O documento resume a história da arte brasileira, desde a arte rupestre dos primeiros habitantes até o modernismo do século XX. Aborda a arte indígena, a arte colonial influenciada por Portugal, a chegada da Missão Artística Francesa e o surgimento de estilos como o barroco. Também discute a Semana de Arte Moderna de 1922 e artistas fundamentais para o desenvolvimento do modernismo brasileiro.
2. Era uma vez... O surgimento do homem
... e sua imensa vontade de passear
3.
4. Todo dia, era dia de índio
Primeiros habitantes do Brasil
5. ARTE RUPESTRE
Rupes (rupis) = rochedo
Pré-história – entre 4,4 milhões e 3.300 A.C.
Pinturas e Gravuras
•Objetivos místicos e religiosos
•Transmissão de conhecimento
•Registro (arte)
6. Maiores sítios arqueológicos brasileiros:
•Piauí – Parque Nacional da Serra da Capivara
•Pernambuco – Parque Nacional do Catimbau
•Mato Grosso do Sul – Lajedos de Corumbá
•Paraíba – Pedra do Ingá
7. Entre 3 milhões a 5 milhões de habitantes Primeiras tribos
•Xavantes
•Caraíbas
•Tupis
•Jês
•Guaranis Exploração da coleta, da caça, da pesca e, mais tarde, atividades agrícolas Havia contato entre aldeias próximas – trocas culturais Politeísmo – crença em espíritos Mitologia indígena – tradição oral Arte indígena – representação da vida social, mitológica e espiritual
8. ARTE INDÍGENA
O Criador, cujo coração é o Sol, soprou seu cachimbo sagrado e da fumaça desse cachimbo se fez a Mãe Terra. Chamou sete anciães e disse: ‘Gostaria que criassem ali uma humanidade’.
Os anciães navegaram em uma canoa que era como cobra de fogo pelo céu e chegaram na Terra. Logo eles criaram o primeiro ser humano e disseram: ‘Você é o guardião da roça’. Estava criado o homem
10. Pintura corporal:
•Enfeite, rituais, defesa contra o sol, os insetos e os espíritos maus.
•Garante sorte na caça, na guerra, na pesca, e na viagem.
•Identifica cada tribo
17. ARTE COLONIAL BRASILEIRA
Formação das primeiras vilas
•São Vicente (SP)
•Olinda (PE)
•Iraguassu (PE)
•Parati (RJ)
•São Sebastião (SP)
18. ARTE COLONIAL BRASILEIRA
- Arquitetura simples
•Tejupares - (tejy = gente e upad = lugar)
-Capelas
-Igrejas inspiradas em Portugal
-Santos da Igreja Católica
-Para catequizar índios e fortalecer o catolicismo
-Arte Religiosa
-Pinturas e Esculturas eram feitas por padres e jesuítas, seguindo o estilo Maneirista
-A partir do século XVII, surge o Barroco brasileiro
19. ARTE COLONIAL BRASILEIRA
MANEIRISMO
Surge em Roma – 1520 a 1610
Estilização exagerada
Requinte nos detalhes
Transição entre o Renascimento e o Barroco
Apego aos temas religiosos em função da insegurança gerada pela reforma protestante de Lutero
Estilo criticado por seu artificialismo
21. MANEIRISMO
El Greco –A Santíssima Trindade 1577-1579, Museu do Prado
Toussaint Dubreuil (francês) Subida do Calvário
22. MANEIRISMO
Piazza del Campidoglio, Roma, projeto de Michelângelo (italiano) de 1536.
23. MANEIRISMO
A escada real, Villa Farnèse, em Caprarola Projeto de Antonio da Sangallo e Baldassare Peruzzi (italianos)
24. O NASCIMENTO DO BARROCO
Renascimento - enfatizava qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia. Arte racional.
Barroco - mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo. Arte emocional
25. O NASCIMENTO DO BARROCO
Igreja como maior mecenas Reforma Protestante colocou fim à unidade da Igreja Católica Protestantismo condenou as imagens religiosas Contra reforma da Igreja Católica (resposta à reforma de Lutero)
•Concílio de Trento - retomada do Tribunal do Santo Ofício (inquisição)
•Criação do Index Librorum Prohibitorum, uma relação de livros proibidos pela Igreja
•Incentivo à catequese dos povos do Novo Mundo, com a criação de novas ordens religiosas, dentre elas a Companhia de Jesus
34. MISSÃO FRANCESA
•Queda de Napoleão (1815)
•Portugal reata relações com a França
•D. João VI queria dinamizar o cenário cultural brasileiro
•Criou o Banco do Brasil
•D. João VI quis trazer um pouco de “civilização” (cultura francesa) para o Brasil, trazendo artistas franceses.
•Criou a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (Escola de Belas Artes)
35. 26/03/1816 – desembarcam no RJ Joachim Lebreton – o líder Jean Baptiste Debret – pintor histórico Nicolas-Antoine Taunay - pintor de paisagens e cenas históricas Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny - arquiteto Charles de Lavasseur - arquiteto Louis Ueier – arquiteto Charles-Simon Pradier – gravador Auguste Marie Taunay – escultor François Ovide - mecânico Jean Baptiste Leve – ferreiro Nicolas Magliori Enout – serralheiro Pelite e Fabre - peleteiros Louis Jean Roy e seu filho Hypolite - carpinteiros François Bonrepos - auxiliar de escultura Marc Ferrez - escultor (tio do fotógrafo Marc Ferrez) Zéphyrin Ferrez - gravador de medalhas
A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA
36. 12/06/1816 – Projeto da Escola Nacional de Belas Artes baseada na metodologia:
•Desenho geral e cópia de modelos dos mestres, para todos os alunos;
•Desenho de vultos e da natureza, e elementos de modelagem para os escultores;
•Pintura acadêmica com modelo vivo para pintores; escultura com modelo vivo para escultores, e estudo no atelier de mestres gravadores e mestres desenhistas para os alunos destas especialidades.
•Para a arquitetura haveria também três etapas divididas em teóricas e práticas:
•Na teoria:
•História da arquitetura através de estudo dos antigos;
•Construção e perspectiva;
•Estereotomia (entalhe)
•Na prática:
•Desenho;
•Cópia de modelos e estudo de dimensões;
•Composição.
O PROJETO DE LEBRETON
37. PROBLEMAS
•Forte oposição dos portugueses do Barroco que moravam no Brasiç
•Corte enfrentava problemas sérios:
•Crise na Europa
•Revolução em Pernambuco
•Alto custo de manutenção da corte
•Queda no preço do açúcar e do algodão
•Seca no Nordeste
•Conflitos no Sul (Cisplatina) NO GRUPO Lebreton tinha um temperamento difícil Artistas dependiam da ajuda de custo do governo Com a morte de Lebreton e algumas desistências, sobraram Debret, Nicolas Taunay, Auguste Taunay, Montigny e Ovide 5/11/1826 – D. Pedro I inaugura a Academia Imperial
O PROJETO DE LEBRETON
38. Lebreton trouxe 50 obras da França, que formaram o 1º acervo do Museu Nacional de Belas Artes
Debret – Pintor oficial do 1º Reinado – registro dos costumes da época
Nicolas Taunay – documentação paisagística do Brasil no período colonial
Grandjean de Montigny – transformou a paisagem urbanística do RJ – 1º urbanista do Brasil. Formou 20 novos arquitetos.
O grupo criou e difundiu o Neoclassicismo brasileiro
Fundadores da arte acadêmica no Brasil
O legado durou até a absorção da Escola Nacional de Belas Artes, pela atual Universidade Federal do Rio de Janeiro
Este evento marcou o início do Modernismo no Brasil (séc. XX)
A MISSÃO ARTÍSTICA - LEGADO
41. BELLE ÉPOQUE BRASILEIRA
(1889-1931) período artístico, cultural e político do Brasil
Indústria do Látex – Período da Borracha
Belém e Manaus – mais prósperas cidades do mundo
Ambas possuíam luz elétrica, bondes e sistema de água encanada e esgotos
bondes elétricos, avenidas construídas sobre pântanos aterrados, além de edifícios imponentes e luxuosos (únicos no Brasil)
42.
43. Grupo Grimm Georg Grimm (Alemão) e o grupo formado por Antônio Parreiras, Giovanni Battista Castagneto, Garcia y Vásquez, Hipólito Boaventura Caron, França Júnior e Francisco Joaquim Gomes Ribeiro. Aulas ao ar livre, no final da década de 1880, responsáveis pela renovação no ensino da pintura de paisagem no Brasil
ARTISTAS INFLUENTES
47. Almeida Júnior Grupo Grimm – George Grimm Eliseu Visconti
IMPRESSIONISMO NO BRASIL
Começa a se desenhar uma nova tendência, a partir dos trabalhos de
48. Almeida Júnior – primeiro artista a adotar uma temática regionalista
ARTISTAS INFLUENTES
49. Almeida Júnior – primeiro artista a adotar uma temática regionalista
ARTISTAS INFLUENTES
50. Italiano de nascimento, trouxe o Impressionismo para o Brasil Rebela-se contra os métodos de ensino da Academia de Belas Artes e funda o Ateliê Livre Participa da reurbanização do Rio de Janeiro, decorando:
•Teatro Municipal
•Biblioteca Nacional
•Palácio Tiradentes
ELISEU VISCONTI
55. MODERNISMO
"Semana de Arte Moderna“
11 e 18 de fevereiro de 1922
Teatro Municipal de São Paulo
Artistas brasileiros se cansaram de ver o Brasil “importar” o estilo europeu – principalmente França
O Brasil precisava descobrir sua própria arte – ênfase no Nacionalismo
Semana de 22 – objetivo era preparar as pessoas para receberem ideias novas
56.
57. KLAXON
Revista criada para divulgar o Movimento modernista
Circulou em São Paulo de 15 de maio de 1922 a janeiro de 1923
Colaboradores:
Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Sérgio Buarque de Holanda, Tarsila do Amaral e Graça Aranha, entre outros artistas e escritores
58. Pinturas e desenhos
Anita Malfatti, Di Cavalcanti, John Graz, Alberto Martins Ribeiro,Oswaldo Goeldi
Esculturas
Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg
Arquitetura
Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel
Literatura
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto, Guilherme de Almeida
Música
Heitor Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana
59. Eventos que chacoalharam o Brasil na semana de 22 Lasar Segall (Lituânia) veio para o Brasil e chocou o público com suas obras
LASAR SEGALL
60. Eventos que chacoalharam o Brasil na semana de 22
Lasar Segall (Lituânia) veio para o Brasil e chocou o público com suas obras
LASAR SEGALL
61. Eventos que chacoalharam o Brasil na semana de 22 Lasar Segall (Lituânia) veio para o Brasil e chocou o público com suas obras
LASAR SEGALL
70. Pintou temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral. Foi o primeiro pintor cujo trabalho tinha a “cara” do Brasil
DI CAVALCANTI
71. Pintou temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral. Foi o primeiro pintor cujo trabalho tinha a “cara” do Brasil
DI CAVALCANTI
72. Pintou temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral. Foi o primeiro pintor cujo trabalho tinha a “cara” do Brasil
DI CAVALCANTI
73. Pintou temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral. Foi o primeiro pintor cujo trabalho tinha a “cara” do Brasil
DI CAVALCANTI
74. Década de 30
Período caracterizado pelo retorno à ordem, à disciplina, ao rigor acadêmico
Valorização das tradições
Artistas mais valorizados
-Portinari
-Grupo Santa Helena
82. Ruptura e Concretismo
A Bienal de 1951 marca o fim do Modernismo e o início do Concretismo
1952, formação do Grupo Ruptura, realizando a primeira exposição de Arte Concreta no MAM e publicando um Manifesto – Ruptura
Lothar Charoux (austríaco)
Waldemar Cordeiro (brasileiro)
Geraldo de Barros (brasileiro)
Féjer (húngaro)
Leopoldo Haar (polonês)
Luiz Sacilotto (brasileiro)
Anatol Wladyslaw (polonês)
90. ABSTRACIONISMO
Início – Bienal de 1951
O artista se relaciona com as formas, relação entre as cores, os tipos de linhas e formas geométricas
Quebra dos conceitos rígidos do Renascimento
Faz parte da Arte Moderna
100. A vanguarda concretista tinha um interesse em estabelecer um vínculo entre arte e indústria
Surge a dúvida:
o trabalho de arte deve ser entendido como produção ou como meio de expressão?
O Neoconcretismo procurou trazer de volta o humanismo, o experimentalismo e a subjetividade na arte, através da participação efetiva do público no processo de criação e na manipulação de objetos interativos.
NEOCONCRETISMO
101.
102.
103. TROPICALISMO
Movimento musical - final da década de 1960
Atingiu outras esferas culturais (artes plásticas, cinema, poesia)
III Festival de Música Popular Brasileira (MPB) TV Record - 1967.
Sofreu grande influência da arte “pop”
Zé Celso monta O Rei da Vela
Marca o início do Tropicalismo
Misturar arte de fora com a cultura nacional
Transgressão contra o regime militar
110. FIM DO TROPICALISMO
1969 Show dos Mutantes com Gil e Caetano O show tinha o sugestivo nome de “Panis Et Circenses” No palco, a bandeira de Helio Oiticica com a imagem do Cara-de-Cavalo (traficante) morto pelos militares Após o show, todos foram presos. Caetano e Gil foram deportados e ficaram exilados no Reino Unido
111. MINIMALISMO
Década de70
Reação à Arte Pop
Crítica à elaboração intencional para agradar os sentidos
Preza a simplicidade e o despojamento
153. Artistas Contemporâneos
Adriana Varejão
Aldir Mendes de Souza
Aldemir Martins
Amílcar de Castro
Artur Barrio
Artur Omar
Beatriz Milhazes
Bispo do Rosário
Cildo Meireles
Denis Mandarino
Emmanuel Nassar
Ernesto Neto
Francisco Brennand
Gilvan Samico
Hélio Oiticica
Laerty Tavares
Leonilson
Lygia Clark
Lygia Pape
Maria Bonomi
Marcos Garrot
Marcus Baby
Nelson Leirner
Os Gêmeos
Poro
Regina Silveira
Rivane Neuenschwander
Romero Britto
Rosângela Rennó
Tunga
Vik Muniz
Wesley Duke Lee
154. FATOS QUE DETERMINARAM A ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA 1951 – 1ª Bienal Internacional de São Paulo 1952 – Grupo Ruptura – Exposição no MAM – SP, marca o início da Arte Concreta 1963 – Criação do MAM – na USP 1965 – OPINIÃO 65 – Exposição no MAM – RJ, reúne artistas nacionais e serve como avaliaçãp da arte brasileira 1982 – 1985 – Ateliê Casa 7 – Carlito Carvalhosa Fábio Miguez, Paulo Monteiro, Rodrigo Andrade e Nuno Ramos 1984 – Exposição “Como vai você, geração 80?” – RJ. Beatriz Milhazes e Ernesto Neto 1985 – XVII Bienal de SP – Exposição Arte Novos Meios/Multimeios 1987 – Criação do Instituto Itaú Cultural 1988 – Exposição Modernidade – Art Brèsilien Du 20eme Siècle – Musu de Arte Moderna de Paris 1995 – Venda do ABAPORU (Tarsila) ao colecionador argentino Eduardo Constantini (US$ 1,5 milhões) 1997 – Criação da Bienal do Mercosul – Porto Alegre 2006 – XXVII Bienal de São Paulo com a curadoria de Lisette Lagnado 2007 – Venda da Coleção Adolfo Leirner para o museu de Fine Arts de Houston – TX – EUA 2008 – Inauguração da sede da Fundação Iberê Camargo – Porto Alegre. Venda do quadro O Mágico (Beatriz Milhazes) por US$ 1 milhão, para Eduardo Constantini (AR)