Este documento fornece propostas de ações de manejo da lagarta-do-cartucho (Helicoverpa armigera) em culturas agrícolas. As propostas incluem 1) um calendário de plantio e vazio sanitário para 2013-2014, 2) recomendações para calendarização do uso de inseticidas em algodão, milho e soja, 3) sugestões para áreas de refúgio, 4) controle de pupas, e 5) agentes de controle biológico e práticas culturais.
3. 1. Calendário de Plantio e Vazio Sanitário
Safra 2013/2014
Período de VAZIO SANITÁRIO
Período de PLANTIO
Período de CULTIVO
Algodão Irrigado 30 15 10
Algodão Sequeiro 30 15 15
Feijão Irrigado 30 15 30
Feijão Sequeiro 30 15 28
Feijão Gurutuba 30 15 30
Milheto 30 15 1
Milho Irrigado 30 15 10
Milho Semente 30 15 30
Milho Sequeiro 30 15 15
Soja Irrigado 14 15 1
Soja Sequeiro 14 15 15
Sorgo 30 15 1
2014
Cultura / Sistema
Ano / Mês
abril maio junho
fevereiro março julho
agosto novembro dezembro janeiro
setembro outubro
2013
5. 1. Eliminar soqueiras, plantas voluntárias e espécies daninhas
hospedeiras imediatamente após a colheita e durante todo o
período do Vazio Sanitário.
2. Para o milheto, crotalária e outras coberturas hospedeiras de
Helicoverpa:
• Produção de grãos/sementes monitoramento e controle de pragas.
• Cobertura dessecar até a emissão da panícula.
4. O período do VAZIO SANITÁRIO será revisto anualmente,
respeitando a legislação vigente.
3. O objetivo do VAZIO SANITÁRIO é evitar a ponte verde
para pragas infestantes.
Considerações sobre o VAZIO SANITÁRIO
7. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
Carbamato
Benzoiluréia
Fenilpirazol
Neonicotinóide
Diamida
Neocotinóide
Neocotinóide
Tiouréia
Organofostorado
Trat. Sem. (TS)
Dias após a emergênica
Cultivar Bt com pelo menos 2 (duas) proteínas
Carbamato
Organofosforados
Avermectina
Benzoiluréia
Diamida
Naturalyte
Avermectina
Carbamato
Pré-plantio
Bloqueador de Alimentação
Cetoenol / Tiadiazinoma / Piridil Éter
Oxidiazina
Pyrrole
Benzoiluréia / Diacilhidrazina
Biológicos
Piretróide
ALGODÃO
8. →
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
Diacilhidrazina
4 (quatro) aplicações no ciclo total da cultura.
Neocotinoides Máximo de 2 (duas) aplicações sequenciais e 5 (cinco) no ciclo.
Benzoiluréia
Máximo de 2 (duas) aplicações sequenciais e
no máximo de 4 aplicações.
Carbamato
Máximo de 2 (duas) aplicações na fase inicial.
Máximo de 2 (duas) aplicações sequenciais e
Máximo de 3 (três) aplicações sequenciais.
Pyrroles
Biológicos
Piretróides
Máximo de 2 (duas) aplicações na fase inicial.
Depende de registro
Vírus, fungos, Bt , parasitoides.
Diamidas
Máximo de 2 (duas) aplicações de Abamectina e
Máximo de 2 (duas) aplicações sequenciais e
Máximo de 2 (duas) aplicações no ciclo.
Máximo de 2 (duas) aplicações no ciclo.
Máximo de 2 (duas) aplicações no ciclo.
02 (duas) aplicações de Benzoato de Emamectina
Máximo 3 (três) aplicações no ciclo de cultivares Bt.
Não usar Bt na área de refúgio
(depende de registro).
no máximo de 4 aplicações no ciclo de cada grupo.
Diamidas (TS)
Organofosforado
Naturalyte
Avermectina
Oxadiazina
Recomendações para Calendarização do Uso de Inseticidas – ALGODÃO
9. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
Carbamatos
Benzoiluréia
Fenilpirazol
Neonicotinóide
Avermectina
Oxidiazina
Pyrrole
Diacilhidrazina
Naturalyte
Pré-plantio Trat. Sem. (TS)
Dias após a emergênica
Cultivar Bt com pelo menos 2 (duas) proteínas
Carbamatos
Benzoiluréia
Neocotinóide
Biológicos
Bloq. Seletivo de Alimimentação
MILHO
10. →
→
→
→ Depende de registro
→
→
→ Depende de registro
→
→
→
→
→
Avermectina
no máximo de 3 aplicações no ciclo.
Biológicos
Diacilhidrazina Máximo de 2 (duas) aplicações sequenciais e
Vírus, fungos, Trichogramma e Bt.
Máximo de 2 (duas) aplicações de Benzoato de Emamectina.
Oxadiazina Máximo de 2 (duas) aplicações no ciclo.
Pyrroles Máximo de 2 (duas) aplicações no ciclo.
Não usar produtos Bt na área de refúgio.
Carbamato
Máximo de 2 (duas) aplicações sequenciais e
no máximo de 3 aplicações no ciclo.
Naturalyte Máximo de 2 (duas) aplicações.
Máximo de 2 (duas) aplicações na fase incial.
Neonicotinoides Máximo de 2 (duas) aplicações.
Benzoiluréia
Recomendação para Calendarização do Uso de Inseticidas – MILHO
11. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
Carbamato
Benzoiluréia
Fenilpirazol
Neonicotinóide
Diamida
Naturalyte
Diacilhidrazina
Biológicos
Piretróide
Cultivar Bt com 1 (uma) proteínas
Carbamato Carbamato
Benzoiluréia
Pré-plantio Trat. Sem. (TS)
Dias após a emergênica
Neocotinóide
Diamida
Organofostorado
Avermectina Avermectina
Tiouréia
Cetoenol / Tiadiazinoma / Piridil Éter
SOJA
12. Recomendação para Calendarização do Uso de Inseticidas – SOJA
→
→
→
→
→
→
→
→
→ Depende de registro
→
→
→
→
Diacilhidrazina Máximo de 2 (duas) aplicações.
Vírus, fungos, Trichogramma, Bt e parasitoides.
Piretróide Máximo de 3 (três) aplicações.
Biológicos
Máximo 3 (três) aplicações no ciclo de produtos Bt.
Avermectina
Naturalyte Máximo de 2 (duas) aplicações.
Máximo de 2 (duas) aplicações de Benzoato de Emamectina.
Carbamato Máximo de 1 (uma) aplicações na fase inicial.
Neonicotinoides Máximo de 2 (duas) aplicações.
Organofosforado
Benzoiluréia Máximo de 2 (duas) aplicações.
Diamidas (TS)
Diamidas
Depende de registro
Máximo de 2 (duas) aplicações.
Máximo de 2 (duas) aplicações sequenciais.
13. RECOMENDAÇÃO PARA ÁREAS DE REFÚGIO
Refúgio de variedades não Bt →
(MANDATÓRIO) →
→
Refúgio adicional (tratado) →
(FACULTATIVO)
→
ALGODÃO
com a mesma idade fenológica.
Distância da área de refúgio
Ideal que estejam no mesmo talhão (Bt e convencional) e
No mínimo 20% da área total plantada.
NÃO pulverizar produtos a base de Bt (Bacillus thuringiensi).
5% (sorgo, guandu, Crotalaria spp., milheto e milho).
Até 800 m em relação ao algodão Bt.
Permitido controle de lagartas no refúgio.
14. Refúgio de variedades não Bt →
(MANDATÓRIO) →
→
Refúgio adicional (tratado) →
(Indisponibilidade de semente não Bt) →
→
→
→
MILHO
Distância do refúgio
No mínimo 20% da área total plantada.
NÃO pulverizar produtos a base de Bt (Bacillus thuringiensi ).
utilizar sorgo, visando atingir os 20% do refúgio.
Até 800 m em relação ao milho Bt.
NÃO pulverizar produtos a base de Bt (Bacillus thuringienss ).
Ideal que estejam no mesmo talhão (Bt e convencional) e
Permitido controle de lagartas no refúgio.
Permitido controle de lagartas no refúgio.
com a mesma idade fenológica.
15. →
→
→
→
→
SOJA
Refúgio de variedades não Bt
Ideal que estejam no mesmo talhão (Bt e convencional) e
com a mesma idade fenológica.
até 800 m em relação a soja Bt.
Distância do refúgio
No mínimo 50% da área total plantada
NÃO pulverizar produtos a base de Bt (Bacillus thurigiensis )
Permitido controle de lagartas no refúgio.
Produção de grãos/sementes → Monitoramento e controle de pragas.
Somente cobertura →
MILHETO, CROTALÁRIA E OUTRAS COBERTURAS
Dessecar no início do florescimento.
16. 1. Tabela de Seletividade de defensivos a predadores e
parasitoides (Degrande et al. 2013).
2. Desenvolvimento e validação de estratégias de uso
de Trichogramma pretiosum:
• Culturas Milho, feijão e algodão.
• Resultados parciais 80-90% de parasitismo de ovos
de Helicoverpa em milho.
4. Avaliação de armadilhas e feromônios para captura de
mariposas.
3. Agentes de controle biológico
3. Avaliação de formulações comerciais a base de Baculovirus.
17. 4. Áreas Irrigadas
1. Termo de Compromisso e Responsabilidade.
3. Inseticidas:
• Boas práticas agrícolas.
• Observar o manejo de resistência de inseticidas e fungicidas, a
exemplo das DIAMIDAS.
2. Eliminação mecânica de pupas de Helicoverpa spp.:
• Monitoramento Infestação 1 pupa viva/m2.
(mediante monitoramento da infestação dias antes do início da
colheita).
• Início Imediatamente após a colheita.
18. 6. Práticas culturais:
• Rotação de culturas
• Definição de janela de plantio
• Adoção de áreas de refúgio
• Destruição de restos culturais e plantas voluntárias e outras
hospedeiras.
5. Uso de armadilhas, iscas tóxicas e outros métodos de controle físico de
mariposas.
4. Uso intensivo de produtos biológicos e inimigos naturais para controle de
Spodoptera, Helicoverpa e Plusideos:
• Entomopatógenos Bacillus thuringiensis e Baculovírus.
• Parasitóide Trichogramma pretiosum.
19. 5. Controle de Pupas (Sequeiro e Irrigado)
1. Eliminação mecânica de pupas de Helicoverpa spp.:
• Mediante monitoramento da infestação.
• Início Imediatamente após a colheita.
2. Sugestões do Dr. David Morrey:
• Fazer monitoramento para determinar a hipótese de diapausa
de pupas no solo.
• Estabelecer métodos de amostragem de pupas no solo.
• Levantamento de espécies de inimigos naturais de pupas.
20. Muito Obrigado
Grupos Técnicos Coordenadores E-mail
1. Calendário de Plantio e de Vazio Sanitário Luís Henrique Kasuya kasuyaconsultoria@gmail.com
1. Calendarização do Uso de Inseticidas Pedro Brugnera pedro.brugnera@circuloverde.com.br
3. Agentes de Controle Biológico Marco Tamai m.tamai@uneb.br
4. Áreas Irrigadas Orestes Mandelli orestes@fazendadecisao.com.br
5. Controle Pupas Milton Ide miconsult@terra.com.br