A violência contra crianças é um problema grave no Brasil e no mundo. No Brasil, 3,5 milhões de crianças menores de 14 anos trabalham em condições precárias. Diferentes tipos de violência como trabalho infantil, violência psicológica, sexual e física, além de negligência, causam danos físicos e psicológicos nas crianças. A violência ocorre em todos os níveis socioeconômicos, mas é mais visível nas classes baixas.
2. Violência Contra Crianças
A criança e o adolescente têm
direito a proteção à vida e à
saúde, mediante a efetivação de
políticas sociais e públicas que
permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas
de existência.
3. Mão de Obra infantil
A exploração da mão-de-obra infantil é
uma prática secular e rotineira em
todo mundo. Não haveria de ser
diferente no Brasil, onde as
desigualdades sociais são mais
gritantes e as crianças são utilizadas
para reforçar o orçamento doméstico
4. O que é trabalho infantil?
É toda forma de trabalho exercido por
crianças e adolescentes abaixo da
idade mínima legal permitida para o
trabalho, conforme a legislação de
cada país. O trabalho infantil, em
geral, é proibido por lei e, em muitos
países, a contratação de trabalho
infantil constitui crime.
5. Segundo dados do IBGE
o Brasil é palco da exploração de 3,5
milhões de crianças
menores 14 anos de idade trabalhando em
diversos setores da economia. Esta
realidade não só afeta os países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento,
mas também os países ditos desenvolvidos.
O Relatório da Situação Mundial para a
Infância, elaborado pelo UNICEF revela que
250 milhões de crianças trabalham em todo
mundo, muitas delas em situação de
elevado risco e contínua exploração.
6. As crianças que fazem o trabalho de
adultos cumprem longas jornadas sem
reclamar, em trabalhos noturnos,
insalubres e pesados, tarefas que são
proibidas até mesmo para adolescentes
(jovens de 14 a 18 anos), recebendo
menos de um salário mínimo.
7. • Muitas crianças começam a
trabalhar antes dos dez anos e os
índices de repetência escolar
atingem a 60% e até 70% no
meio rural.
• Essas crianças trabalhadoras
nunca têm tempo sequer para
brincar ou praticar esportes,
ocasionando sérios problemas no
seu desenvolvimento físico e
intelectual.
8. • Catar papelão, limpar pára-
brisas e a venda de todo tipo de
produtos fazem parte da rotina
trabalhista desses pequenos
miseráveis sem quaisquer
perspectiva de futuro. Todo o
lucro é levado para casa, isto
quando não é entregue a seus
exploradores.
9. • A violência das ruas se inicia com
o aprendizado precoce junto aos
adultos, mergulhando em vícios
diversos tais como ingerir bebidas
alcóolicas, cheirar cola e fumar
crack, etc., assim como mantêm
contato com
agenciadores/exploradores que
se utilizam dessas crianças para
práticas sexuais.
• Acordam cedo e dormem
tarde.
10. Não existe uma causa única
da violência contra a
criança. O temperamento
difícil da criança ou a falta
de firmeza dos pais pode
aumentar os riscos de
maus-tratos.
11. Violência Psicológica
Das formas de abuso contra a criança, o
abuso psicológico é, provavelmente, o
mais dissimulado. É também o mais
freqüente, pois acompanha todos os
outros. Ele raramente se apresenta
sozinho, vem sempre associado às
agressões físicas, exclusão social, abuso
sexual, exploração do trabalho, entre
outras inúmeras formas de privação da
infância.
12. A violência psicológica, também chamada
de "tortura psicológica consiste em uma
agressão não-física, num tratamento
desumano que assume várias formas de
manifestação, como a rejeição, a
depreciação, a indiferença, a
discriminação e o desrespeito.
É a violência que humilha, que
menospreza, que fere moralmente, que
faz com que a auto-estima da criança seja
abalada; que ameaça, que mete medo, que
tortura, que priva deliberadamente do
afeto"
13. É um processo silencioso, que progride
sem ser identificado, mas que deixa
marcas profundas.
Pela sua característica, a violência
psicológica intrafamiliar geralmente
evolui e eclode na forma da violência
física, mas em muitos casos, mesmo
sem produzir reflexos visíveis, as
seqüelas emocionais são bem mais
significativas que as físicas
14. Entende-se que a violência
psicológica provoca um menoscabo
à integridade física da criança, da
qual a saúde psicologia é um dos
elementos.
Nas lesões psíquicas, assim como
nas físicas, se requer o emprego de
meios violentos, que além do dano
físico também originam dano
psíquico.
15. As crianças são mais expostas à
violência psicológica, tendo em vista
que dispõem de menos recursos que
lhe garantam a proteção. O ambiente
familiar e a escola tem sido os locais
mais reportados. Pais e parentes
próximos podem desencadear uma
situação conflituosa que envolva a
criança, por exemplo. Na escola, os
colegas, professores ou mesmo a
instituição escolar como um todo
podem ser os causadores de situações
de constrangimento.
16. Violência Sexual
Segundo dados do LACRI (Laboratório
de Estudos da Criança, da Universidade
de São Paulo), cem crianças morrem
por dia no País, vítimas de maus-tratos
e mais de 6 milhões de crianças sofrem
abuso sexual todos os anos no Brasil.
Na grande maioria das vezes, o abuso
ocorre dentro de casa. A maior parte
dessas crianças é do sexo feminino.
17. a violência e o abuso sexual contra
as crianças têm sido tema de grande
interesse público e, infelizmente,
esta forma de violência faz parte do
cotidiano da nossa sociedade.
as pessoas não têm consciência da
verdadeira dimensão do abuso
sexual infantil, suas causas e
conseqüências para essas crianças.
18. Há, invariavelmente, uma
desestruturação de todo um breve
processo de aprendizagem e de
desestruturação da personalidade,
assim como, a autoconfiança, a
auto-estima, causando negação de
si e negação do outro, sentimentos
de rejeição, medo, raiva,
insegurança, entre outros danos
físicos e psicológicos, que podem ter
como agravante o fato de alguns
agressores serem pais, mães e/ou
parentes próximos a criança.
19. Violência Física
Os adultos com descontroles
emocionais covardemente violentam a
integridade física da criança por atos
atrabiliários e pela fragilidade da física
da mesma. As vezes podem não ter a
reta intenção de ferir, mas assim
mesmo, pelo uso da força praticam
atos de violência que culminam em
graves ferimentos e terríveis seqüelas
quando não a morte.
20. Muitas crianças portam consigo
seqüelas físicas que não chegam
ao conhecimento das autoridades
porque são encobertos pelos
próprios adultos no caso os pais
ou tutores.
21. São comuns murros e tapas,
agressões com diversos objetos e
queimaduras causadas por
objetos como cigarro, ferro
elétrico de passar roupa, líquidos
quentes etc..
22. É comum pais afirmarem que apanharam
de seus pais, e que receberam castigos
severos, que os pais não esboçavam
nenhum sorriso e que durante as refeições
somente o pai podia falar e as crianças
deveriam ficar caladas. Muitos se referem
que bastava um simples olhar do pai que
eles tremiam nas bases, e que hoje são
pessoas bem situadas. Tais pessoas que
pensam assim, dizemos que as coisas
mudaram, e que hoje, devemos buscar
outras formas de educar os filhos.
23. Negligência
A Sociedade Interamericana de
Abuso e Negligência da
Infância indica que
aproximadamente 18 mil
crianças são espancadas
diariamente, no País.
24. A negligência e a falta de cuidados são
formas de violência indireta contra
crianças
A negligência é uma das principais
causas de morte entre as crianças mais
pequenas. As crianças portadoras de
deficiência podem ser particularmente
vulneráveis à negligência e abusos.
25. A classe econômica e social não
importa, a violência contra crianças
e adolescentes não tem prevalência
maior em função de classe sócio-
econômica.
A violência doméstica, seja física ou
mesmo verbal, é um fenômeno
absolutamente democrático. Porém,
a visibilidade em classes baixas é
maior, porque exige das estruturas
públicas, dos pronto-socorros, dos
hospitais do INSS, das escolas
estaduais e municipais.
26. São estas instituições que contabilizam
dados e criam estatísticas. As classes
mais altas, ao contrário, procuram
médicos particulares, psicólogos
particulares, que mantém o sigilo e
não contribuem para qualquer
levantamento estatístico, uma vez que
individualmente, seus dados não são
expressivos. Nas classes altas é tudo
mais velado, mais escondido. Há
menos denúncias, mas ocorre do
mesmo jeito.