SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  22
OS CONCEITOS BÁSICOS DA
METODOLOGIA DA PESQUISA
CIENTÍFICA
.
Prof. Thiago Vieira Mathias de Oliveira
professorthiagovmo@gmail.com
Conhecimento, ciência, pesquisa e método:
considerações iniciais para um relacionamento
POR QUE CONHECER?
 capacidade de conhecimento é inerente à natureza
humana. Ex.: descobertas e invenções.
 a solução de problemas (infindáveis?) e o crescente
processo de atividade sobre a natureza.
 conhecimento: meta ou processo?
- variedade de formações.
- não continuidade linear ou progressiva.
- rupturas e reconstruções constantes nos conceitos, ideias e juízos.
2
CIÊNCIA?
HÁ UM CAMINHO PARA “COMEÇAR” A
CONHECER?
 formas mais simples de conhecimento, sentidos
humanos e percepção pura da realidade: primariedade
e equívocos – as percepções correspondem à realidade?
Ex.: imobilidade da Terra, horizonte plano e mundo quadrado.
 o conhecimento é uma relação: sujeito cognoscente,
objeto cognoscível.
 os conhecimentos não são iguais em sua natureza:
diferentes formas de abordar, compreender e explicar a
realidade
3
CONHECIMENTO MÍTICO
 dominar o mundo X medo e insegurança.
 natureza desconhecida X valoração e explicação
metafórica da natureza.
 transmissão implícita de conteúdos: grande
esforço de interpretação.
CONHECIMENTO MÍTICO
 modo lúdico, ingênuo, fantasioso, não crítico e
não reflexivo de explicação do desconhecido.
 a forma de verdade instituída: dispensa de
prova para aceitação.
 mito X ciência: relação de anterioridade e
relação de negação
CONHECIMENTO RELIGIOSO
 a fé, forças transcendentes e instâncias
criadoras e a ideia de um vínculo humano.
 crença em verdades preexistentes e prontas,
ainda que não comprovadas empiricamente Ex.:
dogmas religiosos.
 formas de expressão: doutrinas, preceitos de
ordem ética, possibilidade de rituais.
CONHECIMENTO RELIGIOSO
 auxílio diante das adversidade e dificuldade de
explicação da realidade física = conforto.
 pode veicular sistema de padrões morais e
atuar estrategicamente para controle das
condutas dos indivíduos.
CONHECIMENTO
FILOSÓFICO
 reflexão crítica diante do mundo, conhecimento
não pronto ou acabado.
 questionamento de culturas, práticas políticas,
econômicas, culturais, etc.
 conhecimento de essência, significados mais
profundos e fundamentais = a ordem geral do
mundo ou contexto mais universal da realidade.
CONHECIMENTO
FILOSÓFICO
 não limitação para indagações e reflexões +
articulação de novas interrogações e problemas.
 não compromisso com a verdade ou soluções
definitivas, mas com possibilidade de verdades.
 procura do saber X posse do saber.
CONHECIMENTO VULGAR
 espontaneidade, senso comum, saber resultante
de nossas necessidade cotidianas e de
experiências imediatas. Ex.: todos os pais são
pedagogos?
 natureza social do homem (troca de
informações) + noções gerais de mundo operadas
no dia-a-dia.
 heterogeneidade = opiniões individuais, de
grupos e as condições de sua produção.
CONHECIMENTO VULGAR
 ausência de métodos, critérios ou
procedimentos: a ordem aparente das coisas e a
não sistematicidade.
 caráter acrítico, imediatista, crédulo e não
sofisticado.
 não necessariamente desprovido de explicação
científica = o senso crítico da ciência e falta de
bom senso dos cientistas.
 o conhecimento do não especialista e o senso
comum dos cientistas.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
latin scire (conhecimento ou sabedoria) =
informação/saber em relação a algum aspecto
da realidade.
demarcação científica, mas ainda
interdependência em relação à filosofia:
 expressão dos séculos XVII e XVIII
(modernidade ocidental) = ciência como
paradigma de abordagem dos problemas e como
campo próprio de investigação e reflexão.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Ecos da modernidade
declínio do modo de produção feudal e
emergência do capitalismo: da servidão ao
trabalho livre.
campo religioso: transcendência perde referência
para a existência.
campo teórico: ceticismo – erro, não verdade,
impureza do conhecimento (impulsos humanos) ...
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Ecos da modernidade
da “crise” ao Renascimento: valorização da
capacidade humana de conhecer e transformar a
realidade.
conhecimento na modernidade = um edifício
erigido sob um paradigma (paradigma científico
da modernidade)
dogmatismo: mais que um caractere específico,
mas sua essência = partida de verdades
apriorísticas inquestionáveis. Ex.: “leis da vida”
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Ecos da modernidade
aceitação pela maioria da comunidade científica e
imposição como modo obrigatório de abordagem
dos problemas.
fatos novos, extraordinários ou excepcionais
tendem a ser reduzidos aos padrões
paradigmáticos = não abalo das crenças
anteriores.
atitude crítica: rompimento com o dogmatismo =
estranhamento, questionamento, indignação.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Delineando um paradigma
 causalidade: unidade e coerência e relações
necessárias entre eventos da natureza /
submissão a partir da valorização da repetição
dos fenômenos.
 busca pelos fundamentos, causas, pelo que
determina eventos/acontecimentos –
consequências: precisão, objetividade e
controle.
 generalização: teorização, aplicação às
similitudes e divulgação de resultados.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Delineando um paradigma
 previsibilidade: ocorrência futura de
fenômenos, eficiência, segurança – leis
científicas e caráter metodológico.
 não imediatismo: insuficiência dos aspectos
superficiais.
 antropocentrismo: benefício do próprio
homem, luta contra o medo do desconhecido e a
desordem e a capacidade de autoconhecimento.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Delineando um paradigma
 racionalismo: exercício de autodomínio,
conhecimento com ordem e medida e
novamente a questão do método e a
neutralidade científica.
 busca pela verdade = não proveniência de
erros:
- aspecto lógico: atributo de validade das
proposições = a aceitação das premissas como
verdadeiras gera necessariamente a verdade da
conclusão.
- diante da rigorosidade, não há margem para
discussão, para interpretações alternativas.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Delineando um paradigma
 busca pela verdade = a verdade lógica =
geralmente assume a forma do raciocínio
silogístico.
- Todo homem é mortal.
- João é homem
- João é mortal.
- “Não podem alistar-se como eleitores os
estrangeiros (...)” (Art. 14, § 2º, CF).
- John é americano.
- John não pode votar.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Delineando um paradigma
 busca pela verdade
- aspecto empírico: conformidade com a realidade
e seu oposto seria a ilusão, a irrealidade, a
mentira.
- problema: caráter não absoluto, transitoriedade
e consensualidade sobre a verdade dos fatos.
- Ex.: a verdade da Igreja Católica sobre índios e
escravos afrodescendentes no século XVI.
 OBS1.: conclusões pode ser empiricamente
verdadeira e logicamente falsa (ser inválida) e
vice-versa = verdade de uma conclusão é
conceitualmente distinta de sua validade.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Delineando um paradigma
 busca pela verdade: verdade lógica e verdade
empírica:
- Todos os peixes passam a maior parte de sua
vida na água.
- Alguns caramujos passam a maior parte de
sua vida na água.
- Logo, alguns caramujos são peixes.
- OBS2.: quando a conclusão é empiricamente
falsa, sente-se que a falha lógica aparece com
mais clareza/evidência porque comumente se
reage mais imediatamente à verdade da
conclusão, ao invés da validade dela.
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Delineando um paradigma
 busca pela verdade: verdade lógica e verdade
empírica:
- As pessoas que, quando crianças foram
brutalmente ou frequentemente espancadas
pelos pais têm problemas de autoimagem.
- Alguns antropólogos têm problemas quanto à
sua autoimagem.
- Logo, alguns antropólogos têm (ou tinham)
pais bastante punitivos.

Contenu connexe

Tendances (20)

Conhecimento científico
Conhecimento científicoConhecimento científico
Conhecimento científico
 
Filosofia da Ciência
Filosofia da CiênciaFilosofia da Ciência
Filosofia da Ciência
 
Os Tipos de Conhecimento
Os Tipos de ConhecimentoOs Tipos de Conhecimento
Os Tipos de Conhecimento
 
Tipos de conhecimento
Tipos de conhecimentoTipos de conhecimento
Tipos de conhecimento
 
Fundamentos do conhecimento científico
Fundamentos do conhecimento científicoFundamentos do conhecimento científico
Fundamentos do conhecimento científico
 
Filosofia ciencia
Filosofia   cienciaFilosofia   ciencia
Filosofia ciencia
 
Produção do conhecimento
Produção do conhecimentoProdução do conhecimento
Produção do conhecimento
 
Formas de Conhecimento
Formas de ConhecimentoFormas de Conhecimento
Formas de Conhecimento
 
Ciencia
CienciaCiencia
Ciencia
 
Ciência com consciência
Ciência com consciênciaCiência com consciência
Ciência com consciência
 
Metodologia científica
Metodologia científicaMetodologia científica
Metodologia científica
 
O que é ciência
O que é ciênciaO que é ciência
O que é ciência
 
1.ciência e técnica
1.ciência e técnica 1.ciência e técnica
1.ciência e técnica
 
Metodologias em ciencias sociais conceitos 2014
Metodologias em ciencias sociais conceitos 2014Metodologias em ciencias sociais conceitos 2014
Metodologias em ciencias sociais conceitos 2014
 
2.4. conhecimento filosófico
2.4. conhecimento filosófico2.4. conhecimento filosófico
2.4. conhecimento filosófico
 
3. produção do conhecimento em sociologia
3. produção do conhecimento em sociologia3. produção do conhecimento em sociologia
3. produção do conhecimento em sociologia
 
O conhecimento filosófico
O conhecimento filosóficoO conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico
 
O que é conhecimento
O que é conhecimentoO que é conhecimento
O que é conhecimento
 
Resumo
ResumoResumo
Resumo
 
A metodologia nas ciências sociais
A metodologia nas ciências sociaisA metodologia nas ciências sociais
A metodologia nas ciências sociais
 

En vedette

Piramides x extra terrestres
Piramides x extra terrestres Piramides x extra terrestres
Piramides x extra terrestres siaromjo
 
Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...
Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...
Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...Diana Carrillo
 
Religião e mitologia grega
 Religião e mitologia grega Religião e mitologia grega
Religião e mitologia gregaDelziene Jesus
 
Paradigma Educacional Emergente
Paradigma Educacional EmergenteParadigma Educacional Emergente
Paradigma Educacional EmergenteNorma Almeida
 
CaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma Educacional
CaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma EducacionalCaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma Educacional
CaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma Educacionalntebrusque
 
Bestiario Mitológico
Bestiario MitológicoBestiario Mitológico
Bestiario Mitológicoromaba63
 
O conhecimento mítico
O conhecimento míticoO conhecimento mítico
O conhecimento míticoItalo Colares
 
Literatura Infantil - Mitologia Grega
Literatura Infantil - Mitologia GregaLiteratura Infantil - Mitologia Grega
Literatura Infantil - Mitologia Gregaopsmelorenasp
 
Mito de pandora roteiro - versão para alunos
Mito de pandora   roteiro - versão para alunosMito de pandora   roteiro - versão para alunos
Mito de pandora roteiro - versão para alunosVilmar Vilaça
 
Conhecimento científico
Conhecimento científicoConhecimento científico
Conhecimento científicommartinatti
 
Atividades mito de pandora e prometeu
Atividades   mito de pandora e prometeuAtividades   mito de pandora e prometeu
Atividades mito de pandora e prometeuDoug Caesar
 
Conhecimento e Ciência
Conhecimento e CiênciaConhecimento e Ciência
Conhecimento e CiênciaRobson Santos
 
Senso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científicoSenso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científicoHelena Serrão
 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
CONHECIMENTO CIENTÍFICOCONHECIMENTO CIENTÍFICO
CONHECIMENTO CIENTÍFICONet Viva
 
Senso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaSenso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaJorge Barbosa
 
Seres mitologicos de la edad media
Seres mitologicos de la edad mediaSeres mitologicos de la edad media
Seres mitologicos de la edad mediaMichell Andrade
 

En vedette (17)

Piramides x extra terrestres
Piramides x extra terrestres Piramides x extra terrestres
Piramides x extra terrestres
 
Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...
Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...
Mitología medieval (resumen de historias) (seres mitológicos de mayor importa...
 
Religião e mitologia grega
 Religião e mitologia grega Religião e mitologia grega
Religião e mitologia grega
 
Paradigma Educacional Emergente
Paradigma Educacional EmergenteParadigma Educacional Emergente
Paradigma Educacional Emergente
 
CaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma Educacional
CaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma EducacionalCaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma Educacional
CaracteríSticas Do Antigo E Do Novo Paradigma Educacional
 
Bestiario Mitológico
Bestiario MitológicoBestiario Mitológico
Bestiario Mitológico
 
O conhecimento mítico
O conhecimento míticoO conhecimento mítico
O conhecimento mítico
 
Literatura Infantil - Mitologia Grega
Literatura Infantil - Mitologia GregaLiteratura Infantil - Mitologia Grega
Literatura Infantil - Mitologia Grega
 
Mito de pandora roteiro - versão para alunos
Mito de pandora   roteiro - versão para alunosMito de pandora   roteiro - versão para alunos
Mito de pandora roteiro - versão para alunos
 
Conhecimento científico
Conhecimento científicoConhecimento científico
Conhecimento científico
 
Atividades mito de pandora e prometeu
Atividades   mito de pandora e prometeuAtividades   mito de pandora e prometeu
Atividades mito de pandora e prometeu
 
Conhecimento e Ciência
Conhecimento e CiênciaConhecimento e Ciência
Conhecimento e Ciência
 
Senso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científicoSenso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científico
 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
CONHECIMENTO CIENTÍFICOCONHECIMENTO CIENTÍFICO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
 
Senso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaSenso Comum e Ciência
Senso Comum e Ciência
 
Senso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científicoSenso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científico
 
Seres mitologicos de la edad media
Seres mitologicos de la edad mediaSeres mitologicos de la edad media
Seres mitologicos de la edad media
 

Similaire à Ciência política

Fundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências SociaisFundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências SociaisMaria Clara Silva
 
Apostila do projeto integrador i
Apostila do projeto integrador iApostila do projeto integrador i
Apostila do projeto integrador iElizabete Dias
 
Fundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofiaFundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofiamegainfoin
 
AFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptx
AFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptxAFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptx
AFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptxIgorBuarque1
 
Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01
Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01
Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01Alberto Nhatirre
 
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe AssunçãoATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
 
Renovar a teoria crítica
Renovar a teoria críticaRenovar a teoria crítica
Renovar a teoria críticaLívia Willborn
 
5 filosofia e ciencia
5 filosofia e ciencia 5 filosofia e ciencia
5 filosofia e ciencia Erica Frau
 
Aula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptx
Aula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptxAula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptx
Aula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptxClaudiaJuliettedoNas
 
Estudo dirigido (3) de ética e filosofia na ci
Estudo dirigido (3) de ética e filosofia na ciEstudo dirigido (3) de ética e filosofia na ci
Estudo dirigido (3) de ética e filosofia na ciRita Gonçalves
 
Filosofia 2º bimestre -1ª série - o conhecimento
Filosofia   2º bimestre -1ª série - o conhecimentoFilosofia   2º bimestre -1ª série - o conhecimento
Filosofia 2º bimestre -1ª série - o conhecimentomtolentino1507
 
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano   3º e 4º bimestreApostila do 1º ano   3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestreDuzg
 

Similaire à Ciência política (20)

Fundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências SociaisFundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências Sociais
 
Apostila do projeto integrador i
Apostila do projeto integrador iApostila do projeto integrador i
Apostila do projeto integrador i
 
Fundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofiaFundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofia
 
2º anos (Filosofia) Consciência
2º anos (Filosofia) Consciência2º anos (Filosofia) Consciência
2º anos (Filosofia) Consciência
 
Consciencia (1)
Consciencia (1)Consciencia (1)
Consciencia (1)
 
AFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptx
AFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptxAFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptx
AFenomenologiadaepistemologiatica_20220830155830 (1).pptx
 
Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01
Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01
Alberto antonio nhatirre, turma r9, numero 01
 
O conhecimento: origens e debates
O conhecimento: origens e debatesO conhecimento: origens e debates
O conhecimento: origens e debates
 
O conhecimento origens e debates pdf
O conhecimento origens e debates   pdfO conhecimento origens e debates   pdf
O conhecimento origens e debates pdf
 
A questão do conhecimento
A questão do conhecimentoA questão do conhecimento
A questão do conhecimento
 
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe AssunçãoATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
 
Alberto Nhatirre
Alberto NhatirreAlberto Nhatirre
Alberto Nhatirre
 
Renovar a teoria crítica
Renovar a teoria críticaRenovar a teoria crítica
Renovar a teoria crítica
 
5 filosofia e ciencia
5 filosofia e ciencia 5 filosofia e ciencia
5 filosofia e ciencia
 
Filosofia resumo
Filosofia resumoFilosofia resumo
Filosofia resumo
 
Aula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptx
Aula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptxAula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptx
Aula_Um Discurso Sobre as Ciências_Boaventura.pptx
 
Estudo dirigido (3) de ética e filosofia na ci
Estudo dirigido (3) de ética e filosofia na ciEstudo dirigido (3) de ética e filosofia na ci
Estudo dirigido (3) de ética e filosofia na ci
 
Filosofia 2º bimestre -1ª série - o conhecimento
Filosofia   2º bimestre -1ª série - o conhecimentoFilosofia   2º bimestre -1ª série - o conhecimento
Filosofia 2º bimestre -1ª série - o conhecimento
 
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano   3º e 4º bimestreApostila do 1º ano   3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestre
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 

Dernier

Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 

Dernier (20)

Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 

Ciência política

  • 1. OS CONCEITOS BÁSICOS DA METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA . Prof. Thiago Vieira Mathias de Oliveira professorthiagovmo@gmail.com Conhecimento, ciência, pesquisa e método: considerações iniciais para um relacionamento
  • 2. POR QUE CONHECER?  capacidade de conhecimento é inerente à natureza humana. Ex.: descobertas e invenções.  a solução de problemas (infindáveis?) e o crescente processo de atividade sobre a natureza.  conhecimento: meta ou processo? - variedade de formações. - não continuidade linear ou progressiva. - rupturas e reconstruções constantes nos conceitos, ideias e juízos. 2
  • 3. CIÊNCIA? HÁ UM CAMINHO PARA “COMEÇAR” A CONHECER?  formas mais simples de conhecimento, sentidos humanos e percepção pura da realidade: primariedade e equívocos – as percepções correspondem à realidade? Ex.: imobilidade da Terra, horizonte plano e mundo quadrado.  o conhecimento é uma relação: sujeito cognoscente, objeto cognoscível.  os conhecimentos não são iguais em sua natureza: diferentes formas de abordar, compreender e explicar a realidade 3
  • 4. CONHECIMENTO MÍTICO  dominar o mundo X medo e insegurança.  natureza desconhecida X valoração e explicação metafórica da natureza.  transmissão implícita de conteúdos: grande esforço de interpretação.
  • 5. CONHECIMENTO MÍTICO  modo lúdico, ingênuo, fantasioso, não crítico e não reflexivo de explicação do desconhecido.  a forma de verdade instituída: dispensa de prova para aceitação.  mito X ciência: relação de anterioridade e relação de negação
  • 6. CONHECIMENTO RELIGIOSO  a fé, forças transcendentes e instâncias criadoras e a ideia de um vínculo humano.  crença em verdades preexistentes e prontas, ainda que não comprovadas empiricamente Ex.: dogmas religiosos.  formas de expressão: doutrinas, preceitos de ordem ética, possibilidade de rituais.
  • 7. CONHECIMENTO RELIGIOSO  auxílio diante das adversidade e dificuldade de explicação da realidade física = conforto.  pode veicular sistema de padrões morais e atuar estrategicamente para controle das condutas dos indivíduos.
  • 8. CONHECIMENTO FILOSÓFICO  reflexão crítica diante do mundo, conhecimento não pronto ou acabado.  questionamento de culturas, práticas políticas, econômicas, culturais, etc.  conhecimento de essência, significados mais profundos e fundamentais = a ordem geral do mundo ou contexto mais universal da realidade.
  • 9. CONHECIMENTO FILOSÓFICO  não limitação para indagações e reflexões + articulação de novas interrogações e problemas.  não compromisso com a verdade ou soluções definitivas, mas com possibilidade de verdades.  procura do saber X posse do saber.
  • 10. CONHECIMENTO VULGAR  espontaneidade, senso comum, saber resultante de nossas necessidade cotidianas e de experiências imediatas. Ex.: todos os pais são pedagogos?  natureza social do homem (troca de informações) + noções gerais de mundo operadas no dia-a-dia.  heterogeneidade = opiniões individuais, de grupos e as condições de sua produção.
  • 11. CONHECIMENTO VULGAR  ausência de métodos, critérios ou procedimentos: a ordem aparente das coisas e a não sistematicidade.  caráter acrítico, imediatista, crédulo e não sofisticado.  não necessariamente desprovido de explicação científica = o senso crítico da ciência e falta de bom senso dos cientistas.  o conhecimento do não especialista e o senso comum dos cientistas.
  • 12. CONHECIMENTO CIENTÍFICO latin scire (conhecimento ou sabedoria) = informação/saber em relação a algum aspecto da realidade. demarcação científica, mas ainda interdependência em relação à filosofia:  expressão dos séculos XVII e XVIII (modernidade ocidental) = ciência como paradigma de abordagem dos problemas e como campo próprio de investigação e reflexão.
  • 13. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Ecos da modernidade declínio do modo de produção feudal e emergência do capitalismo: da servidão ao trabalho livre. campo religioso: transcendência perde referência para a existência. campo teórico: ceticismo – erro, não verdade, impureza do conhecimento (impulsos humanos) ...
  • 14. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Ecos da modernidade da “crise” ao Renascimento: valorização da capacidade humana de conhecer e transformar a realidade. conhecimento na modernidade = um edifício erigido sob um paradigma (paradigma científico da modernidade) dogmatismo: mais que um caractere específico, mas sua essência = partida de verdades apriorísticas inquestionáveis. Ex.: “leis da vida”
  • 15. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Ecos da modernidade aceitação pela maioria da comunidade científica e imposição como modo obrigatório de abordagem dos problemas. fatos novos, extraordinários ou excepcionais tendem a ser reduzidos aos padrões paradigmáticos = não abalo das crenças anteriores. atitude crítica: rompimento com o dogmatismo = estranhamento, questionamento, indignação.
  • 16. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Delineando um paradigma  causalidade: unidade e coerência e relações necessárias entre eventos da natureza / submissão a partir da valorização da repetição dos fenômenos.  busca pelos fundamentos, causas, pelo que determina eventos/acontecimentos – consequências: precisão, objetividade e controle.  generalização: teorização, aplicação às similitudes e divulgação de resultados.
  • 17. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Delineando um paradigma  previsibilidade: ocorrência futura de fenômenos, eficiência, segurança – leis científicas e caráter metodológico.  não imediatismo: insuficiência dos aspectos superficiais.  antropocentrismo: benefício do próprio homem, luta contra o medo do desconhecido e a desordem e a capacidade de autoconhecimento.
  • 18. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Delineando um paradigma  racionalismo: exercício de autodomínio, conhecimento com ordem e medida e novamente a questão do método e a neutralidade científica.  busca pela verdade = não proveniência de erros: - aspecto lógico: atributo de validade das proposições = a aceitação das premissas como verdadeiras gera necessariamente a verdade da conclusão. - diante da rigorosidade, não há margem para discussão, para interpretações alternativas.
  • 19. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Delineando um paradigma  busca pela verdade = a verdade lógica = geralmente assume a forma do raciocínio silogístico. - Todo homem é mortal. - João é homem - João é mortal. - “Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros (...)” (Art. 14, § 2º, CF). - John é americano. - John não pode votar.
  • 20. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Delineando um paradigma  busca pela verdade - aspecto empírico: conformidade com a realidade e seu oposto seria a ilusão, a irrealidade, a mentira. - problema: caráter não absoluto, transitoriedade e consensualidade sobre a verdade dos fatos. - Ex.: a verdade da Igreja Católica sobre índios e escravos afrodescendentes no século XVI.  OBS1.: conclusões pode ser empiricamente verdadeira e logicamente falsa (ser inválida) e vice-versa = verdade de uma conclusão é conceitualmente distinta de sua validade.
  • 21. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Delineando um paradigma  busca pela verdade: verdade lógica e verdade empírica: - Todos os peixes passam a maior parte de sua vida na água. - Alguns caramujos passam a maior parte de sua vida na água. - Logo, alguns caramujos são peixes. - OBS2.: quando a conclusão é empiricamente falsa, sente-se que a falha lógica aparece com mais clareza/evidência porque comumente se reage mais imediatamente à verdade da conclusão, ao invés da validade dela.
  • 22. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Delineando um paradigma  busca pela verdade: verdade lógica e verdade empírica: - As pessoas que, quando crianças foram brutalmente ou frequentemente espancadas pelos pais têm problemas de autoimagem. - Alguns antropólogos têm problemas quanto à sua autoimagem. - Logo, alguns antropólogos têm (ou tinham) pais bastante punitivos.