O documento discute os fundamentos da economia consciente como uma abordagem interdisciplinar que incorpora uma visão mais ampla do ser humano e da realidade. A economia consciente propõe (1) uma nova concepção do ser humano como "homem consciente" em vez de "homem econômico racional", (2) mudanças nas relações econômicas e sociais com foco na cooperação em vez da competição, e (3) transformações nas estruturas econômicas e políticas com base na democracia direta e no bem comum.
3. Definição etimológica de
“economia”:
Do grego “oikos nomos”: Organização ou
administração da casa.
Casa: economia individual, doméstica, uma cidade
(polis), país-Estado, ou el
o planeta completo.
4. Fundamentos científicos da Economia que
dão origem ao Homo Economicus atual
•Antropológicos/psicológicos: 1) Homem racional
2) Homem egoísta (Homo economicus)
3) Possui necessidades ilimitadas (biológ/psicológ)
•Geológico/ambiental: Os recursos para satisfazer as
necessidades são “escassos”.
•Filosófico/ético: Utilitarismo-beneficio pessoal
•Lógico-matemático: é possivel crescer infinitamente
com recursos finitos (contradição do crecimento
económico indefinido vs recursos finitos))
11. Recursos escassos: quais
recursos são escassos?
• Água potável?
• Alimentos?
• Matéria prima para
fabricar vestimenta?
• Matéria prima para
construir residências?
• Energia? Transporte?
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12. Escassez = dogma
Estado da consciência humana
• É um dogma que leva à
criação de teorias que
repercutem na visão do
homem e do mundo.
• Consciência de carência,
medo.
• Homem que busca a
sobrevivência.
15. Visão antropológica e filosófica
predominante na atualidade
• Homem Racional (penso
Logo existo).
• Exaltação da razão.
• Teoria pessimista do homem
agressivo e egoísta.
• Ética do egoísmo puro,
derivada daquela concepção
• Ciências positivas: aqui se
encontra a Economia.
16. Nova visão do homem e do mundo
baseada numa nova concepção da
“consciência”
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17. Consciência do observador:
• Auge de buscas de leitura na atualidade
Temas que ultrapassam o puramente
racional: livros de auto-ajuda, insuficiência da ciência para dar
respostas completas aos problemas do homem atual.
• Comum denominador: novo paradigma físico (física quântica-teoria
M), viver o Agora como fator decisivo, a mudança da “percepção” da
realidade mais do que só tentar “controlá-la”, o uso dos dois
hemisférios cerebrais, a busca de um sentido novo da vida, etc.
• Busca de novas teorias “aplicáveis” e integradoras: insuficiência
tanto das crenças como das ciências que estejam atrasadas nas suas
teorias a respeito da realidade atual.
18. Nova visão baseada numa nova
concepção da “consciência”
• O observador: Ir além da mente pensante, a “res cogitans”
do Descartes para Ser “consciente”.
• Novo paradigma antropológico: homem consciente.
• Novo modo de enxergar o mundo: física quântica, o
observador influencia a realidade, somos mais do que só
uma “coisa que pensa”, valorização da emoção, etc.
• Novos modos de vida e relação: novo ethos.
• Ciências: impacto em todas elas.
A economia não podería ficar fora
daquela mudança.
19. Do domínio da razão a uma
inteligência integral
Uso do cérebro
completo: racional e
emocional
Pensamento só
racional
20. Do Ego ao “Observador”
Consciencia de
unidade -
interdependência
Consciência
egocêntrica
22. O qué é Economia Consciente?
• É uma busca interdisciplinar e complexa das bases
científicas e filosóficas que sustentam uma economia com
base na nova visão antropológica e da realidade.
• O objetivo é atualizar a teoria econômica atual desde um
lugar interdisciplinar e propor novos olhares aplicáveis à
vida das pessoas comuns e nas políticas
macroeconômicas-sociais.
• Consolidada dentro da busca duma sociedade pacífica que
apele ao diálogo e o consenso pacífico.
23. Quem está pesquisando?
• Muitos pesquisadores livres, fora de projetos oficiais de
pesquisa, em geral, devido a sua complexidade e não
conexão com um lucro a curto prazo.
• Muitos deles comunicam a suas idéias pela internet.
• Facilitado pela comunicação de redes.
• Seguindo seu princípio de paz
e cooperação, as teorias vão-se
acumulando e crescendo.
• Pouco a pouco irão se reconhecendo
em instituições oficiais
24. 3) Impacto desse novo paradigma na
economia e na sociedade em geral:
Níveis micro e macro
25. Novas visões “integrais” “das
partes” e “do Todo”.
• Platão: relação alma-polis
• Física quântica
• Teoría geral dos sistemas ou visão sistêmica
• Visões metafísicas esotéricas: kybalión,
tradições orientais, cosmovisões ancestrais,
etc.
27. Correspondência entre a visão do
homem e a vida dele na sociedade
Visão do mundo Modelo de civilização
28. Modelo de sociedade-econômica atual:
baseado na sobrevivência-competição
Modelo baseado no Ego
e a sobrevivência
Economia individualista e
competitiva
29. Modelo de sociedade-econômica consciente:
tendencia à paz, a cooperação e à integração
social.
Modelo baseado na escolha do próprio
modo de vida consciente (ethos) e a
responsabilidade dos atos própios.
Democracias diretas e
eletrônicas – macroeconomia
consciente
30. Paradigma atual
• Democracias representativas –
paradigma de jogar culpas
• Predomínio dos interesses
particulares – sobrevivência
• Economia de exclusão
orientada à competição e ao
lucro individual
• Paradigma da competição
• Rivalidades ideológicas izq-dir
pelo sistema “ideal”.
Novo Paradigma
• Democracias diretas
eletrônicas-paradigma da
responsabilidade cidadã
• Predomínio do bem comum,
atingido pelo consenso
• Economia de inclusão
orientada ao ser humano e à
ecologia
• Paradigma da cooperação
• Consensos além das
ideologias em pró da paz.
Mudanças no nível “macro” no Todo:
Macroeconomia - política
32. 4) questionamentos individuais
para uma vida consciente
1. O propósito da vida: quem eu sou? por que
vivo, por que estou aqui?
2. Os dons: estou fazendo as atividades que amo?
3. Modo de vida: vivo como eu gosto na verdade?
Desfruto da minha vida?
4. Relações sociais: desfruto das minhas relações
humanas? É sana a minha convivência com os
outros?
5. Consumo: consumo realmente o necessário?
6. Dinheiro e outros modos de intercâmbio: uso
eles com consciência? estou no ganha-ganha?
34. Dificuldade principal com o dinheiro:
confusão entre “os meios e os fins”
• “viver pelo dinheiro” ou “rechaça-lo”:
nenhuma das duas posturas é funcional para
uma vida consciente, segundo o momento
social que estamos vivendo hoje.
• O dinheiro é uma convenção social “atual”, uma
tecnologia de intercâmbio com a qual podemos
conviver em paz psicologicamente ou não.
• Postura recomendada: vê-lo como um
instrumento e se focar em ter intercâmbios
conscientes, ou seja, no “ganha-ganha”.
• Implica um trabalho psicológico: O dinheiro
tem se convertido numa representação
simbólica de questões psicológicas como a
nossa auto-estima, por exemplo.
35. Características de uma economia
consciente no nível individual
•Desfrute das atividades (bom viver) - Dons
•Desfrute das relações (bom conviver)
•Intercâmbios equilibrados-bem comum
com os demais, de cooperação: ganha-ganha.
•Auto-realização: Vida
humana com um propósito
ligado ao conjunto social
como um Todo. “Me sinto
parte de um Todo maior”.
36. Intercâmbios equilibrados-cooperação:
Ética do desfrute múltiple
Vínculo humano
entre duas pessoas
(agente passivo)
Não Desfruta Desfruta
(agente ativo)
Não Desfruta
1) Insatisfação e
FRUSTRAÇÃO das
duas partes.
2) ALTRUÍSMO
Desfruta 3) EGOÍSMO 4) Ética do desfrute
múltiplo ou
EGOALTRUÍSMO
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37. Intercâmbios equilibrados-cooperação:
Ética do desfrute múltiplo
Vínculo humano
entre duas pessoas
(agente passivo)
Não se beneficia Se beneficia
(agente ativo)
Não se beneficia
1) Insatisfação e
FRUSTRAÇÃO das
duas partes.
2) ALTRUÍSMO
Se beneficia 3) EGOÍSMO 4) Ética do benefício
múltiplo ou
EGOALTRUÍSMO
38. Relações humanas de cooperação:
Ética do benefício o desfrute múltiple
Ética do
Egoísmo
Ética do
Altruismo
Ética do
“desfrute
múltiplo” ou
Egoaltruísmo
39. Busca do “bem comum”: passo
social logo da cooperação
1. Bem maior que a sociedade va encontrando
através de consensos: por exemplo os
direitos humanos reconhecidos.
2. Função individual: buscar a sintonia com a
cooperação cuidando de não prejudicar aos
outros com as nossas ações cooperativas.
3. Promover a paz e o diálogo: deve-se ajudar
socialmente promovendo o diálogo pacífico
entre as forças rivais. Cada um desde seu
lugar social pode promover uma cultura de
paz e consensos e intermediar nos conflitos.
40. Ordem das transformações
tecnológicas-sociais conscientes.
1) Consciência
individual: modo
de vida consciente.
2)Relações humanas
conscientes:
cooperação/diálogo/consen
so
3) Mudanças
tecnológicas-
democráticas-
macroeconômicas.
41. Paciência – O Todo tem o tempo própio
“Comecemos por escolher nossos
próprios modos de vida”
Vida consciente Inspira uma sociedade
consciente
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