado deve ser igual
 ao número do último protocolo mais um.
  O campo número do protocolo e nome devem ser
 destacados, utilizando-se cor vermelha para o
 preenchimento destes campos.
 Todos os campos do quadro de registro de protocolo
 devem ser preenchidos, com exceção do campo origem,
 que quando tem o mesmo conteúdo do campo assunto,
 pode ser omitido.
 Todos os documentos protocolados no livro do protocolo
 devem receber um carimbo constando a data em que o
 documento chegou na secretaria da faculdade e o número
 do protocolo gerado para esse documento
Conclusão
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
Conclusão
 Elicitação de requisitos precisa ser mais centrada
 no usuário e no contexto do ambiente em que o
 software deve ser usado
 Técnicas que usam alguma ciência social
 geralmente tem essa caracteristica
 A Teoria da Atividade se mostra fácil de
 implementar e os resultados são de boa
 visualização para vários públicos
   Leva em consideração elementos importantes como
   sujeito, ferramentas, objetos, regras, ambiente, etc.
 Alguns trabalhos na área também utilizam o
 conceito de Cenários.
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
Referências
[EASTERBROOK, 04] EASTERBROOK, Steve. Requirements Elicitation 2004.
                                                          Elicitation.
                  (Department of Computer Science) - University of Toronto.
                  Toronto.
[GOGUEN, 94]      GOGUEN, J.A.; LINDE, C. Techiques for Requirements
                  Elicitation.
                  Elicitation In: Proceedings of the First IEEE International
                  Symposium on Requirements Engineering, San Diego, Ca,
                  IEEE Computer Society Press, p. 1-14, 1994.
[CLAUS, 71]       Claus Moser and GrahamKalton. Survey Methods in Social
                  Investigation.
                  Investigation Gower, 1971.
[PARASURAMAN, 91] PARASURAMAN, A. Marketing research. 2. ed., Addison
                                                  research
                  Wesley Publishing Company, p. 21-60, 1991
[JUNIOR, 05]      JUNIOR, Paulo Roberto de O. Elicitação de Requisitos de
                                                 Elicitaç
                  Software Através da Utilização de Questionários 2005.
                             Atravé     Utilizaç       Questionários.
                  Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
[THAYER, 97]      THAYER, R. H. e DORFMAN, M.; Introduction to Tutorial
                  Software Requirements Enginnering in Software
                  Requirements Engineering, IEEE-CS Press, Second Edition,
                  1997, p.p. 1-2.
Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
Referências
[PREECE, 02]   Preece, Rogers and Sharp, Interaction Design, beyond
               Human Computer Interaction Wiley, 2002, p. 249
                                  Interaction,
[CASTRO, 98]   CASTRO, Jaelson. Elicitação e Análise de Requisitos
                                 Elicitaç    Aná        Requisitos.
               Universidade Federal de Pernambuco. 1998. Disponível em
               <http://www.cin.ufpe.br/~if119/aulas/cap3.PDF>. Acesso
               em 25 set 2012.
[DAMIAN, 97]   DAMIAN, Adrian, et al. Joint Application Development and
               Participatory Design 1997. Disponível em
                             Design.
               <http://www.cpsc.ucalgary.ca/~pand/seng/613/report.htm
               l>. Acesso em 26 set 2012.
[CMMI, 12]     CMMi – Requirements Development Disponível em
                                       Development.
               <http://www.software-quality-assurance.org/cmmi-
               requirements-development.html>. Acesso em 01 out 2012.
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Daniel Ferreira

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Uso Contexto Social Elicitação Requisitos

  • 1. O Uso do Contexto Social na Elicitação de Requisitos de Software Daniel Ferreira dfs3@cin.ufpe.br
  • 2. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 JÁ ACONTECEU COM VOCÊ? O sistema que queremos deve fazer isto, isto… e nesse caso também isto.. Sim, sim. Estamos anotando. Conversei com os usuários e basicamente este é o sistema que teremos que desenvolver. Sim chefe. Ótimo. Começaremos a especificar os requisitos imediatamente.
  • 3. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 2 MESES DEPOIS… Pessoal, após o emprego das mais modernas técnicas de espeficação, com nossa melhor equipe, produzimos este documento que descreve minuciosamente o sistema. Ótimo! Bom. Hum… É um documento com 300 páginas e todos esses gráficos, tabelas… Enfim, vamos analisá-lo e voltamos a nos falar!
  • 4. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 7 MESES DEPOIS… Pessoal, o cliente não está satisfeito com o sistema pois diz que está fazendo as coisas diferentes do que ele pediu, e faltam algumas coisas… Mas seguimos o documento que foi espeficado com exatamente o que eles queriam… Sim, mas o cliente disse que não tinha dito exatamente aquilo que estava no documento e que somente agora sentiu falta de algumas coisas… COMO NÃO?? ESSES CLIENTES COMO SEMPRE NÃO SABEM O QUEREM..
  • 5. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Engenharia de Requisitos Primeira etapa dentro de todo o processo da engenharia de software, a qual estuda como coletar entender, armazenar, coletar, verificar e gerenciar os requisitos [THAYER, 97]
  • 6. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Engenharia de Requisitos É o processo através do qual clientes e usuários são questionados por um coletar desenvolvedor para falarem “o quê” o software deve fazer. [THAYER, 97]
  • 7. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Elicitação de Requisitos: Uma ciência social? Os problemas da elicitação de requisitos não podem ser resolvidos simplesmente com tecnologia, pois o contexto social neste caso é mais crucial que etapas de programação, especificação ou modelagem. [GOGUEN, 94]
  • 9. usuários não sabem precisam deve ser como o sistema que Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 10. usuários tem diferentes problema pontos de vista do Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 11. nem todos os usuários do processo de elicitação participam Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 12. usuários tem para descrever o domínio do problema dificuldade Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 13. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 14. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 15. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Principais Técnicas Tradicionais Tradicionais Colaborativas Colaborativas Abordagens Abordagens Cognitivas Cognitivas contextuais contextuais
  • 17. seminário Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 18. CASE Diagramas Ferramentas Sociais? Ciências Reuniões Planilhas Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 19. pausas. Resultado: Resultado: Respostas rápidas, fluentes e diretas. Palavras soltas, sem segurança, com longas Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 20. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Conclusão Crianças negras tem problemas de linguagem e precisam ser ensinadas a falar. Grau de confiabilidade dessa conclusão?
  • 21. Resultado: Linguagem extensa, fluente com uma surpreendente complexidade e competência. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 22. artificial Teste em ambiente x natural Teste em ambiente Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 23. Etnometodologia Análise de tarefas Teoria da atividade Análise de conversas Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 24. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Teoria da Atividade Estrutura filosófica e interdisciplinar para estudar diferentes formas de práticas humanas de processos de desenvolvimento, tanto no nível individual como no nível social (Martins, 1999) Três vertentes: Filosofia clássica Alemã dos séculos XVIII e XIX Escritos de Marx e Engels que elaboraram o conceito de atividade Psicologia Soviética, fundada por Vygostky, Leont'ev e Lúria
  • 25. Sujeito Teoria da Atividade Ferramenta Objeto RESULTADO Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 26. Programador Editor de texto “Codificar um programa” Algoritmo FONTE PROGRAMA Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 27. Atividade Atividades Ações Operações Ações Atividade Operações Meta Motivo Condições Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 28. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Atividade “Faturar venda” Atividade Ações Operações Preencher campos da NF Emitir nota fiscal Calcular impostos Faturar uma venda Imprimir NF Gerar datas de vencimento Emitir duplicatas Imprimir duplicatas
  • 29. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Elicitando Requisitos Utilizando a Teoria da Atividade Identificar procedimentos realizados no sistema que possam ser classificados como atividades Para cada atividade identificar: sujeito, ferramenta, objeto, comunidade, regras, divisão de trabalho e resultado (representação do modelo sistêmico da atividade). Decompor em ações e operações (a partir do modelo sistêmico)
  • 30. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Exemplo de Uso Sistema de controle de protocolos de uma secretária de faculdade Atividades identificadas: Criar protocolo Atualizar protocolo Consultar protocolo por data
  • 31. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Caneta Protocolo realizado Secretária Quadro de registro de protocolo Divisão de Regras para criação Secretárias trabalho entre de protocolo as secretárias
  • 32. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Regras para Criação do Protocolo O campo número do protocolo deve ser gerado seqüencialmente. O novo número gerado deve ser igual ao número do último protocolo mais um. O campo número do protocolo e nome devem ser destacados, utilizando-se cor vermelha para o preenchimento destes campos. Todos os campos do quadro de registro de protocolo devem ser preenchidos, com exceção do campo origem, que quando tem o mesmo conteúdo do campo assunto, pode ser omitido. Todos os documentos protocolados no livro do protocolo devem receber um carimbo constando a data em que o documento chegou na secretaria da faculdade e o número do protocolo gerado para esse documento
  • 34. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Conclusão Elicitação de requisitos precisa ser mais centrada no usuário e no contexto do ambiente em que o software deve ser usado Técnicas que usam alguma ciência social geralmente tem essa caracteristica A Teoria da Atividade se mostra fácil de implementar e os resultados são de boa visualização para vários públicos Leva em consideração elementos importantes como sujeito, ferramentas, objetos, regras, ambiente, etc. Alguns trabalhos na área também utilizam o conceito de Cenários.
  • 35. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012
  • 36. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Referências [EASTERBROOK, 04] EASTERBROOK, Steve. Requirements Elicitation 2004. Elicitation. (Department of Computer Science) - University of Toronto. Toronto. [GOGUEN, 94] GOGUEN, J.A.; LINDE, C. Techiques for Requirements Elicitation. Elicitation In: Proceedings of the First IEEE International Symposium on Requirements Engineering, San Diego, Ca, IEEE Computer Society Press, p. 1-14, 1994. [CLAUS, 71] Claus Moser and GrahamKalton. Survey Methods in Social Investigation. Investigation Gower, 1971. [PARASURAMAN, 91] PARASURAMAN, A. Marketing research. 2. ed., Addison research Wesley Publishing Company, p. 21-60, 1991 [JUNIOR, 05] JUNIOR, Paulo Roberto de O. Elicitação de Requisitos de Elicitaç Software Através da Utilização de Questionários 2005. Atravé Utilizaç Questionários. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. [THAYER, 97] THAYER, R. H. e DORFMAN, M.; Introduction to Tutorial Software Requirements Enginnering in Software Requirements Engineering, IEEE-CS Press, Second Edition, 1997, p.p. 1-2.
  • 37. Daniel Ferreira – Seminário apresentado na disciplina de Gestão, Qualidade e Processos – CIn UFPE – Dezembro/2012 Referências [PREECE, 02] Preece, Rogers and Sharp, Interaction Design, beyond Human Computer Interaction Wiley, 2002, p. 249 Interaction, [CASTRO, 98] CASTRO, Jaelson. Elicitação e Análise de Requisitos Elicitaç Aná Requisitos. Universidade Federal de Pernambuco. 1998. Disponível em <http://www.cin.ufpe.br/~if119/aulas/cap3.PDF>. Acesso em 25 set 2012. [DAMIAN, 97] DAMIAN, Adrian, et al. Joint Application Development and Participatory Design 1997. Disponível em Design. <http://www.cpsc.ucalgary.ca/~pand/seng/613/report.htm l>. Acesso em 26 set 2012. [CMMI, 12] CMMi – Requirements Development Disponível em Development. <http://www.software-quality-assurance.org/cmmi- requirements-development.html>. Acesso em 01 out 2012.