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Escola Básica e Secundária
De Sobral de Monte Agraço
Luís Ferreira Carvalho
Raquel Bispo Barbosa
12ºB
Sobral de Monte Agraço
23 de Janeiro de 2011
Biologia
2010/2011
1
Índice
Introdução 2
Reino Fungi 3
Fungos
Características dos fungos 4
Classificação dos fungos 7
Importância dos fungos 8
Doenças causadas por fungos nos seres humanos 10
Conclusão 12
Bibliografia 13
2
Introdução
No âmbito da disciplina de Biologia-12ºAno, o tema que escolhemos para ela-
boração do presente trabalho de pesquisa foi: “Fungos”.
Ao longo do trabalho pretendemos desenvolver e transmitir os vários pontos
relacionados com o vasto tema que escolhemos e abordar, por isso, os vários tópicos
pelos quais nos iremos guiar na condução do trabalho, são: explicar o que são fungos,
bem como, as características que fazem com que estes seres vivos pertençam a um
Reino taxonómico próprio, o Reino Fungi; identificar vários tipos de fungos e explicar
de que forma são classificados; salientar a importância dos fungos ao nível económi-
co, ambiental e na produção de medicamentos como os antibióticos; dar a conhecer
algumas doenças causadas por fungos, como por exemplo, o tão falado “pé de atleta”.
A palavra portuguesa Fungo, que dá nome ao nosso trabalho, deriva do termo
latino fungus (cogumelo) e do grego sphongos/σφογγος ("esponja"), que se refere às
estruturas e morfologia macroscópicas dos cogumelos e bolores. A ciência que se
dedica ao estudo dos fungos é a micologia, palavra esta, que deriva do grego
mykes/μύκης (cogumelo) e logos/λόγος (discurso).
3
Reino Fungi
Das Categorias Taxonómicas, o Reino é o maior grupo e a Espécie é a categoria
básica de classificação /unidade de classificação biológica. O reino é a categoria mais
abrangente ou com maior amplitude, sendo por isso, mais heterogénea.
Antigamente, os seres vivos eram classificados em dois Reinos: Animal e Vege-
tal. Hoje em dia, são considerados cinco reinos onde se agrupam todos os seres vivos.
Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas, mas actualmente
sabe-se que eles são tão diferentes das plantas como dos animais, merecendo, por
isso, o seu próprio reino – Reino Fungi.
Os fungos são um importante grupo de organismos, conhecendo-se mais de
77.000 espécies, a maioria das quais terrestres. Pensa-se que deverão existir tantas
espécies de fungos como de plantas, mas a maioria não terá sido ainda descrita. A
origem destes organismos não é bem conhecida, assumindo-se que existem ances-
trais do tipo Protista, embora actualmente estes não sejam reconhecíveis.
A nível de organização celular, os organismos do Reino Fungi são seres euca-
riontes, sendo estes, pluricelulares com baixo grau de diferenciação ou unicelulares
(raros). Ao nível da nutrição, são organismos heterotróficos por absorção sendo con-
siderados microconsumidores (decompositores) no que diz respeitro à sua interacção
com os ecossistemas.
4
Fungos
Características dos Fungos
Os fungos são representados pelos cogumelos, bolores, mofos, orelhas-de-
pau, leveduras. São seres eucariontes, que se dividem em seres unicelulares e plurice-
lulares.
À primeira vista, parece que todos os fungos são macroscó-
picos. Existem, porém, fungos microscópicos unicelulares. Entre
estes, pode ser citado o Saccharomyces cerevisiae (levedura ou fer-
mento). Este fungo é utilizado no fabrico de pão, cachaça, cerveja,
graças à fermentação que realiza.
Os fungos pluricelulares possuem uma característica
morfológica que os diferencia dos demais seres vivos. O seu
corpo é constituído por dois componentes: o corpo de frutifi-
cação que é responsável pela reprodução do fungo, por meio
de células reprodutoras especiais, os esporos, e o micélio, con-
junto de filamentos a que se dá o nome de hifas, o micélio
constitui a parte invisível do fungo.
Na maioria dos fungos, a parede celular é complexa e
constituída de quitina, a mesma substância encontrada no
esqueleto dos artrópodes.
A substância de reserva energética da maioria dos fungos é o glicogénio.
Os fungos não possuem clorofila, como nas plantas, por isso não podem reali-
zar fotossíntese, e consequentemente, não produzem seu próprio alimento, sendo
considerados seres heterotróficos por absorção.
As partículas de alimento são grandes para entrarem nas hifas e serem digeri-
das. Desta forma, as hifas liberam enzimas digestivas para o meio, ocorrendo digestão
extra celular. Efectuada a digestão, os produtos são absorvidos, espalhando-se por
todo o fungo.
Ao nível reprodutivo os fungos podem reproduzir-se assexuadamente por:
Gemulação: Surgem do progenitor pequenas saliências( gomos ou gemas) que
acabam por originar um novo ser. O gomo origina um descendente de dimensões
inferiores às do progenitor. Nos seres pluricelulares os gomos podem não se separar
originando colónias. Exemplo: leveduras;
5
Esporulação: Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por
mitose, células abundantes que são espalhadas pelo meio. Cada uma dessas células,
um esporo, ao cair num material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo
ou bolor. Exemplo: FungoPenicillium.
Os fungos podem reproduzir-se também sexuadamente. No ciclo reprodutivo
de alguns fungos aquáticos, há a produção de gâmetas flagelados, que se fundem e
geram zigotos que produzirão novos indivíduos. Nos fungos terrestres(como por
exemplo os cogumelos), existe um ciclo de reprodução no qual há produção de espo-
ros por meiose. Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haploides que poste-
riormente se fundem e geram novas hifas diplóides, dentro dos quais ocorrerão novas
meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão
de hifas (que se comportam como gâmetas) caracteriza o processo como sexuado.
O esquema abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maio-
ria dos fungos. Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. Noutros
casos, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.
6
De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos inicia-se com a fusão de hifas
haplóides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haplói-
des geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem sepa-
rados (fase heterocariótica, n + n).
Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diplóides que, divi-
dindo-se por meiose, produzem esporos haplóides. Os esporos formados por meiose
são considerados sexuados pela variedade decorrente do processo meiótico.
Características partilhadas:
Com os animais: os fungos carecem de cloroplastos e são organismos hetero-
tróficos, requerendo compostos orgânicos pré-formados como fontes de energia.
Com as plantas: os fungos possuem uma parede celular e vaculos. Reprodu-
zem-se por meios sexuados e assexuados, e tal como outros grupos de plantas (como
os fetos e musgos) produzem esporos. Tal como os musgos e algas, os fungos têm
núcleos tipicamente haplóides.
Características únicas:
As células dos fungos têm paredes celulares que contêm quitina, ao contrário
das células vegetais, que contêm celulose.
A maioria dos fungos carece de um sistema eficiente para o transporte de água
e nutrientes a longa distância, como o xilema e o floema de muitas plantas. Para
ultrapassar estas limitações, alguns fungos, como os do género Armillaria, formam
rizomorfos que são morfológica e funcionalmente semelhantes às raízes das plantas.
7
Classificação dos Fungos
Os quitridiomicetos, constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis
ancestrais dos fungos. Vivem em meio aquático e em solos húmidos próximos de rios
e lagos. Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, para-
sitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Algumas espécies causam
considerável prejuízo em plantas de cultivo.
Os ascomicetos, com cerca de
32.000 espécies, são os que formam estru-
turas reprodutivas sexuadas, conhecidas
como ascos, dentro das quais são produzi-
dos esporos meióticos, os ascósporos.
Incluem diversos tipos de bolores, as trufas
, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que
são unicelulares.
Os basidiomicetos, com cerca de
22.000 espécies, são os que produzem
estruturas reprodutoras sexuadas, deno-
minadas de basídios, produtores de espo-
ros meióticos, os basidiósporos. O grupo
inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferru-
gens e os carvões, esses dois últimos cau-
sadores de doenças em plantas.
Os zigomicetos, com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distri-
buídos pelo ambiente, podendo actuar como decompositores ou como parasitas de
animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães
e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de
algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.
8
Importância dos Fungos
Os fungos constituem um grupo de microorganismos que tem grande interes-
se prático e científico para os microbiologistas.
A nível Ecológico:
Como decompositores: os fungos são organismos
extremamente importantes para o equilíbrio da natureza.
Desempenham o papel de decompositores, destruindo cadáve-
res e restos de plantas e animais o que permite que a matéria
orgânica dos seres mortos possa ser aproveitada pelos novos
seres que nascem.
Entretanto essa mesma actividade decompositora dos
fungos pode ter um aspecto negativo, como por exemplo, des-
truindo roupas, objectos de couro e cercas de madeira, causan-
do ao homem grandes prejuízos económicos.
A nível Económico:
Como alimento: cerca de duzentos tipos de cogumelos são
usados na alimentação humana. Algumas espécies são larga-
mente cultivadas, como é o caso do basidiomiceto Agaricus
bisporus.
Produção de pão: as leveduras são fungos microscópicos, utilizados desde a
Antiguidade na preparação de alimentos e bebidas fermentadas. O lêvedo Saccha-
romyces cerevisae, empregado na fabricação de pão e de bebidas alcoólicas fermenta
açúcares para obter energia, libertando gás carbônico e álcool etílico. Na produção do
pão é o gás carbónico que interessa visto que as bolhas microscópicas desse gás, eli-
minadas pelo lêvedo na massa, contribuem para tornar o pão leve e macio.
Produção de bebidas alcoólicas: a produção dos diferentes tipos de
bebida alcoólica varia de acordo com o substrato fermentado, com o
tipo de levedura utilizada e com as diferentes técnicas de fabricação
como por exemplo a fermentação da cevada que produz cerveja e a
fermentação da uva produz vinho.
Amanita caesarea.
Agaricus bisporus.
9
Depois da fermentação, certas bebidas passam por processos de destilação, o
que aumenta a sua concentração em álcool. Como exemplos de bebidas destiladas
temos a aguardente, obtida a partir de fermentado de cana-de-açúcar, o uísque, obti-
do de fermentados de cereais como a cevada e o centeio, e o saquê, obtido a partir de
fermentados de arroz.
Produção de queijos: certos fungos são emprega-
dos na produção de queijos, sendo responsáveis pelo seu
sabor característico. Os fungos Penicillium roquefortii e
Penicillium camembertii, por exemplo, são utilizados na
fabricação de queijos tipos roquefort e camembert respec-
tivamente.
Produção de substâncias de uso farmacêutico: foi do ascomiceto Penicillium
chrysogenum que se extraiu originalmente a penicilina, um dos primeiros antibióticos
a ser empregado com sucesso no combate a infecções causadas por bactérias.
Certos fungos produzem toxinas poderosas, que têm vindo a
ser objecto da pesquisa farmacêutica. Muitos fungos produzem substân-
cias denominadas ciclopeptídios, capazes de inibir a síntese de RNA mensa-
geiro nas células animais. Basta a ingestão de um único corpo de frutificação
(cogumelo) do basidiomiceto Amanita phalloides, por exemplo, para causar a morte
de uma pessoa. Um fungo muito estudado do ponto de vista farmacêutico foi o asco-
miceto Claviceps purpurea, popularmente conhecido como ergotina. Foi dele que se
extraiu originalmente o ácido lisérgico, ou LSD, substância alucinogénea que ficou
famosa na década de 1970. Desde o século XVI as parteiras já conheciam uma pro-
priedade farmacêutica da ergotina: se ingerida em pequenas quantidades, acelera as
contracções uterinas durante o parto.
10
Doenças causadas por fungos nos seres humanos
A micose é uma doença com origem em fungos e que afecta as zonas de humi-
dade do corpo humano. Estas micoses são provocadas por dois tipos de fungos: os
dermatófitos e os fungos da espécie Candida albicans.
Existem fungos dermatófitos que habitam a terra (geofílicos), os animais (zoo-
fílicos) ou o próprio homem (antropofílicos) e que penetram nas camadas superficiais
da pele, fios de cabelos e unhas, alimentando-se da queratina e dos restos celulares
desses locais. Os fungos responsáveis pelas micoses no ser humano provêm do solo,
de animais ou de outro ser humano e escolhem as zonas de calor do corpo para depois
crescer e multiplicar-se, escolhendo preferencialmente as virilhas, os órgãos genitais,
os pés, unhas ou a boca.
As micoses mais comuns aparecem nos seguintes locais:
Pés – (Pé-de-atleta) provocando fissuras entre o 4º e o 5º
dedo, podem alastrar à planta do pé ou afectar as unhas,
encontrando-se nalguns casos pequenas vesículas e esca-
mação da pele ou o espessamento desta.
Virilhas – nota-se uma mancha avermelhada que cresce do centro para o exte-
rior, agravada pelo uso de cremes com cortisona.
Cabelo - micose mais frequente nas crianças que se
revela através de uma zona circular onde se verifica queda de
cabelo, descamação e eritema no couro cabeludo com prurido
intenso. O pelo perde o brilho, torna-se quebradiço e cai
facilmente. Pode atingir também sobrancelhas, pestanas e
pálpebras.
Unhas - (Onicomicose) em que as unhas afectadas per-
dem a cor e o bulbo, aumentam a espessura e tornam-se
quebradiças, podendo aparecer sulcos, depressões e
placas brancas. É a mais resistente das infecções por
fungos, não mostrando tendência à cura espontânea.
Mãos – (Paroníquia) em que as palmas escamam e ficam grossas. Atinge com
mais frequência as pessoas que lidam muito com água.
11
Candidíase – são os clássicos ‘sapinhos’ na boca das crian-
ças, mas que podem apresentar-se também na vagina,
acompanhadas de um corrimento esbranquiçado, na glande
do pénis, onde se notam manchas vermelhas e na mulher
podem ainda surgir debaixo dos seios pequenas lesões
avermelhadas, prurido e mal-estar. No caso dos órgãos geni-
tais, o tratamento passa por antifúgicos orais.
Pitiríase versicolor – o aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelha-
das ou rosadas, descamativas, principalmente no tronco e pescoço. Pode apre-
sentar prurido principalmente após o banho ou exposição ao Sol.
Tratamento / Cuidados
O tratamento da micose é simples, mas exige persistência porque, às vezes,
parece que o fungo está eliminado e na verdade não está. Para além do tratamento
oral ou local recomendado pelo médico, são necessários alguns cuidados como por
exemplo:
Não usar toalhas comuns ou mal lavadas e após o banho enxugue-se
bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os
dedos dos pés e virilha.
As roupas interiores devem ser de fibras naturais como o algodão, pois
as fibras sintéticas prejudicam a transpiração.
Se tiver um contacto prolongado com detergentes, usar luvas e enxa-
guar as mãos sempre que usar uma esponja.
Manter hábitos higiénicos regulares e não usar pentes ou escovas de
outras pessoas.
O uso constante de sapatos fechados, botas e ténis, assim como a
sudorose (transpiração) excessiva facilitam a instalação dos fungos nas
unhas dos pés.
Para quem usa sapatos fechados, a utilização de meias de algodão faci-
lita a evaporação do suor e mantém os pés mais secos. Além disso, a
aplicação de talcos pode ser útil.
12
Conclusão
Os fungos, constituintes do reino fungi, apresentam-se na natureza em milha-
res de espécies, pelo que surgiu a necessidade de os agrupar em diferentes classes: os
quitridiomicetos, os ascomicetos, os basidiomicetos e os zigomicetos.
Os fungos podem reproduzir-se assexuadamente por gemulação, como no
caso das leveduras, ou por esporulação, como por exemplo no caso dos bolores, mas
também se podem reproduzir de forma sexuada.
No meio desta variabilidade de espécies de fungos, os microbiologistas conse-
guiram utilizar determinadas espécies para funções favoráveis ao ser humano, o que
fez com que os fungos tomassem uma relevante importância a nível económico, como
por exemplo, a utilização de fungos para a produção de pão e a produção de penicili-
na. A nível ecológico os fungos também desempenham uma importante função, visto
que têm a capacidade de digerir e transformar material orgânico em inorgânico.
Mas nem tudo são vantagens. Os fungos podem causar doenças nos seres
humanos, como o Pé-de-Atleta, que causa desconforto pelo escamamento da pele dos
pés.
Com este trabalho ficámos mais elucidados acerca dos fungos, das suas carac-
terísticas, a sua importância nos ecossistemas e dos problemas que dão aos seres
humanos na medida em podem causar doenças desagradáveis.
Disponibilizámos a informação de forma clara e organizada e recorrendo ao
uso de imagens e esquemas exemplificativos de forma a tornar o trabalho dinâmico e,
consequentemente, captar a atenção do nosso público-alvo, que são os nossos cole-
gas.
13
Bibliografia
REIS, Jorge; LEMOS, Paula; GUIMARÃES, António
Preparação para o Exame Nacional 2010
Biologia e Geologia -11ºAno
Porto Editora
Pág.149,150,180-184
http://www.faculdadeguarai.edu.br/aulas/BIOMEDICINA/2%20periodo/microb
iologia%201%20-%20bacteriologia/microbiologia1-bacteriologia%2002-
2010/Virus%20e%20fungos.pdf
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.sobiologia.com.br/figuras/R
einos2/micorriza.jpg&imgrefurl=http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Rei
nos/biofungos.php&usg=__QnZNS0SJ4P1CJTxGexgcy5GyvPs=&h=321&w=38
5&sz=65&hl=pt-
pt&start=9&zoom=1&tbnid=aRxstBvmaEd3CM:&tbnh=103&tbnw=123&ei=6p
w5TYmnBYys8QP9lemeCA&prev=/images%3Fq%3DReino%2Bfungi%26hl%3
Dpt-pt%26sa%3DN%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&itbs=1
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/biotecnologia/artigos_de_biotecnolo
gia/fungos:_caracteristicas_e_importancias.html
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/importancia-dos-
fungos.php
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/reino-fungi.php
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/fungos-1.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi

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  • 1. Escola Básica e Secundária De Sobral de Monte Agraço Luís Ferreira Carvalho Raquel Bispo Barbosa 12ºB Sobral de Monte Agraço 23 de Janeiro de 2011 Biologia 2010/2011
  • 2. 1 Índice Introdução 2 Reino Fungi 3 Fungos Características dos fungos 4 Classificação dos fungos 7 Importância dos fungos 8 Doenças causadas por fungos nos seres humanos 10 Conclusão 12 Bibliografia 13
  • 3. 2 Introdução No âmbito da disciplina de Biologia-12ºAno, o tema que escolhemos para ela- boração do presente trabalho de pesquisa foi: “Fungos”. Ao longo do trabalho pretendemos desenvolver e transmitir os vários pontos relacionados com o vasto tema que escolhemos e abordar, por isso, os vários tópicos pelos quais nos iremos guiar na condução do trabalho, são: explicar o que são fungos, bem como, as características que fazem com que estes seres vivos pertençam a um Reino taxonómico próprio, o Reino Fungi; identificar vários tipos de fungos e explicar de que forma são classificados; salientar a importância dos fungos ao nível económi- co, ambiental e na produção de medicamentos como os antibióticos; dar a conhecer algumas doenças causadas por fungos, como por exemplo, o tão falado “pé de atleta”. A palavra portuguesa Fungo, que dá nome ao nosso trabalho, deriva do termo latino fungus (cogumelo) e do grego sphongos/σφογγος ("esponja"), que se refere às estruturas e morfologia macroscópicas dos cogumelos e bolores. A ciência que se dedica ao estudo dos fungos é a micologia, palavra esta, que deriva do grego mykes/μύκης (cogumelo) e logos/λόγος (discurso).
  • 4. 3 Reino Fungi Das Categorias Taxonómicas, o Reino é o maior grupo e a Espécie é a categoria básica de classificação /unidade de classificação biológica. O reino é a categoria mais abrangente ou com maior amplitude, sendo por isso, mais heterogénea. Antigamente, os seres vivos eram classificados em dois Reinos: Animal e Vege- tal. Hoje em dia, são considerados cinco reinos onde se agrupam todos os seres vivos. Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas, mas actualmente sabe-se que eles são tão diferentes das plantas como dos animais, merecendo, por isso, o seu próprio reino – Reino Fungi. Os fungos são um importante grupo de organismos, conhecendo-se mais de 77.000 espécies, a maioria das quais terrestres. Pensa-se que deverão existir tantas espécies de fungos como de plantas, mas a maioria não terá sido ainda descrita. A origem destes organismos não é bem conhecida, assumindo-se que existem ances- trais do tipo Protista, embora actualmente estes não sejam reconhecíveis. A nível de organização celular, os organismos do Reino Fungi são seres euca- riontes, sendo estes, pluricelulares com baixo grau de diferenciação ou unicelulares (raros). Ao nível da nutrição, são organismos heterotróficos por absorção sendo con- siderados microconsumidores (decompositores) no que diz respeitro à sua interacção com os ecossistemas.
  • 5. 4 Fungos Características dos Fungos Os fungos são representados pelos cogumelos, bolores, mofos, orelhas-de- pau, leveduras. São seres eucariontes, que se dividem em seres unicelulares e plurice- lulares. À primeira vista, parece que todos os fungos são macroscó- picos. Existem, porém, fungos microscópicos unicelulares. Entre estes, pode ser citado o Saccharomyces cerevisiae (levedura ou fer- mento). Este fungo é utilizado no fabrico de pão, cachaça, cerveja, graças à fermentação que realiza. Os fungos pluricelulares possuem uma característica morfológica que os diferencia dos demais seres vivos. O seu corpo é constituído por dois componentes: o corpo de frutifi- cação que é responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais, os esporos, e o micélio, con- junto de filamentos a que se dá o nome de hifas, o micélio constitui a parte invisível do fungo. Na maioria dos fungos, a parede celular é complexa e constituída de quitina, a mesma substância encontrada no esqueleto dos artrópodes. A substância de reserva energética da maioria dos fungos é o glicogénio. Os fungos não possuem clorofila, como nas plantas, por isso não podem reali- zar fotossíntese, e consequentemente, não produzem seu próprio alimento, sendo considerados seres heterotróficos por absorção. As partículas de alimento são grandes para entrarem nas hifas e serem digeri- das. Desta forma, as hifas liberam enzimas digestivas para o meio, ocorrendo digestão extra celular. Efectuada a digestão, os produtos são absorvidos, espalhando-se por todo o fungo. Ao nível reprodutivo os fungos podem reproduzir-se assexuadamente por: Gemulação: Surgem do progenitor pequenas saliências( gomos ou gemas) que acabam por originar um novo ser. O gomo origina um descendente de dimensões inferiores às do progenitor. Nos seres pluricelulares os gomos podem não se separar originando colónias. Exemplo: leveduras;
  • 6. 5 Esporulação: Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes que são espalhadas pelo meio. Cada uma dessas células, um esporo, ao cair num material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo ou bolor. Exemplo: FungoPenicillium. Os fungos podem reproduzir-se também sexuadamente. No ciclo reprodutivo de alguns fungos aquáticos, há a produção de gâmetas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. Nos fungos terrestres(como por exemplo os cogumelos), existe um ciclo de reprodução no qual há produção de espo- ros por meiose. Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haploides que poste- riormente se fundem e geram novas hifas diplóides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gâmetas) caracteriza o processo como sexuado. O esquema abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maio- ria dos fungos. Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. Noutros casos, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.
  • 7. 6 De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos inicia-se com a fusão de hifas haplóides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haplói- des geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem sepa- rados (fase heterocariótica, n + n). Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diplóides que, divi- dindo-se por meiose, produzem esporos haplóides. Os esporos formados por meiose são considerados sexuados pela variedade decorrente do processo meiótico. Características partilhadas: Com os animais: os fungos carecem de cloroplastos e são organismos hetero- tróficos, requerendo compostos orgânicos pré-formados como fontes de energia. Com as plantas: os fungos possuem uma parede celular e vaculos. Reprodu- zem-se por meios sexuados e assexuados, e tal como outros grupos de plantas (como os fetos e musgos) produzem esporos. Tal como os musgos e algas, os fungos têm núcleos tipicamente haplóides. Características únicas: As células dos fungos têm paredes celulares que contêm quitina, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. A maioria dos fungos carece de um sistema eficiente para o transporte de água e nutrientes a longa distância, como o xilema e o floema de muitas plantas. Para ultrapassar estas limitações, alguns fungos, como os do género Armillaria, formam rizomorfos que são morfológica e funcionalmente semelhantes às raízes das plantas.
  • 8. 7 Classificação dos Fungos Os quitridiomicetos, constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos. Vivem em meio aquático e em solos húmidos próximos de rios e lagos. Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, para- sitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo. Os ascomicetos, com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estru- turas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzi- dos esporos meióticos, os ascósporos. Incluem diversos tipos de bolores, as trufas , e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares. Os basidiomicetos, com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, deno- minadas de basídios, produtores de espo- ros meióticos, os basidiósporos. O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferru- gens e os carvões, esses dois últimos cau- sadores de doenças em plantas. Os zigomicetos, com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distri- buídos pelo ambiente, podendo actuar como decompositores ou como parasitas de animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.
  • 9. 8 Importância dos Fungos Os fungos constituem um grupo de microorganismos que tem grande interes- se prático e científico para os microbiologistas. A nível Ecológico: Como decompositores: os fungos são organismos extremamente importantes para o equilíbrio da natureza. Desempenham o papel de decompositores, destruindo cadáve- res e restos de plantas e animais o que permite que a matéria orgânica dos seres mortos possa ser aproveitada pelos novos seres que nascem. Entretanto essa mesma actividade decompositora dos fungos pode ter um aspecto negativo, como por exemplo, des- truindo roupas, objectos de couro e cercas de madeira, causan- do ao homem grandes prejuízos económicos. A nível Económico: Como alimento: cerca de duzentos tipos de cogumelos são usados na alimentação humana. Algumas espécies são larga- mente cultivadas, como é o caso do basidiomiceto Agaricus bisporus. Produção de pão: as leveduras são fungos microscópicos, utilizados desde a Antiguidade na preparação de alimentos e bebidas fermentadas. O lêvedo Saccha- romyces cerevisae, empregado na fabricação de pão e de bebidas alcoólicas fermenta açúcares para obter energia, libertando gás carbônico e álcool etílico. Na produção do pão é o gás carbónico que interessa visto que as bolhas microscópicas desse gás, eli- minadas pelo lêvedo na massa, contribuem para tornar o pão leve e macio. Produção de bebidas alcoólicas: a produção dos diferentes tipos de bebida alcoólica varia de acordo com o substrato fermentado, com o tipo de levedura utilizada e com as diferentes técnicas de fabricação como por exemplo a fermentação da cevada que produz cerveja e a fermentação da uva produz vinho. Amanita caesarea. Agaricus bisporus.
  • 10. 9 Depois da fermentação, certas bebidas passam por processos de destilação, o que aumenta a sua concentração em álcool. Como exemplos de bebidas destiladas temos a aguardente, obtida a partir de fermentado de cana-de-açúcar, o uísque, obti- do de fermentados de cereais como a cevada e o centeio, e o saquê, obtido a partir de fermentados de arroz. Produção de queijos: certos fungos são emprega- dos na produção de queijos, sendo responsáveis pelo seu sabor característico. Os fungos Penicillium roquefortii e Penicillium camembertii, por exemplo, são utilizados na fabricação de queijos tipos roquefort e camembert respec- tivamente. Produção de substâncias de uso farmacêutico: foi do ascomiceto Penicillium chrysogenum que se extraiu originalmente a penicilina, um dos primeiros antibióticos a ser empregado com sucesso no combate a infecções causadas por bactérias. Certos fungos produzem toxinas poderosas, que têm vindo a ser objecto da pesquisa farmacêutica. Muitos fungos produzem substân- cias denominadas ciclopeptídios, capazes de inibir a síntese de RNA mensa- geiro nas células animais. Basta a ingestão de um único corpo de frutificação (cogumelo) do basidiomiceto Amanita phalloides, por exemplo, para causar a morte de uma pessoa. Um fungo muito estudado do ponto de vista farmacêutico foi o asco- miceto Claviceps purpurea, popularmente conhecido como ergotina. Foi dele que se extraiu originalmente o ácido lisérgico, ou LSD, substância alucinogénea que ficou famosa na década de 1970. Desde o século XVI as parteiras já conheciam uma pro- priedade farmacêutica da ergotina: se ingerida em pequenas quantidades, acelera as contracções uterinas durante o parto.
  • 11. 10 Doenças causadas por fungos nos seres humanos A micose é uma doença com origem em fungos e que afecta as zonas de humi- dade do corpo humano. Estas micoses são provocadas por dois tipos de fungos: os dermatófitos e os fungos da espécie Candida albicans. Existem fungos dermatófitos que habitam a terra (geofílicos), os animais (zoo- fílicos) ou o próprio homem (antropofílicos) e que penetram nas camadas superficiais da pele, fios de cabelos e unhas, alimentando-se da queratina e dos restos celulares desses locais. Os fungos responsáveis pelas micoses no ser humano provêm do solo, de animais ou de outro ser humano e escolhem as zonas de calor do corpo para depois crescer e multiplicar-se, escolhendo preferencialmente as virilhas, os órgãos genitais, os pés, unhas ou a boca. As micoses mais comuns aparecem nos seguintes locais: Pés – (Pé-de-atleta) provocando fissuras entre o 4º e o 5º dedo, podem alastrar à planta do pé ou afectar as unhas, encontrando-se nalguns casos pequenas vesículas e esca- mação da pele ou o espessamento desta. Virilhas – nota-se uma mancha avermelhada que cresce do centro para o exte- rior, agravada pelo uso de cremes com cortisona. Cabelo - micose mais frequente nas crianças que se revela através de uma zona circular onde se verifica queda de cabelo, descamação e eritema no couro cabeludo com prurido intenso. O pelo perde o brilho, torna-se quebradiço e cai facilmente. Pode atingir também sobrancelhas, pestanas e pálpebras. Unhas - (Onicomicose) em que as unhas afectadas per- dem a cor e o bulbo, aumentam a espessura e tornam-se quebradiças, podendo aparecer sulcos, depressões e placas brancas. É a mais resistente das infecções por fungos, não mostrando tendência à cura espontânea. Mãos – (Paroníquia) em que as palmas escamam e ficam grossas. Atinge com mais frequência as pessoas que lidam muito com água.
  • 12. 11 Candidíase – são os clássicos ‘sapinhos’ na boca das crian- ças, mas que podem apresentar-se também na vagina, acompanhadas de um corrimento esbranquiçado, na glande do pénis, onde se notam manchas vermelhas e na mulher podem ainda surgir debaixo dos seios pequenas lesões avermelhadas, prurido e mal-estar. No caso dos órgãos geni- tais, o tratamento passa por antifúgicos orais. Pitiríase versicolor – o aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelha- das ou rosadas, descamativas, principalmente no tronco e pescoço. Pode apre- sentar prurido principalmente após o banho ou exposição ao Sol. Tratamento / Cuidados O tratamento da micose é simples, mas exige persistência porque, às vezes, parece que o fungo está eliminado e na verdade não está. Para além do tratamento oral ou local recomendado pelo médico, são necessários alguns cuidados como por exemplo: Não usar toalhas comuns ou mal lavadas e após o banho enxugue-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e virilha. As roupas interiores devem ser de fibras naturais como o algodão, pois as fibras sintéticas prejudicam a transpiração. Se tiver um contacto prolongado com detergentes, usar luvas e enxa- guar as mãos sempre que usar uma esponja. Manter hábitos higiénicos regulares e não usar pentes ou escovas de outras pessoas. O uso constante de sapatos fechados, botas e ténis, assim como a sudorose (transpiração) excessiva facilitam a instalação dos fungos nas unhas dos pés. Para quem usa sapatos fechados, a utilização de meias de algodão faci- lita a evaporação do suor e mantém os pés mais secos. Além disso, a aplicação de talcos pode ser útil.
  • 13. 12 Conclusão Os fungos, constituintes do reino fungi, apresentam-se na natureza em milha- res de espécies, pelo que surgiu a necessidade de os agrupar em diferentes classes: os quitridiomicetos, os ascomicetos, os basidiomicetos e os zigomicetos. Os fungos podem reproduzir-se assexuadamente por gemulação, como no caso das leveduras, ou por esporulação, como por exemplo no caso dos bolores, mas também se podem reproduzir de forma sexuada. No meio desta variabilidade de espécies de fungos, os microbiologistas conse- guiram utilizar determinadas espécies para funções favoráveis ao ser humano, o que fez com que os fungos tomassem uma relevante importância a nível económico, como por exemplo, a utilização de fungos para a produção de pão e a produção de penicili- na. A nível ecológico os fungos também desempenham uma importante função, visto que têm a capacidade de digerir e transformar material orgânico em inorgânico. Mas nem tudo são vantagens. Os fungos podem causar doenças nos seres humanos, como o Pé-de-Atleta, que causa desconforto pelo escamamento da pele dos pés. Com este trabalho ficámos mais elucidados acerca dos fungos, das suas carac- terísticas, a sua importância nos ecossistemas e dos problemas que dão aos seres humanos na medida em podem causar doenças desagradáveis. Disponibilizámos a informação de forma clara e organizada e recorrendo ao uso de imagens e esquemas exemplificativos de forma a tornar o trabalho dinâmico e, consequentemente, captar a atenção do nosso público-alvo, que são os nossos cole- gas.
  • 14. 13 Bibliografia REIS, Jorge; LEMOS, Paula; GUIMARÃES, António Preparação para o Exame Nacional 2010 Biologia e Geologia -11ºAno Porto Editora Pág.149,150,180-184 http://www.faculdadeguarai.edu.br/aulas/BIOMEDICINA/2%20periodo/microb iologia%201%20-%20bacteriologia/microbiologia1-bacteriologia%2002- 2010/Virus%20e%20fungos.pdf http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.sobiologia.com.br/figuras/R einos2/micorriza.jpg&imgrefurl=http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Rei nos/biofungos.php&usg=__QnZNS0SJ4P1CJTxGexgcy5GyvPs=&h=321&w=38 5&sz=65&hl=pt- pt&start=9&zoom=1&tbnid=aRxstBvmaEd3CM:&tbnh=103&tbnw=123&ei=6p w5TYmnBYys8QP9lemeCA&prev=/images%3Fq%3DReino%2Bfungi%26hl%3 Dpt-pt%26sa%3DN%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&itbs=1 http://ambientes.ambientebrasil.com.br/biotecnologia/artigos_de_biotecnolo gia/fungos:_caracteristicas_e_importancias.html http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/importancia-dos- fungos.php http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/reino-fungi.php http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/fungos-1.php http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi