O documento discute os elementos essenciais de um projeto de pesquisa científica, incluindo a definição de pesquisa, objetivos, questões de pesquisa, fundamentos teóricos, métodos, cronograma e referências bibliográficas.
1. PROJETAR – palavra que exprime ação – planejar
PESQUISA – pode ser entendida como a busca do conhecimento
em qualquer área do saber.
PESQUISA CIENTÍFICA – “investigação feita com a finalidade de
obter conhecimento específico e estruturado a respeito de
determinado assunto” (PRESTES, 2003, p. 24 apud BOTH et al,
2007, p. 67).
2. O projeto de pesquisa:
a) é um importante instrumento para elaboração de
idéias e para auto esclarecimento de quem o produz;
b) vai gradualmente esclarecendo aquele que o produz,
dando-lhe elementos para articular melhor suas
idéias e confrontá-las com o que já foi feito naquele
campo de conhecimento;
c) permite que a pesquisa em andamento seja exposta
aos olhares de outros pesquisadores
Projeto = um instrumento para o diálogo científico e
acadêmico.
3. PERGUNTAS FREQUENTES
1) O que se pretende fazer?
2) Por que fazer?
3) Para que fazer?
4) A partir de que fundamentos?
5) Com o que fazer?
6) Como fazer?
7) Com que materiais
8) A partir de que diálogos?
9) Quando fazer?
4. É necessário que esta pergunta seja
esclarecida logo na “Introdução” do projeto,
num capítulo denominado “Delimitação
Temática” ou “Exposição do Problema” (estes
nomes variam conforme a instituição).
* É precisamente nesse momento do texto que
o pesquisador deve esclarecer ao seu leitor
qual é o objeto de sua investigação ou da sua
realização científica.
5. É uma pergunta importante, que interessa
particularmente àqueles que irão decidir se o
seu projeto deve prosseguir, se deve ser
financiado, se pode ser aceito em um
programa de pesquisa ou de Pós-Graduação.
O capítulo do projeto que busca esclarecer
isto de forma convincente e argumentativa
denomina-se JUSTIFICATIVA (não raro
acrescenta-se a a esta as palavras
“relevância” ou “viabilidade”).
6. Vincula-se ao estabelecimento de
objetivos a atingir – dando origem a um
capítulo bastante conciso que se refere às
finalidades a serem alcançadas,
freqüentemente enunciadas em ordem
numérica e da maneira mais simples
possível. Este capítulo recebe,
habitualmente, o nome de “Objetivos”.
7. Remete a todo um conjunto de
possibilidades teóricas ou mesmo de visões de
mundo, que, pelo menos em parte, o
pesquisador já deve trazer consigo ao iniciar a
sua viagem produtora de conhecimento. O
capítulo destinado a tratar das questões
teóricas recebe o nome de “Quadro Teórico”.
Trata-se de definir os conceitos, expressões e
categorias que serão utilizados na elaboração
reflexiva e na sua exposição de resultados.
8. São indagações que reenviam,
respectivamente, aos instrumentos e às
técnicas de pesquisa.
INSTRUMENTO – um cronômetro, uma
balança, um tubo de ensaio (para o caso de
pesquisa nas áreas de ciências exatas e
biológicas), mas também um formulário, um
questionário, ou mesmo um gráfico que se
elabora para acondicionar os dados colhidos e
prepará-los para a interpretação.
9. Uma “técnica” remete ao modo de realizar
algo, e abrange procedimentos como as
coletas de informações, as entrevistas, as
maneiras sistematizadas de empreender
observações, e também as análises de
conteúdo, as análises estatísticas, ou outras
metodologias destinadas à interpretação dos
dados que foram coletados.
10. As “técnicas” podem se referir tanto à
coleta de dados e à constituição de
documentação como também às análises
destes dados e destas fontes. Os instrumentos
e técnicas são acondicionados em um capítulo
bastante importante do Projeto, e que se
denomina “Metodologia”.
11. “Metodologia”, “Métodos e Técnicas”,
“Procedimentos Metodológicos”, “Materiais e
Métodos”.
É nesse capítulo do projeto que se escreve
a respeito dos caminhos trilhados. Os
procedimentos do pesquisador com vistas a
tornar concretos os seus objetivos são
descritos nesse momento.
12. É a pergunta que situa uma Pesquisa em
uma rede de intertextualidades com outros
autores. Indaga-se aqui pelos “interlocutores”
da reflexão a ser realizada.
O pesquisador precisará inserir a sua
reflexão em um diálogo com a literatura e com
o conhecimento já existente (o que remete à
Revisão Bibliográfica).
13. Alguns modelos de projeto atribuem um
capítulo especial a este levantamento crítico,
onde o pesquisador irá apresentar e discutir
algumas das obras preexistentes que serão
reapropriadas no seu trabalho, seja sob a
forma de assimilação ou de confronto.
14. É a pergunta que remete à temporalidade
relacionada à duração da pesquisa, ao
planejamento das suas várias etapas. Toda
pesquisa deve ser proposta em relação a um
intervalo de tempo definido, mesmo que
passível de renovação. O intervalo de tempo
remete ao cronograma da pesquisa.
15. O Cronograma é um instrumento não
apenas para o controle da instituição, mas
principalmente para o autocontrole do
pesquisador no que se refere ao andamento do
seu trabalho. Não pode ser considerado uma
“camisa de força”, mas é uma orientação
importante para a realização do trabalho.
16. TODO TRABALHO TEM QUE TER AS
REFERÊNCIAS, QUE PODEM SER DE LIVROS,
DE DOCUMENTOS, DE SITES, RELATOS
ORAIS, REVISTAS, ...