1. BIBLIOTECA ESCOLAR JOSÉ SILVESTRE RIBEIRO
CENTRO DE RECUROS EDUCATIVOS
Agrupamento de Escolas de Idanha-a-Nova
Newsletter especial 270114
DIA INTERNACIONAL DE MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO
O Dia Internacional do Holocausto é uma data
instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas,
aprovada mediante a resolução 60/7, que designa a
data 27 de Janeiro para a comemoração anual em
memória das vítimas do Holocausto.
O dia 27 de Janeiro foi escolhido, porque nesta
data, em 1945, o exército soviético liberou o maior
campo de extermínio nazi, localizado na Polónia
(Auschwitz–Birkenau).
Sugerimos aos docentes e
alunos o visionamento dos
filmes sobre a temática do
holocausto
existentes
na
BECRE.
270114
Holocausto
Genocídio executado pelo
regime Nazi contra minorias étnico religiosas, deficientes, homossexuais e
opositores políticos do
regime, através de perseguição e extermínio sistemático.
O regime Nazi é responsável por crimes contra a
HUMANIDADE.
Os horrores da segunda guerra mundial deram
lugar a um dos fundamentos da Carta dos Direitos
Humanos, que menciona no artigo 2: “Toda pessoa
tem todos os direitos e liberdades proclamados nesta
Declaração, sem distinção alguma de raça, cor, sexo,
idioma, religião, opinião política ou de qualquer outra
índole, origem nacional ou social, posição económica,
nascimento ou qualquer outra condição”.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon lembrou mais uma vez:
“Devemos seguir ensinando aos nossos filhos
as lições dos capítulos mais sombrios da História.
Isso ajudá-los-á a fazer as coisas melhor que os seus
pais ao construir um mundo, onde possamos conviver em paz. Devemos combater a negação do Holocausto e denunciar abertamente o fanatismo e o
ódio. E devemos respeitar as normas e as leis que
instituíram as Nações Unidas para proteger as pessoas e lutar contra a impunidade do genocídio, os
crimes de guerra e os crimes que lesam a humanidade”
Trabalho de articulação História/BECRE.
2. Mapa dos Campos de Concentração Nazis
Campo de Concentração de
AUSCHWITZ
Instalações dos fornos crematórios
3. «A única maneira de sair daqui é pela chaminé». Esta foi a frase que
milhão e meio de pessoas ouviram antes de irem para a câmara de gás. «Arbeit
macht Frei» (o trabalho liberta) é outra frase célebre de Auschwitz escrita numa
tabuleta pelos nazis à entrada do campo.
Foi o primeiro campo de extermínio. Foi construído na Polónia onde conseguiram juntar cerca de 155 mil pessoas e onde se criou um complexo de morte.
Os primeiros 20.000 que foram recebidos eram criminosos alemães. Dois
outros campos foram construídos na sequência de uma visita realizada por
Himmler em 1 de Março de 1941, que decidiu elevar a capacidade para 30.000 e
mandar projectar o campo para 100.000 pessoas. Este último campo acabou
por ser construído pelos próprios prisioneiros da guerra. Na visita, Himmler
anuncia que será construída uma fábrica de armamento para que os prisioneiros participem no esforço da guerra.
Fábrica de armamento
4. As refeições eram constituídas por: ao pequeno-almoço meio litro de uma aguada a que os nazis
chamavam café, ao almoço uma sopa sem carne preparada normalmente com legumes estragados,
e à noite um pão mal cozido com margarina ou queijo e uma nova tisana.
Sendo uma alimentação inadequada levava a que muitos dos detidos fossem parar à enfermaria,
conhecida com «antecâmara da morte», pois normalmente o seu sofrimento era aliviado por uma
injecção letal ou por um passeio até à câmara de gás.
Próximo dos campos existentes funcionavam dezenas de oficinas metalúrgicas, fábricas e
minas da região.
As execuções em massa de judeus começaram na Primavera de 1942 em Maio, altura em que
1.200 judeus encolhidos nos comboios recém-chegados da Alemanha, Eslováquia e França, foram
gaseados. Tinha-se descoberto que para cada quilo de peso era necessário cerca de 1 miligrama de
Zyklon. Entre 1942/43 usaram 20.000 kg do produto.
Interior de câmara de gás em Aushwitz, à esquerda.
5. Os médicos do campo seleccionavam quem morreria nas 2 horas seguintes e quem iria
trabalhar nos 6 meses futuros.
O comandante de Auschwitz formou entre os presos uma orquestra de instrumentos de
corda obrigando-os a tocar «Barcarolle» para os acalmar. Depois deu-lhes postais ilustrados para
escreverem para casa dizendo que estavam bem instalados num campo de trabalho imaginário.
Os SS prometiam-lhes banhos reconfortantes, pediam-lhes que pendurassem as roupas em cabides numerados e que entrassem numa sala cheia de chuveiros e torneiras mas que eram falsas.
Mal a porta da sala se fechava militares SS com máscaras de gás subiam ao terraço e introduziam
Zyklon B pelas frestas que actuava em 20 minutos. Os mais novos eram os primeiros a morrer
devido ao gás se espalhar mais depressa em baixo.
próteses, óculos,
brincos,
colares, alianças e dentes
de ouro retirados às vítimas.
Os médicos do campo seleccionavam quem morreria nas 2 horas seguintes e quem iria
trabalhar nos 6 meses futuros.
O comandante de Auschwitz formou entre os presos uma orquestra de instrumentos de
corda obrigando-os a tocar «Barcarolle» para os acalmar. Depois deu-lhes postais ilustrados para
escreverem para casa dizendo que estavam bem instalados num campo de trabalho imaginário.
Os SS prometiam-lhes banhos reconfortantes, pediam-lhes que pendurassem as roupas em cabides numerados e que entrassem numa sala cheia de chuveiros e torneiras mas que eram falsas.
Mal a porta da sala se fechava militares SS com máscaras de gás subiam ao terraço e introduziam
Zyklon B pelas frestas que actuava em 20 minutos. Os mais novos eram os primeiros a morrer
devido ao gás se espalhar mais depressa em baixo.
6. Os prisioneiros eram punidos por todas e nenhuma razão, por fazer
e por não fazerem.
Josef Mengele era um médico do campo e escolheu cerca de 1500
gémeos para usar como cobaias, servindo um de controle e experimentando no segundo. Mandava matar muitos só para os estudar na autópsia. Utilizou também como cobaias sete dos dez anões ciganos que obrigou a dançar nus para as tropas SS. O único que tentou ajudar os prisioneiros foi o bacteriologista Wilhelm Hans Munch, dando-lhes medicamentos e alimentos, correndo assim risco de vida.
Milhares de cadáveres de seres humanos reduzidos a ossos e
farrapos, numa vala comum, ainda por enterrar…
7. Um esquadrão especial de presos eram os responsáveis pela
limpeza dos corpos, retiravam-lhes as próteses, os óculos, os brincos, colares, alianças, dentes de ouro e rapavam-lhes o cabelo, e
só depois eram levados para os fornos para serem queimados. As
cinzas eram deitadas nos rios ou usadas como estrume.
Aos sobreviventes eram-lhes atribuídos símbolos próprios
que os identificavam: os judeus usavam a estrela de David amarela, os prisioneiros políticos um triângulo vermelho, os ciganos um
triângulo negro, as testemunhas de Jeová o violeta, os homossexuais o cor-de-rosa, e para os criminosos o verde.
Crianças usadas em experiências
10. SINOPSE
O clássico literário da literatura mundial
mudou-se para o grande ecrã. Um documento histórico que foi lido por gerações
de compreender os horrores da Segunda
Guerra Mundial através dos olhos de uma
menina holandesa: a eclosão da guerra, a
invasão pelos alemães ou o voo antes de
ser apanhada e presa num campo de concentração.
Shoah (1985) Opus de nove horas de duração sobre o Holocausto e
um dos maiores documentários de todos os tempos. Um filme contra o esquecimento e sobre o impensável: a morte de mais de seis
milhões de judeus pelos Nazis. Realizado ao longo de doze anos,
apresenta entrevistas feitas em 14 países com sobreviventes, testemunhas e criminosos. Sem recorrer a imagens de arquivo histórico,
usa entrevistas que visam “reencarnar” a tragédia judaica, e visita
os locais onde os crimes ocorreram. O filme nasceu da preocupação
de Lanzmann com o facto de o genocídio perpetrado apenas 40
anos antes começar a ficar escondido nas brumas do tempo, uma
atrocidade que começava a ser higienizada pela História.Sobibor
(2001, 98 mins)
O título do filme diz-nos o lugar, hora, dia, mês, ano e hora da única
revolta bem sucedida num campo de extermínio nazi na Polónia.
365 prisioneiros conseguiram escapar, mas apenas 47 deles sobreviveram às atrocidades da guerra. Claude Lanzmann conheceu Yehuda Lerner durante as filmagens de Shoah, em Jerusalém em 1979.
SINOPSE
Tinham se passado três anos desde que os mais
importantes líderes nazistas tinham sido julgados
em Nuremberg. Dan Haywwod, um juiz
aposentado americano, tem uma árdua tarefa,
pois preside o julgamento de quatro juízes que
usaram seus cargos para permitir e legalizar as
atrocidades nazis contra o povo judeu durante a
2ª Guerra Mundial. À medida em que surgem no
tribunal as provas de esterilização e assassinato a
pressão política é enorme, pois a Guerra Fria está
aí e ninguém quer mais julgamentos como os da
Alemanha. Além disto, os governos aliados
querem esquecer o passado, mas a coisa certa
que deve se fazer é a questão que este tribunal
tentará responder.
11. SINOPSE
Uma fábula tragi-cómica, o filme mais popular de Roberto
Benigni, vencedor, entre muitos outros prémios internacionais, do Óscar para o melhor filme estrangeiro e melhor
actor para Benigni.
É uma deliciosa fábula, e um hino à vida dos duros tempos
da Europa da Segunda Guerra Mundial, onde o nosso protagonista Guido, um homem inocente, terá que utilizar a sua
imaginação e força de vontade para salvar as vidas daqueles
que ama.
Romântico, hilariante, surpreendente e comovedor, este filme é um dos mais belos momentos de cinema!
SINOPSE
Um rapaz de oito anos, Bruno é o protegido filho de um
agente nazi cuja promoção leva a família a sair da sua
confortável casa em Berlim para uma despovoada região
onde o solitário jovem não encontra nada para fazer nem
ninguém com quem brincar.
Esmagado pelo aborrecimento e traído pela curiosidade,
Bruno ignora os constantes avisos da mãe para não
explorar o jardim, por detrás da casa, e dirige-se à quinta
que viu ali perto. Nesse local, Bruno conhece Shmuel, um
rapaz da sua idade que vive numa realidade paralela, do
outro lado da vedação de arame farpado. O encontro de
Bruno com este rapaz de pijama às riscas vai arrancá-lo
da sua inocência e resultar no despontar da sua consciência sobre o mundo adulto que o rodeia.
Os repetidos e secretos encontros com Shmuel desaguam numa amizade com consequências inesperadas e
devastadoras.
Sinopse: Na Alemanha pós-2ª Guerra Mundial, o adolescente
Michael Berg (David Kross) se envolve, por acaso, com Hanna
Schmitz (Kate Winslet), uma mulher que tem o dobro de sua
idade. Apesar das diferenças de classe, os dois se apaixonam e
vivem uma bonita história de amor. Até que um dia Hanna
desaparece misteriosamente. Oito anos se passam e Berg,
então um interessado estudante de Direito, se surpreende ao
reencontrar seu passado de adolescente quando acompanhava
um polêmico julgamento por crimes de guerra cometidos pelos
nazistas.
12. Lumsden, Robin , A história
secreta das SS, A esfera dos
livros.
Zusak, Markus A Rapariga que Roubava Livros, Editorial Presença, 2008, ISBN: 9789722339070
Sinopse: Quando a morte nos conta uma história temos todo o
interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A
Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma
função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é
por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma
menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já
tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno
irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de
muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as
dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando
o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um
perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o
caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo
dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros
e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo
pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção
de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro
soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro
olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de
tudo pelo amor à literatura.
Livro recomendado no programa de Português do 9º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de
Dificuldade II.
Sinopse O nome da Schutzstaffel
ou SS, como era mais conhecidaesta organização, ficará para
sempre ligado ao extermíniomassivo e aos campos de concentração nazis. Mas esta éapenas uma
parte da realidade. Em pouco
mais de dez anosa SS passou de
uma pequena escolta policial, a
uma força demilhares de soldados cujo objectivo principal era
defender oFüher e os valores
nazis. Sem controlo dos tribunais
civis ecom um poder absoluto
sobre a sociedade, a SS transformoucriminosos em ministros e
chefes de Polícia, organizougenocídios e obras de caridade, aniquilou adversáriospolíticos e participou nalgumas das mais sangrentas batalhasda Segunda Guerra
Mundial. Tudo graças ao seu
líder,Heinrich Himmler que acreditava ser a reencarnação do reisaxão fundador do Reich, Heinrich I. Himmler transformoua SS
num corpo de elite, temido, respeitado e absolutamentefiel a
Hitler. Com licença para matar,
esta organizaçãomanteve um
controlo rígido e implacável sobre
a ordem pública
13. Losa, Ilse, O mundo em que vivi. Afrontamento, Lisboa, 1987.
Nascida numa aldeia perto
de Hanôver na Alemanha a 20 de
março de 1913,1 filha de Arthur Lieblich frequentou o liceu
em Osnabrück e Hildesheim e mais
tarde um instituto comercial em
Hanôver.1
Ameaçada pela Gestapo de ser
enviada para um campo de concentração devido à sua origem judaica,
abandonou o seu país natal
em 1930 com a mãe e seus irmãos
Ernst (nascido em Junho de 1914) e
Fritz. Deslocou-se primeiro
para Inglaterra onde teve os primeiros contactos com escolas infantis e
com os problemas das crianças.
Chegou a Portugal em 1934, tendose fixado na cidade do Porto, onde
casou em 1935 com o arquitecto Arménio Taveira Losa, tendo
adquirido a nacionalidade portuguesa.
Para saber mais ver aqui.
Sinopse: Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e
através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na
Alemanha, pelos finais da Primeira Grande Guerra Mundial, até
ao avolumar de crises (inflação, desemprego, assassínio de
Rathenau, aumento da influência e vitória dos Nazistas) que por
fim a obrigam ao exílio mesmo na eminência de um destino trágico num campo de concentração. Há uma felicíssima imagem simbólica de tudo, que é a do lento avançar de uma trovoada que
acaba por estar "mesmo em cima de nós". Assistimos aos rituais
judaicos públicos e domésticos, a uma clara atracção alternativa
entre a emigração para os E.U. e o sionismo. Fica-se simultaneamente surpreendido pela correspondência e pelas diferenças
entre o adolescer e o viver adulto em meios culturais muito
diversos, pois há relances de vida religiosa luterana, católica e de
agnosticismo à margem da experiência judaica ortodoxa. Perpassam figuras familiares de recorte nítido: os avós da aldeia, o pai,
negociante de cavalos, desfeitado por anti-semitas e falecido de
cancro, os tios progressistas Franz e Maria, o avô Markus, a amorável avozinha Ester (Kleine Oma), Paul (o jovem quasenamorado que se deixa intimidar pelo ambiente), Kurt (o jovem
enamorado assolapado, culto e firme nas suas convicções). A
acção é desfiada numa sucessão de fases biográficas progressivamente dramáticas - e nós acabamos por participar afectivamente
de um destino ao mesmo tempo muito singular e muito típico,
que bem nos poderia ter cabido. Um romance de características
únicas na leitura portuguesa - e emocionalmente certeiro. (Óscar
Lopes)
Livro recomendado no programa de português do 7º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de
Dificuldade II.
14. Saiba mais aqui. É seguir o link. E
obrigado ao Miguel Salgueiro Meira
que o partilhou no slideshare.
15. O serviço de Biblioteca é
Informar
Divulgar
Promover
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e é uma questão de História e de Cidadania lembrar
270114 e os
milhões de seres humanos que foram assassinados, massacrados, violentados, queimados, mortos à fome e humilhados.
A Professora Bibliotecária, Dores Pinto