1. NOTÍCIAS
SHELL
Janeiro a Abril de 2011 • número 381
“O Brasil é
um mercado
estratégico
para a Shell”
André Araujo,
Presidente da Shell Brasil Petróleo
2. Índice 4
JOGO RÁPIDO
6
NEGÓCIOS
16
SHELL BRASIL PETRÓLEO
Com forte potencial de crescimento, a recém-criada Shell
Brasil Petróleo reunirá os negócios de Upstream, Trading,
Lubrificantes e produção de novas tecnologias do grupo
As áreas de Lubrificantes e de Vendas para Clientes no país.
Comerciais da Shell, na América Latina, passam
a integrar uma nova estrutura, a Comercial Global, 25
com ganhos em sinergia e excelência. OFFSHORE
Processos inovadores desenvolvidos pela Shell
8 proporcionam ganhos em custos e prazos nas
VIVA BEM atividades de exploração e produção de petróleo e gás.
Sessões de Shiatsu na empresa têm sido um proveitoso
intervalo para os funcionários relaxarem
e renovarem a disposição em suas atividades.
10
EM CENA
A 23ª edição do prêmio coroou os melhores trabalhos de
2010. Foram 80 indicações de artistas, em nove categorias
no Rio de Janeiro e em São Paulo.
28
HORIZONTES
CEO da Shell, Peter Voser faz uma retrospectiva das
realizações de 2010 e apresenta uma perspectiva dos
desafios por vir, após inaugurar uma nova era de
mudança na empresa.
33
INICIATIVA JOVEM
Com o apoio de mentores, jovens empreendedores têm
agora a oportunidade, na fase da Fábrica de Negócios, de
pôr seus projetos em prática.
12 34
POSTOS DE SERVIÇO TECNOLOGIA
Parceria com quatro companhias tornou mais suave Processo da Shell de produção de asfalto contribui
a manutenção da rede de postos de serviço Shell na para poupar energia e reduzir emissões de CO2 no
Alemanha, na Áustria e na Suíça. revestimento do leito de rodovias.
14 35
PARCERIA ARTIGO
Shell e National Geographic se unem em programa – O Projeto de Monitoramento de Baleias por Satélite,
Grande Desafio Energético – para ampliar e aprofundar apoiado pela Shell, completa dez anos de contribuição
a compreensão do consumidor a respeito das questões para ampliar o conhecimento da espécie e melhorar as
energéticas de hoje. condições de preservação com uso de alta tecnologia.
2 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
3. NOTÍCIAS
Editorial SHELL
UMA PUBLicAÇÃO SHeLL WORLd
A Shell iniciou as atividades de 2011 mobilizada por um horizonte de possibilidades COORDENAÇãO
que acenam para resultados ainda mais animadores em suas áreas de atuação no Gerência de Comunicação Corporativa
Brasil e no exterior. Simone Guimarães
Renata Monteiro
As realizações e as perspectivas da companhia no país são a ênfase da entrevista do
presidente André Araujo, publicada nesta edição da Notícias Shell. O executivo PRODuÇãO EDITORIAL
percorre as grandes linhas de realizações e de desafios, em negócios, segurança, meio Cajá - Agência de Comunicação
ambiente e tecnologia.
No país, destaca-se a criação da Shell Brasil Petróleo, empresa que nasce com vocação Editor: Octacílio Freire
de líder e que vai reunir os negócios de Upstream, Trading, Lubrificantes e produção de Coordenador: Leonardo Mancini
novas tecnologias. Após o ano de 2010, em que houve consolidação dos Reportagem: Bruno Seixas, carina Andion,
Cristine Gerk, Danielle Ritton, Gabriel Schmidt,
investimentos e descobertas encorajadoras no Upstream, a nova empresa, com Julia Caminha e Yasmim Rosa
significativo potencial de crescimento, vai ampliar o papel estratégico do Brasil no Matérias Globais: Shell
contexto global do Grupo Shell. Revisão: carlos nougué
Outra recente iniciativa impulsionadora dos negócios, também destaque nesta edição, Programação Visual: Sergio Paulo
é a Comercial Global, a nova estrutura que vai englobar as áreas de Lubrificantes e de Ilustrações: cláudio duarte
Vendas para Clientes Comerciais da Shell na América Latina. Fotografia: Arquivo Shell, Denilde Leitão,
No exterior, a retrospectiva de 2010 e as perspectivas deste ano para a Shell são Luciano Mattos, Marcos Issa, Nelson Pérez e
Rogério Reis
avaliadas na entrevista especial do CEO Peter Voser. Ele considera que as realizações Logística: Alfa Rosângela
evidenciam que o Grupo cumpriu suas metas operacionais e estratégicas em todas as Impressão: Ediouro Gráfica
suas frentes; e os desafios acenam para a necessidade de continuar avançando, pois
ainda há muito por fazer. CONTATO
Av. das Américas, 4.200 – blocos 5 e 6
Nas atividades offshore, a Shell tem obtido ganhos com processos inovadores que
Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
evidenciam a busca do aprimoramento tecnológico. Na perfuração do Campo Norte, CEP.: 22640 – 102
no Qatar, a operação simultânea das tarefas de sonda e de plataforma permitiu Tel.: 21 3984 7014 Fax: 21 3984 7888
encurtar prazos e custos. Esses tipos de resultados também têm sido alcançados com o fale@shell.com
uso de novos motores de controle digital, que facilitam a perfuração de poços mais
Glossário: A expressão upstream abrange as ativi-
profundos e através de rochas mais duras.
dades de exploração, desenvolvimento e produ-
Por sua vez, as parcerias continuam a mover a Shell. Em união com a National ção de petróleo, gás natural liquefeito e monetiza-
Geographic, a companhia desenvolve “O Grande Desafio Energético”. É um programa ção de gás. Já downstream se refere às áreas
destinado a ampliar a compreensão dos consumidores sobre as questões energéticas da envolvidas com transporte, distribuição e comer-
atualidade, bem como proporcionar referências sobre as atitudes e as prioridades deles. cialização de produtos à base de petróleo para
uso industrial e de transporte. O termo offshore
Em outro campo, numa parceria com quatro companhias, a Shell terceirizou as
refere-se, por sua vez, às atividades desenvolvidas
operações de manutenção de postos de serviços na Alemanha, na Áustria e na Suíça, em ambiente marítimo.
em busca de maior eficiência na gestão da atividade.
No âmbito da vida funcional com qualidade, é notável que em menos de seis meses Os artigos assinados e os conceitos emitidos por
cerca de 400 pessoas já tenham se beneficiado das sessões de shiatsu, oferecidas terceiros não expressam, necessariamente, a opi-
nião da Shell Brasil Ltda. As companhias Shell têm
diariamente pela companhia. A iniciativa faz parte do Projeto Viva Bem, que este ano
diferentes identidades, mas nesta publicação as
terá foco no estímulo à atividade física, entre outros programas. expressões genéricas “Shell”, “Grupo Shell” e
No começo do ano, o Programa Iniciativa Jovem atingiu a etapa em que os jovens “Grupo de Companhias Royal Dutch/Shell” são
empreendedores poderão tirar seus projetos do papel. Após um ano de capacitação e, utilizadas, às vezes, por conveniência, no contex-
agora, com o apoio de mentores, a fase Fábrica de Negócios permitirá que eles ponham to em que se faz referência em geral às compa-
nhias do Grupo Royal Dutch/Shell. Essas expres-
em prática o empreendimento idealizado. sões são também usadas quando não tem sentido
Notícias Shell também publica nesta edição um artigo sobre os dez anos do Projeto de identificar uma companhia em particular ou um
Monitoramento de Baleias por Satélite, apoiado pela Shell e que, com uso de alta grupo de companhias.
tecnologia, tem contribuído para o conhecimento e a preservação da espécie no país.
E não faltou celebração neste começo de ano. Foram realizadas em São Paulo e no Rio
de Janeiro as festas de entrega da 23ª edição do Prêmio Shell de Teatro, que
contemplou os melhores trabalhos realizados em 2010.
Boa leitura
O editor
4. JOGO RÁPIDO
RECORDE DE VENDAS DA ShELL V-POWER • FÓRMULA INDY
PARCERIA COM A DUCATI • AEROShELL ASCENDER
1 bilhão de litros de Shell V-Power vendidos
O ano de 2010 fechou com o recorde Desde que foi lançada, em 2003, a sumidores. Além desse aspecto, há outros
de um bilhão de litros comercializados gasolina Shell V-Power tem apresenta- que colaboram para impulsionar as ven-
da gasolina aditivada Shell V-Power do, a cada ano, um volume crescente de das. Ter uma equipe de posto treinada,
no Brasil, que representa um dos vendas no país. Na opinião da ger- vendas monitoradas, programas de incen-
maiores mercados mundiais de ente de Marketing da Shell, Carolina tivo e revendedores engajados permite que
Varejo da companhia. O volume Marques, um dos motivos que ajudam os consumidores saibam cada vez mais
corresponde a 22 milhões de tanques a alavancar as vendas é justamente a sobre os benefícios oferecidos pela Shell
cheios, abastecidos com o combustível associação da marca com a Fórmula 1. V-Power.
desenvolvido em parceria com a Afinal, a parceria de mais de 60 anos Para 2011, a expectativa de crescimento
Ferrari. Seria o suficiente para dar 240 com a Ferrari permite que a Shell esteja se mantém, e a equipe de vendas
mil voltas ao redor do mundo pela sempre incrementando seus produtos espera superar em pelo menos 6% a
linha do Equador. e oferecendo novos benefícios aos con- comercialização atual da gasolina aditivada.
Parceria com Ducati
renovada até 2013
A Shell prorrogou até o fim da temporada de 2013 a parceria técnica com
a Ducati no campeonato de MotoGP. A ampliação do relacionamento vai
garantir o desenvolvimento contínuo de lubrificantes da companhia anglo-
holandesa numa variedade de climas e sob diversas condições. Por isso, a
equipe italiana escolheu a linha Shell Advance como o lubrificante oficial
de cada moto Ducati que sai da fábrica, em Bolonha, e disputa nas pistas de
corrida por todo o mundo.
A Shell tem desfrutado de um relacionamento extremamente produtivo e
bem-sucedido com a Ducati, primeiramente no Mundial de Superbikes e,
depois, acompanhando a equipe quando ela começou a participar do MotoGP
em 2003. Desde então, a parceria foi vitoriosa em 31 corridas e conquistou
um título de fabricantes, um de equipes e um de pilotos no MotoGP, além de
seis campeonatos de pilotos e nove de construtores no Mundial de Superbike.
A Ducati também utiliza em suas motos a gasolina Shell V-Power. Com o
compromisso renovado, a Shell vai continuar na busca de maior capacidade
de resposta e melhor desempenho para a Ducati, nas pistas de competição,
e no desenvolvimento de produtos mais avançados também para seus
consumidores.
4 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
5. Fórmula Indy
também tem patrocínio
O calendário de 2011 do mundo da velocidade começa com O piloto terá também uma parceria especial com a
novidades, marcado pelo anúncio do patrocínio da Shell à equipe petrolífera: um layout diferenciado para seu carro nas 500
Penske Racing, da Fórmula Indy. O apoio das líderes em tecnologia Milhas de Indianápolis deste ano, que marca o centenário
de combustível e lubrificantes, Shell e Pennzoil, permitirá que as da mais importante corrida de automóveis do calendário
marcas reforcem ainda mais sua presença no automobilismo. norte-americano.
A Penske Racing começou a competir na Fórmula 1 em 1971. hoje, Além da parceria com a Penske, as empresas do Grupo
além de disputar a Fórmula Indy, a escuderia participa da principal Shell têm diferentes programas de cooperação tecnológica
categoria da Nascar, a Sprint Cup – campeonato de Stock Car. Assim na área, como a parceria com a Ferrari na Fórmula 1,
como a Ferrari na Fórmula 1, a Penske também tem um piloto com a Ducati na MotoGP e com a hendrick Motorsports
brasileiro guiando seus carros, helio Castroneves. na Nascar.
AEROShELL ASCENDER
O lubrificante
de nova geração
da Shell
A Shell Aviation está lançando no Brasil o AeroShell Ascender, primeiro lubrificante do mercado que, além de ter alta estabilidade
uma nova tecnologia voltada para motores a turbina. térmica, produz baixa carbonização, não agride os selos do motor e
Atualmente há dois tipos de lubrificantes de Aviação: o de segunda evita vazamentos de óleo nesse componente.
geração, com elevado nível de carbonização, projetado na década As principais vantagens da avançada fórmula se traduzem
de 1970, e o de terceira geração, produzido nos anos 90, com em maior confiabilidade; redução do tempo de paralisação da
baixo nível de carbonização, mas que pode apresentar problemas de aeronave para reparos; redução dos custos de manutenção dos
vazamento nos selos do motor, uma vez que seu aditivo pode reagir motores; e economia e melhor performance durante o voo.
com os diferentes materiais utilizados na confecção dos selos. Desde dezembro de 2010, por meio do interesse da TAM
De tecnologia inovadora, o AeroShell Ascender foi desenvolvido em verificar os benefícios dessa nova tecnologia, o AeroShell
para atender às exigências dos potentes motores de turbina Ascender está voando nos motores IAEV2500 de duas
utilizados pelo mercado. O principal benefício do novo óleo é ser o aeronaves A319, que realizam a ponte aérea Rio – São Paulo.
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 5
6. NEGÓCIOS
cOMeRciAL
GLOBAL
novos produtos e
expansão do
negócio no país
C
A partir de 2011, as áreas de om crescimento de 30% no
volume comercializado e de
Lubrificantes e de Vendas para Clientes 14% de participação no mer-
cado de lubrificantes em
Comerciais (B2B) da Shell na América 2010, o Brasil mostra mais
Latina passam a fazer parte de uma uma vez por que é alvo prioritário dos inves-
timentos do Grupo Shell. Prevendo essa
nova estrutura, denominada Comercial expansão, a empresa investiu fortemente
Global. Essa nova divisão global de em 2010 na Fábrica de Lubrificantes, loca-
lizada na Ilha do Governador, no Rio de
negócios permitirá que essas áreas Janeiro. Além disso, outras modificações
serão feitas na planta, ainda este ano, por
aumentem suas sinergias e enfrentem causa da revisão do portfólio. Novos lubrifi-
o desafio de expandir o negócio nos cantes serão desenvolvidos para as linhas
automotiva e industrial, o que reforçará a
próximos anos, com foco no cliente e liderança da marca e da tecnologia da
empresa no mercado brasileiro.
excelência operacional. Para André Araujo, presidente da Shell Bra-
sil, os bons resultados alcançados pela área
6 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
7. Guilherme Perdigão
Vice-presidente de Comercial Global
para a América Latina
são decorrentes do trabalho desenvolvido expatriado em houston, ele entende que
em conjunto pela companhia e pelas empre- esta é uma chance de desenvolvimento num
sas parceiras. “Lubrificantes teve um cresci- contexto globalizado, e a flexibilidade de ser
mento significativo no ano de 2010 e tem expatriado permite crescer junto a outras
amplo espaço de crescimento no país. Esse áreas desafiadoras.
resultado é fruto do desenvolvimento de “Uma operação global integrada traz
parcerias comerciais com clientes estratégi- conhecimentos diferentes, e essa nova
cos, como Vale e Scania, e a tendência é que estrutura da área de Lubrificantes vai per-
continuemos a ganhar força nesse merca- mitir que o funcionário atue globalmente.
do”, destacou Araujo. O desafio traz boas perspectivas de carreira,
Nas palavras do vice-presidente de Comercial permite maior contato com pessoas de
Global para a América Latina, Guilherme Per- outros países e promove uma inserção
digão, a Shell passa a ter, a partir de agora, a É a oportunidade de regional/global maior do que em outras
maior estrutura da indústria em escala mun-
dial, o que evidencia sua vantagem competiti-
fazer parte do maior áreas”, destaca Almeida.
va. “Nenhuma outra empresa do segmento
tem uma área tão ampla quanto a que a
negócio global voltado Mudanças na operação
empresa está criando para a área de Lubrifi- para Clientes Comerciais No Brasil, a área de Comercial Global
cantes”, afirma. englobará somente as operações de Lubrifi-
Para Perdigão, o principal desafio é conse- e Lubrificantes ” cantes por meio da Shell Brasil Petróleo, já
guir crescer com rentabilidade e manter o que a área de comercialização de combustí-
alto nível de excelência operacional. veis vai operar no escopo da Raízen, a joint
“A indústria de combustíveis e lubrificantes crescimento, uma das tendências do Grupo venture proposta com a Cosan. Apesar de se
cresceu 14% em 2010, e precisamos acom- é fazer do Brasil um dos centros de excelên- alocarem em estruturas diferentes, as áreas
panhar o desenvolvimento dos grandes gru- cia operacional global para a área. Por isso, continuarão interagindo por intermédio de
pos empresariais de setores-chave, tais há vários cargos regionais e globais da estru- um ponto focal no Brasil, que gerenciará o
como mineração, construção, concessioná- tura de Comercial Global que operam com relacionamento entre as empresas no que se
rias e ferrovias, por exemplo. A meta para os base no Brasil. refere à comercialização de lubrificantes,
próximos três anos é duplicar o resultado Um desses exemplos é Leila Prati, diretora que inclui a venda de lubrificantes Shell na
das operações de Lubrificantes no Brasil”, global de Marketing para a marca Shell rede Shell de postos.
ressalta Perdigão. helix. Leila é responsável por definir estra- “Algumas pessoas interpretam a separação no
Uma das estratégias para impulsionar o tégias globais para o produto e fazer as adap- Brasil das operações de Combustíveis, dentro
crescimento no Brasil em setores-chave da tações necessárias a cada mercado que da joint venture com a Cosan, e Lubrificantes,
indústria e fidelizar os clientes é oferecer comercializa o lubrificante. na Shell Brasil Petróleo, como uma limitação
produtos diferenciados que atendam aos Segundo a diretora, a expansão da área das oportunidades de carreira pela aparente
quesitos exigidos atualmente pelo mercado oferece ainda mais oportunidades de redução dos negócios de Downstream que ope-
e que, ao mesmo tempo, causem menos deslocamento para os funcionários das ramos no Brasil. Mas acontece justamente o
impacto ambiental. áreas de Lubrificantes e Comercial, já contrário. Com esse investimento sem prece-
que sob uma mesma estrutura eles têm dentes no Brasil, a Shell fará parte, por meio da
Crescimento profissional mais flexibilidade para assumir outros Raízen, de uma das maiores empresas privadas
cargos e possibilidade de desenvolver do Brasil, com ativos três vezes maiores do que
A nova estrutura não representa uma opor- diferentes habilidades. tínhamos na operação de combustíveis, o que
tunidade de crescimento apenas de negó- Quem corrobora essa ideia é Antônio se configura como uma excelente chance de
cios, mas também pessoal e profissional. Almeida. Com 17 anos de empresa e um na desenvolvimento profissional. Ao mesmo
Afinal, os funcionários que fazem parte des- função de diretor de Desenvolvimento de tempo, temos a oportunidade de fazer parte do
se novo escopo terão mais um desafio: Negócios de Supply Chain para as Américas, maior negócio global voltado para clientes
entender a cultura dos países vizinhos e Almeida é o responsável pelas estratégias de comerciais e lubrificantes da indústria de
saber como lidar em mercados com caracte- investimento e desinvestimento da Shell na petróleo, e ainda ser líder mundial em lubrifi-
rísticas tão diferentes. região e cuida, também, da análise de estra- cantes e em tecnologia e inovação de combus-
Por ser um país-chave e estar em franco tégia e portfólio dos negócios. Atualmente tíveis”, concluiu Perdigão.
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 7
8. VIVA BEM
SHiATSU
Como estou grávida, isso é muito importan-
te. Faço shiatsu desde os quatro meses de
gestação e adoro!”, diz Vanessa com entu-
siasmo.
A atividade também ganhou adesão entre os
homens. José Pinheiro, da área de Logística,
resolveu participar para aliviar dores muscu-
Uma pausa em benefício de todos lares. “Além do relaxamento muscular, sinto
mais disposição para as tarefas diárias e um
equilíbrio melhor para as tomadas de deci-
são. A massagem é no corpo, mas a mente
No meio da rotina também fica mais relaxada e mais bem pre-
parada para os desafios”, acrescenta.
agitada de trabalho, um Na Barra, o mérito de tantos benefícios está
intervalo garantido pela nas mãos da fisioterapeuta Cristiane Olivei-
ra da Costa. “Na Shell não há perfil específi-
empresa para relaxar e co: todos procuram a atividade, homens,
ganhar uma boa mulheres, jovens. A maior queixa dos fun-
massagem. Parece cionários é tensão no músculo trapézio (na
nuca e no ombro). As mudanças são visí-
sonho, mas já acontece veis. Os próprios funcionários, quando che-
desde outubro na Shell. gam, dizem que estão com dor de cabeça ou
muscular, agitados, e depois melhoram de
tudo isso”, conta Cristiane.
A
Patrícia Muniz, da Controladoria, é a prova
agenda fica lotada toda semana de que Cristiane está certa. Ela vinha sentin-
e ainda há lista de espera. “Rece- do muitas dores de coluna nos últimos
bemos um feedback muito posi- meses. Depois que conheceu o programa de
tivo de relaxamento e melhora shiatsu, aderiu à prática e tem sentido mui-
no trabalho. O shiatsu diminui o tas melhoras na saúde: “Eu até durmo
estresse e a adrenalina, melhora o sistema cir- melhor. Sinto uma sensação de alívio, como
culatório, ajuda em problemas osteomuscu- se tivessem me tirado um peso. A minha
lares e garante um tempinho para a pessoa postura ao sentar no meu ambiente de tra-
cuidar de si”, explica Maurício Souza, Geren- balho melhorou muito”.
te Saúde da Shell. Atividade de Shiatsu, que faz parte O simples gesto de sair um pouco da cadei-
do Programa Viva Bem, já beneficiou
São 22 atendimentos na Barra por semana, cerca de 400 funcionários, desde
ra de trabalho e “arejar” já é relaxante em si.
sempre às terças-feiras, das 9h às 18h, no a sua implantação em 2009 A secretária Vera Siqueira também descreve
consultório do prédio. A massagem é feita a sensação de alívio após as massagens, o
por uma terapeuta especializada e dispõe de qual não é apenas físico, mas também men-
acessórios para ajudar no relaxamento, como sagens durante o expediente nos workshops tal: “Apesar de a sessão durar apenas 15
fones de ouvido com músicas calmantes. As que frequentava sobre melhorias para a vida minutos, sinto melhora na tensão muscu-
sessões duram 15 minutos. Na Ilha do dos funcionários na empresa. “Era o meu lar e na saúde física em geral”.
Governador, a atividade começou a ser prati- sonho de consumo. Agora faço semanal- A atividade faz parte do programa Viva
cada em novembro e ocorre às quintas-feiras. mente. Quando saio de casa já lembro que Bem, da Shell, que visa investir na qualida-
“Na Ilha, começamos o shiatsu com metade ‘hoje é dia de shiatsu’. Sinto como se ganhas- de de vida dos empregados. Entre os prin-
do dia (13h às 18h), pois não sabíamos como se uma nova dose de entusiasmo”, revela. cipais pilares da iniciativa da empresa,
seria a demanda. Como a procura foi grande, Para Vanessa Moura Rosa, assistente admi- estão o incentivo a atividade física, uma ali-
colocamos o dia inteiro (das 9h às 18h)”, elo- nistrativa de Exploração e Produção, o shiat- mentação saudável, o controle do tabagis-
gia Barbara Turibio, enfermeira do Trabalho. su é uma ajuda para viver com mais tranqui- mo e o aconselhamento de saúde para fun-
Tania Martinz Gil de Alcantara, assistente lidade a gestação. “No dia a dia acabamos cionários de risco. O programa começou
de Pagamentos, conta que trabalha na Shell ficando tensos e ansiosos, o shiatsu me ajuda em setembro de 2009, e cerca de 400 fun-
há 35 anos e sempre sugeriu a oferta de mas- a relaxar e ter um tempinho só para mim. cionários já foram atendidos.
8 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
9. Evento, que faz parte do
Programa Viva Bem,
reuniu funcionários e seus
parentes no Rio
Certificado celebra
12 anos sem
acidentes com
afastamento
Caminhando com a Shell, Atingir a marca de zero acidente. Essa é a meta
funcionários e parentes da Shell para todas as suas operações. A segu-
rança e o bem-estar dos funcionários é uma pre-
Criado em 2009 e responsável pelo estímulo à qualidade de ocupação constante na companhia, que trata
vida dos funcionários da Shell, o programa Viva Bem realizou o com rigor as questões que envolvem segurança.
I Evento de Corrida e Caminhada Shell, no dia 25 de março. A Para celebrar um tempo recorde sem acidentes
iniciativa reuniu mais de 30 pessoas na Lagoa Rodrigo de Freitas, com afastamento num de seus postos de traba-
no Rio de Janeiro. lho, a Shell entregou no dia 29 de março o
Karen César, uma das organizadoras do programa e responsável primeiro Goal Zero Safety Certificate à empre-
pela coordenação das atividades de corrida, explicou que, neste sa de engenharia FMC Technologies, pelos 12
evento, os parentes foram convidados a participar para aumentar anos sem acidentes com afastamento no Centro
a motivação dos funcionários: “Com esse tipo de ação, pretende- de Suporte ao Cliente, em Macaé.
mos garantir o bem-estar dos profissionais por meio da mudança Essa certificação é parte do programa global
de comportamento, o que inclui estímulos a práticas esportivas, de Segurança do Trabalho
orientação nutricional e cessação do tabagismo”. da Shell junto aos fornece-
Além da caminhada, foram oferecidas sessões de shiatsu, café da dores que buscam atender
manhã e atendimento médico. Uma equipe estava no local para às normas e às expec-
medir a pressão arterial dos participantes e fazer outras avalia- tativas de segurança da
ções médicas. Houve ainda distribuição de brindes e um sorteio companhia. A premiação
surpresa no fim do evento. teve a participação de
Karen lembrou que a Shell estimula seus funcionários a participar funcionários da Shell e da
de corridas e subsidia 50% do custo da inscrição. No entanto, o I FMC, que reconheceram a
Evento de Corrida e Caminha Shell foi o primeiro encontro externo importância do certificado
organizado pela Shell com suporte dos seus parceiros. e discutiram o desafio de
De acordo com Karen, é uma forma de conscientizar os funcio- ficar por tanto tempo sem
nários e seus parentes da importância da atividade física para o acidentes graves.
bem-estar. O encontro também estreita as relações interpessoais Para Luiz Humberto, gerente Comercial e Marke-
entre os profissionais, o que gera um impacto positivo no clima ting da FMC, o certificado de segurança da Shell
organizacional. é muito importante para a FMC: “Trata-se do
“A Shell se preocupa com saúde dos colaboradores e considera reconhecimento de todo o trabalho desenvolvi-
importante a participação de suas famílias. Também acreditamos do para chegarmos à meta de zero acidentes
que a prática de esportes estimula a superação e a liderança, tão buscada pelas indústrias. Sermos os primei-
sobretudo a corrida, que demanda concentração e estratégias ros a receber esse reconhecimento da Shell no
para melhorias de desempenho. Dessa forma, os funcionários de- país nos dá ainda mais força para continuar
senvolvem essas competências, o que tem um impacto positivo com nossa determinação de termos a seguran-
nas atividades realizadas no escritório”, afirmou. ça como principal foco do nosso trabalho”,
conclui.
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 9
10. EM CENA
PRêMiO SHeLL
abram-se as cortinas para o teatro nacional
Se o Prêmio Shell de Teatro conquistou reconhecimento
no país por valorizar o talento dos protagonistas desta
arte, sua 23ª edição reforçou ainda mais esse prestígio e
coroou os melhores trabalhos de 2010. Ao todo, foram
80 indicações divididas em nove categorias no Rio de
Janeiro e em São Paulo.
D
esde a sua estreia em 1989, o prê- Paulo, o evento, ocorrido no dia 15 de mar- ficado é maior, ainda mais por ter um júri
mio visa promover novos talen- ço, além da satisfação dos artistas premia- tão forte como esse. Momentos assim nos
tos e reconhecer a contribuição dos, proporcionou a consagração da atriz fazem parar e fazer uma retrospectiva do que
dos artistas para a cultura nacio- Maria Alice Vergueiro – a homenageada fizemos em nossas vidas e avaliar se valeu a
nal. A cada edição, grandes especial da edição paulista. A apresentadora pena. E receber esse reconhecimento da
nomes se juntam a promissoras revelações em Beth Goulart lembrou que Maria Alice luta categoria confirma a escolha que fiz”, disse
cerimônias que, acima de tudo, têm o teatro há mais de 50 anos pelo teatro e, por isso, a Maria Alice, após receber o troféu.
brasileiro como grande estrela. homenagem é mais do que merecida. Os vencedores Luciano Chirolli (As três
O clima de celebração marcou as festas de “Ganhar esse prêmio é uma honra. Já recebi velhas) e Bete Dorgam (Casting) também
entrega do Prêmio Shell de Teatro. Em São um Shell anteriormente, mas agora o signi- ressaltaram a importância da premiação.
“hoje é uma noite em que todos são vence-
dores”, celebrou a atriz ao ganhar o prêmio
por seu desempenho nos palcos paulistas.
Além disso, Chirolli acrescentou que “pro-
jetos assim são importantes para incentivar
os artistas a desenvolver uma carreira como
a de Maria Alice”.
A peça Escuro, líder de indicações da edição
em São Paulo, venceu em três categorias.
Theodoro Cochrane ganhou o troféu de
Figurino. Pelo trabalho de cenografia reali-
zado no espetáculo, foi premiada a dupla
Marisa Bentivegna e Leonardo Moreira.
Além de ganhar por Cenário, Leonardo
Moreira foi reconhecido ainda pela autoria
da obra.
Já na categoria Direção, o consagrado foi
Rodolfo García Vázquez, que concorria
com duas indicações. Fernanda Maia con-
quistou o troféu pela direção musical de
A escultura do prêmio, Lamartine Babo, e Caetano Vilela foi pre-
conquistada no Rio por Marcos
Nanini e Mariana Lima miado pela Iluminação de Dueto para um.
O Grupo Dolores Boca Aberta Mecatrônica
10 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
11. Grupo de artistas contemplados com o Prêmio Shell de Teatro 2010 no Rio de Janeiro
de Artes ganhou na Categoria Especial pela Jô Bilac levou a melhor na disputa como
pesquisa e criação de A saga do menino dia- melhor autor por Savana glacial. Na
mante – uma ópera periférica. categoria Direção, o prêmio foi para João
No Rio de Janeiro, o destaque foi o espetá- Fonseca pelo trabalho em Maria do Cari-
culo Pterodátilos, vencedor nas três catego- tó. Entre os figurinos, Marcelo Pies ven-
rias em que concorreu: Marco Nanini e ceu com Hair. Já na Iluminação, o júri
Mariana Lima, por suas atuações, e Daniela elegeu Tomás Ribas por Rock Antygona. A
Thomas pelo cenário. A festa aconteceu no singular linguagem corporal do espetá-
dia 22 de março, no Jockey Club da Gávea. culo Fragmentos de Desejo rendeu a André
No palco, Nanini lembrou que disputou a Curti e Artur Ribeiro a premiação na
primeira edição do prêmio, em 1989, e Categoria Especial.
comemorou ter recebido enfim a homena- A tarefa de escolher os melhores entre
gem. O ator também agradeceu à Shell a tantos excelentes trabalhos encenados
manutenção da premiação por tanto tem- nos palcos do Rio de Janeiro coube ao
po: “O teatro precisa muito disso”. júri: Fabiana Valor (atriz e bailarina),
A grande homenageada da noite, Nathalia João Madeira (diretor do grupo Afro Reg-
Timberg, destacou a importância do teatro gae), Jorginho de Carvalho (iluminador),
e da premiação para sua carreira. “Vida no Sergio Fonte (dramaturgo, diretor e ator)
teatro é um sonho vivido em estado de vigí- e Tânia Brandão (pesquisadora e profes-
Maria Alice Vergueiro,
lia. hoje estou vivendo o sonho do reco- homenagem especial no Prêmio sora de história do Teatro Brasileiro). Em
nhecimento pelos meus pares”, afirmou. Shell de Teatro, São Paulo, os responsáveis pelas escolhas
Os artistas do Rio de Janeiro também em São Paulo foram Alexandre Mate (professor e pes-
salientaram o valor que o Prêmio Shell de quisador teatral), Merece Salomão (auto-
Teatro representa para a categoria. “Este é ra teatral e jornalista), Mario Bolognesi
um momento especial do teatro, que mere- (professor e pesquisador de teatro), Noe-
ce de nós todo o respeito”, completou mi Marinho (atriz, dramaturga e direto-
Nathalia Timberg. ra) e Valmir Santos (jornalista).
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 11
12. POSTOS DE SERVIÇO
Parceiros
PERFEITOS
São quatro as companhias parceiras responsáveis pela rede
de postos de serviço Shell na Alemanha, na Áustria e na Suíça.
Mas como conseguem que uma organização tão complexa
funcione tão suavemente? Vamos dar uma olhada na imagem
mutável da manutenção de postos de serviço.
A
bomba de combustível está “Na realidade, existe uma razão crucial para ção’, trabalhando nos bastidores.”
fazendo um barulho estranho? nossa decisão de terceirizar a área pouco a Então, quais são as minúcias por trás do
O ar-condicionado parou de pouco”, explica Erich Brun, gerente da Facili- conceito?
funcionar? Qual é a melhor ty Management Company (FMC) para o
maneira de redesenhar e refor- grupo DACh, que reúne a Alemanha, a Áus- uma confiança profunda
mar a loja do posto? Esses são apenas alguns tria e a Suíça. “Em setembro do ano passado,
exemplos da variedade de aspectos que nós finalmente nos desligamos da parte ope- As quatro companhias com que a Shell tra-
podem fazer parte das atividades de manu- racional do negócio. Desde então temos sido balha são tratadas como parceiros, com
tenção de postos de serviço. o que se poderia chamar de ‘volante de dire- igualdade (ver box). Operando lado a lado
12 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
13. e não como concorrentes, elas se comuni-
cam entre si e decidem sobre a melhor
maneira de lidar com as questões à medida
que estas se manifestam.
“Normalmente, o processo transcorre
muito suavemente, nos bastidores, sem
Agora, estamos
nenhuma intervenção da equipe técnica colhendo os
do varejo”, diz Erich. “Percorremos um
longo caminho juntos até termos condi- benefícios,
ções de delegar a esse ponto a manuten-
ção dos postos, e agora estamos colhendo
após delegar a
os benefícios.” manutenção
É tal a confiança que a Shell tem em seus
parceiros, que até lhes conferiu responsa- dos postos”
bilidade por questões mais delicadas,
como o complexo planejamento do orça- Erich Brun
mento para as operações do dia a dia. A Gerente da Facility Management
Shell simplesmente especifica o arcabou- Company (FMC) para o grupo DACh
ço financeiro geral e deixa o resto por
conta dos parceiros. Internamente, Erich
e seus colegas trabalham juntos em
estreita colaboração com o Centro de
Excelência Técnica da Rede Varejista –
uma equipe central da Shell que perma-
nece a postos para oferecer orientação e Impulsionando o progresso juntos
dicas, além de ajudar a implementar
diretrizes e padrões globais. Johnson controls
Com o desenvolvimento do trabalho, os Em parceria com a Shell em 28 países, a Johnson Controls cuida da manutenção
parceiros passaram a adaptar cada vez de 14.000 postos de serviço na Europa, na Ásia e nas Américas. Encarrega-se da
mais suas estruturas à da Shell. Agora, a gestão das instalações, o que inclui manutenção contínua, substituição de bombas
Coteba e a Johnson Controls já não de combustível e suporte em questões técnicas e emergências.
lidam com a Alemanha, a Áustria e a Suí-
ça como países separados, mas sim como coteba
um grupo, como faz a Shell. Trabalhando com a Shell em toda a Europa, na América do Sul e também no
Canadá, a Coteba é uma empresa de gestão de projetos para investimento,
Partilha de valores como, por exemplo, construção de novos postos, demolição de postos obsoletos,
reformas de vulto e projetos que requerem autorização.
Todos os parceiros encaram a segurança
com muita seriedade, adotando o Goal URS
Zero nos postos de serviço e trabalhando A URS, que vem operando com a Shell em toda a Europa desde o início de
exclusivamente com contratados treinados setembro de 2010, presta serviços ambientais como limpeza após o derrame de
e credenciados em hSSE. Eles se reúnem combustível em instalações, proteção ambiental, engenharia geotécnica e gestão
regularmente para discutir segurança e do lixo.
compartilhar suas respectivas experiências e
ideias sobre melhoramentos, além de CB Richard Ellis
implementar suas próprias campanhas de Companhia do setor imobiliário comercial, a CB Richard Ellis proporciona gestão
Safety Day (Dia da Segurança). de portfólio e gestão de transações à Shell Retail em 16 países europeus. Negocia
E, o que não é o menos importante, os par- e lida com contratos de arrendamento, gerencia o portfólio de propriedades de
ceiros estão em pé de igualdade com a Shell domínio absoluto da Shell, que se compõe de mais de seis mil imóveis, e se
quando se trata de buscar o máximo de efi- encarrega do subarrendamento de outras mil propriedades.
ciência por meio de novos contratos, con-
ceitos e enfoques.
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 13
14. PARCERIA
O grande
DESAFIO ENERGéTICO
Programa de conscientização une Shell e National Geographic
Temos de admitir que
a parceria de uma
empresa energética
internacional com uma
das maiores editoras
de material educativo
e ambiental do mundo
possa despertar
ceticismo. Mas,
como explica o vice-
presidente executivo
de Comunicação da
National Geographic,
os verdadeiros
beneficiários da
parceria com a Shell
são os cidadãos
E
informados e nquanto a população mundial se de Desafio Energético. Trata-se de uma ini-
preocupados com a aproxima rapidamente dos sete ciativa destinada a aprofundar a compreen-
bilhões, como faremos para aten- são do consumidor a respeito das questões
questão energética. energéticas e que, ao mesmo tempo, ajuda a
der à crescente demanda de ener-
gia de forma responsável e sus- Shell a compreender melhor as atitudes e as
tentável? Essa é a pergunta que devemos prioridades do consumidor.
fazer a nós mesmos, como sociedade e como Betty hudson acaba de comemorar dez
indivíduos. Para nos ajudarem a compreen- anos de trabalho na National Geographic, na
der melhor o alcance e a profundidade da supervisão das atividades estratégicas de
atual situação energética, a Shell e a Natio- comunicação. Falando por telefone da Vir-
nal Geographic lançaram um programa de ginia, EUA, ela responde enfaticamente à
parceria de três anos denominado O Gran- pergunta: “Quem contatou quem?”
14 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março de 2011 2011
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de
15. rar as soluções e fornecer às pessoas infor- “Uma percentagem muito grande dos atu-
mações que possam levá-las a agir.” ais negócios da Shell tem a ver com petró-
A National Geographic já estava à procura de leo, mas a companhia assume seriamente a
um veículo para conduzir esse enfoque mais responsabilidade de lidar com a questão
proativo quando, nas palavras de Betty: energética e desenvolve opções inovadoras
“Com a harmonia que rege os aconteci- para o fornecimento de uma energia mais
mentos neste mundo, um pacote de bro- limpa e mais eficiente aos clientes. Observa-
churas sobre os Cenários Energéticos da mos uma atitude aberta à consideração das
Shell para 2050 chegou à minha mesa. realidades do planeta e estamos muito satis-
Minha reação foi: ‘Uau, nós devíamos fazer feitos com os resultados da parceria.”
alguma coisa juntos!’”
Engajamento com a mídia
um recurso unificado
The Great Energy Challenge é uma inicia-
Esse telefonema foi o ponto de partida para tiva do programa de Identidade Corpora-
uma edição da National Geographic dedica- tiva da Shell, que mantém parcerias com
da à energia e patrocinada pela Shell, publi- diversos veículos da mídia, tais como BBC
cada em junho de 2009, a primeira vez em World, Newsweek, CNBC, Euronews, Inter-
que a revista foi impressa em diversos idio- national Herald Tribune, Scientific Ameri-
mas. Seu êxito inspirou uma sessão de ca, Financial Times, Harvard Business
brainstorming que resultou em The Great Review e The Economist.
Energy Challenge, ou O Grande Desafio Nos últimos dez anos, a National Geogra-
Energético, lançado em maio de 2010. phic se diversificou em televisão a cabo
The Great Energy Challenge é um concen- como organização concessora de subsídios
trador, ou hub, no website da National Geo- para fins científicos. A emissora atinge 350
graphic, que oferece notícias e artigos sobre milhões de pessoas por mês por meio de seu
energia, além de ferramentas divertidas, website e muitas outras centenas de milhões
como a Personal Energy Meter (Medidor por seu canal de televisão e suas publica-
Pessoal de Energia), a Energy Diet (Dieta ções. E a organização tem dois milhões de
Energética) e Global Footprints (Pegadas fãs no Facebook.
Globais), que testa e desafia os conheci- A credibilidade da National Geographic não
mentos dos usuários sobre questões passa despercebida entre educadores e estu-
ambientais. Uma vez registrado, o usuário dantes universitários, nem nas salas de aula
pode utilizar um recurso unificado e obter em que existe uma fome de informação
uma mudança positiva da maneira como relativa à energia. Chegar até esses educados
“Eu contatei a Shell”, afirma ela, com seu encara – e consome – a energia. tomadores de decisão do futuro é uma tare-
entusiasmo característico. “Durante os últi- Nem a Shell nem a National Geographic fa empolgante, tanto para a Shell quanto
mos cinco anos, nós, da National Geogra- foram ingênuas com relação à possível para a National Geographic.
phic pensamos muito sobre como engajar repercussão de sua aliança. “Pensamos O enfrentamento do desafio receberá uma
nosso público nas questões do momento. seriamente sobre a parceria, como fazemos grande contribuição do The Great Energy
Sempre publicamos histórias excelentes, no caso de todo parceiro potencial”, diz Challenge à medida que ele estimular um
mas nosso enfoque relativo ao ambiente Betty. “Tivemos uma conversa muito fluxo de comunicação nos dois sentidos.
era: ‘Vamos apresentar o trabalho de manei- objetiva sobre a possibilidade de sermos “Eu gostaria que formássemos uma comu-
ra convincente, e as pessoas notarão, ficarão acusados de ‘green-washing’ ou colocados nidade de pessoas que nos dessem suas pró-
interessadas no assunto e motivadas a deci- numa posição difícil devido à parceria, prias dicas e ideias”, diz Betty. “Se conse-
dir o que fazer’. Mas agora acreditamos que mas reconhecemos que a Shell se reposi- guirmos uma participação ativa dos
explorar o planeta significa também explo- cionou como empresa energética.” indivíduos, será fabuloso.”
Janeiro/Fevereiro/Março/Abrilde 2011 llNOTÍCIAS SHELL 15
Janeiro/Fevereiro/Março de 2011 NOTÍCIAS SHELL 15
17. Recém-criada, a Shell Brasil Petróleo vai E com relação ao nível de produção no país,
como foi o ano?
reunir os negócios de Upstream, Trading Em 2010, atingimos um recorde no volu-
(área de comercialização de petróleo bruto), me diário produzido, com 115 mil barris de
petróleo nos campos de Bijupirá & Salema
Lubrificantes e produção de novas e Parque das Conchas. Ainda no ano passa-
tecnologias do Grupo Shell no país. do, atingimos a produção bruta de 34
milhões de barris nas áreas operadas pela
empresa, ultrapassando em 30% a meta
C
estabelecida para o ano. A Shell é a petrolí-
om mais de US$ 3 bilhões Como foi o desempenho das atividades de fera internacional com maior produção no
investidos somente em Explo- Upstream? Brasil, e esperamos continuar com nossa
ração e Produção (E&P) e No segundo semestre, comunicamos à posição de liderança na área. Para isso, con-
mais de R$ 20 milhões já Agência Nacional do Petróleo, Gás Natu- tamos com a segunda fase do Parque das
destinados à Pesquisa & ral e Biocombustíveis (ANP) a presença de Conchas, que não é uma promessa, e sim
Desenvolvimento (P&D) de projetos rela- hidrocarbonetos em duas perfurações, que um projeto aprovado. Seu desenvolvimen-
cionados às atividades de Upstream, a nova chamamos de Massa e Gato do Mato. Ain- to está a pleno vapor para chegarmos ao
empresa nasce grande, líder entre seus pares da é muito cedo para avaliar a comerciali- primeiro óleo em 2013.
internacionais e com forte potencial de dade desses poços, mas posso dizer que as
crescimento. O Brasil, considerado um dos descobertas são encorajadoras. Agora é Também houve avanços na área de Lubrifi-
seis destinos prioritários para investimentos aguardar o ano de 2011, em que novas per- cantes?
em E&P no contexto global da Shell, será a furações serão necessárias para termos uma Sem dúvida. O mercado cresceu 11% em
sede ainda da Raízen, joint venture formada análise adequada da comercialidade desses 2010, e o nosso volume comercializado de
com a Cosan para operacionalizar o negó- anúncios. lubrificantes aumentou 30% em 2010, em
cio de Downstream, com foco especial em especial graças a parcerias comerciais com
biocombustíveis. clientes estratégicos. Além disso, fizemos no
“Somos uma companhia de primeiros, que ano passado uma série de melhorias no pro-
tem o pioneirismo como meta, e pretende- cesso de produção e distribuição de nossa
mos continuar a desempenhar esse papel no fábrica de lubrificantes, localizada na Ilha do
Brasil”, garante o presidente da Shell Brasil Governador, como a introdução de paletiza-
Petróleo, André Araujo. ção, o que melhora nosso nível de serviço
para nossos clientes. Esse é um negócio reco-
O ano de 2010 foi bastante movimentado nhecidamente com espaço enorme para
para a Shell no Brasil. Poderia fazer um
balanço dos principais resultados?
A Shell é a desenvolvimento, e temos tido todo o supor-
te do time global para isso. A tendência é
Tivemos um ano extremamente positivo
com relação a resultados financeiros e indi-
petrolífera continuarmos a ganhar força nesse mercado.
cadores de saúde e segurança. Em termos de internacional Diante de tantas conquistas, o que o senhor
estratégia, o que mais sobressaiu foi a conso-
lidação de nossos investimentos. Anuncia- com maior espera para 2011?
O ano promete ser histórico, de consolida-
mos a criação da joint venture (JV) com a
Cosan, que vai operacionalizar nosso negó- produção no Brasil ção e crescimento. Particularmente estou
muito satisfeito. A companhia vem desen-
cio de Downstream.
E, na área de Upstream, fechamos em outu-
e esperamos volvendo sua posição no país há 98 anos, e
esperamos que, quando comemorarmos o
bro a aprovação da segunda fase do Parque
das Conchas, o que garantirá crescimento e
continuar com centenário em 2013, essa organização vá ter
um perfil e uma performance ainda melho-
manutenção de nosso fluxo de produção. É
um projeto gigantesco, com um volume de
nossa posição res. Todos os membros do comitê executivo
investimentos enorme, configurando uma de liderança” do Grupo Shell nos dão total suporte em
relação a perspectivas de futuro no país.
clara demonstração de que o país é extrema- Estou seguro de que trabalhar na Shell Brasil
mente estratégico, no contexto global, para Petróleo — entidade que surge a partir da
André Araujo
nosso segmento de E&P. conclusão da formação da JV — vai ser
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 17
18. FuNDAÇãO SHELL
SHELL BRASIL PETRÓLEO
extremamente motivador e desafiante. Em diversos de nossos blocos, esperamos per- dades e nas potenciais consequências. Essa
A Shell Brasil Petróleo, que terá sua sede no furar até dez poços nos próximos dois anos. preocupação faz parte de nosso dia a dia. Des-
Rio de Janeiro, já nasce grande, numa posi- Além disso, em lubrificantes, estamos investin- tacamos bastante a dimensão e escopo disso
ção estratégica dentro do Grupo Shell e com do em nossa fábrica na Ilha do Governador. para nossos funcionários. Não é só uma ques-
potencial de crescimento muito forte. Vamos crescer em vendas e melhorar ainda tão de mostrar o que fizemos, mas um traba-
mais nossa excelência operacional. lho intenso. As questões socioambientais real-
Quais os destaques nesse plano de crescimento? mente são parte integrante do projeto.
Além das atividades relativas à segunda fase do De que forma a companhia pretende supe-
Parque das Conchas, teremos em 2011 um rar os desafios específicos do desenvolvimento Há uma grande expectativa na indústria
desafio extremamente motivador: nosso pri- de atividades de exploração em terra? quanto à realização de novas rodadas de
meiro projeto de E&P onshore, ou seja, em Iniciamos em 2010 uma avaliação socioam- licitação. Como a Shell vê esse horizonte?
terra, na Bacia de São Francisco. Para este ano, biental da região e, este ano, vamos focar nas Os leilões são importantes para a empresa,
já planejamos a realização de análise sísmica. comunidades que estão perto de nossas ativi- porque mantêm o ciclo das operações. Além
18 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
19. Teremos em 2011
um desafio
extremamente
motivador: nosso
primeiro projeto de
E&P onshore,
na Bacia de São
Francisco”
André Araujo
disso, trazem benefícios muito grandes para
o país, pois asseguram investimentos regula-
res e pagamentos de prêmios de entrada, que
disponibilizam recursos para o governo
poder investir em outras áreas. É importan-
te, portanto, que essas rodadas retornem o
mais rapidamente possível. Vamos analisar a
atratividade dos contratos e das áreas a serem
leiloadas, mas posso adiantar que o Grupo
vai ter interesse em avaliar qualquer rodada
que seja colocada em vigor. Nosso intuito
consiste em olhar com muita atenção as pró-
ximas oportunidades, que, sem dúvida, são
uma forma de garantir novos investimentos.
Em que estágio está o processo de revisão do
portfólio, com venda de ativos em Upstream?
Não temos ainda uma posição final sobre isso.
Vale destacar que essa iniciativa, conhecida
na indústria como farm in e farm out, é uma
atividade extremamente normal e natural
do negócio. Constitui um processo regular
de avaliação de portfólio, da mesma forma
que buscamos aquisições e eventualmente a
possibilidade de entrar em outras áreas.
Não há prazo definido para conclusão.
Vamos ter de aguardar as negociações com
possíveis interessados para avaliar o interes-
se do Grupo por seguir em frente com a
venda desses ativos ou não.
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 19
20. SHELL BRASIL PETRÓLEO
Este ano, vamos focar nas
comunidades que estão perto
de nossas atividades
e nas potenciais consequências.
Essa preocupação faz parte
do dia a dia”
André Araujo
20 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
21. Nova empresa terá
perfil e performance
aprimorados para
atuar nas frentes
de atividade da
Shell no país
Recordes em saúde,
segurança e meio ambiente
O ano de 2010 foi marcado por estatísticas positivas em saúde,
segurança e meio ambiente. A Shell bateu o recorde de um milhão
de horas trabalhadas no transporte de combustíveis com um índice
de zero acidentes, informa o presidente André Araujo. Segundo
ele, em Upstream também há bons exemplos por seguir. Desde
2003, quando começou a produzir em Bijupirá e Salema, a
empresa não registrou acidentes na operação do ativo. E há dois
anos não ocorre nenhum vazamento de petróleo no mar. “Não
podemos, no entanto, cair no triunfalismo, pois o espaço para
melhorias é muito grande. Trata-se de uma jornada incansável, e
estamos ainda longe do mundo ideal”,frisa Araujo.
Conduta ética
norteia negócios
A Shell Brasil Petróleo será uma empresa focada no relacionamento
com os seus públicos de interesse. É o que assegura o presidente
André Araujo. Segundo ele, contribuirá para isso o Código de
Conduta do Grupo Shell, ferramenta que pauta todos os negócios
para o perfeito alinhamento da atuação dos funcionários aos
princípios e valores da companhia. “Já somos, mas vamos ficar
ainda mais focados, externamente, no relacionamento com
clientes, fornecedores e governo, e precisamos estar seguros
de que todos na empresa seguem os mais elevados padrões
nessa interação”, destaca Araujo. O documento determina
os parâmetros para relação em todas as partes do mundo. A
atualização do Código de Conduta no final de 2010 teve como
objetivo assegurar que o material acompanhasse a evolução dos
governos com que a Shell se relaciona.
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 21
22. SHELL BRASIL PETRÓLEO
deSenvOLviMenTO
de tecnologia no Brasil
Com investimentos de cerca de R$ 20 milhões
e a inauguração de dois laboratórios de
pesquisa no Brasil em 2011, implantados
em parcerias com universidades, a Shell
reafirma a importância da área de Pesquisa
e Desenvolvimento (P&D) e reforça a posição
estratégica do Brasil para a empresa.
A
Shell é uma das empresas de a Universidade Federal do Rio Grande
energia que mais investem em do Sul (UFRGS). Atualmente, contém
P&D, globalmente, na cons- o maior tanque de experimentos do
tante busca de novas tecnolo- mundo para esse tipo de pesquisa, que
gias e produtos. No Brasil, investiga a modelagem física de reser-
cerca de R$ 20 milhões investidos pela vatórios de petróleo como os existen-
Shell em pesquisas no Brasil ultrapassam tes no Brasil.
o mínimo exigido pela Agência Nacional Ainda este ano, entrará em funciona-
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustí- mento o laboratório de Biocombustí-
veis (ANP) – órgão regulador do setor –, veis Avançados, na Universidade de
que é de 1% do faturamento bruto gerado Campinas (Unicamp). As pesquisas
nos campos de alto volume de produção sobre biocombustíveis de segunda
de petróleo. Esse esforço ganhará impulso geração, que se utilizam de resíduos
neste ano, com a inauguração de labora- para produção de energia, já se encon-
tórios de P&D implantados em parceria tram em andamento desde 2008 e
com universidades. serão reunidas nos laboratórios instala-
“Não estamos falando apenas de projetos dos no prédio a ser inaugurado. Esse
futuros, mas de ações que consolidam investimento confirma a importância
investimentos já realizados. E avaliamos do país na estratégia global do Grupo.
continuamente novos programas, buscan- Para o futuro, as perspectivas continuam
do formas de promover o desenvolvimento positivas. “Estamos avaliando vários pro-
de tecnologia local no Brasil”, destaca o jetos. Temos grandes expectativas de que,
presidente André Araujo. a partir de 2012 e com o início das ativi-
No segundo semestre, será inaugurado dades de produção da segunda fase do
um laboratório voltado para a Modela- BC-10, teremos novos recursos para con-
gem Estratigráfica de Reservatórios em tinuar destinando à área de pesquisa”,
Águas Ultraprofundas, em parceria com afirma Araujo.
22 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
23. Expandindo as
ações de
investimentos sociais
A Shell tem muito por comemorar em 2011
na área de Performance Social. Além
do aniversário de dez anos do Iniciativa
Jovem, programa destinado a ajudar os
jovens empreendedores a desenvolver o seu
próprio negócio, e dos tradicionais projetos
da empresa, mais dez novos projetos de
capacitação e geração de renda serão
iniciados em comunidades da área de
influência da empresa. No total, serão cerca
de R$ 6 milhões em investimentos diretos ou
por meio de incentivos fiscais por desenvolver
no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e em
Minas Gerais.
No ano passado, a Shell já destinou
cerca de R$ 2,3 milhões a programas
como o Iniciativa Jovem, o Promover, o
Monitoramento por satélite da baleias
jubarte, o programa Junior Achievement,
os Prêmios Shell de Teatro e Música e a
Parceria Mundial de Segurança Viária.
Tanto o Iniciativa Jovem quanto o Promover
são voltados para a capacitação e geração
de renda de forma sustentável, maneira
encontrada pela empresa de compartilhar
seus conhecimentos de empreendedorismo
e inovação com a sociedade.
“Esses são dois projetos que se mantêm fortes
em 2011 e vamos continuar trabalhando para
que eles cresçam ainda mais. É importante
que os funcionários da Shell saibam da
relevância e acompanhem de perto as ações
realizadas por esses programas”, enfatiza o
presidente André Araujo.
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 23
24. SHELL BRASIL PETRÓLEO
Desafios
‘onshore’
Ações de
Um dos maiores desafios para a área de investimento
Performance Social será a implementação social terão
dos projetos na bacia do São Francisco, em novos projetos
contemplados
Minas Gerais. Por ser o primeiro projeto
em 2011
onshore da Shell no Brasil, é necessário ter
uma noção mais clara do impacto das ati-
vidades sísmicas nas comunidades locais e
nos patrimônios naturais.
“Estamos trabalhando desde o ano passado
neste projeto, realizando avaliações das con-
dições socioeconômicas da região e dos
stakeholders locais. No momento, está sendo
feita a avaliação dos impactos socioambien-
tais que as operações podem provocar no
entorno da comunidade”, ressalta Simone
Guimarães, Gerente de Comunicação Cor- Novos projetos contemplados em 2011
porativa e Performance Social.
•Projeto Grael (Niterói/RJ): focado em promover a cultura da
maritimidade e ribeirinha, ampliando o acesso aos esportes náuticos
como instrumentos de educação, estímulo à profissionalização,
construção da cidadania e inclusão social;
•Capacitar (RJ): oferece capacitação náutica e formação psicossocial
Implementar os com preparação para o mercado de trabalho;
•Ação Comunitária do Brasil – Kina Mutembua (RJ): trabalho que
projetos na bacia do integra capoeira com as danças afro e contemporânea;
São Francisco será •Passageiros do Futuro (RJ): visa formar futuros técnicos das artes
um desafio, pois cênicas;
será necessário ter noção •Curta na Praça (RJ): projeto de exibição de curtas-metragens em
praças e escolas municipais de comunidades de baixa renda;
mais clara do impacto • visões da vida: o projeto oferece à população sessões gratuitas de
das atividades sísmicas cinema;
nas comunidades locais •Meninos do Morumbi (SP): associação formada por crianças e
adolescentes que têm na prática musical uma forma de criar alternativas
e nos patrimônios às drogas e à delinquência juvenil;
naturais” •Fundo da Infância e da Adolescência (FIA-MG): recursos destinados
ao atendimento de políticas, programas e ações voltadas para o
André Araujo
público infanto-juvenil em situação de risco social e pessoal.
24 NOTÍCIAS SHELL l Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011
25. OFFSHORE
O multitasker por
exceLênciA
Se a Shell e a Qatar Petroleum tivessem perfurado da forma habitual
os 22 poços do Campo Norte, do Pearl GTL, ainda os estariam
perfurando. Em vez disso, as duas companhias adotaram uma
abordagem mais inovadora e concluíram o trabalho quase um ano mais
cedo, com uma economia de uS$ 46 milhões – simplesmente porque
empreenderam simultaneamente as tarefas de sonda e de plataforma.
O
perações simultâneas, ou
SIMOPS, é o máximo em
multitasking (ou multitare- Pearl GTL: otimização
fas). O sistema permitiu que proporcionou um recorde
em perfuração
o Pearl GTL, a maior insta-
lação de conversão de gás em líquidos
(GTL) do mundo, desenvolvesse uma cam-
panha de perfuração que bateu recorde. Roy
Quaden, engenheiro sênior de Conclusão e
Intervenção em Poços, explica como a equi-
pe de entrega de poços revolucionou a per-
furação no Qatar com o uso do SIMOPS.
“Enfrentamos desafios desde o começo”,
conta Roy. “Logo no início do projeto, em
2005, a equipe percebeu que, com os proce-
dimentos de costume, não seria possível
perfurar os poços a tempo para a instalação
de plataformas offshore permanentes. De
modo que havia um grande problema por
resolver. Felizmente nosso parceiro, a Qatar
Petroleum, sempre nos desafia a fazer um
trabalho excelente e inovador.”
O trabalho começa pela abertura do poço
no reservatório, seguindo-se a instalação
de um tubo de produção que chega até a
superfície. Em seguida, o poço é perfura-
do, o que cria o acesso ao reservatório e
permite o fluxo do gás. Para um melhor
escoamento, faz-se um tratamento com
Janeiro/Fevereiro/Março/Abril de 2011 l NOTÍCIAS SHELL 25
26. OFFSHORE
ácido a fim de estimular o poço. Por últi- casco da plataforma se eleva aproximada- mais outro ano para concluir o projeto.”
mo, limpa-se o poço para remover todos os mente 35 metros acima do nível do mar.” A segurança sempre tem alta prioridade, mas
fluidos de estimulação e perfuração. No A maior altura da plataforma solucionou a aplicação do sistema SIMOPS num
caso dos poços do Campo Norte no Qatar, problemas operacionais, mas acarretou a ambiente de gás sulfuroso exigiu atenção
o processo inteiro costuma levar 75 dias. necessidade do upgrade de muitos outros sis- especial para a segurança. Antes da aprovação
temas. Os cabos-padrão dos botes salva-vidas do conceito, foram realizadas minuciosas
Mantendo o interesse e dos guindastes que lidam com a carga eram avaliações de risco para permitir a compreen-
curtos demais, e foi preciso readaptá-los. O são de todos os riscos principais e residuais.
“A equipe estudou a fase de perfuração e pessoal da intervenção em poços teria de Segundo Roy, a abordagem estruturada dos
constatou que, com otimizações, podería- subir o equivalente a nove andares, mas com processos de execução de projetos da compa-
mos fazer uma redução de 10 a 15 dias, o temperaturas de 40° C a 50°C isso era inviá- nhia, que inclui auditorias e revisões de pron-
que nos deixaria com cerca de 60 dias, mas vel, de modo que um elevador foi instalado. tidão, foi extremamente útil.
achamos que isso ainda não bastava”, expli- E, como havia necessidade de muito mais Embora esteja orgulhoso deste projeto, que
ca Roy. “O momento decisivo aconteceu pessoal offshore, foi preciso ampliar as facili- estabeleceu recordes e do qual participou,
quando compreendemos que, para poupar dades de acomodação na plataforma. Roy fala em nome da equipe inteira ao dizer
um tempo significativo, todo o trabalho de que os totais de que mais se orgulha não são
intervenção em poços – as operações de per- um arranjo fora do comum aqueles referentes a tempo e dinheiro poupa-
furação, estimulação e limpeza – precisaria dos, mas sim à performance geral do projeto
ser feito fora de linha. De repente nos vimos “Não há dúvida de que o arranjo é muito em termos de segurança. “Desde o primeiro
diante de 40 a 45 dias por poço. São peculiar”, admite Roy, olhando para a foto dia, quando o pessoal da entrega de poços
momentos como esse que tornam interes- da plataforma de perfuração autoelevável chegou ao Qatar, até a data da conclusão, nós
sante a vida na Shell.” no alto de suas pernas compridas. “Os per- trabalhamos quase seis anos e meio, ou 4,8
Foi assim que a equipe passou a considerar o furadores experientes vão olhar para essa milhões de horas-homem, sem um só aciden-
SIMOPS, que, como o nome sugere, per- foto e pensar, ‘ei, que coisa estranha’”, te com afastamento (LTI). Isso é algo de que
mitiu a execução simultânea das tarefas de comenta ele, rindo. “Mas, se tivéssemos estamos realmente muito orgulhosos. No
sonda e plataforma. recorrido à prática habitual de operações de final das contas, podemos citar os 300 dias e
“Graças ao SIMOPS, enquanto perfuráva- perfuração e intervenção em sequência em os milhões poupados, mas o total mais
mos um poço, podíamos prosseguir com a todos os nossos 22 poços, teríamos levado importante é o de zero de LTIs”.
intervenção em outro, perfurado anterior-
mente. Sabíamos que, para que desse cer-
to, precisávamos instalar sob a sonda uma
plataforma provisória especificamente
concebida. Em ocasiões anteriores, em
outros projetos de SIMOPS, a plataforma
ainda suportava algumas operações, mas
no caso em questão as SIMOPS foram exe-
cutadas com uma pequena plataforma,
realmente independente, que se encarre-
gou apenas do trabalho de intervenção e
nada mais, o que constituiu uma inova-
ção”, diz Roy.
Mas essa abordagem inovadora criou alguns
problemas novos que requeriam solução.
“Para fazer trabalho de intervenção em poços
com ferramentas de 18 metros de compri-
mento, é preciso haver espaço sob a platafor-
ma para podermos posicionar o equipamen-
to. É preciso também deixar espaço nessa
área para um sistema de guindaste. Esses Além de ganhos em
fatores acarretaram a elevação da plataforma prazo e custo, a
marca de zero LTI
principal. Normalmente a sonda ficaria 15 a
20 metros acima da água, mas neste caso o
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27. Operador
talentoso
Os novos motores de controle digital faci-
litam a perfuração de poços mais profun-
dos e através de rochas mais duras. Mas as
sondas costumam ter vários quilômetros
de comprimento, o que dificulta a tarefa Na perfuração,
de manter as brocas firmes. Agora, os téc- ganhos em custo
e velocidade
nicos podem fazer com que até as sondas
mais longas e poderosas girem com regula-
ridade. E podem também perfurar mais
depressa e a custo mais baixo.
As reservas de petróleo e gás de fácil acesso conhecido pelo nome de “torque suave” –
estão ficando escassas. A fim de acessar usa informações sobre a sonda, a velocida-
novos recursos, as companhias precisam de de rotação durante a perfuração e o
perfurar poços cada vez mais profundos, acúmulo de tensão na sonda para calcular
que se estendem por milhares de metros os ajustes necessários da velocidade do
no subsolo. Um dos maiores desafios é motor. Em seguida, o software comunica
manter a regularidade da rotação dessas esses ajustes ao computador do motor por
sondas, do topo até o fundo, pois, caso meio de sinais eletrônicos.
contrário, podem ocorrer danos ao equi- “Graças ao software, a rotação da sonda torna-
pamento e atrasos na perfuração. se uniforme”, diz John. “Podemos perfurar
“A broca de uma sonda pode parar enquan- com velocidade até 40% maior, e o equipa-
to o motor continua funcionando”, expli- mento não sofre tantos danos, o que significa
ca John Runia, gerente global de Imple- uma economia de 15% no custo do poço.”
mentação de Poços da Shell. “Uma vez
liberada, a broca passa a girar com veloci- Sinais mais rápidos
dade até cinco vezes maior para recuperar
o terreno perdido, enrolando e desenro- Os motores de sonda desenvolvidos mais
lando a sonda como se ela fosse um elásti-
co.” As vibrações retardam a perfuração e
Em todo o recentemente são mais potentes e podem
perfurar mais depressa. Mas o software
danificam o equipamento. mundo, 15 sondas “torque suave” não era compatível com os
controles mais avançados e os circuitos
um nó absoluto nos ajudam a mais complexos desses motores. O percur-
so dos sinais através dos circuitos levava
Durante décadas, os operadores se viram obri- viabilizar novos mais tempo, o que causava atrasos nos
gados a interromper a perfuração a intervalos
frequentes para substituir brocas danificadas,
recursos, até os ajustes do motor e impedia a uniformida-
de da rotação da sonda.
sem saber qual era a causa do problema. Até contidos em rochas John e alguns colegas da Shell, juntamente
com a companhia de perfuração Noble,
que no início dos anos 90 os técnicos instala-
ram sensores nos tubos de perfuração, a fim de duras e a grandes aperfeiçoaram o programa de software e o
medir as vibrações e a rotação das sondas, e
descobriram a existência dessas grandes dife- profundidades” integraram ao computador do motor, a
fim de evitar atrasos.
renças na velocidade de rotação acima e abaixo “Quinze sondas em todo o mundo já estão
da superfície. John Runia usando o novo sistema”, informa John. “Isso
Uma equipe de pesquisadores da Shell Gerente global de nos ajuda a viabilizar novos recursos, inclusi-
desenvolveu um programa de software Implementação de Poços ve aqueles contidos em rochas duras e a gran-
para facilitar essa tarefa. O software – des profundidades de subsolo.”
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