2. O que os alunos sabem e o que precisam aprender
para ler bem?
•Domínio de sistema de
escrita alfabética
•Capacidades de leitura
3. O desafio é formar praticantes
da leitura e da escrita e não
apenas sujeitos que possam
“decifrar” o sistema de escrita.
4. A escola, com freqüência, contradiz a afirmação
de que ler é compreender um texto, pois valoriza
e corrige prioritariamente: a precisão na
soletração, a pronúncia correta, a velocidade de
“fusão” dos sons pronunciados, gramática etc.
5. Livro analisado Critério Ocorrências %
Lendo e Gramática 0 2,32
compreendendo Decodificação
1º ano mecânica 32 74,42
Interpretação/
Compreensão 12 27
Produção 00 0,5
Pensando sobre o Gramática 19 57,6
texto Decodificação
1º ano mecânica 08 24,2
Interpretação/
Compreensão 02 6,1
Produção 04 12,1
6. Livro Analisado Critérios Ocorrências %
Pensando sobre o Gramática 21 40,4
texto 5º ano Decodificação
mecânica 22 42,3
Interpretação/
Compreensão 08 15,4
Produção 01 1,9
CONDE, Érica
Pires. (UFPI) -
7. Saber que o ato de ler é, antes de tudo, um processo no qual
o leitor realiza um trabalho ativo de construção do
significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu
conhecimento sobre o assunto, sobre o autor , de tudo o
que sabe sobre a língua: características do gênero, do
portador, do sistema de escrita etc.
Conhecer a natureza do processo de leitura, assim
como o processo pelo qual os sentidos de um texto são
construídos é condição indispensável para uma
aprendizagem efetiva, quando esta pressupõe leitura
de textos escritos.
8. Rodas de leitura (para compartilhar, critérios,
temáticas)
Cantos de leitura e de troca de livros
Leitura em voz alta pelo professor
Projetos de leitura
Sequências de leitura
9. Comportamento de leitor
Procedimentos de leitor
Capacidades de leitura
10. Os conteúdos relacionados à leitura são os
mesmos para os diferentes ciclos e níveis de
ensino. O que os diferencia é o grau de
aprofundamento com que serão tratados ao
longo do processo de escolaridade, em função
do grau de complexidade dos textos e gêneros
selecionados para o trabalho, que implicará
graus de dificuldade distintos para os alunos.
11. Como melhorar a fluência leitora
dos alunos ?
12. Para que o aluno leia com fluência, é fundamental
que:
possua um amplo domínio das relações entre
grafemas e fonemas na ortografia do Português;
13. automatize o processo de identificação de
palavras, por meio do qual, em vez de
decodificar lenta e laboriosamente as unidades
gráficas, o leitor apreende quase
automaticamente essas unidades, em grande
parte porque já construiu uma espécie de
“dicionário mental” ou “léxico mental”
(FAYOL, 2006) que permite tomar uma palavra
não como uma nova palavra, mas como algo
que já se conhece e, por isso, se reconhece;
14. seja capaz de realizar uma leitura expressiva,
que envolve uma adequada atenção aos
elementos prosódicos, como entonação, ênfase,
ritmo, apreensão de unidades sintáticas
(KUNH e RASINSKI, 2007
15. Por meio da leitura oral de textos, os alunos
evidenciem um progressivo domínio da fluência,
demonstrando cada vez mais:
rapidez na leitura e habilidades de :
•Ler progressivamente um número maior de palavras
e depois de frases;
•diminuir as hesitações, regressões e repetições;
•preservar as unidades sintáticas do texto;
•realizar uma leitura expressiva.
16. •determinar o propósito da leitura e fazer um planejamento geral
sobre sua realização: para que vou ler esse texto? tendo em vista
a finalidade, qual será a melhor forma de lê-lo?
•ativar conhecimentos prévios relevantes e relacioná-los com o
texto: o que eu sei sobre esse gênero de texto? o que sei sobre
esse assunto? com base nesse conhecimento prévio, que
perguntas faço ao texto?;
17. fazer previsões ou antecipações, com base em
saliências textuais, a respeito do conteúdos, do
objetivo e da organização do texto: sobre o que
o texto vai falar? qual é seu objetivo? como se
organiza? em quantas e quais partes? como
essas partes se relacionam ou se conectam?
dirigir, com base no conhecimento prévio e em
previsões, perguntas ao texto e a si mesmo;
18. monitorar o processo de compreensão,
confirmando e reformulando previsões,
checando a adequação de sentidos produzidos,
buscando integrar os sentidos do que já se leu
com o que se está lendo no momento e
utilizando procedimentos de correção da
compreensão (releitura de textos e trechos;
pedidos de ajuda a leitores mais proficientes);
19. construir imagens mentais do que se está
lendo, criando uma espécie de “filme”, no caso
de narrativas, ou esquemas visuais, no caso de
textos de natureza mais expositiva ou
informativa;
determinar, em função dos propósitos da
leitura, as informações relevantes,
desconsiderando as irrelevantes;
20. determinar, com base do raciocínio do autor, as
idéias e eventos mais importantes e estabelecer
relações entre eles;
tirar conclusões e inferir significados não-
explícitos;
reagir ao texto, decidindo: o que eu penso sobre o
que li? “gostei? concordo? é engraçado? isso
poderia mesmo acontecer? (CUNNINGHAM e
ALLINGTON, 2003, p. 72)
21. •comparar o que se compreendeu com o que se
pensava antes de ler o texto;
•sumarizar ou resumir o texto;
•construir representações gráficas da estrutura do
texto.
22. Que a fluência leitora seja um objetivo
permanente da formação do aluno, de modo
que seja contemplado nas diversas atividades
propostas, independente da modalidade
organizadora ou didática das mesmas.
2. Que os projetos de leitura e as sequências
didáticas cumpram a finalidade de criar
contextos situacionais correspondentes a
situações de leitura genuínas.
23. Que nos projetos e sequências, cada atividade de
leitura:
a. preveja o ensino de procedimentos que
possibilitem a mobilização de capacidades do
leitor proficiente;
b. possibilite ao aluno tornar-se mais ágil no
processamento do texto e de seu sentido, seja
quando lê em voz alta, seja quando lê
silenciosamente.
24. Que sejam organizadas atividades independentes com a finalidade
específica de constituição da fluência leitora dos alunos,
considerando os aspectos envolvidos nesse processo e as
necessidades de aprendizagem dos alunos. Considerar, nesse
planejamento a necessidade de articular essas atividades aos
projetos e demais atividades previstas. Considerar, ainda, no
planejamento das atividades:
a) a adequação do texto às possibilidades de leitura dos alunos:
extensão, complexidade;
b) a adequação do texto aos interesses temáticos dos alunos;
c) a necessidade de o professor modelizar:
1. procedimentos de recuperação de sentido no processo de leitura;
2. procedimentos de antecipação de conteúdo temático dos textos
antes da leitura, considerando: gênero, autor, lugar de publicação do
texto;
3. procedimentos de antecipação de itens lexicais antes da leitura –
considerando tanto a antecipação de conteúdo temático acima
referida, quanto as antecipações possíveis relacionadas a aspectos
gramaticais e sintáticos – e durante a leitura.
25. Que não se perca de vista que:
a) Só se constrói a fluência leitora – semântica e oral - no interior de
atividades que busquem e possibilitem a compreensão do texto.
b) As atividades de leitura em voz alta não são atividades
imprescindíveis para a constituição da fluência leitora, tal como a
compreendemos aqui; ao contrário, a boa leitura em voz alta pode ser
decorrente da fluência leitora já constituída pelo sujeito.
c) A busca da compreensão do texto e a agilidade do aluno nesse
processo é que constitui a fluência leitora, o que implica na mobilização
das diferentes capacidades de leitura.
d) No entanto, a leitura em voz alta – proposta em atividades em que
ler em voz alta tenha como finalidade apresentar um texto (dramático
ou não) a uma audiência efetiva - pode tornar-se uma boa coadjuvante
no processo de aquisição da agilidade na leitura, pelo estudo reiterado
de um texto.
26. e) A leitura em voz alta possibilita ao aluno a agilidade referida, pois, uma
vez tendo compreendido o texto, o estudo do mesmo pode levá-lo a ler mais
rapidamente (pois conhece tanto o conteúdo quanto o texto, em si),
antecipando blocos maiores de palavras, o que pode ser generalizado para
outras situações de leitura.
f) Além disso, a leitura em voz alta possibilita a agilidade na identificação
lexical (e sintática – no que se refere, por exemplo, a regências verbais, a
possibilidades de organização de frases); isto porque amplia a possibilidade
de antecipação textual não só na leitura em estudo, como em leituras
posteriores o que também pode ser generalizado para outras situações de
leitura.
g) Finalmente, a leitura em voz alta, contextualizada como exercício de
leitura proficiente – ou seja, com compreensão – possibilita o
aperfeiçoamento da prosódia, quer dizer, da utilização das entonações mais
adequadas para a significação do texto.
27. Ler um conto favorito para outros
Fazer uma gravação de poemas para
acompanhar uma coletânea.
Fazer um sarau de poemas, piadas...
Ler contos para alunos menores
Leitura dramática /Teatro lido
Leitura de curiosidades e informações
interessantes.
28. Santos Dumont
Há 100 anos, ele voou no 14-Bis, o primeiro avião do mundo.
Desde criança, Alberto Santos Dumont era curioso e gostava de saber
como as máquinas funcionavam. Dá até para a gente imaginar o pequeno
Alberto desmontando relógios, rádios e outras coisas para ver como era
o mecanismo deles.
Seu pai era um rico fazendeiro. Percebendo o interesse do filho por
mecânica, mandou-o estudar na França. Foi em Paris que Santos Dumont
aprendeu a criar e pilotar balões e dirigíveis, aos 19 anos.
Ele inventou e dirigiu 14 deles, até que, no dia 23 de outubro de 1906,
um grande grupo de pessoas assistiu, no maior entusiasmo, ao primeiro
vôo de um objeto mais pesado que o ar. Santos Dumont pilotou o seu
14-Bis por 21 segundos a 3 metros de altura. Nascia assim o avião. (...)
29. Objetivos
Desenvolver autonomia na leitura.
Ler para se informar e comentar.
Planejamento
Como organizar os alunos? A atividade é primeiro coletiva e, depois,
em duplase individual.
Quais os materiais necessários? Cópias do texto para todos os alunos.
Qual é a duração? Cerca de 30 minutos.
Encaminhamento
Siga as orientações gerais para a leitura pelo aluno (pág. 47), itens 2 a
4.
Peça-lhes que leiam em duplas e conversem sobre o que acharam
mais interessantena leitura.
Peça a cada dupla que comente (ou leia) o trecho que achou mais
interessante.
Sugira que levem os textos para casa e leiam para os familiares.
30. 1 .Selecione diferentes tipos de texto e proponha leituras com
propósitosvariados. Por exemplo:
a regra de um jogo simples que será jogado;
uma quadrinha para ser recitada em casa;
uma piada para contar aos amigos;
uma reportagem de jornal ou revista para comentar com os
colegas;
um poema para declamar.
2 .Antes de entregar as cópias dos textos para os alunos,
converse a respeito
do que vão ler: o que é; para que irão ler; qual o conteúdo.
3. Leia para eles, solicitando que acompanhem sua leitura com
o texto em mãos.
31. 4 .Diga para lerem sozinhos, em silêncio.
5. Convide-os a ler em voz alta, procurando adequar a
atividade às condições de cada um. Os que se
sentirem mais seguros podem ler trechos maiores. Os
demais podem optar por ler um trecho junto com
você: você começa a ler, o aluno lê em seguida. É
possível que alguns alunos se adiantem e outros se
atrasem.
6 .Faça pausas de vez em quando para que todos o(a)
acompanhem: ajude-os a localizar um fragmento e
encontrar em que ponto do texto está a leitura.
7. Em outras ocasiões, interrompa sua leitura e peça a um
aluno que continuea ler uma parte do conto ou da
notícia; isso os incentivará a antecipar e averificar
suas antecipações, considerando os indícios do texto.
32.
33. Perguntou o discípulo ao mestre:
Como nos tornamos sábios?
O Mestre respondeu:
Boas escolhas.
E como fazemos boas escolhas?
Experiência - acrescentou o Mestre.
E como adquirimos experiência? -
voltou o discípulo.
Más escolhas - disse o Mestre