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LIÇÃO        12	                        16 a 22 de setembro de 2012



O Anticristo
(II Tessalonicenses 2:1-12)

SÁBADO À TARDE

LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: II Tessalonicenses 2:1-12; Mateus
24:1-14; Zacarias 3:1; Daniel 8:8-11; Atos 2:22.

  VERSO ÁUREO: “Ninguém, de maneira alguma, vos engane; porque não
  será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do
  pecado, o filho da perdição.” II Tessalonicenses 2:3.

PENSAMENTO-CHAVE: Ao corrigir a falsa teologia dos Tessalonicenses sobre
os acontecimentos dos últimos dias, Paulo revela a verdade sobre enganos que
surgirão no tempo do fim.

   NO MEIO DE TODAS AS PALAVRAS DE ENCORAJAMENTO e de exorta-
ção, o apóstolo Paulo também escreveu sobre acontecimentos do tempo do fim,
incluindo o mais grandioso de todos os eventos, a segunda vinda de Jesus.
   Na passagem desta semana, embora o apóstolo fale do fim, a sua ênfase é um
pouco diferente do que vimos anteriormente. Por um lado, ele já tinha dito aos Tes-
salonicenses os pormenores enquanto esteve com eles. Por outro, o seu propósito
neste texto é pastoral, é tranquilizá-los e persuadi-los a serem mais pacientes a
respeito dos acontecimentos do tempo do fim, e adverti-los sobre os falsos ensinos
que circulavam acerca deste tópico.
   O início da passagem desta semana (II Tes. 2:1 e 2) contém várias palavras
gregas que apontam para I Tessalonicenses 4:13-5:11, como seja a vinda do Se-
nhor (I Tes. 4:15), o encontro (I Tes. 4:17) e o dia do Senhor (I Tes. 5:2) Até certo
ponto, a passagem desta semana clarifica aquilo que Paulo disse anteriormente.
São aqui reveladas verdades que nós mesmos precisamos de compreender nos
dias de hoje.




Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 69-71; Luc. 16:1-13; Paráb. de Jesus, cap. 26.
                                                                                  151
DOMINGO, 16 de setembro                O PROBLEMA (II Tessalonicenses 2:1-3)

   Qual é o tópico tratado por Paulo no segundo capítulo de II Tessaloni-
censes? Até que ponto estas palavras são relevantes para nós hoje? Em
que aspetos enfrentamos nós dentro da Igreja desafios semelhantes a res-
peito dos acontecimentos no tempo do fim (marcação de datas, teorias da
conspiração e coisas do género), por muito diferente que seja o nosso con-
texto? Que princípio encontramos aqui, o qual também nós confrontamos
constantemente? II Tes. 2:1-3.

   Não há qualquer evidência clara nesta passagem de que a igreja estivesse a
fazer perguntas sobre a segunda vinda de Jesus. O próprio apóstolo apercebeu-
-se de um problema e abordou-o. O conceito da “reunião com ele” recorda o que
Paulo escrevera na carta anterior (I Tes. 4:15-17).
   Nessa passagem, as palavras de Paulo lembram o aviso que o próprio Senhor
Jesus fez (Mat. 24:1-13). Os Tessalonicenses tinham sido “facilmente” destabili-
zados por informações contraditórias que tinham recebido naquele curto espaço
de tempo desde que Paulo lhes escrevera a primeira carta.
   O apóstolo não identifica a fonte específica dessa confusão. Talvez até nem
lhe tivesse sido revelada a ele próprio. Com a expressão “por espírito” (II Tes.
2:2) ele estava provavelmente a referir-se a algum ensino profético, quer de al-
gum falso profeta quer de um mal-entendido da primeira carta de Paulo. A segun-
da fonte possível é a palavra falada, um ensino passado de boca em boca entre
os membros. Quando Paulo menciona uma carta “que digam que é minha” (v. 2,
TIC), ele estava a referir-se a alguma carta forjada em seu nome ou a uma das
suas cartas genuínas incorretamente utilizada.
   Por muito cuidadosamente que um pastor cuide da sua igreja, há múltiplas
maneiras de falsas ideias poderem aí surgir. É, por vezes, mais fácil os membros
aceitarem um boato ou um rumor do que examinarem cuidadosamente por si
mesmos as Escrituras. Por vezes, as ideias novas podem mesmo ser bíblicas
até um certo ponto, mas são apresentadas de forma desequilibrada, sem ter em
conta outros ensinos da Bíblia.
   Parece que este último caso foi o problema em Tessalónica. Os Tessalonicen-
ses conheciam muitas coisas corretas acerca da segunda vinda de Jesus e dos
acontecimentos que a precedem. No entanto, tendiam a enfatizar um extremo
ou outro do ensino sem terem as suas perspetivas equilibradas. Não tinham tido
em atenção a advertência de Jesus quanto a andarem atrás de sinais do Seu
regresso (Mat. 24:4-8). Em resultado disso, em I Tessalonicenses lamentavam-
-se do atraso na vinda de Jesus (I Tes. 4:13-15). Neste capítulo, parece que eles
tinham chegado à conclusão de que já se encontravam no meio dos aconteci-
mentos finais.



Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 72-74; Luc. 10:23-37; Paráb. de Jesus, cap. 27.
152
SEG., 17 de set. A CURTA RESPOSTA DE PAULO (II Tessalonicenses 2:3 e 4)

   No curto intervalo entre I e II Tessalonicenses, os membros da igreja de Tessa-
lónica ficaram confusos quanto ao significado daquilo que o apóstolo escrevera
na primeira carta. Chegaram à conclusão de que a Segunda Vinda estava próxi-
ma ou que já tinha ocorrido dalguma forma secreta (II Tes. 2:2). Qual foi a respos-
ta direta de Paulo a este problema? “Isso não tem hipótese de ser verdade. Há
muitíssimas coisas que ainda não aconteceram.” Foi a confusão em Tessalónica
que levou Paulo a escrever o seu esboço mais longo dos acontecimentos finais.
Se o não tivesse feito, não teria sido preservado para nós.

  Leia II Tessalonicenses 2:3 e 4. O que é que Paulo nos diz nestes versí-
culos sobre “o homem do pecado”? Que princípios encontramos aqui, os
quais nos ajudam a compreender o que o apóstolo está a tratar?




   Os versículos 3 e 4 são, no original, uma frase incompleta. A frase “não será
assim”, como temos na versão Almeida, ou “esse dia não virá”, como lemos na
versão TIC e noutras, está em falta no grego e é acrescentada na maior parte
das traduções. O apóstolo enumera as coisas que terão de acontecer antes de
Jesus poder vir. Haverá uma “apostasia” (é mesmo esta a palavra no grego,
apostasia), e depois será revelado o “homem do pecado”. Essa revelação está
descrita em II Tessalonicenses 2:8-10 como sendo a atuação de Satanás pre-
cisamente antes de Jesus vir (pormenor que analisaremos mais atentamente
na secção de quarta-feira). Contudo, antes dessa manifestação de impiedade,
haverá um período de “mistério” e de contenção (II Tes. 2:6 e 7).
   O versículo 4 é uma descrição do homem do pecado (ou da “iniquidade”), que
durante algum tempo atuará sob um disfarce e que depois será revelado no fim.
Este “homem” vai opor-se a Deus, vai exaltar-se a si próprio acima de Deus,
sentar-se no templo e proclamar-se Deus. Este versículo está repleto de alusões
a textos do Velho e do Novo Testamento. Este “opositor” recorda Satanás em
Zacarias 3:1. Exaltar-se acima de Deus e usurpar o lugar de Deus no templo
celestial, lembra a ponta pequena de Daniel 8. Apresentar-se como sendo Deus,
lembra Satanás em Isaías 14 e Ezequiel 28; e aponta também para o poder blas-
femo referido em Daniel 11:36-39. Por isso, a descrição do homem do pecado
contém elementos que apontam tanto para o próprio Satanás como para um
agente ímpio de Satanás que se revela no decorrer da história cristã.

   De que maneiras subtis está cada um de nós suscetível a ter o mes-
  mo tipo de atitude que vemos revelado aqui neste “homem do pecado”?

Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 75-77; Luc. 18:15-43; Paráb. de Jesus, cap. 28.
                                                                                    153
TERÇA, 18 de setembro 	                O REFREADOR (II Tessalonicenses 2:5-7)

  De acordo com o apóstolo Paulo, que duas coisas caracterizavam a situ-
ação mundial na época em que ele escreveu? Em que aspetos vê o grande
conflito revelado nestes versículos? II Tes. 2:6 e 7.



   Combinando estes versículos com os anteriores, podemos perceber que Pau-
lo está a traçar um esboço da História em três fases, desde o seu tempo até
ao fim. A fase final começa com a Segunda Vinda. Antes desta fase, haverá a
revelação do homem do pecado (II Tes. 2:3), também conhecido como “o iníquo”
[no grego, ho anomos, que se pode traduzir literalmente por “violador da lei”] (II
Tes. 2:8). E antes dessa fase haverá um tempo de mistério e de contenção (II
Tes. 2:6 e 7).
   Embora gostássemos muito de compreender totalmente o que Paulo quer di-
zer neste texto, há uma série de incertezas nestes versículos. O poder refreador
(“o que o detém”) é, no versículo 6, um termo neutro (aplica-se a uma coisa), mas
no versículo 7, esse poder (“um que resiste”) é um termo masculino (aplica-se a
uma pessoa). O “iníquo” no versículo 8 é masculino, mas é neutro no versículo
7 (“mistério da injustiça”). Também não é claro (no versículo 7) se o poder que
resiste é removido do caminho ou se tem autoridade para se remover, embora a
tradução Almeida esteja consentânea com o original ao dizer “até que do meio
seja tirado”.
   Quem é, nestes versículos, este refreador, ou poder que resiste? Está pre-
sente nos dias de Paulo; defende a Lei (é um poder que resiste à injustiça ou
iniquidade, v. 7); cumpre uma missão divina; e tem poder suficiente para resistir
à atuação de Satanás (v. 9).

   De acordo com outras passagens do Novo Testamento, o que é que está
a impedir a Segunda Vinda? Mat. 24:14; Marcos 13:10; Apoc. 14:6 e 7.



  Em grande parte do Novo Testamento, os acontecimentos que levam à Se-
gunda Vinda seguem-se à proclamação final do evangelho (Mat. 24:14; Marcos
13:10; Apoc. 14:6 e 7). Neste caso, então, é possível que o próprio Deus seja
o Refreador de que Paulo está a falar, restringindo os acontecimentos finais até
que todos tenham tido uma oportunidade de ouvir o evangelho.

    Quanto poder controlador necessita na sua vida? Isto é, quando sur-
  ge a tentação, de que maneira pode aprender a reclamar o poder de
  Deus para o/a impedir de fazer o que sabe ser errado?

Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 78-80; Mat. 25:1-13; Paráb. de Jesus, cap. 29.
154
QUARTA, 19 de set. O ANTICRISTO É REVELADO (II Tessalonicenses 2:8-10)

   Leia II Tessalonicenses 2:8-10. Como é que interpreta estes acontecimen-
tos? O que é que há de particularmente importante em tudo isto sobre a expres-
são “os que … não receberam o amor da verdade”?


   O homem do pecado foi apresentado em II Tessalonicenses 2:3 e 4. Ao longo da
maior parte da história cristã, ele tem atuado para enfraquecer a Lei de Deus (particu-
larmente o mandamento do Sábado) e para usurpar poderes que pertencem unica-
mente a Cristo. Em passagens como Daniel 7:20-25 (a ponta pequena) e Apocalipse
13:1-7 (a besta saída do mar), este poder atua depois da queda do Império Romano
pagão, combinando a autoridade religiosa e a secular a fim de perseguir os santos de
Deus. O único poder na História que se enquadra em todas as especificações destas
profecias é o papado. Muitos intérpretes da Idade Média, e mesmo dos nossos dias,
apontaram esta instituição como sendo o anticristo. (Só há um ou dois séculos a
grande maioria dos cristãos se afastou desta interpretação, uma movimentação em si
mesma interessante à luz do que entendemos sobre os acontecimentos dos últimos
dias). Esta identificação do papado enquadra-se nas especificações de II Tessaloni-
censes 2, onde é indicado que o homem do pecado seria simultaneamente masculino
(uma pessoa) e neutro (um poder mundial ou uma instituição).
   No versículo 7, “o mistério da injustiça” é uma designação apropriada para a sua
atividade. No final da História, porém, mesmo antes da Segunda Vinda, haverá um
desafio a Deus e às Suas leis ainda mais generalizado. A continuidade destes po-
deres, tanto nesta passagem como noutras (Daniel 7 e Apocalipse 13), indica que o
papado desempenhará também um papel importante no fim do tempo.

   Que obra anterior de Deus no curso da História será contrafeita no embuste
final? Compare II Tes. 2:9 com Atos 2:22.


   A passagem de hoje afasta a cortina para revelar um anticristo ainda maior por
detrás daquele que tem atuado no meio das nações ao longo da História. O próprio
Satanás é o autor e o consumador dos enganos do tempo do fim. Ao aproximar-se o
regresso de Jesus, os acontecimentos forçá-lo-ão a um ato final de desespero. Ele
ignorará todas as precauções e aparecerá em pessoa para imitar o ministério terreno
de Jesus (veja a secção de sexta-feira). Através de milagres enganadores, ele tentará
desviar a atenção das pessoas do evangelho (a vida, a morte e a ressurreição de
Jesus) e até da própria Segunda Vinda.

     Medite um pouco mais sobre esta ideia do “amor da verdade”. Como
  é que o “recebemos”? Por que razão ter este amor é tão importante para
  uma pessoa que não queira ser apanhada em qualquer logro espiritual,
  sobretudo nos últimos dias? Como é que se aprende, agora, a “receber o
  amor da verdade”?

Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 81-83; Atos dos Apóstolos, Prefácio.
                                                                                   155
QUINTA, 20 de set.         VERDADE E MENTIRAS (II Tessalonicenses 2:10-12)


  Leia II Tessalonicenses 2:10-12. Por que razão permite Deus que tanta
gente seja enganada? De acordo com esta passagem, o que foi que os
ímpios rejeitaram?


   O versículo 11 é um texto que muita gente acha extremamente complicado. O
apóstolo declara muito diretamente: “Deus lhes enviará a operação do erro, para
que creiam a mentira" (II Tes. 2:11). A reação imediata a este texto é qualquer
coisa como: “Como é que pode um Deus da verdade enviar o erro? Como é que
no fim Ele pode agir como Satanás?” (Compare II Tes. 2:11 com II Tes. 2:9).
   Na passagem de hoje, Paulo afasta a cortina e dá-nos um vislumbre do gran-
de conflito entre Cristo e Satanás, o qual envolve muito mais do que as questões
desta Terra e da sua História. Satanás acusou Deus de ser irrazoável, tirano e
mentiroso. Na crise final da História da Terra, Deus “enviará” um engano aos
ímpios, não porque Ele minta, mas porque Ele vai permitir que os ímpios es-
colham a mentira em vez da verdade e, dessa forma, exponham os resultados
das decisões que já terão tomado (II Tes. 2:12). Deus simplesmente deixará que
eles colham os frutos das suas más ações. Os acontecimentos do tempo do fim
revelam claramente o espírito e o caráter de Satanás e dos seus seguidores, de
modo a que todos possam ver.
   O processo de engano começa quando as pessoas rejeitam o evangelho de
Jesus Cristo. No versículo 10, os ímpios recusam receber o amor da verdade. A
oferta da salvação no evangelho é o subtexto que está por detrás dos poderes
apocalípticos de II Tessalonicenses 2. Mediante os seus ensinos e práticas, o
papado tem enfraquecido o evangelho. Tal obra continuará até que seja expos-
ta pelos acontecimentos finais descritos em II Tessalonicenses 2:8-12. Dessa
forma, a proclamação final do evangelho (Mat. 24:14; Apoc. 14:6 e 7) prepara o
terreno tanto para o juízo final como para os enganos do tempo do fim.
   No fim, sejam quais forem as aparentes manifestações exteriores políticas e
religiosas do grande conflito, tal como se desenrola aqui na Terra, o evangelho
de Jesus Cristo, não os acontecimentos políticos, tem sido ao longo da história
cristã a linha divisória fundamental entre o bem e o mal. O anticristo revela o seu
verdadeiro caráter usurpando a vida, a morte e o reino celestial de Jesus. Todos
os demais atores neste drama desempenham papéis secundários.

     Leia com atenção II Tessalonicenses 2:12. Qual é a razão-chave por
  que as pessoas não aceitam a verdade? De que modo já passou pela
  experiência deste princípio na sua própria vida? Isto é, como é que o
  “prazer na iniquidade” tem, ainda que subtilmente, impedido o seu es-
  pírito de se abrir à verdade?

Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 84-86; Mat. 28:18-20; Atos dos Apóstolos,
cap. 1.
156
SEXTA, 22 de setembro

ESTUDO ADICIONAL: “O apóstolo Paulo advertiu a igreja para não esperar a
vinda de Cristo no seu tempo. “Porque não será assim”, diz ele, “sem que antes
venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado” (II Tessalonicenses 2:3).
Não poderemos esperar a vinda do nosso Senhor senão depois da grande apos-
tasia e do longo período do domínio do “homem do pecado”. Este “homem do
pecado”, que também é denominado “mistério da injustiça”, “filho da perdição”, e “o
iníquo”, representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria
manter a sua supremacia durante 1260 anos.” – Ellen G. White, O Grande Conflito,
pp. 297 e 298.
    “Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás perso-
nificará Cristo. ... Num tom manso e compassivo apresenta algumas das mesmas
verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia. Cura as doenças
do povo, e então, no seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o Sábado
para o Domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. …
Apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras, e receberem o amor
da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo.” –
Idem, pp. 519 e 520.
    “Ao apresentarem a mensagem, não façam investidas pessoais a outras igre-
jas, nem mesmo à Católica Romana. Os anjos de Deus veem nas diversas deno-
minações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Portanto,
sejamos cuidadosos com as nossas palavras…. Sobre estes temas, o silêncio é
eloquente. Muitos acham-se enganados. Falem a verdade em tons e palavras de
amor.” – Ellen G. White, Evangelismo, p. 576.

  PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
     1 Hoje em dia, há muitos que acreditam que o papado mudou, e em
  alguns aspetos mudou mesmo. Contudo, nas questões básicas da salva-
  ção continua a usurpar tudo o que Cristo fez e está a fazer por nós. Con-
  tinua a ser o poder retratado na profecia. Como podemos ficar firmes na
  nossa posição bíblica a respeito de Roma, embora fazendo-o, ao mesmo
  tempo, com amor cristão, com tolerância e tato?
     2 Como Igreja estamos constantemente a ser confrontados com pes-
  soas que surgem com novas datas para os acontecimentos finais, novos
  gráficos, novas teorias de conspiração sobre este grupo ou aquele. Em-
  bora devamos permanecer abertos a nova luz, como devemos lidar com
  esses desafios?

Sumário: Ao corrigir alguns dos pontos de vista errados dos Tessalonicenses so-
bre os acontecimentos dos últimos dias, o apóstolo Paulo deixou-nos verdade pre-
ciosa sobre este tópico. Devemos lembrar-nos sempre, porém, de que a questão
crucial dos últimos dias não é a data dos acontecimentos, ou mesmo todos os
pormenores, mas de que lado do grande conflito é que decidimos estar.

Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 87 e 88; Atos 1; Atos dos Apóstolos, cap. 2.
                                                                                   157
As Minhas Notas Pessoais




158
AUXILIAR DO MODERADOR



Texto-Chave: II Tessalonicenses 2:1-12

Com o Estudo desta Lição o Membro da Classe Vai:
 Aprender: A reconhecer que o único recurso contra o cair presa dos enganos
  de Satanás no fim dos tempos é desenvolver na sua própria vida amor pela
  verdade espiritual.
  Sentir: A necessidade de crescer no conhecimento e no amor à verdade
   como revelada nas Escrituras.
   Fazer: Resolver estudar a Palavra de Deus criando esse hábito diário e per-
    mitir que ela lhe transforme a vida.

Esboço da Aprendizagem:
I. Aprender: A Verdade de Deus Protege Contra o Engano
   A.Com o objetivo de corrigir a ideia errada de que a Segunda Vinda já esta-
     va secretamente em progresso no seu tempo, Paulo enumera uma série
     de acontecimentos que devem ocorrer primeiro. Que eventos menciona o
     apóstolo?
   B.  té que ponto os acontecimentos mencionados por Paulo já se cumpriram
      A
      nos dias de hoje?
   C.  ntes de Cristo voltar, Satanás vai tentar enganar o mundo. Que palavras
      A
      no Texto-Chave apontam para a falsidade ou para o engano? Qual é a
      única proteção contra vir a ser enganado?
II. Sentir: O Desejo de Conhecer a Verdade
   A.  esus disse: “A verdade vos libertará” (João 8:32). De que verdade está Je-
      J
      sus a falar? Até que ponto já descobriu que a verdade de Deus é libertadora?
   B.  ue razões poderá alguém ter para não querer conhecer a verdade? Até
      Q
      que ponto isso é perigoso?
III. Fazer: Aprender a Amar a Verdade
   A. 
      Como é que se vê o amor à verdade na vida de cada dia?
   B.  omo é que uma pessoa passa do simples conhecimento da verdade para
      C
      o amor de facto à verdade?

Sumário:
Aprender a amar a verdade da Palavra de Deus é a única proteção contra o ser
vencido pelos enganos de Satanás.




                                                                                159
AUXILIAR DO MODERADOR


                           CICLO DA APRENDIZAGEM

  1.º PASSO – MOTIVAR!

  Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: O amor pela verdade pro-
  tegerá os seguidores de Deus contra os poderosos enganos mundiais que
  Satanás porá em marcha pouco antes do regresso de Cristo.

   Poderá a maior parte dos habitantes do mundo ser enganada por um logro
final levado a efeito por Satanás no tempo do fim? Embora a ideia possa a prin-
cípio parecer difícil de acreditar, alguns indivíduos, certamente menos capazes
do que o próprio mestre da mentira, já enganaram o nosso “sofisticado” mundo
com a sua fraudulência. Um exemplo disto é a descoberta, divulgada em abril de
1983, dos “Diários de Hitler”. Segundo os relatos noticiosos, os diários escritos
pela mão de Hitler tinham sido recuperados por um general alemão, de um avião
nazi que se despenhara perto de Dresden em 1945. A revista alemã Stern sou-
bera da descoberta em 1980 e pagara cinco milhões de dólares para conseguir
que os documentos fossem contrabandeados da Alemanha de Leste. Os direitos
de publicação em inglês foram depois vendidos à revista Newsweek [americana]
e ao jornal Sunday Times [inglês].
   A fim de se assegurar da autenticidade dos diários, a Stern tinha encomen-
dado a especialistas na Europa e nos Estados Unidos três análises separadas
da caligrafia de uma das páginas de um dos diários. Em todos os casos, os
especialistas estiveram de acordo: era a caligrafia de Hitler. Além desses testes,
o jornal Sunday Times solicitara a Hugh Trevor-Rope, um especialista de nível
mundial sobre Hitler, que analisasse minuciosamente os volumes. Depois de ter
inicialmente apreciado os volumes, Trevor-Hope comunicou ao Sunday Times
que, segundo a sua opinião profissional, os diários eram autênticos.
   Dois dias antes de os primeiros trechos serem publicados no Sunday Times,
Hugh Trevor-Hope começou a manifestar algumas dúvidas acerca dos docu-
mentos. Após alguns testes adicionais terem sido realizados, os diários foram
declarados falsificações. Finalmente, o seu rasto levou até um tal Konrad Kujau,
um vigarista de uma pequena vila, com o dom de falsificação. Kujau explicou
mais tarde como é que tinha conseguido enganar os especialistas. Tinha apa-
nhado pormenores da vida de Hitler em biografias publicadas, inventou uns por-
menores casuais, imitou a caligrafia de Hitler e derramou chá sobre as páginas
e bateu-as contra o tampo de uma mesa a fim de lhes dar um aspeto de velhas
e gastas. Foi preso e sentenciado a perto de cinco anos de prisão. – “Konrad
Kujau”, London Times, 14 de setembro de 2000.
   Pense Nisto: Se um burlão de uma pequena vila conseguiu enganar tantos
especialistas, imagine só quão bem montadas serão as fraudes do tempo do fim
realizadas por Satanás. O que é que se pode fazer a fim de estarmos certos de
não sermos ludibriados nessa altura?
160
AUXILIAR DO MODERADOR


  2.º PASSO – ANALISAR!

                             COMENTÁRIO BÍBLICO

                               I. Manter o Rumo
                (Recapitule com a classe II Tessalonicenses 2:1-3.)

   Embora a nossa tendência seja provavelmente saltar de imediato para os en-
ganos do tempo do fim contra os quais o apóstolo adverte nesta passagem, é
importante primeiro compreender o contexto em que Paulo enquadra as suas
observações posteriores. Nos primeiros três versículos do capítulo 2, ficamos a
saber que a principal preocupação de Paulo é o bem-estar espiritual dos novos
conversos em Tessalónica. Eles tinham começado bem, mas agora Paulo ouvia
dizer que a especulação sobre os acontecimentos no tempo do fim os preocu-
pava tanto que corriam o perigo de não dar atenção à forma como deviam viver
a vida no presente.
   O apóstolo descreve com duas palavras o tipo de agitação espiritual que eles
enfrentavam: movidos e perturbados. A palavra mover refere-se ao tipo de agi-
tação provocada pelo vento ou pelas ondas. Paulo parece ter em mente a ima-
gem de um navio a ponto de se desprender das suas amarras ou de um navio
sacudido de um lado para o outro numa tempestade. O uso da palavra perturbar
aponta para as emoções mais interiores que se tem quando alguém está per-
plexo. Este tipo de angústia espiritual é altamente destrutivo para a vida cristã.
Leva as pessoas a envolverem-se tanto no que vai acontecer no futuro que se
debatem para viver pela fé no presente. Jesus advertiu a respeito deste perigo,
em Mateus 24, onde disse: “Ouvireis de guerras e de rumores de guerra; olhai,
não vos assusteis (ou perturbeis)” (Mat. 24:6).
   Qual é a fonte do alarmismo dos Tessalonicenses? Alguns deles tinham che-
gado à conclusão de que Cristo já tinha regressado. Estranho como possa pa-
recer, isto não deve realmente surpreender-nos. Os novos crentes são sempre
mais suscetíveis aos falsos ensinos, atendendo ao facto de não terem tido tempo
para se firmarem nas Escrituras. Uma vez que uma interpretação literal da Se-
gunda Vinda seria claramente um argumento contra a ideia de que Jesus já tinha
vindo, só podemos concluir que alguns dos Tessalonicenses devem ter suposto
que Cristo tinha regressado espiritualmente. Qualquer coisa parecida, talvez,
com a crença moderna dos Testemunhas de Jeová, que insistem que a segunda
vinda de Jesus ocorreu espiritualmente em 1914.
   Pense Nisto: Paulo estava preocupado com os Tessalonicenses poderem ficar
tão alarmados com os acontecimentos finais que deixariam de viver para Cristo no
tempo presente. Ao aguardarmos o breve retorno de Cristo, como é que nos po-
demos proteger contra deixar que a nossa fé vá para um ou para o outro extremo?


                                                                              161
AUXILIAR DO MODERADOR


                             II. A Grande Rebelião
               (Recapitule com a classe II Tessalonicenses 2:3-12.)

   Tendo já dito aos Tessalonicenses que a volta de Cristo seria repentina e ines-
perada (I Tes. 5:2), Paulo passou agora a explicar-lhes que Cristo não poderia ter
já regressado porque certos acontecimentos têm de ocorrer primeiro. O primeiro
acontecimento será uma grande “apostasia” (II Tes. 2:3) ou uma “rebelião” (do
grego “apostasia”) contra Deus, orquestrada pelos poderes do mal (compare
Mat. 24:10-12; Atos 20:29 e 30; I Tim. 4:1; II Tim. 3:1-5; 4:3 e 4).
   Além dessa apostasia espiritual, Paulo acrescenta que o homem do pecado
(ou da iniquidade) tem de ser revelado. O facto de este homem ter de ser revela-
do, ou desmascarado, indica que ele é um indivíduo que prefere manter escondi-
da a sua identidade. Embora Paulo não identifique especificamente esse indiví-
duo, as caraterísticas que ele menciona de facto dão algumas pistas. A primeira
é que os seus atos são semelhantes ao comportamento malicioso do próprio
Satanás. Como Satanás, este indivíduo pretende ser Deus e deseja sentar-se
no trono de Deus (Isaías 14; Ezequiel 28). E, como Satanás, também este ser se
opõe a Deus e aos Seus seguidores (Zac. 3:1 e 2), pelo que o homem do pecado
é alguém que se “opõe” a Deus e à Sua obra. Mas, como a lição também realça,
a terminologia de Paulo relativa ao homem do pecado, em II Tessalonicenses
2:8-10, tem um paralelo na descrição, no livro de Daniel, do poder da ponta
pequena, que foi usada por Satanás para atrapalhar os seguidores de Deus e
a Sua obra (compare Dan. 8:9-12, 23-25). Estas duas pistas apontam para o
próprio Satanás e para os diversos “cabecilhas” que ele tem usado ao longo dos
séculos para fazer a sua obra de engano.
   No final dos tempos, o próprio Satanás tentará obter a adoração do mundo,
encenando a maior fraude alguma vez vista – uma contrafação da Segunda Vin-
da! Paulo indica este pormenor recorrendo precisamente à mesma palavra que já
usara para descrever a volta de Jesus (em grego, parousia) para descrever agora
a “vinda” do homem do pecado (também, parousia em II Tes. 2:9). Numa tentativa
de legitimar a sua contrafação da “vinda”, Satanás realizará “milagres, sinais e ma-
ravilhas enganadoras” – praticamente a mesma expressão que o apóstolo Pedro
usou para testificar da verdade do ministério de Jesus (Atos 2:22).
   O que Paulo quer salientar é claro: o engano final será tão convincente que só
aqueles que estiverem dispostos a receber “o amor da verdade” (II Tes. 2:10) é
que não serão enganados (compare Mat. 24:24; Marcos 13:22).

   Pense Nisto: Em linha com o ensino dos Reformadores Protestantes, os Ad-
ventistas do Sétimo Dia têm historicamente identificado o homem do pecado
com o papado. Que perigo há, porém, em estar concentrado exclusivamente
no papel do papado nos acontecimentos do tempo do fim? Isto é, embora não
devamos nunca esquecer o seu papel, as questões são maiores do que apenas
o papel do papado.
162
AUXILIAR DO MODERADOR


  3.º PASSO – PRATICAR!

Perguntas para Reflexão:
  1.  lém da história de Jacob a enganar o pai Isaac, que outras histórias na
     A
     Bíblia envolvem uma pessoa a enganar outra? Que lições podemos apren-
     der com estes relatos a respeito de maneiras pelas quais possamos evitar
     o engano?

  2.  aulo diz que aqueles que se vão perder recusaram aceitar “o amor da ver-
     P
     dade” (II Tes. 2:10). Embora seja de lamentar o destino destes indivíduos,
     que “boas novas” poderemos encontrar no uso da palavra recusaram?

  3.  ilatos perguntou um dia a Jesus: “O que é a verdade?” (João 18:38). À
     P
     luz da importância que o apóstolo atribui à “verdade” em II Tessalonicenses
     2:10 e 12, que resposta daria a essa pergunta?

Perguntas para Aplicação:
  1.  eus é descrito como alguém que restringe o mal mediante a pregação
     D
     da Sua Palavra. De que modo está presente na sua vida pessoal o poder
     restritivo de Deus?

  2.  uitas pessoas vão ser enganadas pelas fraudes de Satanás. O que é que
     M
     se pode fazer agora, não só para nos protegermos a nós mesmos, mas
     também para proteger outros que estão na esfera da nossa influência?

  4.º PASSO – APLICAR!

   Só para o Moderador: Como salienta a secção de sexta-feira da lição desta
semana, muita gente hoje em dia não vê o papado como uma ameaça, e por cer-
to não como um protagonista importante na luta contra o povo de Deus nos acon-
tecimentos finais da história da Terra. Tendo isto em mente, e mantendo diante
de nós a perspetiva adventista sobre o papado (a qual está fortemente apoiada
na Bíblia e no Espírito de Profecia), será prudente abordar esta matéria com
alguma sensibilidade. A atividade que se segue poderá ser útil a este respeito.

   Atividade: Chame a atenção da classe para o facto de Satanás estar ativa-
mente a trabalhar, desde a ressurreição de Cristo, para enfraquecer a obra de
Cristo neste mundo e na vida dos Seus seguidores. Divida a classe em grupos
e peça-lhes que façam uma lista de pessoas e de instituições que poderão ser
vistas como “manifestações” do “homem do pecado” no tempo do fim.



                                                                            163

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O Anticristo revelado

  • 1. LIÇÃO 12 16 a 22 de setembro de 2012 O Anticristo (II Tessalonicenses 2:1-12) SÁBADO À TARDE LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: II Tessalonicenses 2:1-12; Mateus 24:1-14; Zacarias 3:1; Daniel 8:8-11; Atos 2:22. VERSO ÁUREO: “Ninguém, de maneira alguma, vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.” II Tessalonicenses 2:3. PENSAMENTO-CHAVE: Ao corrigir a falsa teologia dos Tessalonicenses sobre os acontecimentos dos últimos dias, Paulo revela a verdade sobre enganos que surgirão no tempo do fim. NO MEIO DE TODAS AS PALAVRAS DE ENCORAJAMENTO e de exorta- ção, o apóstolo Paulo também escreveu sobre acontecimentos do tempo do fim, incluindo o mais grandioso de todos os eventos, a segunda vinda de Jesus. Na passagem desta semana, embora o apóstolo fale do fim, a sua ênfase é um pouco diferente do que vimos anteriormente. Por um lado, ele já tinha dito aos Tes- salonicenses os pormenores enquanto esteve com eles. Por outro, o seu propósito neste texto é pastoral, é tranquilizá-los e persuadi-los a serem mais pacientes a respeito dos acontecimentos do tempo do fim, e adverti-los sobre os falsos ensinos que circulavam acerca deste tópico. O início da passagem desta semana (II Tes. 2:1 e 2) contém várias palavras gregas que apontam para I Tessalonicenses 4:13-5:11, como seja a vinda do Se- nhor (I Tes. 4:15), o encontro (I Tes. 4:17) e o dia do Senhor (I Tes. 5:2) Até certo ponto, a passagem desta semana clarifica aquilo que Paulo disse anteriormente. São aqui reveladas verdades que nós mesmos precisamos de compreender nos dias de hoje. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 69-71; Luc. 16:1-13; Paráb. de Jesus, cap. 26. 151
  • 2. DOMINGO, 16 de setembro O PROBLEMA (II Tessalonicenses 2:1-3) Qual é o tópico tratado por Paulo no segundo capítulo de II Tessaloni- censes? Até que ponto estas palavras são relevantes para nós hoje? Em que aspetos enfrentamos nós dentro da Igreja desafios semelhantes a res- peito dos acontecimentos no tempo do fim (marcação de datas, teorias da conspiração e coisas do género), por muito diferente que seja o nosso con- texto? Que princípio encontramos aqui, o qual também nós confrontamos constantemente? II Tes. 2:1-3. Não há qualquer evidência clara nesta passagem de que a igreja estivesse a fazer perguntas sobre a segunda vinda de Jesus. O próprio apóstolo apercebeu- -se de um problema e abordou-o. O conceito da “reunião com ele” recorda o que Paulo escrevera na carta anterior (I Tes. 4:15-17). Nessa passagem, as palavras de Paulo lembram o aviso que o próprio Senhor Jesus fez (Mat. 24:1-13). Os Tessalonicenses tinham sido “facilmente” destabili- zados por informações contraditórias que tinham recebido naquele curto espaço de tempo desde que Paulo lhes escrevera a primeira carta. O apóstolo não identifica a fonte específica dessa confusão. Talvez até nem lhe tivesse sido revelada a ele próprio. Com a expressão “por espírito” (II Tes. 2:2) ele estava provavelmente a referir-se a algum ensino profético, quer de al- gum falso profeta quer de um mal-entendido da primeira carta de Paulo. A segun- da fonte possível é a palavra falada, um ensino passado de boca em boca entre os membros. Quando Paulo menciona uma carta “que digam que é minha” (v. 2, TIC), ele estava a referir-se a alguma carta forjada em seu nome ou a uma das suas cartas genuínas incorretamente utilizada. Por muito cuidadosamente que um pastor cuide da sua igreja, há múltiplas maneiras de falsas ideias poderem aí surgir. É, por vezes, mais fácil os membros aceitarem um boato ou um rumor do que examinarem cuidadosamente por si mesmos as Escrituras. Por vezes, as ideias novas podem mesmo ser bíblicas até um certo ponto, mas são apresentadas de forma desequilibrada, sem ter em conta outros ensinos da Bíblia. Parece que este último caso foi o problema em Tessalónica. Os Tessalonicen- ses conheciam muitas coisas corretas acerca da segunda vinda de Jesus e dos acontecimentos que a precedem. No entanto, tendiam a enfatizar um extremo ou outro do ensino sem terem as suas perspetivas equilibradas. Não tinham tido em atenção a advertência de Jesus quanto a andarem atrás de sinais do Seu regresso (Mat. 24:4-8). Em resultado disso, em I Tessalonicenses lamentavam- -se do atraso na vinda de Jesus (I Tes. 4:13-15). Neste capítulo, parece que eles tinham chegado à conclusão de que já se encontravam no meio dos aconteci- mentos finais. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 72-74; Luc. 10:23-37; Paráb. de Jesus, cap. 27. 152
  • 3. SEG., 17 de set. A CURTA RESPOSTA DE PAULO (II Tessalonicenses 2:3 e 4) No curto intervalo entre I e II Tessalonicenses, os membros da igreja de Tessa- lónica ficaram confusos quanto ao significado daquilo que o apóstolo escrevera na primeira carta. Chegaram à conclusão de que a Segunda Vinda estava próxi- ma ou que já tinha ocorrido dalguma forma secreta (II Tes. 2:2). Qual foi a respos- ta direta de Paulo a este problema? “Isso não tem hipótese de ser verdade. Há muitíssimas coisas que ainda não aconteceram.” Foi a confusão em Tessalónica que levou Paulo a escrever o seu esboço mais longo dos acontecimentos finais. Se o não tivesse feito, não teria sido preservado para nós. Leia II Tessalonicenses 2:3 e 4. O que é que Paulo nos diz nestes versí- culos sobre “o homem do pecado”? Que princípios encontramos aqui, os quais nos ajudam a compreender o que o apóstolo está a tratar? Os versículos 3 e 4 são, no original, uma frase incompleta. A frase “não será assim”, como temos na versão Almeida, ou “esse dia não virá”, como lemos na versão TIC e noutras, está em falta no grego e é acrescentada na maior parte das traduções. O apóstolo enumera as coisas que terão de acontecer antes de Jesus poder vir. Haverá uma “apostasia” (é mesmo esta a palavra no grego, apostasia), e depois será revelado o “homem do pecado”. Essa revelação está descrita em II Tessalonicenses 2:8-10 como sendo a atuação de Satanás pre- cisamente antes de Jesus vir (pormenor que analisaremos mais atentamente na secção de quarta-feira). Contudo, antes dessa manifestação de impiedade, haverá um período de “mistério” e de contenção (II Tes. 2:6 e 7). O versículo 4 é uma descrição do homem do pecado (ou da “iniquidade”), que durante algum tempo atuará sob um disfarce e que depois será revelado no fim. Este “homem” vai opor-se a Deus, vai exaltar-se a si próprio acima de Deus, sentar-se no templo e proclamar-se Deus. Este versículo está repleto de alusões a textos do Velho e do Novo Testamento. Este “opositor” recorda Satanás em Zacarias 3:1. Exaltar-se acima de Deus e usurpar o lugar de Deus no templo celestial, lembra a ponta pequena de Daniel 8. Apresentar-se como sendo Deus, lembra Satanás em Isaías 14 e Ezequiel 28; e aponta também para o poder blas- femo referido em Daniel 11:36-39. Por isso, a descrição do homem do pecado contém elementos que apontam tanto para o próprio Satanás como para um agente ímpio de Satanás que se revela no decorrer da história cristã. De que maneiras subtis está cada um de nós suscetível a ter o mes- mo tipo de atitude que vemos revelado aqui neste “homem do pecado”? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 75-77; Luc. 18:15-43; Paráb. de Jesus, cap. 28. 153
  • 4. TERÇA, 18 de setembro O REFREADOR (II Tessalonicenses 2:5-7) De acordo com o apóstolo Paulo, que duas coisas caracterizavam a situ- ação mundial na época em que ele escreveu? Em que aspetos vê o grande conflito revelado nestes versículos? II Tes. 2:6 e 7. Combinando estes versículos com os anteriores, podemos perceber que Pau- lo está a traçar um esboço da História em três fases, desde o seu tempo até ao fim. A fase final começa com a Segunda Vinda. Antes desta fase, haverá a revelação do homem do pecado (II Tes. 2:3), também conhecido como “o iníquo” [no grego, ho anomos, que se pode traduzir literalmente por “violador da lei”] (II Tes. 2:8). E antes dessa fase haverá um tempo de mistério e de contenção (II Tes. 2:6 e 7). Embora gostássemos muito de compreender totalmente o que Paulo quer di- zer neste texto, há uma série de incertezas nestes versículos. O poder refreador (“o que o detém”) é, no versículo 6, um termo neutro (aplica-se a uma coisa), mas no versículo 7, esse poder (“um que resiste”) é um termo masculino (aplica-se a uma pessoa). O “iníquo” no versículo 8 é masculino, mas é neutro no versículo 7 (“mistério da injustiça”). Também não é claro (no versículo 7) se o poder que resiste é removido do caminho ou se tem autoridade para se remover, embora a tradução Almeida esteja consentânea com o original ao dizer “até que do meio seja tirado”. Quem é, nestes versículos, este refreador, ou poder que resiste? Está pre- sente nos dias de Paulo; defende a Lei (é um poder que resiste à injustiça ou iniquidade, v. 7); cumpre uma missão divina; e tem poder suficiente para resistir à atuação de Satanás (v. 9). De acordo com outras passagens do Novo Testamento, o que é que está a impedir a Segunda Vinda? Mat. 24:14; Marcos 13:10; Apoc. 14:6 e 7. Em grande parte do Novo Testamento, os acontecimentos que levam à Se- gunda Vinda seguem-se à proclamação final do evangelho (Mat. 24:14; Marcos 13:10; Apoc. 14:6 e 7). Neste caso, então, é possível que o próprio Deus seja o Refreador de que Paulo está a falar, restringindo os acontecimentos finais até que todos tenham tido uma oportunidade de ouvir o evangelho. Quanto poder controlador necessita na sua vida? Isto é, quando sur- ge a tentação, de que maneira pode aprender a reclamar o poder de Deus para o/a impedir de fazer o que sabe ser errado? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 78-80; Mat. 25:1-13; Paráb. de Jesus, cap. 29. 154
  • 5. QUARTA, 19 de set. O ANTICRISTO É REVELADO (II Tessalonicenses 2:8-10) Leia II Tessalonicenses 2:8-10. Como é que interpreta estes acontecimen- tos? O que é que há de particularmente importante em tudo isto sobre a expres- são “os que … não receberam o amor da verdade”? O homem do pecado foi apresentado em II Tessalonicenses 2:3 e 4. Ao longo da maior parte da história cristã, ele tem atuado para enfraquecer a Lei de Deus (particu- larmente o mandamento do Sábado) e para usurpar poderes que pertencem unica- mente a Cristo. Em passagens como Daniel 7:20-25 (a ponta pequena) e Apocalipse 13:1-7 (a besta saída do mar), este poder atua depois da queda do Império Romano pagão, combinando a autoridade religiosa e a secular a fim de perseguir os santos de Deus. O único poder na História que se enquadra em todas as especificações destas profecias é o papado. Muitos intérpretes da Idade Média, e mesmo dos nossos dias, apontaram esta instituição como sendo o anticristo. (Só há um ou dois séculos a grande maioria dos cristãos se afastou desta interpretação, uma movimentação em si mesma interessante à luz do que entendemos sobre os acontecimentos dos últimos dias). Esta identificação do papado enquadra-se nas especificações de II Tessaloni- censes 2, onde é indicado que o homem do pecado seria simultaneamente masculino (uma pessoa) e neutro (um poder mundial ou uma instituição). No versículo 7, “o mistério da injustiça” é uma designação apropriada para a sua atividade. No final da História, porém, mesmo antes da Segunda Vinda, haverá um desafio a Deus e às Suas leis ainda mais generalizado. A continuidade destes po- deres, tanto nesta passagem como noutras (Daniel 7 e Apocalipse 13), indica que o papado desempenhará também um papel importante no fim do tempo. Que obra anterior de Deus no curso da História será contrafeita no embuste final? Compare II Tes. 2:9 com Atos 2:22. A passagem de hoje afasta a cortina para revelar um anticristo ainda maior por detrás daquele que tem atuado no meio das nações ao longo da História. O próprio Satanás é o autor e o consumador dos enganos do tempo do fim. Ao aproximar-se o regresso de Jesus, os acontecimentos forçá-lo-ão a um ato final de desespero. Ele ignorará todas as precauções e aparecerá em pessoa para imitar o ministério terreno de Jesus (veja a secção de sexta-feira). Através de milagres enganadores, ele tentará desviar a atenção das pessoas do evangelho (a vida, a morte e a ressurreição de Jesus) e até da própria Segunda Vinda. Medite um pouco mais sobre esta ideia do “amor da verdade”. Como é que o “recebemos”? Por que razão ter este amor é tão importante para uma pessoa que não queira ser apanhada em qualquer logro espiritual, sobretudo nos últimos dias? Como é que se aprende, agora, a “receber o amor da verdade”? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 81-83; Atos dos Apóstolos, Prefácio. 155
  • 6. QUINTA, 20 de set. VERDADE E MENTIRAS (II Tessalonicenses 2:10-12) Leia II Tessalonicenses 2:10-12. Por que razão permite Deus que tanta gente seja enganada? De acordo com esta passagem, o que foi que os ímpios rejeitaram? O versículo 11 é um texto que muita gente acha extremamente complicado. O apóstolo declara muito diretamente: “Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira" (II Tes. 2:11). A reação imediata a este texto é qualquer coisa como: “Como é que pode um Deus da verdade enviar o erro? Como é que no fim Ele pode agir como Satanás?” (Compare II Tes. 2:11 com II Tes. 2:9). Na passagem de hoje, Paulo afasta a cortina e dá-nos um vislumbre do gran- de conflito entre Cristo e Satanás, o qual envolve muito mais do que as questões desta Terra e da sua História. Satanás acusou Deus de ser irrazoável, tirano e mentiroso. Na crise final da História da Terra, Deus “enviará” um engano aos ímpios, não porque Ele minta, mas porque Ele vai permitir que os ímpios es- colham a mentira em vez da verdade e, dessa forma, exponham os resultados das decisões que já terão tomado (II Tes. 2:12). Deus simplesmente deixará que eles colham os frutos das suas más ações. Os acontecimentos do tempo do fim revelam claramente o espírito e o caráter de Satanás e dos seus seguidores, de modo a que todos possam ver. O processo de engano começa quando as pessoas rejeitam o evangelho de Jesus Cristo. No versículo 10, os ímpios recusam receber o amor da verdade. A oferta da salvação no evangelho é o subtexto que está por detrás dos poderes apocalípticos de II Tessalonicenses 2. Mediante os seus ensinos e práticas, o papado tem enfraquecido o evangelho. Tal obra continuará até que seja expos- ta pelos acontecimentos finais descritos em II Tessalonicenses 2:8-12. Dessa forma, a proclamação final do evangelho (Mat. 24:14; Apoc. 14:6 e 7) prepara o terreno tanto para o juízo final como para os enganos do tempo do fim. No fim, sejam quais forem as aparentes manifestações exteriores políticas e religiosas do grande conflito, tal como se desenrola aqui na Terra, o evangelho de Jesus Cristo, não os acontecimentos políticos, tem sido ao longo da história cristã a linha divisória fundamental entre o bem e o mal. O anticristo revela o seu verdadeiro caráter usurpando a vida, a morte e o reino celestial de Jesus. Todos os demais atores neste drama desempenham papéis secundários. Leia com atenção II Tessalonicenses 2:12. Qual é a razão-chave por que as pessoas não aceitam a verdade? De que modo já passou pela experiência deste princípio na sua própria vida? Isto é, como é que o “prazer na iniquidade” tem, ainda que subtilmente, impedido o seu es- pírito de se abrir à verdade? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 84-86; Mat. 28:18-20; Atos dos Apóstolos, cap. 1. 156
  • 7. SEXTA, 22 de setembro ESTUDO ADICIONAL: “O apóstolo Paulo advertiu a igreja para não esperar a vinda de Cristo no seu tempo. “Porque não será assim”, diz ele, “sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado” (II Tessalonicenses 2:3). Não poderemos esperar a vinda do nosso Senhor senão depois da grande apos- tasia e do longo período do domínio do “homem do pecado”. Este “homem do pecado”, que também é denominado “mistério da injustiça”, “filho da perdição”, e “o iníquo”, representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter a sua supremacia durante 1260 anos.” – Ellen G. White, O Grande Conflito, pp. 297 e 298. “Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás perso- nificará Cristo. ... Num tom manso e compassivo apresenta algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia. Cura as doenças do povo, e então, no seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o Sábado para o Domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. … Apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras, e receberem o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo.” – Idem, pp. 519 e 520. “Ao apresentarem a mensagem, não façam investidas pessoais a outras igre- jas, nem mesmo à Católica Romana. Os anjos de Deus veem nas diversas deno- minações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Portanto, sejamos cuidadosos com as nossas palavras…. Sobre estes temas, o silêncio é eloquente. Muitos acham-se enganados. Falem a verdade em tons e palavras de amor.” – Ellen G. White, Evangelismo, p. 576. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: 1 Hoje em dia, há muitos que acreditam que o papado mudou, e em alguns aspetos mudou mesmo. Contudo, nas questões básicas da salva- ção continua a usurpar tudo o que Cristo fez e está a fazer por nós. Con- tinua a ser o poder retratado na profecia. Como podemos ficar firmes na nossa posição bíblica a respeito de Roma, embora fazendo-o, ao mesmo tempo, com amor cristão, com tolerância e tato? 2 Como Igreja estamos constantemente a ser confrontados com pes- soas que surgem com novas datas para os acontecimentos finais, novos gráficos, novas teorias de conspiração sobre este grupo ou aquele. Em- bora devamos permanecer abertos a nova luz, como devemos lidar com esses desafios? Sumário: Ao corrigir alguns dos pontos de vista errados dos Tessalonicenses so- bre os acontecimentos dos últimos dias, o apóstolo Paulo deixou-nos verdade pre- ciosa sobre este tópico. Devemos lembrar-nos sempre, porém, de que a questão crucial dos últimos dias não é a data dos acontecimentos, ou mesmo todos os pormenores, mas de que lado do grande conflito é que decidimos estar. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 87 e 88; Atos 1; Atos dos Apóstolos, cap. 2. 157
  • 8. As Minhas Notas Pessoais 158
  • 9. AUXILIAR DO MODERADOR Texto-Chave: II Tessalonicenses 2:1-12 Com o Estudo desta Lição o Membro da Classe Vai: Aprender: A reconhecer que o único recurso contra o cair presa dos enganos de Satanás no fim dos tempos é desenvolver na sua própria vida amor pela verdade espiritual. Sentir: A necessidade de crescer no conhecimento e no amor à verdade como revelada nas Escrituras. Fazer: Resolver estudar a Palavra de Deus criando esse hábito diário e per- mitir que ela lhe transforme a vida. Esboço da Aprendizagem: I. Aprender: A Verdade de Deus Protege Contra o Engano A.Com o objetivo de corrigir a ideia errada de que a Segunda Vinda já esta- va secretamente em progresso no seu tempo, Paulo enumera uma série de acontecimentos que devem ocorrer primeiro. Que eventos menciona o apóstolo? B. té que ponto os acontecimentos mencionados por Paulo já se cumpriram A nos dias de hoje? C. ntes de Cristo voltar, Satanás vai tentar enganar o mundo. Que palavras A no Texto-Chave apontam para a falsidade ou para o engano? Qual é a única proteção contra vir a ser enganado? II. Sentir: O Desejo de Conhecer a Verdade A. esus disse: “A verdade vos libertará” (João 8:32). De que verdade está Je- J sus a falar? Até que ponto já descobriu que a verdade de Deus é libertadora? B. ue razões poderá alguém ter para não querer conhecer a verdade? Até Q que ponto isso é perigoso? III. Fazer: Aprender a Amar a Verdade A. Como é que se vê o amor à verdade na vida de cada dia? B. omo é que uma pessoa passa do simples conhecimento da verdade para C o amor de facto à verdade? Sumário: Aprender a amar a verdade da Palavra de Deus é a única proteção contra o ser vencido pelos enganos de Satanás. 159
  • 10. AUXILIAR DO MODERADOR CICLO DA APRENDIZAGEM 1.º PASSO – MOTIVAR! Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: O amor pela verdade pro- tegerá os seguidores de Deus contra os poderosos enganos mundiais que Satanás porá em marcha pouco antes do regresso de Cristo. Poderá a maior parte dos habitantes do mundo ser enganada por um logro final levado a efeito por Satanás no tempo do fim? Embora a ideia possa a prin- cípio parecer difícil de acreditar, alguns indivíduos, certamente menos capazes do que o próprio mestre da mentira, já enganaram o nosso “sofisticado” mundo com a sua fraudulência. Um exemplo disto é a descoberta, divulgada em abril de 1983, dos “Diários de Hitler”. Segundo os relatos noticiosos, os diários escritos pela mão de Hitler tinham sido recuperados por um general alemão, de um avião nazi que se despenhara perto de Dresden em 1945. A revista alemã Stern sou- bera da descoberta em 1980 e pagara cinco milhões de dólares para conseguir que os documentos fossem contrabandeados da Alemanha de Leste. Os direitos de publicação em inglês foram depois vendidos à revista Newsweek [americana] e ao jornal Sunday Times [inglês]. A fim de se assegurar da autenticidade dos diários, a Stern tinha encomen- dado a especialistas na Europa e nos Estados Unidos três análises separadas da caligrafia de uma das páginas de um dos diários. Em todos os casos, os especialistas estiveram de acordo: era a caligrafia de Hitler. Além desses testes, o jornal Sunday Times solicitara a Hugh Trevor-Rope, um especialista de nível mundial sobre Hitler, que analisasse minuciosamente os volumes. Depois de ter inicialmente apreciado os volumes, Trevor-Hope comunicou ao Sunday Times que, segundo a sua opinião profissional, os diários eram autênticos. Dois dias antes de os primeiros trechos serem publicados no Sunday Times, Hugh Trevor-Hope começou a manifestar algumas dúvidas acerca dos docu- mentos. Após alguns testes adicionais terem sido realizados, os diários foram declarados falsificações. Finalmente, o seu rasto levou até um tal Konrad Kujau, um vigarista de uma pequena vila, com o dom de falsificação. Kujau explicou mais tarde como é que tinha conseguido enganar os especialistas. Tinha apa- nhado pormenores da vida de Hitler em biografias publicadas, inventou uns por- menores casuais, imitou a caligrafia de Hitler e derramou chá sobre as páginas e bateu-as contra o tampo de uma mesa a fim de lhes dar um aspeto de velhas e gastas. Foi preso e sentenciado a perto de cinco anos de prisão. – “Konrad Kujau”, London Times, 14 de setembro de 2000. Pense Nisto: Se um burlão de uma pequena vila conseguiu enganar tantos especialistas, imagine só quão bem montadas serão as fraudes do tempo do fim realizadas por Satanás. O que é que se pode fazer a fim de estarmos certos de não sermos ludibriados nessa altura? 160
  • 11. AUXILIAR DO MODERADOR 2.º PASSO – ANALISAR! COMENTÁRIO BÍBLICO I. Manter o Rumo (Recapitule com a classe II Tessalonicenses 2:1-3.) Embora a nossa tendência seja provavelmente saltar de imediato para os en- ganos do tempo do fim contra os quais o apóstolo adverte nesta passagem, é importante primeiro compreender o contexto em que Paulo enquadra as suas observações posteriores. Nos primeiros três versículos do capítulo 2, ficamos a saber que a principal preocupação de Paulo é o bem-estar espiritual dos novos conversos em Tessalónica. Eles tinham começado bem, mas agora Paulo ouvia dizer que a especulação sobre os acontecimentos no tempo do fim os preocu- pava tanto que corriam o perigo de não dar atenção à forma como deviam viver a vida no presente. O apóstolo descreve com duas palavras o tipo de agitação espiritual que eles enfrentavam: movidos e perturbados. A palavra mover refere-se ao tipo de agi- tação provocada pelo vento ou pelas ondas. Paulo parece ter em mente a ima- gem de um navio a ponto de se desprender das suas amarras ou de um navio sacudido de um lado para o outro numa tempestade. O uso da palavra perturbar aponta para as emoções mais interiores que se tem quando alguém está per- plexo. Este tipo de angústia espiritual é altamente destrutivo para a vida cristã. Leva as pessoas a envolverem-se tanto no que vai acontecer no futuro que se debatem para viver pela fé no presente. Jesus advertiu a respeito deste perigo, em Mateus 24, onde disse: “Ouvireis de guerras e de rumores de guerra; olhai, não vos assusteis (ou perturbeis)” (Mat. 24:6). Qual é a fonte do alarmismo dos Tessalonicenses? Alguns deles tinham che- gado à conclusão de que Cristo já tinha regressado. Estranho como possa pa- recer, isto não deve realmente surpreender-nos. Os novos crentes são sempre mais suscetíveis aos falsos ensinos, atendendo ao facto de não terem tido tempo para se firmarem nas Escrituras. Uma vez que uma interpretação literal da Se- gunda Vinda seria claramente um argumento contra a ideia de que Jesus já tinha vindo, só podemos concluir que alguns dos Tessalonicenses devem ter suposto que Cristo tinha regressado espiritualmente. Qualquer coisa parecida, talvez, com a crença moderna dos Testemunhas de Jeová, que insistem que a segunda vinda de Jesus ocorreu espiritualmente em 1914. Pense Nisto: Paulo estava preocupado com os Tessalonicenses poderem ficar tão alarmados com os acontecimentos finais que deixariam de viver para Cristo no tempo presente. Ao aguardarmos o breve retorno de Cristo, como é que nos po- demos proteger contra deixar que a nossa fé vá para um ou para o outro extremo? 161
  • 12. AUXILIAR DO MODERADOR II. A Grande Rebelião (Recapitule com a classe II Tessalonicenses 2:3-12.) Tendo já dito aos Tessalonicenses que a volta de Cristo seria repentina e ines- perada (I Tes. 5:2), Paulo passou agora a explicar-lhes que Cristo não poderia ter já regressado porque certos acontecimentos têm de ocorrer primeiro. O primeiro acontecimento será uma grande “apostasia” (II Tes. 2:3) ou uma “rebelião” (do grego “apostasia”) contra Deus, orquestrada pelos poderes do mal (compare Mat. 24:10-12; Atos 20:29 e 30; I Tim. 4:1; II Tim. 3:1-5; 4:3 e 4). Além dessa apostasia espiritual, Paulo acrescenta que o homem do pecado (ou da iniquidade) tem de ser revelado. O facto de este homem ter de ser revela- do, ou desmascarado, indica que ele é um indivíduo que prefere manter escondi- da a sua identidade. Embora Paulo não identifique especificamente esse indiví- duo, as caraterísticas que ele menciona de facto dão algumas pistas. A primeira é que os seus atos são semelhantes ao comportamento malicioso do próprio Satanás. Como Satanás, este indivíduo pretende ser Deus e deseja sentar-se no trono de Deus (Isaías 14; Ezequiel 28). E, como Satanás, também este ser se opõe a Deus e aos Seus seguidores (Zac. 3:1 e 2), pelo que o homem do pecado é alguém que se “opõe” a Deus e à Sua obra. Mas, como a lição também realça, a terminologia de Paulo relativa ao homem do pecado, em II Tessalonicenses 2:8-10, tem um paralelo na descrição, no livro de Daniel, do poder da ponta pequena, que foi usada por Satanás para atrapalhar os seguidores de Deus e a Sua obra (compare Dan. 8:9-12, 23-25). Estas duas pistas apontam para o próprio Satanás e para os diversos “cabecilhas” que ele tem usado ao longo dos séculos para fazer a sua obra de engano. No final dos tempos, o próprio Satanás tentará obter a adoração do mundo, encenando a maior fraude alguma vez vista – uma contrafação da Segunda Vin- da! Paulo indica este pormenor recorrendo precisamente à mesma palavra que já usara para descrever a volta de Jesus (em grego, parousia) para descrever agora a “vinda” do homem do pecado (também, parousia em II Tes. 2:9). Numa tentativa de legitimar a sua contrafação da “vinda”, Satanás realizará “milagres, sinais e ma- ravilhas enganadoras” – praticamente a mesma expressão que o apóstolo Pedro usou para testificar da verdade do ministério de Jesus (Atos 2:22). O que Paulo quer salientar é claro: o engano final será tão convincente que só aqueles que estiverem dispostos a receber “o amor da verdade” (II Tes. 2:10) é que não serão enganados (compare Mat. 24:24; Marcos 13:22). Pense Nisto: Em linha com o ensino dos Reformadores Protestantes, os Ad- ventistas do Sétimo Dia têm historicamente identificado o homem do pecado com o papado. Que perigo há, porém, em estar concentrado exclusivamente no papel do papado nos acontecimentos do tempo do fim? Isto é, embora não devamos nunca esquecer o seu papel, as questões são maiores do que apenas o papel do papado. 162
  • 13. AUXILIAR DO MODERADOR 3.º PASSO – PRATICAR! Perguntas para Reflexão: 1. lém da história de Jacob a enganar o pai Isaac, que outras histórias na A Bíblia envolvem uma pessoa a enganar outra? Que lições podemos apren- der com estes relatos a respeito de maneiras pelas quais possamos evitar o engano? 2. aulo diz que aqueles que se vão perder recusaram aceitar “o amor da ver- P dade” (II Tes. 2:10). Embora seja de lamentar o destino destes indivíduos, que “boas novas” poderemos encontrar no uso da palavra recusaram? 3. ilatos perguntou um dia a Jesus: “O que é a verdade?” (João 18:38). À P luz da importância que o apóstolo atribui à “verdade” em II Tessalonicenses 2:10 e 12, que resposta daria a essa pergunta? Perguntas para Aplicação: 1. eus é descrito como alguém que restringe o mal mediante a pregação D da Sua Palavra. De que modo está presente na sua vida pessoal o poder restritivo de Deus? 2. uitas pessoas vão ser enganadas pelas fraudes de Satanás. O que é que M se pode fazer agora, não só para nos protegermos a nós mesmos, mas também para proteger outros que estão na esfera da nossa influência? 4.º PASSO – APLICAR! Só para o Moderador: Como salienta a secção de sexta-feira da lição desta semana, muita gente hoje em dia não vê o papado como uma ameaça, e por cer- to não como um protagonista importante na luta contra o povo de Deus nos acon- tecimentos finais da história da Terra. Tendo isto em mente, e mantendo diante de nós a perspetiva adventista sobre o papado (a qual está fortemente apoiada na Bíblia e no Espírito de Profecia), será prudente abordar esta matéria com alguma sensibilidade. A atividade que se segue poderá ser útil a este respeito. Atividade: Chame a atenção da classe para o facto de Satanás estar ativa- mente a trabalhar, desde a ressurreição de Cristo, para enfraquecer a obra de Cristo neste mundo e na vida dos Seus seguidores. Divida a classe em grupos e peça-lhes que façam uma lista de pessoas e de instituições que poderão ser vistas como “manifestações” do “homem do pecado” no tempo do fim. 163