4. Mil e uma palavras
Não te posso dizer
Algumas palavras tão bravas
Que não as posso escrever
No dicionário terão outras mil
Palavras escondidas
Em manhãs primaveris
Invernos passados
Com textos ditados
Palavras cansadas
De tanto faladas
Sentir é escrever
Amar desenhar
Mil e uma palavras
Pensadas a chorar,
A rir…e todas as palavras
Que possas imaginar
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6. Às vezes, mil e uma palavras não chegam para se dizer o quanto se gosta, o
quanto se quer, o quanto se deseja, o quanto se ama… Às vezes, mil e uma
palavras não dizem o quanto não se gosta, o quanto não se quer, o quanto não
se deseja, o quanto não se ama…., talvez porque lá no «fundo não deixa de se
querer. Para que servem mil e uma palavras se nem tempo temos para pensar
nelas? Para que servem mil e uma palavras, se metade das pessoas deste mundo
não sabe o significado de um quarto?
Tanta gente a desperdiçar a voz a dizer mal, a acusar, a mentir sobre as outras
pessoas. Tantas pessoas a fingirem que não falam, tantas pessoa que dizem que
deixam de falar… tantas pessoas ingratas que desperdiçam o que vale a pena,
enquanto há muitos que davam tudo para falar, enquanto há muitos que davam
tudo apenas para dizer uma, enquanto há muitos, ou pelo menos eu, que dava
tudo para poder ouvir uma… uma só, ou dava tudo para poder ao menos dizer e
fazer-me ouvir!
Era tudo o que eu queria! Era poder chamar-te e tu responderes-me!
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8. Mil e uma palavras para quê?
Resume-se tudo numa única palavra!
Nervosa, pálida, aflita…
Queria dizer de uma vez.
Não dizia o que queria
Desviava sempre a conversa
Ele só se ria
Disse de uma vez
Amo-te…
Não me conseguia expressar mais…
Fiquei calada como os mudos
Chorei…
Mas o amor é simplesmente não desistir
E tudo acabou bem.
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10. “Fui para um teste em branco, pálido, aflito.
Para não deixar a folha em branco, escrevi
No verso dela estes versos brancos.
Mas a professora só devia gostar de poemas rimados:
Por isso na pauta apareceu um zero, ali, bem preto no branco”
Teresa Guedes, Em Branco, Ed Caminho
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11. Sinceramente, estou um pouco parecida com o sujeito poético do poema.
Acho que talvez fale de mim… E de mim, o que posso dizer? Bem, posso dizer
que tenho 13 anos, que me chamo Mariana e adoro falar. Daí o título.
Tenho muitos amigos e sou muito feliz. Considero a amizade um dos pontos
mais importantes da vida.
Também devo a minha felicidade à minha família. A minha mãe dá-me
vontade de continuar a estudar com o orgulho “estampado” a cara, quando lhe
digo as minhas notas, ou algo que os professores me dizem ou até mesmo as
palavras dos meus amigos.
O meu pai é a pessoa mais brincalhona do Universo; nunca demonstra os
sentimentos, mas é o meu pai e conheço-o. Consigo saber o que ele está a sentir.
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12. O meu irmão Emanuel leva-me para todo o lado. Ele deu-me duas crianças
que jamais esquecerei: a Diana e o Matias. Tenho outra sobrinha mas é do meu
outro irmão – Hugo. Chama-se Liliana. Todos eles são muito simpáticos e alegres.
Apenas me falta falar de uma fonte de alegria da minha vida: um rapaz muito
especial que me faz sorrir apenas com um gesto ou uma palavra, por muito
simples que seja. Ele é único!
Tantas palavras empregues neste texto e nenhuma descreve totalmente os
meus sentimentos! Resumidamente, sou feliz e não trocaria a minha vida por
nada deste mundo (nem do outro!).
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13. Ficha técnica:
Disciplina
Língua Portuguesa
Professora
Marylandy Moreira
Arranjos gráficos
O Ciclista
2011
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