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Material de apoio para curso básico de edição de vídeo (1ª Aula)



Edição linear

O conceito por trás da edição linear é simples: segmentos do material original de um ou mais
tapes são copiados para outra fita. No processo, as tomadas ruins são eliminadas, os
segmentos escolhidos são ordenados e efeitos de áudio e vídeo incluídos.

O sistema de edição linear só permite cortes lineares, isto é, a cena 1 seguida da cena 2,
seguida da cena 3, e assim por diante. Isto requer organização e planejamento. O editor deve
estudar bem o material, anotar a localização dos takes que pretende usar e preparar um
roteiro de edição, definindo a ordem das tomadas, tipo de transição entre os takes, a entrada
de títulos e créditos, trilhas e efeitos sonoros.

A ilha de edição linear é composta de um ou mais videocassetes player - onde é colocada a fita
de vídeo com a gravação original, um recorder , onde é colocada a fita que será editada e um
edit controller , que controla as duas ( ou três ) máquinas. A fita contendo a edição final é
chamada de master .

O editor utiliza o contador digital do painel do edit controller, para localizar segmentos na fita
original e anotar os pontos de entrada (início) e/ou saída (final) dos takes que serão utilizados
na fita master. O painel 00:00:00:00 mostra em horas, minutos, segundos e frames (quadros
de vídeo), a localização dos takes na fita. O contador pode ser programado para a leitura dos
sinais de CTL ou Time Code. CTL - Control track - são pulsos de controle, gravados na fita,
simultaneamente, com os sinais de vídeo e áudio. Estes pulsos servem de referência para a
localização dos segmentos na fita de vídeo. O sistema NTSC utiliza 30 pulsos, por segundo.

Este método de referência tem duas grandes desvantagens. Primeiro, depende inteiramente
do equipamento, para manter uma contagem precisa dos milhares de pulsos de control track.
E esta é uma tarefa difícil para aparelhos mecânicos.

Durante a edição, o operador está constantemente enviando a fita para a frente ou para trás,
em diferentes velocidades para marcar os pontos de edição. Se o equipamento perde a conta
dos pulsos, ainda que por uma fração de segundos, a numeração que indica a localização do
segmento não terá precisão e apresentará diferença de vários frames no contador.

Editores experientes ficam de olho no contador digital, enquanto a fita se move, para detectar
paradas momentâneas, que significam que o equipamento perdeu a exatidão na contagem dos
pulsos de controle (CTL). Estes problemas são causados por defeitos na fita de vídeo, ou na
gravação do control track. Por isso, use sempre fitas de bons fabricantes e fique atento
durante a gravação, para não deixar pedaços de fita virgem, entre os segmentos gravados.

S egundo, a contagem dos pulsos de control track só é válida durante aquela sessão de edição.
O equipamento não tem memória para arquivar a lista de decisões EDL (edit decision list) ,
tornando impossível a reedição automática da fita, caso se deseje fazer mudanças no master.
O método de edição linear foi o primeiro a ser adotado e ainda é o mais utilizado no mercado.
E embora seja a maneira mais rápida de se montar uma seqüência simples, é um método de
trabalho bastante limitado e restrito, quando comparado aos modernos e sofisticados
sistemas de edição não-linear.

Edição Não-Linear

E ditar vídeo utilizando um sistema de edição não-linear é como escrever, utilizando um
programa sofisticado de edição de texto. Palavras, frases e parágrafos podem ser incluídos,
eliminados e reordenados, a um clicar de mouse.

O primeiro passo do processo de edição não-linear é a digitalização das imagens. Os
segmentos de vídeo do material original são transferidos para o hard disk do computador. Os
takes digitalizados viram arquivos do sistema, e como tal, podem ser acessados e processados,
quase que instantaneamente e em qualquer ordem.

Os sistemas de edição não-linear tem uma interface gráfica, bastante amigável e oferecem
sofisticados recursos de vídeo (efeitos especiais, caracteres, correção de cor, etc.) e áudio
(filtros e efeitos sonoros). Alguns sistemas permitem até que se altere (comprimindo ou
expandindo) a duração de segmentos de áudio e vídeo. A maioria dos sistemas utiliza uma ( ou
mais ) timelines - linhas de tempo - para representar a seqüência que está sendo editada. O
operador utiliza o mouse para selecionar e arrastar para a time line, os segmentos de áudio ou
vídeo, transições e efeitos especiais, que irá utilizar e para ordená-los.

O vídeo, do latim eu vejo, é uma tecnologia de processamento de sinais eletrônicos, analógicos
ou digitais, para capturar, armazenar e transmitir ou apresentar imagens em movimento. A
aplicação principal da tecnologia de vídeo resultou na televisão, com todas as suas inúmeras
utilizações, seja no entretenimento, na educação, engenharia, ciência, indústria, segurança,
defesa, artes visuais.

Vídeo

O termo vídeo ganhou com o tempo uma grande abrangência. Chama-se também de vídeo
uma gravação de imagens em movimento, uma animação composta por fotos sequenciais que
resultam em uma imagem animada, e principalmente as diversas formas de gravar imagens
em fitas (analógicas ou digitais) ou outras mídias.

Estas formas de gravação e armazenamento de imagens se corporificam através de diferentes
formatos e mídias com características de codificação próprias, como vemos descrito abaixo.

Formatos de vídeo

Tanto nas fitas quanto nos discos os formatos são na verdade “os tamanhos” (que implicam a
largura do material magnético, tamanho da caixa e na forma pela qual o sinal é gravado e lido).
Cada um é para um uso diferente com características técnicas e qualidades específicas. Para
cada formato de fita ou disco existe a câmera correspondente, bem como aparelhos
gravadores e reprodutores de mesa usados para edição e copiagem das imagens gravadas com
estas câmeras. Os formatos podem genericamente ser divididos em 2 famílias: Profissionais e
amadores. Os formatos profissionais são usados para captação ou masterização de programas
ou vídeos com fins comerciais, já os amadores são para captação doméstica ou para a
duplicação e distribuição junto ao público final. Alguns formatos amadores podem ser usados
para fins profissionais dependendo principalmente do tipo de equipamento usado na captação
das imagens. Em ordem de qualidade de imagem:

  Fitas Profissionais: BETA DIGITAL, DVCPRO, BETACAM, DVCAM

  Discos Profissionais: XDCAM, Blue Ray e HDVD

  Fitas Amadoras: MINIDV, SUPER VHS, Hi8, VHS, Hi8 Digital, Video 8

  Discos Amadores: DVD e MiniDVD.

Apesar da qualidade apenas razoável o formato de fita VHS é o mais difundido no mundo e o
que a cada dia vem sendo substituído pelo DVD. Mas é importante ressaltar que formato não a
única diferença entre as fitas, dentro de um mesmo formato podem existir diferentes sistemas
de TV que podem tornar fitas incompatíveis entre sí.

Exemplos de características técnicas de alguns formatos de vídeo:

  Formato VHS = fita com ½ polegada de largura, caixa com 18,7X10 cm., aprox. 280 linhas de
definição, gravação de sinal de vídeo de forma composta.

   Formato BETACAM = fita com ½ polegada de largura, caixas com diversos formatos de
acordo com os tempos de gravação (com 10x16cm ou 15X25,5 cm), aproximadamente 450
linhas de definição, gravação de sinal de vídeo de forma componente (cor separada da imagem
e branco e preto).

   Formato MiniDV = fita com 1/8 de polegada de largura caixa com 6,5X4,9 cm, aprox. 400
linhas de definição, gravação de sinal de vídeo de forma digital com compressão de 4 por 1.

  Formato DVD = disco de plástico com informação digital gravada opticamente, 12 cm de
diâmetro, aprox. 450 linhas de definição, gravado digitalmente no formato MPEG2.

  Formato MiniDVD = disco de plástico com informação digital gravada opticamente, 8 cm de
diâmetro, aprox.450 linhas de definição, gravado digitalmente no formato MPEG2.

Formatos de DVDs

Os DVDs (Digital Video Discs ou Digital Versatile Discs) são uma evolução dos antigos Vídeos-
CDs, são discos com grande capacidade de armazenamento onde a imagem é gravada
digitalmente. Ela depois pode ser lida por um reprodutor autônomo ou por um leitor em
computador. Os DVDs tem uma boa qualidade de imagem e som graças a um bom padrão de
digitalização de vídeo (MPEG2) e de áudio (pode reproduzir o áudio com uma qualidade 4
vezes maior que um CD de música). Graças a um menu a informação do DVD pode ser
acessada na ordem que o espectador quiser permitindo interatividade. Existem os DVDs
estampados industrialmente onde a gravação é aplicada juntamente com a película metálica
durante a fabricação (processo para produção em alta escala) e os DVDs graváveis onde a
imagem ou dados são marcados em uma camada sensível por um gravador de DVD. Os
graváveis tem vários tipos: +R, -R, +RW e _RW e infelizmente não são compatíveis com 100%
dos leitores de DVD domésticos mais antigos. Existem também discos de alta definição (Blu-
Ray e HD DVD) que tem uma capacidade de armazenamento várias vêzes maior que um DVD
comum e por isto podem conter imagens com uma qualidade muito maior que normalmente
ocupam muito espaço.

Sistemas ou padrões de cor em vídeo

A invenção da televisão remonta ao princípio do século passado e, por volta de 1925, já
existiam equipamentos experimentais. Logo, foi uma tecnologia que dependia de diversos
fatores existentes na época para se desenvolver. Ao longo do tempo, cada país que
aperfeiçoava algum elemento (cor por exemplo) introduzia características técnicas próprias
que acabavam tornando a transmissão incompatível com a de outros países.

Cada padrão de TV implica uma forma diferente de gravar as imagens nas fitas ou DVDs,
independente do formato. Assim, são específicas a velocidade de gravação, a forma pela qual a
cor é gravada, o número de linhas que constituem imagem (não confundir com definição) e o
modo pelo qual a imagem é transmitida. Logo, uma fita ou DVD gravados em um país podem
não ser assistidos em outro ou, na melhor das hipóteses, somente podem ser vistos em branco
e preto.

Distribuição pelo mundo dos sistemas ou padrões de cor

  Video Display Standards

  Video Connection Standards




                             Distribuição dos tipos padrões de vídeos analógicos.

Digitais de Alta Definição

  ATSC (EUA, Canadá, México = Advanced Television Systems Committee)
DVB (Europa = Digital Video Broadcasting)

  ISDB (Japão = Integrated Services Digital Broadcasting)

  ISDB-TB (Brasil = Integrated Services Digital Broadcasting - Terrestrial Built-in)



Analógicos (antigos)

  MAC (Europa)

  MUSE (Japão sistema analógico de HDTV)

  NTSC (EUA, Canadá, Japão, Coréias, parte da América do Sul)

  PAL (Europa, Ásia, Austrália, etc.)

    PALplus (PAL com maior definição - Europa)

    PAL-M (PAL desenvolvido com características do NTSC - Brasil)

    SECAM (França, ex-USSR, parte da África Central)

Vídeo Digital

O vídeo digital (em inglês: Digital Video, ou DV) é um formato digital de vídeo que permite a
gravação em fitas magnéticas. O MiniDV é um dos mais populares formatos de fita para DV e
destina-se ao mercado amador e semi-profissional, com a grande vantagem de um tamanho
reduzido e qualidade superior, comparado ao formato VHS. O vídeo é gravado por meio de um
codec de vídeo DV, que pode ser capturado diretamente para ilhas de edição ou
computadores pessoais.

História

O formato de Vídeo Digital (DV, na sigla em inglês, de Digital Video) é um formato de vídeo
lançado em 1996 e que permite registrar vídeos em fitas cassete digitais sobre uma leve
compressão para cada imagem. Isto facilita a transferência diretamente do vídeo para um
computador para realizar a edição.




                    Fitas DV (da esquerda para a direita: DVCAM-L, DVCPRO-M, MiniDV)
As fitas cassete DV existem em sete formatos: DV, MiniDV, DVCAM, Digital8, DVCPRO,
DVCPRO50 e DVCPRO HD. Elas registram um vídeo digital comprimido graças a um método
DCT. A qualidade do vídeo digital é superior aos formatos analógicos atuais, como o video8,
VHS-C ou o Hi-8.

O formato DV foi desenvolvido por um amplo consórcio de empresas, agrupando a Matsushita
(dona da Panasonic), Philips, Sony, Thomson, juntas com a Hitachi, JVC, Mitsubishi, Sanyo,
Sharp e Toshiba, mais as empresas de informática Apple Computer e IBM, num total de mais
de 50 corporações. Esta aliança industrial histórica no mundo da eletrônica se uniu para definir
as especificações da nova geração de magnetoscópios do grande público.

Vídeo

A imagem é de resolução padrão de 720x576 pixels em PAL 50Hz e 720x480 pixels em NTSC e
variações do PAL em 60Hz dividos sobre duas tramas comprimidas em Jpeg, e a proporção da
imagem é de 1:25, com uma resolução horizontal de 500 linhas, um relação S/B (Signal/Bruto)
de 54dB e uma banda passante crominância de 14 MHz. O DV oferece desempenhos bem
superiores aos dos formatos analógicos Hi-8 e S-VHS.

Compressão

A compressão de dados se utiliza dos padrões MJPEG: JPEG e MPEG efectua-se segundo o
conteúdo da imagem em intra-quadro ou em intra-imagem. Isso serve para eliminar as
redundâncias entre os dois quadros de uma imagem, quando existem, e obter uma melhor
eficácia de compressão. Em alguns casos, não se leva em conta a redundância temporal entre
as imagens, cada uma delas é codificada separadamente e não dependentes de nenhum outro
que permite uma montagem da imagem anterior. A perda inicial do sinal video 4:2:0 ou 4:1:1 é
de 125 Mbits/s. Ele é reduzido, após compressão à 25Mbits/s com uma taxa de compressão da
ordem de 5:1.

Áudio

O formato DV pode tratar 4 pistas échantillonnées a 32 kHz e codificadas em 12 bits, ou 2
pistas em 48 kHz e codificadas sobre 16 bits.

Formatos e fitas

Há diferentes tipos de fitas para o formato DV. Certas fitas são dotadas de um pequeno chip
de memória que permitem arquivar um verdadeiro catálogo de seqüências registradas e de
imagens fixas com os dados de índice, tais como a data ou a hora de captura, além de
informações relativas aos parâmetros da câmera durante as gravações, tais como a abertura
do diafragma ou a velocidade do obturador. Esse chip não pode ser utilizado além das câmeras
que possuem esta função.

DV:

As fitas DV (medida "L") medem aproximadamente 120 x 90 x 12 mm e podem conter até 4,6
hora s de gravação (ou 6,9 horas no modo Long Play).
MiniDV:

As fitas MiniDV (medida "S") medem aproximadamente 65 x 48 x 12 mm e estão disponíveis
em versões de 30 min. (ou 45 min. no modo Long Play), 60 min. (90 min. em LP) e 80 min. (120
min. em LP).

DVCAM (desenvolvido pela Sony):

Originou-se da versão profissional do DV. Mas o DVCAM aparece, hoje em dia, mais no setor
institucional do que no setor profissional. Dificulta assim qualquer solicitação intensiva de
montagem pelo fato da banda estreita (1/4") não estar adaptada às condições de
torneamento.

As Fitas DVCAM são dispostas em duas dimensões que são as mesmas do DV. A menor (S), que
ofereçe duração de 12, 22, 32 e 40 minutos, e a grande (L), que permite atingir 64, 94, 124 e
184 minutos.

DVCPRO (desenvolvido pela Panasonic):

As Fitas DVCPRO permitem registro de 66 min a uma taxa de 25 Mbit/s. Essas cassetes são
também utilizáveis em modo DVCPRO50. Mas, como a velocidade de registro pode ser
duplicada, a duração de registro se encontra dividida por dois (33 min.), o que é indicado pelos
dois números "66/33" quem constam nestas cassetes. As cassetes DVCPRO são de dimensão M
(dimensão da mão).

DVCPRO50 (desenvolvido pela Panasonic em 1998):

O DVCPRO50 duplicou a velocidade de registro do DVCPRO ee combinou dois codecs DV em
paralelo para registro de video digital a uma taxa de 50 Mbit/s.

DVCPRO HD (desenvolvido pela Panasonic em 2000):

O DVCPRO HD aumenta ainda a velocidade da cassete e combina quatro codecs DV em
paralelo para atingir 100 Mbit/s. As cassetes DVCPRO HD são de dimensão XL.

Existem leitores Sony que podem ler diferentes tipos de formatos (MiniDV, DV, DVCAM,
DVCPRO...).

Digital8:

O Digital8 também utiliza o codec DV, mas em fitas do formato 8 mm ou Hi8. Tendo em conta
que as fitas oferecem a vantagem de alcançar 500 linhas de resolução contra 400 do Hi8 ou
255 do 8 mm. Reutiliza, por muito mais vezes, as fitas analógicas sem perda de qualidade se
comparado ao Mini DV gerando econômia pro usuário. Video8 e Vídeos Hi8 tiveram um grande
sucesso no passado, o Digital8 foi concebido para os consumidores como transição entre o
analógico e o digital. A qualidade vídeo e audio do Digital8 é comparável à DV. O Digital8
permite em camcoders a reprodução das antigas fitas 8 mm e Hi8 sem nenhuma perda de
qualidade e ainda permite passar as imagens pro computador ,através da conexão Fire wire
IEEE 1394,para em seguida serem gravadas num DVD.
Conector DV

Existem dois tipos de conectores que são utilizados para transferir a informação que foi
registada sob a forma digital sobre o suporte anterior ao formato DV. Seus conectores não
fazem o papel transporte a fim de obter de um ficheiro vídeo DV de tipo 1 ou 2. Certos
camescopes que possuem os conectores S VHS/RCA áudio passam pela entrada e permitem
gravação dos sinais analógicos DV. Certos camescopes lêem/enumeram as informações de K7
8mm Hi8 para a saída DV. A Canopus comercializa um conversor A/N para sinal analógico com
um par de conectores (2RCA áudio/1S VHS vídeo).

Codec

CoDec é o acrônimo de Codificador/Decodificador, dispositivo de hardware ou software que
codifica/decodifica sinais.

Tipos

Existem dois tipos de codecs:

•       Sem perdas (lossless, em inglês)

•       Com perdas (lossy, em inglês)

Codecs sem Perdas

Os codecs sem perdas são codecs que codificam som ou imagem para comprimir o arquivo
sem alterar o som ou imagem originais. Se o arquivo for descomprimido, o novo arquivo será
idêntico ao original. Esse tipo de codec normalmente gera arquivos codificados que são entre 2
a 3 vezes menores que os arquivos originais. São muito utilizados em rádios e emissoras de
televisão para manter a qualidade do som ou imagem.

Exemplos desse tipo de codec são o flac, shorten, wavpack e monkey's audio, para som.

Para vídeo, HuffYUV, MSU[1], MJPEG,H.264 e FFmpeg Video 1.

Para imagens, temos os formatos PNG e TIFF.

Codecs com Perdas

Os codecs com perdas são codecs que codificam som ou imagem, gerando uma certa perda de
qualidade com a finalidade de alcançar maiores taxas de compressão. Essa perda de qualidade
é balanceada com a taxa de compressão para que não sejam criados artefatos perceptíveis.

Por exemplo, se um instrumento muito baixo toca ao mesmo tempo que outro instrumento
mais alto, o primeiro é suprimido, já que dificilmente será ouvido. Nesse caso, somente um
ouvido bem treinado pode identificar que o instrumento foi suprimido.

Os codecs com perdas foram criados para comprimir os arquivos de som ou imagem a taxas de
compressão muito altas. Por exemplo, o Vorbis e o Mp3 são codecs para som que facilmente
comprimem o arquivo de som em 10 a 12 vezes o tamanho original, sem gerar artefatos
significativos.
Exemplos de codecs com perdas são o Ogg Vorbis, MP3, AC3 e WMA, para som. Para vídeo,
temos o Xvid, DivX, RMVB, WMV, Theora e Sorenson. E para imagens temos o JPEG, JPEG 2000
e GIF.

Taxa de Bits

A taxa de bits ou bitrate, em inglês, é uma das medidas da qualidade de um arquivo
comprimido. A taxa de bits representa o tamanho final desejado para o arquivo e,
normalmente, é apresentada como Kbit/s.

1 Kbit/s significa que a cada segundo, o codec tem 1000 bits do arquivo final para utilizar, ou
seja, se um arquivo de som tem 8 segundos e é comprimido a uma taxa de 1 Kbit/s, o arquivo
final terá 8 Kbits ou 1 Kbyte. Conclui-se, então, que quanto maior for a taxa de bits, melhor
será a qualidade do arquivo final, já que o codec terá mais espaço para poder comprimir o
arquivo original, necessitando descartar menos informações do arquivo.

Com a popularização do MP3, a taxa de bits de 128 Kbits/s (128000 bits/s = 16 Kbytes/s) foi
muito utilizada, já que, no início, essa era a menor taxa de bits que o MP3 poderia utilizar para
gerar um arquivo final com boa qualidade. Hoje em dia, com os codecs mais avançados, pode-
se gerar arquivos com 64 Kbits/s de qualidade semelhante aos primeiros MP3.

As taxas de bits podem ser divididas em três categorias principais:

o arquivo terá uma taxa de bits média pré-definida.

Um tipo específico de VBR que garante que ao final do processo de compressão

•       ABR (average bitrate)

O codec utiliza uma taxa de bits variável, dessa forma otimizando a utilização do

espaço, ao permitir maior uso deste para os momentos mais necessários e reduzindo a taxa de
bits ao mínimo nos momentos de silêncio. A maioria dos codecs sem perdas utiliza esse
formato.

•       VBR (variable bitrate)

•       CBR (constant bitrate)

O codec utiliza uma taxa de bits constante em todo a duração do arquivo. Isso significa que em
momentos de silêncio provavelmente haverá desperdício de espaço, enquanto que em
momentos de muita intensidade sonora haverá perda maior de informação acústica.


DivX

O DivX ® é um codec de vídeo criado pela DivX, Inc. Ele foi produzido para ser usado em
compactação de vídeo digital, deixando os vídeos com qualidade, apesar da alta compactação,
utilizada para ocupar menos espaço no Disco rígido. Para alcançar tal compactação é
necessário muito processamento, o que pode fazer com que um computador
tecnologicamente defasado demore para realizar a operação ou tenha dificuldades para
realizar a exibição. O DivX é compatível com Windows, Linux, Solaris e Mac OS X.

Atualmente os arquivos DivX estão amplamente presentes nas redes dos programas de P2P,
devido ao seu reduzido tamanho e à ótima qualidade.

A licença do DivX é Freeware ou Software gratuito.

Método de compactação

O método de compactação DIVX funciona como um MP3 para vídeo. Mas, ao contrário do
MP3, que apaga sons sobrepostos que nosso cérebro não conseguiria reconhecer, o DIVX
torna repetitivas as imagens que não se modificam no decorrer dos frames (quadros) que
formam o vídeo. Simplificando: tomando-se uma cena onde a câmera é estática e fundo não se
modifica, o codec DIVX grava um único frame dessa imagem e repete-o até a imagem sofrer
alguma alteração. Na mesma cena, caso haja uma pessoa andando, somente os pixels em que
sua imagem se sobrepõe são modificados. O resto da cena pode ser considerado,
grosseiramente, como uma foto estática ao fundo do vídeo. Desta forma, são guardados muito
menos dados pelo vídeo compactado, resultando um arquivo de tamanho reduzido com uma
perda de qualidade pequena.

Assim como que em outros programas e plug-ins encontrados na Internet, para se converter
um arquivo de vídeo em formato não compactado para um em DivX é preciso comprar o DivX
Codec que é o software responsável por esta tarefa, porém, se seu objetivo é apenas o de
assistir os vídeos já compactados em DivX, é possível se fazer o download gratuito do tocador
(player) no site oficial da DivX, Inc ou em quaisquer sites de downloads.

H.264

H.264 é um padrão para compressão de vídeo, baseado no MPEG-4 Part 10 ou AVC (Advanced
Video Coding). O padrão foi desenvolvido pela ITU-T Video Coding Experts Group (VCEG) em
conjunto com a ISO/IEC MPEG que formaram uma parceria conhecida por Joint Video Team
(JVT). A versão final, formalmente chamada por ISO/IEC 14496-10), foi lançada em Maio de
2003

Projeto

A intenção do projeto H.264/AVC era criar um padrão capaz de fornecer boa qualidade de
vídeo com uma taxa de bitrate muito baixa em relação aos padrões já existentes (MPEG-2,
H.263...), mas sem aumentar a complexidade do projeto seria algo praticamente impossível de
ser implementado. Outra meta do projeto era fazer um padrão que fosse compatível a todas
as necessidades, isto é, compatível com vídeos de baixa e alta taxa de bitrate ou com baixa e
alta resolução.

Em Maio de 2003 a JVT lançou a primeira versão do padrão e em seguida desenvolveu
extensões da versão original do padrão, conhecidas por Fidelity Range Extensions (FRExt).

Perfis
O padrão tem sete configurações diferentes, chamadas perfis. Cada configuração foi feita
pensando em aplicações distintas.

Baseline Profile (BP)

  Indicada para sistemas com poucos recursos. É mais comum ser usado em vídeoconferências
ou aplicações móveis, por causa da sua baixa taxa de bitrate.

Main Profile (MP)

  Inicialmente desenvolvido para broadcast e armazenamento, foi aos poucos substituído pelo
perfil High Profile.

Extended Profile (XP)

  Criado para streaming media, este perfil tem um alta taxa de compressão.

High Profile (HiP)

  Tal como o MP, este perfil foi criado para broadcast e armazenamento, em especial para alta
definição. É o perfil adotado em discos HD DVD e Blu-Ray.

High 10 Profile (Hi10P)

  Está muito além das necessidades dos consumidores de hoje em dia. Este perfil é baseado
no HiP, adicionando 10 bits por frame para melhor precisão na decodificação da imagem.

High 4:2:2 Profile (Hi422P)

  Desenvolvido pensando em vídeos entrelaçados, este perfil tem por base o Hi10P com o
suporte ao formato 4:2:2.

High 4:4:4 Predictive Profile (Hi444PP)

  Baseado no perfil Hi422P, mas utiliza o formato 4:4:4 e tem um maior número de bits para a
precisão na decodificação de imagem (14 bits). Este perfil ainda tem a característica de, no
processo de compressão fazer o processo em três cores separadas.

Aplicações

  HD DVD
  Blu-ray
  DTH (Direct to Home – Sistemas de Televisão Padrão)

    Reino Unido BBC HD
    Estados Unidos DirecTV
    Estados Unidos Dish Network
    Bélgica Euro1080
    Alemanha Premiere
    Alemanha ProSieben
    Brasil SBTVD
Reino Unido/República da Irlanda Sky HD
    Itália SKY Italia
    Suécia SVT HD
    Portugal TDT

x264

x264 é um software de código aberto para codificação de fluxos de vídeo para o formato
H.264/MPEG-4 AVC. Ele é distribuído sob os termos do GNU General Public License. x264 foi
originalmente desenvolvido por Laurent Aimar, que parou o desenvolvimento em 2004, depois
de ser contratado pela Ateme. Loren Merritt, assumiu o desenvolvimento em seguida. Hoje, o
x264 é desenvolvido primeiramente por Loren Merritt, Jason Garrett-Glaser, Steven Walters,
Anton Mitrofanov, David Conrad, e Poirier Guillaume.



HDV




HDV é um formato de gravação de vídeo de alta definição (HD). HDV usa fita DV oferecendo
uma solução de baixo custo para produções em HD comparando com outros formatos.

História

O formato HDV foi desenvolvido pela JVC e Sony para atualizar o padrão de vídeo de definição
padrão DV para gravação de vídeo de alta definição. No início, o formato foi usado pelas
câmeras Canon e Sharp. Em setembro de 2003 quatro empresas formaram o Consorcio HDV.

A maioria das câmeras HDV usam fitas MiniDV/DVC.




                                   JVC ProHD camcorder
Canon XL-H1


Especificações

A tabela abaixo lista 3 formatos HDV: HDV , HDV e HDV . HDV não é oficialmente um padrão
separado, mas é incluido nas especificações do padrão HDV 1080i. Todas as câmeras HDV
1080p também podem gravar vídeos no padrão de vídeo 1080i.

         Formato                           HDV 720p                      HDV 1080i              HDV 1080p
           Mídia              Full-size DV ou fita cassete DVC compacta
                                                    Vídeo
       Tipo Scanning                                                  Interpolação
    Tamanho do quadro         16x9
Tamanho do quadro em pixels   1280 x 720                              1440x1080 (até 1920 x 1080 em playback)
     Pixel aspect ratio       1.0                                     1.33
       Sinal de Vídeo         720/60p, 720/30p, 720/50p,              1080/60i,           1080/30p, 1080/25p,
                              720/25p, 720/24p                        1080/50i            1080/24p
   Compressão de Vídeo        Video (profile & level: MP@HL)          Video (profile & level: MP@H-14)
 Freqüência para iluminação   74.25 MHz                               55.6875 MHz
 Formato Chroma sampling      4:2:0
       Quantization           8 bits
Compressão de vídeo taxa de   ~19.7 Mbit/s (20.172,80 Kbit/s)         ~25 Mbit/s (25.600,00 Kbit/s)
        bitstream
                                                    Áudio
        Compressão            -1 Audio Layer II,                      -1 Audio Layer II
        Freqüência            48 kHz
       Quantization           16 bits
  Modo de áudio e taxa de     Stereo (2-canais) a 384 kbit/s (192 kbit/s por canal);
          dados               opcional 4-canais a 96 kbit/s por canal.
                                                   Sistema
        Tipo Vídeo            MPEG-2 transport stream (MPEG-2 TS)
      Interface Vídeo         1394 no modo alpha (também conhecida como 400 ou i.LINK)
    Extensão de arquivo       .m2t (mais comum)



Vídeo de alta definição

O Vídeo de Alta Definição é uma tecnologia inovadora na área do cinema que permite filmar
com o máximo de qualidade prescindindo do uso de película, que era usada desde a origem do
cinema até aos nossos dias e cuja utilização é hoje, desta forma, posta em causa.
A Alta Definição (HD), um conceito em constante evolução, leva em conta o suporte do
registro (que pode ser óptico ou magnético), a sua forma de codificação (analógica ou digital),
a proporção de tela (4:3 ou 16:9), o número de linhas por quadro (720, 1080, etc.) e mesmo o
sistema desenvolvido pelas marcas líderes no mercado (HDDV, CineAlta, etc). As normas
internacionalmente aceitas para "broadcasting" (transmissão de TV aberta) são alvo de
disputas constantes, e ainda não são consensuais.

Para além dos sistemas de captação, há que se ter em conta os sistemas de emissão ou
exibição em consumo doméstico. O uso de cabeamento adequado nas ligações entre
dispositivos de recepção, monitores e televisores, como por exemplo os HDMI, permitem um
visionamento final com uma qualidade de brilho, contraste, definição, luminância e
crominância acima da média.

Atualmente, considera-se "Full HD" qualquer sistema com um mínimo de 1080 linhas,
proporção de tela 16:9 (mínimo de 1920 x 1080 pixels), varredura progressiva ou entrelaçada,
e cadência de 25 ou 30 frames por segundo.



Varredura progressiva

Varredura progressiva (português brasileiro) ou varrimento progressivo (português europeu)
(em inglês, Progressive Scan) é uma técnica utilizada para montar o conteúdo da tela. O modo
progressivo "varre" a tela inteira em uma única passada, transmitindo e exibindo todas as
linhas da tela a cada atualização.

Este processo é diferente do da varredura entrelaçada (Interlaced), mais comum. O modo
entrelaçado monta em cada passagem metade das linhas da tela, as linhas pares ou ímpares,
formando a ilusão de uma resolução maior e transmitindo apenas metade da imagem
formada. A varredura progressiva não pode ser utilizada com o conector RCA de vídeo comum
(plug amarelo), estando disponível apenas para outros tipos de conectores, como o vídeo
componente (Verde, Azul e Vermelho) e o HDMI. A partir daí é necessário configurar no menu
do televisor,monitor,dvd ou outra fonte reprodutora a função PROGRESSIVE SCAN. Quanto ao
áudio, (AUDIO IN) a conexão permanecerá da forma convencional.




Vídeo entrelaçado
Para entender melhor como funcionam os Sistemas de Geração de Imagens, é preciso voltar
um pouco no tempo e ver como foram criados esses sistemas. O primeiro deles foi o vídeo
entrelaçado. Nos anos 1930, os engenheiros e cientistas que trabalharam no desenvolvimento
da televisão resolveram o problema da limitada largura da banda de transmissão do sinal de
vídeo e a limitação dos aparelhos de televisão (nos quais a camada interna de fósforo possuía
um tempo de resposta muito lento), dividindo cada quadro da imagem em duas partes
(campos). Quem primeiro teve essa idéia foi o engenheiro norte-americano Philo Taylor
Farnsworth, inventor do tubo dissector de imagens. Farnsworth pensou em construir as
imagens por meio de linhas formadas por um ponto percorrendo a tela. Essa idéia surgiu
quando observou, na fazenda em que morava, os sulcos paralelos deixados pelo arado ao se
preparar o solo para plantio. Nesse método, chamado de entrelaçado (interlaced) e que é
usado até hoje, a imagem é formada na tela por centenas de linhas horizontais, cada uma com
milhares de pontos com informações sobre brilho e cor. Esses pontos são ordenados da
esquerda para a direita e de cima para baixo formando linhas, processo que é chamado de
varredura (scanning). Na varredura, as linhas ímpares são escaneadas primeiro e depois as
linhas pares. Isso ocorre tanto no sensor da câmera, para dividir a imagem em elementos
(pixels), como no tubo do televisor, para reconstruir a imagem. Um conjunto de linhas (pares e
ímpares) forma um campo; dois campos formam um quadro. A cada 1/30 segundo é formado
um quadro da imagem, repetindo-se 30 vezes em um segundo (nos sistemas NTSC e PAL-M). A
rápida sucessão na exibição dos diversos quadros estáticos, dá a sensação de movimento. Isto
ocorre por uma característica da visão chamada "Persistência Retiniana", que faz com que
nossos olhos continuem a ver a imagem de um quadro estático por uma fração de segundo
(1/12 de segundo aproximadamente) depois que ela desaparece. Se, antes de passado esse
tempo, outra imagem atingir nosso olho, ambas são fundidas numa continuidade.

É esse o princípio que está baseado a reprodução do movimento no cinema e no vídeo. É como
se a câmera estivesse tirando várias fotografias por segundo. No cinema, um segundo de
exibição tem vinte e quatro quadros; no vídeo, vinte e cinco ou trinta quadros dependendo do
sistema (NTSC, PAL, SECAM). A velocidade de exibição dos quadros em cada sistema depende
da “ciclagem” da rede elétrica local. Em um país onde a freqüência da rede elétrica é de 50
Hertz, ou seja, a “polaridade” da corrente elétrica muda de direção 50 vezes por segundo, a
imagem deve ser formada na tela do televisor seguindo esta mesma freqüência, 50 campos de
imagem por segundo (25 quadros). Em países como o Brasil ou os Estados Unidos onde a
energia elétrica é de 60 ciclos por segundo, a imagem é captada e transmitida com 525 linhas
dividida nos dois campos, numa freqüência de 60 vezes por segundo (265,5 linhas pares e
265,5 linhas impares, 30 vezes cada uma). O sistema entrelaçado apresenta alguns problemas
como o Combing (feathering) e o Line twitter onde o contorno de pessoas ou objetos em
movimento aparece deslocado para um lado ou o flicker que causa, defeitos que são
ressaltados em telas maiores ou então quando o monitor é observado a curta distância.

Apesar desses problemas, o sistema entrelaçado serviu bem durante muitas gerações e
permanece ainda como padrão nas transmissões de televisão analógica e na grande maioria
dos equipamentos de vídeo. Recentemente foi introduzido um novo método de escaneamento
– chamado de não-entrelaçado ou progressive scan – que é hoje o foco de marketing
principalmente dos fabricantes de DVD players.
Varredura Progressiva (Progressive scan)

Para contornar os problemas do velho modo entrelaçado, foi desenvolvido o método de
escaneamento não-entrelaçado (non–interlaced) ou progressivo (progressive scan) que evita
os defeitos descritos acima, desde que a fonte seja realmente de um sinal progressivo. Nesse
processo, diferentemente do entrelaçado, as linhas ímpares e pares são combinadas e
reproduzidas ao mesmo tempo, formando um quadro completo. O tempo que esse processo
leva para montar uma linha é o mesmo do modo entrelaçado. A diferença é que, enquanto o
modo tradicional gasta 1/60 segundo montando somente linhas pares e depois mais 1/60
segundo montando só ímpares, o progressive monta todas as linhas uma após a outra, ou seja,
constrói metade de um quadro em 1/60 segundo. Nos dois sistemas, o quadro completo é
formado em 1/30 segundo. Além do tempo padrão de trinta quadros por segundo, existem
câmeras que captam no modo progressive em 24 quadros por segundo e também em sessenta
quadros por segundo (HDTV). Cada quadro exibe todas as linhas numa única passada, de cima
para baixo, resultando em imagens sem cintilações e com linhas muito menos visíveis, o que
torna o sistema ideal para as novas tecnologias de monitores que já estão preparados para
receber vídeo progressivo, como monitores de plasma, os de cristal líquido, as televisões de
alta definição. Hoje, porém, as imagens gravadas no sistema progressive scan ainda são raras.
Quase todos os discos DVD são do tipo entrelaçado, porque a maioria dos televisores só aceita
esse modo. Por isso, foram desenvolvidos alguns métodos de criação de imagens progressivas
a partir de uma fonte entrelaçada, chamado de-interlacing, “dobrador de linhas”, ou "scan
conversion", entre outros. Esse procedimento é altamente complexo e, se não for bem feito,
pode ter péssimo resultado. Além disso, o de-interlacing não aumenta a resolução vertical da
imagem, apenas corrige os vários problemas apresentados na exibição.



Proporção de tela

Proporção de tela de uma imagem bidimensional ("aspect ratio" em inglês) é a relação
matemática entre as suas duas dimensões, em geral obtida pela divisão entre as medidas da
largura e da altura. Pode ser representada por um número decimal com duas casas (1,33; 1,66;
etc.) ou pela relação entre dois números inteiros (4:3; 5:3; etc.).

Nas artes plásticas bidimensionais (desenho, pintura, gravura, etc.), as proporções de imagem
são bastante variadas, não havendo qualquer tipo de padronização. Nas artes gráficas, existem
padrões para publicação em revistas, cartazes, outdoors, etc., mas mesmo estes padrões são
bastante maleáveis.

A necessidade de padronização é mais presente na fotografia, em que a proporção da imagem
é, a princípio, determinada pela janela da câmara (seja esta analógica ou digital), e
principalmente no campo do audiovisual (filmes, vídeos, etc.), em que a dimensão do tempo
gera a existência de uma grande quantidade de imagens coerentes entre si, inclusive com
relação à proporção de tela.

Proporções mais comuns
Visualização comparada de três proporções de tela de cinema:
          a "janela clássica" (1,33), a "janela norte-americana" (1,85) e a "janela panorâmica" (2,35).




Em cinema e televisão, as proporções mais comuns são:

1,33 (ou 4:3) - também chamada de "janela clássica", utilizada na televisão tradicional (SDTV) e
na grande maioria das telas de computadores, bem como em praticamente todo o cinema
feito até por volta de 1950 - e ainda hoje, por alguns raros filmes que buscam um
enquadramento "clássico".

Na verdade, desde o final da década de 1920, o fotograma cinematográfico teve que ser
redimensionado para abrir espaço para o som e tomou o formato 1,37 (aproximadamente
11:8). A partir daí, a proporção 1,37 passou a ser conhecida como "janela acadêmica"
("Academy aspect ratio") e o velho e quase idêntico padrão 1,33 tomou o nome de "janela
muda" ("Silent aspect ratio").

2,35 (ou, por aproximação, 7:3) - também conhecida como "janela panorâmica" ou
"anamórfica"; utilizada no cinema desde os anos 1950, originalmente através de um processo
chamado de "Cinemascope" (patenteado pela Panavision) e seguido por outros processos
semelhantes (Todd-AO, VistaVision, etc.), com proporções de tela parecidas. É um processo
caro, que necessita de equipamento especial tanto na filmagem quanto na projeção. A
imagem é enquadrada em formato largo, através de uma lente cilíndrica (e não esférica, como
é o normal) e então "encolhida" (anamorfizada) para caber num fotograma normal de
proporção 1,33. Depois, na projeção, outra lente cilíndrica recompõe o quadro original.

1,66 (ou 5:3) - chamada de "janela européia" porque se tornou o padrão do cinema europeu a
partir dos anos 1960.

1,85 (ou, por aproximação, 13:7) - chamada de "janela norte-americana" por ter sido o padrão
adotado nas salas de cinema dos Estados Unidos a partir dos anos 1960, e até hoje utilizado
em Hollywood para a grande maioria das produções que não utilizam processos anamórficos.

1,77 (ou 16:9) - é a proporção da televisão de alta definição, adotada como padrão HDTV
desde os anos 1980, e a partir de 2003 também encontrada em muitos monitores de
computador.

Conversão de proporções de tela
Na verdade, não existe conversão de proporções de tela, por razões meramente geométricas:
um retângulo não tem como ser perfeitamente encaixado em outro retângulo, mesmo sendo
ampliado ou reduzido, se suas proporções não são idênticas. Apesar disso, existe a
necessidade de exibir filmes ou programas produzidos em uma determinada proporção na tela
de um dispositivo que possui uma proporção diferente. Com este objetivo, os processos mais
comuns são:




 Uma imagem em proporção de Cinemascope (2.35) e, na moldura verde, o que é exibido na TV tradicional (1.33)
                                   quando se opta pela cropagem.

Cropagem (em inglês, "cropping"): a imagem original é simplesmente cortada nas laterais (ou
em cima e em baixo) a fim de preencher totalmente a tela do dispositivo. No caso de filmes
produzidos em "Cinemascope" (proporção 2,35) que são "cropados" para exibição em TV
tradicional (proporção 1,33), a perda de informação nas laterais chega a 43% - ou seja, a
televisão exibe apenas pouco mais da metade da imagem original.

Pan&Scan (que poderia ser traduzido por "estica e puxa") é uma variação da cropagem, em
que as partes a serem suprimidas da imagem original são selecionadas a cada plano do filme:
às vezes elimina-se todo o lado direito da imagem, às vezes todo o lado esquerdo, e na maior
parte do tempo simplesmente exibe-se a parte central da imagem original. Em alguns planos, o
"Pan&Scan" chega a criar um movimento artificial da janela (que evidentemente não foi
previsto pelos realizadores do filme) a fim de seguir, por exemplo, o desenvolvimento de um
diálogo entre personagens que estão em cantos opostos do quadro.




                          Uma imagem de Cinemascope (2.35) exibida por inteiro na
                           TV tradicional (1.33), com o uso de barras horizontais.

Distorção (em inglês, "stretching"): a imagem original é distorcida, vertical ou
horizontalmente, a fim de preencher totalmente a tela do dispositivo. O processo de distorção
não deve ser confundido com a "anamorfização" (utilizada, por exemplo, no Cinemascope),
que é necessariamente revertida na exibição, produzindo imagens de objetos com proporções
coerentes. Ao contrário, ao distorcer uma imagem produzida para TV tradicional (1,33)
tentando encaixá-la numa tela de HDTV (1,77), os personagens ficarão 33% mais gordos
quando estiverem em pé, e 33% mais magros quando estiverem deitados.

Barras: a imagem original é reduzida para caber inteiramente na tela, sendo o espaço
correspondente à diferença de proporções preenchido com barras negras horizontais (em
inglês, "letterboxing") ou verticais ("pillarboxing"). É a única maneira de preservar a totalidade
da informação contida no programa original, respeitando as decisões de enquadramento e
composição tomadas pelo diretor, pelo diretor de fotografia, pelo diretor de arte, etc.

Widescreen

Widescreen é um termo em inglês que designa a tela (português brasileiro) ou ecrã (português
europeu) de uma televisão, de uma projeção (de cinema ou outro meio) ou monitor tem uma
proporção igual a                , ou seja,         unidade de largura por unidade de altura,


que é o resultado da proporção 16 por 9, sendo          dízima periódica         Em
português europeu, é designado por ecrã panorâmico. Uma tela widescreen é ideal para se ver
filmes tais quais eles foram planejados por seus criadores para esse formato. Muitos aparelhos
de DVD oferecem o recurso de ajuste do tamanho da tela, seja para se "cortar" as bordas da
imagem ou criar duas barras pretas acima e abaixo da imagem nas televisões normais, que são
4:3 (ou               ).




Uma tela Widescreen é a soma da parte amarela (Formato Padrão) abrangindo as laterais com
a parte vermelha. O formato da TV Digital é o Widescreen, o da analógiga o Padrão(4:3). A
parte total desta "tela" na imagem corresponde a Widescreen Anamórfico que é o formato
utilizado em alguns filmes, e que mesmo em TVs Widescreen surge tarjas pretas superiores e
inferiores.

Os filmes feitos para serem passados em widescreen foram criados nos stados Unidos nos anos
50 que antigamente se chamava "cinemascope", como reação à popularização das
transmissões televisivas. Os aparelhos de televisão foram criados com o mesmo padrão de
imagem do cinema de então (4:3 ou                   ) e os estúdios para se diferenciar, criaram
uma imagem mais próxima da visão humana (por ser mais larga - wide em inglês) através do
sistema widescreen, que se popularizou entre os produtores cinematográficos, tornando-se
majoritário (há filmes desde os anos 50 que continuam a ser produzidos no padrão anterior
por razões de economia) desde então.

A televisão digital funciona com telas widescreen, com o objetivo de se diferenciar da televisão
analógica.

Algumas resoluções de vídeo




Tabelas de proporções
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Introdução à edição de vídeo linear e não linear

  • 1. Material de apoio para curso básico de edição de vídeo (1ª Aula) Edição linear O conceito por trás da edição linear é simples: segmentos do material original de um ou mais tapes são copiados para outra fita. No processo, as tomadas ruins são eliminadas, os segmentos escolhidos são ordenados e efeitos de áudio e vídeo incluídos. O sistema de edição linear só permite cortes lineares, isto é, a cena 1 seguida da cena 2, seguida da cena 3, e assim por diante. Isto requer organização e planejamento. O editor deve estudar bem o material, anotar a localização dos takes que pretende usar e preparar um roteiro de edição, definindo a ordem das tomadas, tipo de transição entre os takes, a entrada de títulos e créditos, trilhas e efeitos sonoros. A ilha de edição linear é composta de um ou mais videocassetes player - onde é colocada a fita de vídeo com a gravação original, um recorder , onde é colocada a fita que será editada e um edit controller , que controla as duas ( ou três ) máquinas. A fita contendo a edição final é chamada de master . O editor utiliza o contador digital do painel do edit controller, para localizar segmentos na fita original e anotar os pontos de entrada (início) e/ou saída (final) dos takes que serão utilizados na fita master. O painel 00:00:00:00 mostra em horas, minutos, segundos e frames (quadros de vídeo), a localização dos takes na fita. O contador pode ser programado para a leitura dos sinais de CTL ou Time Code. CTL - Control track - são pulsos de controle, gravados na fita, simultaneamente, com os sinais de vídeo e áudio. Estes pulsos servem de referência para a localização dos segmentos na fita de vídeo. O sistema NTSC utiliza 30 pulsos, por segundo. Este método de referência tem duas grandes desvantagens. Primeiro, depende inteiramente do equipamento, para manter uma contagem precisa dos milhares de pulsos de control track. E esta é uma tarefa difícil para aparelhos mecânicos. Durante a edição, o operador está constantemente enviando a fita para a frente ou para trás, em diferentes velocidades para marcar os pontos de edição. Se o equipamento perde a conta dos pulsos, ainda que por uma fração de segundos, a numeração que indica a localização do segmento não terá precisão e apresentará diferença de vários frames no contador. Editores experientes ficam de olho no contador digital, enquanto a fita se move, para detectar paradas momentâneas, que significam que o equipamento perdeu a exatidão na contagem dos pulsos de controle (CTL). Estes problemas são causados por defeitos na fita de vídeo, ou na gravação do control track. Por isso, use sempre fitas de bons fabricantes e fique atento durante a gravação, para não deixar pedaços de fita virgem, entre os segmentos gravados. S egundo, a contagem dos pulsos de control track só é válida durante aquela sessão de edição. O equipamento não tem memória para arquivar a lista de decisões EDL (edit decision list) , tornando impossível a reedição automática da fita, caso se deseje fazer mudanças no master.
  • 2. O método de edição linear foi o primeiro a ser adotado e ainda é o mais utilizado no mercado. E embora seja a maneira mais rápida de se montar uma seqüência simples, é um método de trabalho bastante limitado e restrito, quando comparado aos modernos e sofisticados sistemas de edição não-linear. Edição Não-Linear E ditar vídeo utilizando um sistema de edição não-linear é como escrever, utilizando um programa sofisticado de edição de texto. Palavras, frases e parágrafos podem ser incluídos, eliminados e reordenados, a um clicar de mouse. O primeiro passo do processo de edição não-linear é a digitalização das imagens. Os segmentos de vídeo do material original são transferidos para o hard disk do computador. Os takes digitalizados viram arquivos do sistema, e como tal, podem ser acessados e processados, quase que instantaneamente e em qualquer ordem. Os sistemas de edição não-linear tem uma interface gráfica, bastante amigável e oferecem sofisticados recursos de vídeo (efeitos especiais, caracteres, correção de cor, etc.) e áudio (filtros e efeitos sonoros). Alguns sistemas permitem até que se altere (comprimindo ou expandindo) a duração de segmentos de áudio e vídeo. A maioria dos sistemas utiliza uma ( ou mais ) timelines - linhas de tempo - para representar a seqüência que está sendo editada. O operador utiliza o mouse para selecionar e arrastar para a time line, os segmentos de áudio ou vídeo, transições e efeitos especiais, que irá utilizar e para ordená-los. O vídeo, do latim eu vejo, é uma tecnologia de processamento de sinais eletrônicos, analógicos ou digitais, para capturar, armazenar e transmitir ou apresentar imagens em movimento. A aplicação principal da tecnologia de vídeo resultou na televisão, com todas as suas inúmeras utilizações, seja no entretenimento, na educação, engenharia, ciência, indústria, segurança, defesa, artes visuais. Vídeo O termo vídeo ganhou com o tempo uma grande abrangência. Chama-se também de vídeo uma gravação de imagens em movimento, uma animação composta por fotos sequenciais que resultam em uma imagem animada, e principalmente as diversas formas de gravar imagens em fitas (analógicas ou digitais) ou outras mídias. Estas formas de gravação e armazenamento de imagens se corporificam através de diferentes formatos e mídias com características de codificação próprias, como vemos descrito abaixo. Formatos de vídeo Tanto nas fitas quanto nos discos os formatos são na verdade “os tamanhos” (que implicam a largura do material magnético, tamanho da caixa e na forma pela qual o sinal é gravado e lido). Cada um é para um uso diferente com características técnicas e qualidades específicas. Para cada formato de fita ou disco existe a câmera correspondente, bem como aparelhos gravadores e reprodutores de mesa usados para edição e copiagem das imagens gravadas com estas câmeras. Os formatos podem genericamente ser divididos em 2 famílias: Profissionais e
  • 3. amadores. Os formatos profissionais são usados para captação ou masterização de programas ou vídeos com fins comerciais, já os amadores são para captação doméstica ou para a duplicação e distribuição junto ao público final. Alguns formatos amadores podem ser usados para fins profissionais dependendo principalmente do tipo de equipamento usado na captação das imagens. Em ordem de qualidade de imagem: Fitas Profissionais: BETA DIGITAL, DVCPRO, BETACAM, DVCAM Discos Profissionais: XDCAM, Blue Ray e HDVD Fitas Amadoras: MINIDV, SUPER VHS, Hi8, VHS, Hi8 Digital, Video 8 Discos Amadores: DVD e MiniDVD. Apesar da qualidade apenas razoável o formato de fita VHS é o mais difundido no mundo e o que a cada dia vem sendo substituído pelo DVD. Mas é importante ressaltar que formato não a única diferença entre as fitas, dentro de um mesmo formato podem existir diferentes sistemas de TV que podem tornar fitas incompatíveis entre sí. Exemplos de características técnicas de alguns formatos de vídeo: Formato VHS = fita com ½ polegada de largura, caixa com 18,7X10 cm., aprox. 280 linhas de definição, gravação de sinal de vídeo de forma composta. Formato BETACAM = fita com ½ polegada de largura, caixas com diversos formatos de acordo com os tempos de gravação (com 10x16cm ou 15X25,5 cm), aproximadamente 450 linhas de definição, gravação de sinal de vídeo de forma componente (cor separada da imagem e branco e preto). Formato MiniDV = fita com 1/8 de polegada de largura caixa com 6,5X4,9 cm, aprox. 400 linhas de definição, gravação de sinal de vídeo de forma digital com compressão de 4 por 1. Formato DVD = disco de plástico com informação digital gravada opticamente, 12 cm de diâmetro, aprox. 450 linhas de definição, gravado digitalmente no formato MPEG2. Formato MiniDVD = disco de plástico com informação digital gravada opticamente, 8 cm de diâmetro, aprox.450 linhas de definição, gravado digitalmente no formato MPEG2. Formatos de DVDs Os DVDs (Digital Video Discs ou Digital Versatile Discs) são uma evolução dos antigos Vídeos- CDs, são discos com grande capacidade de armazenamento onde a imagem é gravada digitalmente. Ela depois pode ser lida por um reprodutor autônomo ou por um leitor em computador. Os DVDs tem uma boa qualidade de imagem e som graças a um bom padrão de digitalização de vídeo (MPEG2) e de áudio (pode reproduzir o áudio com uma qualidade 4 vezes maior que um CD de música). Graças a um menu a informação do DVD pode ser acessada na ordem que o espectador quiser permitindo interatividade. Existem os DVDs estampados industrialmente onde a gravação é aplicada juntamente com a película metálica durante a fabricação (processo para produção em alta escala) e os DVDs graváveis onde a imagem ou dados são marcados em uma camada sensível por um gravador de DVD. Os
  • 4. graváveis tem vários tipos: +R, -R, +RW e _RW e infelizmente não são compatíveis com 100% dos leitores de DVD domésticos mais antigos. Existem também discos de alta definição (Blu- Ray e HD DVD) que tem uma capacidade de armazenamento várias vêzes maior que um DVD comum e por isto podem conter imagens com uma qualidade muito maior que normalmente ocupam muito espaço. Sistemas ou padrões de cor em vídeo A invenção da televisão remonta ao princípio do século passado e, por volta de 1925, já existiam equipamentos experimentais. Logo, foi uma tecnologia que dependia de diversos fatores existentes na época para se desenvolver. Ao longo do tempo, cada país que aperfeiçoava algum elemento (cor por exemplo) introduzia características técnicas próprias que acabavam tornando a transmissão incompatível com a de outros países. Cada padrão de TV implica uma forma diferente de gravar as imagens nas fitas ou DVDs, independente do formato. Assim, são específicas a velocidade de gravação, a forma pela qual a cor é gravada, o número de linhas que constituem imagem (não confundir com definição) e o modo pelo qual a imagem é transmitida. Logo, uma fita ou DVD gravados em um país podem não ser assistidos em outro ou, na melhor das hipóteses, somente podem ser vistos em branco e preto. Distribuição pelo mundo dos sistemas ou padrões de cor Video Display Standards Video Connection Standards Distribuição dos tipos padrões de vídeos analógicos. Digitais de Alta Definição ATSC (EUA, Canadá, México = Advanced Television Systems Committee)
  • 5. DVB (Europa = Digital Video Broadcasting) ISDB (Japão = Integrated Services Digital Broadcasting) ISDB-TB (Brasil = Integrated Services Digital Broadcasting - Terrestrial Built-in) Analógicos (antigos) MAC (Europa) MUSE (Japão sistema analógico de HDTV) NTSC (EUA, Canadá, Japão, Coréias, parte da América do Sul) PAL (Europa, Ásia, Austrália, etc.) PALplus (PAL com maior definição - Europa) PAL-M (PAL desenvolvido com características do NTSC - Brasil) SECAM (França, ex-USSR, parte da África Central) Vídeo Digital O vídeo digital (em inglês: Digital Video, ou DV) é um formato digital de vídeo que permite a gravação em fitas magnéticas. O MiniDV é um dos mais populares formatos de fita para DV e destina-se ao mercado amador e semi-profissional, com a grande vantagem de um tamanho reduzido e qualidade superior, comparado ao formato VHS. O vídeo é gravado por meio de um codec de vídeo DV, que pode ser capturado diretamente para ilhas de edição ou computadores pessoais. História O formato de Vídeo Digital (DV, na sigla em inglês, de Digital Video) é um formato de vídeo lançado em 1996 e que permite registrar vídeos em fitas cassete digitais sobre uma leve compressão para cada imagem. Isto facilita a transferência diretamente do vídeo para um computador para realizar a edição. Fitas DV (da esquerda para a direita: DVCAM-L, DVCPRO-M, MiniDV)
  • 6. As fitas cassete DV existem em sete formatos: DV, MiniDV, DVCAM, Digital8, DVCPRO, DVCPRO50 e DVCPRO HD. Elas registram um vídeo digital comprimido graças a um método DCT. A qualidade do vídeo digital é superior aos formatos analógicos atuais, como o video8, VHS-C ou o Hi-8. O formato DV foi desenvolvido por um amplo consórcio de empresas, agrupando a Matsushita (dona da Panasonic), Philips, Sony, Thomson, juntas com a Hitachi, JVC, Mitsubishi, Sanyo, Sharp e Toshiba, mais as empresas de informática Apple Computer e IBM, num total de mais de 50 corporações. Esta aliança industrial histórica no mundo da eletrônica se uniu para definir as especificações da nova geração de magnetoscópios do grande público. Vídeo A imagem é de resolução padrão de 720x576 pixels em PAL 50Hz e 720x480 pixels em NTSC e variações do PAL em 60Hz dividos sobre duas tramas comprimidas em Jpeg, e a proporção da imagem é de 1:25, com uma resolução horizontal de 500 linhas, um relação S/B (Signal/Bruto) de 54dB e uma banda passante crominância de 14 MHz. O DV oferece desempenhos bem superiores aos dos formatos analógicos Hi-8 e S-VHS. Compressão A compressão de dados se utiliza dos padrões MJPEG: JPEG e MPEG efectua-se segundo o conteúdo da imagem em intra-quadro ou em intra-imagem. Isso serve para eliminar as redundâncias entre os dois quadros de uma imagem, quando existem, e obter uma melhor eficácia de compressão. Em alguns casos, não se leva em conta a redundância temporal entre as imagens, cada uma delas é codificada separadamente e não dependentes de nenhum outro que permite uma montagem da imagem anterior. A perda inicial do sinal video 4:2:0 ou 4:1:1 é de 125 Mbits/s. Ele é reduzido, após compressão à 25Mbits/s com uma taxa de compressão da ordem de 5:1. Áudio O formato DV pode tratar 4 pistas échantillonnées a 32 kHz e codificadas em 12 bits, ou 2 pistas em 48 kHz e codificadas sobre 16 bits. Formatos e fitas Há diferentes tipos de fitas para o formato DV. Certas fitas são dotadas de um pequeno chip de memória que permitem arquivar um verdadeiro catálogo de seqüências registradas e de imagens fixas com os dados de índice, tais como a data ou a hora de captura, além de informações relativas aos parâmetros da câmera durante as gravações, tais como a abertura do diafragma ou a velocidade do obturador. Esse chip não pode ser utilizado além das câmeras que possuem esta função. DV: As fitas DV (medida "L") medem aproximadamente 120 x 90 x 12 mm e podem conter até 4,6 hora s de gravação (ou 6,9 horas no modo Long Play).
  • 7. MiniDV: As fitas MiniDV (medida "S") medem aproximadamente 65 x 48 x 12 mm e estão disponíveis em versões de 30 min. (ou 45 min. no modo Long Play), 60 min. (90 min. em LP) e 80 min. (120 min. em LP). DVCAM (desenvolvido pela Sony): Originou-se da versão profissional do DV. Mas o DVCAM aparece, hoje em dia, mais no setor institucional do que no setor profissional. Dificulta assim qualquer solicitação intensiva de montagem pelo fato da banda estreita (1/4") não estar adaptada às condições de torneamento. As Fitas DVCAM são dispostas em duas dimensões que são as mesmas do DV. A menor (S), que ofereçe duração de 12, 22, 32 e 40 minutos, e a grande (L), que permite atingir 64, 94, 124 e 184 minutos. DVCPRO (desenvolvido pela Panasonic): As Fitas DVCPRO permitem registro de 66 min a uma taxa de 25 Mbit/s. Essas cassetes são também utilizáveis em modo DVCPRO50. Mas, como a velocidade de registro pode ser duplicada, a duração de registro se encontra dividida por dois (33 min.), o que é indicado pelos dois números "66/33" quem constam nestas cassetes. As cassetes DVCPRO são de dimensão M (dimensão da mão). DVCPRO50 (desenvolvido pela Panasonic em 1998): O DVCPRO50 duplicou a velocidade de registro do DVCPRO ee combinou dois codecs DV em paralelo para registro de video digital a uma taxa de 50 Mbit/s. DVCPRO HD (desenvolvido pela Panasonic em 2000): O DVCPRO HD aumenta ainda a velocidade da cassete e combina quatro codecs DV em paralelo para atingir 100 Mbit/s. As cassetes DVCPRO HD são de dimensão XL. Existem leitores Sony que podem ler diferentes tipos de formatos (MiniDV, DV, DVCAM, DVCPRO...). Digital8: O Digital8 também utiliza o codec DV, mas em fitas do formato 8 mm ou Hi8. Tendo em conta que as fitas oferecem a vantagem de alcançar 500 linhas de resolução contra 400 do Hi8 ou 255 do 8 mm. Reutiliza, por muito mais vezes, as fitas analógicas sem perda de qualidade se comparado ao Mini DV gerando econômia pro usuário. Video8 e Vídeos Hi8 tiveram um grande sucesso no passado, o Digital8 foi concebido para os consumidores como transição entre o analógico e o digital. A qualidade vídeo e audio do Digital8 é comparável à DV. O Digital8 permite em camcoders a reprodução das antigas fitas 8 mm e Hi8 sem nenhuma perda de qualidade e ainda permite passar as imagens pro computador ,através da conexão Fire wire IEEE 1394,para em seguida serem gravadas num DVD.
  • 8. Conector DV Existem dois tipos de conectores que são utilizados para transferir a informação que foi registada sob a forma digital sobre o suporte anterior ao formato DV. Seus conectores não fazem o papel transporte a fim de obter de um ficheiro vídeo DV de tipo 1 ou 2. Certos camescopes que possuem os conectores S VHS/RCA áudio passam pela entrada e permitem gravação dos sinais analógicos DV. Certos camescopes lêem/enumeram as informações de K7 8mm Hi8 para a saída DV. A Canopus comercializa um conversor A/N para sinal analógico com um par de conectores (2RCA áudio/1S VHS vídeo). Codec CoDec é o acrônimo de Codificador/Decodificador, dispositivo de hardware ou software que codifica/decodifica sinais. Tipos Existem dois tipos de codecs: • Sem perdas (lossless, em inglês) • Com perdas (lossy, em inglês) Codecs sem Perdas Os codecs sem perdas são codecs que codificam som ou imagem para comprimir o arquivo sem alterar o som ou imagem originais. Se o arquivo for descomprimido, o novo arquivo será idêntico ao original. Esse tipo de codec normalmente gera arquivos codificados que são entre 2 a 3 vezes menores que os arquivos originais. São muito utilizados em rádios e emissoras de televisão para manter a qualidade do som ou imagem. Exemplos desse tipo de codec são o flac, shorten, wavpack e monkey's audio, para som. Para vídeo, HuffYUV, MSU[1], MJPEG,H.264 e FFmpeg Video 1. Para imagens, temos os formatos PNG e TIFF. Codecs com Perdas Os codecs com perdas são codecs que codificam som ou imagem, gerando uma certa perda de qualidade com a finalidade de alcançar maiores taxas de compressão. Essa perda de qualidade é balanceada com a taxa de compressão para que não sejam criados artefatos perceptíveis. Por exemplo, se um instrumento muito baixo toca ao mesmo tempo que outro instrumento mais alto, o primeiro é suprimido, já que dificilmente será ouvido. Nesse caso, somente um ouvido bem treinado pode identificar que o instrumento foi suprimido. Os codecs com perdas foram criados para comprimir os arquivos de som ou imagem a taxas de compressão muito altas. Por exemplo, o Vorbis e o Mp3 são codecs para som que facilmente comprimem o arquivo de som em 10 a 12 vezes o tamanho original, sem gerar artefatos significativos.
  • 9. Exemplos de codecs com perdas são o Ogg Vorbis, MP3, AC3 e WMA, para som. Para vídeo, temos o Xvid, DivX, RMVB, WMV, Theora e Sorenson. E para imagens temos o JPEG, JPEG 2000 e GIF. Taxa de Bits A taxa de bits ou bitrate, em inglês, é uma das medidas da qualidade de um arquivo comprimido. A taxa de bits representa o tamanho final desejado para o arquivo e, normalmente, é apresentada como Kbit/s. 1 Kbit/s significa que a cada segundo, o codec tem 1000 bits do arquivo final para utilizar, ou seja, se um arquivo de som tem 8 segundos e é comprimido a uma taxa de 1 Kbit/s, o arquivo final terá 8 Kbits ou 1 Kbyte. Conclui-se, então, que quanto maior for a taxa de bits, melhor será a qualidade do arquivo final, já que o codec terá mais espaço para poder comprimir o arquivo original, necessitando descartar menos informações do arquivo. Com a popularização do MP3, a taxa de bits de 128 Kbits/s (128000 bits/s = 16 Kbytes/s) foi muito utilizada, já que, no início, essa era a menor taxa de bits que o MP3 poderia utilizar para gerar um arquivo final com boa qualidade. Hoje em dia, com os codecs mais avançados, pode- se gerar arquivos com 64 Kbits/s de qualidade semelhante aos primeiros MP3. As taxas de bits podem ser divididas em três categorias principais: o arquivo terá uma taxa de bits média pré-definida. Um tipo específico de VBR que garante que ao final do processo de compressão • ABR (average bitrate) O codec utiliza uma taxa de bits variável, dessa forma otimizando a utilização do espaço, ao permitir maior uso deste para os momentos mais necessários e reduzindo a taxa de bits ao mínimo nos momentos de silêncio. A maioria dos codecs sem perdas utiliza esse formato. • VBR (variable bitrate) • CBR (constant bitrate) O codec utiliza uma taxa de bits constante em todo a duração do arquivo. Isso significa que em momentos de silêncio provavelmente haverá desperdício de espaço, enquanto que em momentos de muita intensidade sonora haverá perda maior de informação acústica. DivX O DivX ® é um codec de vídeo criado pela DivX, Inc. Ele foi produzido para ser usado em compactação de vídeo digital, deixando os vídeos com qualidade, apesar da alta compactação, utilizada para ocupar menos espaço no Disco rígido. Para alcançar tal compactação é necessário muito processamento, o que pode fazer com que um computador
  • 10. tecnologicamente defasado demore para realizar a operação ou tenha dificuldades para realizar a exibição. O DivX é compatível com Windows, Linux, Solaris e Mac OS X. Atualmente os arquivos DivX estão amplamente presentes nas redes dos programas de P2P, devido ao seu reduzido tamanho e à ótima qualidade. A licença do DivX é Freeware ou Software gratuito. Método de compactação O método de compactação DIVX funciona como um MP3 para vídeo. Mas, ao contrário do MP3, que apaga sons sobrepostos que nosso cérebro não conseguiria reconhecer, o DIVX torna repetitivas as imagens que não se modificam no decorrer dos frames (quadros) que formam o vídeo. Simplificando: tomando-se uma cena onde a câmera é estática e fundo não se modifica, o codec DIVX grava um único frame dessa imagem e repete-o até a imagem sofrer alguma alteração. Na mesma cena, caso haja uma pessoa andando, somente os pixels em que sua imagem se sobrepõe são modificados. O resto da cena pode ser considerado, grosseiramente, como uma foto estática ao fundo do vídeo. Desta forma, são guardados muito menos dados pelo vídeo compactado, resultando um arquivo de tamanho reduzido com uma perda de qualidade pequena. Assim como que em outros programas e plug-ins encontrados na Internet, para se converter um arquivo de vídeo em formato não compactado para um em DivX é preciso comprar o DivX Codec que é o software responsável por esta tarefa, porém, se seu objetivo é apenas o de assistir os vídeos já compactados em DivX, é possível se fazer o download gratuito do tocador (player) no site oficial da DivX, Inc ou em quaisquer sites de downloads. H.264 H.264 é um padrão para compressão de vídeo, baseado no MPEG-4 Part 10 ou AVC (Advanced Video Coding). O padrão foi desenvolvido pela ITU-T Video Coding Experts Group (VCEG) em conjunto com a ISO/IEC MPEG que formaram uma parceria conhecida por Joint Video Team (JVT). A versão final, formalmente chamada por ISO/IEC 14496-10), foi lançada em Maio de 2003 Projeto A intenção do projeto H.264/AVC era criar um padrão capaz de fornecer boa qualidade de vídeo com uma taxa de bitrate muito baixa em relação aos padrões já existentes (MPEG-2, H.263...), mas sem aumentar a complexidade do projeto seria algo praticamente impossível de ser implementado. Outra meta do projeto era fazer um padrão que fosse compatível a todas as necessidades, isto é, compatível com vídeos de baixa e alta taxa de bitrate ou com baixa e alta resolução. Em Maio de 2003 a JVT lançou a primeira versão do padrão e em seguida desenvolveu extensões da versão original do padrão, conhecidas por Fidelity Range Extensions (FRExt). Perfis
  • 11. O padrão tem sete configurações diferentes, chamadas perfis. Cada configuração foi feita pensando em aplicações distintas. Baseline Profile (BP) Indicada para sistemas com poucos recursos. É mais comum ser usado em vídeoconferências ou aplicações móveis, por causa da sua baixa taxa de bitrate. Main Profile (MP) Inicialmente desenvolvido para broadcast e armazenamento, foi aos poucos substituído pelo perfil High Profile. Extended Profile (XP) Criado para streaming media, este perfil tem um alta taxa de compressão. High Profile (HiP) Tal como o MP, este perfil foi criado para broadcast e armazenamento, em especial para alta definição. É o perfil adotado em discos HD DVD e Blu-Ray. High 10 Profile (Hi10P) Está muito além das necessidades dos consumidores de hoje em dia. Este perfil é baseado no HiP, adicionando 10 bits por frame para melhor precisão na decodificação da imagem. High 4:2:2 Profile (Hi422P) Desenvolvido pensando em vídeos entrelaçados, este perfil tem por base o Hi10P com o suporte ao formato 4:2:2. High 4:4:4 Predictive Profile (Hi444PP) Baseado no perfil Hi422P, mas utiliza o formato 4:4:4 e tem um maior número de bits para a precisão na decodificação de imagem (14 bits). Este perfil ainda tem a característica de, no processo de compressão fazer o processo em três cores separadas. Aplicações HD DVD Blu-ray DTH (Direct to Home – Sistemas de Televisão Padrão) Reino Unido BBC HD Estados Unidos DirecTV Estados Unidos Dish Network Bélgica Euro1080 Alemanha Premiere Alemanha ProSieben Brasil SBTVD
  • 12. Reino Unido/República da Irlanda Sky HD Itália SKY Italia Suécia SVT HD Portugal TDT x264 x264 é um software de código aberto para codificação de fluxos de vídeo para o formato H.264/MPEG-4 AVC. Ele é distribuído sob os termos do GNU General Public License. x264 foi originalmente desenvolvido por Laurent Aimar, que parou o desenvolvimento em 2004, depois de ser contratado pela Ateme. Loren Merritt, assumiu o desenvolvimento em seguida. Hoje, o x264 é desenvolvido primeiramente por Loren Merritt, Jason Garrett-Glaser, Steven Walters, Anton Mitrofanov, David Conrad, e Poirier Guillaume. HDV HDV é um formato de gravação de vídeo de alta definição (HD). HDV usa fita DV oferecendo uma solução de baixo custo para produções em HD comparando com outros formatos. História O formato HDV foi desenvolvido pela JVC e Sony para atualizar o padrão de vídeo de definição padrão DV para gravação de vídeo de alta definição. No início, o formato foi usado pelas câmeras Canon e Sharp. Em setembro de 2003 quatro empresas formaram o Consorcio HDV. A maioria das câmeras HDV usam fitas MiniDV/DVC. JVC ProHD camcorder
  • 13. Canon XL-H1 Especificações A tabela abaixo lista 3 formatos HDV: HDV , HDV e HDV . HDV não é oficialmente um padrão separado, mas é incluido nas especificações do padrão HDV 1080i. Todas as câmeras HDV 1080p também podem gravar vídeos no padrão de vídeo 1080i. Formato HDV 720p HDV 1080i HDV 1080p Mídia Full-size DV ou fita cassete DVC compacta Vídeo Tipo Scanning Interpolação Tamanho do quadro 16x9 Tamanho do quadro em pixels 1280 x 720 1440x1080 (até 1920 x 1080 em playback) Pixel aspect ratio 1.0 1.33 Sinal de Vídeo 720/60p, 720/30p, 720/50p, 1080/60i, 1080/30p, 1080/25p, 720/25p, 720/24p 1080/50i 1080/24p Compressão de Vídeo Video (profile & level: MP@HL) Video (profile & level: MP@H-14) Freqüência para iluminação 74.25 MHz 55.6875 MHz Formato Chroma sampling 4:2:0 Quantization 8 bits Compressão de vídeo taxa de ~19.7 Mbit/s (20.172,80 Kbit/s) ~25 Mbit/s (25.600,00 Kbit/s) bitstream Áudio Compressão -1 Audio Layer II, -1 Audio Layer II Freqüência 48 kHz Quantization 16 bits Modo de áudio e taxa de Stereo (2-canais) a 384 kbit/s (192 kbit/s por canal); dados opcional 4-canais a 96 kbit/s por canal. Sistema Tipo Vídeo MPEG-2 transport stream (MPEG-2 TS) Interface Vídeo 1394 no modo alpha (também conhecida como 400 ou i.LINK) Extensão de arquivo .m2t (mais comum) Vídeo de alta definição O Vídeo de Alta Definição é uma tecnologia inovadora na área do cinema que permite filmar com o máximo de qualidade prescindindo do uso de película, que era usada desde a origem do cinema até aos nossos dias e cuja utilização é hoje, desta forma, posta em causa.
  • 14. A Alta Definição (HD), um conceito em constante evolução, leva em conta o suporte do registro (que pode ser óptico ou magnético), a sua forma de codificação (analógica ou digital), a proporção de tela (4:3 ou 16:9), o número de linhas por quadro (720, 1080, etc.) e mesmo o sistema desenvolvido pelas marcas líderes no mercado (HDDV, CineAlta, etc). As normas internacionalmente aceitas para "broadcasting" (transmissão de TV aberta) são alvo de disputas constantes, e ainda não são consensuais. Para além dos sistemas de captação, há que se ter em conta os sistemas de emissão ou exibição em consumo doméstico. O uso de cabeamento adequado nas ligações entre dispositivos de recepção, monitores e televisores, como por exemplo os HDMI, permitem um visionamento final com uma qualidade de brilho, contraste, definição, luminância e crominância acima da média. Atualmente, considera-se "Full HD" qualquer sistema com um mínimo de 1080 linhas, proporção de tela 16:9 (mínimo de 1920 x 1080 pixels), varredura progressiva ou entrelaçada, e cadência de 25 ou 30 frames por segundo. Varredura progressiva Varredura progressiva (português brasileiro) ou varrimento progressivo (português europeu) (em inglês, Progressive Scan) é uma técnica utilizada para montar o conteúdo da tela. O modo progressivo "varre" a tela inteira em uma única passada, transmitindo e exibindo todas as linhas da tela a cada atualização. Este processo é diferente do da varredura entrelaçada (Interlaced), mais comum. O modo entrelaçado monta em cada passagem metade das linhas da tela, as linhas pares ou ímpares, formando a ilusão de uma resolução maior e transmitindo apenas metade da imagem formada. A varredura progressiva não pode ser utilizada com o conector RCA de vídeo comum (plug amarelo), estando disponível apenas para outros tipos de conectores, como o vídeo componente (Verde, Azul e Vermelho) e o HDMI. A partir daí é necessário configurar no menu do televisor,monitor,dvd ou outra fonte reprodutora a função PROGRESSIVE SCAN. Quanto ao áudio, (AUDIO IN) a conexão permanecerá da forma convencional. Vídeo entrelaçado
  • 15. Para entender melhor como funcionam os Sistemas de Geração de Imagens, é preciso voltar um pouco no tempo e ver como foram criados esses sistemas. O primeiro deles foi o vídeo entrelaçado. Nos anos 1930, os engenheiros e cientistas que trabalharam no desenvolvimento da televisão resolveram o problema da limitada largura da banda de transmissão do sinal de vídeo e a limitação dos aparelhos de televisão (nos quais a camada interna de fósforo possuía um tempo de resposta muito lento), dividindo cada quadro da imagem em duas partes (campos). Quem primeiro teve essa idéia foi o engenheiro norte-americano Philo Taylor Farnsworth, inventor do tubo dissector de imagens. Farnsworth pensou em construir as imagens por meio de linhas formadas por um ponto percorrendo a tela. Essa idéia surgiu quando observou, na fazenda em que morava, os sulcos paralelos deixados pelo arado ao se preparar o solo para plantio. Nesse método, chamado de entrelaçado (interlaced) e que é usado até hoje, a imagem é formada na tela por centenas de linhas horizontais, cada uma com milhares de pontos com informações sobre brilho e cor. Esses pontos são ordenados da esquerda para a direita e de cima para baixo formando linhas, processo que é chamado de varredura (scanning). Na varredura, as linhas ímpares são escaneadas primeiro e depois as linhas pares. Isso ocorre tanto no sensor da câmera, para dividir a imagem em elementos (pixels), como no tubo do televisor, para reconstruir a imagem. Um conjunto de linhas (pares e ímpares) forma um campo; dois campos formam um quadro. A cada 1/30 segundo é formado um quadro da imagem, repetindo-se 30 vezes em um segundo (nos sistemas NTSC e PAL-M). A rápida sucessão na exibição dos diversos quadros estáticos, dá a sensação de movimento. Isto ocorre por uma característica da visão chamada "Persistência Retiniana", que faz com que nossos olhos continuem a ver a imagem de um quadro estático por uma fração de segundo (1/12 de segundo aproximadamente) depois que ela desaparece. Se, antes de passado esse tempo, outra imagem atingir nosso olho, ambas são fundidas numa continuidade. É esse o princípio que está baseado a reprodução do movimento no cinema e no vídeo. É como se a câmera estivesse tirando várias fotografias por segundo. No cinema, um segundo de exibição tem vinte e quatro quadros; no vídeo, vinte e cinco ou trinta quadros dependendo do sistema (NTSC, PAL, SECAM). A velocidade de exibição dos quadros em cada sistema depende da “ciclagem” da rede elétrica local. Em um país onde a freqüência da rede elétrica é de 50 Hertz, ou seja, a “polaridade” da corrente elétrica muda de direção 50 vezes por segundo, a imagem deve ser formada na tela do televisor seguindo esta mesma freqüência, 50 campos de imagem por segundo (25 quadros). Em países como o Brasil ou os Estados Unidos onde a energia elétrica é de 60 ciclos por segundo, a imagem é captada e transmitida com 525 linhas dividida nos dois campos, numa freqüência de 60 vezes por segundo (265,5 linhas pares e 265,5 linhas impares, 30 vezes cada uma). O sistema entrelaçado apresenta alguns problemas como o Combing (feathering) e o Line twitter onde o contorno de pessoas ou objetos em movimento aparece deslocado para um lado ou o flicker que causa, defeitos que são ressaltados em telas maiores ou então quando o monitor é observado a curta distância. Apesar desses problemas, o sistema entrelaçado serviu bem durante muitas gerações e permanece ainda como padrão nas transmissões de televisão analógica e na grande maioria dos equipamentos de vídeo. Recentemente foi introduzido um novo método de escaneamento – chamado de não-entrelaçado ou progressive scan – que é hoje o foco de marketing principalmente dos fabricantes de DVD players.
  • 16. Varredura Progressiva (Progressive scan) Para contornar os problemas do velho modo entrelaçado, foi desenvolvido o método de escaneamento não-entrelaçado (non–interlaced) ou progressivo (progressive scan) que evita os defeitos descritos acima, desde que a fonte seja realmente de um sinal progressivo. Nesse processo, diferentemente do entrelaçado, as linhas ímpares e pares são combinadas e reproduzidas ao mesmo tempo, formando um quadro completo. O tempo que esse processo leva para montar uma linha é o mesmo do modo entrelaçado. A diferença é que, enquanto o modo tradicional gasta 1/60 segundo montando somente linhas pares e depois mais 1/60 segundo montando só ímpares, o progressive monta todas as linhas uma após a outra, ou seja, constrói metade de um quadro em 1/60 segundo. Nos dois sistemas, o quadro completo é formado em 1/30 segundo. Além do tempo padrão de trinta quadros por segundo, existem câmeras que captam no modo progressive em 24 quadros por segundo e também em sessenta quadros por segundo (HDTV). Cada quadro exibe todas as linhas numa única passada, de cima para baixo, resultando em imagens sem cintilações e com linhas muito menos visíveis, o que torna o sistema ideal para as novas tecnologias de monitores que já estão preparados para receber vídeo progressivo, como monitores de plasma, os de cristal líquido, as televisões de alta definição. Hoje, porém, as imagens gravadas no sistema progressive scan ainda são raras. Quase todos os discos DVD são do tipo entrelaçado, porque a maioria dos televisores só aceita esse modo. Por isso, foram desenvolvidos alguns métodos de criação de imagens progressivas a partir de uma fonte entrelaçada, chamado de-interlacing, “dobrador de linhas”, ou "scan conversion", entre outros. Esse procedimento é altamente complexo e, se não for bem feito, pode ter péssimo resultado. Além disso, o de-interlacing não aumenta a resolução vertical da imagem, apenas corrige os vários problemas apresentados na exibição. Proporção de tela Proporção de tela de uma imagem bidimensional ("aspect ratio" em inglês) é a relação matemática entre as suas duas dimensões, em geral obtida pela divisão entre as medidas da largura e da altura. Pode ser representada por um número decimal com duas casas (1,33; 1,66; etc.) ou pela relação entre dois números inteiros (4:3; 5:3; etc.). Nas artes plásticas bidimensionais (desenho, pintura, gravura, etc.), as proporções de imagem são bastante variadas, não havendo qualquer tipo de padronização. Nas artes gráficas, existem padrões para publicação em revistas, cartazes, outdoors, etc., mas mesmo estes padrões são bastante maleáveis. A necessidade de padronização é mais presente na fotografia, em que a proporção da imagem é, a princípio, determinada pela janela da câmara (seja esta analógica ou digital), e principalmente no campo do audiovisual (filmes, vídeos, etc.), em que a dimensão do tempo gera a existência de uma grande quantidade de imagens coerentes entre si, inclusive com relação à proporção de tela. Proporções mais comuns
  • 17. Visualização comparada de três proporções de tela de cinema: a "janela clássica" (1,33), a "janela norte-americana" (1,85) e a "janela panorâmica" (2,35). Em cinema e televisão, as proporções mais comuns são: 1,33 (ou 4:3) - também chamada de "janela clássica", utilizada na televisão tradicional (SDTV) e na grande maioria das telas de computadores, bem como em praticamente todo o cinema feito até por volta de 1950 - e ainda hoje, por alguns raros filmes que buscam um enquadramento "clássico". Na verdade, desde o final da década de 1920, o fotograma cinematográfico teve que ser redimensionado para abrir espaço para o som e tomou o formato 1,37 (aproximadamente 11:8). A partir daí, a proporção 1,37 passou a ser conhecida como "janela acadêmica" ("Academy aspect ratio") e o velho e quase idêntico padrão 1,33 tomou o nome de "janela muda" ("Silent aspect ratio"). 2,35 (ou, por aproximação, 7:3) - também conhecida como "janela panorâmica" ou "anamórfica"; utilizada no cinema desde os anos 1950, originalmente através de um processo chamado de "Cinemascope" (patenteado pela Panavision) e seguido por outros processos semelhantes (Todd-AO, VistaVision, etc.), com proporções de tela parecidas. É um processo caro, que necessita de equipamento especial tanto na filmagem quanto na projeção. A imagem é enquadrada em formato largo, através de uma lente cilíndrica (e não esférica, como é o normal) e então "encolhida" (anamorfizada) para caber num fotograma normal de proporção 1,33. Depois, na projeção, outra lente cilíndrica recompõe o quadro original. 1,66 (ou 5:3) - chamada de "janela européia" porque se tornou o padrão do cinema europeu a partir dos anos 1960. 1,85 (ou, por aproximação, 13:7) - chamada de "janela norte-americana" por ter sido o padrão adotado nas salas de cinema dos Estados Unidos a partir dos anos 1960, e até hoje utilizado em Hollywood para a grande maioria das produções que não utilizam processos anamórficos. 1,77 (ou 16:9) - é a proporção da televisão de alta definição, adotada como padrão HDTV desde os anos 1980, e a partir de 2003 também encontrada em muitos monitores de computador. Conversão de proporções de tela
  • 18. Na verdade, não existe conversão de proporções de tela, por razões meramente geométricas: um retângulo não tem como ser perfeitamente encaixado em outro retângulo, mesmo sendo ampliado ou reduzido, se suas proporções não são idênticas. Apesar disso, existe a necessidade de exibir filmes ou programas produzidos em uma determinada proporção na tela de um dispositivo que possui uma proporção diferente. Com este objetivo, os processos mais comuns são: Uma imagem em proporção de Cinemascope (2.35) e, na moldura verde, o que é exibido na TV tradicional (1.33) quando se opta pela cropagem. Cropagem (em inglês, "cropping"): a imagem original é simplesmente cortada nas laterais (ou em cima e em baixo) a fim de preencher totalmente a tela do dispositivo. No caso de filmes produzidos em "Cinemascope" (proporção 2,35) que são "cropados" para exibição em TV tradicional (proporção 1,33), a perda de informação nas laterais chega a 43% - ou seja, a televisão exibe apenas pouco mais da metade da imagem original. Pan&Scan (que poderia ser traduzido por "estica e puxa") é uma variação da cropagem, em que as partes a serem suprimidas da imagem original são selecionadas a cada plano do filme: às vezes elimina-se todo o lado direito da imagem, às vezes todo o lado esquerdo, e na maior parte do tempo simplesmente exibe-se a parte central da imagem original. Em alguns planos, o "Pan&Scan" chega a criar um movimento artificial da janela (que evidentemente não foi previsto pelos realizadores do filme) a fim de seguir, por exemplo, o desenvolvimento de um diálogo entre personagens que estão em cantos opostos do quadro. Uma imagem de Cinemascope (2.35) exibida por inteiro na TV tradicional (1.33), com o uso de barras horizontais. Distorção (em inglês, "stretching"): a imagem original é distorcida, vertical ou horizontalmente, a fim de preencher totalmente a tela do dispositivo. O processo de distorção
  • 19. não deve ser confundido com a "anamorfização" (utilizada, por exemplo, no Cinemascope), que é necessariamente revertida na exibição, produzindo imagens de objetos com proporções coerentes. Ao contrário, ao distorcer uma imagem produzida para TV tradicional (1,33) tentando encaixá-la numa tela de HDTV (1,77), os personagens ficarão 33% mais gordos quando estiverem em pé, e 33% mais magros quando estiverem deitados. Barras: a imagem original é reduzida para caber inteiramente na tela, sendo o espaço correspondente à diferença de proporções preenchido com barras negras horizontais (em inglês, "letterboxing") ou verticais ("pillarboxing"). É a única maneira de preservar a totalidade da informação contida no programa original, respeitando as decisões de enquadramento e composição tomadas pelo diretor, pelo diretor de fotografia, pelo diretor de arte, etc. Widescreen Widescreen é um termo em inglês que designa a tela (português brasileiro) ou ecrã (português europeu) de uma televisão, de uma projeção (de cinema ou outro meio) ou monitor tem uma proporção igual a , ou seja, unidade de largura por unidade de altura, que é o resultado da proporção 16 por 9, sendo dízima periódica Em português europeu, é designado por ecrã panorâmico. Uma tela widescreen é ideal para se ver filmes tais quais eles foram planejados por seus criadores para esse formato. Muitos aparelhos de DVD oferecem o recurso de ajuste do tamanho da tela, seja para se "cortar" as bordas da imagem ou criar duas barras pretas acima e abaixo da imagem nas televisões normais, que são 4:3 (ou ). Uma tela Widescreen é a soma da parte amarela (Formato Padrão) abrangindo as laterais com a parte vermelha. O formato da TV Digital é o Widescreen, o da analógiga o Padrão(4:3). A parte total desta "tela" na imagem corresponde a Widescreen Anamórfico que é o formato utilizado em alguns filmes, e que mesmo em TVs Widescreen surge tarjas pretas superiores e inferiores. Os filmes feitos para serem passados em widescreen foram criados nos stados Unidos nos anos 50 que antigamente se chamava "cinemascope", como reação à popularização das transmissões televisivas. Os aparelhos de televisão foram criados com o mesmo padrão de imagem do cinema de então (4:3 ou ) e os estúdios para se diferenciar, criaram
  • 20. uma imagem mais próxima da visão humana (por ser mais larga - wide em inglês) através do sistema widescreen, que se popularizou entre os produtores cinematográficos, tornando-se majoritário (há filmes desde os anos 50 que continuam a ser produzidos no padrão anterior por razões de economia) desde então. A televisão digital funciona com telas widescreen, com o objetivo de se diferenciar da televisão analógica. Algumas resoluções de vídeo Tabelas de proporções