O documento descreve a anatomia da órbita e do globo ocular, incluindo estruturas como ossos, vasos sanguíneos, músculos e partes do olho. Também fornece perguntas sobre anatomia oftálmica de exames do CBO com as respostas.
1. ANATOMIA DA ÓRBITA E
BULBO OCULAR
Residente: Diego Rocha de Lucena Herrera Mascato
Manaus, 04 de março de 2016
Universidade Federal do Amazonas
Hospital Universitário Getúlio Vargas
17. BIBLIOGRAFIA
RIORDAN-EVA, P.; WHITCHER, J. P.; Oftalmologia
geral de Vaughan & Asbury, 2011;
KANSKI, J. J.; Oftalmologia clínica: uma abordagem
sistemática, 2012;
NETTER, F. H.; Atlas de anatomia humana,2008;
VERONESE, M. L.; DANTAS, A. M.; Oftalmologia
clínica, 2001.
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18. PROVA CBO IA 2012
Qual a principal via de penetração do oxigênio na
córnea?
a) Via transepitelial
b) Vascularização límbica
c) Via transendotelial
d) Não há penetração de oxigênio na córnea
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19. A contração do músculo ciliar causa:
a) Relaxamento zonular
b) Hipermetropização
c) Aumento do fluxo de humor aquoso pela via
uveoescleral
d) Diminuição do fluxo do humor aquoso pela via
trabecular
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PROVA CBO IA 2012
20. Além da água, os dois principais componentes
estruturais do humor vítreo são:
a) Mucopolissacarídeos e albumina
b) Glicosaminoglicanos e proteínas solúveis
c) Albumina e glicosaminoglicanos
d) Colágeno e ácido hialurônico
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PROVA CBO IA 2012
21. O osso que faz parte do rebordo orbitário é o:
a) Zigomático
b) Palatino
c) Esfenoide
d) Etmoide
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22. Quanto as camadas da coroide, os vasos:
a) São menos calibrosos na camada coriocapilar,
que é a mais interna
b) São menos calibrosos na camada mais externa
c) São mais calibrosos na camada intermediária
d) Tem calibres semelhantes em todas as camadas
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23. O canal óptico está localizado no osso:
a) Etmoide
b) Esfenoide
c) Frontal
d) Zigomático
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PROVA CBO IA 2008
Notes de l'éditeur
A cavidade orbitária é representada de forma esquemática como uma pirâmide de quatro paredes que convergem posteriormente.
As paredes mediais das órbitas direita e esquerda são paralelas e separadas pelo nariz.
Em cada órbita, as paredes lateral e medial formam um ângulo direto de 45°.
O formato da órbita é comparado ao de uma pera, com o nervo óptico representado pela haste.
O diâmetro da circunferência anterior é um pouco menor que o da região interna da rima, o que forma uma margem firme e protetora.
Volume da órbita do adulto é de aproximadamente 30 ml, e o globo ocular ocupa 1/5 (20%) do espaço. Gordura e músculo são os responsáveis pelo preenchimento do volume restante.
A órbita é cercada por uma moldura óssea compacta, cujo contorno pode ser facilmente palpável.
A borda ou teto supra orbital é composto principalmente pela placa orbitária do osso frontal que apresenta no terço medial a incisura supra orbital que dá passagem ao nervo e vasos supra orbitais, e asa menor do osso esfenóide contendo o canal óptico. Um defeito no teto orbitário pode causar proptose pulsátil como resultado da transmissão da pulsação do LCR para a órbita.
A parede lateral está separada do teto pela fissura orbitária superior, que divide a asa menor da assa maior do osso esfenoide. A parte superior da parede lateral é formada pelo osso zigomático (maxilar) e é a parte mais forte da órbita óssea. A metade anterior do olho é vulnerável a trauma lateral, visto que se projeta além da margem orbitária lateral. Ligamentos suspensores, o tendão palpebral lateral e ligamentos cruzados estão inseridos ao tubérculo orbitário lateral.
O assoalho da órbita está separado da parede lateral pela fissura orbitária inferior. A placa orbitária do maxilar forma a grande área central do assoalho e é a região em que são mais comuns as fraturas por explosão (blowout). O osso zigomático e patino completam o assolho ocular.
A parede medial consiste em quatro ossos: maxilar, lacrimal, etmoide e esfenoide (blowout).
proptose
substantivo feminino
1.
pat deslocamento de qualquer órgão para a frente.
2.
oft deslocamento do globo ocular para a frente; exoftalmia.
O ápice da órbita é a porta de entrada de todos os nervos e vasos para o olho e o local de origem de todos os músculos extraoculares, exceto o oblíquo inferior (Músculo oblíquo inferior Origem na depressão da superfície superior da maxila).
A fissura orbitária superior fica entre o corpo e as asas maior e menor do esfenoide. A veia oftálmica superior e os nervos lacrimal, frontal e troclear passam através da parte lateral da fissura, que fica fora do anel de Zinn.
Os ramos sup e inf do nervo oculomotor, o abducente e o nasociliar passam através da parte medial da fissura dentro do anel de zinn.
A veia oftálmica inferior passa através de qualquer parte da fissura orbitária superior. A veia oftálmica inf costuma unir-se à superior antes de sair da órbita.
O anel de Zinn , também chamado tendón de Zinn, anel tendinoso comumou anulus tendineus communis, é um tecido fibroso circular que se encontra situado no vértice da orbita e rodeia ao nervo óptico neste ponto.[1]
Nele se inserem cinco dos seis músculos que formam a musculatura extrínseca do olho: Recto superior, recto inferior, recto interno, recto externo e oblíquo superior.
5. A fissura orbitária inferior se localiza entre a asa maior do esfenoide e a maxila, passando através dela os nervos máxilar e ramos do gânglio pterigo-palatino, além da veia oftálmica inferior.
A principal artéria que supre a órbita e suas estruturas origina-se da a. oftálmica, o primeiro grande ramo da a. carótida interna.
O ramo passa sob o nervo óptico e o acompanha pelo canal óptico para dentro da órbita.
O primeiro ramo intraorbitário é a artéria central da retina, que penetra o nervo óptico cerca de 8 a 15mm além do globo ocular.
Outras ramos da artéria oftálmica incluem a artéria lacrimal, que supre a glândula lacrimal e a pálpebra superior, ramos musculares para os vários músculos da órbita;
As artérias ciliares posteriores curtas suprem a coroide e partes do nervo óptico.
As duas artérias ciliares posteriores longas suprem o corpo ciliar e se anastomosam entre si e com as artérias ciliares anteriores para formar o círculo arterial maior da íris.
As arterias ciliares anteriores são derivadas dos ramos musculares para os músculos retos. Elas suprem a esclera (parte anterior), episclera, o limbo e a conjuntiva, além de contribuírem para o círculo arterial maior da íris.
Drenagem venosa da órbita é feita pelas veias oftálmicas superior e inferior, nas quais drenam as veias vorticosas, as ciliares anteriores e a central da retina.
As veias oftálmicas comunicam-se com o seio cavernoso via fissura orbitária sup e o plexo pterigoide via fissura orbitária inferior.
O globo ocular normal em adultos é, em geral, esférico, com diâmetro anteroposterior de 24,2 mm em média.
Lembra de falar das túnicas.
A conjuntiva é uma membrana mucosa transparente que recobre a superfície interna das pálpebras e a superfície do globo até o limbo.
No ponto em que a cápsula de Tenon é perfurada pelos tendões dos músculos extraoculares em sua passagem para inseri-se no globo ocular, envia uma reflexão tubular em torno de cada um desses músculos. As expansões fasciais são bastante fortes e restrigem a ação dos musculos extraoculares, sendo conhecidas como ligamentos de detenção, que regulam a direção da ação dos mm e funcionam como suas origens.
É ricamente vascularizada, suprida pelas artérias ciliar anterior e pálpebral e recebe seu suprimento nervoso do primeiro ramo (oftálmico ) do 5° nervo craniano, tendo um número relativamente pequeno para a dor.
Tem papel chave de proteção, mediando tanto a imunidade ativa quando passiva.
Anatomicamente dividida:
Conjuntiva pálpebral: começa na junção mucocutânea das margens pálpebrais e está firmemente aderida às placas tarsais posteriores.
Conjuntiva fornical é frouxa e redundante, podendo formar dobras.
Conjuntiva bulbar cobre a esclera anterior e é contínua com o epitélio corneano no limbo.
CÁPSULA DE TENON: É uma membrana fibrosa que envolve o globo ocular desde o limbo até o nervo óptico.
Adjacente ao limbo, a conjuntiva, a capsula de Tenon e a episclera estão fundidas.
Formam expansões fasciais bastante fortes e restrigem a ação dos musculos extraoculares, sendo portanto conhecidas como ligamentos de detenção, que regulam a direção da ação dos músculos extraoculares e funcionam como suas origens.
Esclera é a camada fibrosa externa protetora do olho, constituída quase inteiramente por colágeno. É densa e branca, contínua com a córnea anteriormente e com a bainha dural do nervo óptico posteriormente.
A superfície externa da esclera anterior é coberta por uma camada de tecido fino e elástica, a EPISCLERA, que contém numerosos vasos sanguíneos que nutrem a esclera.
Córnea:
é um tecido transparente responsável por quase ¾ do poder óptico do olho, como também tem papel de proteção.
A córnea normal não apresenta vasos sanguíneos, os nutrientes são supridos e os produtos metabolizados removidos através do humor aquoso, posteriormente, e lágrimas, com um gradiente decrescente de oxigênio anteroposterior.
É um tecido densamente inervado pela primeira divisão do trigêmio.
Camadas da Córnea:
epitélio: escamoso estratificado e não queratinizado, de alto poder de renovação e reparo; previne o crescimento de tecido conjuntival para cima da córnea.
Camada de Bowman é uma camada superficial acelular formada de fibras colagenas; não possui boa capacidade regenerativa, quando lesionada pode evoluir com cicatrização, irregularidades e manchas corneanas (haze).
Obs.: entre o epitélio e a membrana de Bowman é onde encontra-se o plexo de fibras nervosos responsáveis pela inervação sensitiva.
3. Estroma corneano: é a camada mais espessa da cornea (90%) da espessura. É composta por fibras colágenas paralelas à superfície, dispondo-se em camadas firmemente unidas, porém diversamente anguladas entre si, entremeadas por fibroblastos. Esta disposição é responsável pelo alto poder refrativo da córnea.
4.Membrana de Descemet: funiona como membrana basal da camada do endotélio. Tem potencial regenerativo.
5. Endotelio: regula as trocas osmolares e hidroeletrolíticas entre a córnea e o humor aquoso.
Trato Uveal
É composto pela íris, corpo ciliar e pela coroide.
É a camada vascular média do olho e está protegida pela córnea e esclera.
Íris
É a extensão anterior do corpo ciliar. Apresenta uma superfície plana com uma abertura redonda central, a pupila.
Fica em continuidade com a superfície anterior do cristalino, separando a câmara anterior da posterior.
Dentro do estroma da íris estão dois músculos esficter e dilatador.
O suprimento sanguíneo para íris vem do círculo maior da íris.
O suprimento de nervos sensoriais para a íris vem de fibras dos nervos ciliares.
A iris controle a entrada de luz no olho.
O tamanho da pupila: constrição devida à atividade parassimpática via 3° nervo craniano e a dilatação decorrente da atividade simpatica.
O corpo ciliar estende-se para frente a partir da extremidade anterior da coroide para a raiz da íris.
Consiste em uma zona anterior corrugada, a pars plicada, e uma posterior achatada, a pars plana.
Os processos ciliares surgem da pars plicada, e são compostos principalmente por capilares e veias que fazem a drenagem por meio das veias vorticosas.
Os processos ciliares e seu epitélio de revestimento são responsáveis pela formação do humor aquoso.
ele forma um anel em volta do cristalimo, sustentando esta estrutura pelas fibras zonulares.
O tecido do corpo ciliar é formado por estroma ricamente vascularizado, revestido pelo epitélio ciliar que é formado por uma dupla camada sendo a camada mais superficial responsável pela produção do humor aquoso.
O estroma do corpo ciliar contem as fibras do musculo ciliar, um musculo liso que possui fibras longitudinais e circular (auxiliando na acomodação).
A coroide é o segmento posterior do trato uveal, entre a retina e a esclera, é composta por três camadas de vasos sanguíneos: grades, médios e pequenos.
Quanto mais profundos os vasos da coroide, mais largo o seu lúmen.
A parte interna dos vasos da coroide é conhecida como coriocapilar.
O sangue dos vasos da coroide é drenado pelas quatro veias vorticosas.
A coroide é limitada internamente pela membrana de Bruch(La membrana de Bruch es la capa más interna de la coroides.) e externamente pela esclera.
O espaço supracoroidal fica entre a coroide e a esclera.
A coroide está fixada com firmeza posteriormente às margens do nervo óptico. Anteriormente, une-se ao corpo ciliar.
O agregado de vasos da coroide serve para nutrir a parte externa da retina subjacente.
O cristalino é uma estrutura biconvexa, avascular, incolor e quase completamente transparente, com cerca de 4 mm de espessura e 9mm de diâmetro, suspensa atrás da íris pela zônula, que o conecta ao corpo ciliar.
Anterior ao cristalino está o humor aquoso; posterior a ele, o vítrio. A cápsula do cristalino é uma membrana semipermeável, que permite a passagem de água e eletrólitos.
Um epitélio subcapsular está presente em sua parte anterior. O núcleo do cristalino é mais duro que o córtex.
Com a idade, as fibras lamelares subepiteliais são produzidas de maneira contínua, de modo que o cristalino torna-se gradualmente maior e menos elástico no decorrer da vida.
O núcleo e o córtex são constituídos por lamelas concêntricas longas.
O cristalino é composto por cerca de 65% de água, 35% proteínas e traços mineiras (ex.: Potássio).
Não há fibras para dor, vasos sanguíneos nem nervos no cristalino.
O cristalino, chamado de lente do olho, é uma estrutura transparente em forma de lentilha (faco), biconvexa que possui complementar o poder refrativo da cornea.
Anterior a ele está o humor aquoso; posterior vítreo.
A capsula do cristalino é uma membrana semipermeável que permite a passagem de agua e eletrolitos.
Imagens das camadas ....histo...capsula
A retina é um folheto fino, semitransparente e de múltiplas camadas de tecido neural, que forra o segmento interno dos dois terços posteriores do globo ocular.
A retina é dividida em retina central e periférica, está ultima tendo seus limites na ora serrata (uma linha de aspecto redilhado).
A superfície interna da retina está justaposta ao vítreo;
A retina converte a imagem luminosa em impulsos nervosos. É compreendida pela retina neurossensorial e pelo epitélio pigmentar retiniano. O raio luminoso tem que passar através da retina interna para alcançar os fotoreceptores (cones e bastonetes), os quais convertem a energia luminosa em elétrica.
Neurônios conectores modificam e passam o impulso elétrico para as células ganglionares, cujos axônios correm ao longo da superfície retiniana e entram no nervo óptico.
Os cones estão concentrados na mácula e são responsáveis pela acuidade visual e pela apreciação de cores.
Os bastonetes estão relacionados com a visão em baixos níveis de luminosidade e com a detecção de movimento, estando distribuídos por toda a retina.
A retina recebe seu suprimento sanguíneo de duas fontes:
a)Coriocapilar que supre o terço externo da retina (camadas plexiforme e nuclear externas, os fotoreceptores e o EPR)
b)E ramos da arteria central da retina supre seus dois terços internos.
falar das funções das camadas da retina pp. Bastonetes...
É um gel transparente que preenche 4/5 do volume ocular, localizado entre o complexo cristalino-corpo ciliar e a retina.
Em sua composição, possui 99% de água e um pouco de proteína e ácido hialurônico.
Os músculos retos originam-se de um anel tendinoso comum (anel de Zinn) que circunda o nervo optico, com sua inserção na esclera.
Músculo oblíquo superior: origem-se acima e medial ao foreme optico.
Musculo oblíquo inferior: origina se do lado nasal da parede orbitaria .
Suprimento nervoso: oculomotor (III): retos medial, sup e inf, obliquo inf
VI (abducente): reto lateral
IV troclear : obliquo sup
Sanguineo: ramos musculares da a. oftalmica.
+ a. lacrimal= redo lateral
+ infraorbitaria: obliquo inf