O Brasil se tornou pioneiro no uso de bicombustíveis ao lançar o Programa Nacional do Álcool em 1975, aproveitando a capacidade ociosa da indústria canavieira e a necessidade de reduzir a dependência do petróleo importado. Ao longo de 30 anos, o uso do etanol substituiu ou misturado à gasolina promoveu economia de petróleo equivalente a 19 meses de produção atual.
2. Em 1975, com o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool),
que o governo criou as condições necessárias para que o país surgisse
na vanguarda do uso de bicombustíveis.
O Brasil apresentava diversos pré-requisitos para assumir esse
pioneirismo:
possuía um expressivo setor açucareiro e usinas com alta
capacidade ociosa.
As altas no preço do petróleo colocavam em risco o abastecimento
interno.
A saída encontrada foi reunir num grupo de trabalho governo, instituições
de pesquisa, indústria automobilística, refinarias e usineiros.
As primeiras especificações do álcool (dos tipos anidro e hidratado)
foram lançadas em 1979 e reformuladas em 1989, depois de
pesquisadas as razões do problema de corrosão nos motores.
3. No final dos anos 80 Houve aumento da
cotação do açúcar no mercado internacional,
antes ocorreu forte escassez de álcool
hidratado nos postos de abastecimento,
tendo uma queda brutal na venda de
automóveis à álcool.
Na década de 90 Em 1993, estabeleceu-
se a mistura obrigatória de 22% de álcool
anidro em toda a gasolina distribuída para
revenda nos postos, gerando uma expansão
de mercado para o combustível vegetal, que
vigora até hoje.
Ao longo destes trinta anos, o uso do álcool,
em substituição ou misturado à gasolina,
promoveu uma economia de mais de um
bilhão de barris equivalentes de petróleo,
o correspondente a 19 meses de
produção atuais. Graças ao álcool
combustível, nos últimos oito anos
deixaram de ser importados US$ 61
bilhões em barris de petróleo.
4. Produção mundial de álcool
aproxima-se dos 40 bilhões de litros,
• Brasil até 25 bilhões de litros são utilizados
• EUA para fins energéticos.
O Brasil responde por 15 bilhões de
• Argentina litros deste total.
• Quênia O álcool é utilizado em mistura com
• Malawi gasolina no Brasil, EUA, UE, México,
Índia, Argentina, Colômbia,Japão.
O uso exclusivo de álcool como
combustível está concentrado no
Brasil.
7. Biomassa são substâncias orgânicas,já utilizada, a principal é a
cana de açúcar.
Mandioca: Todos os tipos de mandioca podem ser usadas, mas aqueles
que possuem maior concentração de amido, como a mandioca
industrial, são as mais indicadas.
Celulose: a produção de álcool a partir de celulose, em 2020,
serão cerca de 30 bilhões de litros de álcool que poderão ser
obtidos desta fonte, apenas nos EUA.
Também estão em curso pesquisas para transformá-lo em
álcool, em biodiesel, ou mesmo, para o seu melhor
aproveitamento pela indústria moveleira e para a fabricação
de ração animal.
8. Cerca de 2,3 t de CO2 deixam de ser emitidas para cada
tonelada de álcool combustível utilizado, sem considerar
outras emissões, como o SO2.
A cana-de-açúcar é a segunda maior fonte de energia
renovável do Brasil com 12,6% de participação na matriz
energética atual, considerando-se o álcool combustível e a
co-geração de eletricidade, a partir do bagaço.
O setor canavieiro emprega mais de 3,5 milhões de pessoas
no Brasil. Destas, cerca de 2,5 milhões são trabalhadores
temporários.
Por conter oxigênio em sua composição, a combustão do
álcool é mais fácil do que a da gasolina e libera menos
poluentes. Isso não significa, porém, que seja inofensiva.
9. O investimento total no Proetanol foi da
ordem de US$ 7,5 bilhões, sendo US$ 5
bilhões financiados pelo governo brasileiro,
US$ 250 milhões obtidos através de
recursos do Banco Mundial e US$ 2,5
bilhões providos por empresários do setor.
Em contrapartida, ao reduzir as importações
de petróleo, o Brasil economizou, em 25
anos, cerca de US$ 22 bilhões.